NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 03/09/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Turbulência deixa 15 pessoas feridas e avião da TAM faz pouso de emergência em Fortaleza
Voo saiu de Madri com destino a São Paulo
Lauriberto Braga - Especial para o Estado
"A turbulência foi muito forte e causou pânico dentro da aeronave", disse o paulista Pedro Luiz, um dos 200 passageiros do avião da TAM, que fazia o voo 8065 Madri-São Paulo e fez pouso forçado na madrugada desta segunda-feira, 2, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. Quinze passageiros foram levados para o Instituto José Frota (IJF), maior hospital de emergência de Fortaleza, com luxações e fraturas. Há vítimas brasileiras, polonesas, espanholas e colombianas. Segundo a TAM, nesta manhã só dois permanecem internados, "para exames complementares". Os demais já foram liberados.
O Airbus da TAM fazia o voo 8065, que saiu por volta de 22 horas de domingo, 1, de Madri. A turbulência ocorreu quando a aeronave passou pelo Equador. À 1h36 desta segunda-feira, 2, o avião pousou para atendimento a passageiros e comissários que se feriram.
Um novo voo da TAM está marcado de Fortaleza para Guarulhos para as 13h30, levando os demais passageiros que não se feriram. Em nota, a companhia disse lamentar o ocorrido e afirma estar prestando "a assistência necessária a seus passageiros e funcionários".
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Redução de voos para algumas regiões em debate na Secretaria de Aviação Civil
Decisão da Anac atinge alguns municípios do Estado e bancada no Senado cobra de governo federal solução ao problema
A redução de voos da empresa aérea Azul para algumas regiões do Estado do Amazonas será um dos temas a serem debatidos pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR), Moreira Franco, no Senado. Nessa segunda-feira (02), o ministro participará de uma audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura.
Na última quarta-feira (28), a Azul Linhas Aéreas Brasileiras anunciou que vai reduzir as operações nos aeroportos de Eirunepé e São Gabriel da Cachoeira a partir do dia 11 de setembro deste ano. O motivo é a falta de adequações de infraestrutura previstas para os aeroportos desses municípios. Ontem, também foram suspensos temporariamente os voos da companhia no município de Coari por ordem da Justiça local.
De acordo com a Azul, a ação de reduzir voos em Eirunepé e São Gabriel da Cachoeira foi tomada com base em uma decisão da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (SIA/Anac) devido à falta de adequações previstas no prazo determinado no processo de isenção de requisitos entre a autoridade aeronáutica e as administrações aeroportuárias.
COBRANÇA
Nesse domingo (01), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) cobrou uma posição do diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco, sobre a suspensão dos voos para as três cidades amazonenses especialmente porque o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam) informa que algumas dessas pistas estão adequadas para pouso até mesmo de aeronaves maiores.
A Anac confirmou a informação de que houve a redução de operações, mas disse que a Azul não foi proibida de voar para as localidades, apenas foi orientada a reduzir os voos para alguns lugares da Amazônia, entre eles os dois municípios, “devido ao não cumprimento de algumas exigências acordadas com a Anac”. Esclarece ainda que as medidas não são em relação à pista, mas relacionados a outros aspectos de segurança operacional e que os aeródromos estão cientes desses descumprimentos.
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Embraer entrega caça AMX revitalizado para Força Aérea
Avião é configurado para missões de interdição, apoio aéreo e reconhecimento; contrato de R$ 1,3 bi foi assinado em 2003
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS A Embraer entrega hoje, na unidade de Gavião Peixoto (SP), o primeiro dos 43 caças AMX que serão modernizados para a FAB (Força Aérea Brasileira) pela empresa de São José dos Campos. O contrato, de R$ 1,3 bilhão, foi assinado em 2003 e prevê a entrega da última aeronave em 2017. Desenvolvido na década de 1980, em uma parceria entre Brasil e Itália, os caças AMX modernizados terão uma sobrevida de 20 anos. O projeto foi batizado de A-1M e devolverá ao avião o protagonismo que ele teve no passado. "O A-1 é a principal ferramenta de dissuasão da FAB", afirmou o coronel-aviador Márcio Bonotto, da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), subordinada ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), que gerencia o projeto de modernização. "Possui excelente raio de ação e capacidade para transportar uma grande diversidade de armamentos. Modernizada, a aeronave poderá realizar ataques de precisão contra alvos de superfície, terrestres e navais", completou o militar. Com a modernização dos caças, a FAB estenderá a primeira diretriz da Estratégia Nacional de Defesa, que é "dissuadir a concentração de forças hostis nas fronteiras terrestres, nos limites das águas jurisdicionais brasileiras, e impedir-lhes o uso do espaço aéreo". O AMX será configurado para ataque ar-superfície e usado em missões de interdição, apoio aéreo e reconhecimento. As alterações darão ao avião um novo sistema aviônico, semelhante ao usado no A-29 Super Tucano e na modernização dos caças F-5. O piloto do caça passará a ter um grande número de informações disponíveis, simultaneamente, que lhe permitirá avaliar melhor o ambiente situacional. Obsoleto Sem a modernização, ressaltou Bonotto, as aeronaves "estariam em processo de desativação de algumas células, fruto de obsolescência de componentes". "A modernização de 43 aeronaves, além dos benefícios diretos, como a manutenção da soberania nacional e a os empregos de alto grau de especialização, está contribuindo para a absorção de diversas novas tecnologias por parte da indústria nacional", afirmou o coronel-aviador. Em junho do ano passado, a FAB testou, em voo, um protótipo do AMX modernizado. O teste foi feito na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto. |
Drones se espalham pela cidade para observar lugares e pessoas
Cada vez mais baratos e fáceis de operar, os robozinhos voadores equipados com câmeras já são usados em vídeos profissionais, projetos de engenharia e, claro, para bisbilhotar o quintal alheio
Angela Pinho
Com ao menos 1,5 milhão de câmeras de vigilância espalhadas por São Paulo, circular anônimo pela multidão da metrópole há tempos é um privilégio em extinção. Na década passada, as imagens de satélite disponíveis no Google Earth revelaram as dimensões dos imóveis de qualquer bairro, com suas piscinas e jardins, e logo o Google Street View começou a flagrar nossas idas de moletom à padaria. Eis que, quando a expressão “big brother” parecia surrada, um novo tipo de olhar eletrônico está se disseminando pela capital. São os drones, robozinhos voadores, quase sempre dotados de filmadoras, que conseguem chegar a palmos de distância das janelas mais altas da Avenida Paulista e, segundos depois, dar rasantes pela mesma via, mirando os joelhos dos pedestres. Eles têm preços cada vez menores, são fáceis de operar e sobrevoam desde ruas movimentadas até recantos mais pacatos. Em breve poderão entrar em sua casa para vasculhar o seu quintal — ou será que isso já aconteceu?
O termo drone, ou “zangão” em inglês (ouça o zumbido chatinho da máquina e você vai entender), designa equipamentos aéreos comandados por um piloto a distância. Os maiores, que pesam mais de 30 quilos e decolam carregados de armamentos, viraram objeto de uma grande polêmica ao ser usados em missões militares para atacar inimigos sem pôr em risco a vida dos soldados. Nos últimos tempos, foram levados com esse objetivo ao Afeganistão e ao Iêmen pelo governo americano. Na versão civil, pesam por vezes menos de 1 quilo. Em São Paulo, estão à venda tanto em redes como Ponto Frio e Walmart quanto em lojinhas da Rua Santa Ifigênia, no centro, com preços que vão de 380 reais a mais de 10 000 reais. Os modelos mais em conta são dotados de estrutura simples: em geral, uma bateria, um sensor no miolo e no mínimo quatro hélices nas pontas. Essas engenhocas viraram presença comum nas mãos de amadores no Parque do Ibirapuera, tornaram-se trunfo de corretores de imóveis que os utilizam para exibir aos clientes a vista que teriam em determinado andar, sobrevoam cartões-postais como a Sala São Paulo para a realização de vídeos institucionais e fazem tomadas cinematográficas em casamentos (o do jogador Paulo Henrique Ganso, em maio, na cidade de Caraguatatuba, no Litoral Norte, contou com o efeito especial). Na mídia, são o recurso da vez. O Fantástico, da Rede Globo, lançou mão do aparelho para retratar o quintal da família Pesseghini, morta no início de agosto em chacina na Vila Brasilândia, na Zona Norte. O jornal Folha de S.Paulo sobrevoou milhares de manifestantes em rotas como o Largo da Batata na cobertura dos protestos que tomaram a capital em junho. No humorístico Pânico na Band, transformaram-se em ferramenta de piadas. No último dia 18, um deles “invadiu” a casa do apresentador Otavio Mesquita, no Morumbi. Para mostrar do que a parafernália é capaz, a produção do programa filmou uma modelo de seu elenco de lingerie pelas janelas de um apartamento. “Olhe o que pode acontecer com você que está em um momento íntimo”, avisou o apresentador Daniel Peixoto, que pilotou a brincadeira. A traquinagem de maior repercussão, porém, foi levada ao ar no dia 11, mostrando o aviãozinho da trupe, dotado de câmera e alto-falante, sobre a zona rural de Itu, onde é gravado o reality show A Fazenda, da concorrente Rede Record. Objetivo: fazer imagens e dedurar para a então confinada Scheila Carvalho que ela havia sido traída pelo marido, o que iniciou uma disputa entre as emissoras. Ao completar a espionagem, o equipamento caiu no local. Os apelos para sua devolução rendem até hoje mais assunto para o Pânico. Reduzir a geringonça, no entanto, a mera bisbilhoteira ou produtora de cenas hollywoodianas seria subestimar uma revolução em curso. Fruto de uma tecnologia que se aperfeiçoou bastante nas últimas décadas, ela atua hoje a serviço de órgãos como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do governo do estado. Ali, a meta é a elaboração de mapas detalhados. Os primeiros trabalhos estão sendo feitos desde julho em Embu-Guaçu e Itapevi, na região metropolitana. “Se derem certo, poderemos usar os drones para vistoriar rios sem ter de levar equipes completas em barcos”, exemplifica o engenheiro Caio Cavalhieri. Na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), está em estudo sua implantação para monitorar reservatórios. É só o começo. No exterior, os propósitos são mais criativos. Os drones espantam gansos que emporcalham as praias de Ottawa, no Canadá, e entregam roupas da lavanderia Manayunk Cleaners, na Filadélfia, nos Estados Unidos. Nesse último caso, trata-se de uma peça de marketing: apenas um cliente escolhido por sorteio a cada mês tem direito à mordomia, e a peça não pode ultrapassar 2,3 quilos. No setor de segurança urbana, a tecnologia se tornou realidade em cidades como a inglesa Liverpool. No estado do Rio de Janeiro, um desses mini-helicópteros ajudou policiais a localizar, e depois prender, criminosos em um manguezal de Macaé. A caçada tecnológica ocorreu em 5 de agosto. Em São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública não estuda, por ora, alçar voo nesse sistema, mas a novidade já chama a atenção do segmento privado. “Estamos pensando em desenvolver algumas versões terrestres dos drones, em carrinhos, para condomínios fechados”, diz Rafael Durante, diretor técnico da empresa Haganá. Com a demanda, profissionais especializados surgem na capital. Luís Neto Guimarães, de 24 anos, importou o primeiro exemplar em 2009. Estreou o negócio registrando um campeonato de skate para um fabricante de energéticos, mediante permuta (no caso, 24 latinhas do produto). Atualmente, seu principal filão é a publicidade, pois pode produzir tomadas antes inacessíveis para helicópteros, que nem sempre conseguem chegar perto do solo e cujo aluguel dificilmente fica abaixo de 1 000 reais por hora. Guimarães acumulou oito drones, ganhou um ajudante e está prestes a trocar o escritório de 16 metros quadrados por um cinco vezes maior. Outro dos pioneiros na área foi o francês Eric Bergeri, que fundou a idrone.tv em 2010 na cidade. Hoje, administra uma frota com sete modelos. A principal demanda é audiovisual — a empresa já fez, por exemplo, gravações institucionais em lugares como a Estação Júlio Prestes e videoclipes como o da canção Reza, de Rita Lee. “Evitamos apenas filmar sobre aglomerações, por questão de segurança”, conta Regis Mendonça, diretor comercial da idrone.tv. O fotógrafo Edmilson Mendonça, especializado em publicidade, é outro que vem ganhando dinheiro com a máquina. “Até 2009, usava um balão movido a gás hélio para conseguir cliques aéreos, mas o custo era maior”, explica. Ele mesmo monta seus drones, juntando com cola de alta fixação as peças vindas separadamente do exterior.
Na região da Rua Santa Ifigênia, o aparelho tem causado burburinho. No estande Pinguim (entrada pela Rua Vitória, 244), o modelo chinês V959 custa 380 reais, com câmera incluída. Há, nas proximidades, uma loja batizada de Drone Mania, de Marcos Rodrigues Júnior. Ele comercializa equipamentos da marca francesa Parrot, que estão entre os mais populares no mundo para uso pessoal e pesam menos de meio quilo. Esses aparelhos são comandados pelo celular e saem por 1 800 reais em dezoito prestações. Em média, Rodrigues vende dez unidades e conserta trinta a cada mês. “A procura aumentou depois dos protestos de rua, quando ganharam notoriedade”, constata. O técnico de celular Kleiton Pena Pereira, de 29 anos, comprou o seu no início do ano. Já o manobrou no Pico do Jaraguá e no centro da cidade, por lazer. “O pessoal fica louco para saber o que é.”
Com tal facilidade de aquisição, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Aeronáutica trabalham em uma proposta de regulamentação que deverá ficar pronta neste ano. O objetivo é evitar que os zangões eletrônicos ponham aviões em risco – no Aeroporto JFK, em Nova York, o FBI abriu investigação em março depois que um piloto da Alitalia relatou a presença de um drone perto de sua rota. A Anac terá de definir se os robôs que flutuam por aí serão considerados aeronaves ou brinquedos. Essa diferença é importante porque, para a Aeronáutica, aeromodelos recreativos não precisam de autorização, desde que fiquem longe do pouso e da decolagem das aeronaves. A discussão sobre privacidade e propriedade privada, enquanto isso, está só no começo. “Especialmente quando os aparelhos são conjugados com tecnologias de reconhecimento facial, é muito fácil que sejam utilizados tanto para vigilância estatal quanto para interesses particulares, como por paparazzi ou bisbilhoteiros de forma geral”, afirma Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, que prevê muita confusão no horizonte com a tecnologia. A era dos drones, como se vê, está apenas começando. |
Servidores do HFA protestam
Cerca de 30 trabalhadores do Hospital das Forças Armadas (HFA) fizeram mais uma manifestação na manhã de ontem em frente ao Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios. Em greve há mais de um mês, os manifestantes carregaram um caixão acompanhado por uma funcionaria caracterizada como a presidente Dilma Rousseff, que chorava de luto pela morte do hospital.
O grupo, formado por médicos, enfermeiros e servidores administrativos, reivindica a criação de uma gratificação especial por serviços prestados à Presidência da República e do plano de carreira, além da redução da carga horária de trabalho de 40 horas semanais para 30 horas. Segundo Alesandro Coátio, coordenador da sessão sindical, o HFA é o único hospital militar que tem jornada tão extensa.
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Vagas para deficientes
DIEGO AMORIM
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão judicial que obriga as companhias aéreas a reservarem pelo menos duas poltronas para deficientes com renda familiar per capita de até um salário mínimo. A regra vale para qualquer voo doméstico, conforme sentença anterior, proferida no mês passado pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Em recurso apresentado à Suprema Corte, a Gol — alvo específico do processo, embora a norma em vigor alcance todas as empresas do setor — alegou que, se fosse obrigada a respeitar a reserva de lugares para deficientes, teria de transferir o ônus financeiro para os demais passageiros. De acordo com a decisão do TRF, os bilhetes em questão não serão subsidiados.
O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, rebateu a postura da empresa, sugerindo que fossem adotados argumentos além da “simples redução da perspectiva dos resultados financeiros”. Barbosa disse que a disponibilidade de “singelos dois assentos” para deficientes não tem “intensidade suficiente para retirar o interesse na exploração econômica do serviço”.
A Gol não quis se pronunciar sobre a sentença e limitou-se a dizer que se manifestaria “nos autos do processo”. A companhia que desrespeitar a medida fica sujeita a R$ 10 mil de multa por dia. A fiscalização é da Agência Nacional de aviação Civil (Anac).
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Mais grades de proteção para o Sete de Setembro
Desfile na Esplanada contará com 18 mil metros de estrutura de retenção, 4 mil a mais que em 2012. Medida é preventiva diante da expectativa de protestos marcados pelas redes sociais. Custo do evento vai superar em R$ 30 mil o do ano passado
SHEILA OLIVEIRA E LEANDRO KLEBER
As comemorações do Sete de Setembro na Esplanada dos Ministérios deverão atrair cerca de 50 mil pessoas no sábado. A festa custará R$ 829 mil aos cofres públicos, valor que supera em R$ 30 mil o de 2012, porém menor do que os de anos anteriores. Além das comemorações militares, o Eixo Monumental também deverá registrar protestos contra a corrupção e a impunidade, que estão sendo organizados nas redes sociais.
Na última quinta-feira, o Correio mostrou que as manifestações dos últimos dois meses em várias cidades do país fizeram com que o Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa mudassem o roteiro tradicional do desfile na capital federal. Uma das medidas adotadas foi reduzir o tempo da apresentação em cerca de uma hora para evitar maior exposição de autoridades políticas, principalmente da presidente Dilma Rousseff.
Este ano, 18 mil metros lineares de grade de segurança de metal com 1,10m de altura serão instalados ao longo do Eixo Monumental. Nas edições passadas, o total gradeado não ultrapassou 14 mil metros. As alterações na programação são preventivas, diante de publicações nas redes sociais que convidam a população para protestar contra causas diversas. No mesmo dia do desfile, previsto para ocorrer pela manhã, a Seleção Brasileira enfrenta a Austrália no Estádio Mané Garricha, às 16h. Segundo integrantes do setor de segurança responsável pelos eventos, o momento cívico é mais preocupante do que a partida de futebol.
