|

NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 27/09/2015 / Gibi da Turma da Mônica traz dicas de segurança de voo


Gibi da Turma da Mônica traz dicas de segurança de voo ...


São Paulo - Aeronáutica aposta na influência das crianças sobre os adultos para mudar hábitos que ameaçam a segurança na aviação - e, para a tarefa, conta com a parceria de um dos maiores autores infantis brasileiros: Mauricio de Sousa. Com tiragem de um milhão de exemplares, foi lançado ontem (26) um gibi da Turma da Mônica que explica, por meio do personagem Chico Bento, o perigo de alimentar aves nas proximidades dos aeroportos, já que os animais podem entrar nas turbinas do avião.

“A educação e a conscientização sobre a importância da segurança de voo é eficaz quando iniciada ainda na infância. Além disso, crianças são potenciais formadores de opinião na família”, afirma o coronel Alexandre Prado, chefe da Divisão Operacional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Mauricio de Sousa concorda com a estratégia: “Criança é muito ativa e com certeza influencia nas ações e costumes da família. Por isso, essa revista sobre os cuidados para quem mora nas imediações de aeroportos tem uma grande força para evitar acidentes com os aviões”.

O convite da Aeronáutica para o autor participar do projeto ocorreu ainda em 2013, quando saiu a primeira edição da revista (com 850 mil exemplares) e que tratava dos perigos do uso dos lasers e dos balões perto de aeródromos. Agora, foram reimpressos 500 mil desses gibis para serem distribuídos junto com os novos em aeroportos, escolas e eventos aeronáuticos.

O lançamento ocorreu ontem (26) em São Paulo durante evento fechado promovido pela Aeronáutica a crianças de baixa renda. Mais de 500 meninos e meninas de diversas instituições sociais participarão de atividades no hangar da Força Aérea Brasileira no Campo de Marte, zona norte. Eles tiveram a companhia da Turma da Mônica e de Mauricio de Sousa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



MINISTÉRIO DA DEFESA


Em Jornada Climática, Defesa debate impactos das mudanças ambientais nas operações militares


