|

NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/12/2013

Possível fim de bases aéreas mexe com o meio militar Divulgação/STI-BAFL


Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




ZERO HORA


Possível fim de bases aéreas mexe com o meio militar


Para comprar caça suecos de R$ 4,5 bilhões, instalações militares podem ser fechadas

Possível fim de bases aéreas mexe com o meio militar Divulgação/STI-BAFL
Ainda não é oficial, mas a decisão é dada como certa nos meios militares do país: as bases aéreas de Fortaleza, Santos e Campo dos Afonsos (RJ) serão desativadas. É provável que o mesmo aconteça com a unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) em Florianópolis e uma redução de efetivos em Anápolis (Goiás).
O objetivo seria capitalizar a FAB, num momento de grandes gastos com a compra da nova aeronave de interceptação estratégica (os 36 caças suecos Grippen,que custarão R$ 4,5 bilhões).
Os militares negam, mas alguns sinais de que a notícia é correta começam a acontecer: aviões de Fortaleza, Bandeirantes de treinamento, já foram levados para Natal (RN). A histórica base do Campo dos Afonsos, berço de um esquadrão de Hércules (quadrimotores de transporte) e outro de helicópteros, será esvaziada, com transferência de aeronaves para o Galeão e para Santa Cruz (RJ), respectivamente, avisa o jornal O Globo. Em Anápolis, que abriga Mirages até a semana que vem, o vazio tomará conta, enquanto os Grippen não chegam — e vão demorar anos para chegar. O rumor abalou a auto-estima de militares Brasil afora.
E Florianópolis? Lá as aeronaves são sete Bandeirantes de patrulha marítima, os famosos Bandeirulhas. O comandante nega, mas há rumor de que serão transferidos. Há várias razões para a população desgostar desse tipo de desmobilização. Bases ativas têm cerca de mil funcionários. Uma base sem aviões fica com no máximo 100 pessoas, para guarda e manutenção. São 900 famílias de classe média a menos, dinheiro circulando a menos, segurança de menos.
O gaúcho Nelson Düring, editor do site Defesanet.com.br (especializado em assuntos militares), admite que a FAB, por problemas financeiros e até logísticos, não tem capacidade de fazer política de ocupação territorial como o Exército. Ele também entende que a compra dos caças exija contenção de despesas, mas lamenta.
— No âmbito administrativo é compreensível, mas como estratégia de proteção nacional, é inadmissível — desabafa.

Público x privado - Senador diz que devolverá verba de voo


Renan viajou na semana passada em avião da FAB para Recife, onde fez implante de cabelo

Cinco dias depois de usar avião oficial para cumprir agenda privada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu nesta segunda-feira pagar aos cofres públicos os gastos da viagem.
Renan viajou no dia 18 à noite, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), de Brasília para Recife, onde passou por cirurgia para implante capilar.
A decisão foi tomada após Renan enviar uma consulta ao comando da Aeronáutica para saber se cometeu alguma "impropriedade". No pedido para o uso da aeronave, Renan informou à FAB que a motivação do deslocamento era "serviço". O valor do ressarcimento não foi informado por sua equipe.
A assessoria de Renan não explicou por que o presidente do Senado usou o avião da FAB para se deslocar até Recife. Conforme publicou no sábado o jornal Folha de S.Paulo, Renan usou aeronave para viajar na noite do dia 18 à capital de Pernambuco, onde, no dia seguinte, submeteu-se a uma cirurgia para implantar 10 mil fios de cabelo. A agenda oficial publicada no site do Senado não registrava compromissos do peemedebista em Recife.
O decreto que regulamenta o uso de aviões da FAB por autoridades não prevê viagens para fins particulares. A norma permite o uso por questões de segurança e emergência médica, serviço e deslocamentos para o local de residência permanente.
Pelas regras, "o transporte de autoridades civis em desrespeito" ao decreto "configura infração administrativa grave, ficando o responsável sujeito às penalidades administrativas, civis e penais aplicáveis à espécie".
Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o uso de avião da FAB para fins particulares "fere" a imagem do Congresso Nacional. - A devolução é o mínimo que se pode exigir nesta hora - afirmou.O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), disse que faltou "desconfiômetro" a Renan:- Essas extravagâncias expõem o Congresso ao ridículo. A FAB não é táxi aéreo.

Esta foi a segunda vez neste ano que Renan usou avião da FAB para fins particulares
Em junho, foi a Trancoso (BA) para o casamento da filha do colega Eduardo Braga (PMDB-AM). Depois que sua viagem foi tornada pública, reembolsou R$ 32 mil à União.
A Aeronáutica informou que disponibilizou na semana passada um avião para o transporte do presidente do Senado atendendo a regras firmadas e abstraindo questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem. Nota divulgada nesta segunda-feira pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica diz que foge à alçada do Comando da Aeronáutica julgar os motivos da viagem.
Na segunda-feira à noite, já com os implantes de cabelo, Renan fez um pronunciamento de final de ano em cadeia nacional de rádio e TV exaltando a sua gestão.

O ESTADO DE SÃO PAULO


Após uso particular de avião oficial, Renan exalta austeridade de sua gestão


Pronunciamento em rádio e TV, exibido na noite desta segunda, foi gravado pouco antes de o presidente do Senado viajar para Recife em aeronave da FAB para fazer um implante capilar

Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV exibido na noite desta segunda-feira, 23, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) exaltou a austeridade das decisões tomadas em sua gestão na presidência do Senado que, segundo ele, deram respostas às manifestações de rua. O vídeo foi gravado pouco antes de Renan usar avião oficial da Força Aérea Brasileira para viajar ao Recife, onde se submeteu a um implante capilar. Renan disse que, em 2013, houve uma demonstração de cidadania e amadurecimento, com os protestos de rua. E destacou que, logo após as primeiras manifestações, o Senado aprovou uma série de novas leis em beneficio da população.
Entre elas, a eliminação dos 14º e 15º salários dos parlamentares e servidores da Casa; a adoção da lei da ficha limpa para que as pessoas se tornem servidores públicos; fim do voto secreto para cassações de mandato e análise de vetos presidenciais; a destinação dos royalties do petróleo para saúde e educação; a proposta de emenda à Constituição que regulamenta a profissão de empregada doméstica.
O presidente do Senado fez questão de destacar os cortes que fez no orçamento da Casa este ano. Segundo Renan, foram economizados R$ 260 milhões em despesas. O valor anunciado nesta segunda-feira, 23, é um "encolhimento" de R$ 15 milhões em relação ao que disse ter economizado na semana passada, quando fez um balanço aos senadores antes do recesso parlamentar.
"A austeridade no Senado, você acompanhou, mostrou que é possível fazer mais com menos", disse, usando como exemplo o corte de funções comissionadas, o que ele chamou de "eliminação de privilégios". Ele afirmou que iria recomendar a reversão dos recursos economizados para projetos sociais.
Cirurgia
 O presidente do Senado usou na quarta-feira da semana passada um avião da FAB para ir a Recife, com o objetivo de fazer uma cirurgia de implante de cabelo. Nesta segunda-feira, 23, a Força Aérea divulgou nota em que diz que foge da alçada dela julgar o uso da aeronave pela autoridade.
"A transparência e o controle social nos ajudam a corrigir erros, a eliminar riscos e a aperfeiçoar distorções (sic)", finalizou Renan Calheiros, ao desejar a todos boas festas, no pronunciamento de cinco minutos.

