NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 14/03/2015

O combate à dengue em Pirassununga (SP) ganhou o reforço da Força Aérea e do Exército nesta sexta-feira (13). Os militares se juntaram aos agentes de saúde para um "Dia D" contra a doença, que já afetou 1.980 pessoas na cidade. A Força Área montou um hospital de campanha na Praça Central do município e disponibilizou sete médicos, 33 técnicos de enfermagem, quatro enfermeiros e um farmacêutico para o atendimento à população.

“Nosso papel é examinar o paciente, ver se ele realmente está com suspeita de dengue e, se ela for dos tipos A e B, encaminhar o morador para a UBS do seu bairro. Se for um caso mais grave, ele será encaminhado para Santa Casa de Pirassununga”, disse o major Maurício Soares. Os militares também realizaram visitas em busca de criadouros do mosquito. Apenas para o bairro Vila Santa Fé foram enviados cinco grupos que distribuíram panfletos e deram orientações

“Não adianta a Prefeitura ficar passando caminhões e caminhões recolhendo o lixo e orientando se a própria pessoa se acomoda. A informação que estamos passando é que você é responsável pela doença, porque em volta de cada um estão a larva e o mosquito”, disse o comandante da Academia da Força Aérea, Carlos Eduardo Almeida.

Prefeitura

A administração municipal disse que está fazendo a parte dela. A secretária de Saúde, Royce Pires Vargas, afirmou que espera que a ação e as nebulizações surtam resultado e a prefeita anunciou novos investimentos. “Tivemos que contratar empresas especializadas para o serviço, fora os funcionários que a Prefeitura já tem. Inclusive, já está saindo uma nova licitação para o aumento de pessoas trabalhando nas ruas”, contou Cristina Do Léssio.

 São Paulo - A fabricante aeronáutica sueca Saab disse que notou um "efeito Brasil" no interesse pelo modelo Gripen após a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciar a compra de 36 caças em 2014.

O responsável pela unidade de negócios da Gripen, Jerker Ahlqvist, informou que países da América do Sul demonstraram interesse pelo caça na sequência ao fechamento do negócio, mas não disse quais são esses países. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rio - Militares grávidas estão sendo sondadas para participar de evento no Palácio do Planalto com a presidenta Dilma Rousseff que vai sancionar a lei que estende a elas o direito à licença maternidade de seis meses. Apesar de o governo não confirmar, a coluna obteve informações que a cerimônia da sanção presidencial será até o dia 25, data limite para a presidenta acatar a nova legislação, já aprovada pelo Congresso Nacional.

A medida beneficiará 23 mil militares mulheres da ativa das Forças Armadas. Além do período maior de licença, que antes era de quatro meses, a nova lei deverá garantir outros benefícios tanto às gestantes como àquelas que optarem pela adoção. No caso das adotantes, a licença será de 90 dias quando os bebês tiverem menos de um ano. Quando a criança for mais velha, o benefício será de 30 dias.

As futuras mães poderão mudar de função quando suas condições de saúde exigirem, retornando ao cargo de origem logo a reversão do quadro. As mulheres que vierem a sofrer aborto, será assegurada uma licença de 30 dias. A nova legislação também tratará da da licença-paternidade de cinco dias — inclusive nos casos de adoção.

Parceria Estratégica
O Presidente da Associação das Indústrias Francesas Aeroespaciais (GIFAS), Marwan Lahoud, e o embaixador da França, Denis Pletton, foram recebidos, em Brasília, pelo Ministro da Defesa, Jaques Wagner, na quinta-feira. A visita teve o intuito de estreitar as parcerias entre os setores de defesa do Brasil e da França.

Projetos
Empresas francesas têm desenvolvido projetos em parceria com as Forças Armadas e a Industria Brasileira de Defesa, inclusive com transferência de tecnologia. Entre eles, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), de helicópteros HXBR e o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

"Não existe um padrão específico de como as sociedades capitalistas se organizam"

Robson Rocha
Professor associado da Universidade de Aarhus (Dinamarca), PhD em Economia e Negócios pela Copenhagen Business School
(Dinamarca)

Capitalismos são diferentes. Este é o grande aprendizado para aqueles que nas últimas três décadas têm investigado comparativamente o capitalismo moderno. As sociedades contemporâneas organizam suas economias, sua reprodução e dinâmicas sociais de formas próprias. Instituições locais geram específicos sistemas industriais e financeiros. Relações de trabalho entre patrões e empregados podem ser mais ou menos colaborativas. A formação da mão de obra, as relações entre empresas, a estruturação do desenvolvimento científico e tecnológico e fundamentalmente o papel exercido pelo Estado na regulação econômica e social quando combinados propiciam imensas diferenças competitivas nacionais. Não existe um padrão específico de como as sociedades capitalistas se organizam e a economia funciona. Ambientes institucionais nacionais criam o pedigree da competitividade nacional, potencializando tanto vantagens quanto deficiências empresariais.

Quais as vantagens competitivas das empresas brasileiras diante de um mundo extremamente internacionalizado e interligado? Encontramos empresas nacionais de ponta, competindo internacionalmente com empresas transnacionais. O acesso a uma mão de obra de alto nível em algumas regiões brasileiras, tanto de pessoal técnico como superior, com o intenso suporte financeiro do estado, foram capazes de dar origem e sustentação à Embraer. Difícil cogitar sua existência sem a presença de universidades de primeira linha como o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA), centros de formação como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o grande aporte financeiro proporcionado pelo estado.

Um exemplo da potencialização das deficiências é a dependência para com o capital de origem governamental, criando um limite muito estreito para que empresas possam crescer e inovar. Tendo uma das taxas de juros mais altas do mundo, retrai-se o consumo e amplia-se a resistência das empresas a buscarem financiamento não governamental. Até recentemente as empresas cresciam utilizando o autofinanciamento, baseado nos ganhos de produtividade não repassados aos salários. Os ganhos salariais e a redução da inflação afetaram negativamente as possibilidades de autofinanciamento, tornando as empresas mais dependentes dos financiamentos governamentais e outras possibilidades ainda não foram construídas.

O ambiente institucional brasileiro favorece a independência entre empresas, reduzindo a exposição ao risco; restringe os incentivos à cooperação, favorecendo a verticalização e a hierarquia empresarial. Ao mesmo tempo, o nível de confiança entre atores econômicos anônimos é baixo, tornando a confiança personalizada: confia-se nas pessoas, mas não se confia no sistema. Criamos o capitalismo de grupos.