Marina Rocha

Brasília, 25/09/2015 – Nesta sexta-feira (25), militares das Forças Armadas estiveram reunidos para a Jornada de Trabalho sobre Mudanças Climáticas. O evento, que aconteceu durante todo o dia, no auditório do Ministério da Defesa, teve o objetivo de apresentar impactos das mudanças climáticas em operações marítimas, terrestres e aéreas. Ademais, foram apresentados relatórios prospectivos de alterações no clima para até o ano 2100.
Logo pela manhã, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Fernando Perondi, explicou o funcionamento de seu órgão. Ele disse que a instituição está dividida em três camadas: acesso ao espaço, infraestrutura espacial e aplicações. Esses setores cuidam de temas como meteorologia e ciência do sistema terrestre, entre vários outros.
Perondi mostrou, também, como são gerados cenários futuros para chuvas, precipitações e temperaturas, no formato de gráficos. “Esses mapas servem de entrada para outros estudos”, alertou. Com tecnologia, as prospecções são realizadas em períodos bem espaçados, como os anos de 2040, 2070 e até mesmo 2100.
Sobre o clima, destacou que de acordo com estudos do Inpe, a tendência é que a temperatura seja cada vez mais quente em toda a América do Sul. No Brasil, o máximo de aquecimento será na região Centro-Oeste em todas as estações do ano. No caso das chuvas, haverá aumento no extremo oeste da Amazônia.
Forças Armadas
A apresentação da Marinha ficou a cargo do capitão-de-fragata Felipe Santos. O oficial citou alguns eventos climáticos que já estão em andamento no país, tais como ondas de calor, chuvas pesadas, furacões, inundações e secas, geleiras e niveis do mar subindo.
“A mudança no clima de ondas pode alterar o transporte de sedimentos e a morfologia costeira, gerando impactos sobre as estruturas e benfeitorias, como, por exemplo, em instalações portuárias”, falou.
A nível mundial, segundo ele, pode haver escassez de alimentos, água potável, energia e terras agrícolas, o que geraria aumento das tensões entre países e colapsos econômicos.
Para o capitão-de-fragata, “o acompanhamento e as possíveis consequências das alterações climáticas devem estar previstas nas estratégias de defesa e segurança nacionais. É fundamental o monitoramento de dados ambientais e a realização de estudos científicos para refinar as projeções e permitir a reavaliação regular dos riscos, vulnerabilidades e oportunidades”.
Já o Exército ficou sob a responsabilidade do coronel Moacir Rangel Junior. Ele acredita que é necessária uma nova estruturação da Força Terrestre, já que a instituição vem sendo constantemente empregada para ações de ajuda humanitária no caso de catástrofes naturais. Por conta disso, está em experimentação doutrinária uma equipe do Exército só para atuação nessas situações. Inicialmente, os testes acontecem em Recife (PE).
O coronel exemplicou, ainda, iniciativas sustentáveis em curso. Uma delas é o programa de baterias de sódia da Usina de Itaipu, que servirá, por exemplo, para suprir energia dos pelotões especiais de fronteira. A tecnologia recarrega o equipamento por meio de força eólica ou solar.
No que diz respeito às soluções para o problema do clima, o militar sugeriu que o tema seja estudado pelo Estado-Maior do Exército e pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Força. “Não existe, ainda, nenhum desdobramento da temática em curso.”
Por fim, a Aeronáutica apresentou os impactos das mudanças climáticas nas operações aéreas por meio do tenente-coronel Paulo Roberto Bastos de Carvalho. De acordo com seus estudos, com a variação de temperatura, há diferença no desempenho das aeronaves.
Também advertiu que, com o tempo, os aeroportos sofrerão impactos e a malha aérea deverá ser alterada. Acerca do aumento no nivel do mar, detalhou que as consequências vão de encontro à alta incidência de tempestades, principalmente em áreas costeiras.
“O Brasil vai sofrer grandes variações climáticas de Norte a Sul e vai impactar nas operações aéreas. É uma situação nova para a Força que deverá ser pensada”, afirmou.
O chefe da Assessoria de Doutrina e Legislação da Defesa, general Manoel Lopes de Lima Neto, acrescentou que no caso do ministério, já existe um protocolo de intenções para atuação em casos de desastres naturais, quando o apoio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica é solicitado. “Este memorando é em conjunto com os ministérios da Integração e da Saúde.”

JORNAL ESTADO DE MINAS


Gibi da Turma da Mônica traz dicas de segurança de voo


São Paulo, 26 - Aeronáutica aposta na influência das crianças sobre os adultos para mudar hábitos que ameaçam a segurança na aviação - e, para a tarefa, conta com a parceria de um dos maiores autores infantis brasileiros: Mauricio de Sousa. Com tiragem de um milhão de exemplares, será lançado hoje (26) um gibi da Turma da Mônica que explica, por meio do personagem Chico Bento, o perigo de alimentar aves nas proximidades dos aeroportos, já que os animais podem entrar nas turbinas do avião.
“A educação e a conscientização sobre a importância da segurança de voo é eficaz quando iniciada ainda na infância. Além disso, crianças são potenciais formadores de opinião na família”, afirma o coronel Alexandre Prado, chefe da Divisão Operacional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Mauricio de Sousa concorda com a estratégia: “Criança é muito ativa e com certeza influencia nas ações e costumes da família. Por isso, essa revista sobre os cuidados para quem mora nas imediações de aeroportos tem uma grande força para evitar acidentes com os aviões”.
O convite da Aeronáutica para o autor participar do projeto ocorreu ainda em 2013, quando saiu a primeira edição da revista (com 850 mil exemplares) e que tratava dos perigos do uso dos lasers e dos balões perto de aeródromos. Agora, foram reimpressos 500 mil desses gibis para serem distribuídos junto com os novos em aeroportos, escolas e eventos aeronáuticos.
O lançamento ocorre hoje (26) em São Paulo durante evento fechado promovido pela Aeronáutica a crianças de baixa renda. Mais de 500 meninos e meninas de diversas instituições sociais participarão de atividades no hangar da Força Aérea Brasileira no Campo de Marte, zona norte. Eles terão a companhia da Turma da Mônica e de Mauricio de Sousa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