FAB: foge à alçada julgar motivo da viagem de Renan



A Aeronáutica informou nesta segunda-feira, 23, que disponibilizou na semana passada um avião para o transporte do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em voo de Brasília a Recife, atendendo regras firmadas e abstraindo questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem. Nota divulgada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica cita que foge à alçada do Comando da Aeronáutica julgar os motivos da viagem.
"Informamos que, em atendimento à solicitação contida em ofício de 17 de dezembro de 2013, da Subchefia de Gabinete da Presidência do Senado Federal, o Comando da Aeronáutica disponibilizou o apoio de aeronave para viagem a serviço, conforme solicitado", cita a nota divulgada nesta segunda-feira.
O texto destaca, ainda, que "em resposta ao ofício recebido da Presidência do Senado, de 23 de dezembro de 2013, que solicita esclarecimento sobre eventual impropriedade na requisição de aeronave para viagem de Brasília a Recife, no dia 18 de dezembro de 2013, o Comando da Aeronáutica informou que observa fielmente o disposto no Decreto nº 4.244, de 22 de maio de 2002, abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem o qual, embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando julgar."
A assessoria do senador já informou que Calheiros deverá devolver o valor gasto com o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em seu deslocamento de Brasília para Recife na última quarta-feira (18). Renan viajou para a capital de Pernambuco com o objetivo de fazer um implante de cabelo e não tinha compromissos oficiais naquela data.
De acordo com dados do site da FAB, o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou a seu destino às 23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros, provavelmente convidados de Renan, uma vez que não há registros de que o voo tenha sido compartilhado. O senador informou à FAB que a viagem era "a serviço". O uso da avião da FAB para fins particulares foi revelado pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
É a segunda vez neste ano que o presidente do Senado utiliza um avião da FAB em compromissos particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro aos cofres públicos.

Chuva recorde tira mais de 46 mil das casas no ES; Dilma decide ir ao Estado


Temporais continuam. A Secretaria Nacional de Defesa Civil emitiu alertas de risco muito alto de inundação e deslizamento na região serrana e de alagamentos em Linhares e Colatina. Número de mortos chega a 6 e 45 dos 78 municípios decretaram emergência

Mais da metade dos municípios do Espírito Santo se encontra em estado de emergência, por causa das chuvas que atingem o Estado há sete dias. É a pior temporada de chuva desde 1979. A média histórica para dezembro não chegava aos 300 milímetros -e neste mês deve ultrapassar os 700, segundo o Instituto Meteorológico Incaper.
O número de mortos subiu ontem para seis e o total de pessoas que tiveram de abandonar as casas chegou a 46.189. A presidente Dilma Rousseff vai sobrevoar hoje as regiões mais atingidas. Em Minas, várias cidades também vivem situação de calamidade por causa dos temporais (leia abaixo).
São 4.669 desabrigados, que foram levados para escolas e abrigos municipais, e 41.520 desalojados, que estão em casas de parentes ou amigos. Soldados do Exército e da Força Nacional chegaram anteontem para reForçar os trabalhos de resgate, principalmente no interior, onde vários rios transbordaram. Dos 78 municípios capixabas, 45 estão em estado de emergência, tanto no interior quanto na Região Metropolitana. Desses, 22 já elaboraram o decreto municipal que relata uma situação de anormalidade (emergência ou estado de calamidade pública).
Uma mulher de 50 anos morreu soterrada na localidade de Laranjal, no município de Itaguaçu, bastante atingido pela enxurrada e por deslizamentos de terra. Foi a segunda morte na cidade e a sexta no Estado. As outras mortes ocorreram em Colatina, Nova Venécia, Baixo Guandu e Paraju. Em todo o Estado, pelo menos 45 pessoas ficaram feridas.
Na segunda-feira voltou a chover forte na Grande Vitória. Cinco casas desabaram na capital. Houve quedas de barreira nas cidades de Serra e Viana. A : Defesa Civil informou que o levantamento de pessoas afetadas pelas chuvas continua prejudicado pelo difícil acesso.
"Temos várias pessoas ilhadas e municípios que foram destruídos", disse o coronel Edimilson Ribeiro, comandante dos Bombeiros. Uma mulher com sintomas de enfarte foi resgatada em casa e atendida no caminhão do Exército. Em Serra, uma barragem ameaça ceder. O nível do Rio Doce subiu mais de seis metros, provocando inundação na estrada que dá acesso à cidade de Colatina.
Ajuda
O governo decretou situação de emergência. No fim de semana, o governador Renato Casagrande (PSB) pediu ao governo federal o envio de bombeiros da Força Nacional de Segurança. Setenta e dois militares chegaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo informações oficiais, nunca havia chovido tanto em dezembro no Espírito Santo. A Secretaria Nacional de Defesa Civil emitiu alertas de risco muito alto de inundação e deslizamento na região serrana e de alagamentos em Linhares e Colatina. O Corpo de Bombeiros abriu uma conta para receber doações para as vítimas das chuvas no Espírito Santo (Banestes, agência 271, conta corrente número 23.765.589).

DIÁRIO CATARINENSE


Base Aérea de Florianópolis foi o assunto desta segunda-feira na Tapera


Vizinhos se dividem quando perguntados sobre a desativação da instalação militar

O futuro da Base Aérea de Florianópolis virou o assunto do dia entre os vizinhos da unidade militar nesta segunda-feira. 
Quem concorda com a desativação das instalações fala da possibilidade de encurtar em cerca de 10 quilômetros o trajeto entre o Centro e a Tapera. Sem falar nos congestionamentos que poderiam ser evitados com a nova alternativa. Aqueles que têm autorização para cortar caminho e transitar pela unidade diariamente, ainda que com restrições de horário, não gostam da ideia de perder a segurança proporcionada pela simples presença dos militares.
– Não tenho do que reclamar. São os melhores vizinhos do mundo e ninguém me incomoda. Apesar das restrições no trânsito, a presença deles garante tranquilidade – fala o policial militar Pedro Adelino da Rosa, 51 anos, que nasceu e cresceu na Rua do Sol Nascente, na Tapera, e não acredita que a Base Aérea de Florianópolis venha a ser desativada pela Aeronáutica.
Nas guaritas de acesso à Base nenhum militar falou sobre o futuro. Extraoficialmente, disseram que ouviram falar da desativação pela imprensa, mas não têm mais detalhes e nem podem comentar o assunto.
Nessa segunda-feira, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica em Brasília negou a desativação das instalações em Florianópolis, apesar das notícias de que cortes de despesas serão necessários para garantir os R$ 4,5 bilhões que serão gastos na compra de 36 caças suecos Gripen. A informação é de que as atividades feitas hoje em SC seriam transferidas para a Base Aérea de Canoas (RS), que continuaria a realizar o patrulhamento do mar do litoral Sul. Em nota, a Aeronáutica esclarece que realiza estudos constantes para concentrar meios e otimizar custeio, mas neste momento não há definição específica para a unidade em SC.
Apesar da declaração oficial, está em andamento um plano de reestruturação das Forças Armadas para superar o "estado de penúria", como diz Alexandre Galante, ex-militar e consultor. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.
"É correto e necessário cortar gastos"
Diário Catarinense – A possível desativação da Base Aérea de Florianópolis é reversível?
Alexandre Galante – Não acredito. Faz algum tempo que as Forças Armadas convivem com dificuldades básicas, como treinar pilotos e manter aviões voando. Já houve mudanças em Santos (SP), Afonso (Rio de Janeiro) e Fortaleza.
DC – O senhor acha correta a decisão de cortar despesas fechando ou transferindo unidades?
Galante – Sim. É inteligente, correto e necessário cortar onde se pode.
DC – O senhor acredita que essa decisão em relação à Base Aérea de Florianópolis está relacionada a compra dos caças suecos?
Galante – Independentemente da compra dos caças isso aconteceria. É preciso cortar para não permanecer no estado de penúria em que se encontram as Forças Armadas, o que vem acontecendo há bom tempo.