Sem Esquadrilha
Nessa edição, não haverá a tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça devido à substituição dos aviões T 27 (Tucano) pelo A 29 (Super Tucano). Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, os pilotos que integram o grupo de apresentação ainda estão em treinamento para operar a nova aeronave.
O início do evento está previsto para as 8h15. Na tarde de ontem, 13 escolas do DF, sendo três particulares e 10 instituições públicas, fizeram o ensaio geral no Setor Militar Urbano. Cerca de mil estudantes treinaram por três horas a coreografia e a música que serão apresentadas no próximo sábado. “Estamos ajustando os últimos detalhes técnicos”, disse Adriana Corrêa, assessora de Eventos da Secretaria de Educação do DF.
Diversas manifestações estão programadas para o Sete de Setembro. Mas, segundo o estudante de direito Pedro Souza de Alcântara, do grupo Pacifismo Ativo, não há consenso sobre o local de concentração dos manifestantes. “Estamos na fase de mobilizar as pessoas por meio das redes sociais. O intuito é percorrer a Esplanada a partir do Congresso Nacional”, adiantou. Em uma página de rede social, 14 mil pessoas confirmaram presença. Pedro informou que o número de manifestantes deverá ser repassado para a Polícia Militar do DF. “Não planejamos uma manifestação violenta”, ressalta.
Preparativos
Confira como estará a Esplanada dos Ministérios em 7 de Setembro:
» O governo espera 50 mil pessoas no desfile » Gasto total com a organização do evento: R$ 829 mil » Cinco tribunas, com capacidade total para 1,1 mil pessoas sentadas » Arquibancadas para 22 mil pessoas com assentos de estrutura metálica » Tablados para pessoas com deficiência, que comportam 200 espectadores » Palanque de imprensa para 150 profissionais » 18 mil metros de grade de segurança de metal com 1,10m de altura |
Aeroporto do Recife fecha pista de decolagem para reforma
Interdição acontece da 0h às 7h desta segunda-feira até 19 de outubro
Segundo o Serviço de Informações da Aeronáutica, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre estará fechado para pousos e decolagens, de 2 de setembro a 19 de outubro, entre a 0h e as 7h da manhã. Nesta segunda-feira aconteceu a primeiro dia de interdição.
O motivo do bloqueio durante este período são obras na pista, desde seu recapeamento até checagem de todos os pontos estruturais. A Superintendência Regional da Infraero informou, ainda, que a medida é comum em aeroportos de grande porte. Aeroportos menores tendem a fazer a manutenção sem precisar fechar a pista, utilizando apenas os intervalos entre os voos. A interdição terá prosseguimento em em outras quatro etapas: de 20 de outubro a 15 de dezembro, das 23h às 6h; de 3 a 15 de fevereiro de 2014, das 23h às 6h; de 16 a 26 de fevereiro de 2014, das 00h às 7h; e de 12 de março a 10 de maio de 2014, das 00h às 7h. Terão voos afetados as seguintes companhias aéreas: Azul Linhas Aéreas, Copa Airlines, Cargolux, Gol Linhas Aéreas, Avianca, TAM e Trip Linhas Aéreas. |
Que falta um cinto de segurança faz
Turbulência de 10 segundos em avião da TAM que fazia a rota Madri-Guarulhos deixa 15 feridos. Dois são mineiros
Uma turbulência de apenas 10 segundos no voo 8065 da TAM, vindo de Madri, na Espanha, com destino a Guarulhos (SP), deixou 15 pessoas feridas e obrigou o avião a fazer um pouso de emergência, na madrugada de ontem, no Aeroporto Internacional de Fortaleza. Entre os feridos, estava um casal de Uberlândia, que foi atendido no aeroporto e embarcou novamente para São Paulo. Uma das passageiras, a colombiana Tatiana Roncancio, de 32 anos, sofreu uma fratura na coluna. De acordo com o Hospital Instituto Dr. José Frota, de Fortaleza, apesar disso ela está conseguindo mexer os membros, inclusive as pernas. Tatiana também teve uma luxação no cotovelo.
A colombiana e outra estrangeira, a peruana Graciela Aguilar, de 52 anos, eram os únicos feridos que permaneciam internados até o início da noite de ontem. Graciela também teve um trauma cervical, mas os exames não apontaram fratura na coluna. Segundo a assessoria do hospital, elas se chocaram contra o teto do avião no momento da turbulência.
O voo partiu às 18h11 (horário de Brasília) da Espanha e deveria chegar ao aeroporto internacional de Guarulhos às 4h55. Segundo relatos de passageiros, a turbulência ocorreu por volta da 1h, em região próxima à linha do Equador. Segundo a TAM, dos 15 feridos, três eram tripulantes da aeronave. Dos 168 passageiros, 121 embarcaram novamente para São Paulo em outro voo da TAM, no início da tarde.
O casal de Uberlândia (MG) relatou os momentos de tensão. "Foi horrível, eu não gosto de ficar lembrando, porque foi horrível. Eu bati com a cabeça e fez um galo. Muita gente se machucou, quem estava sem cinto machucou", disse a funcionária pública Luciana Melo, de 48 anos. O marido dela, o gerente de obras Nilton Santos, de 50 anos, machucou as costas. "Achei que eu ia morrer. A primeira coisa que eu fiz foi pedir a Deus, rezei muito", afirmou ele. Ambos embarcaram ontem mesmo para São Paulo, para pegar a conexão à cidade mineira.
O impacto da batida da cabeça de um dos passageiros fez um buraco no teto da aeronave
Os passageiros contaram que a turbulência foi muito forte e de rápida duração, cerca de 10 segundos, mas suficiente para que pessoas fossem arremessadas contra o teto do avião. "O suficiente para jogar longe todo mundo que estava sem cinto", afirmou o programador Ricardo Pontes, de 23 anos. Segundo ele, não houve tempo para que o aviso de colocar os cintos de segurança fosse acionado. "Teve gente que bateu e cortou a cabeça, que machucou o nariz. Várias partes do avião foram danificadas com o impacto da batida de cabeças. Muita gente entrou em pânico. Uns choravam e outros rezavam. Não aconteceu nada comigo porque eu estava sentado e usava cinto de segurança", relatou Pontes. Segundo ele, muitos começaram a gritar, desesperados. "Deu um pouco de medo. Parecia que ia cair ou que o avião tinha batido em alguma coisa. Uma senhora que estava de pé, aguardando para ir ao banheiro, caiu em cima do próprio braço e teve uma fratura", contou ele.
O advogado Ricardo Ramires, de 33 anos, conta que "o céu estava limpo" no momento do incidente. "Pelo que vi, não estava nublado, não tinha tempestade, nada disso. Simplesmente foi uma coisa repentina", disse. "Foi muito rápido, eu estava meio adormecido, não parecia que a gente estava em uma zona de turbulência. Teve uma quedinha pequena e de repente um estrondo, acho que foi mais das coisas que bateram. As pessoas que estavam sem cinto acabaram se machucando porque bateram no teto", lembra Ramires.
Logo após o episódio, bombeiros e uma médica a bordo prestaram os primeiros socorros aos feridos e o comandante decidiu pousar em Fortaleza. A maioria foi atendida no aeroporto. Em nota, a TAM afirmou que "lamenta o ocorrido e está prestando a assistência necessária a seus passageiros e funcionários".
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Segurança para os desfiles
7 DE SETEMBRO - Comando da PM traça estratégias para evitar tumultos em manifestações programadas pelas redes sociais
Landercy Hemerson, Sheila Oliveira e Leandro K.
As comemorações do 7 de Setembro em Brasília (DF) deverão atrair cerca de 50 mil pessoas no sábado. A festa custará R$ 829 mil aos cofres públicos, valor que supera em R$ 30 mil a de 2012, porém menor do que os de anos anteriores. Além das comemorações militares, o Eixo Monumental deverá registrar protestos contra a corrupção e a impunidade, que estão sendo organizados nas redes sociais. Em Minas Gerais, este ano o foco da Polícia Militar vai além da organização dos desfiles, já que há uma maior preocupação em garantir a segurança de quem for assistir ao ato cívico, principalmente em Belo Horizonte.
Ontem o comando da PM se reuniu no fim da tarde para discutir as estratégias de ação. O coronel Antônio Carvalho, chefe do Comando de Policiamento Especializado, confirmou que estão sendo analisadas várias possibilidades, tendo em vista os recentes protestos em todo o país. Segundo ele, nas redes sociais o que se percebe são manifestações cívicas, positivas, sem qualquer ameaça. "Estamos muito mais atentos, pois não é só no estado, mas no Brasil, no mundo, houve uma mudança na forma de protestar", explicou.
Para Carvalho, o 7 de Setembro em Minas será marcado pelo civismo social. "Será uma data de manifestação da sociedade como um todo. O desfile militar e de civis faz parte do calendário nacional, é um ato cívico. Há aquela parte da sociedade que está descontente e, no contexto democrático, tem seu direito de protestar, como vem ocorrendo há anos com o Grito dos Excluídos. O que não podemos é permitir ações que coloquem em risco a integridade física das pessoas, principalmente, considerando o grande número de crianças que participam do desfile e assistem a ele."
MUDANÇAS
Os protestos dos últimos dois meses em várias cidades do país fizeram com que o Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa mudassem o roteiro tradicional do desfile em Brasília. Uma das medidas adotadas foi reduzir o tempo da apresentação em cerca de uma hora para evitar maior exposição de autoridades políticas, principalmente da presidente Dilma Rousseff.
Este ano, 18 mil metros lineares de grade de segurança de metal com 1,10m de altura serão instalados ao longo do Eixo Monumental. Nas edições passadas, o total gradeado não ultrapassou 14 mil metros. As alterações na programação são preventivas, diante de publicações nas redes sociais que convidam a população para protestar contra causas diversas. No mesmo dia do desfile, previsto para ocorrer na manhã de sábado, a Seleção Brasileira enfrenta a Austrália no Estádio Mané Garricha, às 16h. Segundo integrantes do setor de segurança responsável pelos eventos, o momento cívico é mais preocupante do que a partida de futebol.
Com uma pauta ampla de reivindicações, o grupo intitulado Anonymous planeja pelas redes sociais atos de protesto em 140 cidades brasileiras durante o 7 de Setembro. A manifestação está sendo organizada pelas redes sociais. Segundo o Facebook, até ontem cerca de 370 mil pessoas haviam confirmado presença. Na página do evento são exibidos links para as manifestações locais.
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Turbulência fere 15 passageiros
Voo da TAM que fazia a rota Madri-São Paulo precisou fazer escala forçada na capital cearense após incidente. Testemunhas relataram momentos de pânico
Uma turbulência deixou 15 pessoas feridas e um avião da TAM, que viajava de Madri para São Paulo, teve de fazer um pouso forçado, na madrugada de ontem, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. "A turbulência foi muito forte e causou pânico dentro da aeronave", disse o paulista Pedro Luiz, um dos 200 passageiros do avião da TAM.
Os 15 feridos - três comissários e 12 passageiros - foram levados para o Instituto José Frota (IJF), maior hospital de emergência de Fortaleza, onde foram internados com ferimentos como luxações e fraturas. Entre as vítimas havia brasileiros, poloneses, espanhóis e colombianos. Apenas duas permanecem internadas. A colombiana Tatiana Roncancio teve uma fratura na coluna.
O Airbus fazia o voo 8065, que saiu por volta de 22 horas de domingo de Madri. A turbulência ocorreu quando a aeronave passou pelo Equador. À 1h50 de ontem o avião pousou para atendimento a passageiros e comissários que se feriram. Houve fraturas e luxações na tripulação e em passageiros. Quinze pessoas foram levadas em ambulâncias para o IJF.
Um novo voo da TAM marcado de Fortaleza para Guarulhos levou os demais passageiros que não se feriram. Em nota, a companhia disse lamentar o ocorrido e afirma estar prestando a assistência necessária a todos.
Os 121 passageiros chegaram ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, às 17h30. Mas somente às 18h20 começaram a sair pelo portão de embarque. Alguns estavam bem-humorados e outros, abatidos. Pelo menos duas mulheres saíram chorando e não quiseram conversar com a imprensa. Um homem exibia um corte na testa, com sangue seco. Os passageiros pareciam cansados. "Nós acabamos tendo que encarar mais três horas de voo (de Fortaleza) com pessoas chorando, gritando, em pânico, ensaguentadas", disse Vagner Moreira, contador de 37 anos que mora em São Paulo.
O físico colombiano Andrés Martínez, de 30 anos, afirmou que a viagem estava tranquila até o momento da turbulência, que durou cerca de 10 minutos. "A viagem estava em voo de cruzeiro, mas, de repente, começou a tremer e parecia que o avião estava caindo. Eu estava de cinto, mas dava para ver várias pessoas, malas e coisas no ar". Segundo Martínez, algumas pessoas apresentavam feridas na cabeça, após terem batido com força no teto da aeronave.
A TAM divulgou uma nota na qual afirmou que as causas do ocorrido estão sendo apuradas.
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Dilma faz reunião de emergência com ministros sobre espionagem
Figueiredo (Itamaraty) e Amorim (Defesa), entre outros, estão no Planalto. Fantástico mostrou que Dilma foi alvo de ação de espionagem dos EUA.
Priscilla Mendes - Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff convocou para a manhã desta segunda-feira (2) uma reunião de emergência com ministros, segundo o G1 apurou, para tratar da denúncia, divulgada no Fantástico deste domingo (1º), de que ações de espionagem do governo dos EUA incluíam como alvo a presidente Dilma.
Estão com a presidente, no Palácio do Planalto, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Luiz Alberto Figueiredo (Itamaraty), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Helena Chagas (Comunicação Social), Paulo Bernardo (Comunicações) e Celso Amorim (Defesa).
Mais cedo, Figueiredo, se reuniu com o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon. A reunião, no Palácio do Itamaraty, foi marcada para tratar sobre a denúncia. Após a reunião, o embaixador Thomas Shannon saiu sem falar com a imprensa. O Itamaraty e a embaixada americana ainda não comentam o que foi dito pelo ministro e pelo embaixador no encontro.
Na noite de domingo, após a reportagem ter revelado que a presidente Dilma era alvo das ações de espionagem, o governo já havia manifestado que iria pedir explicações para Thomas Shannon.
Denúncia
Documentos classificados como ultrassecretos, que fazem parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, obtidos com exclusividade pelo Fantástico, mostram a presidente Dilma Rousseff, e o que seriam seus principais assessores, como alvo direto de espionagem da NSA. Um código indica isso.
O jornalista Glenn Greenwald, coautor da reportagem, foi quem recebeu os papéis das mãos de Edward Snowden - o ex-analista da NSA que deixou os EUA com documentos da agência com a intenção de divulgar o sistema de espionagem americano no mundo.
Glenn afirmou que recebeu o documento na primeira semana de junho, quando esteve com Snowden em Hong Kong. “Ele me deu esses documentos com todos os outros documentos no pacote original.”
O pacote tinha milhares de documento secretos. Glenn analisou esses papéis com Snowden durante uma semana em Hong Kong. Pouco depois, Snowden fugiu para a Rússia, onde passou 38 dias na área de trânsito do aeroporto de Moscou, até ter seu pedido de asilo aceito no país.
Durante a produção, a reportagem conversou com Snowden por um programa de bate-papo protegido contra espionagem. Escondido em algum ponto do território russo, ele disse que por exigência do governo local não pode comentar o conteúdo dos papéis, mas disse que acompanha a repercussão que os documentos estão tendo pelo mundo, inclusive no Brasil.
Fantástico: como é que a gente pode avaliar o documento e saber se foram operações que foram consumadas, e não apenas projetos?
“Ficou muito claro, com esses documentos, que a espionagem já foi feita, porque eles não estão discutindo isso só como alguma coisa que eles estão planejando. Eles estão festejando o sucesso da espionagem”, afirmou Glenn.
Os documentos mostram que foi feita espionagem de comunicações da presidente Dilma com seus principais assessores. Também é espionada a comunicação dos assessores entre eles e com terceiros.
A apresentação secreta se chama "filtragem inteligente de dados: estudo de caso México e Brasil." Segundo a apresentação, o programa possibilita encontrar, sempre que quiser, uma "agulha no palheiro."
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Embraer entrega primeiro jato AMX modernizado à FAB
Ao todo, 43 jatos de combate AMX ganharão novos radares, sistemas de navegação e outras funcionalidades até 2017
A Embraer entrega amanhã à Força Aérea Brasileira (FAB) o primeiro jato de combate AMX modernizado. Firmada em 2003, a encomenda inclui revisão e modernização de 43 aeronaves até 2017. A notícia foi publicada na edição de hoje do Valor Econômico.
Além da Embraer, a Mectron e AEL Sistemas trabalham para melhorar a aeronave. Coube a primeira companhia a inclusão de um novo sistema de radares no jatinho, enquanto a segunda empresa ficou responsável pelos sistemas aviônicos (que incluem ferramentas de comunicação e navegação).
Após a modernização, o AMX vai funcionar de forma similar a outros jatos da FAB – como o A-29 Super Tucano e o F-5. Em abril, a Embraer terminou a entrega de 46 aeronaves modernizadas do último modelo. As semelhanças de comandos facilitam o controle dos aviões pelos pilotos.
AMX
O AMX é fruto de uma parceria entre a Embraer e as empresas italianas Macchi e Aeritália iniciada em 1976. A sigla AMX alude respectivamente aos nomes da Aeritália, da Macchi e ao caráter experimental do projeto. O primeiro vôo da aeronave aconteceu em 1985, segundo informações disponibilizadas pelo Centro Histórico Embraer.
Na época, a FAB arcou com cerca de um terço do desenvolvimento da iniciativa – o que equivaleu a cerca de 3 bilhões de dólares. "O projeto deu à Embraer a base tecnológica necessária para o desenvolvimento da sua linha de jatos comerciais", afirma o Valor. Hoje, a Embraer é uma das líderes da aviação comercial no mundo.