"Não cabem atalhos na Constituição", diz comandante do Exército Villas Boas


Ana Dubeux, Carlos Alexandre, Leonardo Cavalcanti

O gaúcho Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, é o chefe de 217 mil militares. Comandante do Exército desde o último mês de fevereiro, ele enfrenta duas das missões mais difíceis de uma carreira iniciada em 1967: o corte orçamentário que atinge os projetos definidos como estratégicos pela Força e a ausência de reajustes da categoria. “Corremos o risco de retroceder 30, 40 anos na indústria de defesa”, disse Villas Bôas. Durante entrevista exclusiva na manhã da última sexta-feira, o general também lamentou a defasagem dos rendimentos da tropa, principalmente se comparados aos de outras carreiras.
Villas Bôas teme que todos os projetos estratégicos — que incluem defesa antiaérea e cibernética, proteção das fronteiras, renovação da frota de veículos — se percam por falta de dinheiro. Ao longo de 90 minutos, no gabinete principal do Quartel-General do Exército, Villas Bôas falou pela primeira vez com um veículo de imprensa. Ele disse não haver chance de os militares retomarem o poder no Brasil, elogiou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, e disse que o país precisa de uma liderança efetiva no futuro. “Alguém com um discurso que não tenha um caráter messiânico — e é até um perigo nessas circunstâncias. Alguém que as pessoas identifiquem como uma referência.”
Programas das Forças Armadas, mais especificamente do Exército, sofrerão cortes drásticos. Como o senhor avalia essa dificuldade?
Com preocupação. A situação financeira que a gente tem ouvido é que o ano que vem será tão ruim quanto este. E 2017 também será um ano muito, muito ruim, seguido de um período razoável de crescimento muito baixo. Isso indica que não vão haver mudanças significativas no orçamento. Estamos correndo o risco de retroceder 30, 40 anos quando uma indústria de defesa era a oitava do mundo, tinha conquistado mercados externos, mas se perdeu praticamente toda. A gente corre o risco de isso vir a acontecer novamente, porque nesses anos os projetos ficaram no mínimo para não serem descontinuados. Mas, se isso prosseguir, acredito que as empresas não terão condições de manter projetos. E a perda é muito grande.
Qual é o risco imediato?
O Guarani é um programa de longo prazo, de um custo total de R$ 20 bilhões. Íamos comprar 1.200 carros, mas, neste ritmo dos cortes orçamentários, de adquirir 60 carros por ano, vamos levar 20 anos. O ciclo de implantação não será concluído e já estará obsoleto. Atravessamos um período de 30 anos de penúria orçamentária. Com isso, o Exército foi se esgarçando, porque não é da nossa natureza dizer não. Se se estabelece que é necessário o cumprimento de alguma tarefa, vamos cumprir. Nós nos acostumamos a matar um leão por dia, mas perdemos a capacidade de pensar a longo prazo, estrategicamente. Até que veio o governo do presidente Lula e essa série orçamentária que era declinante se reverteu e começou a melhorar.
Com o ministro Nelson Jobim?
O marco foi quando o presidente Lula chamou o ministro (Nelson) Jobim para o Ministério da Defesa e disse: “Sua missão é colocar a defesa na pauta de discussão nacional”. E, aí, o ministro Jobim, com o ministro Mangabeira Unger, elaborou uma Estratégia Nacional de Defesa, um marco na história da defesa. Pela primeira vez, o poder político disse aos militares qual era a concepção de Forças Armadas, o que entendiam como necessário para o Brasil. Por exemplo, a estratégia nacional de Defesa determina que o Exército deve cumprir a estratégia da presença, principalmente na Amazônia. Sempre estabelecemos que a nossa estratégia da Amazônia era a presença. Por uma coisa autoimposta. Porque a gente entendia que era a maneira adequada de tratar o tema. Mas, com a estratégia, isso teve um efeito especial, porque há uma contrapartida. Tive condições de apresentar a nota para o governo. Outra mudança importante foi em relação aos projetos estratégicos. É importante que os recursos das Forças Armadas tenham previsibilidade e regularidade, porque não adianta ter um volume grande de recursos num ano e, no outro, não ter. Com a estratégia nacional de Defesa a gente pôde fazer uma reestruturação interna do Exército.