AGÊNCIA SENADO


Alvaro Dias aguarda explicações sobre uso de avião da FAB pelo presidente do Senado



O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cobrou nesta segunda-feira (23) informações sobre o uso do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em uma viagem a Recife.
- Há normas estabelecidas e se elas foram desrespeitadas há que se exigir o pagamento. Mas isso não é suficiente. O Congresso Nacional, especialmente o Senado, está trabalhando para recuperar credibilidade e respeito. E certamente com atitudes dessa natureza, não há possibilidade de recuperação - afirmou o senador, em entrevista coletiva.
A viagem está sendo questionada pela imprensa em razão do fato de que Renan mora em Maceió. A ida a Recife poderia ser considerada, portanto, de caráter particular.
Ainda de acordo com Alvaro Dias, que classificou a o uso do avião como "deslize", o episódio "deve servir de exemplo e impedir que fatos semelhantes venham a ocorrer futuramente”. Alvaro Dias disse ainda que a devolução dos recursos é o “mínimo” que pode ser feito.
Renan Calheiros já anunciou, por meio da assessoria de imprensa, que devolverá o valor gasto, caso o uso do avião da FAB seja considerado impróprio. O presidente do Senado encaminhou ofício com consulta sobre o caso ao comandante da FAB, Juniti Saito.

AGÊNCIA BRASIL


Companhia aérea diz estar em “choque” com tese de suicídio de piloto



Maputo – Representantes da empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) admitiram hoje (23) ter ficado chocados e profundamente preocupados com a tese de suicídio do comandante do voo TM-470, que provocou 33 mortes, apontada no relatório sobre a queda do avião.
"A LAM manifesta profunda preocupação e choque quanto ao conteúdo da declaração divulgada pelas autoridades de investigação em relação ao inquérito em curso, alusivo à perda do voo TM-470, ocorrida em 29 de novembro", diz um comunicado da companhia moçambicana enviado nesta segunda-feira (23) à Agência Lusa.
No último sábado (21), o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Aviação Civil de Moçambique, João Abreu, revelou que o comandante do voo TM-470, Hermínio dos Santos Fernandes, teve "a clara intenção" de derrubar o aparelho Embraer 190.
A hipótese da existência de algum problema mecânico ou técnico com o avião produzido no Brasil já havia sido anteriormente afastada. Segundo João Abreu, as escutas feitas na caixa-preta - que registra as comunicações do voo - permitiram perceber que, no momento da queda, o comandante, considerado experiente com mais de 9 mil horas de voo, estaria sozinho no interior da cabine de comando da aeronave.
Além dos sons dos diversos alarmes acionados automaticamente pelo avião, o responsável disse que se "ouvem insistentes batidas na porta da cabine, batidas essas" que teriam “sido ignoradas” por Hermínio Fernandes.
As caixas pretas também teriam revelado que a altitude do voo foi alterada manualmente três vezes, de 38 mil pés (cerca de 11.500 metros) para 592 pés (cerca de 180 metros), antes do choque do aparelho com o solo.
"A LAM vai solicitar o relatório detalhado que evidencia e prova os fatos e as conclusões preliminares da referida declaração e continuará a cooperar inteiramente com as autoridades de investigação", diz a companhia moçambicana no comunicado.
A LAM ainda não se pronunciou sobre a questão das indenizações às famílias das vítimas do desastre, mas especialistas avaliam que dada a tese de suicídio, elas poderão não ser ressarcidas pelas seguradoras da empresa.
O voo TM-470 da LAM caiu em 29 de novembro na Namíbia, no Parque Nacional de Bwabwata, quando fazia a ligação Maputo-Luanda. A tragédia matou 33 pessoas: 27 passageiros e seis tripulantes.
 
VEJA.COM


Renan diz que irá devolver valor de viagem ao Recife


O valor a ser ressarcido ao Tesouro Nacional, por meio de uma Guia de Recolhimento da União (GRU), ainda será calculado pela Força Aérea Brasileira

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai devolver aos cofres públicos o valor referente à sua viagem de Brasília para Recife feita em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na última quarta-feira para fazer um implante de cabelo. O valor a ser ressarcido ao Tesouro Nacional, por meio de uma Guia de Recolhimento da União (GRU), ainda será calculado pela FAB, segundo informou nesta segunda-feira a assessoria de Renan.

Mais cedo, a Aeronáutica divulgou uma nota confirmando ter disponibilizado um avião para o transporte do senador atendendo a regras firmadas e abstraindo questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem. A mensagem cita que foge à alçada do Comando da Aeronáutica julgar os motivos da viagem. Renan não tinha compromissos oficiais na data.
"Informamos que, em atendimento à solicitação contida em ofício de 17 de dezembro de 2013, da Subchefia de Gabinete da Presidência do Senado Federal, o Comando da Aeronáutica disponibilizou o apoio de aeronave para viagem a serviço, conforme solicitado", cita a nota divulgada nesta segunda-feira.
O texto destaca, ainda, que "em resposta ao ofício recebido da Presidência do Senado, de 23 de dezembro de 2013, que solicita esclarecimento sobre eventual impropriedade na requisição de aeronave para viagem de Brasília a Recife, no dia 18 de dezembro de 2013, o Comando da Aeronáutica informou que observa fielmente o disposto no Decreto nº 4.244, de 22 de maio de 2002, abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem o qual, embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando julgar."
De acordo com dados do site da FAB, o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou a seu destino às 23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros, provavelmente convidados de Renan, uma vez que não há registros de que o voo tenha sido compartilhado. O senador informou à FAB que a viagem era "a serviço". O uso de avião da FAB para fins particulares foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.
É a segunda vez neste ano que o presidente do Senado utiliza um avião da FAB em compromissos particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, na Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro aos cofres públicos.

ESTADO DE MINAS


Em dia com a política


PINGAFOGO

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu ontem pagar aos cofres públicos os gastos da viagem feita em avião da Força Aérea Brasileira de Brasília para o Recife (PE), onde passou por cirurgia para implante capilar. A decisão foi tomada após Renan enviar uma consulta ao comando da Aeronáutica para saber se cometeu alguma "impropriedade". O valor do ressarcimento não foi informado.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade (PMDB), chega de Brasília hoje a Belo Horizonte para o Natal. Avisa que virá em avião de carreira. Para não deixar dúvidas, exibe a passagem da Gol, voo 1083, poltrona 17A.

PORTAL UOL


No registro da Aeronáutica, cirurgia capilar de Renan foi evento de serviço



Ao ceder um jato para que Renan Calheiros voasse de Brasília para Recife na última quarta-feira (18), a Força Aérea Brasileira imaginou que transportava o presidente do Congresso Nacional para um compromisso oficial, não para uma cirurgia de implante capilar.
No registro do Comando da Aeronáutica, está escrito que Renan viajou a “serviço”. O jato que o conduziu decolou às 22h15, no horário de Brasília. E pousou às 23h30, no horário local da capital pernambucana. Havia quatro passageiros a bordo. A FAB não informa os nomes dos três acompanhantes de Renan.
Armazenados no Comando da Aeronáutica, órgão do Ministério da Defesa, os dados da FAB não ornam com os fatos. Em verdade, Renan voou para Recife porque faria no dia seguinte, quinta-feira (19), uma cirurgia para implantar 10 mil fios de cabelo.
Na pasta da Defesa, atribui-se ao Senado a responsabilidade pelo registro equivocado. Partiu do gabinete de Renan a informação de que a viagem seria de trabalho. Ouvida, a assessoria do presidente do Senado eximiu-o de responsabilidade. Disse que “é praxe” do gabinete anotar nos ofícios remetidos à FAB que o senador viaja “a serviço”.
O uso de jatos da FAB por autoridades como ministros e os presidentes do Legislativo está regulamentado num decreto presidencial editado em 2002, sob Fernando Henrique Cardoso. Prevê que as aeronaves poderão ser requisitadas em três situações: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens a serviço; e nos deslocamentos para o local de residência permanente.
A viagem de Renan não se encaixa em nenhuma das possibilidades. Implante capilar é cirurgia estética, não emergência médica. A agenda daquela quarta-feira previa dois compromissos: às 14h45, Renan recebeu familiares do ex-presidente João Goulart. Às 15h, comandou a sessão que restituiu simbolicamente o mandato a Goulart. Quanto à residência, a de Renan fica em Maceió, não em Recife.
A despeito da clareza dos fatos, Renan decidiu consultar a FAB antes de restituir ao Tesouro o dinheiro que o contribuinte gastou no voo que ele não estava autorizado a fazer. Nesta segunda-feira, o senador remeteu um ofício ao comandante da Aeronáutica, brigadeira Juniti Saito.
No texto, perguntou a Saito se houve alguma irregularidade no voo. Depois de enviar o ofício, Renan como que caiu em si. E mandou dizer que vai devolver o dinheiro independentemente da resposta do brigadeiro. Quanto? O Senado não informa. A FAB também não.
Não é a primeira vez que Renan voa ilegalmente nas asas do contribuinte. Em junho, sob o ronco das ruas, o senador viajou de FAB com sua mulher, Verônica, para um casamento em Trancoso, na Bahia.
Naquela ocasião, Renan era feito 100% de certezas. Não lhe passava pela ainda calva cabeça a ideia de ouvir o comandante Saito. “A FAB não pode dizer [o que pode ou não pode]. Nós é que temos o que dizer para a FAB. O transporte é em função da chefia do poder, da representação."
Ante a má repercussão do episódio, Renan acabou devolvendo R$ 32 mil ao erário. A FAB não informa quanto custou a você, caro contribuinte, a reincidência de Renan.
FOLHA DE SÃO PAULO