Recentemente, as dificuldades pelas quais passa o setor levaram o executivo da empresa Marco Pellegrini a afirmar que o mercado de aeronaves comerciais pode levar até sete anos para se reestruturar. A declaração foi dada às vésperas da Labace, feira de aviação executiva realizada em São Paulo no último mês.
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Mídia News - MT
Helibrás quer produzir helicóptero com projeto nacionalA fábrica na cidade mineira de Itajuba é o ponto de partida para a criação de um polo para a produção de helicópteros
O hangar lotado de helicópteros nos mais variados estágios de fabricação está tinindo de novo. Do enorme portão vê-se, à direita, a linha de montagem do modelo Esquilo, produzido no Brasil há 35 anos. À esquerda, os gigantes Super Puma, ou E725, que motivaram o investimento de R$ 420 milhões na expansão da fábrica.
Com a entrega da primeira aeronave montada no Brasil às Forças Armadas, ainda este ano, a fabricante Helibras volta suas atenções para um novo e ambicioso projeto: desenvolver o primeiro helicóptero com projeto nacional.
O esforço é fruto de uma parceria entre a empresa, controlada pela francesa Airbus, governos federal e estadual e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) com o objetivo de transformar a pequena cidade em um centro de referência internacional no setor.
A inspiração é o modelo que levou São José dos Campos (SP), a cerca de 150 quilômetros de distância, a despontar como o terceiro maior fabricante de aviões do mundo: demanda do governo para justificar investimentos e incentivo à pesquisa e inovação.
"Temos uma vantagem com relação ao que ocorreu em São José dos Campos, porque naquela época não tinha nada lá. Aqui, já temos uma empresa montando helicópteros", diz o coordenador do projeto do Centro Nacional de Tecnologia em Helicópteros (CNTH), Ariosto Jorge. Com R$ 24,5 milhões já reservados por diversas fontes - União, governo estadual, prefeitura e a própria Unifei - o projeto prevê a construção de quatro laboratórios e uma escola técnica, além da atração de empresas.
"Vamos trabalhar em parceria com a Helibras, mas queremos ir além. Queremos parceria com outras empresas para desenvolver novos fabricantes nacionais", continua Jorge. O objetivo é incentivar a fabricação de peças e equipamentos no Brasil - os helicópteros montados pela Helibras são feitos, em grande parte, com peças importadas. Uma das primeiras empresas a se instalar no CNTH deve ser a Akaer, de São José dos Campos, que já presta serviços de engenharia para a Helibras e pretende abrir uma base na cidade para se aproximar do cliente.
O presidente da Helibras, Eduardo Marson, diz que a empresa decidiu apostar em um projeto brasileiro para aproveitar o conhecimento acumulado nas últimas décadas e aliviar a pressão sobre os centros de desenvolvimento na Europa. "Eles estão envolvidos com uma série de outros projetos e aqui no Brasil já temos um histórico de produção de aeronaves, uma cultura aeronáutica forte e disponibilidade de mão de obra qualificada", explica.
Ele espera concluir no primeiro trimestre do ano que vem uma avaliação sobre o modelo, o uso e o porte da aeronave que será projetada. Depois, são necessários mais 10 anos para a fabricação da primeira unidade. Jorge, da Unifei, acredita que será possível ter um helicóptero de fabricação nacional por volta de 2020. Ele fala, porém, em modelos menos sofisticados do que os produzidos pela Helibras.
A criação de um polo aeronáutico em Itajubá é fomentada pelos acordos de transferência de tecnologia assinados entre o governo e a Helibras na ocasião da compra dos 50 Super Pumas. O CNTH foi pensado como um órgão que vai concentrar a tecnologia transferida, para poder dividir o conhecimento com outras empresas e com o meio acadêmico. O Brasil é hoje o quarto maior mercado mundial de helicópteros, com boas perspectivas de crescimento, por conta da exploração de petróleo em alto mar.Além do desenvolvimento tecnológico, a formação de mão de obra é uma necessidade apontada pelos envolvidos. Para contratar 600 pessoas, a Helibras se valeu da crise da aviação civil, que provocou demissões na Embraer, e foi buscar engenheiros em outros setores, como o automotivo. "Tanto engenheiro como projetista são grandes gargalos", concorda o diretor de marketing da Aeker, Kenzo Takatori.
A Unifei inaugurou há três anos o curso de engenharia mecânica aeronáutica e agora trabalha com o governo do estado pela implementação da escola técnica especializada em Itajubá. "É uma mão de obra muito especializada, que leva-se anos para formar", comenta.
NÚMEROS
R$ 420 milhões: É o valor que a Helibras está investindo para ampliar sua capacidade de produção, por conta dos pedidos do Super Puma.
R$250 milhões: É quanto as Forças Armadas vão pagar pelos 50 Super Pumas, que devem chegar a um índice de nacionalização em torno de 50% ao final da série.
Com economia patinando, empresa não planeja fazer nova ampliação
Hoje, 17 Super Pumas estão em processo de montagem na fábrica da Helibras em Itajubá. Fazem parte de um contrato de 50 aeronaves compradas pelas Forças Armadas por R$ 250 milhões, com o compromisso de atingir, ao final da série, índice de nacionalização em torno de 50%. As primeiras sete, montadas na França, já foram entregues. Segundo o contrato, a 50ª deve iniciar as operações em 2017.
Para atender à encomenda, a empresa contratou 600 novos funcionários, triplicando a força de trabalho. O setor de engenharia decuplicou, diante de necessidade de projetar a integração de sistemas próprios de aeronaves militares, como armamentos e sistemas de missão. No novo hangar, as salas e laboratórios são voltados para a linha de montagem, para garantir acompanhamento em tempo real dos projetos.
O Brasil é o quarto maior mercado de helicópteros no mundo, com expectativa de crescimento por causa da exploração de petróleo em alto mar. De olho nesse mercado, a Helibras lança no ano que vem a versão civil do Super Puma, conhecida como E225, montada no Brasil. É o segmento em que a empresa tem menor participação no mercado brasileiro, de 33%. Com o aumento do índice de nacionalização, a empresa espera qualificar o modelo no Finame do BNDES, que garante juros mais baixos para o comprador.
O presidente da Helibras, Eduardo Marson, diz que a empresa teve queda nas vendas por causa da retração da economia. Ele espera fechar o ano com 30 encomendas do mercado civil. Em 2010, quando bateu o recorde de vendas, a empresa teve 43 pedidos. Ainda assim, a espera por um novo helicóptero pode durar mais de um ano, embora o tempo de produção de um Esquilo, modelo mais usado no mercado executivo e pelos governos, seja de quatro meses.
"Não vale à pena ampliar a linha de montagem, porque não sabemos como estará a economia nos próximos anos", argumenta Marson. A Helibras não tem nenhum helicóptero para uso próprio, preferindo alugar aeronaves quando precisa demonstrar o produto aos clientes. "Não faz sentido eu ter um, enquanto meu cliente espera um ano para receber o seu", pondera o executivo.
Cidade vai sediar parque tecnológico e aeroporto
Para desespero dos vizinhos, o barulho provocado pelo sobe e desce de helicópteros no Distrito Industrial de Itajubá, no Sul de Minas, só tende a aumentar. E, em breve, com a inauguração do aeroporto, ao lado da Helibras, vai ganhar a companhia do zunido de aviões. Com inauguração prevista para 2015, o novo aeroporto traz a expectativa de novos negócios para a cidade de pouco menos de 100 mil habitantes, que, além de helicópteros, produz autopeças e equipamentos para transmissão de energia elétrica.
"Às vezes temos dificuldades para trazer clientes ou, principalmente, representantes do governo, por causa do acesso à cidade", conta o presidente da Helibras, Eduardo Marson.
O aeroporto mais próximo está em Pouso Alegre, a 60 quilômetros de distância. A construção do aeroporto faz parte do convênio entre governos federal, estadual e a empresa, assinado por ocasião da compra de 50 aeronaves de uso militar pelas Forças Armadas.
Os moradores da cidade não acreditam que o local venha a receber voos comerciais, mas os 1,4 mil metros de pista permitem pousos e decolagens de aviões com capacidade para até 48 passageiros. Em julho, quando anunciou o investimento, de R$ 80 milhões, o secretário de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais, Carlos Melles, informou que o aeroporto terá um terminal de passageiros.
"O aeroporto regional será construído em Itajubá pelo nível da economia local e do desenvolvimento da ciência e tecnologia", afirmou, na ocasião, o secretário. Além da Helibras, a cidade sedia uma fábrica de autopeças da Mahle e uma de equipamentos para redes elétricas e alta tensão da Alstom, dentre outras unidades de menor porte.
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PORTAL CONTAS ABERTAS
Desfile de 7 de setembro custará R$ 829 mil
Dyelle Menezes e Marina Dutra
O desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios é o maior e mais representativo ato cívico do país. A data comemora a Independência da República em 1822, quando acabou o domínio português sob o Brasil e ocorreu a conquista da autonomia política brasileira. O evento deste ano, que contará com público estimado de 50 mil pessoas, deve onerar os cofres públicos em R$ 829 mil, conforme nota de empenho emitida em agosto.
A cifra, contudo, representa apenas 36,2% do que era estimado à época da publicação do edital de licitação, por volta de R$ 2,3 milhões. A quantia a ser gasta em 2013 é maior do que os custos do ano passado, quando R$ 800 mil foram reservados para o evento. Já em 2011, a festividade consumiu R$ 900 mil. Em 2010, R$ 1 milhão foi desembolsado para o ato cívico. Em anos anteriores, as quantias foram de R$ 1,2 milhão (2009), R$ 1,6 milhão (2008) e R$ 2,2 milhões (2007), em valores correntes.
A festividade é de responsabilidade da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) que, por meio de pregão eletrônico, contratou a empresa “Sisters Promoções & Eventos Ltda” para coordenar a montagem das estruturas imprescindíveis ao desfile: tribunas de honra (onde ficarão as autoridades políticas), arquibancadas, banheiros químicos, grades de proteção, etc.
O evento contará com cinco tribunas de honra, espécies de camarotes que comportarão até 1.100 pessoas sentadas. O restante do público poderá acompanhar as comemorações das arquibancadas espalhadas pela Esplanada dos Ministérios, que terão capacidade para 22 mil pessoas. Haverá ainda quatro tablados para a acomodação de pessoas com deficiência, com capacidade para 200 pessoas.
Para nada dar errado durante o dia, o contrato prevê a instalação de dois sistemas geradores de energia e serviço de sonorização para o percurso do desfile, de 2000 metros lineares. A festa também poderá ser acompanhada por três telões que serão instalados no local.
Serão instaladas 21 unidades de banheiro químico unissex, com vaso, pia, espelho, porta gel e porta toalha com papel, 20 banheiros para pessoas com deficiência, 100 banheiros químicos masculinos e 120 femininos.
Para algumas autoridades que devem assistir o desfile das tribunas, haverá um serviço de coffee break para 200 pessoas, com salgados, bolos, folhados, biscoitos e frutas fatiadas, café, água, sucos naturais e refrigerante.
Estruturas de imprensa e transmissão
Para que o desfile possa ser transmitido para a imprensa será montado uma palanque com capacidade para 150 pessoas, construído em dois níveis. O espaço contará com oito praticáveis para TV, 30 torres para instalar delay de sonorização, duas torres de controle e cabine de locução.
Protestos
Este ano, o desfile terá início às 9h10 e será menor, com cerca de uma hora e dez minutos. De acordo com a assessoria do Ministério da Defesa, o evento estava “cansativo”, por causa do clima quente e seco da capital federal nesta época. A medida também diminuirá o tempo de exposição das autoridades no evento, que deve ser marcado por diversos protestos, que já estão programados para a data nas redes sociais.
Sem Esquadrilha da Fumaça
A tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça não vai ocorrer este ano. O Palácio do Planalto informou que o motivo é a troca de aeronaves. Os antigos T27, conhecidos como Tucanos, foram substituídos por um modelo mais moderno e pesado, os Super Tucanos. Dessa forma, os pilotos deverão passar por um período de treinamento. No dia 12 de agosto, um piloto e um copiloto da Força Aérea Brasileira (FAB) morreram durante uma missão a bordo de um Super Tucano A-29, em Pirassununga, São Paulo.
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