Como assim?
Em 2010, houve o terremoto no Haiti, em 12 de janeiro. Já estávamos no Haiti. Imediatamente a ONU pediu que o Brasil dobrasse o efetivo. Eram mil e poucos homens e pediram que a gente dobrasse o efetivo. Isso custou três semanas para reunir um batalhão para levar para o Haiti. Veja que um Exército de 200 mil integrantes levar três semanas para organizar um batalhão para ir para o Haiti — isso porque a gente já estava lá — não podia ser assim. Aquilo foi uma gota d’água. Um Exército como o nosso, de um país como o nosso, tem que estalar os dedos e deslocar um batalhão nas áreas de interesse estratégico, em 24 horas, 48 horas. Então isso foi um alerta que ligou e começamos um processo de transformação. A Marinha e a Aeronáutica saíram na frente, porque eles estavam acostumados a grandes projetos, como no caso dos projetos dos aviões. A Marinha já vinha tratando do projeto do submarino. E a gente se estruturou para gerenciar esses sete grandes projetos que agora é que estão amadurecendo. Ainda estamos na fase de operação, e vamos ter essa interrupção.
É uma frustração?
É uma reversão de uma expectativa extremamente positiva.
O Brasil defende uma presença no Conselho de Segurança e, no entanto, as Forças Armadas sofrem restrições. Não há incoerência?
Um país como o Brasil, que hoje é a oitava economia do mundo, naturalmente tem assumindo uma liderança regional, na América Latina, expandindo a sua área de interesse, pleiteando assento no Conselho de Segurança da ONU. Um país que pretende atingir esse patamar tem de ter capacidade de fazer o que se chama de projeção de poder. Precisa ter presença diplomática, econômica. Preciso ter presença política, capacidade de influência, e tudo respaldado por uma capacidade de presença militar. E isso pressupõe projeções de força. O país projeta poder e essa projeção de força cabe às Forças Armadas. Estamos caminhando nessa direção, de adquirir essa capacidade de realizar a projeção de força. E agora se vê interrompido. Pelas projeções que se fazem hoje, antes de 2035, tudo que foi concebido agora estará obsoleto. Isso que está acontecendo não afeta apenas o Exército. Afeta um projeto de um país. O Brasil tem uma conjuntura estratégica peculiar. São poucos países que vivem essa preocupação, como a China, a Índia, a Rússia. Vivemos em pleno século 21 com metade do nosso território não ocupado, não integrado, não articulado, com a população não dispondo de infraestrutura social e econômica para atender às necessidades. E a única capacidade de atendimento das necessidades básicas da população está nas Forças Armadas. Isso exige de nós estar espalhados, com capilaridade no território. Com isso, temos dificuldades para trocar quantidade por qualidade. Temos que adquirir qualidade, mas, ao mesmo tempo, manter a quantidade, essa presença que temos em muitos lugares. Por exemplo, na Amazônia, a nossa presença física, um pelotão especial de fronteira, está delimitando o espaço da soberania brasileira. Até coisas básicas ela cumpre hoje. Por exemplo, as comunidades indígenas, numa grande área, dependem do atendimento médico do Exército.
O senhor atribui essa dificuldade no corte do orçamento a uma ngerência política?
Não. Atribuo à crise econômica que o país está vivendo. A partir do momento em que o Brasil apresentou esse orçamento pressupondo um deficit... A gente tem a consciência da realidade do país. Essa é uma característica nossa. O Exército tem uma interface com a sociedade. Passamos tempo na favela da Maré, a gente conhece a realidade das pessoas. E o Brasil é um país com muitos problemas de desigualdade social, de falta de infraestrutura. Eu não queria estar no lugar do governo, na área econômica, porque eu vejo a dificuldade que eles têm. O Ministério da Saúde, com todos os problemas, sofreu um corte de R$ 12 bilhões. Eu não vejo intenção política de prejudicar as Forças Armadas.
