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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/12/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


BRASIL ECONÔMICO


A brasileira por trás do caça Gripen


Fuselagem do jato sueco, que agora tem aval da presidente Dilma Rousseff, já é desenvolvido por empresa do Vale do Paraíba há anos

A decisão da presidente Dilma Rousseff, que na semana passada colocou um ponto final no impasse demais de uma década do governo sobre a compra de caças ao anunciar a escolha do sueco Gripen NG, vai ampliar a estrutura e encurtar os prazos da única empresa nacional envolvida desde praticamente o início do projeto.
Há cinco anos, quando o protótipo nórdico ainda parecia uma distante realidade para o Brasil, a Akaer, de São José dos Campos, já embarcava com seu portfólio de soluções em engenharia Aeronáutica para desenvolver a fuselagem assinada pela Saab. “É difícil precisar o que vai acontecer de agora em diante. Isso vai depender da negociação que será feita ao longo do próximo ano pelo governo brasileiro. Mas certamente o ritmo será mais intenso”, diz Fernando Ferraz, diretor de engenharia da empresa.
O calendário inicialmente estipulado pela Saab para entrega do primeiro avião em 2020 já foi deixado para trás quando a Suíça formalizou em setembro a intenção de aquisição de 22 unidades do caça em desenvolvimento. Com a injeção de recursos por parte do governo brasileiro — que deve gastar cerca de US$ 4,5 bilhões por 36 aeronaves—, o projeto naturalmente ganha fôlego para caminhar com maior velocidade.
Nada que atrapalhe a programação dentro da sigilosa sala que toca os projetos da Saab, onde é preciso vencer três barreiras de segurança, a última com leitor biométrico, dentro da Akaer. “Eu diria que nós nos preparamos durante todo esse tempo. Não tem pressão. Agora é o momento bom, de execução”, acrescenta Ferraz.
O primeiro voo do novo caça deve ser realizado até o fim do próximo ano, com outros dois anos de rigorosos testes. A produção das peças já começou. Esse avião-modelo será feito integralmente na Europa. Do primeiro contato com os atuais parceiros, em 2008, a empresa alocada na região central de São José dos Campos entrou em fase de adaptação para estar certificada com o ISO 27.001 e, assim, entrar no projeto.
Tal título é concedido às empresas que adotarem rígidas normas de segurança, monitoramento e controle de acesso, comum para bancos e instituições financeiras. “É um projeto na área de segurança, com elevado grau de sigilo. Nem mesmo estrangeiros podem entrar na equipe do Gripen. Somente brasileiros”, explica Kenzo Takatori, diretor de relações da empresa.
Com um link direto de comunicação com a Suécia, os atuais 37 engenheiros (equipe que será expandida anualmente) trocam informações e compartilham modelos tridimensionais da fuselagem central, traseira, asas, portas e trem de pouso, as partes que hoje estão sob responsabilidade da Akaer. Tal modo de operação foi estabelecido há quatro anos, depois que todos os engenheiros retornaram de um intercâmbio de três meses na região de Linköping,onde é desenvolvido o caça, no sul da Suécia.
“No fim do primeiro semestre de 2009, eles enviaram um request, um pedido sobre como seria ofertada a fabricação. Não temos fabricação própria, então montamos um consórcio no qual temos a liderança”, detalha Ferraz. Parceiras da Embraer, empresas como Inbra-Aerospace, de Mauá (SP), Magnaghi Friuli e Winnstal, estas duas de São José dos Campos, com expertise em execução de projetos e tecnologia de materiais, fazem parte do grupo.
A decisão sobre onde a produção da fuselagem vai ocorrer ainda está em aberto. É então que a entrada do governo brasileiro pode abrir caminho para a Akaer. “São Bernardo do Campo é uma possibilidade. É onde o governo indica que fará a montagem”. A relação entre brasileiros e suecos ainda pode render boas divisas para a companhia do interior paulista.
Além das cifras contratuais, que são mantidas em sigilo, a Saab fez um empréstimo conversível de até 15% do controle acionário da Akaer. O prazo de carência, para que essa opção seja exercida, é 2015. Um acordo ainda prevê que a participação dos suecos chegue a 40%da companhia. Todo o restante da empresa segue nas mãos de seu fundador, o engenheiro ex-Embraer Cesar Silva, que fundou a Akaer em 1992.
O vai-e-vem acionário, no entanto, pode acontecer de outra maneira, segundo Fernando Ferraz. Dependendo do que for acordado para a futura unidade fabril, a Saab e Akaer poderiam liderar uma joint venture. O executivo, por fim, é taxativo quando questionado se sabia de decisão do governo pelos suecos.
“Se você encontrasse alguém que dissesse que sabia o que estava acontecendo, você podia dizer que conhecia um mentiroso. Nunca vi um programa com tanta gente garantindo que sabia e que era a favor desse ou daquele projeto. Desde 2009, ouvi todas as versões e histórias possíveis. Brinco que só vou acreditar em tudo isso seis meses após a assinatura do contrato”.
Embraer será beneficiada, mas atraso na escolha gerou perdas
A diferença fundamental entre a série Gripen e seus concorrentes está na maneira como os projetos suecos são concebidos. “Eles usam o que chamam de COTS, que são equipamentos de prateleira, soluções já implementadas em outros modelos e melhoradas no atual”, explica Fernando Ferraz.
A proposta, que reduz consideravelmente o custo, é o oposto da maioria das soluções embarcadas nos caças americanos ou franceses, onde são desenvolvidas novas soluções de acordo como atual projeto. “Isso não quer dizer que um é melhor do que o outro. O que é possível concluir é que essa maneira de pensar dos suecos traz uma maior confiabilidade, uma vez que já foi utilizada em maior escala”.
Esses recursos, como radares ou sistemas de comunicação, poderão ser personalizados, transformados, retirados ou substituídos por outras soluções aqui no Brasil, de acordo o modelo de transferência de tecnologia previsto. E quem será a principal beneficiária é a Embraer, responsável pela integração dos sistemas.
“Eu diria que esse é o filé mignon. E ela faz isso com excelência. O maior desafio para esse projeto é a falta de espaço. A quantidade de equipamentos que devem ser embarcados na aeronave e a falta de espaço formam um cenário desafiador para qualquer engenheiro”, considera Ferraz.
O tempo de espera do governo brasileiro para a tomada de decisão, segundo o executivo da Akaer, fez com que o país deixasse de participar de importantes estágios no desenvolvimento do projeto. No entanto, ainda é possível recuperar o tempo perdido. “Se a gente considerar o Brasil de uma maneira geral, tivemos algumas perdas.
Se a decisão tivesse sido tomada há dois anos, a gente teria participado mais. Essa perda acontece porque o projeto já andou. Mas ainda é possível. Estamos muito próximo do linear. Se fosse adiado para mais um ano, a participação do Brasil seria consideravelmente menor. O país entrou em um momento-chave”.

ESTADO DE MINAS


Pesquisa brasileira adapta modelo de helicóptero para ajudar a monitorar tráfego urbano


O equipamento não tripulado pode ser útil também no socorro às pessoas afetadas por enchentes

Ficar preso em engarrafamento por conta de uma batida é algo que tira do sério muitos motoristas todos os dias. Um projeto feito em parceria por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) busca minimizar esse problema ao fornecer uma forma de os responsáveis pela gestão do tráfego nas cidades acompanharem melhor o que ocorre nas ruas. Os especialistas desenvolveram um microcóptero – pequeno veículo aéreo não tripulado – munido de câmeras e sistemas de comunicação que colhe imagens das rodovias e as envia para as equipes em terra por meio de rede sem fio. O projeto ainda precisa ser aprimorado, mas pretende auxiliar a vida não só de quem fica com o carro parado nas vias. Os envolvidos no trabalho acreditam que a aeronave pode ser útil no atendimento a vítimas de catástrofes como alagamentos e enchentes.
Professor do Departamento de Sistemas de Computação da USP e um dos autores do projeto, Jó Ueyama explica que a ideia surgiu depois de ele e sua equipe observarem o funcionamento de aparelhos semelhantes. “Vimos, em outras pesquisas, um avião utilizado por agricultores para pulverizar áreas de plantação. Tudo feito de forma automática”, conta. “Pensamos que poderíamos utilizar o mesmo tipo de tecnologia para trabalhar com essa estratégia no trânsito, algum aparelho que avisasse sobre acidentes e problemas gerais nas vias, mas que não precisasse de um piloto”, complementa.
Para dar início ao projeto, os pesquisadores adaptaram um pequeno modelo de helicóptero, importado da Alemanha, que se encaixava nos objetivos do programa. O microcóptero é movido a bateria e equipado com sensores, câmeras de alta resolução leves e tecnologias de rede wi-fi, o que permite voos autônomos ou pré-programados. “Com esse sistema, conseguimos fazer com que ele se mova por controle remoto, com uma placa bem pequena de um computador, que tem um cabo que, conectado ao PC, repasa as imagens captadas e também ajuda a definir o trajeto a ser feito”, destaca.
O professor esclarece ainda que, para se comunicar com o microcóptero, os carros das equipes só precisam ser munidos de tecnologias simples. “Achamos que uma rede wi-fi seria a melhor saída, já que hoje em dia temos muitos carros com essa tecnologia, fora redes de telefonia, que seriam de grande ajuda para que a comunicação e a troca de informações coletadas fossem eficientes.”
A tecnologia que permite a comunicação entre automóveis e a pequena aeronave é chamada de veicular ad hoc networks (Vanets). “O microcóptero serviria como uma ‘mula de dados’ ou uma ponte de comunicação entre os veículos”, resume Ueyama. E motoristas comuns, com o equipamento de recepção adequado, também podem ser beneficiados. “Caso aconteça um acidente, ele passa as coordenadas não só para os agentes de trânsito ou o Corpo de Bombeiros, mas também para o seu carro”, ressalta.
O equipamento já passou por uma série de testes bem-sucedidos em altitudes mais baixas. Agora, ele será aprimorado para que voe mais alto. “Precisamos conseguir autorização da Aeronáutica para essa fase. Outro problema que precisa ser resolvido é fazer com que ele trafegue com segurança mesmo em tempos ruins. Hoje, ele tem um controle remoto, mas futuramente será autônomo”, destaca.
Outros usos Ueyama acrescenta que outra aplicação que o microcóptero terá é auxiliar problemas com enchentes e alagamentos. “Esse projeto dá continuidade a um sistema que detecta enchentes e níveis de poluição em rios e córregos urbanos por meio de uma rede de sensores sem fio instalados perto de rios e lagos, permitindo que a população seja avisada sobre eventuais riscos”, descreve. “Agregados a esse sistema, os microcópteros podem ajudar comunicando-se com esses sensores, disseminando dados e desviando o trânsito, para que os veículos evitem áreas alagadas”, exemplifica.
Para Leonardo Sanches, professor do curso de engenharia aeronáutica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o microcóptero é um dos produtos que devem virar tendência em sistemas de monitoramento aéreo. “A aplicação do uso de veículos aéreos não tripulados tem sido muito incentivada no Brasil. É um recurso que já observamos com sucesso em outros países, como os Estados Unidos”, lembra. Sanches acredita que o recurso pode trazer mais economia e eficiência. “Quando você faz essa vigilância pelo ar, consegue acessar lugares aos quais um carro não iria.”
Na opinião do professor da UFU, com aprimoramentos, o equipamento poderia auxiliar também na fiscalização ambiental, realizando, por exemplo, monitoramento marítimo, controlando melhor catástrofes naturais. No entanto, um bom sistema de navegação é fundamental para tudo isso. “Caso haja realmente a melhoria do sistema de localização, ele seria um bom recurso, pois poderia sobreviver a problemas de tempo ruim, algo que precisamos bastante”, completa.
Jó Ueyama explica que o projeto ainda não tem um custo definido para que o microcóptero possa ser vendido, mas que um dos objetivos é torná-lo viável também do ponto de vista econômico. “Comprar a base custa cerca de R$ 5 mil. Infelizmente, temos as tarifas de importação e as adaptações que custam um pouco também, mas temos fé em que poderemos tornar esse valores mais baixos, pedindo a isenção dessas taxas.”

CORREIO BRAZILIENSE


Uso de jatinhos e aumento de gastos


Flagrado mais uma vez em voo da FAB sem agenda de trabalho, Renan anunciou economia de R$ 275 milhões no Senado em 2013, mas dados orçamentários mostram que a conta subiu

Enrolado em mais um caso de voo com avião da Força Aérea Brasileira (FAB) sem agenda de trabalho, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), concluiu 2013 fazendo um balanço das atividades legislativas em que destacou “uma economia de R$ 275 milhões” feita pela Casa apenas este ano. Em ofício endereçado à presidente Dilma Rousseff, Renan chega a afirmar que devolverá os recursos e sugere, inclusive, a aplicação do montante em programas sociais. Porém, números do próprio Senado, da base de dados do Siga Brasil, mostram que, ao contrário do anúncio entusiasmado de Renan no plenário na última quinta-feira, o órgão acelerou as despesas em relação a 2012.
O Siga Brasil aponta que o Senado gastou R$ 2.732.438.104,39 entre fevereiro (mês em que Renan assumiu a presidência) e novembro (último mês encerrado) deste ano. O valor é R$ 23,4 milhões superior aos R$ 2.709.042.317,27 desembolsados no mesmo período de 2012. O cálculo leva em conta tudo que foi pago pelo órgão, incluindo os restos a pagar quitados. O aumento se deu principalmente com o pagamento de pessoal e encargos sociais, que inclui os salários dos parlamentares, dos servidores e dos comissionados.
“Sem prejuízo das rotinas da Casa, ultrapassamos a meta e alcançamos uma economia de R$ 275 milhões, número consolidado para o ano de 2013 (...). Os recursos que ora devolvemos são suficientes para a construção de 180 creches ou para o pagamento anual de 241 mil bolsas famílias”, disse o cacique peemedebista. Após o discurso, ele ganhou elogios de companheiros de partido como Romero Jucá (RR) e Lobão Filho (MA).
Os dados são favoráveis a Renan apenas quando o assunto é terceirização. “Cancelamos ou reduzimos os valores de contratos com terceirização de mão de obra. Sete contratos sofreram redução de valores, e outros dois foram completamente extintos”, disse. De fato, houve uma economia com o pagamento de terceiros no valor de R$ 13,2 milhões. O montante caiu de R$ 407,1 milhões para R$ 393,9 milhões. No total, o Senado tinha dotação prevista de quase R$ 3,7 bilhões para os 12 meses deste ano. É o maio valor já autorizado para a instituição nos últimos anos.
Procurada ontem pelo Correio, a assessoria da Presidência do Senado não se manifestou sobre o aumento de despesas constatado a partir do próprio banco de dados da Casa.
Cirurgia
Hoje, Renan deve fazer consulta formal à FAB para saber se a viagem que fez de Brasília ao Recife na última quarta-feira foi regular. O peemedebista se submeteu a uma cirurgia de implante de 10 mil fios de cabelo na capital pernambucana, conforme divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo. Caso a FAB afirme que o deslocamento foi irregular, já que Renan não teve agenda oficial de trabalho no Recife, ele deve reembolsar os custos da viagem aos cofres públicos.
Em junho deste ano, ele já havia usado aeronave da FAB para assuntos particulares e teve de reembolsar a União em R$ 32 mil, após a péssima repercussão do episódio. Na ocasião, ele foi a um casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em Trancoso (BA).

O ESTADO DE SÃO PAULO


Presidente e cúpula do Congresso exaltarão balanço de 2013 na TV


Dilma gravará hoje pronunciamento de fim de ano, no qual deve citar programas sociais e resposta a protestos

A presidente Dilma Rousseff deve gravar hoj e seu pronunciamento de fim de ano. Já se sabe que vai exaltar programas sociais, como o Brasil Sem Miséria e o Mais Médicos, e dizer que todos os indicadores demonstram uma situação melhor do que se esperava. Apesar das dificuldades de seu governo, principalmente na área econômica, a estratégia da presidente, às vésperas de um ano eleitoral, é vender otimismo.
O pronunciamento será exibido em rede nacional de rádio e TV, provavelmente amanhã. Nele, apresidente também falará de educação, incluindo o tema na lista do que ela considera positivo em seu governo.
"Não tem como fazer inovação se não tiver educação de qualidade no Brasil. E não tem como ter educação de qualidade se não tiver creche", disse ela em conversa com jornalistas, na semana passada, sinalizando o tom de sua mensagem.
Preocupação. Os presidentes do Senado, Renan Galheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também vão falar no horário nobre. Seus pronunciamentos, já gravados, sinalizam sobretudo a preocupação com a queda de popularidade dos congressistas após os protestos de rua ocorridos no mês de junho, A mensagem de Renan irá ao ar hoje ànoite. Seráo seu segundo discurso do ano em rede nacional. Alvo de críticas pelo uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para compromissos particulares, Renan tentará pas- sar na TV uma imagem de austeridade. aDemonstramos que se pode fazer mais com menos. Apesar de gastarmos menos, votamos mais esse ano que no ano passado", destacará o senador.
Gravado na residência oficial do Senado, em Brasília, o pronunciamento de Renan será marcado por autoelogios. Repetira, em parte, o balanço do ano que fez no plenário da Casa, na quarta-feira. Vai falar sobre os cortes de gastos adotados desde fevereiro e da carta que enviou à Presidência da República, devolvendo aos cofres públicos R$ 275 milhões. Deve sugerir mais uma vez a aplicação dos recursos na construção de creches e no Bolsa Família.
Para completar, Renan destacará projetos cujas votações foram estimuladas pelas manifestações que tomaram conta das ruas em junho. Sua lista inclui o voto aberto, o projeto que torna a corrupção crime hediondo e a proposta de emenda à Constituição (PEG) que ampliou os direitos trabalhistas para as empregadas domésticas.
Na sua vez de falar em rede nacional, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, também ressaltará propostas importantes aprovadas pelos deputados - como a destinação de 75% dos royalties do pré-sal para educação e 25% para a saúde. A exemplo de Renan, vai dar destaque à PEG das empregadas domésticas e, porfim, àmedida provisória que permitiu a continuidade do programa Mais Médicos, duas iniciativas que podem garantir dividendos eleitorais.

Brasil e França depois do FX2



A escolha soberana, pelo Brasil, do caça sueco Gripen, no contexto do processo FX2, -poderá ter feito com que muita gente não perceba os benefícios, para o Brasil, das nossas parcerias com a França, tão evidentes durante a visita de Éstado do presidente François Hollande, que esteve em Brasília e em São Paulo nos dias 12 e 13 de dezembro.
Desde 2006, quando a Parceria Estratégica Brasil-França foi lançada, acumulamos realizações. No ano de 2013, inauguramos o Estaleiro Naval de Itaguaí, onde o Brasil está construindo, em parceria entre a Marinha, a Odebrecht e a empresa francesa DCNS, quatro submarinos convencionais e um a propulsão nuclear. Trata-se do maior projeto de capacitação industrial e tecnológica da história da indústria de defesa brasileira.
"O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Pro-Sub) garante a transferência de tecnologia e a nacionalização de processos produtivos, o que coincide com a essência da nossa estratégia nacional de defesa", conforme frisou a presidenta Dilma Rousseff em sua entrevista coletiva com o presidente Hollande.
O ano também foi marcado pelo bem-sucedido voo de dois meses antes do prazo previsto, do primeiro helicóptero Super-Cougar (EC725) totalmente produzido na fábrica da Helibras, em Itajubá, no âmbito do programa H-XBR. Em tomo da Helibras, com transferência de tecnologia da Airbus-Eurocopter, consolida-se o segundo polo aeronáutico do Brasil, além do de São José dos Campos.
No encontro mais recente entre os dois presidentes, foram lançados novos programas conjuntos. Entre os dez atos assinados no Palácio do Planalto, destacam-se os acordos nos campos de supercomputação, espaço, energia nuclear, indústria naval e formação de pessoal.
O programa que gera perspectivas mais positivas para a capacitação tecnológica brasileira talvez seja o de área de computação de alto desempenho. Prevê-se parceria entre o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), a Coppe e a empresa francesa Buli para a montagem e operação de um supercomputador e de dois centros de pesquisa, transferindo para o Brasil tecnologia hoje restrita a um punhado de países. Universidades, empresas nacionais e centros de pesquisa terão acesso ireto a essa capacidade, logrando rodar programas e simulações antes inacessíveis.
A empresa brasileira Visiona, empreendimento conjunto da Embraer e da Telebras, assinou contrato com a empresa francesa Thales, para o fornecimento do primeiro satélite geoestacionário de defesa e comunicação (SGDC) do Brasil, de uso civil e militar. Com isso, o Brasil garante a segurança das suas comunicações estratégicas, antes terceirizadas para satélites operados por grupo estrangeiro. É apenas o primeiro passo para a instalação no Brasil, em parceria com a França, da capacidade de construir satélites de telecomunicações os mais sofisticados, e para novos projetos na indústria espacial.
A Eletrobrás também celebrou com a empresa francesa Areva, sucessora da alemã Siemens no domínio da energia nuclear, contrato para o término da Usina de Angra III, de 1,25 megawatts.
A Odebrecht e a DCNS assinaram memorando para instalar no Brasil uma empresa estratégica de defesa, com controle brasileiro, para construir e reparar navios de superfície, aprofundando a parceria naval iniciada com o ProSub.
O aprofundamento da cooperação do Ministério da Educação com seus contrapartes franceses, no âmbito dos programas Ciência sem Fronteiras, Licenciatura sem Frontei-ras e Francês sem Fronteiras, garante que a França continuará a ser o principal parceiro do Brasil na formação de engenheiros, cientistas, matemáticos e, mais recentemente, professores do ensino médio e profissional.
Já há mais de 500 empresas francesas estabelecidas no Brasil, inclusive as construtoras de automóveis PSA e Renault (que está inaugurando nova fábrica em Resende); a Total e a Technip, parceiras da Petro-brás no desenvolvimento das reservas do pré-sal; e o gigante da distribuição Casino, que depois da aquisição do Grupo Pão de Açúcar se tornou o maior empregador do Brasil. Para que novas empresas brasileiras, sobretudo pequenas e médias, tenham a oportunidade de negociar novas parcerias com suas contrapartes francesas, lançamos o Fórum Econômico Brasil-França.
A conjugação do dinamismo do Brasil com a tecnologia da França beneficia os dois países e acelera o desenvolvimento brasileiro. O objetivo brasileiro não é meramente comprar, mas aperfeiçoar a capacidade de construir e inovar. O objetivo francês não é meramente vender, mas celebrar parcerias que aumentem a escala de sua indústria e permitam que ela sè mantenha na vanguarda mundial. No século 21, o Brasil está superando o atraso acumulado das nossas indústrias e instituições de pesquisa, dando verdadeiros saltos tecnológicos. Entre os países que estão na vanguarda científica, é com a França que mantemos a parceria mais diversificada e mais profunda.
É normal que a França, justamente orgulhosa do seu "savoir-faire", fique decepcionada com o resultado do FX2, que optounão pelo avião mais sofisticado, mas pelo mais adequado de acordo com os parâmetros decididos pelo governo brasileiro. Para que tenhamos uma ideia de como os franceses se sentem, podemos lembrar como nós, brasileiros, nos sentimos na final da Copa de 1998. Assim como o Brasil não ganha todas as Copas, a França não ganha todas as concorrências internacionais.
Mas outras competições virão, e a amizade tradicional e a complementaridade natural entre Brasil e França trarão novas conquistas para os dois países.

CT para seleções de handebol será inaugurado em 2014, em São Bernardo


Centro de Treinamento da CBHb recebe investimento da Prefeitura e do Ministério do Esporte

SÃO PAULO - Não é apenas dentro da quadra que o handebol brasileiro progride. Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz de Oliveira, deverá ser inaugurado, no primeiro trimestre de 2014, o Centro de Treinamento da CBHb, um antigo sonho da entidade, em São Bernardo do Campo.
A prefeitura cedeu o terreno e R$ 2,5 milhões, e o Ministério do Esporte investiu R$ 12 milhões. Já está em funcionamento o plano de regionalização de talentos: há seis Centros de Desenvolvimento, baseados em instalações cedidas por faculdades e clubes. Cada centro vai formar uma seleção – as seleções jogarão entre si, e esses embates darão subsídios para formação de uma Seleção B, com 28 atletas.
Hoje, a CBHb conta com um orçamento anual de R$ 23 milhões e dois fortes patrocinadores – o Banco do Brasil e os Correios. Outra boa novidade é a criação de duas equipes, uma masculina e outra feminina, que utilizarão as dependências da Força Aérea Brasileira, no Rio. “Não conseguimos esse resultado do dia para a noite, e estamos empenhados com o foco na Olimpíada de 2016”, disse Oliveira ao Estado neste domingo, por telefone, logo após a conquista.

OUTRAS MÍDIAS


CORREIO DO ESTADO (MS)



Aeronáutica inspeciona aeroporto

Militares da Aeronáutica do II Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) estiveram no Aeroporto Municipal de Três Lagoas, na última quarta-feira (18), fazendo inspeção que visa homologação da Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo – EPTA. A prefeita Márcia Moura acompanhou os trabalhos.
Segundo o superintendente do aeroporto de Três Lagoas, José Estevão Morais Palma os militares inspecionaram e avaliaram todo instrumento operacional da EPTA, que já está pronta, mas para que passe a operar, precisa do documento constatando sua homologação.
As EPTA’s são responsáveis pela prestação de Serviços de Tráfego Aéreo (ATS), de Telecomunicações Aeronáuticas (COM), de Meteorologia Aeronáutica (MET) e de Informações Aeronáuticas (AIS), além de disponibilizar uma rede de auxílios à Navegação Aérea.
Os serviços de tráfego aéreo fornecem aos pilotos autorizações e informações com o objetivo de manter o fluxo de tráfego aéreo ordenado, além de acionar os recursos de busca e de salvamento, nos casos de emergências aeronáuticas.
A principal responsabilidade do serviço de informações aeronáuticas é disponibilizar toda informação necessária para o planejamento e execução de um voo seguro.
“Esta avaliação não impede a operação dos voos comerciais que temos, porém com a operação desta nova categoria da EPTA em funcionamento teremos maior segurança e a operação dos voos irá melhorar consequentemente, pois dá maior confiabilidade ao piloto”, explica o superintendente do Aeroporto.
Para que a EPTA entre em operação é necessária emissão de documento constatando registro e aval para funcionamento.
CINDACTA II
Os militares integram a Unidade responsável pelo controle e gerenciamento do espaço aéreo da Região Sul e adjacências, sediado em Curitiba.
O CINDACTA II integra o Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB) e do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Atualmente é responsável pela Região de Informação de Voo (FIR) sobrejacente aos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e parte de São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo.

SÉCULO DIÁRIO.COM (ES)



Chuvas no ES: Governo do Estado decreta situação de emergência

O governador Renato Casagrande afirmou que a prioridade é preservar vidas. A chuva que castiga o Estado há uma semana já matou cinco
O governador Renato Casagrande decidiu decretar situação de emergência em todo o Estado. A decisão foi anunciada nesse sábado (21), após reunião com o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, o subchefe de Articulação da Casa Civil Luiz Antônio Padilha e o secretário nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior.
Casagrande disse que decidiu decretar situação de emergência devido ao agravamento das chuvas em todo o Estado. De acordo com a Defesa Civil, pelo menos 50 municípios foram afetados pelas fortes chuvas que caem sobre o Estado ininterruptamente desde a última segunda-feira (16).
O governador explicou que o decreto estadual não impede que os municípios façam os seus próprios decretos, mas facilita o trabalho integrado entre os governos federal e do estadual. "A prioridade ainda é preservar vidas, mas temos muitos estragos em rodovias federais e estaduais, além das vias municipais e, por isso, precisamos de todo o apoio para levar suprimentos, materiais de limpeza, colchões, enfim, para todo o trabalho de ajuda humanitária e acolhimento das famílias, para reduzir o sofrimento da nossa população”, destacou o governador.
A visita da comitiva do governo federal tem o objetivo de integrar o trabalho de socorro e assistência humanitária ao que já está sendo realizado pelo Estado Capixaba, a fim de salvar vidas.
A ação conjunta irá facilitar o repasse de recursos federais no auxílio às vítimas das enchentes e, posteriormente, na recuperação de equipamentos públicos e estruturação das cidades afetadas, conforme explica o subchefe de Articulação da Casa Civil Luiz Antônio Padilha. “A presidenta Dilma Roussef nos determinou a visita ao Espírito Santo e se solidariza com o povo capixaba nesse momento. Vamos prestar toda ajuda necessária ao Estado e aos municípios capixabas”, assegurou o ministro.
Mortes
Aumentou para cinco o número de pessoas que perderam suas vidas devido às chuvas. Em Colatina (noroeste), no bairro Santo Antônio, um homem foi atingido por uma pedra que caiu sobre sua casa; em Nova Venécia (norte), Eugênio Soares foi arrastado pela força da água quando tentava tirar seu veículo da garagem; Sidnei Kruger, que estava pilotando uma moto, foi arrastado pela enxurrada do córrego Jacutinga, em Baixo Guandú (centro-oeste).
Nesse sábado (21), foram confirmadas mais duas mortes. Júlio César Santos Boning foi soterrado quando estava em seu lava-jato em Paraju, Domingos Martins (serrana). Em Itaguaçu (central-serrana), a idosa Penha Cabrito também foi vítima de um soterramento.
A Defesa Civil ainda registrou um desaparecimento em Água Doce do Norte.
Ajuda
O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, disse que os técnicos da área de engenharia do governo federal permanecerão no Espírito Santo para realizar diagnósticos de áreas de risco e auxiliar o trabalho da Defesa Civil Estadual. Um helicóptero da Força Aérea já está no Estado e um segundo deve chegar nas próximas horas para auxiliar no trabalho de apoio no transporte de ajuda e socorro de pessoas. Por terra, cinco caminhões tracionados do Exército tem a missão de levar às vítimas kits dormitórios, kits limpeza e cestas básicas. "Vamos fornecer toda ajuda necessário ao Espírito Santo com o objetivo inicial de salvar vidas”, ressaltou o ministro.
Balanço
Segundo o último boletim da Defesa Civil Estadual, emitido neste domingo (22), subiu para 44 o número de municípios mais afetados pelas chuvas. São eles: Santa Leopoldina, Santa Tereza, Venda Nova do Imigrante, São Gabriel da Palha, Cariacica, Viana, Vila Velha, Serra, Vitória, Afonso Claudio, Itaguaçu, Conceição do Castelo, Itarana, Muniz Freire, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Castelo, Laranja da Terra, Vargem Alta, Agua Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Aracruz, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Colatina, Conceição da Barra, Fundão, João Neiva, Linhares, Ibiraçu, Mantenópolis, Nova Venécia, Pancas, Rio Bananal, São Domingos do Norte, São Mateus, Vila Pavão, Vila Valério, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Ibatiba e Jeronimo Monteiro.
Dos 44 municípios afetados, 22 municípios estão preparando a documentação para decretar situação de situação de emergência ou calamidade pública devido às fortes chuvas. São eles: Água Doce do Norte, Rio Bananal, Castelo, Bom Jesus do Norte, Vargem Alta, Cachoeiro de Itapemirim, Ecoporanga, Mimoso do Sul, Laranja da Terra, São Domingos do Norte, Viana, Conceição do Castelo, Águia Branca, Alto Rio Novo, Barra de São Francisco, Nova Venécia, Ibatiba, São Gabriel da Palha, Pancas, Vila Pavão, Linhares e Mantenópolis. Mais municípios estão avaliando os prejuízos e posteriormente também poderão decretar situação de emergência.


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