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Gol descarta uma possível fusão para competir com TAM









Companhia aérea espera um avanço de até 21% no fluxo interno de passageiros em 2010.

Previsão é de transportar 36,5 milhões de passageiros

Gol planeja atender o aumento de demanda esperado para as festas de final de ano (AE).

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes fechou nesta sexta-feira a compra de 30 aeronaves modelo 737-800, fabricadas pela Boeing, por 2,7 bilhões de dólares a preços de tabela
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, descartou nesta sexta-feira a possibilidade de uma fusão com empresas estrangeiras para fazer frente à associação da concorrente TAM com a chilena LAN, anunciada recentemente. "Não há nenhuma conversa em andamento", afirmou.

Em teleconferência com jornalistas para comentar os resultados financeiros do terceiro trimestre, o executivo afirmou que não vê necessidade de uma associação. "Somos hoje a maior companhia com modelo de baixo custo da América Latina e não pretendo abrir mão desse modelo de negócio", disse.

O executivo afirmou que o objetivo da empresa no momento é dar continuidade à atual estratégia de redução de custos, aumento de rentabilidade e redução da alavancagem. "Queremos reforçar o nosso modelo de negócio. Acredito que temos condições de competir com qualquer concorrente, independente do tamanho", afirmou.

Constantino reiterou a previsão da empresa de encerrar o ano com uma taxa de ocupação de 70%, apesar de ter ultrapassado esse porcentual no terceiro trimestre de 2010. O executivo adiantou que a demanda continuará forte no último trimestre do ano. "As vendas realizadas até agora indicam que continua a pressão de demanda em novembro e dezembro, ou seja, manterá um nível bom", declarou.

Apesar do aumento constante do número de passageiros que viajam com a empresa, Constantino adiantou que a rentabilidade medida pelo yield (valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro) deverá ficar estável no quarto trimestre, com ligeiro viés de alta.

Hoje, ao divulgar o balanço referente ao terceiro trimestre, a Gol informou que espera um avanço entre 14% e 21% no fluxo interno de passageiros em 2010, comparativamente ao ano anterior. A previsão da empresa é transportar entre 31,5 milhões e 36,5 milhões de passageiros no ano.

Final de ano - O presidente da Gol informou que a empresa está em pleno processo de contratação e que o aumento de pessoal deverá ser suficiente para atender o aumento de demanda esperado para as festas de final de ano. "Estamos concluindo o processo de treinamento de 147 novos copilotos, profissionais que já poderemos contar no período de alta temporada", afirmou.

O executivo informou ainda que a empresa deverá divulgar no início de dezembro seu plano de contingência para o período de final de ano, período de grande fluxo nos aeroportos. Segundo o executivo, o plano prevê desde a disponibilização de voos extras e aviões reservas, como aumento do pessoal.

Constantino informou ainda que com a chegada de novos copilotos, alguns desses profissionais que já trabalham na empresa serão promovidos a piloto. Além disso, a empresa está em processo de contratação e formação de 50 novos comandantes. "Não vejo problemas para o final do ano", garantiu.

Multa - Sobre a multa de 2 milhões de reais aplicada à empresa pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por problemas enfrentados em agosto com escala de pessoal, Constantino informou que a empresa está estudando se cabe ou não recurso e qual seria a melhor alternativa. "Estamos dentro do prazo e ainda discutindo se vamos recorrer ou não", disse.

Na época, o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) creditou os problemas ao fato de a empresa tradicionalmente trabalhar "no limite" das normas legais da carga de trabalho de suas tripulações.

Recursos - O vice-presidente financeiro da Gol, Leonardo Pereira, afirmou que a empresa não tem necessidade de fazer captações no curto prazo, mas admitiu que a empresa deverá ir ao mercado se houver boas oportunidades. "Se o mercado estiver bom podemos captar, mas não há pressão no curto prazo", disse.

O executivo lembrou que o tema é dinâmico e leva em consideração uma série de fatores, entre eles manter a meta de ter um saldo de caixa de pelo menos 25% da sua receita líquida. "Além disso, temos como meta para o médio prazo reduzir a relação de dívida e Ebitda para 4,5 vezes", lembra.

A empresa encerrou setembro com uma dívida líquida de 1,836 bilhão de reais, aumento de 9,2% ante o segundo trimestre de 2010 e queda de 22,9% sobre o mesmo período do ano passado. Considerando os demais compromissos financeiros, a dívida líquida ajustada vai para 5,764 bilhão de reais, ficando praticamente estável em relação ao registrado no final de junho deste ano.

Fonte: REVISTA VEJA, via NOTIMP

Foto: Luis Argerich




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