A oposição atribui ao fato de o ministro Jaques Wagner estar voltado para negociações políticas a falta de atenção com a Defesa.
Devo confessar que o Ministério da Defesa fez um bom trabalho na negociação do orçamento. Apesar dos problemas econômicos, eles conseguiram preservar programas. Poderia ter sido pior. Preciso admitir que foi um trabalho intenso e consistente. E foi uma das melhores negociações de orçamento que a gente já viu.
O Exército cada vez mais assume funções sociais, como saúde, segurança. Quando o poder público civil falha, chama-se o Exército. O senhor considera essa função atípica?
Essa questão está sempre presente nos nossos fóruns. São dois polos. Um polo é aquele que o Exército e as Forças Armadas se destinam apenas à defesa da Pátria, ou seja, o Exército ficaria só para fazer guerra. O outro polo é de gente que acredita que o Exército virou uma empresa de prestação de serviços. Mas, na verdade, o que se vê na tendência mundial é que as Forças Armadas têm de estar em condições de atender às demandas da população.
Então estamos no caminho certo?
Sim, estamos no caminho certo. O nosso projeto do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) não é um sistema para capacitar o Exército a realizar aquelas tarefas de combater o crime organizado, o narcotráfico, de armas ou contrabando. Não. É uma estrutura para que o Exército proporcione às instituições responsáveis por aquelas tarefas condições de realizá-las.
Nesse momento crítico, a questão dos salários é uma coisa forte...
É um problema grave. Se colocarmos ou fizermos um ranking dos salários das polícias militares, o Exército estará no meio.
E deveria estar aonde?
Deveria estar no topo. É um parâmetro. O que o governo tem despendido para o pagamento de pessoal das Forças Armadas vem decrescendo em relação a outros setores. Já estávamos achatados, e agora a tendência é mais ainda, o que só se agrava, porque o aumento viria até janeiro do ano que vem escalonado. E já foi adiado por sete meses. É um esforço que está sendo realizado por todo o país, só que surpreende quando a gente vê categorias ganhando aumento substancial num momento como esse. Isso, claro, aumenta a frustração interna.
O senhor fica sem discurso.
Claro.
E também perde gente capacitada.
A procura pelas Forças Armadas oscila pouco, mas é sempre alta. E nós temos dificuldade de conhecimento, a evasão aumenta nos setores de mercado, por exemplo em áreas técnicas, de engenharia, saúde. Isso é mais um dos efeitos negativos da frustração que os cortes dos projetos causam. Um engenheiro se envolve num projeto como se esse aquilo fosse a vida dele, com paixão. (Com os cortes), ele fica mais suscetível a esse tipo de atrativo externo do mercado.
Qual é o ponto de vista do Exército em relação à descriminalização das drogas?
O combate às drogas nas cidades não é atribuição nossa. Mas tomo como referência a posição de duas instituições importantes. Em primeiro lugar, as polícias, que fazem a linha de frente e sofrem com isso. Elas entendem que vai haver uma piora. Até porque já há a descriminalização. Vai se criar uma elasticidade maior, o que será mais difícil ainda de coibir. E o outro é a área médica. Conversei com o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele está muito preocupado em relação à descriminalização. Diz que, muito provavelmente, vai aumentar o índice de suicídios. O Exército não se pronunciou institucionalmente. Pessoalmente, me balizo e me manifesto por essas orientações. Mas confesso que, como está, não está bom.
O que o senhor quer dizer?
Se me perguntarem qual é a maior ameaça à segurança do país, digo que é o tráfico de drogas. Porque temos uma fronteira de quase 17 mil quilômetros. Estados Unidos e México têm 3 mil quilômetros de fronteira, e o governo americano, com todo aquele aparato policial e tecnológico, não consegue vedar. Imagine o que é para nós. Temos um país vizinho que é produtor de cocaína e maconha. Somos o segundo maior consumidor do mundo e somos corredor de passagem. Nós, do Exército, estamos muito preocupados pela iminência de que haja plantio de coca dentro de nosso território, porque foi desenvolvida uma variedade adaptada ao clima quente e úmido da Amazônia baixa. Então, junto à fronteira brasileira, está repleto de plantio de coca. Para isso passar para nosso território, é um pulo. Então há essa preocupação muito grande para que não nos tornemos também produtores de coca, porque isso altera nossa posição, juridicamente, no ambiente internacional. O tráfico na Amazônia ainda é pouco organizado, mas está caminhando para se organizar. As grandes organizações criminosas de Rio e São Paulo estão chegando lá. Em Manaus, surgiu uma grande organização, chamada Família do Norte, que faz a interface das produções dos países vizinhos com o comando de São Paulo. Na fronteira com os países vizinhos já se detectou a presença de cartéis internacionais, com modus operandi muito violento e capacidade de contaminação de instituições muito grande.
Há também o problema das armas.
De onde vem a droga, vai a arma. Paga-se um pelo outro. É um problema muito sério, que está se agravando. Os indicadores das polícias apontam a presença de armas cada vez mais sofisticadas e potentes nas mãos do crime organizado.
Qual é o atraso hoje no Sisfron?
Este ano era para termos concluído a implantação do projeto piloto no Mato Grosso do Sul e em Rondônia. Isso só vai acontecer, provavelmente, em 2016. Talvez até se estenda mais um ano. No projeto como um todo, a previsão para concluirmos a implantação era 2022. Agora, a se manter o atual ritmo, deve-se concluir em 2035, apenas, ou depois até. E nesse projeto Sisfron, que usa tecnologias críticas, mais avançadas, a obsolescência é mais rápida. Então não teremos cumprido a implementação e já estaremos às voltas com mais necessidades.
É uma crise claramente econômica. Mas há uma crise política. Há risco de instabilidade? Há preocupação do Exército nesse sentido?
Há uma atenção do Exército. Eu me pergunto: o que o Exército vai fazer? O Exército vai cumprir o que a Constituição estabelece. Não cabe a nós sermos protagonistas neste processo. Hoje o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas, que dispensam a sociedade de ser tutelada. Não cabem atalhos no caminho.
O que acha dos manifestantes que defendem intervenção militar?
É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz. Interpreto da seguinte forma: pela natureza da instituição, da profissão, pela perseguição de valores, tradições etc. A gente encarna uma referência de valores da qual a sociedade está carente. Não tenho dúvida. A sociedade esgarçou seus valores, essa coisa se perdeu. Essa é a principal motivação de quererem a volta dos militares. Mas nós estamos preocupados em definirmos para nós a manutenção da estabilidade, mantendo equidistância de todos os atores. Somos uma instituição de Estado. Não podemos nos permitir um descuido e provocar alguma instabilidade. A segunda questão é a legalidade. Uma instituição de Estado tem de atuar absolutamente respaldada pelas normas em todos os níveis. Até para não termos problemas com meu pessoal subordinado. Vai cumprir uma tarefa na rua, tem um enfrentamento, fere, mata alguém, enfim... não está respaldado. E aí, daqui a pouco, tem alguém meu submetido na Justiça a júri popular. Terceiro fator: legitimidade. Não podemos perder legitimidade. O Exército tem legitimidade por quê? Porque contribui para a estabilidade, porque só atua na legalidade. Pelos índices de confiabilidade que a sociedade nos atribui, as pesquisas mostram repetidamente, colocam as Forças Armadas em primeiro lugar. E, por fim, essa legitimidade vem também da coesão do Exército. Um bloco monolítico, sem risco de sofrer qualquer fratura vertical. Por isso as questões de disciplina, de hierarquia, de controle são tão importantes para nós. O Exército está disciplinado, está coeso, está cumprindo bem o seu papel.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL ALAGOAS 24HORAS


IC: laudo da causa do acidente do helicóptero da SSP caberá ao Cenipa

A equipe de peritos do Instituto de Criminalística que esteve no local da queda do helicóptero do Grupamento Aéreo da Secretaria de Segurança Pública na última quarta-feira (23) já começou a preparar o laudo de constatação do fato que vitimou os quatro militares alagoanos. Mas os peritos esclarecem que o laudo sobre a motivação do acidente será de responsabilidade do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II).
A perita criminal Miriam Braga, que coordenou os trabalhos do IC no local, explicou que essa é uma regra nacional da aviação civil e militar brasileira, prevista em decreto, onde, para qualquer tipo de acidente aéreo, a perícia fica a cargo da equipe do Seripa, que é formada por profissionais da Força Aera Brasileira (Fab). A equipe do IC foi responsável por constatar o acidente, as mortes, analisar toda a extensão do local do fato e os estragos ocasionados pelo impacto, explosão e incêndio do helicóptero e do automóvel.
“O nosso laudo é especifico sobre a constatação do fato no local do desastre. As causas do acidente, as condições técnicas e mecânicas da aeronave, o trajeto feito do aeroclube até o lugar da queda, todas essas respostas ficarão a cargo do relatório final da equipe do Seripa”, esclareceu a perita.
Miriam Braga informou ainda que a equipe do IC concluiu os exames periciais no mesmo dia do acidente, deixando a área isolada para a investigação por parte dos profissionais do Cenipa. O perito criminal Victor Cavalcante, que também participou da perícia, está preparando um croqui da cena, pelo qual a equipe poderá demostrar de forma mais clara o que foi observado no local da constatação.
O prazo normal para entrega do laudo seria de dez dias úteis, podendo ser prorrogado automaticamente por mais trinta dias, mas, devido à complexidade do acidente, a perita prevê que a conclusão do laudo poderá ultrapassar esse período de tempo. Já a equipe do Seripa confirmou oficialmente que eles têm o prazo de um ano para entrega o seu relatório final.

PORTAL NOTICIAS AO MINUTO (BRASIL)


Gibi da Turma da Mônica traz dicas de segurança de voo

Mauricio de Sousa concorda com a estratégia: "Criança é muito ativa e com certeza influencia nas ações e costumes da família
Aeronáutica aposta na influência das crianças sobre os adultos para mudar hábitos que ameaçam a segurança na aviação - e, para a tarefa, conta com a parceria de um dos maiores autores infantis brasileiros: Mauricio de Sousa. Com tiragem de um milhão de exemplares, será lançado hoje (26) um gibi da Turma da Mônica que explica, por meio do personagem Chico Bento, o perigo de alimentar aves nas proximidades dos aeroportos, já que os animais podem entrar nas turbinas do avião.
"A educação e a conscientização sobre a importância da segurança de voo é eficaz quando iniciada ainda na infância. Além disso, crianças são potenciais formadores de opinião na família", afirma o coronel Alexandre Prado, chefe da Divisão Operacional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Mauricio de Sousa concorda com a estratégia: "Criança é muito ativa e com certeza influencia nas ações e costumes da família. Por isso, essa revista sobre os cuidados para quem mora nas imediações de aeroportos tem uma grande força para evitar acidentes com os aviões".
O convite da Aeronáutica para o autor participar do projeto ocorreu ainda em 2013, quando saiu a primeira edição da revista (com 850 mil exemplares) e que tratava dos perigos do uso dos lasers e dos balões perto de aeródromos. Agora, foram reimpressos 500 mil desses gibis para serem distribuídos junto com os novos em aeroportos, escolas e eventos aeronáuticos.
O lançamento ocorre hoje (26) em São Paulo durante evento fechado promovido pela Aeronáutica a crianças de baixa renda. Mais de 500 meninos e meninas de diversas instituições sociais participarão de atividades no hangar da Força Aérea Brasileira no Campo de Marte, zona norte. Eles terão a companhia da Turma da Mônica e de Mauricio de Sousa. Com informações do Estadão Conteúdo.

BLOG JOGANDO JUNTOS (SP)


Equipe joseense de ciclismo corre pela Copa América

A etapa deste domingo, na Capital, terá os principais competidores do país
Valtencir Vicente
A equipe de ciclismo de São José dos Campos (Carrefour Funvic Soul Cycling Team), disputa neste domingo (27), a 1ª etapa da edição 2015 da Copa América de Ciclismo. A etapa de abertura acontecerá na região da USP, em São Paulo e deverá reunir os principais ciclistas e equipes do país.
Para a prova, o Carrefour Funvic Soul Cycling Team, terá os ciclistas Francisco Chamorro, Flávio Santos, Roberto Silva, André Almeida e Carlos Manarelli. A equipe ainda terá na prova os ciclistas Magno Nazaret; Murilo Affonso e Alex Diniz, mas que estarão defendendo a Seleção das Forças Armadas. Os três atletas, integrantes da Força Aérea Brasileira, estão nos preparativos finais para defender o país nos Jogos Mundiais Militares da Coréia do Sul.
No feminino, a equipe terá as ciclistas Luciene Silva, Cristiane Silva e Fernanda Souza.
“Estamos levando uma equipe muito competitiva. A prova é curta e deverá ser decidida no sprint, por isso estamos levando o Chamorro e o Betinho, que são especialistas nisso, além de outros grandes atletas, tudo para trazer mais um bom resultado”, enfatizou o técnico Benedito Tadeu Júnior, o Kid.

JORNAL OPÇÃO (GO)


Eduardo Cunha revela apoio à PEC que legaliza o Simve nacional

Para ele, é obvio que fica mais barato ocupar os jovens treinados pelas Forças Armadas, evitando que sejam usados para o crime. “Apoio plenamente essa PEC”, disse.
Sarah Teófilo
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) revelou ontem seu apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tem como objetivo a legalização Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (Simve), considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Em palestra no Fórum de Cidadania e Segurança Pública, e em entrevista, na manhã de hoje, no Hotel Mercury, Cunha disse que o governador Marconi Perillo fala, muito acertadamente, do aproveitamento dos homens do Simve na Segurança Pública.
Trata-se, segundo Cunha, de uma medida acertada, sobretudo porque aproveita a experiência de jovens treinados pelas Forças Armadas, por um lado, e evita que esses mesmos jovens sejam cooptados pelo crime organizado. Para Cunha, trata-se de uma medida também viável do ponto de vista econômico. “É obvio que é muito mais barato e dá ocupação a esses jovens treinados pelas Forças Armadas, evitando que sejam usados para o crime. Apoio plenamente essa PEC e vamos fazer o que for possível para fazê-la (seguir em frente), para que a gente dê essa autorização legislativa”.
Em entrevista à imprensa, Cunha reafirmou seu ponto de vista, e avisou que já pediu ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça que o envie a situação da PEC, de autoria do deputado federal João Campos (PSDB-GO), para que paute possa andar. “É preciso da admissibilidade (da CCJ), e depois a comissão precisa aprovar para (a proposta) ir a plenário. Da minha parte, farei o que for possível para ser aprovada”, disse o presidente da Câmara.

CENÁRIO MT


Especialistas debatem segurança de voos no Brasil

A Comissão de Especialistas de Reforma do Código Brasileiro de Aeronáutica se reunirá na próxima segunda-feira (28), às 10h, em audiência pública para discutir a aeronavegabilidade, que é a capacidade da aeronave realizar um voo seguro.
Serão debatidos os artigos 156 a 173 da legislação atual, que disciplinam licenciamentos, certificações. o trabalho da tripulação dos voos e as funções do comandante.
A comissão de especialistas está revisando todos os dispositivos do Código Brasileiro de Aeronáutica para ajustar a legislação às inovações tecnológicas que hoje fazem com que a comunicação dos aviões seja praticamente toda por satélite.
O colegiado é presidido pelo advogado e professor de Direito Aeronáutico Nacional e Internacional da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Georges de Moura Ferreira. E tem como relatora a doutora em Direito Internacional Maria Helena Fonseca de Souza Rolim, pesquisadora da área de estratégia espacial.
Depois de aprovado na comissão, o anteprojeto de reforma do Código será transformado em projeto de lei, a ser analisado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.



Leia também:










Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented