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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 08/12/2013

FAB


Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




Brasil e China lançam novo satélite de sensoriamento remoto

Paulo Victor Chagas

Brasília - Brasileiros e chineses colocam em órbita na segunda-feira (9) o quarto satélite de sensoriamento remoto produzido pelos dois países. À 1h26, horário de Brasília, será lançado o satélite que vai mapear e registrar os territórios e atividades agrícolas, desmatamento, mudanças na vegetação e expansão urbana.
O projeto faz parte do Programa Sino-Brasileiro de Satélites de Recursos Terrestres (Cbers, na sigla em inglês) e será lançado após três anos de ausência nesse nível de monitoramento, devido à desativação do anterior e a atrasos na nova operação.
Integrado ao foguete Longa Marcha 4B, o Cbers-3 vai viajar durante apenas 12 minutos e atingir 780 quilômetros de altitude, quando iniciará a etapa de estabilização e de entrada em órbita. Após ser posicionado e ter seus equipamentos acionados, o satélite passará por uma fase de checagem dos equipamentos e da qualidade das imagens, para, três meses depois, serem disponibilizadas ao público.
O Cbers-3, construído pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, retoma a transmissão de imagens enviadas anteriormente pelo Cbers-2B, que deixou de funcionar em 2010. Antes, o Cbers-1 e o Cbers-2 tinham sido enviados por Brasil e China em 1999 e 2003, respectivamente.
Para o Coordenador do Segmento de Aplicações do Programa Cbers, José Carlos Neves Epiphânio, mesmo com a interrupção do monitoramento feito pelos satélites Cbers, o Inpe manteve acordos com outros países para que os dados sobre o Brasil continuassem sendo usados. O órgão mantém um catálogo de imagens feitas por diversos satélites e disponíveis gratuitamente na internet, no endereço http://www.dgi.inpe.br/CDSR/.
O investimento brasileiro na construção do Cbers 3 chegou a R$ 300 milhões, entre as despesas do instituto, da contratação de empresas especializadas e da compra de equipamentos. De acordo com o coordenador, os efeitos da disponibilização das imagens a pesquisadores, instituições de ensino e cidadãos comuns conseguem superar o valor gasto. “Se há um programa caro neste país que se pagou é o CBERS, porque o benefício social é uma coisa espantosa.”
Segundo Epiphânio, que é pós-doutor em sensoriamento remoto, a construção do Cbers-3 foi dividida igualmente entre os dois países. Nos modelos anteriores, a China era responsável pela produção de 70% do satélite. Uma vez assinado o acordo, é definido o país que vai fabricar cada componente, como painel solar, controle térmico, sistema de gravação, além das câmeras que, acopladas ao satélite, produzem as imagens usadas em estudos ecológicos, industriais, geológicos e agrícolas.
“O legal do CBERS-3 é que ele vai ter um kit de câmeras bastante versátil. As câmeras foram totalmente remodeladas e, com isso, as fotos serão mais detalhadas. Será possível notar, por exemplo, a composição colorida dos objetos”, explica. Segundo Epiphânio, duas das quatro câmeras do satélite foram produzidas no Brasil.
Ele explica que o projeto para o Cbers-3 foi feito de acordo com o Cbers-4, que deve ser lançado daqui a dois anos. Como a responsabilidade é compartilhada, caberá aos brasileiros a organização do lançamento, sendo ou não no território brasileiro. A expectativa, segundo ele, é grande. Os engenheiros brasileiros estão confiantes porque foram feitos todos os testes, e o histórico do lançador de foguetes é satisfatório.
Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Antonio Raupp, e das Comunicações, Paulo Bernardo, acompanharão o lançamento em Taiyuan, província chinesa de Shanxi. No mês passado, o assunto foi discutido pelo vice-presidente, Michel Temer, quando chefiou a delegação brasileira na reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).


Tributo dos brasileiros

O funeral de Nelson Mandela vai reunir todos os ex-presidentes do Brasil. O porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, informou, ontem, que José Sarney (PMDB), Fernando Collor de Mello (PTB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram convidados e aceitaram acompanhar Dilma Rousseff nas cerimônias de despedida do líder africano. A comitiva rumo a Johannesburgo vai partir do Rio de Janeiro amanhã. Dilma cancelou a agenda que teria no Brasil para viajar ao continente vizinho. Ela já havia declarado luto de sete dias pela morte de Mandela.
Os brasileiros irão juntos em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Sarney e Collor deverão embarcar em Brasília, enquanto Lula pegará ò voo em São Paulo, logo em seguida. FHC e Dilma, que estará participando de um evento da Bill Clinton Global Initiative, decolam do Rio. Os cinco deverão participar de uma solenidade prevista para ocorrer na terça-feira no Estádio FNB (Soccer City), que deve concentrar um dos maiores números de autoridades estrangeiras da história. A expectativa é de reunir chefes de Estado e de governo do mundo inteiro. A última viagem internacional que reuniu ex-presidentes brasileiros oconeu em 2005, quando Lula, FHC, Itamar Franco e Sarney participaram do funeral do papa João Paulo II.
Em nota, Lula, o mais próximo do líder africano entre os ex-presidentes brasileiros, já havia declarado que Mandela foi uma das mais importantes lideranças políticas do planeta. FHC e Sarney também lamentaram a morte de Madiba. O ex-presidente tucano e Collor tiveram encontros com Nelson Mandela enquanto estavam na Presidência da República. Em março de 2011, Dilma já havia convidado todos os antecessores para participarem de um almoço oferecido pela chancelaria Brasileira ao presidente dos EUA, Barack Obama, no Palácio do Ita-maraty. Apenas Lula não foi ao evento. Especulou-se que ele não teria gostado do convite feito a FHC. Na versão da assessoria de Lula, porém, ele faltou porque entendeu que o encontro era mais apropriado aos chefes de Estado.
Dilma vai terminar mandato sem caças

A presidente Dilma Rousseff entrará no último ano do mandato sem comprar os tão esperados caças que reforçariam a segurança nacional. O Orçamento de 2014 que tramita no Congresso não traz qualquer programação de recursos para a aquisição dos 36 aviões previstos no programa do Ministério da Defesa. Caso Dilma decida pela compra dos caças nos próximos 12 meses, o desembolso deverá ser feito apenas a partir de 2015 . A verba estimada para o Ministério da Defesa no próximo ano é questionada pelos militares. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, no começo de novembro, eles afirmaram, em nota técnica, que faltam mais de R$ 13 bilhões para as Três Forças fazerem "o mínimo necessário" no ano que vem. Só para a compra das aeronaves o país deve desembolsar mais de R$ 10 bilhões.
Os finalistas do programa F-X2, seleção feita pela Força Aérea Brasileira (FAB), são os caças F18 Super Hornet, fabricado pela empresa norte-americana Boeing; o Rafale F3, produzido pela francesa Dassault; e o Gripen NG, proposto pela sueca SAAB. De acordo com a proposta orçamentária de 2014, a pasta chefiada por Celso Amorim terá pouco mais de R$ 8,4 bilhões para investimentos. O valor é um pouco maior do que os R$ 8,1 bilhões previstos para 2013, mas está muito aquém das necessidades da área, que ainda sofre com bloqueio de recursos (contingenciamento) imposto pela equipe econômica de Dilma. A Defesa prevê aplicar R$ 87 milhões, por exemplo, com a aquisição de sistemas de artilharia antiaérea.
Sucateamento
Os militares avaliam que a decisão de comprar os caças não está mais nas mãos da Defesa. Eles dizem que cabe agora à presidente indicar qual das três empresas será a parceira estratégica do país, que sofre com sucateamento na área. Neste mês, os caças Mirage, que compõem o aparelhamento brasileiro de segurança ao lado do F5 e dos supertucanos, serão aposentados. O espaço aéreo brasileiro será vistoriado pelos F5, uma situação temporária longe da ideal, confessam os militares. A compra dos caças não é considerada uma operação simples, pois ainda envolve a transferência de tecnologia e um índice de produção nacional, além de gerar obrigações contratuais durante um longo período. Mas, apesar de cara, é avaliada pelos militares como uma compra necessária para a proteção do território nacional. O país tem uma fronteira com quase 16,9 mil quilômetros de extensão, sendo 7,4 mil quilômetros de linha seca e 9,5 mil de rio, lagos e canais.
O relator-geral do Orçamento de 2014, Miguel Corrêa (PT-MG), admite que não existe qualquer previsão para a compra dos caças no próximo ano. Segundo ele, a aquisição não está prevista no texto porque "não é prioridade para o governo brasileiro neste momento". O deputado afirmou que a defesa é a que mais sofre pressão por recursos. "Disparada é a área em que mais houve pressão. Está longe do segundo lugar entre os pleitos mais solicitados", conta. Segundo Côrrea, todos os dias, ele recebe até seis telefonemas de pessoas do setor que lhe pedem para incluir mais verba em projetos considerados estratégicos. "Já previmos investimentos para os programas Astros (produção de míssil e foguete guiado) e Guarani (projeto do Exército para aquisição de blindados). As emendas, principalmente de bancadas e de comissão, contemplaram bem a área da defesa", explicou Corrêa.
Dificuldade
Para Gunter Grudzit, especialista em segurança internacional e professor de relações internacionais da Faculdade Rio Branco, a situação fiscal atual vivida pelo país prejudica a escolha brasileira. Porém, ele ressalta que, se a presidente Dilma tomar a decisão nos dias de hoje, o pagamento só ocorrerá futuramente. "Essa decisão já poderia ter sido tomada há mais tempo, quando a economia estava melhor. Não teria impacto negativo (como hoje)", diz. Grudzit acredita que a presidente estava inclinada a fechar o negócio com a Boeing, dos americanos, mas, depois de um questionamento judicial nos Estados Unidos contra uma vitória da Embraer em uma licitação de venda de caças leves e da revelação da espionagem de autoridades brasileiras, o negócio ficou "impossível" de ser concluído agora.
Para conquistar os brasileiros, os americanos defendem que o Super Hornet é acessível, representa baixo risco e está em operação na Marinha dos Estados Unidos e na Real Força Aérea Australiana. De acordo com a Boeing, o Super Hornet acumula mais de 1 milhão de horas de voos, sendo mais de 168 mil em combate. Os americanos argumentam ainda que se trata da maior empresa aeroespacial do mundo, com vasta rede de fornecedores e acesso aos mercados globais e de defesa dos Estados Unidos.
Já os suecos sustentam que o Gripen NG é um dos caças multiempregos mais avançados do mundo e que a versatilidade dele "é a chave para enfrentar e derrotar qualquer ameaça ao Brasil, presente ou futura". De acordo com o projeto específico para a defesa brasileira, as armas da aeronave são precisas e teleguiadas, podendo atacar e destruir alvos aéreos, marítimos e terrestres, 24 horas por dia, em qualquer condição meteorológica.
Na próxima quinta-feira, o presidente da França, François Hollande, vem ao Brasil pela primeira vez desde que tomou posse para se encontrar com a presidente Dilma. A França é, atualmente, um dos principais parceiros estratégicos do Brasil no setor de defesa e espera fechar acordo com os seus jatos Rafale. A Índia, que intregra os Brics, a exemplo do Brasil, concluiu uma concorrência no ano passado para aquisição de 126 caças para sua Força Aérea, vencida pelos franceses. A reportagem encaminhou perguntas ao Palácio do Planalto para saber se a compra será realizada no ano que vem, se o modelo dos caças já havia sido escolhido e por que, até hoje, o país não os adquiriu. Porém, até o fechamento desta edição, o órgão não tinha se manifestado.
Cronologia
Anos 1990
A discussão em torno da compra de caças pelo Brasil começou ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. O projeto tinha o nome de F-X e previa a substituição da frota, considerada obsoleta.
2003
O então presidente Lula assume o governo e suspende o programa F-X
2007
Governo lança projeto para a compra de caças, chamado de FX-2. A ideia era adquirir 36 aviões
2008
Três fabricantes são finalistas do processo de escolha: Dassault, da França, com os caças Rafale F3; SaaB-BAE, da Suécia, com os Gripen NG; e Boeing, dos EUA, com os caças F18 Super Hornet
2009
No desfile da Independência, o então presidente Lula anuncia, em comunicado produzido em conjunto com o então presidente da França, Nicolas Sarkozy, a abertura de negociação para a aquisição dos Rafale F3. A informação surpreende a todos os participantes do processo porque significa o encerramento do programa FX-2. Depois do mal-estar, o governo foi obrigado a declarar que o procedimento ainda estava em andamento e com os outros países na disputa
2013
A presidente Dilma Rousseff ainda não decidiu com quem o país fechará negócio
Batalha no céu
Confira os modelos que disputam a preferência brasileira
Rafale F3
Fabricante: Dassault
Origem: França
Bimotor
Armamento: um canhão, mísseis e bombas
Proposta: transferência tecnológica de tudo que for pedido pela FAB
Gripen NG
Fabricante: SAAB
Origem: Suécia
Monomotor
Armamento: um canhão e mísseis
Proposta: transferência tecnológica de todos os componentes suecos do avião e parceria na venda para todo o mundo
F18 Super Hornet
Fabricante: Boeing
Origem: Estados Unidos
Bimotor
Armamento: um canhão e mísseis
Proposta: venda direta. Possibilidade de transferir algumas tecnologias, dependendo da aprovação do Congresso Americano

Imagens de satélite sino-brasileiro vão beneficiar pesquisas nacionais

Dentro de três meses, será possível acessar o sistema de armazenamento de imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e baixar fotografias recentes do desmatamento na Amazônia, de fenômenos agrícolas, conflitos agrários e expansão urbana, graças ao novo satélite do Programa Sino-Brasileiro de Satélites de Recursos Terrestres, que será lançado nesta segunda-feira (9).
O Cbers-3, como é chamado, vai retomar o registro de imagens feito em parceria com a China. Ele vai abastecer o banco de dados para acadêmicos, órgãos de pesquisa e cidadãos comuns. De acordo com o coordenador do segmento de aplicações do projeto, José Carlos Neves Epiphânio, a principal vantagem dos investimentos em pesquisa espacial é a diversidade de benefícios.
“O legal é que essas imagens estarão gratuitas na rede e poderão ser pesquisadas por uma ONG que deseja produzir algum trabalho, pelo órgão ambiental que quer investigar ações de impacto no meio ambiente, pelo estudante da universidade e por quem trabalha na área”, explica.
Epiphânio cita algumas instituições que utilizam as fotos tiradas pelo Cbers e outros satélites (por meio de acordo do Brasil com outros países), como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O número total, porém, é bem maior. Segundo Epiphânio, mais de 30 mil usuários individuais e mais de 3 mil instituições utilizam o mecanismo de busca do Inpe. “Não há nenhuma instituição brasileira que precise fazer uso de imagens de satélite e não seja usuária do Cbers, dos anteriores e agora do Cbers-3”, revela, explicando que todas as universidades, centros de pesquisa e até o Judiciário acessam o sistema.
De acordo com Ephipânio, a disponibilização gratuita foi pioneira no Brasil e pode ser feita pela internet. “Isso causou uma certa revolução, porque, até então todos os satélites eram pagos. Hoje, isso se tornou padrão mundial para essa classe de satélites”.
Para o coordenador do Inpe, o ensino básico também pode ser beneficiado. “A professora pode baixar imagens para a aula. Uma coisa é você mostrar o desmatamento, outra é mostrar antes e depois, isso marca o aluno. Também pode mostrar a diferença entre vegetação do Cerrado e da Amazônia, por exemplo, ou como certas regiões são adensadas”, diz o pesquisador.
O Cbers-2B deixou de funcionar em 2010 e só agora o Brasil voltará a monitorar as imagens na especialidade de sensoriamento remoto. Epiphânio explica, porém, que os acordos com outros países permitiram manter atualizados os dados e o abastecimento das imagens.
Com novas câmeras, o Cbers-3 poderá monitorar, por exemplo, o avanço de plantações para além do mínimo exigido, próximo de cursos d"água. “Haverá também um melhor gerenciamento das águas de represas, para ver se não estão removendo o solo na beira das represas, porque a areia pode entrar na turbina e diminuir seu tempo de vida útil, gerando mais manutenção e conta de luz mais cara para nós”, imagina Epiphânio.
O envio das imagens é possível graças a receptores instalados no Brasil e na China, que processam os dados e os transformam novamente em fotografias prontas para os estudos. Em 2007, foi lançado o Cbers for Africa, para que países em desenvolvimento se beneficiassem dos dados dos satélites. A África do Sul já possui a estrutura para receber as imagens.
Segundo Epiphânio, os outros países poderão receber informações sobre seus territórios por meio do gravador de bordo do satélite, que armazena as fotografias e depois as envia para os receptores brasileiro e chineses. O lançamento do Cbers-3 está previsto para 1h26 de segunda-feira, horário de Brasília, na base de lançamento de Taiyuan, capital da província chinesa de Shanxi, na região central da China.

Brasil amplia para 50% participação na construção de satélite com a China

Nesta segunda-feira (9/12) entra em órbita pela primeira vez um satélite cuja construção foi financiada igualmente por Brasil e China. O Programa Sino-Brasileiro de Satélites de Recursos Terrestres começou em 1999, quando o Cbers-1 foi enviado ao espaço, mas a divisão anterior tinha apenas 30% de participação do Brasil na parceria.
A fabricação do Cbers-3 foi de responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial. Apenas do lado brasileiro, foram investidos R$ 300 milhões para colocar em prática o projeto. Coube, então, a cada órgão, produzir ou contratar uma empresa para a construção dos componentes do satélite, como painel solar, controle térmico, sistema de gravação, além das câmeras que produzem as imagens utilizadas em estudos ecológicos, industriais, geológicos e agrícolas.
De acordo com o coordenador do Segmento de Aplicações do Programa Cbers, José Carlos Neves Epiphânio, cerca de 200 pessoas estavam envolvidas, direta ou indiretamente, na construção dos equipamentos de responsabilidade do Inpe. Segundo ele, empresas e departamentos inteiros foram criados para atender à demanda.
“As equipes trabalham intimamente. Sempre tem chinês no Inpe ou alguém daqui na China. Dependendo das fases, há mais ou menos integração”, revela. O pesquisador conta que, para o lançamento, há cerca de 30 engenheiros brasileiros na China, sendo que 12 foram há dois meses para participar dos testes.
Duas empresas brasileiras foram responsáveis pela construção das câmeras. O Cbers-3 entra em órbita com quatro desses equipamentos, sendo que uma câmera foi fabricada em São Carlos e outra em São José dos Campos, ambas em São Paulo.
Segundo Epiphânio, os equipamentos têm funcionalidades diferentes, obedecendo às necessidades das diversas pesquisas. “Há certos fenômenos que você quer ver em detalhes, outros você não precisa”, explica.
A Câmera Multiespectral Regular (MUX) foi produzida pela empresa Opto Eletrônica e tem capacidade para gerar imagens com resolução de 20 metros. “Se a legislação ambiental determina que a plantação deve ficar a 50 metros de um córrego, por exemplo, com uma câmera de 60 metros você não consegue notar essa irregularidade, precisa de maior precisão”, justifica o pesquisador.
Em Cuiabá, fica o único receptor brasileiro. De lá, os dados são enviados para Cachoeira Paulista (SP), onde são processados e o banco de imagens é gerado e disponibilizado gratuitamente por meio de um catálogo do Inpe. Epiphânio conta que são necessários 26 dias para que o satélite e suas câmeras registrem novamente o mesmo ponto. Já a China possui três receptores.
“Entre o satélite passar no local e a imagem ser processada e estar na sua mão, não demora mais que dois dias. Eventualmente, pode ser no mesmo dia. Em termos de satélite, isso é quase tempo real”, informa Epiphânio.
O lançamento do Cbers-3 está marcado para a madrugada de segunda-feira, à 1h26, horário de Brasília. Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e das Comunicações, Paulo Bernardo, acompanharão o lançamento na base de Taiyuan, capital da província de Shanxi, na região central da China.



Dilma levará antecessores a funeral de Mandela

Lula, FHC e Sarney aceitam convite e Collor tende a também integrar comitiva que participará de missa em Johannesburgo

Rafael Moraes Moura

A presidente Dilma Rousseff decidiu convidar seus antecessores para acompanhá-la em viagem a Johannesburgo, onde será celebrada uma missa em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, morto aos 95 anos na quinta-feira após uma infecção pulmonar.
José Sarney (PMDB-AP), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmaram a ida. Segundo o "Estado" apurou, o senador Fernando Collor (PTB-AL) também integrará a comitiva brasileira. Eles participarão de uma solenidade prevista para ocorrer na terça-feira no Estádio FNB (Soccer City), que deve reunir um dos maiores contingentes de autoridades estrangeiras da história. São esperados chefes de Estado de todo o mundo.
O roteiro do Palácio do Planalto prevê que uma aeronave da Força Aérea Brasileira saia de Brasília segunda-feira, 9, de manhã, já com Sarney e Collor, rumo a São Paulo, onde embarcará Lula. De São Paulo, o grupo segue para Rio de Janeiro, onde se encontra com Dilma, que participa de evento promovido pela Bill Clinton Global Initiative no Copacabana Palace. Fernando Henrique Cardoso também embarca no Rio com a comitiva presidencial.
Será a primeira vez que Dilma, Lula, FHC, Collor e Sarney estarão em um mesmo evento desde que foi instalada a Comissão da Verdade, em cerimônia no Palácio do Planalto em maio de 2012. A última viagem internacional de ex-presidentes ocorreu em abril de 2005, quando Lula, FHC, Itamar Franco e Sarney estiveram juntos para participar do funeral do Papa João Paulo II.
Em novembro de 1996, FHC fez a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro à África do Sul, sendo recebido pelo então presidente Mandela. O ex-presidente afirmou, na sua página pessoal no Facebook, que Mandela foi "o mais impressionante" entre todos os líderes que conheceu.
"Com a morte de Nelson Mandela perdemos o maior símbolo vivo da luta pela dignidade humana, pela liberdade e pela democracia. Sua altivez, seu antirracismo e sua generosidade ajudaram decisivamente a terminar com o apartheid na Africa do Sul", disse FHC.
Em nota divulgada à imprensa, Lula afirmou que Mandela é "um exemplo de determinação, de perseverança e de quanto é importante a disposição para o diálogo entre os homens".
A presidente decretou sete dias de luta pela morte de Mandela, conforme decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União de sexta-feira, 6. Em nota, lamentou a morte de Mandela, a "personalidade maior do século 20". A ida à missa na África do Sul fez o Palácio do Planalto cancelar três eventos previstos para o início da semana em Belo Horizonte, Porto Velho e Ji-Paraná.

Anac autua Gol por falha em prestar assistência durante atrasos em voos

Neste sábado (7), mais de 300 voos registraram atraso nos aeroportos. Segundo agência, houve falha na prestação de assistência a passageiros.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou neste sábado (7) que vai autuar a empresa Gol Linhas Aéreas por falhas na prestação de assistência a passageiros com voos atrasados nesta sexta (6) no Aeroporto de Guarulhos e na manhã deste sábado (7) no Aeroporto de Brasília.

Segundo a Anac, fiscais da agência estão monitorando a situação em São Paulo e em Brasília. A multa prevista pode variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil por infração.
Em nota, a Anac informou também que vai notificar a TAM, por problemas ocorridos na sexta-feira em Guarulhos. A empresa terá 10 dias para comprovar a prestação de assistência aos passageiros. Se comprovadas irregularidades, a empresa também será autuada.

Conforme resolução da Anac, é dever da empresa informar aos passageiros sobre atrasos e cancelamentos de voo e o motivo e fornecer meios para facilitar a comunicação para atrasos superiores a uma hora, além de alimentação, para atrasos de mais de duas horas, e hospedagem, para demora superior a quatro horas.

Até as 17h deste sábado (7), aeroportos do país registravam filas e atrasos em mais de 300 voos, a maioria deles da companhia aérea Gol, que atribui o problema ao mau tempo e chuva dos dias anteriores.
Dados da Infraero indicavam 330 voos atrasados (20,5% do total) desde a meia-noite, e 81 cancelados (5%). Segundo a empresa que administra os aeroportos, havia atrasos nos aeroportos São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador e Rio de Janeiro.

Às 17h, a empresa contabilizava 43,7% de seus voos com atraso, 245 ao todo, e 49 cancelamentos, de um total de 561 partidas e chegadas.

Em nota, a Gol informou que “os aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Viracopos, Galeão e Santos Dumont apresentaram condições inadequadas para pousos e decolagens e diversos voos da companhia em toda a sua malha foram impactados ocasionando atrasos e cancelamentos”.

“Esses atrasos também tiveram reflexo no limite da jornada de trabalho e descanso de algumas tripulações que tiveram suas cargas horárias vencidas pela regulamentação da categoria gerando impacto nas nossas operações até este sábado (7)”, diz a nota.

Às 17h em Brasília, 41,5% dos voos estavam atrasados, 44 ao todo. Em Belo Horizonte, o Aeroporto de Confins registrava 18 voos com atraso (20%). Florianópolis tinha 11 voos atrasados (40,7%) e Salvador, 32 atrasos (32,7%).
No Rio de Janeiro, o Galeão somava 13 atrasos (14,8%) e o Santos Dumont nove (9,8%). Em São Paulo, Congonhas contabilizava 35 voos atrasados (26,9%) e Guarulhos, 53 (26,9%).

A Anac informa que, caso o passageiro se sinta prejudicado, deve procurar a empresa aérea. Se as tentativas de solução não tiverem resultado, pode encaminhar a demanda á agência, aos órgãos de defesa do consumidor e ao Poder Judiciário.

O contato pode ser feito pela internet no site da Anac, pelo telefone 0800 725 4445 (24 horas) ou nos Núcleos Regionais de Aviação Civil (Nurac) localizados nos principais aeroportos.

Veja íntegra da nota da Gol:
"A Gol informa que devido às fortes chuvas que atingiram o eixo Rio- São Paulo na noite do dia 5, os aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Viracopos, Galeão e Santos Dumont apresentaram condições inadequadas para pousos e decolagens e diversos voos da companhia em toda a sua malha foram impactados ocasionando atrasos e cancelamentos em sua malha. Esses atrasos também tiveram reflexo no limite da jornada de trabalho e descanso de algumas tripulações que tiveram suas cargas horárias vencidas pela regulamentação da categoria gerando impacto nas nossas operações até este sábado (7).
A Gol julga importante esclarecer que está trabalhando para a normalização de sua operação ao longo do dia de hoje e que eventuais alterações nos horários e trajetos de voos são procedimentos, ainda que indesejados, às vezes necessários às operações aéreas. É prioridade da companhia reacomodar seus clientes em outros voos e assisti-los da melhor forma possível, dentro do que determina a legislação vigente. A companhia lamenta pelo desconforto causado aos passageiros, mas ressalta que a segurança de seus clientes e colaboradores é item prioritário em sua política de gestão."

Com 3 anos de atraso, Brasil lança nesta 2ª feira satélite feito com a China

Cbers-3 vai ocupar vácuo deixado após desligamento do Cbers-2B. Equipamento vai monitorar território brasileiro; custo foi de R$ 160 milhões.

Eduardo Carvalho

O Brasil e a China lançam na madrugada desta segunda-feira (9), à 1h26, hora de Brasília, o quarto satélite sino-brasileiro de recursos terrestres, o Cbers-3, com quatro câmeras que vão ajudar a monitorar o território brasileiro e suas transformações ao longo do tempo.
O satélite será levado ao espaço pelo foguete Longa Marcha 4B, que deve decolar da base de Taiyuan, a 760 km de Pequim, às 11h26, hora local.

O lançamento acontece três anos após a data prevista inicialmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, de São José dos Campos (SP), que desenvolveu o projeto em parceria com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês).

Dificuldades para criar novas tecnologias espaciais, consideradas complexas, atrasaram o programa, segundo o diretor do Inpe, Leonel Perondi, que está no país asiático para acompanhar o envio do satélite ao espaço.
O Cbers-3 vai substituir um vácuo deixado pelo Cbers-2B, que encerrou suas atividades em 2010.
Desde então, o programa sino-brasileiro ficou sem equipamentos para fornecer imagens aos países parceiros. Também foram lançados o Cbers-1 e Cbers-2, que já não funcionam.
Quatro câmeras, de diferentes resoluções e capacidade de captação, vão coletar imagens com maior qualidade de atividades agrícolas e contribuir com o monitoramento da Amazônia, auxiliando no combate de possíveis desmatamentos ilegais e queimadas – foco de projetos ligados também ao Ministério do Meio Ambiente, como o Prodes e o Deter.
Se hoje o satélite Landsat, de propriedade da agência espacial americana (Nasa), demora 16 dias para registrar toda a Amazônia brasileira, uma das câmeras do Cbers-3 conseguirá imagens do bioma em 5 dias, com uma largura de 850 km cada. Duas das câmeras foram feitas com tecnologia 100% nacional.
“Ele vai causar uma certa revolução em termos de análise de imagens do Brasil”, disse José Carlos Neves Epiphanio, coordenador de aplicações do Programa Cbers.
Distribuição gratuita de imagens
Por dia, o Cbers-3 dará 14 voltas na Terra, no sentido Norte-Sul. Cada volta dura 100 minutos, segundo o técnico do Inpe. A cada 26 dias, o satélite terá mapeado totalmente o Brasil.
A produção do equipamento custou R$ 160 milhões ao Brasil, que tem 50% de participação no Cbers-3.
A esforço dos dois países, segundo o Inpe, tem o objetivo de derrubar barreiras que impedem a criação e transferência de tecnologias sensíveis impostas por países desenvolvidos.
De acordo com Perondi, apesar da parceria com a China, dados considerados estratégicos para o governo brasileiro serão restritos ao governo do Brasil, assim como informações consideradas importantes para a China serão enviadas apenas para os chineses.
“Quando o satélite estiver sobre o país, estaremos gravando em tempo real com as quatro câmeras operando normalmente. E quando estiver sobre a China, somente eles irão gravar”, afirmou o diretor do Inpe.
A unidade do Inpe instalada em Cuiabá (MT) será responsável por receber do satélite as imagens para análise. Cerca de 200 pessoas do instituto estão envolvidas na operação do satélite.
O equipamento lançado na segunda terá vida útil prevista de três anos. O diretor do Inpe confirmou também que nos próximos dois anos será desenvolvido o Cbers-4, projeto que também deve custar R$ 160 milhões aos cofres públicos e que terá o objetivo de substituir o novo orbitador.


GULF TIMES

Embraer defence chief to step down

The head of defence for Brazilian planemaker Embraer SA will leave the company at the beginning of next year, the company said, after restructuring the division and raising compliance standards amid a bribery investigation.
Luiz Carlos Aguiar will step down after 10 years at Embraer, passing the reins at the defence division to Jackson Schneider, currently the head of human resources and institutional relations at Embraer, the company said.
Aguiar took over Embraer’s defence unit at the beginning of 2011, more than a year after a $92mn deal with the armed forces of the Dominican Republic that triggered a corruption investigation by US and Brazilian authorities.
The investigation, which the US department of justice and the US Securities and Exchange Commission launched under the Foreign Corrupt Practices Act in 2010, has expanded to involve other countries and prompted internal scrutiny of Embraer’s sales practices.
Brazilian prosecutors have also begun a criminal probe of the executives involved.
Aguiar has not been questioned in the investigation, said the source, who declined to be named given the sensitivity of the matter.
In a statement, Embraer said Aguiar’s departure will be effective February 28, 2014. Between January 1 and that day, the executive will work with Schneider on a transition, the statement added.
Schneider joined Embraer from Mercedes Benz in 2011 after a career that started in public service. He has been president of national automakers’ association Anfavea and a member of the finance ministry’s taxpayer council. He will take over the defence unit, Embraer’s fastest-growing division, as the government is set to become an even bigger client for the world’s No.3 commercial plane maker.
Next year, Brazil’s Air Force is expected to sign a firm order for the first of Embraer’s KC-390 military cargo jets after investing $2bn on development of a transport plane to take on Lockheed Martin’s Hercules airlifter.

EL NUEVO DIARIO

El Mundo al Día


Bolivia y Paraguay se reconcilian
AFP. Los presidentes de Bolivia, Evo Morales, y de Paraguay, Horacio Cartes, acordaron este viernes la normalización de las relaciones bilaterales de sus países, tres años después de que La Paz retirase a su embajador a raíz de la destitución de Fernando Lugo en 2010. “Que Dios nos ayude a que sepamos engrandecer este gran día, para mí, presidente, que es hoy, que hemos comenzado a restablecer relaciones” bilaterales, afirmó Cartes en un acto público en el presidencial Palacio Quemado, junto a su par boliviano. Morales alabó a su vez el nivel del diálogo en La Paz.
Jordania AL Consejo de Seguridad
AFP. Jordania fue electo ayer viernes para integrar el Consejo de Seguridad de la ONU por un período de dos años a partir del 1.º de enero, luego de que Arabia Saudita renunciara a ocupar el puesto que había obtenido inicialmente. La Asamblea General de Naciones Unidas eligió a Jordania por una mayoría de dos tercios (178 votos). Jordania era el único candidato presentado por el grupo de países de la región Asia-Pacífico para ocupar el puesto dejado vacante por Riad. Durante un tiempo reticente, el reino hachemita se dejó convencer por los saudíes, según diplomáticos, y presentó oficialmente su candidatura el 18 de noviembre.
Brasil lanzará satélite
AFP. Un satélite de observación de la Tierra, del programa espacial de cooperación entre Brasil y China, será lanzado el lunes 9 de diciembre, informó el Instituto de Investigación Espacial brasileño, en declaraciones divulgadas en la prensa local ayer viernes. Será el cuarto satélite China-Brasil de recursos de la Tierra (Cbers, por sus siglas en inglés), después de que el tercero quedara fuera de operación en 2010. Esta es una herramienta clave que Brasil utiliza para controlar la deforestación de la Amazonía, el mayor bosque tropical del planeta, y también para gestionar su inmensa agropecuaria que lo hace líder en exportación de numerosos alimentos, de carne a azúcar.
Dos enfermos por radiactividad
AFP. Dos jóvenes de 16 y 25 años que presentan síntomas de haber estado expuestos a la radiación fueron internados bajo cerco policial en un hospital de Hidalgo, centro de México, donde las autoridades recuperaron material altamente radiactivo que había sido robado el lunes, informaron este viernes autoridades. Los dos jóvenes presentan cuadros de vómitos, náuseas y mareos, por lo que las autoridades presumen que podrían haber tenido contacto con el equipo radiactivo de teleterapia en desuso que fue transportado en un camión robado el lunes por dos hombres armados, dijo el subsecretario de Salud de Hidalgo, José Antonio Copca García.
REVISTA GALILEU

Piloto de Drone

Pilotar um drone está longe de ser brincadeira. É uma profissão. Também conhecidos como VANTs (veículos aéreos não tripulados), eles são dotados de sistema de navegação, GPS e caixas-pretas e voam a até 1.000 metros do solo. E mais: para pilotar um drone é preciso ter piloto e também um “copiloto”. “Em cidades, o assistente tem de sempre ficar de olho no céu, à procura de alguma aeronave que possa estar voando mais baixo, para avisar ao piloto”, conta Julio César Uehara Marin, que trabalha na área há 10 anos. 
O piloto explica que o comando é tão complexo que é mais próximo de um avião comercial do que um brinquedo. “Existe até piloto automático para drones, mas não é recomendável”, conta. Antes de pilotar é necessário passar por um treinamento que exige 20 horas de aulas teóricas e 10 de voo. Marin afirma que noções de filmagem e fotografia são exigidas e, claro, bom-senso. “Para fazer inspeção em uma indústria, por exemplo, é preciso ter noção de que há áreas que o drone não pode sobrevoar. Já para fazer mapeamentos cartográficos, em que distâncias e tempos de voo são maiores, é preciso garantir que se está com o equipamento correto (com bastante autonomia) e com a bateria devidamente carregada.”
Quando se fala em possibilidades o céu é o limite: inspeções em indústrias, acompanhar obras, filmagens e, ainda, ajudar em buscas e resgates. “Há drones em construção para inspecionar redes de transmissão de energia, faixas de oleodutos, e, é claro, para ajudar na fiscalização dos próximos grandes eventos esportivos no Brasil. Há ainda, pelo mundo afora, estudos para usar drones como ‘entregadores’ de produtos, como pizzas.”

VOO COM OS PÉS NO CHÃO

TAMANHOS > Os menores têm 10 centímetros. Os maiores, como os usados pela FAB e pela Polícia Federal nos Estados Unidos, chegam a 13,5 metros. Os modelos que podem ser utilizados em cidades, para filmagens, pesam no máximo cinco quilos. Já os preços variam de R$ 400 a R$ 30 mil. 
REGULAÇÃO > Estima-se que existam hoje 200 drones no Brasil. Marin calcula que existam cerca de 150 pilotos treinados. Ainda não há uma regulamentação própria na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para os aparelhos.
SALÁRIO > "Ganha-se uma média de R$ 1.000 por dia de trabalho", conta Marin. "Se bem que conheço "profissionais" que cobram R$ 100", afirma. 

IBAHIA

Hailton Andrade

Local do sorteio, Sauipe se transforma em "outro mundo" para a Fifa

Investimento feito foi quase R$ 30 milhões para realização do evento desta sexta-feira, no litoral norte baiano

A Costa do Sauipe é conhecida como um dos principais pontos do turísticos da Bahia. Com belas praias e resorts de luxo, o complexo sempre recebe gente do mundo inteiro, mas nunca sediou um evento tão grande como o de agora. O sorteio de grupos da Copa do Mundo de 2014 precisou de quase R$ 30 milhões de investimento para se transformar em um verdadeiro mundo da Fifa.
Só para se ter uma ideia, desde segunda-feira, apenas produtos licenciados por patrocinadores da entidade são comercializados no resort. Até a água de coco saiu do cardápio local. Os hóspedes, inclusive, tiveram que deixar o complexo antes do sorteio, já que a Fifa reservou os dias 5 e 6 para a grande festa. O sorteio acontece às 13h, no horário da Bahia, desta sexta-feira.
Desde o início da semana, jornalistas estrangeiros começaram a chegar na Costa do Sauípe e a sala de imprensa passou a ficar cada vez menor com a quantidade de profissionais. Aproximadamente 5.000 pessoas estão credenciadas para o evento, além de 200 pessoas do Comitê Organizados Local (COL) e outros 200 voluntários selecionados. O evento ainda contratou cerca de mil pessoas para prestação de serviços, o que qualificou 750 pessoas somente para trabalhar na Costa do Sauipe durante o sorteio.
O investimento maior foi da Fifa, que gastou R$ 20 milhões para organizar o evento desta semana. O governo da Bahia pagou R$ 6,4 milhões, sendo que a maior foi direcionada para a tenda que vai receber o sorteio das chaves do Mundial. A expectativa do Estado que o faturamento em relação à hospedagem em Sauipe chegue a R$ 3 milhões. Com transmissão para 193 países, a Costa do Sauipe deve ser divulgada entre mais de R$ 500 milhões de espectadores.

Segurança - A segurança do evento conta com quase 3.000 pessoas envolvidas no trabalho de segurança, entre policiais militares, civis e federais, além de reforço terceirizado e das Forças Armadas. Só a título de comparação, um jogo de alto risco entre times rivais para 70 mil torcedores conta com menos pessoas na segurança. Em Sauipe, 5.000 estarão acompanhando o sorteio.
A apresentação do sorteio fica por conta de Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima. O caminho das 32 seleções que disputam o mundial será definido e as delegações decidirão onde vão se preparar antes do mundial. A própria Bahia deve receber a preparação de algumas grandes seleções, como a Alemanha e, provavelmente, Portugal.
O VALE

Formatura do ITA diploma 78 estudantes em pós-graduação

Paraninfo escolhido é o Tenente-Brigadeiro do Ar Ailton Pohlmann, que dirigiu o DCTA por 3 anos em São José
 O ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) realiza hoje a formatura dos cursos de pós-graduação lato sensu da escola. A cerimônia será às 10h, no auditório da instituição.

Na ocasião, 78 formandos serão diplomados em três cursos: extensão em engenharia de armamento aéreo; especialização em análise de ambiente eletromagnético e especialização em segurança de aviação e aeronavegabilidade continuada denominada PE SAFETY.

Segundo a escola, o curso de PE-SAFETY, neste ano pela primeira vez, terá 39 formandos da TAM Linhas Aéreas, devido a sua realização in-company, e 32 alunos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, ligado à FAB (Força Aérea Brasileira).

O paraninfo escolhido pela turma de pós-graduação 2013 do ITA foi o Tenente- Brigadeiro do Ar Ailton dos Santos Pohlmann, Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, que dirigiu o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) por três anos.
Parceria. Ampliação de pareceria com empresas e instituições de ensino e pesquisa é um dos pontos do pacote de renovação da escola. A direção do ITA planeja expandir a instituição tanto fisicamente como em vagas de cursos de graduação. Este ano, por exemplo, o número de vagas nos cursos de graduação pulou de 120 para 170. A meta é 200. Considerado uma melhores instituições de ensino superior do país na área de engenharia, o ITA planeja também criar um Centro de Inovação para atender parcerias com a iniciativa privada e apoiar a sua atividade acadêmica.
O VALE

ITA ganha área para polo de pesquisa

O ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) vai ganhar uma área de 30 mil metros quadrados dentro do Parque Tecnológico de São José dos Campos. O projeto da prefeitura quE e doa a gleba para o instituto foi aprovado ontem pela Câmara por unanimidade.

Na área, o ITA irá implantar uma unidade do Centro de Inovação que o instituto está criando. O núcleo vai atuar no desenvolvimento de tecnologias inovadoras com aplicação na produção aeroespacial e prestar serviços às empresas.

Os projetos serão desenvolvidos diretamente com as empresas e também preveem a capacitação da mão de obra local. As pesquisas para prover essas soluções tecnológicas serão desenvolvidas por meio de consórcios e encomendas específicas.

Metas.
O reitor do ITA, Carlos Américo Pacheco, destacou anteontem a O VALE que a doação da gleba no Parque Tecnológico é essencial para a implantação do Centro de Inovação do instituto. "É muito importante e decisivo para o projeto", disse.

Segundo ele, a expectativa é começar alguma atividade na unidade do Parque Tecnológico em 2014. "Ainda que em instalações provisórias, vamos começar a desenvolver alguma atividade lá", frisou Pacheco. O Centro de Inovação terá também uma unidade no campus do ITA, voltado mais para a área acadêmica, no apoio aos alunos da escola. O ITA busca apoio para fomentar o Centro de Inovação. A criação do núcleo integra o pacote de renovação da escola, que prevê ainda a ampliação física do instituto e aumento das vagas nos cursos de graduação.
JCNET (SP)

Thiago Vendrami

 Aeronave da GOL é atingida durante desembarque no Rio

Se já não bastasse um expressivo número de incidentes envolvendo a companhia aérea GOL neste sábado (7), em que houve a necessidade de intervenção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma aeronave Boeing 737 da companhia brasileira teve seu leme de direção atingido pela asa de um Boeing 777 da Emirates, enquanto concluiam procedimento de pouso pelo pátio do Aeroporto Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. A Infraero informou que ninguém ficou ferido. A batida também não provocou atrasos ou cancelamento de voos.
O piloto do voo da Emirates será ouvido pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Em nota, a Emirates informou que a o vôo proveniente de Dubai estava taxiando para área reservada após sua chegada quando sofreu o acidente. Como não houve feridos, a aeronave seguiu seu procedimento e o desembarque ocorreu normalmente.
Ainda de acordo com a companhia, os passageiros do voo EK248, que partiria do Rio de Janeiro para Dubai, às 2h06 deste domingo (8), seriam acomodados em hotéis e um novo voo marcado. "A Emirates pede desculpas pelo inconveniente causado. A segurança de nossos tripulantes e passageiros é de extrema importância e não será comprometida."
Já a Gol informou que a aeronave que operou o voo que partiu de Congonhas (São Paulo), alternou o destino final para o Aeroporto de Galeão devido às condições meteorológicas no Santos Dumont, que estava fechado. "Após receber autorização para pouso e já com a aeronave completamente estacionada na posição 41 (remota), preparando para o desembarque, houve um abalroamento entre a asa de uma aeronave da companhia aérea Emirates e o leme de direção do avião da Gol." Os 47 passageiros que estavam a bordo desembarcaram normalmente, informou a companhia brasileira.
O VALE

Visita de Hollande coloca F-X2 na pauta

Renovação da frota de caças da FAB deve ser incluída na pauta de assuntos entre Dilma e Hollande na próxima semana em Brasília

ImagemAdormecido no Palácio do Planalto, o programa F-X2, para a renovação da frota de caças da FAB (Força Aérea Brasileira), deve voltar à agenda da presidente Dilma Rousseff (PT) esta semana, durante a visita do presidente da França, François Hollande.

O mandatário francês chega ao Brasil na próxima quinta-feira. Na comitiva, altos executivos da Dassault, que lidera o consórcio Rafale, o caça que os franceses querem vender para a FAB.

O Rafale, que chegou a ser anunciado pelo ex-presidente Lula como o vencedor da concorrência para a compra das aeronaves, disputa com o F-18 Hornet, da norte-americana Boeing, e com o sueco Gripen NG, da Saab.

No entanto, a presidente Dilma chamou para ela a decisão sobre o desfecho do programa, mas não estipulou data para isso.

O F-X2 pode representar um contrato de cerca de R$ 10 bilhões para o fornecimento de 36 caças de última geração, além de fornecimento de componentes, treinamento e manutenção de pessoal. Uma das exigências do governo é a transferência de tecnologia dos caças para a indústria nacional, no caso, a Embraer foi indicada como receptora dos conhecimentos.

As três concorrentes inclusive divulgaram interesse em participar do programa do KC-390, cargueiro militar da FAB em desenvolvimento pela Embraer, além de parcerias com fornecedoras nacionais da cadeia aeronáutica.
Este mês, a FAB aposenta a sua frota de Mirages. Restaram os caças F-5 como os mais “modernos” da Força.
SAIBA MAIS
Caça
A visita do presidente da França, François Hollande, ao Brasil, deve trazer à tona novamente o programa F-X2
Chegada
Hollande chega ao país na próxima quinta-feira para visita de dois dias
Programa
O F-X2, programa para a renovação da frota de caças da Força Aérea Brasileira está sob a responsabilidade direta da presidente Dilma Rousseff Visita de Hollande coloca F-X2 na pauta.

AVIAÇÃO PAULISTA.COM

FAB comemora 30 anos do Tucano com pintura especial

Aeronave foi apresentada ao público nesta sexta-feira
 (Da assessoria da FAB) - Utilizado na formação de cadetes na AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga (SP), o turboélice monomotor T-27 Tucano está celebrando 30 anos de operações na FAB (Força Aérea Brasileira).
FABPara comemorar essa marca, uma das aeronaves da AFA recebeu uma pintura especial que foi apresentada ao público pela primeira vez na cerimônia de formatura dos aspirantes a oficial,realizada nesta sexta-feira, dia 6 de dezembro, na sede da academia.

Visto por multidões nos céus do Brasil com a Esquadrilha da Fumaça, o T-27 Tucano completa, em 2013, três décadas voando na FAB.

Desenvolvido pela Embraer em conjunto com a FAB, possui tecnologia da indústria nacional.

O avião, que fez aniversário dia 29 de setembro, foi responsável pela formação de todos os aviadores que passaram pela AFA, desde sua chegada em 1983, em Pirassununga.

O Tucano surgiu da necessidade da FAB de substituir a antiga aeronave de treinamento T-37, que seria descontinuada pela fabricante Cessna. Nascia assim uma máquina com desempenho notório, reconhecido internacionalmente.

As inúmeras características do T-27 fizeram com que o avião fosse exportado para países como Argentina, Colômbia, Venezuela, Peru, Paraguai, Honduras, Irã. No Reino Unido, foi escolhido para se tornar aeronave de treinamento básico, licenciado e produzido localmente.

O protótipo do treinador voou pela primeira vez em 19 de agosto de 1980, com um desenho avançado para a época. Suas características acabaram tornando-se padrão para outras aeronaves de treinamento, com trens de pouso retráteis, assentos em tandem (um a frente do outro, sendo o de trás mais alto), pontos para utilização de armamento e, inclusive, sendo a primeira aeronave do gênero com assentos ejetáveis.

O T-27 possui grande autonomia de voo (quatro horas e meia somente com o tanque interno), robustez, comandos precisos, boa margem de manobra mesmo à baixa altitude, confiabilidade, visibilidade e capacidade de voo em diferentes condições climáticas.

Pensando no futuro do Tucano, está em curso a modernização de sua aviônica, permitindo a atualização da aeronave, tendo ainda mais de uma década de vida útil na instrução de novos pilotos.



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