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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 27/09/2013




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Exército e outros órgãos de segurança pública realizam simulação em Florianópolis

Objetivo é treinar as tropas para atuar em eventos convencionais e proteger autoridades

Os moradores de Florianópolis que saíram de casa na manhã desta quinta-feira podem ter se deparado com vários militares pelo caminho. Ao contrário do que muitos pensaram, não é uma guerra ou mesmo um golpe de Estado. O motivo do exército estar em peso nas ruas é uma simulação da recepção do fictício vice-presidente do país. Santa Catarina seria, na simulação, o território de retaguarda de uma guerra entre dois países no Rio Grande do Sul.
Desde as 8h, as tropas estão pela cidade. Após passar pela Beira-Mar Norte, o suposto vice-presidente foi levado em comboio para o hotel Costão do Santinho, no Norte da Ilha, onde os militares devem permanecer até a manhã de sexta-feira.
Segundo o Major Dornelles, oficial de comunicação social da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, as ações fazem parte de um treinamento para defesa da pátria. Além do Exército, estariam envolvidos a Marinha, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e a Força Aérea. O treinamento seria necessário para treinar a tropa e coordenar as três Forças Armadas para atuar em conflitos convencionais e proteger autoridades em visita a Florianópolis devido à Pré Copa da FIFA, prevista para o Costão do Santinho Resort, e à Copa do Mundo em 2014.
A principal atividade deve iniciar às 17h no Costão do Santinho, quando o vice-presidente falará à mídia sobre a guerra e será simulado o recebimento de autoridades de diversos países. Também será produzida a foto oficial do evento, com todas as autoridades fictícias, interpretadas por militares do Exército.
Para o Major Cordeiro, que participa da atividade, a população foi bem receptiva. Segundo o oficial, a demonstração da capacidade de integração dos órgãos de segurança pública federais e estaduais teve um impacto positivo.
Desde o dia 16, o exército realiza a Operação Laçador nos estados do Sul do Brasil. Os militares irão promover diversas atividades até o dia 27 de outubro. 


Avião com 500 KG de drogas cai após traficantes trocarem tiros com a PF

Um avião de pequeno porte com 500 quilos de drogas caiu na noite de quarta-feira em Bocaina (SP). O acidente ocorreu após o piloto tentar aterrissar em uma pista de pouso rural às margens da rodovia SP-255. Informados da operação, policiais federais foram esperar a aterrissagem e trocaram tiros com dois homens que esperavam o avião em um carro. No tiroteio, o policial Fábio Ricardo Paiva Luciano, 38 anos, foi morto. O piloto ainda tentou arremeter a aeronave, que caiu 1 km depois e pegou fogo. A droga ficou carbonizada. O piloto e os outros dois suspeitos foram presos.


Infraero tem papel ampliado nas concessões

L.A.O

Brasília - A estatal Infraero ganhou novos poderes na rodada de concessões de aeroportos. Além de deter 49% da sociedade de propósito específico que administrará os aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG), decisões importantes só serão tomadas com o aval dela. É o caso da distribuição de dividendos e da nomeação de auditor interno. Além disso, ela indicará um dos nomes da lista tríplice para diretor presidente da sociedade.
São prerrogativas novas incluídas na minuta de acordo de acionistas, segundo análise elaborada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão questiona a necessidade de a Infraero deter 49% do capital. Pede que o governo fundamente essa decisão ou proponha um mecanismo para redução gradativa da participação.
"Eles sempre questionam isso", comentou ao Estado o ministro chefe da Secretaria de aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco. "Por enquanto, o governo acha que não é o momento para se repensar". O governo se mostrou flexível diante de outras sugestões feitas pelo TGU. Concordou, por exemplo, em reduzir a experiência do operador internacional do aeroporto de Confins, de 35 milhões de passageiros por ano, para 20 milhões. E já deixou claro que não vai brigar se o tribunal entender que é preciso retirar a "trava" que limita a participação dos atuais concessionários de aeroportos a 14,99% do capital dos consórcios que disputarão o próximo leilão.
Já a participação da Infraero em 49% do capital da administradora dos aeroportos resistiu a dois acórdãos do TCU. O governo entende que essa presença é essencial para aprimorar a qualidade de serviços nos aeroportos brasileiros.
"Somos um País continental e temos uma quantidade de aeroportos grande, com tendência a termos mais", disse o ministro. Mas, explicou, nem todos poderão ser concedidos à iniciativa privada por causa da baixa rentabilidade. "Temos de ter sempre um órgão público para fazer a gestão da grande malha aeroportuária".
Com um plano de construir 270 aeroportos regionais, o governo quer fortalecer a Infraero e criar uma subsidiária especializada em serviços para que ela seja a principal administradora.
Não é por acaso que, no leilão de Galeão e Confins, foram estabelecidos critérios que tornam obrigatória a vinda de grandes operadores aeroportuários internacionais para o País. A ideia é absorver a tecnologia de gestão deles e irradiá-la para os aeroportos estatais.


Jorge Aragão e Demônios da Garoa cantam no 'Domingo Aéreo', em SP

Evento faz parte de projeto Verdejando, da Globo. No local, público receberá mudas de plantas ornamentais.

Do G1 São Paulo

O músico Jorge Aragão, o grupo Demônios da Garoa e a Banda da Base Aérea de São Paulo vão se apresentar no Campo de Marte, na Zona Norte da cidade, neste domingo (29), durante o evento Domingo Aéreo, que celebra a Semana da Asa e é promovido pela Globo. A ação també faz parte do projeto Verdejando, da Globo, que discute a presença de áreas verdes na capital paulista.
O evento terá uma exposição de aeronaves civis e militares, com acrobacias e exibições aéreas. Na programação, ainda estão exposições de aeromodelismo indoor, plastimodelismo, de uniformes e carros da Segunda Guerra Mundial, além de rapel de helicóptero, apresentações do canil da Polícia Militar de São Paulo, saúde preventiva e atendimento odontológico.
Durante o Domingo Aéreo, o público vai receber mudas de plantas ornamentais. Cada pessoa pode ter sua emissão de carbono zerada com o plantio de 75 árvores, sendo 25 ipês brancos, 25 ipês amarelos e 25 árvores de pau-brasil.
Domingo Aéreo
Data: 29 de setembro
Horário: a partir das 9h
12h - Show da Banda da FAB
14h - Show Demônios da Garoa
16h - Show Jorge Aragão
Local: Campo de Marte - Acesso pela Avenida Santos Dumont, 2.241, Santana
Entrada gratuita

Caças F-16 em desuso são transformados em drones

Boeing adaptou caças para operar sem tripulação; novos aviões serão usados em treinamento de artilharia da Força Aérea americana.

Da BBC

A Boeing adaptou caças F-16 em desuso para serem operados como drones, os aviões militares não-tripulados.
Do solo, dois pilotos da Força Aérea americana controlaram um dos caças, que fez seu voo de estreia na semana passada. A aeronave decolou de uma base aérea na Flórida e sobrevoou o Golfo do México.
O novo drone atingiu velocidade 1.800 km/h e fez manobras arriscadas, usadas em situações de combate.
A Boeing acredita que a novidade pode ajudar no treinamento de pilotos. Os drones podem servir de adversários para exercícios de artilharia.
Os aviões reformados foram batizados de QF-16 e devem em breve ser usados em testes da Força Aérea americana.

Agente da PF morre em operação contra o tráfico no interior de SP

Os policiais derrubaram um avião que transportava drogas. Armas de guerra foram apreendidas, mas os bandidos fugiram.

JORNAL HOJE / César Galvão - São Paulo

Um agente da Polícia Federal morreu e o piloto de um avião carregado com drogas foi preso em uma operação contra o tráfico em Bocaina, no interior de São Paulo. A quadrilha estava com armas pesadas, que são usadas para assaltar carros fortes, provocar explosões e atirar em quem está passando.
A pista rural de Bocaina era usada pela quadrilha de traficantes para trazer drogas para o Brasil. Por volta das 21h30 de quarta-feira (25), cerca de 20 policiais federais participavam de uma operação que tentava desarticular esse bando.
Segundo o delegado da Polícia Federal que comandava a operação, Ênio Bianospino, o piloto do avião que estava com a droga percebeu a presença da polícia e tentou arremeter, mas não conseguiu, porque não havia pista suficiente. O avião caiu e pegou fogo. O piloto sobreviveu e foi preso.
Quase ao mesmo tempo, do outro lado da pista, a PF tentou abordar dois carros onde estava o restante da quadrilha. Os bandidos já se aproximaram metralhando. O agente Fábio Ricardo Paiva Luciano, que completaria amanhã 39 anos, foi atingido e morreu.
Segundo a polícia, a pista usada era uma pista autorizada. “Nós não podemos taxar essa pista como clandestina e sim como pista rural. É uma pista que foi inicialmente autorizada e que tem pouca utilização. Foi autorizada pra fins agrícolas”, afirma o delegado.
Os bandidos conseguiram fugir em um carro e deixaram outro para trás. Neste veículo, com placa de Campinas, foram encontrados fuzis calibre .50, de uso exclusivo das Forças Armadas, coletes à prova de balas e munição.
As armas encontradas são de guerra, com longo alcance, que podem derrubar até helicópteros. Nos últimos meses, pelo menos outras duas foram apreendidas pela polícia de São Paulo. Nas mãos dos bandidos, elas são usadas em grandes roubos.
Um desses roubos aconteceu no meio da Rodovia Anhanguera, em abril deste ano. Foi em uma sexta-feira à tarde, em um dos horários mais movimentados. Os carros fortes que seguiam para a capital paulista foram parados com tiros de armas .50. Sete vigilantes ficaram feridos e os motoristas se assustaram.
Com a estrada bloqueada, os bandidos explodiram o primeiro carro forte. A polícia chegou e foi recebida com balas. O segundo carro forte foi explodido em seguida. Depois de 17 minutos, a quadrilha fugiu com R$ 7 milhões.

Ministro acompanha treinamento contra armas químicas no ES

Ministro da Defesa, Celso Amorim, conheceu a base naval de Itaoca. Militares de sete países fizeram testes com armas químicas.

Soldados da Marinha, do Exército e da Aeronáutica realizaram, nesta quinta-feira (26), um treinamento de defesa a armas químicas na praia de Itaoca, no município de Itapemirim, no Litoral Sul do Espírito Santo, onde se localiza a Base Naval Rachel de Queiroz. O ministro da Defesa Celso Amorim acompanhou toda a ação dos militares durante o dia. O treinamento faz parte da Operação Felino, que começou no estado capixaba no último dia 16, e conta com a participação das forças armadas de mais seis países que têm o português como língua oficial. Ao todo, cerca de mil soldados participaram do treinamento. Destes, 230 vão seguir para o Haiti, em missão de paz, em dezembro.
Dentre os países que foram representados no estado, militares de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste simularam ações de operações de paz e ajuda humanitária. Celso Amorim reforçou a ação em Itaóca. “Com a operação aumentamos nossa cooperação com países de quase todas as regiões do mundo”, afirmou o ministro.
Entre os exercícios, os militares realizavam demonstrações de como identificar pessoas contaminadas com armas químicas e radiação. Um carro chegou a ser explodido em uma simulação de uso de material químico. Tanques e navios também vieram ao estado para demais treinamentos e simulações. Veículos conhecidos como Carros Lagarta Anfíbio (Clanf) também vieram ao estado.
O ministro da defesa e os chefes dos Estados-Maiores dos países que participaram do treinamento viram de perto o desempenho dos militares na base. O comandante Silva, da Marinha de Portugal, ressalta a importância do exercício. “É muito importante manter os países de língua portuguesa juntos para desenvolverem uma capacidade militar conjunta”, afirmou o português
Oexercício militar foi realizado pelo Ministério da Defesa brasileiro, em conjunto com países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). No próximo ano, a série de treinamentos deve acontecer em Timor Leste.


Com carros 'anfíbio', Exército faz operação conjunta com 6 países

Países são Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Junto com os outros seis Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) - Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste - o Brasil, realiza a Operação Felino 2013, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, do Ministério da Defesa, e executada pela Marinha do Brasil. 
Durante duas semanas, do dia 16 a 27 de setembro, uma série de situações simuladas são apresentadas para treinamento do pessoal envolvido, para preparar as Forças Armadas participantes da CPLP para o eventual emprego em Operações de Paz e Assistência Humanitária, sob a proteção da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 2013, aproximadamente 1 mil militares da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e dos demais países da CPLP participam das ações.
Países simulam exercício

Os exercícios foram ambientados em um cenário fictício de disputa territorial entre dois países de língua portuguesa: o Verde e o Amarelo.
Após acordos internacionais, fica decidido que esse território passa a pertencer ao país Amarelo, que indenizará a população Verde instalada no local. No entanto, o acordo não é cumprido em sua totalidade, gerando insatisfação em grupos radicais de Amarelo e instabilidade entre os países. Faz-se necessária, então, a intervenção da ONU, que convida os Estados-membros da CPLP para integrar uma Força de Paz, liderada pelo Brasil.
Na manhã de segunda-feira, na praia de Itaoca (ES), oito carros Lagarta Anfíbio (CLAnf) participaram da ação. Eles fazem parte da Força de Fuzileiros da Esquadra.
Os carros Lagarta Anfíbio vencem ondas de até três metros de altura e embarcam 22 militares equipados e armados.
Os carros possuem dois armamentos para proteção individual - uma metralhadora .50 e outra metralhadora 40 milímetros. Os veículos já foram empregados em sete operações de apoio a Segurança Pública do Rio de Janeiro.


Para Saab, ideal é país comprar caças agora

Virgínia Silveira

A possibilidade de adiamento da compra de 36 caças de combate para a Força Aérea Brasileira (FAB), programa conhecido como F-X2, pode reduzir as oportunidades oferecidas pela sueca Saab para desenvolver em conjunto a nova geração de seus caças Gripen.
Segundo o diretor da Saab no Brasil, Bengt Janer, a produção será iniciada em 2014, a partir de uma encomenda de 82 aeronaves feita pelos governos da Suécia e da Suíça. "Este é o momento ideal para a decisão de compra dos caças pelo Brasil, pois nos próximos dois anos a produção do Gripen NG estará a todo vapor", afirmou. A proposta da Saab para o programa F-X2 prevê que 40% do caça e até 80% da sua estrutura sejam feitos no Brasil.
Já Jean-Marc Merialdo, representante do Consórcio Rafale Internacional no Brasil, formado pelas companhias francesas Dassault Aviation, Thales e Snecma, disse que se houver o adiamento de dois anos da compra de novos caças de combate, a empresa aproveitará este tempo para firmar novas parcerias estratégicas com empresas Brasileiras e ampliar a oferta de transferência de tecnologia.
O consórcio francês participa do programa F-X2 da FAB com o caça Rafale. O executivo disse desconhecer a possibilidade de adiamento da concorrência e que no próximo dia 30 termina o prazo de validade das propostas enviadas pelas três empresas que participam do programa F-X2.
"O pedido de extensão da validade das propostas, feito a cada seis meses, normalmente acontece dias antes do vencimento do prazo", disse. Até o momento, segundo o executivo, a FAB ainda não teria feito o pedido. "Não vemos problemas nisso", disse.
Sobre as informações de que existem dificuldades nas negociações com os franceses quando o assunto envolve transferência de tecnologia, fator de maior peso na avaliação das propostas, Merialdo afirma que o consórcio francês oferece transferência de tecnologia abrangente e irrestrita e com garantias do governo da França. "Não precisamos de autorização de outros países para repassar nossas tecnologias". O executivo ainda minimizou a proximidade entre a americana Boeing e a Brasileira Embraer. "Não vejo reflexos disso na compra dos caças".
A diretora de comunicação da Boeing no Brasil, Ana Paula Ferreira, disse que a oferta da empresa americana para o programa mantém-se competitiva independentemente do cenário político. Trata-se, segundo a executiva, de uma questão a ser resolvida entre governos, sem nenhuma participação da Boeing.


Brasileiros retomam pesquisas na Antártica

Trabalho de campo voltará a ser feito em novembro em módulos emergenciais

GUILHERME MAZUI

Quase dois anos após o incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, em fevereiro de 2012, pesquisadores brasileiros voltarão a trabalhar na região da base em novembro. Até março, na 32ª edição da Operação Antártica (Operantar), estudiosos de biologia Marinha e de meteorologia retomarão as pesquisas de campo acomodados nos módulos emergenciais, usados como estação provisória durante a reconstrução da base, localizada na Ilha Rei George.
– Para limpar a área queimada e montar os módulos, tivemos de deixar os pesquisadores afastados de Ferraz por um verão. Agora, as atividades voltam ao normal – explica o capitão-de-mar-e-guerra Marcello Melo da Gama.
Secretário-adjunto da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm), responsável pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar), Gama e seus colegas finalizam a logística da Operantar, que começa em 6 de outubro e será menor que a edição anterior.
Para devolver a normalidade à pesquisa, a Marinha mobilizou cinco navios no verão passado, três a mais do que o país costuma usar. Na oportunidade, os cientistas ficaram em embarcações, bases de outros países e acampamentos em diferentes regiões da Antártica. A nova Operantar voltará a usar os dois navios do programa, Ary Rongel e Almirante Maximiano, mais os refúgios e os módulos da estação, que concentra cerca de um terço dos projetos científicos do Brasil.
A Marinha trabalha para levar cerca de 200 pesquisadores ao continente gelado até março de 2014. Pelo menos 80 poderão usar os módulos emergenciais, divididos com militares e trabalhadores da reconstrução da estação.
– Quem ficava em Ferraz passou o último ano em cima de dados já coletados. O uso dos módulos ajuda a recuperar o tempo perdido – prevê Jefferson Simões, diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Expectativa é inaugurar nova estação em 2015
A Marinha espera lançar no primeiro trimestre de 2014 o "gelo fundamental", marco do começo físico da reconstrução da Estação Comandante Ferraz. Pelas previsões, a nova casa brasileira no continente austral, estimada em até R$ 120 milhões, pode ser inaugurada no verão de 2015.
Para cumprir os prazos, a Marinha quer lançar em outubro a licitação da obra, aberta a estrangeiros, desde que associados a empresas brasileiras. Antes, aguarda para terça-feira a entrega do projeto-executivo da base, assinado pelo escritório Estúdio 41, vencedor do concurso público, em parceria com a empresa portuguesa Afaconsult.
OPERAÇÃO PROVISÓRIA
PRÓXIMOS PASSOS DA RECONSTRUÇÃO
Marinha prepara volta do programa brasileiro no continente gelado
- 1º de outubro: entrega do projeto-executivo
- 10 e 11 de outubro: avaliação técnica do projeto-executivo
- Segunda quinzena de outubro: lançamento da licitação
- Dezembro: se não houver disputas judiciais, sairá o resultado da licitação
- Novembro a janeiro: estudo geotécnico para reconstrução
- Fevereiro a março: instalação das fundações da estação
- Verão 2014-2015: construção
A OPERANTAR 32
- 2 navios – Ary Rongel e Almirante Maximiano
- Cerca de 200 pesquisadores
- Em 6 de outubro será a saída dos navios do Rio de Janeiro
- Em 29 de março, o regresso dos navios da Antártica


Sergio Barreto Motta

MONITOR DIGITAL 

Brasil agita mercado de veículos não tripulados
O Brasil está prestes a fazer parte do crescente grupo de países que produzem veículos não tripulados. Vem aí o Falcão, um projeto da nacional Avibrás, que teve apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do Ministério da Aeronáutica e contou com sistema da Flight Technologies, companhia criada no âmbito do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o respeitado ITA. Desde fevereiro, o Falcão passou à linha de produtos da Harpia Sistemas, empresa criada por Embraer Defesa & Segurança e a AEL Sistemas, de Porto Alegre, que é subsidiária da israelense Elbit Systems. O Falcão nasceu na nacional Avibrás, porém, recentemente, o projeto foi cedido à Harpia em troca de ações. Assim, já nas Olimpíadas, se não houver atraso, o país poderá contar com um veículo não tripulado produzido no Brasil, com apoio tecnológico de uma companhia de Israel.
Cada Falcão terá 11 metros de comprimento, pesando 800kg e com 16 horas de autonomia, sendo seu uso recomendado para vigilância de fronteiras, missões de salvamento e monitoramento de grandes eventos. Até agora, só da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) já foram liberados R$ 85 milhões. O lugar que normalmente seria ocupado por um piloto é usado para colocação de câmeras e radares. Fontes revelam que o Brasil terá de criar a turbina do equipamento, pois, como poderia ser colocada em mísseis de longo alcance, as grandes potências dificultam sua comercialização, com base no tratado de não proliferação de armas nucleares. O protótipo de uma turbina com este propósito já está sendo testado no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). É a Turbina Aeronáutica de Pequeno Porte (Tapp) – que nada tem a ver com a lusa TAP.
Em todo o mundo, principalmente após os atentados de 11 de setembro de 2001, é maior a procura por veículos não tripulados. Desde então, passou de 41 para 76 o número de nações que compraram a tecnologia desses veículos, chamados de vants (Veículos Aéreos Não Tripulados) ou drones (aeronaves remotamente pilotadas). Há algum tempo, os drones eram usados como alvos para treinamento. Hoje, esta palavra também está sendo usada como sinônimio de vant, embora a FAB aprecie o termo Aeronave Remotamente Pilotada (ARP).
Líder mundial na indústria bélica – embora praticamente todos os seus presidentes tenham recebido o Nobel da Paz – os Estados Unidos já contam com um avião de caça F 16 remotamente pilotado. Duas empresas ianques, Northrop Grumman e General Atomics Aeronautical Systems, detêm 63% de toda a produção mundial desses equipamentos. A Boeing também está forte, através de uma subsidiária chamada Insitu. Israel é o vice-líder mundial. Informa-se que os vants ou drones podem ser usados para medir ventos ou inspecionar a formação de geleiras, mas sua função mais óbvia é a bélica.
Em recente conferência, o ex-ministro da Aeronáutica Mauro Gandra deixa claro que a evolução desse equipamento tem em vista o mercado bélico: “Hoje, o que vem ocorrendo, com o advento dos vants, é a esterilização total do combatente que, a milhares de quilômetros, comanda um ataque aéreo à frente de um computador.” Cita Gandra que, nos Estados Unidos, houve debate público sobre o uso desses veículos e, em razão disso, afirmou o presidente Barack Obama: “O povo sabe que os presidentes têm feito uso correto desses equipamentos”. Resta saber como serão usados, na realidade.



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