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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/09/2014

Airbus culpa pilotos e TAM pela tragédia com o A320 ...




Em processo cível a que responde em decorrência do maior acidente aéreo da história do país, fabricante europeia nega responsabilidade pelo acidente ...



Em sua defesa em processo cível a que responde em decorrência do maior acidente da aviação brasileira, a explosão do Airbus da TAM que deixou 199 mortos em julho de 2007, a fabricante europeia Airbus culpa a TAM, os dois pilotos da aeronave e as condições do aeroporto de Congonhas pelo acidente ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL BRASIL


Força Aérea realiza exercício de busca e salvamento

Treinamento Operacional em ambiente hostil é feito na Base Aérea de Campo Grande e envolve 10 aeronaves

Mais de 200 militares de 15 unidades da Força Aérea Brasileira (FAB) estão reunidos a partir desta segunda-feira (1º) na Base Aérea de Campo Grande (BACG), em Mato Grosso do Sul, para o Exercício Operacional CSAR 2014. A sigla, do inglês Combat Search and Rescue, refere-se às missões de busca e salvamento realizadas em ambiente hostil. 
Os treinamentos envolvem dez aeronaves, entre aviões A-29 Super Tucano, uma Aerononave Remotamente Pilotada RQ-900 e helicópteros AH-2 Sabre, H-60 Black Hawk, H-36 Caracal, H-34 Super Puma e H-1H. Também participam o Segundo Grupo de Defesa Antiaérea (2° GDAAE), o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1° GCC) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento. A coordenação é realizada pela Segunda Força Aérea (FAE II).
Voos, aulas e palestras
O Comandante da BACG, Coronel Potiguara Vieira Campos, abriu oficialmente o Exercício Operacional CSAR 2014. Piloto de helicóptero, ele lembrou da evolução do conceito CSAR na FAB desde os anos 90 e a importância de reunir em um só lugar militares de várias unidades. "Há uma necessidade de auto conhecimento e conhecimento dos outros", afirmou. Para o Coronel Potiguara, mais que horas de voo, um treinamento como este pode ter a sua qualidade mensurada pelo número de lições aprendidas.
Além das missões aéreas, o exercício inclui aulas e palestras. A primeira, do próprio Coronel Potiguara, mostrou a história das missões CSAR e revelou a complexidade da atividade. "Tudo pode acontecer. É uma missão cerebral", explicou. Lembrou ainda que, durante missões CSAR, helicópteros e aviões utilizados nos salvamentos podem ser abatidos pelos inimigos.
Entre as curiosidades, a palestra revelou as primeiras tentativas de realizar missões CSAR desde a Primeira Guerra Mundial, as ações durante a Segunda Guerra Mundial, o surgimento de equipes especializadas durante a Guerra da Coreia, a experiência dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã e os desafios das tropas no Iraque e no Afeganistão. Abordou, ainda, as diferenças, as semelhanças e a integração entre as atividades das forças especiais e as missões CSAR.

Centro Vocacional Tecnológico será instalado em Natal (RN)

Local irá contribuir para a formação de recursos humanos e ampliação das atividades espaciais do País

O primeiro Centro Vocacional Tecnológico (CVT) voltado para o segmento espacial, o CVT Espacial, será instalado na área do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal (RN).
A novidade foi transmitida pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo, aos integrantes do Conselho Superior da instituição, na 68ª Reunião Ordinária do colegiado, realizada na última quinta-feira (28) no CLBI. Segundo o dirigente, o projeto está recebendo os últimos ajustes e já tem o aval do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), parceiro na iniciativa.
Avanço
Um dos objetivos do Centro é contribuir para que as ações de capacitação de monitores feitas pelo programa AEB Escola deixem de ser eventos realizados ao longo do ano e passem a ser atividades do programa.
O presidente disse também que além de um local para formação de recursos humanos, o CVT Espacial contribuirá para que a sociedade local passe a ter outro olhar sobre as atividades espaciais do país e amplie sua visão sobre as necessidades que o país tem de dominar cada vez mais as tecnologias do setor.
Lançamento
No encontro, Braga Coelho também informou que o quinto exemplar do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, o Cbers-4, está entrando na etapa final de testes na China e segue em outubro próximo para a base de Taiyuan de onde deve ser lançado em 7 de dezembro.
Também foi apresentado um relatório sobre o estágio das doze parcerias internacionais firmadas pela AEB, destacando as negociações acertadas com o Japão para o lançamento de satélites de pequeno porte a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Os integrantes do Conselho ainda foram informados pelo Major Brigadeiro da Força Aérea Brasileira, Wander Almodovar, sobre os aspectos técnicos que envolvem o lançamento do foguete VS-30, que foi lançado na última sexta-feira (29), no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.
De acordo com o Major, pela primeira vez será testado no País um foguete com motor a propulsão líquida. Para ele, o evento é de grande importância, “pois demonstra que o Brasil domina mais uma etapa da competitiva tecnologia espacial”, finalizou.

AGÊNCIA SENADO


PEC permite a professores das Forças Armadas acumular cargo civil


Aguarda designação de relator a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/2014, que estende aos militares que atuam como professores nas Forças Armadas a possibilidade de acumulação de cargo civil. A proposta, de Eduardo Lopes (PRB-RJ), tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Pelo que determina a Constituição, podem ser acumulados dois cargos de professor; um de professor e outro técnico ou científico; dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Todas as hipóteses dependem de compatibilidade de horários.
A Emenda Constitucional 77, promulgada em fevereiro, estendeu a possibilidade de acumular cargos da área de saúde aos militares. No magistério, porém, os militares ainda não podem ocupar simultaneamente cargo civil.
Para o autor da proposta, estender aos militares do quadro do magistério a cumulação de um segundo cargo poderá contribuir grandemente para o aumento da oferta de professores no mercado. A medida seria fundamental para a consecução da Meta 3 do Plano Nacional de Educação (PNE), cujo objetivo é a universalização, até 2016, do atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos, com a elevação da taxa líquida de matrículas no ensino médio, atualmente em 52%, para 85%.
Depois do exame da CCJ, a PEC ainda deve passar por discussão e votação em dois turnos no Plenário do Senado, onde precisa de três quintos dos votos dos senadores (49) para ser aprovada. Depois, a matéria segue para a Câmara.

PORTAL VEJA.COM


Airbus culpa pilotos e TAM pela tragédia com o A320

Em processo cível a que responde em decorrência do maior acidente aéreo da história do país, fabricante europeia nega responsabilidade pelo acidente

Em sua defesa em processo cível a que responde em decorrência do maior acidente da aviação brasileira, a explosão do Airbus da TAM que deixou 199 mortos em julho de 2007, a fabricante europeia Airbus culpa a TAM, os dois pilotos da aeronave e as condições do aeroporto de Congonhas pelo acidente. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A Airbus foi processada pela Itaú Seguros, seguradora da TAM, responsável por pagar as indenizações decorrentes da tragédia. Na ação, alega que o acidente se deu por causa de uma falha no projeto da aeronave. A empresa europeia nega e defende-se afirmando, segundo a reportagem, que o comandante Kleyber Aguiar Lima e o copiloto Henrique Stefanini Di Sacco, ambos mortos no acidente, foram os principais culpados.
Segundo relatório da Airbus, os pilotos não usaram o procedimento que deveria ser adotado em uma aeronave com reversor inoperante. Nesse caso, os dois manetes teriam de ser puxados para trás logo após a aterrisagem. A Airbus, afirma o jornal, alega que o piloto Lima colocou um deles em posição de aceleração. Já sobre a TAM, a fabricante europeia afirma que ofereceu à companhia um software que alertava os pilotos sobre assimetria nos manetes de potência. A aérea brasileira teria recusado a proposta. A Airbus afirma ainda que a TAM permitiu que um copiloto inexperiente participasse do voo - e sabia dos riscos de operar em Congonhas. Dessa maneira, poderia ter redirecionado o voo para outro aeroporto. Em relação a Congonhas, operado pela Infraero, a Airbus alega que a pista é muito curta e o asfalto estava fora das condições ideais.
Investigações - Relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre a tragédia, divulgado em 2009, não aponta culpados pelo acidente. O documento diz que os peritos não encontraram evidências de falha nas engrenagens dos manetes (aceleradores) do avião. Como o equipamento se encontrava muito destruído pelo fogo e pelo impacto da queda, não foi possível determinar com 100% de certeza em que posição as alavancas de potência estavam no momento em que o Airbus A320 varou a pista do Aeroporto de Congonhas e caiu logo depois.
Como o único indicativo de que os pilotos deixaram os manetes fora da posição recomendada - um na posição de aceleração e outro em frenagem - veio da caixa-preta, o Cenipa resolveu estudar as duas hipóteses mais prováveis: falha no sistema de controle de potência do jato, que teria transmitido ao motor informação diferente da que indicava o manete, ou um erro dos pilotos Kleyber Lima e Henrique Stefanini di Sacco. A segunda hipótese, diz o Cenipa, é a mais provável, "uma vez que é elevada a improbabilidade estatística de falha no sistema de acionamento" dos manetes.
A investigação da Aeronáutica encontrou diversas irregularidades em Congonhas na época do acidente: 1) O aeroporto não era certificado nos termos do Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica 139, que baliza o funcionamento de todos os aeroportos do país. 2) As obras no terminal de passageiros e no pátio de estacionamento, concluídas em 2007, não foram homologadas. 3) Não foi realizada inspeção aeroportuária especial durante nenhuma das obras realizadas em Congonhas e concluídas em 2007. 4) Não foi realizada inspeção aeroportuária especial pós-acidente. 5) Até a data do acidente, o aeroporto não dispunha de aérea de escape.
A tragédia - No dia 17 de julho de 2007 o voo JJ 3054 da TAM decolou do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em direção a São Paulo. A aeronave pousou por volta das 18h40 no aeroporto de Congonhas, na capital, mas não desacelerou durante o percurso da pista, atravessou a avenida Washington Luís e se chocou contra um prédio da própria empresa e pegou fogo. No avião estavam 187 pessoas e, nas proximidades do local do acidente, 12. Todas morreram. A pista do aeroporto havia sido reformada e liberada havia vinte dias sem o grooving – ranhuras na pista feitas para ajudar a frear os aviões.
Processo criminal - Em julho de 2011, a Justiça Federal de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, o ex-diretor de segurança de voo da TAM Marco Aurélio dos Santos, e o ex-vice-presidente de operações da empresa Alberto Fajerman. O julgamento teve início em agosto de 2013. Até hoje, ninguém foi punido.
JORNAL ESTADO DE MINAS


Pesquisa da UFRJ analisa a vulnerabilidade das aeronaves no frio intenso

Pesquisadores da UFRJ desenvolvem túnel de vento climático para analisar temperaturas que chegam a até 20 graus negativos e oferecer mais segurança aos voos comerciais

Junia Oliveira

O Brasil sai na frente para liderar, entre os países localizados abaixo da linha do Equador, pesquisas, testes e certificação de sensores e componentes aeronáuticos sob condições climáticas extremas. O túnel de vento climático foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para análises em temperaturas que chegam a até 20 graus negativos e velocidade Mach 0.3, correspondente a um terço da velocidade do som. Primeiro da América do Sul nessa classe, ele permite analisar o comportamento e a vulnerabilidade de componentes usados em aeronaves diante da formação de gelo.
Professor do Programa de Engenharia Mecânica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ, Renato Machado Cotta afirma que é preciso analisar cuidadosamente os fenômenos que ocorrem para se tentar evitar ou, pelo menos, minimizar a formação de gelo em estruturas e componentes críticos de uma aeronave diante de condições climáticas adversas. Instalado no Laboratório de Mecânica da Turbulência, um dos quatro que compõem o Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos da Coppe, o túnel tem cerca de nove metros de comprimento por quatro metros de altura.
A seção de testes tem 30cm x 30cm e dois metros de comprimento. Iniciado em 2011, o equipamento foi inaugurado no fim de maio e instalado no Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos, com o objetivo de contribuir para dar mais segurança aos voos comerciais. Segundo Cotta, coordenador do projeto, é preciso certificar com mais rigor e desenvolver sondas que possam diminuir riscos em situações tão adversas como as dos voos atualmente.
Projetado e construído por pesquisadores da Coppe, o túnel de vento custou cerca de R$ 350 mil – recurso da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj). Ele foi um compromisso assumido pela Coppe, de intensificar suas pesquisas em segurança aérea depois do acidente com o voo AF447 da Air France, que fazia a rota Rio-Paris, em 31 de maio de 2009, e matou 228 pessoas. Mais do que um desafio profissional do professor Renato Cotta, a conclusão do túnel teve uma motivação pessoal – ele perdeu filha e genro no desastre aéreo.
O pesquisador explica que sensores e equipamentos são sempre aquecidos, mas o sistema antigelo não resiste a qualquer condição. “Foi o que ocorreu com o tubo de pitot, um sensor de velocidade do AF447. Ele era certificado para temperaturas de menos de 40 graus centígrados e enfrentou menos de 52 graus, com conteúdo e umidade suficientes no ar para provocar o congelamento dos sensores”, diz. “Houve formação de gelo nos três sensores de velocidade da aeronave. Uma vez formado o gelo, as medidas de velocidade ficam todas erradas e o computador do avião devolve o controle da aeronave ao piloto”, explica o coordenador dos estudos.
Foram feitos outros dois ensaios com o tubo de pitot. Um no túnel de vento do Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que não é de formação de gelo, e outro numa aeronave da Marinha, para verificar o comportamento do sensor em condições reais de voo. “Não eram situações adversas de formação de gelo, o que seria um risco para o piloto, mas em condições normais pudemos testar os tubos e comparar com experimentos feitos em túneis de vento para asas”, explica Cotta. “Não havia resultados experimentais para tubo de pitot. Essa é a lacuna que queremos preencher: ter um túnel de formação de gelo para sensores de velocidade.”
Nova etapa
O projeto entra agora na segunda fase. Em paralelo à construção do túnel, a equipe de Renato Cotta – quatro professores e quatro pós-graduandos – trabalha em pesquisa para otimizar o sistema antigelo. Uma das ideias é produzir, com a ajuda da nanotecnologia, superfícies super-hidrofóbicas: embora haja formação de gelo, não permitem a adesão da água congelada sobre ela. “Temos as primeiras amostras de superfícies que demonstraram aderência de gelo diminuída, mas são necessários testes nas condições de voo em que o túnel de vento proporciona. Devemos levar a pesquisa a uma variação mais severa e realista”, ressalta Renato Cotta.
Por ser a primeira instalação desse tipo na América do Sul, ela vai atender à pesquisa na melhoria dos sensores aeronáuticos ou desenvolvimento de novos aparelhos, e também atende à indústria na certificação dos seus produtos, como componentes usados em aviões. Atualmente, os laboratórios disponíveis estão nos Estados Unidos e em países da Europa, sendo poucos deles em universidades.
Os túneis de formação de gelo são equipamentos de alto custo e raros no mundo. A expectativa dos pesquisadores é ter parceiros, como a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e seus fornecedores. “Conseguimos disponibilizar no país uma estrutura de testes que não tínhamos. Agora, podemos fazer esses experimentos, certificação e pesquisas de novos materiais e controle térmico. Temos condições de abrir um leque de possibilidades para pesquisas e inovação. Queremos atrair empresas que se interessem por esses dispositivos”, destaca Cotta. Além da indústria aeronáutica, o túnel brasileiro tem aplicação em outras áreas, como refrigeração, ar-condicionado, sensores meteorológicos e linhas de transmissão.

OUTRAS MÍDIAS


AGÊNCIA FRANCE PRESSE - AFP


Argentina lançará primeiro satélite geostacionário de fabricação própria

A Argentina lançará em outubro, a partir da Guiana Francesa, seu primeiro satélite geoestacionário de fabricação própria para serviços de telecomunicações, informou o governo.
"A Argentina soma-se ao seleto clube de países que produzem este tipo de satélites: Estados Unidos, Rússia, China, Japão, Israel, Índia e a Eurozona", afirmou a presidente Cristina Kirchner através de mensagens nas redes sociais Facebook e Twitter.
O Arsat-1 foi fabricado na cidade de San Carlos de Bariloche (1.650 km ao sul de Buenos Aires) pelas estatais Invap e pela empresa Argentina de Soluciones Satelitales (ArSat) com um investimento de 270 milhões de dólares.
Trata-se do primeiro de uma série de três que o país planeja construir.
Este primeiro satélite, de 1.300 quilos, fornecerá serviço de telefonia, televisão, acesso à internet e transmissão de dados para a Argentina e seus países limítrofes.
O Arsat-1, que acredita-se que terá uma vida útil de 15 anos, foi levado no sábado à capital argentina para seu envio iminente à estação de lançamento da Guiana Francesa, de onde será colocado em órbita no dia 16 de outubro.

BONDE (PR)


Helicóptero que caiu em Candói estava irregular e superlotado

O helicóptero que caiu ontem em Candói (Centro Sul do Estado) estava superlotado e com a documentação irregular, de acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O Certificado de Aeronavegabilidade (CA) da aeronave de modelo Robinson R44 Raven I, prefixo PTYFD, estava vencido desde o dia 14 de fevereiro de 2013. Já a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) estava vencida desde 12 de dezembro de 2012, de acordo com o registro. Portanto, a aeronave não estava apta a operar.
Além disso, o registro da aeronave diz que sua capacidade máxima é de três passageiros mais o piloto e, quando caiu, havia, além do piloto, cinco passageiros a bordo. De acordo com a ANAC, se durante as investigações forem comprovadas as irregularidades, os responsáveis podem ser autuados e multados. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já está no local do acidente.

GAZETA DO POVO (PR)


Quedas de aviões particulares somam 43% dos desastres aéreos no país

Um exemplo é o acidente com um monomotor ocorrido no sábado no bairro Bacacheri, em Curitiba, que resultou na morte de três pessoas
Nos últimos 10 anos, em 43% dos acidentes aéreos registrados no Brasil havia aviões e helicópteros particulares (TPP, no jargão aeronáutico), categoria em que se enquadra o monomotor Cessna 177 que caiu no bairro Bacacheri, em Curitiba, no sábado. Os dados são do relatório Panorama Estatístico da Aviação Civil Brasileira do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), há quase 10 mil aviões particulares no Brasil, o que representa praticamente 50% de todas as aeronaves registradas no país.
Segundo o major Eduardo Fatime Michelin, do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), o número de quedas de aviões privados tem a ver com a falta de estrutura dos aeroportos em que pousam. “Geralmente eles decolam ou pousam em pistas que têm menos estrutura do que as de um aeroporto maior. Isso faz com que a operação seja, digamos, mais marginal. O aeroporto do Bacacheri tem grande volume de tráfego e, logicamente, a chance de acontecer acidentes também cresce”, exemplifica.
De acordo com a Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), entre os aeroportos de pequeno porte do país, o do Bacacheri é o terceiro mais movimentado. O último dado, de 2012, revela que, em 2011, o aeroporto curitibano registrou 52.786 pousos e decolagens. Ficou atrás apenas do Campo de Marte (SP) e de Jacarepaguá (RJ).
Causas
Do total de incidentes aéreos no Brasil, incluindo voos fretados e a aviação regular, 21,83% são decorrentes de falhas no motor durante o voo, 19,10% por perda de controle em voo e 12,50% por perda de controle no solo.
A investigação sobre a queda do avião em Curitiba ainda está em curso, mas a principal suspeita é um problema com o motor da aeronave. “É a principal suspeita, mas também faz parte de um procedimento padrão que a gente tem que fazer”, conta Michelin.
Dos fatores que contribuem para os acidentes aéreos no Brasil, o relatório indica que o principal é o fator humano (15,64%).“É o julgamento de pilotagem. O profissional tem que tomar um decisão, mas acaba errando”, comenta o tenente-coronel Marcos Antônio dos Santos, do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II). Essa é uma das hipóteses, por exemplo, levantada por especialistas da Aeronáutica no caso da queda do avião do candidato à Presidência Eduardo Campos.
Vizinhos do Bacacheri estão acostumados com os “rasantes”
A representante comercial Elisabete Pascoal do Rosário, 45 anos, teve a casa atingida pelo monomotor que caiu no último sábado em Curitiba. Parte do muro e parte do teto da residência foram destruídos. No interior do imóvel, o cheiro de fumaça ainda está presente em um dos quartos.
Apesar do susto, Elisabete, que mora com os pais e a filha, diz estar acostumada com os aviões que passam pela região. “Claro que ficamos um pouco mais receosos por causa do acidente, mas quando eu vim morar aqui já imaginava. Estamos é inconformados com as vítimas”, relata.
Além de Cleber Luciano Gomes e o sobrinho do deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), Silvio Roberto Romanelli, de 52 anos, o acidente matou também Mounir Saleh Brahim, de 48 anos. Um dos passageiros - Hélio Corrêa - seguia hospitalizado até ontem à noite, em estado grave.
40 minutos
Durante os 40 minutos em que a reportagem ficou na residência de Elisabete, ao menos dez aviões passaram pelo local; alguns, fazendo muito barulho, passavam em voos rasantes, bem próximos do telhado da casa de Varlete Nunes de Alves Polli, que mora na frente do imóvel de Elisabete.
No acidente de sábado, parte do avião atingiu o carro de Varlete. O teto do veículo ficou todo amassado. “Não dá nem para abrir a porta do motorista. Os vidros estão quebrados. Espero que alguém pague o prejuízo”, diz. Até agora, segundo ela, ninguém entrou em contato.
Investigação
O acidente está sendo investigado pelo Cenipa. A principal suspeita é de falha no motor do avião, mas o órgão também está atuando em outras frentes. “Além do motor, temos outras linhas de investigação, como excesso de peso, problemas no balanceamento de carga e até erro operacional co­metido pelo piloto”, relata o major Eduardo Fatime Mi­chelin, do Serviço Regional de In­vestigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seri­pa), braço regional do Cenipa.
Nos últimos 10 anos, o Paraná foi palco de 6% de todos os acidentes aéreos ocorridos no país, levando em consideração os acidentes da aviação geral e aviação regular. O estado que apresenta maior número de acidentes é São Paulo (21,20%), seguido do Mato Grosso (10%), Rio Grande do Sul (8%), Pará (6,54%), Minas Gerais (6,36%), Rio de Janeiro (6,27%) e Goiás (6,18%).
Já no ranking de incidentes aéreos, quando não há mortes ou danos muito graves nas aeronaves, o Paraná ocupa o 4º lugar, com 8% dos casos, atrás de São Paulo (17,62%), Rio Grande do Sul (10,07%) e Minas Gerais (9,38%).

DIÁRIO DO GRANDE ABC


Omnisys dá suporte aos radares do País

Conhecido por ser um dos principais polos automotivos do País, o Grande ABC começa a estabelecer bases para ganhar, cada vez mais, relevância nacional também na área da indústria da defesa. Neste segmento, uma das empresas da região que é referência nacional é a Omnisys, de São Bernardo, que acaba de renovar o contrato para manutenção e suporte técnico dos equipamentos instalados no parque de radares do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro).
Segundo o diretor geral da companhia, Luiz Henriques, a renovação com o Decea é importante sob vários aspectos. “Além de ratificar a confiança no trabalho da Omnisys, dá continuidade à atividade de serviços (que, de forma geral, incluindo outras operações, representa 20% da receita da empresa)”, disse.
O executivo destaca que, além de dar manutenção ao radar LP23SST (ou Banda L), feito em São Bernardo e que tem 400 km de alcance, o contrato se destina a dar suporte a equipamentos fornecidos pelo grupo francês Thales (controlador da Omnisys), como os de aproximação de aviões e que estão presentes nos principais aeroportos nacionais, entre eles, Congonhas, Guarulhos, Brasília, Galeão e Santos Dumont. Esse serviço de suporte, segundo ele, é possível graças à transferência de tecnologia que a companhia francesa implantou, fruto de programas da Aeronáutica, e que envolveu treinamento da equipe de técnicos da subsidiária brasileira, e o recebimento de conjunto de meios de controle de qualidade, além da realização de ampla capacitação da empresa. O primeiro contrato de suporte com a Decea foi assinado, originalmente, com a Thales, em 2007, e depois foi assumido pela Omnisys, em 2012.
Luiz Henriques destaca que a companhia tem a expectativa de participar do SGDC (Sistema Geostacionário de Defesa e Comunicações) – contrato orçado em R$ 1,3 bilhão entre a Visiona (parceria entre Embraer e Telebras) e a Thales Alenia Space, que vai fornecer o satélite para garantir a segurança das comunicações das Forças Armadas e ampliar o acesso à banda larga no País.
Nesse programa está previsto o recebimento de tecnologia por indústrias nacionais, que envolve outros recursos que não os que estão locados no SGDC, diz o executivo. Segundo Henriques, a AEB (Agência Espacial Brasileira) é que decidirá quem será beneficiado. “Estive com o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho, há cerca de um mês, e ele confirmou que a Omnisys faz parte das que estão incluídas no rol das que devem ser contempladas”, disse.
A expectativa da empresa da região, que hoje conta com 200 funcionários, é crescer 10% em relação ao faturamento do ano passado e chegar ao fim de 2014 com R$ 85 milhões. Considerando a dificuldade que o Brasil tem em relação ao seu crescimento econômico, o diretor considera que esse é um bom desempenho.
E há outros fatores que podem ajudar a impulsionar mais esses resultados. A Omnisys tem interesse em concorrer para fornecer radares para equipar o caça Gripen NG, que será fabricado no Brasil pela companhia sueca Saab e que vai equipar a Força Aérea Brasileira. Para isso, em São Bernardo, será construída a partir de 2015 fábrica de aeroestruturas dessa aeronave, por meio de parceria entre a Saab e a indústria Inbra, que tem sede em Mauá.



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