Renan consulta FAB sobre voo oficial para implante capilar no Recife



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou nesta segunda-feira (23) uma consulta ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, para saber se houve irregularidade em seu voo de Brasília para Recife (PE), onde realizou um implante capilar na semana passada.
Segundo a assessoria do peemedebista, se a viagem for considerada fora do escopo do decreto que dita as regras para uso oficial de aeronaves por autoridades, ele devolverá o dinheiro correspondente ao trajeto. A assessoria de Renan não explicou porque o presidente do Senado usou o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para se deslocar até Recife.
Conforme publicou a coluna Painel na edição de sábado (21) da Folha, Renan usou aeronave da FAB para viajar na noite de quarta-feira (18) à capital de Pernambuco, onde, no dia seguinte, submeteu-se a uma cirurgia para implantar 10 mil fios de cabelo. A agenda oficial publicada no site do Senado não registrava compromissos do peemedebista na capital pernambucana.
REINCIDENTE
É a segunda vez neste ano que Renan usa avião da FAB para fins particulares. Em junho, Renan foi a Trancoso (BA) para o casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Depois que a coluna Painel revelou o fato, ele reembolsou R$ 32 mil à União.
A FAB informou que disponibiliza as aeronaves para autoridades de acordo com a solicitação de serviços sem questionar a razão do compromisso. No registro de voo do presidente do Senado, consta a previsão de quatro passageiros.
De acordo com decreto presidencial, de 2002, que regulamenta o uso das aeronaves, autoridades, entre eles ministros de Estado e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB por motivo de segurança e emergência médica; em viagens a serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente.
 

Renan decide devolver verba de voo oficial para implante capilar



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu nesta segunda-feira (23) pagar aos cofres públicos os gastos da viagem feita em avião da Força Aérea Brasileira de Brasília para Recife (PE), onde passou por cirurgia para implante capilar.
A decisão foi tomada após Renan enviar uma consulta ao comando da Aeronáutica para saber se cometeu alguma "impropriedade". No pedido para o uso da aeronave, Renan informou à FAB que a motivação do deslocamento era "serviço". O valor do ressarcimento não foi informado por sua assessoria.
A assessoria de Renan não explicou porque o presidente do Senado usou o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para se deslocar até Recife. Conforme publicou a coluna Painel na edição de sábado (21) da Folha, Renan usou aeronave da FAB para viajar na noite de quarta-feira (18) à capital de Pernambuco, onde, no dia seguinte, submeteu-se a uma cirurgia para implantar 10 mil fios de cabelo. A agenda oficial publicada no site do Senado não registrava compromissos do peemedebista na capital pernambucana.
O decreto que regulamenta o uso de aviões da FAB por autoridades não prevê viagens para fins particulares. A norma permite o uso por questões de segurança e emergência médica, serviço, e em deslocamentos para o local de residência permanente.
Pelas regras, "o transporte de autoridades civis em desrespeito" ao decreto "configura infração administrativa grave, ficando o responsável sujeito às penalidades administrativas, civis e penais aplicáveis à espécie".
Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o uso de avião da FAB para fins particulares "fere" a imagem do Congresso. "A devolução é o mínimo que se possa exigir nesta hora", afirmou.
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), disse que faltou "desconfiômetro" a Renan. "Essas extravagâncias expõem o Congresso ao ridículo. A FAB não é táxi aéreo."
Esta foi a segunda vez neste ano que Renan usa avião da FAB para fins particulares. Em junho, foi a Trancoso (BA) para o casamento da filha do colega Eduardo Braga (PMDB-AM). Depois que sua viagem for tornada pública, reembolsou R$ 32 mil à União.

Renan defende austeridade após usar avião da FAB para fazer implante de cabelo em Recife



Envolvido em mais uma polêmica após ter usado um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para fins particulares, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu austeridade com gastos públicos nesta segunda-feira (23), durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão.
O peemedebista ainda inflou a "agenda positiva" do Congresso em resposta aos protestos de junho destacando a aprovação de matérias aprovadas pelo Senado, mas que ainda não se tornaram leis porque esperam votação na Câmara. Estão nessa situação, por exemplo, a proposta que transforma corrupção em crime hediondo, a ficha limpa para o servidor público e o fim da aposentadoria como "prêmio" para juízes e promotores punidos.
Renan afirmou que "2013 entrará para história como ano da mudança nas instituições" e "amadurecimento da democracia". Ele disse ainda que as manifestações que sacudiram as ruas pediram mais "eficiência, decência, transparência", além de serviços públicos de qualidade.
Falando em nome do Congresso, o senador afirmou que estava prestando contas e sustentou que os congressistas deram respostas rápidas para "transformar o Brasil no Brasil que os brasileiros querem". Ele apontou ainda que "a transparência e controle social corrige erros, elimina vícios e aperfeiçoa distorções".
O presidente também questões que estão em práticas como o fim do pagamento do 13º e 14º salários para os congressistas, a transformação em lei da aposentadoria especial para pessoas com deficiência, e destacou a otimização de sua gestão no comando do Senado.
De acordo com Renan, mais de 600 cargos de indicações políticas foram bloqueadas, novas nomeações foram proibidas e teria ocorrido uma economia de mais de R$ 260 milhões.
O pronunciamento de Renan foi gravado antes dele embarcar na quarta-feira passada de Brasília para Recife (PE), onde passou por uma cirurgia para implante capilar e ainda uma correção das pálpebras. O deslocamento foi feito com um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). Ao solicitar a viagem, ele informou que a motivação era serviço. O decreto presidencial que regulamenta o voo de autoridades não prevê o uso para fins particulares.
Após uma consulta a FAB, Renan informou na noite de hoje que vai ressarcir os cofres públicos pelo gasto com a viagem. As autoridades podem usar voo da FAB por questões de segurança e emergência médica, serviço, e em deslocamentos para o local de residência permanente.

Renan mora em Maceió (AL), mas como a coluna Painel da Folha revelou na edição de sábado, viajou na noite de quarta-feira para Recife, onde submeteu-se a uma cirurgia para implantar 10 mil fios de cabelo. A agenda oficial publicada no site do Senado não registrava compromissos do peemedebista na capital pernambucana.
A consulta de Renan foi direcionada ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Em nota, o Comando da Aeronáutica informou que "abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem o qual, embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando julgar" . O valor do ressarcimento ainda será calculado pela FAB.
Essa foi a segunda vez em que o presidente do Senado foi flagrado usando uma aeronave da FAB para fins particulares. Em julho, Renan foi a Trancoso (BA) para o casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
Inicialmente, o peemedebista mostrou resistência a desembolar o valor gasto com a viagem, mas diante da polêmica e das críticas, o senador resolveu pagar R$ 32 mil aos cofres públicos. Na época, a decisão foi tomada pelo presidente do Senado sem nenhuma consulta ao Comando da Aeronáutica.

Brinquedo novo


A FAB (Força Aérea Brasileira) deverá receber em 2018 os primeiros dos 36 caças Gripen NG que o governo comprou da Suécia por US$ 4,5 bilhões


PORTAL G-1


Oposição quer que Renan devolva dinheiro por uso de jato da FAB



Partidos de oposição cobraram nesta segunda-feira (23) que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolva aos cofres públicos dinheiro relativo ao uso de um jato da Força Aérea Brasília (FAB) para ir de Brasília a Recife fazer cirurgia de transplante capilar. Na manhã desta segunda, Renan enviou ao comandante da FAB, Juniti Saito, ofício perguntando se o uso da aeronave para essa finalidade seria “imprópria”.

A assessoria da presidência do Senado disse que Renan devolverá os recursos se for apontada alguma irregularidade. Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o presidente do Senado deveria devolver os valores, independentemente da resposta da FAB.

“A devolução é o mínimo que se possa exigir nesta hora como cumprimento de dever. Evidentemente há normas que são estabelecidas e, se elas foram desrespeitadas, há que se exigir o pagamento”, afirmou.

O senador do PSDB ressaltou ainda que o uso do jato da FAB para finalidade particular "fere" a imagem do Congresso Nacional. “O exemplo deve ser no sentido de que o Congresso, principalmente o Senado Federal, está trabalhando para recuperar credibilidade e respeito. Certamente, com atitudes desta natureza, não há possibilidade de recuperação."

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), destacou que existem "normas claras" para o uso de jatos da FAB por autoridades. “O uso do avião da FAB é dimensionado de forma muito clara. Ele vai saberá interpretar. O presidente do senado sabe muito bem o que deve fazer”, afirmou ao G1.

A ida de Renan Calheiros a Pernambuco ocorreu na última quarta (18) e não constava da agenda oficial do parlamentar. No registro de voos da FAB, a viagem é justificada por motivo de “serviço”.

Segundo decreto presidencial 4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens à serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente. A residência permanente de Renan fica em Maceió, capital alagoana.

O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO),  afirmou que faltou “bom senso” e “desconfiômetro” por parte de Renan Calheiros ao usar o jato da FAB para uma viagem destinada à realização de transplante de cabelo.

“Essas extravagâncias expõem o Congresso ao ridículo. O cidadão passa a não acreditar mais que as pessoas que lá estão têm compromisso com o bem público, o espírito público. Fica um processo de desmoralização e uma imagem irrecuperável. Isso será citado em milhares de momentos quando qualquer um se referir ao Congresso”, disse.
Para Caiado, Renan Calheiros não deveria ter que perguntas à FAB se o uso do jato para cirurgia estética é “impróprio”. 
“Cirurgia estética não se enquadra no rol de possibilidades previstas para o uso do avião  da FAB. Se ele fosse acometido de problema de saúde, seria mais que justo. Mas cirurgia estética não tem nenhuma relação a posição que ocupa com cabelo. Não tem que perguntar, é mais que óbvio. A FAB não é taxi aéreo."

Renan pergunta à FAB se foi irregular usar jato em viagem para implante


Renan Calheiros foi com jato da FAB para Recife, onde fez implante capilar. Presidente do Senado afirmou que devolverá dinheiro se for necessário.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, enviou na manhã desta segunda-feira (23) um ofício ao comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti Saito, perguntando se cometeu alguma “impropriedade” no uso de jato da FAB para uma viagem de Brasília a Recife (PE), onde realizou uma cirurgia de implante capilar.
A ida a Pernambuco ocorreu na última quarta (18) e não constava da agenda oficial de Renan. No registro de voos da FAB, a viagem é justificada por motivo de “serviço”. A assessoria da presidência do Senado informou que, se Juniti Saito disser que o uso do jato não respeitou as regras, Renan Calheiros devolverá os valores gastos, conforme cálculo que será feito pela própria FAB.
Em Recife, o senador passou por procedimento cirúrgico de implante capilar durante aproximadamente 7 horas na última quinta (19) no Hospital Memorial São José, área central da cidade. De acordo com o médico que realizou a cirurgia, foram implantados mais de dez mil fios de cabelos. Renan passava bem após o procedimento.
Segundo decreto presidencial 4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens à serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente. A residência permanente de Renan fica em Maceió, capital alagoana.
Em junho deste ano, Renan fez viagem em avião da FAB entre Maceió e Trancoso para acompanhar o casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). Apesar de inicialmente ter dito que não devolveria o valor referente ao voo, Renan recuou e anunciou a devolução aos cofres públicos R$ 32 mil.
Antes da devolução, Renan chegou a afirmar que usou o avião porque, como presidente do Senado, exerce um cargo de representação. "Deixa eu explicar. O avião da FAB usado por mim é um avião de representação. E eu o utilizei como tenho utilizado sempre, na representação como presidente do Senado", declarou na ocasião.
 
Câmara e Ministério
Também em junho, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), usou um avião da FAB em junho para viagem de ida e volta com seis acompanhantes entre Natal e o Rio de Janeiro.
Nesse período, Alves disse que teve encontro com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB-RJ) e assistiu à final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha, no Maracanã. Depois da divulgação da viagem, Alves anunciou a devolução de R$ 9,7 mil, como valor equivalente ao preço das passagens em voo comercial.
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, também devolveu dinheiro aos cofres públicos este ano por uso de aeronave da FAB com fins pessoais. Ele anunciou em setembro a devolução de gasto por viagem entre o Ceará e o Rio de Janeiro, onde ele assistiu à final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha. O valor devolvido não foi informado.
 

Comandante diz que não cabe à FAB 'julgar' viagem de Renan


Presidente do Senado usou avião para ir a PE, onde fez transplante capilar. Juniti Saito disse que disponibilizou jato porque Renan usaria para 'serviço'.

O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, informou nesta segunda-feira (23), em reposta a um ofício enviado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não cabe à instituição militar “julgar” os motivos das viagens de autoridades em jatos da FAB.
Renan Calheiros enviou na manhã desta quarta um documento a Saito perguntando se cometeu alguma irregularidade ao usar a aeronave para uma viagem entre Brasília e Recife (PE), onde realizou uma cirurgia de transplante capilar.
O comandante respondeu que disponibilizou a aeronave para uma viagem a “serviço”, conforme solicitado pelo presidente do Senado, e que não cabe à FAB “julgar” o mérito dos traslados.
“Informamos que, em atendimento à solicitação contida em ofício de 17 de dezembro de 2013, da Subchefia de Gabinete da Presidência do Senado Federal, o Comando da Aeronáutica disponibilizou o apoio de aeronave para viagem a serviço, conforme solicitado”, diz o comandante, na nota enviada a Renan Calheiros.
“O Comando da Aeronáutica informou que observa fielmente o disposto no Decreto nº 4.244, de 22 de maio de 2002, abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem o qual, embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando julgar”, completou Saito no ofício enviado ao presidente do Senado.
A ida a Pernambuco ocorreu na última quarta (18) e não constava da agenda oficial de Renan. Conforme mencionado por Juniti Saito, no registro de voos da FAB, a viagem é justificada por motivo de “serviço”.
Segundo decreto presidencial 4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens à serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente. A residência permanente de Renan fica em Maceió, capital alagoana.
Em Recife, o senador passou por procedimento cirúrgico de implante capilar durante aproximadamente sete horas na última quinta (19) no Hospital Memorial São José, área central da cidade. De acordo com o médico que realizou a cirurgia, foram implantados mais de 10 mil fios de cabelos. Renan passava bem após o procedimento.
Ressarcimento

A assessoria do Senado havia informado que Renan devolveria os valores relativos à viagem feita com o jato se a FAB considerasse o uso "impróprio".
Nesta quarta, partidos de oposição cobraram a devolução do dinheiro aos cofres públicos pelo presidente do Senado, independentemente da resposta da Força Aérea.
“A devolução é o mínimo que se possa exigir nesta hora como cumprimento de dever. Evidentemente, há normas que são estabelecidas e, se elas foram desrespeitadas, há que se exigir o pagamento”, afirmou senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Dias ressaltou ainda que o uso do jato da FAB para finalidade particular "fere" a imagem do Congresso Nacional. “O exemplo deve ser no sentido de que o Congresso, principalmente o Senado Federal, está trabalhando para recuperar credibilidade e respeito. Certamente, com atitudes desta natureza, não há possibilidade de recuperação."
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), destacou que existem "normas claras" para o uso de jatos da FAB por autoridades. “O uso do avião da FAB é dimensionado de forma muito clara. Ele vai saberá interpretar. O presidente do Senado sabe muito bem o que deve fazer”, afirmou ao G1.
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), disse que faltou “bom senso” e “desconfiômetro” por parte de Renan Calheiros ao usar o jato da FAB para uma viagem destinada à realização de transplante de cabelo.
“Essas extravagâncias expõem o Congresso ao ridículo. O cidadão passa a não acreditar mais que as pessoas que lá estão têm compromisso com o bem público, o espírito público. Fica um processo de desmoralização e uma imagem irrecuperável. Isso será citado em milhares de momentos quando qualquer um se referir ao Congresso”, disse.
Para Caiado, Renan Calheiros não deveria ter que perguntar à FAB se o uso do jato para cirurgia estética é “impróprio”. “Cirurgia estética não se enquadra no rol de possibilidades previstas para o uso do avião da FAB. Se ele fosse acometido de problema de saúde, seria mais que justo. Mas cirurgia estética não tem nenhuma relação a posição que ocupa com cabelo. Não tem que perguntar, é mais que óbvio. A FAB não é taxi aéreo".

Na TV, Renan ressalta 'austeridade' do Senado com dinheiro público


É possível ‘fazer mais com menos’, disse presidente do Senado. Na quarta (18), ele usou avião da FAB em viagem para transplante capilar.

Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV na noite desta segunda-feira (23), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou que a “austeridade” da Casa com gastos em 2014 demonstrou que “é possível fazer mais com menos”.
Alvo de polêmica por usar, na semana passada, jato da Força Aérea Brasileira (FAB) em uma viagem para fazer transplante capilar em Recife, Renan Calheiros destacou que cortou gastos durante sua gestão no comando do Senado.
“A austeridade do Senado mostrou que é possível fazer mais com menos. Foram feitos cortes que significaram economia de mais de R$ 260 milhões do dinheiro do contribuinte. Esse dinheiro que será revertido à sociedade. Mais de 630 funções comissionadas foram transformadas ou extintas”, disse.
Nesta segunda, o presidente do Senado afirmou que, depois de a FAB calcular o valor, ele devolverá o dinheiro correspondente ao custo da viagem a Recife.
No pronunciamento na TV, Renan Calheiros afirmou que as manifestações que se espalharam pelas ruas do país em julho deste ano provocaram uma “transformação na política”.
“A transparência e controle social nos ajuda a corrigir erros e aperfeiçoar. Sei que com a nossa vontade vamos fazer um Brasil melhor para todos. É esse meu desejo.”
O presidente do Senado destacou projetos aprovados pela Casa, como a da exigência de ficha limpa para funcionários públicos (escolhidos por concurso) e cargos em comissão (escolhidos por indicação) – o texto ainda precisa, contudo, ser aprovado por uma comissão especial na Câmara e pelo plenário antes de ser sancionado.
Renan Calheiros também ressaltou a aprovação pelo Congresso do fim do voto secreto em processos de cassação e a votação de vetos presidenciais, além da PEC das Domésticas, proposta que garantiu direitos trabalhistas a essa categoria.
“O Brasil pediu eficiência e transparência. Por isso, é chegada a hora de o Congresso prestar contas a todos os brasileiros, aos que saíram nas ruas ou os que apoiaram de casa. Logo após as primeiras manifestações, conseguimos apoiar novas leis, leis modernas”, afirmou, citando como exemplo o fim dos 14ª e 15º salários para parlamentares e servidores do Congresso.

Renan diz que devolverá dinheiro de viagem para transplante capilar


Presidente do Senado usou avião da FAB, que registrou viagem de 'serviço'. Ele informou que vai esperar que seja calculado o valor antes de devolver.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta segunda-feira (23) à TV Globo que devolverá aos cofres públicos o valor da viagem que fez na semana passada em um jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB) para Recife (PE).
A FAB registrou a viagem como de "serviço", mas, no dia seguinte (quinta, 19) o senador fez uma cirurgia de transplante capilar durante aproximadamente sete horas no Hospital Memorial São José, área central da cidade. Nesta segunda, parlamentares de oposição defenderam a devolução do valor da viagem pelo presidente do Senado.
Renan disse que devolverá o dinheiro depois que a FAB fizer o cálculo do custo da viagem e informar o valor. Nesta segunda, ele enviou um ofício ao comandante da instituição militar, tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, no qual indagou se cometeu alguma “impropriedade” no uso do avião. Saito respondeu dizendo que não cabe à FAB "julgar" se houve irregularidade.
O presidente do Senado afirmou que, além de viagem a serviço, um dos motivos que asseguram a ele o uso do avião oficial é a volta para o estado de origem – no caso dele, Alagoas. Renan argumenta que viajou para Pernambuco, estado vizinho, e depois seguiu de carro para Alagoas.
Segundo o decreto presidencial 4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens a serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente.
Na resposta ao ofício de Renan Calheiros, o comandante da Aeronáutica respondeu que disponibilizou a aeronave para uma viagem a “serviço”, conforme solicitação do presidente do Senado, e que não cabe à FAB “julgar” o mérito dos traslados.
“Informamos que, em atendimento à solicitação contida em ofício de 17 de dezembro de 2013, da Subchefia de Gabinete da Presidência do Senado Federal, o Comando da Aeronáutica disponibilizou o apoio de aeronave para viagem a serviço, conforme solicitado”, diz o comandante, na resposta enviada a Renan Calheiros.

PORTAL TERRA


Renan consulta FAB sobre voo ao Recife para implante capilar



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou ofício nesta segunda-feira ao comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti Saito, no qual questiona se houve irregularidade no uso de um avião oficial na semana passada. Calheiros pegou um avião da FAB para o Recife, na noite da última quarta-feira, onde realizou um procedimento de implante capilar.
O parlamentar quer saber se precisará ou não ressarcir os cofres públicos. No registro da FAB, o motivo do voo utilizado pelo senador consta como "serviço". Na agenda de Calheiros não constava, no entanto, compromissos oficiais no Recife.
Em junho, Renan Calheiros foi até a Bahia para o casamento da filha do também senador Eduardo Braga (PMDB-AM) num avião da FAB. Na ocasião, o alagoano reembolsou R$ 32 mil à União pelo voo.
Na semana passada, antes da cirurgia de implante capilar, Renan Calheiros fez um balanço anual do Senado e comemorou uma economia de R$ 275 milhões com políticas de cortes de gastos. Ele disse que comunicaria o governo federal para que o dinheiro fosse aplicado em ações sociais.

FAB - Uso irregular de aviões oficiais por autoridades e familiares
Quatro autoridades das mais altas esferas do poder nacional tiveram que dar explicações em junho e julho de 2013 sobre o uso irregular de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e também de cotas de viagens oficiais.

DIÁRIO DA MANHÃ


Gripen, a vingança de Dilma?



A presidenta Dilma Rousseff bateu o martelo sobre a escolha dos jatos de combate Gripen para renovação da frota da Força Aérea Brasileira, praticamente sucateada. O pessoal da Aeronáutica desde o primeiro momento optara pelos aparelhos suecos. Historiando esse processo de compra, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso concluiu-se pela necessidade de reaparelhamento da FAB. Mas, FHC enrolou e deixou para o Lula a decisão final sobre a compra dos caças a jato.
Desde o primeiro momento, a FAB optara pelos aspectos técnicos e econômicos. Os jatos de combate da Gripen custavam cerca de 4 bilhões de dólares. Bem menos que os aviões norte-americanos e franceses. E os suecos ainda transfeririam tecnologia de seus aparelhos para o Brasil. Em oito anos de gestão, Lula namorou os aviões Rafale, construídos pela Dassault, da França, bem mais onerosos.
Lula vislumbrava a entrada no Brasil no Conselho de Segurança da ONU, que a França insinuava apoiar. Por isso, flertava com a nação francesa a compra de seus jatos de combate. Como a verba estava curta, seu governo enrolou o que pode e deixou a decisão para a presidenta Dilma.
Na realidade, a compra dos jatos de combate virou uma novela. Um negócio tão cobiçado do setor de defesa e que tende a definir alianças estratégicas do Brasil nos próximos anos, só podia mexer com os países classificados para esse fornecimento.
Os Estados Unidos, que estavam no auge de uma crise financeira, queriam comer o “bolo”, através da Boeing, para que fornecesse o seu modelo de combate F-18 Super Hornet. A presidenta Dilma Rousseff estava propensa a fechar o contrato com os americanos. Afinal, os States são os segundo maiores importadores do Brasil e que também remontando à Segunda Guerra foram aliados dos brasileiros.
A revelação da extensão do programa de espionagem americana pelo técnico da CIA e da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Edward Snowden, hoje recluso na Rússia porque se voltar ao seu país será fatalmente condenado, fez com que Dilma desse sinal vermelho à Boeing.
No fundo, no fundo, sua atitude transparece àquele tipo de vingança feminina que sabe machucar na hora exata. De pouco adiantou a diplomacia americana dar razão ao governo brasileiro em condenar as ações da NSA e reafirmar que a força das relações comerciais entre Brasil e EUA vai além das denúncias.
O que se sabe é que se Dilma tentou “dar o troco”, o tiro em parte saiu pela culatra. É que a sueca Saab, que assinará o contrato de 4,5 bilhões de dólares com o Ministério da Defesa do Brasil, detém uma série de fornecedores de peças. As turbinas dos jatos do Gripen, por exemplo, são fornecidas pela Boeing, empresa norte-americana.
É claro que a escolha dos 36 caças Gripen NG foi oportuna. O Brasil, como média potência econômica, precisa estar aparelhado no plano militar. A Saab, empresa sueca que venceu a licitação, desde o primeiro momento se dispôs a transferir tecnologia, construindo os aviões no Brasil. Trata-se, sem dúvida, de um caça moderno e os preços foram os melhores. Gastar menos com defesa é uma preocupação mundial. A proposta da empresa vencedora é dispor de uma planta em conjunto com a Embraer, em São Bernardo do Campo.

CORREIO BRAZILIENSE


Renan vai pagar voo em avião da FAB


Flagrado mais uma vez usando jatinho da Força Aérea para fins particulares, o presidente do Senado diz que ressarcirá os cofres públicos. Aeronáutica evita polêmica

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu devolver ao Tesouro Nacional o dinheiro gasto com o voo que fez de Brasília para o Recife em um jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB), na última quarta-feira. Na capital pernambucana, o parlamentar fez um implante capilar e se submeteu a uma cirurgia de correção das pálpebras. Consultada por Calheiros se a viagem foi regular, a FAB preferiu não emitir juízo de valor sobre o tema. Em nota, o órgão informou que não faz julgamentos sobre a justificativa das viagens, em resposta ao ofício encaminhado pela Presidência do Senado, “que solicita esclarecimento sobre eventual impropriedade na requisição de aeronave”.
Apesar da resposta evasiva da FAB, a assessoria de imprensa do presidente do Senado informou que o valor a ser devolvido ainda será calculado. A Aeronáutica limitou-se a dizer que “observa fielmente o disposto no Decreto nº 4.244, de 22 de maio de 2002, abstraídas questões de mérito relacionadas ao motivo da viagem, o qual, embora declarado na solicitação, foge à alçada deste Comando julgar”. O decreto diz que os pedidos de transporte de autoridades ao comando da Arma devem ser atendidas apenas por motivo de segurança ou emergência médica, em viagens a serviço e em deslocamentos ao local de residência permanente.
A viagem de Calheiros a Pernambuco para se submeter a uma cirurgia de implante de 10 mil fios de cabelo, revelada pelo jornal Folha de S.Paulo, não se enquadra em nenhuma das situações previstas no decreto. Ele informou à FAB que se tratava de uma viagem de “serviço”, mesmo sem agenda de trabalho definida. Em junho deste ano, ele já havia usado uma aeronave da FAB para assuntos particulares e teve de reembolsar a União em R$ 32 mil, após a péssima repercussão do episódio. Na ocasião, ele foi ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, no litoral da Bahia.
Discurso
Ontem, em cadeia de tevê e rádio, Renan fez o segundo pronunciamento deste ano como presidente do Senado. Ele fez um balanço de projetos aprovados no Congresso em 2013, como o fim dos 14º e 15º salários, o voto aberto para cassação de mandatos e vetos presidenciais, e a concessão de novos direitos trabalhistas para os empregados domésticos. Embora tenha falado em nome de todo o parlamento, boa parte das propostas citadas por ele como resposta às manifestações de junho ainda não viraram lei porque falta a votação na Câmara. Estão nessa lista projetos como o que torna a corrupção crime hediondo, o que impõe perda automática de mandato para quem for condenado, a exigência de ficha limpa para servidores públicos e o do orçamento impositivo.
Renan Calheiros também disse que fez economia com o dinheiro público. Mas o Correio mostrou na edição de ontem que, ao contrário do discurso de austeridade de Renan, as despesas da Casa aumentaram em 2013 em relação a 2012. De acordo com a base de dados do Siga Brasil, o Senado gastou R$ 2,732 bilhões entre fevereiro (mês em que Renan assumiu a presidência) e novembro, valor R$ 23,4 milhões superior aos R$ 2,709 bilhões desembolsados no mesmo período de 2012. O cálculo levou em conta tudo que foi gasto pelo órgão, incluindo os restos a pagar quitados. O aumento se deu, principalmente, com o pagamento de pessoal e de encargos sociais, que inclui os salários de parlamentares, servidores e comissionados. Em nota divulgada ontem, o Senado “esclarece que a economia anunciada pelo presidente Renan Calheiros é relativa à diferença entre o orçamento autorizado e o que foi realmente executado no ano de 2013”. De acordo com a nota, o cálculo não foi feito com base em comparação ao que foi executado em 2012,

Por falar em…



Roberto Requião dispensou ontem a possibilidade de falar na última sessão não-deliberativa do ano no Senado.
"Hoje, estou amargo. Não vou nem discursar. Se o fizer, vou pedir um gripen emprestado para ir cortar o cabelo no Recife”, afirmou, já fazendo chacota com o implante de Renan e o uso do jato da FAB.

OUTRAS MÍDIAS


PODER AÉREO



Lockheed Martin vai modernizar radar 3D de defesa aérea TPS-B34 da Aeronáutica

Na edição do Diário Oficial da União DOU desta segunda-feira, 23 de dezembro, foi publicado o Extrato de Inexigibilidade de Licitação para a modernização dos radares tridimensionais de Defesa Aérea TPS-B34 (apesar do extrato tê-los denomidado TBS-B34).
Seis unidades deste sistema transportável de radar foram adquiridas quando da implantação do SIVAM, há 15 anos, e já contam com 10 anos de operação em condições ambientais adversas, o que demandou, em setembro, um contrato de suporte técnico e logístico entre a organização apoiadora do equipamento, o Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) e o fabricante Lockheed Martin.

DEFESANET



Acidentes quase puseram em xeque projeto dos caças Gripen

Claudia Varejão Wallin
Há vinte anos, quando um dos primeiros protótipos do caça Gripen se despedaçou no centro da capital sueca diante de uma multidão atônita e desesperada, muitos questionaram a sabedoria da decisão política de empregar anos de pesquisas e milhões de coroas suecas no desenvolvimento de um caça nacional de última geração.
Mas a fórmula sueca acabaria por provar a eficácia do engenho doméstico: hoje a terceira geração de caças Gripen-NG, da fabricante sueca Saab é reconhecida como uma aeronave avançada, com boas vendas em todo o mundo. Na semana passada, o governo brasileiro anunciou que renovará a frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB) com a aquisição de 36 aeronaves Gripen-NG, da fabricante Saab.
O avanço da indústria de defesa sueca, que hoje desponta entre os grandes fabricantes do setor, tem sua origem na antiga política de neutralidade do país.
"Como era um país neutro, a Suécia tinha que erguer a sua própria indústria militar – aviões, navios, submarinos, equipamentos, armamentos. Pode-se dizer que o caça Gripen, assim como os modelos que o antecederam, são resultado da tradição de neutralidade da Suécia", disse Christer Åström, considerado um dos principais especialistas em defesa da Suécia, em entrevista à BBC Brasil.
Mas o projeto dos caças Gripen, inaugurado na década de 80, era especialmente ambicioso: não se tratava apenas do desenvolvimento de um caça-bombardeiro, mas de um amplo e abrangente sistema de defesa. O sistema incorporava desde componentes de voo, controles de mecanismo em terra e manutenção, a sistemas de comunicação com armamentos.
Uma característica central diferenciava o Gripen de outros projetos anteriores: ele usa sofisticadas tecnologias de ponta, mas pode ser produzido a um custo mais baixo.
Turbulências
Não foi, porém, uma trajetória sem turbulências. A história dos caças Gripen começou no fim dos anos 70, quando uma série de estudos foi conduzida para o desenvolvimento de um sucessor para o caça sueco Viggen, que entrava no fim de seu ciclo operacional. No momento em que o projeto JAS Gripen foi apresentado, no início da década de 80, os partidos políticos de esquerda se mostraram céticos.
"A principal controvérsia era se a Suécia deveria comprar um caça já desenvolvido e testado (um caça americano, por exemplo), que seria mais barato, ou desenvolver uma nova geração de caças suecos, que custariam mais caro, mas colocariam o país na liderança tecnológica do setor", observa Annika Brändström, em relatório da Escola Nacional de Defesa Sueca.
A decisão de produzir um caça nacional, em vez de importar, foi fortemente influenciada por considerações políticas, como o forte potencial de geração de empregos no país. Em junho de 1982, o Parlamento sueco aprovou a decisão de autorizar o desenvolvimento de 30 caças JAS Gripen, com a opção de estender o contrato para outras 110 unidades.
Na época, outros países europeus planejavam, simultaneamente, caças semelhantes.
"O Rafale, o Mirage 2000 (França), o LAVI (Israel) e o europeu Eurofighter foram alguns dos projetos de caças concorrentes lançados nos anos 70 e 80. Estes aviões eram considerados instáveis e tinham características diferentes daquelas dos caças suecos anteriores. Problemas com os sistemas de controle de vôo e uma série de acidentes e quedas ocorreram com quase todos os projetos", destaca Annika Brandström.
Com a Suécia, não foi diferente. Já na etapa inicial do projeto, a construção dos protótipos sofreu uma série de atrasos, provocados em parte por problemas graves no sistema de navegação. E os primeiros tempos do Gripen seriam sombrios.
No dia 8 de agosto de 1993, um domingo, a cidade de Estocolmo esteve perto de sofrer uma tragédia humana. Milhares de pessoas estavam reunidas no centro da capital sueca para um festival anual, e uma das principais atrações do dia era um show aéreo em que o caça JAS 39A Gripen voaria sobre o público. Poucos minutos após o vôo, o piloto foi subitamente ejetado do caça, que iniciou uma queda fulminante diante de uma multidão em pânico. O avião se chocaria contra a ilha de Långholmen, no centro da capital, a cerca de 30 metros da ponte de onde milhares de pessoas assistiam ao espetáculo.
Ninguém – nem o piloto - saiu ferido seriamente. Mas as imagens do avião em chamas geraram um debate sobre a credibilidade do Gripen, e em última instância sobre a própria existência futura do projeto. Afinal, não era a primeira vez: quatro anos antes, no dia 2 de fevereiro de 1989, o primeiro protótipo do JAS 39-1 havia caído durante seu sexto vôo quando tentava aterrissar na cidade de Linköping, sede da fábrica da Saab. O mesmo piloto, Lars Rådeström, protagonizara as duas quedas.
"Apesar dos dois acidentes, os políticos que apoiavam o projeto do Gripen nunca desistiram, e lutaram até atingir os resultados de excelência planejados para o avião", contou o especialista Christer Åström.
Vendendo para o mundo
Exportar era preciso: vender os novos caças no mercado internacional era essencial para tornar o projeto lucrativo, e situar a Suécia no mapa da concorrência como um dos líderes do setor.
"A primeira exportação foi um contrato de leasing de 14 caças Gripen para a Hungria e a República Tcheca. Na década de 90, a África do Sul tornou-se o primeiro país a comprar os caças, num total de 28 aviões. Desde então, a Tailândia adquiriu 12 modelos Gripen, e a Suíça assinou uma carta de intenção para comprar 22 caças, sendo que o anúncio oficial da compra é esperado para o próximo verão europeu", destacou Åström, acrescentando que o governo sueco acaba de encomendar 60 novos caças para a Força Aérea do país.
Na Saab, o porta-voz Rob Hewson oberva que, desde aqueles incidentes, o caça sueco continuou a ser continuamente aperfeiçoado. E o atual modelo, a ser produzido em parceria com o Brasil, corresponde à terceira geração de caças Gripen da Saab.
"Apenas as pessoas na Suécia ainda se lembram da queda do avião em 1993. Fora da Suécia, o acidente foi visto e compreendido como parte do processo de risco durante a fase de testes de vôo. Uma vez superados aqueles incidentes, que foram na verdade ocorrências relativamente normais da etapa de testes, o Gripen tem demonstrado um nível exemplar de segurança operacional", disse o porta-voz à BBC Brasil.
Para o especialista Christer Åström, o segredo da fórmula do Gripen está na eficiência do modelo
"O Gripen possui apenas um motor, é extremamente sofisticado e é bem mais barato em comparação ao Boeing F/A-18 Super Hornet, ao Rafale da francesa Dassault e também ao europeu Eurofighter Typhoon. Os custos operacionais do Gripen são significativamente menores do que os dos demais caças, que possuem motores duplos. É interessante notar que o Gripen pesa a metade do que pesam os outros modelos da concorrência. E é um avião eficaz, com tecnologia de ponta e equipado com armamentos de última geração", disse Åström, lembrando ainda que o Gripen participou com êxito das operações da Otan na Líbia há dois anos.
Superado um sombrio começo marcado por acidentes, acrescenta Åström, o Gripen está atualmente entre os caças mais vendidos do mundo, ao lado dos americanos F/A-18 Super Hornet e F-16 Fighting Falcon.
Segundo o porta-voz da Saab, a terceira geração de caças Gripen é uma sofisticada aeronave produzida por um país "pequeno e inventivo, que cumpriu a meta de desenvolver aviões com excelente nível operacional que não custassem uma fortuna".



Leia também:











Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented