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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 12/04/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Grupo de elite da Marinha acaba de receber modernos minissubmarinos

Raphael Gomide
do iG Rio

Rio - Em 1941, na 2ª Guerra Mundial, seis ‘homens-rãs’ da Marinha italiana, com garrafas de oxigênio que duravam até 6h, saíram de um submarino perto de Alexandria e entraram em minissubmarinos com torpedos. A embarcação, de 1,5 tonelada e 6,7 metros, tinha velocidade de 2 nós (3,7 km/h) e comportava dois militares sentados.
Eles entraram no porto sem ser detectados e plantaram explosivos que afundaram dois navios de guerra e um navio-tanque britânicos, total de 80 mil toneladas. A história é analisada em detalhes no livro “Spec Ops” (Operações Especiais, em tradução livre), do almirante William McRaven, titular do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos e chefe do Comando Conjunto de Operações Especiais quando os Seals norte-americanos mataram Bin Laden, em 2011.
O Grumec (Grupamento de Mergulhadores de Combate), unidade de elite da Armada da Marinha Brasileira, acaba de receber minissubmarinos americanos da Stidd Systems, expostos na LAAD (Feira Internacional de Defesa e Segurança), no Rio. Os equipamentos navegam a 8 nós (15km/h), “muito rápido debaixo d’água”, explica o capitão de corveta Cláudio Pereira da Costa.
No Brasil, a unidade da Marinha é a designada para fazer retomadas de plataformas de petróleo e navios e combate à pirataria naval, além de contraterrorismo e abordagem a navios hostis. Um destacamento integra a força naval da Missão da ONU no Líbano.
BLINDADOS
Será assinado até o dia 19 o contrato de compra pelo Brasil de 34 carros de combate Gepard, da artilharia antiaérea alemã. Os equipamentos já foram usados pelo exército alemão e remodelados. Oito chegarão neste semestre para a Copa das Confederações e a visita do Papa Francisco. Eles derrubam alvos a 15 km e até 3 km de altitude.

Projeto do maior corredor expresso do Rio está pronto

BRT Transbrasil ligará por 32 quilômetros o bairro de Deodoro ao Aeroporto Santos Dumont e promete modificar ‘a cara’ da cidade. Licitação será no mês que vem

Angélica Fernandes

Rio - Foi dada a largada, com a finalização do projeto, para a criação do maior corredor expresso da cidade, o BRT Transbrasil — que ligará por 32 quilômetros o bairro de Deodoro ao Aeroporto Santos Dumont e promete modificar ‘a cara’ da cidade.
ImagemA Avenida Brasil receberá nove estações, sendo duas terminais e com embarque superior, na altura da passarela. Na chegada ao Centro, o transporte será interligado ao Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que passará a ser a única opção de transporte em toda Zona Portuária.
A licitação para as obras será realizada no mês que vem. O orçamento foi definido em R$ 1,5 bilhão. O BRT Transbrasil ficará pronto em até dois anos e meio.
O início do corredor Transbrasil será ao lado da estação ferroviária de Deodoro. Ali, um viaduto de 500 metros será erguido para fazer ligação com a Avenida Brasil. Ao chegar à Avenida Francisco Bicalho, o BRT vai circular ao lado do rio, onde serão construídas as estações. De lá, um novo viaduto será erguido para acesso à Avenida Presidente Vargas, que contará com sete estações.
Na Rua Primeiro de Março e na Avenida Antônio Carlos, algumas paradas serão integradas ao VLT, que contará com 46 estações espalhadas por todo o centro da cidade. Com o Transbrasil em funcionamento, estima-se que o tempo de chegada ao centro seja reduzido em 40%.
“Será uma das obras mais complexas, pelo tráfego intenso das vias. Isso vai exigir que nosso trabalho seja feito, na maior parte, durante a noite”, acredita o prefeito Eduardo Paes.
Pontes e viadutos
O projeto do novo BRT inclui ainda mais de 30 mil metros quadrados de pontes e viadutos. Além do alargamento das pistas laterais da Avenida Brasil, entre Irajá e Guadalupe, e a construção de um mergulhão de acesso ao Aeroporto Santos Dumont, preservando o patrimônio paisagístico do Aterro do Flamengo.
Com o novo BRT, serão 155 km de anel viário
Com o BRT Transbrasil, a prefeitura promete entregar à população um anel viário de 155 quilômetros de corredor expresso. No ano da sua inauguração, o BRT Transoeste transportou mais de 6 milhões de passageiros.
O próximo corredor a ficar pronto é o Transcarioca, que ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. Em seguida, entrará em operação o BRT Transolímpica, da Barra a Deodoro.
Todo investimento será imprescindível para a realização da Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos na cidade. Mas, para o prefeito Eduardo Paes, a construção dos corredores é mesmo um benefício para a população.
“Os eventos esportivos foram desculpas para a construção dos BRTs. Quem ganha é a população, que poderá contar com transporte de qualidade muito mais ágil e sem engarrafamentos”, aponta Paes, que esteve nesta quarta-feira na redação do DIA para apresentar aos jornalistas os investimentos em mobilidade urbana na cidade. Veja o vídeo do novo BRT
Exército não libera área e muda o traçado da Transcarioca
O projeto inicial do BRT Transcarioca previa a desapropriação de 2 mil casas em Magalhães Bastos. Na época, a Prefeitura pediu ao Exército, que detém vários terrenos na região, o empréstimo de algumas áreas para a evolução do corredor até o viaduto do bairro.
O pedido foi parcialmente aceito e o que ficou de fora foi um trecho, ao lado de um conjunto residencial militar. “O Exército não abriu mão de uma parte do terreno e, por isso, 100 casas terão que ser desapropriadas”, explicou o prefeito Eduardo Paes.
De acordo com a secretaria municipal de Obras, o trecho de desapropriação em Magalhães Bastos é equivalente a dois quarteirões. As notificações serão divulgadas no Diário Oficial nas próximas semanas.
Com a saída de 100 casas, chega a 2.500 o número de desapropriações da Transcarioca até agora. No BRT Transoeste, a prefeitura gastou R$ 18 milhões com a saída de 70 casas.

Embraer entrega 29 jatos no 1o tri e eleva carteira de pedidos

Por Roberta Vilas Boas

SÃO PAULO, 11 Abr (Reuters) - A fabricante brasileira de aviões Embraer entregou um total de 29 aeronaves no primeiro trimestre deste ano, sendo 17 comerciais e 12 executivos.
A carteira de pedidos (backlog) no fim de março totalizava 13,3 bilhões de dólares, com aumento de 800 milhões de dólares ante dezembro de 2012, segundo comunicado nesta quinta-feira.

Segurança institucional garante a deputados: não houve ação da Abin em portos

Da Redação – RCA
Com informações da Comissão de Fiscalização Financ

Uma comissão de parlamentares, coordenada pelo presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, deputado Edinho Bez (PMDB-SC), esteve nesta quinta-feira (11), no Palácio do Planalto, em visita ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito, para ouvir os esclarecimentos a respeito de notícias veiculadas na imprensa sobre um possível monitoramento em portos brasileiros pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“Chegamos, inclusive, a debater na comissão um requerimento sobre este assunto, mas o diálogo evoluiu e aprovamos esse encontro para ouvir os esclarecimentos da segurança institucional. Tem muita controvérsia, e nenhuma movimentação da Abin em relação aos portos foi comprovada”, ponderou o deputado.
Também participaram da reunião os deputados Vanderlei Siraque (PT-SP), Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Colbert Martins (PMDB-BA). “A conversa foi para saber sobre o que foi noticiado, e se realmente aconteceu, porque aí o Parlamento teria que tomar providências, como de fato tomou”, disse Edinho Bez.
O deputado Vanderlei Macris, que propôs a convocação do ministro para a comissão, disse que o general negou qualquer ação específica no Porto de Suape e disse que o GSI e a Abin não monitoram pessoas, mas cenários.
Sistema integrado
Segundo Edinho Bez, o ministro explicou como funciona o sistema, que é integrado, que são 700 cenários que eles monitoram para informar à Presidência. “Ele disse que isso é absolutamente normal, que qualquer país democrático do mundo precisa e deve ter esse sistema de informações para orientar as decisões do presidente da República”, acrescentou o parlamentar.
Para o ministro-chefe do GSI, a Abin agiu dentro das normas constitucionais. “O documento, dito como sigiloso pela imprensa, é um relatório de rotina elaborado pelo Sisbin, para informar à Presidência da República, e este que foi divulgado sobre as condições dos portos, faz parte do acompanhamento das condições de transportes, portos, estradas e fatos relacionados ao setor. Além da presidenta Dilma, governadores de 15 estados tiveram acesso à informação divulgada pela Abin. Nesse caso não houve nenhuma operação da Abin no Porto de Suape”, garantiu o ministro José Elito.
Abin
A Abin foi criada em 1999, por meio da Lei 9.883/99, que normatizou todas as atividades da agência, que é o órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin). Tem entre suas atribuições a execução da Política Nacional de Inteligência e a integração dos trabalhos dos órgãos setoriais de Inteligência do País. A Abin presta assessoramento à Presidência da República assegurando-lhe o conhecimento de fatos e situações relacionados ao bem-estar da sociedade e ao desenvolvimento e segurança do País.
Audiência pública
Na próxima quarta-feira (17), às 15 horas, o deputado Edinho Bez participará de reunião de audiência pública em conjunto com a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, para a qual o ministro-chefe do GSI, José Elito, foi convidado a prestar esclarecimento e fornecer outras informações sobre o mesmo assunto.
A audiência pública vai acontecer no plenário 7 da ala Alexandre Costa do Senado Federal.


Temporada de caça aos quilombos

Márcio Santilli

A Constituição de 1988 atribuiu ao poder público a obrigação de titular as terras ocupadas por comunidades remanescentes de quilombos. Essa determinação pretendeu resgatar a dívida histórica do país com os afrodescendentes que se refugiaram em comunidades fugidas da escravidão ou formadas após a abolição pelos que não foram absorvidos pelo regime assalariado. Elas fixaram-se ou permaneceram em locais mais ou menos remotos, quase invisíveis, e resgataram ou reconstruíram sistemas de subsistência e de compreensão do mundo que se traduzem em inúmeros conhecimentos tradicionais, manifestações culturais, na nossa música e culinária, na nossa cara.
Após quase 25 anos da promulgação da Constituição, só 207 comunidades têm títulos, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) — não há dados consolidados sobre títulos concedidos só por órgãos estaduais. A lista oficial de comunidades reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares, porém, chega a 3 mil. É fácil constatar a letargia do Estado — em particular, do Incra, responsável por regularizar essas áreas na esfera federal — em pagar a parte mínima que lhe coube dessa monumental dívida histórica.
A taxa de titulação de quilombos pela União caiu drasticamente no mandato de Dilma Rousseff: só 632 hectares titulados até agora. A administração Lula titulou 21,4 mil hectares, entre 2003 e 2007, e 38,2 mil hectares, entre 2008 e 2010. Fernando Henrique Cardoso titulou 415,2 mil, em oito anos.
O argumento do governo atual de que é preciso concluir a regularização fundiária das terras já tituladas, antes de titular novas áreas, não se sustenta, diante da situação de risco social e físico em que vivem os quilombolas. É preciso avançar nas duas frentes.
O louvável reconhecimento oficial, desacompanhado da titulação, retira os quilombos da sua invisibilidade histórica para transformá-los em sujeitos de direitos a serem reconhecidos. A lentidão nos processos de titulação, no entanto, expõe essas populações, agudizando conflitos e ameaçando a vida dos quilombolas: cresce o número de casos de assassinatos, invasões, despejos.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2012, dois quilombolas foram assassinados no Brasil. Em 2011, três foram mortos, três sofreram tentativa de homicídio e 77 foram ameaçados de morte. Em 2010, foram registradas 71 comunidades em conflito, abrangendo 6,9 mil famílias; já em 2011, foram registradas 100 comunidades em conflito, envolvendo 7,6 mil famílias.
Não faltam casos grotescos, de norte a sul, envolvendo interesses econômicos e políticos diversos e, não raro, agentes públicos federais em agressões aos direitos dos quilombolas.
Em Alcântara (MA), parte das 3,3 mil famílias quilombolas, cuja ocupação remonta ao século 18, corre risco de remoção por causa da ampliação da base de lançamento de foguetes da Aeronáutica.
O Quilombo da Pedra do Sal, na zona portuária do Rio de Janeiro (RJ), é constituído por 25 famílias descendentes de escravos trazidos para ali há mais de 200 anos. Tombado em 1987, é um dos principais redutos da história do candomblé, do samba e do carnaval carioca. Apesar disso, a Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, da Igreja Católica, insiste em retirar os moradores. A região é alvo de projeto de "revitalização" (e da consequente especulação imobiliária) que integra as obras da Copa (2014) e da Olimpíada (2016).
Em Belo Horizonte (MG), 35 famílias formam o Quilombo de Mangueiras, descendentes de escravos que se fixaram, no século 19, em local situado, hoje, a 6,5km do Centro Administrativo de Minas Gerais. Ocupação desordenada e empresas envolvidas nas obras da Copa ameaçam a comunidade, cujas terras têm hoje apenas 20 hectares (1/12 do território original) e estão em estágio avançado de titulação.
Já no Vale do Ribeira (SP-PR), dezenas de comunidades estão ameaçadas por projetos hidrelétricos, um deles da Companhia Brasileira de Alumínio, da Votorantim. Eles podem provocar enchentes que ameaçam até a igreja do Quilombo de Ivaporunduva, de 300 anos.
O governo deveria ter vergonha de abdicar de sua obrigação de tutelar os direitos das minorias. No caso dos quilombos, deveria exercer sua autoridade para impedir que se instale no país uma verdadeira temporada de caça aos que simbolizam elemento essencial da identidade nacional.
Coordenador de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA), é formado em filosofia, foi deputado federal pelo PMDB-SP (1983-1986) e presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai)

Centro de Treinamento de voo será construído no Rio

O centro será montado pela fabricante brasileira de helicópteros Helibras, uma filial da Eurocopter

EFE

Rio de Janeiro - A fabricante brasileira de helicópteros Helibras, uma filial da Eurocopter, montará no Rio de Janeiro um Centro de Treinamento e Simuladores de voo, anunciaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
O anúncio foi feito pelo presidente da Helibras, Eduardo Marson, em um encontro que teve com as autoridades do Rio de Janeiro, paralelo à Feira Internacional de Defesa e Segurança LAAD Defence & Security, que começou na terça-feira e termina amanhã.
O centro de treinamento será equipado com simuladores para os helicópteros EC 725 e EC 225, modelos militar e civil que a Helibras está produzindo em uma fábrica que foi inaugurada no ano passado em Minas Gerais, segundo um comunicado do Governo do Rio de Janeiro.
O Centro de Treinamentos e Simuladores da Helibras no Rio de Janeiro contará com dois simuladores Full Flight Simulators (FFS), cada um programado para a capacitação de pilotos militares e civis.
A decisão de montar o centro de formação no Rio de Janeiro é porque o estado é um dos maiores mercados de helicópteros do Brasil e o principal abastecedor de equipamentos pesados processados pelos fabricantes do setor, segundo o comunicado.
"O Rio de Janeiro possui um forte mercado para a Helibras porque a Petrobras usa helicópteros para transportar seus funcionários para as plataformas em alto mar", afirmou o secretário regional de Desenvolvimento Econômico, Energia e Indústria, Julio Bom, ao destacar a condição do Rio de Janeiro como maior produtor de petróleo do Brasil.
"Também estamos nos transformando em um polo de fabricação e manutenção de turbinas", acrescentou o funcionário ao se referir às fábricas instaladas no Rio de Janeiro por empresas como a Rolls Royce, Turbomeca e GE, que são abastecedores da Helibras.
A filial da Eurocopter inaugurou em setembro uma nova linha de produção de helicópteros militares na fábrica que possui em Itajubá, município do estado de Minas Gerais.
Em dita fábrica, já estão sendo montadas, com metade das peças produzidas no Brasil e a outra metade importada da França, os 50 helicópteros militares EC725 que vendeu à Força Aérea Brasileira, assim como unidades do modelo AS350 Esquilo.
A Helibras também pretende produzir em Itajubá a versão civil do EC725, que se chamará EC225 e servirá para operações de transporte de pessoas para plataformas petrolíferas em alto mar.

Congonhas retrofit

Reformas preveem ampliar check-in e restaurar elementos antigos do aeroporto, que faz 77 anos

RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO

Inaugurado há 77 anos, o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, mudará (um pouco) de cara nos próximos anos.
A Infraero, estatal que administra o aeroporto, planeja tirar do papel uma reforma que moderniza Congonhas ao mesmo tempo em que recupera algumas das suas características originais.
As obras devem ocorrer em 2014 e 2015; a previsão é gastar cerca de R$ 80 milhões, segundo a estatal.
A modernização consiste em ampliar o check-in em uma área próxima aos balcões da TAM, na ala norte. Se levada adiante, a obra concretizará plano que a Infraero tinha ao menos desde 2011.
O número de novos balcões ainda não está definido.
O retrô da reforma se concentrará no mezanino do saguão central, aberto em 1955 em estilo art déco. A ideia é tirar as lojas que tampam as amplas janelas originais do aeroporto, de modo a ampliar a iluminação natural ali.
Os comércios (um banco, agência dos Correios e farmácia, entre outros) serão transferidos para um mezanino no desembarque, pronto há alguns anos e ainda sem uso.
Superintendente da Infraero em São Paulo, Willer Larry Furtado diz que a reforma está em fase de projeto, a ser concluído neste ano.
Não haverá prejuízo aos passageiros, segundo ele, porque as obras ocorrerão em áreas que hoje são de nenhuma ou pouca circulação.
A reforma requer aval do Conpresp, o conselho de patrimônio histórico municipal. Congonhas é tombado.
MONOTRILHO
Aumento de movimento no aeroporto não haverá por ora, apesar da pressão das companhias aéreas: as operações em Congonhas estão limitadas desde 2007, quando um avião da TAM não parou a tempo e explodiu em um posto de combustível próximo, no pior desastre da história da aviação brasileira.
Resultado: o aeroporto, que até 2006 era o mais movimentado do Brasil, viu o número de passageiros ficar estagnado nos últimos anos.
O total de passageiros até pode não aumentar, mas o acesso será facilitado: no final de 2014 deve ser inaugurada a estação Congonhas da linha 17-ouro, via monotrilho. Trata-se da primeira etapa do ramal, com 7,7 quilômetros.
Uma passagem subterrânea ligará a estação, na avenida Washington Luís, ao aeroporto. A entrada será ao lado do ponto de táxi do desembarque, onde hoje ficam armários para guardar malas.
A Infraero cedeu a área para a construção da saída. A estação abrigará 13.700 passageiros por dia em 2014. Toda a linha 17-ouro custará R$ 4,1 bilhões, segundo o Metrô.


TAM é multada por atraso em lista

PORTO ALEGRE - A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou a TAM a pagar multa de R$ 250 mil pelo atraso de quatro horas na divulgação da lista das vítimas do voo 3054, no acidente em 17 de julho 2007, em São Paulo. A decisão, tomada em 27 de março e divulgada ontem, negou recursos da companhia aérea e do Estado contra a sentença de primeiro grau. A empresa queria a inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor para o caso e a suspensão da exigibilidade do pagamento. Já o Estado tentava manter a multa inicial estabelecida pelo Procon, de R$ 971 mil. O valor estabelecido deve ser revertido ao Fundo de Defesa do Consumidor do Rio Grande do Sul.
O avião, que havia saído de Porto Alegre, não parou na pista do Aeroporto de Congonhas e explodiu ao bater em um prédio da própria TAM, em São Paulo. As 187 pessoas que estavam a bordo e outras 12 em terra morreram. Pouco depois das 19h do dia 17, familiares exigiam a lista dos passageiros nos balcões da empresa. Instruções de Aviação Civil indicam que, nesses casos, a empresa deve confeccionar a lista em três horas para seu uso e para a autoridade Aeronáutica, caso esta a solicite. A relação só foi divulgada aos familiares na madrugada do dia 18.

Reforma de base

Cristovam Buarque

Na semana passada, o golpe militar de 1964 completou 49 anos. Além de tentar barrar a influência socialista neste lado da Cortina de Ferro, o golpe visava impedir as Reformas de Base que o governo Goulart se propunha a fazer. As reformas de base eram uma necessidade para desamarrar os recursos econômicos improdutivos e distribuir melhor o produto de nossa economia.
Desde nossa origem, o Brasil foi um país que mantinha seus recursos acorrentados. Especialmente a terra, amarrada então por latifúndios improdutivos, e mão de obra sem instrução e impedida de trabalhar na terra. A reforma agrária visava liberar terras ociosas e a utilização de mão de obra ociosa no campo, a fim de desacorrentar a terra e a mão de obra.
As elites brasileiras temiam perder o controle sobre os recursos de sua propriedade e em consequência a renda que os recursos lhes proporcionariam. Somam-se a esse temor as forças internacionais. Elas temiam que as reformas de base pudessem ser os primeiros passos para libertar o Brasil do bloco dos países ocidentais e levá-lo para o bloco socialista. A guerra fria no mundo e o egoísmo no Brasil levaram ao golpe militar que barrou as reformas e atrelou o Brasil ao bloco ocidental.
Apesar de abortadas as reformas, o Brasil conseguiu crescer, aumentando renda para dinamizar produtos para a população de alta renda. Porém criou desigualdade social que caracteriza a nossa sociedade. A indústria cresceu, mas ao custo da desorganização vergonhosa de nossas cidades que viraram verdadeiras monstrópoles. Graças à ciência e à tecnologia, o nosso campo ficou mais dinâmico do que nunca (salvo no tempo do açúcar no século 17), mas vulnerável porque ainda depende da demanda externa por nossas commodities.
Mesmo crescendo, o Brasil ainda precisa fazer reformas de base em sua estrutura social e econômica. A reforma agrária já não visa tanto liberar recursos, porque a mão de obra já emigrou e a tecnologia usa a terra de latifúndios produtivos. Mas ainda é necessária por razões sociais: para os brasileiros sem terra e redução da migração às cidades.
O simples avanço não basta. A grande reforma do século 21 é a reforma no sistema educacional, que assegure escola com alta qualidade e igual para cada brasileiro, capaz de liberar o imenso patrimônio intelectual latente de um povo à espera de sua educação, e capaz de quebrar o círculo vicioso da pobreza.
O objetivo da reforma educacional é fazer com que cada menino ou menina do Brasil tenha acesso à escola com a mesma qualidade, não importa a cidade onde viva nem a renda de sua família. Todos os pequenos experimentos e medidas adotadas nos últimos 30 anos não têm permitido um salto rumo à federalização da educação, no nível e na distribuição que o Brasil precisa. O país precisa de uma reforma cujo caminho é a federalização da educação de base e fazer com que cada uma das mais de 156 mil escolas públicas do País tenha, pelo menos, a mesma qualidade das atuais 431 escolas federais de educação de base.
É preciso fazer com que cada uma delas receba o mesmo valor de investimento na educação para que, por seu total esforço, tenha seu desenvolvimento e possa desenvolver o País. E o investimento precisa ser do governo federal porque a renda dos municípios varia muito, com cidade rica e cidade pobre. Quarenta e nove anos depois, a reforma da educação de base é a reforma de base para o século 21.
Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF

LAAD 2013: Censipam estreita relações com países vizinhos no estande da Unasul

Rio de Janeiro, 11/04/2013 – O Ministério da Defesa, por meio do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), está mostrando aos seus parceiros na América do Sul o funcionamento do sistema de monitoramento de áreas especiais utilizado pelo Brasil e que, em breve, servirá às nações da América do Sul que possuem as mesmas necessidades de gerenciamento.
O contato está sendo feito no estande da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), montado na LAAD 2013 – Defence & Security, que acontece esta semana no Riocentro. No espaço, são exibidos vídeos e apresentados estudos de casos que deixam claro aos parceiros do Brasil as vantagens da implementação de sistemas semelhantes ao do Censipam.
O trabalho feito pelos técnicos na LAAD já é o desdobramento da IV Reunião do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS/Unasul), realizada em dezembro do ano passado em Lima, no Peru. Na ocasião, os integrantes do Conselho manifestaram apoio à proposta de constituição de um sistema sul-americano de gestão das chamadas áreas especiais, regiões que abrigam, entre outros, reservas indígenas e de proteção ambiental.
Os encontros no estande da Unasul servem para alinhar a agenda dos membros do CDS para uma reunião sobre monitoramento que ocorrerá em agosto, em Manaus (AM). “Estamos aproveitando a LAAD para conversar com os nossos vizinhos e definir um cronograma para o encontro no qual um grupo de trabalho vai estudar a criação de um sistema integrado de monitoramento na América do Sul”, explica o diretor-geral do Censipam, Rogério Guedes.
A expectativa, segundo Guedes, é a de que, com base nos recursos humanos e tecnológicos do Censipam, seja possível auxiliar os países membros da Unasul no combate ao narcotráfico, à degradação ambiental, entre outros.
O interesse na parceria já existe. Países como o Peru, a Colômbia, a Venezuela, o Suriname e o Equador expressaram o desejo de serem corresponsáveis pelo projeto apresentado em Lima. “Nós monitoramos mais de 60% do território nacional e temos dez anos de experiência com esse tipo de gerenciamento. A manifestação desse grupo de países só mostra a confiança no nosso sistema e na nossa expertise”, diz, Guedes.
Um dos delegados contatados na LAAD foi o major-general Oscar Rossi, do Peru. Segundo ele, o Peru está de acordo com ao Brasil na questão do monitoramento e gerenciamento das áreas especiais da América do Sul. “O Peru possui áreas protegidas em desertos, montanhas e encostas. Enfrentamos os mesmo desafios do Brasil na questão dos ilícitos”, disse Rossi. “Precisamos trabalhar conjuntamente nas soluções de problemas tão complexos.”
Equipamentos e tecnologia
Além dos encontros com os parceiros na América do Sul, a equipe do Censipam que integra o estande da Unasul na LAAD está aproveitando sua participação para conhecer novos equipamentos e tecnologias que podem manter a eficiência do Centro Gestor da Amazônia. A feira apresenta inovações nas áreas de tecnologia satelital, sensores aerotransportáveis e radares de observação.
“A LAAD é uma ótima oportunidade para tomarmos contato com o que há de mais moderno na área de segurança e monitoramento. Prospectamos os produtos e, mais tarde, podemos definir as tecnologias que podem ser incluídas no nosso rol de equipamentos”, explica Rogério Guedes. “Existe a necessidade de modernizar constantemente os equipamentos existentes”, conclui.

LAAD 2013: Brasil e Cingapura firmam acordo na área de tecnologia de defesa

Rio de Janeiro, 11/04/2013 – Os governos do Brasil e de Cingapura firmaram acordo na área de tecnologia de defesa. O documento que celebra a declaração de intenções foi assinado pelas autoridades dos dois países após audiência concedida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao chefe executivo da Agência de Ciência e Tecnologia de Defesa, Tan Peng Yam, no gabinete montado no Riocentro.
No encontro, Amorim e Tan Yam trataram da parceria entre Brasil e Cingapura na área militar. Em seguida, Yam encontrou-se com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, e o secretário de Produtos de Defesa do MD, Murilo Marques Barboza. Neste ato, as três autoridades assinaram o documento.
Tecnologia de defesa
O acordo prevê que os dois países irão trocar experiências em tecnologia de defesa por meio de workshops, seminários, mesas redonda e simpósios. Além disso, Brasil e Cingapura vão estimular a interação e colaboração entre indústrias e instituições acadêmicas.
Estão previstas também participações de engenheiros e/ou cientistas de Cingapura e do Brasil em treinamento profissional e colaboração em pesquisa, bem como a exploração do uso de instalações de teste nos dois países.
O documento informa ainda que “a declaração de intenções será orientada pelos princípios de interesses mútuos e em conformidade com as respectivas legislações e normas nacionais e obrigações internacionais assumidas pelos estados dos participantes”.


Crescem as chances de brasileiro na OMC

Jamil Chade
CORRESPONDENTE / GENEBRA

Voando nas asas da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo mundo, o candidato brasileiro Roberto Azevedo conseguiu votos suficientes para se classificar à próxima fase decisiva na eleição para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). O processo, que começou com nove candidatos, viu ontem a eliminação de quatro deles por terem o menor número de votos na primeira fase.
Azevedo agora buscará votos na África e entrará numa disputa acirrada com o México pelo apoio latino-americano. Além do México, o brasileiro enfrentará candidatos da Indonésia, Coréia do Sul e Nova Zelândia. Na primeira fase, foram eliminados nomes da Jordânia e Costa Rica, além de Quênia e Gana.
Com o fim da corrida para os países africanos, a estratégia brasileira é a de ser o preferido dos governos do continente, que, pelo número elevado de nações na OMC, podem ser decisivos na disputa.
Para obter a votação expressiva e convencer os membros da entidade a apoiá-lo, Azevedo se lançou em uma verdadeira volta ao mundo nos últimos quatro meses. Além da última cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul), no país africano, Azevedo esteve no Catar, EUA, Japão, China, índia, Noruega, Irlanda, Inglaterra, Espanha, Itália, Áustria e em Bruxelas, sede da União Européia.
Nesta semana, o Brasil recebeu o apoio formal de Portugal. Mas, como a Europa tem votado de forma coordenada, a declaração de Lisboa deu a entender que o brasileiro poderia ser um dos nomes preferidos do bloco.
África-  Um dos usos do avião da FAB foi em sua viagem para o continente africano, sob o argumento de que facilitaria a visita dele a vários países entre os quais as conexões Aéreas são difí-: ceis. Azevedo esteve no Zimbá-bue, Tanzânia, Moçambique, África do Sul, Angola, Congo, Benin, Burkina Fasso, Senegal, Cabo Verde e Guiné, além de Marrocos e Egito.
A aposta agora pode render frutos. Ontem, para a surpresa geral, os dois candidatos africanos na corrida foram eliminados, o que abre as portas do continente para o apoio a candidatos de outras regiões. Brasília havia colocado a Africa como uma das prioridades.
Outra região visitada com o avião da FAB foi a América Centrai e Caribe. Azevedo visitou o Haiti, El Salvador, Panamá, Jamaica, Barbados e Santa Lúcia, além do Suriname.
A escolha por viajar a essa região do mundo não foi por acaso. A próxima fase do processo eleitoral promete criar uma verdadeira disputa dentro da América Latina. Isso porque a candidatura do mexicano Herminio Blanco tentará justamente atrair os votos de países descontentes com a política externa brasileira na região. Blanco ainda tem o apoio dos Estados Unidos.
Protecionismo.. Durante a campanha, Blanco fez questão de atacar propostas do Brasil, como a de tratar a questão da valorização do câmbio na OMC, e criticou o protecionismo de Brasília.
Nos últimos meses, o brasileiro optou por se distanciar da imagem comercial do Brasil, marcado por medidas protecionistas. Já o governo tem insistido, ao lado dos demais países dos Brics, queumnúmero maior de organizações internacionais precisa ficar nas mãos de países emergentes que, hoje, já representam 50% do comércio mundial.
A próxima rodada de votações definirá os dois finalistas. Até o dia 31 de maio o novo diretor precisa ser anunciado.

Azevedo faz campanha com jato da FAB

O Brasil já havia concorrido em 2005 para o cargo, mas foi derrotado com o menor número de votos. Em 1994, Rubens Ricupero teve de abandonar a corrida depois de declarações captadas em um microfone na televisão. Agora, o governo definiu como prioridade a vitória de Roberto Azevedo na eleição e optou por colocar todos os recursos à disposição do brasileiro.
Há uma semana, a reportagem do "Estado" enviou perguntas à assessoria de imprensa do Itamaraty sobre os países que foram visitados pelo candidato à bordo do avião da FAB. 0 governo confirmou que a viagem para a África e para a América Central foram realizadas com o jato.
Mas o número exato dos países visitados pelo candidato com o avião não foi divulgado. A reportagem fez o mesmo pedido para o Ministério da Defesa e para a FAB, sem respostas.
A reportagem ainda solicitou do Itamaraty informações sobre o orçamento que havia sido reservado para a candidatura de Azevedo ao processo de seleção na OMC. Mas o governo optou por manter os dados em sigilo por mais algumas semanas, alegando que a informação é parte da estratégia de campanha.
Fontes no governo apontaram que o modelo adotado foi inspirado na candidatura de Miguel Angel Moratinos, que viajou o mundo com a Agência Espanhola de Desenvolvimento a tiracolo pedindo votos para seu cargo na FAO. Ele acabou perdendo do brasileiro José Graziano por um voto. Mas seu exemplo de campanha marcou o Itamaraty.
Os caminhos incertos de tecnologias sem limites

Washington Novaes

Que será do mundo com o avanço exponencial da informática e da robótica to mando de assalto todas as áreas, da comunicação à política, em todos os países, da economia e das finanças à gueixa entre nações? Como será esse mundo em que a imensa maioria das pessoas estará conectada, por computadores ou telefones, às redes de comunicação, com notícias em tempo real, possibilidade de interferir na política de seu país? Que mundo será esse amanhã, quando hoje, segundo o secretário-geral adjunto da ONU, Jan Eliasson, já existem 6 bilhões de telefones celulares, enquanto apenas 4,5 bilhões dos 7 bilhões de habitantes do planeta dispõem de instalações sanitárias em suas casas?
Há poucos dias, entraram em vigor no Brasil as primeiras leis que tratam de "crimes cibernéticos", contra condutas ilícitas mediante uso de sistemas eletrônicos, digitalizados ou similares, assim como invasão de computadores, roubo de senhas e/ou arquivos conectados ou não a redes de computadores. As penas são até brandas - vão de seis meses a dois anos quando se lê todos os dias que essas condutas ilícitas já estão até no campo da guerra. A robótica militar, como é chamada, já tem sob controle milhares de aviões não tripulados de dezenas de países (Estado, 15/3) - os chamados drones, capazes, em futuro próximo, até de decidir com autonomia onde e como atacar (21/3). Funcionários da inteligência do governo norte-americano admitem mesmo que o país "está se preparando para uma contraofensiva cibernética". O chamado cibercomando das Forças Armadas dos EUA tem 13 equipes de programadores e especialistas em computação - por entenderem que está nesse campo a "maior ameaça imediata aos EUA" (14/3), pois seus serviços de espionagem já detectaram invasões da rede de computadores do governo. O presidente Barack Obama chegou a acusar a China de patrocinar recentes ciberataques a empresas e bancos dos EUA. E a Coreia do Norte acusou os EUA de "sabotar" seus serviços de internet (Reuters, 18/3).
Fora do campo político-militar, as questões não são menos graves ou complexas. No Brasil, por exemplo, 28 milhões de pessoas foram vítimas no ano passado de algum tipo de crime pela internet (revista Problemas Brasileiros, março/abril). A cada segundo, 18 pessoas são vítimas no mundo, 1,5 milhão a cada dia – e isso inclui estelionatos, fraudes financeiras, difamações, calúnias, apropriação de dados pessoais, etc. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), só no ano passado as perdas bancárias no País atingiram R$ 14 bilhão.
O volume de informações que circula na internet é brutal, estimado pela IBM em 2,5 quintilhões de bytes de dados por dia, o equivalente a 450 bibliotecas do Congresso norte-americano a cada 24 horas, segundo Hélio Schwartsman (Folha de S.Paulo, 10/3). No Brasil já são 53,5 milhões de usuários da internet. Em cada um dos pontos, a média diária de uso é de quase dez horas e meia. Em cinco favelas do Rio de Janeiro, outro levantamento indicou que mais de 80% dos habitantes têm acesso a esse meio de informação.
Tudo isso quererá dizer que há mais possibilidade de participação na vida política e nas decisões?
Não necessariamente. Pode depender da qualidade da informação e até da repressão. "Não estamos vivendo o mundo de 1984 de Orwell, mas também não estamos vivendo no mundo de harmonia e consenso cientificamente sancionado" , diz James Rule em The New York Times, citado neste jornal (24/3). Significará mais segurança? Pouco provável, pois até as gigantes do setor já recorrem a " arquivos nas nuvens" , desligados dos computadores físicos, para se livrarem de ataques.
Há pequenos avanços, até por aqui: 2 milhões de eleitores assinaram a petição que deu origem à Lei da Ficha Limpa; 1,6 milhão assinaram documento contra a ascensão de Renan Calheiros à presidência do Senado; algumas centenas de milhares apuseram sua assinatura contra a escolha do deputado Marco Feliciano (11/3) para presidir Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Mesmo quando adesões são maciças, entretanto, os resultados são incertos: basta ver que várias das revoluções no mundo árabe que levaram à deposição de antigas ditaduras - como no Egito ou na Líbia – passado algum tempo se mostram quase inócuas, com os mesmos problemas presentes nas administrações a que sucederam. E assim pode ser também em outras nações, onde os movimentos políticos são incipientes ou desorganizados, apesar da forte participação na internet. Alguns governos, porém, como o da Arábia Saudita, estão contratando organizações para controlar serviços como o Skype e mensagens escritas na internet. Parece claro, entretanto, que há uma revolução em processo na informação e que os "Estados coexistem em um mundo onde autoridades não têm mais o mesmo poder de controle que tinham no passado" , como diz Joseph Nye, do Project Syndicate (15/2).
Quando há guerras iminentes ou possíveis os problemas se agravam. A Coreia do Sul, por exemplo, está acusando sua vizinha do Norte de haver paralisado seus sistemas de informática, emissoras de TV e dois dos maiores bancos de dados (12/3). E com guerra ou sem guerra, as empresas transnacionais da comunicação vivem "profunda crise" , como observou há poucas semanas Ignacio Ramonet, ex-comandante da redação de Le Monde. São rumos incertos, preocupantes - até mesmo porque ninguém consegue prognosticar os próximos estágios. Porém pode ser complicada a trajetória que não avaliamos no todo quando optamos por um mundo de tecnologias sem fronteiras e sem limites. Não se trata de ser " contra o progresso". Nem de manter a informação controlada apenas por uma " elite". Mas vem a tentação de citar o pensamento do filósofo, físico e matemático René Descartes, citado por Jorge Luis Borges (O Livro dos Seres Imaginários, 2007): "Os macacos poderiam falar, se quisessem; mas resolveram guardar silêncio para não serem obrigados a trabalhar".
Como será este mundo em que a influência das pessoas na vida política pode ser cada vez maior?


Brasil compra arma antiaérea para Copa das Confederações e Papa

Contrato de 34 blindados será assinado ainda em abril, diz general. Equipamento alemão foi recauchutado e pode abater mísseis e aviões.

Tahiane Stochero
Do G1, em São Paulo

O Brasil comprou um sistema de artilharia antiaérea alemão, composto por 34 carros de combate Gepard capazes de abater mísseis, aviões, helicópteros ou drones (aviões não tripulados) a até 15 km de distância e até 3 km de altitude, para garantir a segurança dos grandes eventos.
Os blindados são usados, pertencem ao Exército da Alemanha, e sofreram uma remodelação, tendo sido "recuperados" em 2010, recebendo novas tecnologias que podem operar até 2030.
"O contrato será assinado ainda nesta semana ou, no máximo, na próxima (até o dia 19)", afirmou o comandante da Brigada de Artilharia Antiaérea, general Marcio Roland Heise, ao G1.
Oito blindados chegarão ao país em caráter emergencial até junho e ficarão em Brasília, para a abertura Copa das Confederações - o Brasil enfrenta o Japão no dia 15, no Estádio Nacional.
“Pretendo estar com toda a tropa preparada e treinada para atuar com o novo sistema na abertura e no encerramento da Copa das Confederações e na visita do Papa, para garantir a segurança de quem estiver nos estádios”, disse.

“As duas baterias antiaéreas, com 16 carros cada uma, não virão imediatamente. Os oito primeiros queremos que cheguem rápido. Passarão por ajustes no Brasil para a Copa das Confederações. Os demais serão enviados até 2015”, acrescentou ele. Outros dois outros carros ficarão em uma escola militar, para instrução.
Os blindados Gepard 1A2 pesam 47,5 toneladas, possuem 7,7 metros de altura e 3,7 de comprimento. São equipados com dois canhões Oerlikon de 35 mm, que trabalham em conjunto um sistema de radares com campo de visão de até 15 km de raio. A fabricante informa que eles atingem alvos até 5,5 km de altura, mas, no Brasil, serão usados a baixa altitude (até 3 km).
O Exército informou oficialmente que o contrato será assinado "nos próximos dias (com o Ministério da Defesa da Alemanha), com base em valores que ainda estão sendo negociados".
Em fevereiro, o vice-presidente, Michel Temer, assinou uma intenção de compra para adquirir um sistema de artilharia antiaérea da Rússia que tem capacidade de atingir alvos a até 15 km de altitude. O Brasil não tem atualmente esta tecnologia, que é uma exigência da Fifa para a Copa do Mundo. Em 2012, o G1 mostrou a situação do sucateamento do Exército, que possui armas antiaéreas da década de 70, classificados pelo general Heise na época como “defasados tecnologicamente”.
Carros são usados e reformulados
Segundo o oficial, o valor da negociação só será divulgado após a assinatura do contrato. “Foi uma proposta muito boa que recebemos pela qualidade altíssima do material”, diz.
Notícias divulgadas pela imprensa alemã apontam que a oferta da empresa Krauss-Maffei Wegmann (KMW), que vende o sistema, seria de 30 milhões de euros (cerca de R$ 77 milhões). O representante da empresa no Brasil informou que, como a negociação é entre os Exércitos de Brasil e Alemanha, só iria se manifestar após a assinatura do contrato.
“Os carros foram reformulados, receberam novo sistema de radares e computadores, canhões de 35 mm e tecnologia de guiamento, que seguem o alvo mesmo se ele desviar. O Exército alemão iria o usar os blindados, mas a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) mudou algumas diretrizes em relação à defesa antiaérea e eles tiveram que deixá-los de lado”, afirmou o general.
Em 15 de março deste ano, o Boletim do Exército publicou uma portaria aprovando critérios para a aquisição e implantação do sistema antiaéreo Gepard. O texto apresentava como argumentos para a compra a proteção das duas brigadas do país que abrigam blindados e também de estruturas estratégicas, como usinas hidrelétricas, e que seriam essenciais para uma eventual guerra.
Elas estão localizadas em Ponta Grossa (PR) e em Santa Maria (RS). Entre 17 e 20 de março, 20 militares já receberam instruções em Hardheim, na Alemanha, para conhecer as novas armas.
O documento do Exército cita o Gepard como "um sistema de armas autônomo e altamente móvel, com alta prontidão operacional, pequeno tempo de reação e capaz de fazer frente a uma variada gama de ameaças".
Em 2011, o Exército realizou um teste em Formosa (Goiás) para avaliar as capacidades dos canhões. “Nas nossas avaliações, ele foi o único que conseguiu destruir um aeromodelo na distância para o qual é habilitado”, argumentou o general Heise.
A oferta da KMW inclui ainda peças de reposição, suporte técnico, treinamento e transferência de tecnologia. Durante a Copa das Confederações e a visita do Papa, os blindados não ficarão "à vista do público", mas serão colocados em locais estratégicos em que possam ter visão de possíveis alvos.

Artilharia para a Copa
A compra dos equipamentos alemães não supre a necessidade do Brasil para a Copa, pois eles não possuem a capacidade de atingir alvos a até 15 km de altitude, uma das exigências da Fifa. Atualmente, o Brasil não possui esta capacidade.
Para ter uma ideia da importância da artilharia de médio alcance, todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm esta capacidade de abate nesta altura. Nenhum na América Latina conta com o instrumento.
Em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff recebeu em Brasília o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, para negociar a aquisição deste sistema a médio alcance e uma carta de intenção de compra foi assinada. Brasil pretende comprar duas baterias antiaéreas do modelo Igla, de baixo alcance, e três do modelo Pantsir-S1, de médio alcance. O valor da negociação não foi informado pelo governo.
Segundo o general Heise, as negociações com a Rússia estão ainda em andamento. “A Copa do Mundo está em cima da hora, temos menos de um ano e meio para nos prepararmos, mas acredito que dará tempo para chegar tudo e prepararmos a tropa para operar os equipamentos”, disse ele.
Uma proposta para modernização do sistema brasileiro apresentada pelo Exército tinha o custo de R$ 2,354 bilhões. Contudo, o Livro Branco de Defesa Nacional, divulgado em 2012 pelo Ministério da Defesa, estimava em R$ 859,4 milhões a previsão de investimentos na área até 2023.

'Passeio' de Cid que atrapalhou voos vai ser analisado pelo MPF da Bahia

Anac diz não ter responsabilidade civil para investigar Cid Gomes. Segundo agência, pilotos não tiveram qualquer culpa no caso.

Do G1 CE

 A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou nesta quinta-feira (11) que não tem responsabilidade para aplicar qualquer punição ao governador do Ceará, Cid Gomes, pelo "passeio" na pista do aeroporto da Bahia que atrapalhou dois voos, em novembro de 2012. O relatório apurado pela sindicância da Anac será enviado para compor Inquérito Civil Público, aberto pelo Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República na Bahia.
A Anac investigava o desembarque de passageiros e a manobra de um avião fretado pelo governador Cid Gomes na pista do aeroporto de Salvador, que resultou na suspensão de pousos e decolagens por cinco minutos. Segundo resultado da sindicância da agência, não houve qualquer responsabilidade no epsódio por parte dos pilotos da aeronave.
"Não houve irregularidades cometidas pelo comandante da aeronave e pelo operador aéreo, agentes do setor a quem cabe à ANAC fiscalizar. Nesse caso, portanto, não foi comprovada nenhuma irregularidade cometida por um agente da aviação", diz a Anac, em nota.
"Sobre a conduta dos passageiros, não existe previsão regulamentar que permita o enquadramento da questão no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer), diz a nota, em outro trecho.
O caso
De acordo com a Anac, uma aeronave Cessna Citation operada pela empresa Táxi Aéreo Fortaleza (TAF), procedente de Fortaleza (CE) e fretada pelo governo do Ceará pousou no aeroporto às 13h17, e após taxiar, dois passageiros, entre eles Cid Gomes, desembarcaram e seguiram andando pela pista em direção à Base Aérea de Salvador. Com o tráfego dos dois passageiros, uma aeronave da empresa Avianca arremeteu voo e uma outra, da Gol, teve procedimento de voo abortado.

MP pede arquivamento do processo que investiga acidente de Marrone

Cantor sertanejo caiu com o helicóptero em Rio Preto em maio de 2011. Até hoje laudo da aeronáutica com causa do acidente não foi concluída.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba

O Ministério Público de São José do Rio Preto (SP) encaminhou nesta quinta-feira (11) à Justiça o pedido de arquivamento do processo que investiga o acidente com o helicóptero do cantor Marrone. O acidente foi em maio de 2011, quando a aeronave caiu no Recinto de Exposições da cidade, logo depois de decolar do aeroporto.
O cantor foi acusado de estar pilotando o próprio helicóptero no momento da queda, mesmo sem a formação de piloto completa. O acidente deixou duas pessoas gravemente feridas, uma delas teve uma perna amputada.
De acordo com o Ministério Público, o caso deve ser arquivado porque as vítimas não fizeram nenhuma representação contra Marrone.
Em depoimento, o primo do cantor, que estava na aeronave, negou que Marrone estava no comando. Até hoje, o laudo da aeronáutica, com as causas do acidente ainda não foi concluído.
Acidente
Segundo relato do piloto na época ao Corpo de Bombeiros, o helicóptero perdeu potência pouco depois de decolar do aeroporto de São José do Rio Preto. O piloto disse na época que tentou fazer um pouso forçado em uma propriedade próxima ao aeroporto. Ao se aproximar do solo, o aparelho bateu em uma árvore, caiu sobre a cerca que separa o estabelecimento da calçada e ficou tombado. "Uma parte dele bateu em uma árvore. O aparelho caiu sobre a cerca e um recuo da calçada. Ele ficou tombado para o lado direito", disse o major Paulo César Berto, na época.

Dilma desembarca em Porto Alegre para cumprir agenda nesta sexta

Viagem da presidente à capital gaúcha foi antecipada em um dia. Na sexta, ela participa de formatura do Pronatec e de entrega de veículos.

Do G1 RS

Com a viagem antecipada, a presidente Dilma Rousseff desembarcou no final da tarde desta quinta-feira (11) em Porto Alegre. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou no Aeroporto Salgado Filho às 17h47. Nesta sexta-feira (12), ela cumpre agenda oficial no estado.
Junto com Dilma vieram à capital gaúcha os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome). Do aeroporto, batedores escoltaram a presidente até a Zona Sul, onde ela mantém um apartamento.
A antecipação da viagem, que inicialmente estava prevista para a manhã desta sexta-feira (12), não foi justificada pela assessoria da Presidência. Nesta sexta, Dilma deve participar de dois compromissos na capital gaúcha, conforme previsão da assessoria.
Às 10h, Dilma acompanha a formatura alunos beneficiários do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) no Auditório Araújo Vianna, no Parque Farroupilha. Serão diplomados 2,3 mil estudantes, de sete municípios da Região Metropolitana.
Na mesma cerimônia, ocorrerá o anúncio da repactuação do programa Brasil Sem Miséria entre a União e o governo do Rio Grande do Sul, que mantém o programa RS Mais Igual, com as presenças do governador Tarso Genro e da ministra Tereza Campello.
Mais tarde, às 11h30, no Cais do Porto, a presidente entregará 120 máquinas agrícolas e 22 ônibus escolares a diversos municípios gaúchos. Essa cerimônia também terá a participação dos ministros Aloizio Mercadante e Pepe Vargas.
Segundo o governo gaúcho, serão beneficiados os municípios de Alegrete, Arroio do Tigre, Boqueirão do Leão, Butiá, Campina das Missões, Candelária, Canguçu, Cruzaltense, Dezesseis de Novembro, Jaguarão, Santana do Livramento, São Gabriel, Braga, Itaqui e Santa Vitória do Palmar.


Empresas espanholas de defesa abrem mercado no Brasil

Agência EFE

As empresas espanholas de defesa que expõem seus produtos na Feira Internacional de Defesa e Segurança LAAD, que está sendo realizada esta semana no Rio de Janeiro, disseram hoje ter feito contatos importantes no Brasil, um mercado que consideram como estratégico e vital para sua expansão.
"Os retornos que tivemos nos dois primeiros dias foram muito positivos e acreditamos que está valendo muito a pena nossa participação na LAAD deste ano", disse à Agência Efe Sergio Fernández, coordenador de internacionalização da Associação Espanhola de Empresas Tecnológicas de Defesa, Aeronáutica e Espaço (TEDAE).
Fernández assegurou que os contatos "interessantes" incluem empresas brasileiras e de outros países.
"O resultado foi muito bom, especialmente por ser uma feira estratégica e muito forte, porque os contatos estabelecem são de grande valor e muito interessantes", acrescentou.
Para as empresas espanholas, afetadas pela crise, o maior mercado latino-americano de defesa é estratégico, e qualquer oportunidade é vital para desembarcar em uma das grandes economias emergentes.
"Estamos abertos a qualquer tipo de oportunidade e acreditamos que o mercado brasileiro oferece muitas possibilidades", afirmou.
A Espanha já abriu caminho no Brasil, país que adotou uma nova política de aquisição de armamento e que iniciou em 2005 um "ambicioso" projeto para modernizar suas forças armadas com equipamentos que vão desde submarinos de propulsão nuclear que pretende construir no país.
O Brasil estuda licitações que incluem a construção de cinco fragatas, cinco patrulheiras e uma embarcação de apoio logístico, e tem em andamento outras, como a destinada a comprar 36 caças modernos.
Empresas espanholas já conseguiram uma parte do bolo, como a EADS CASA que venderá ao Brasil aviões militares C295; a Airbus Military com um contrato para modernizar nove aviões P-3 Orion e a Tecnobit com a venda de seu simulador de artilharia.
O secretário de Estado de Defesa, Pedro Argüelles, que lidera a delegação espanhola no Rio de Janeiro, afirmou na terça-feira à Efe ter "esperanças mais do que fundadas" que se possa chegar a um entendimento com o Brasil no mercado de satélites, para prestar serviços civis e militares.
Argüelles citou a Hisdesat como uma empresa com "capacidade de sobra" para oferecer serviços de satélites militares e disse que o satélite Spainsat oferece cobertura plena do território brasileiro.
Fernández admite que dificilmente será assinado um contrato na feira do Rio de Janeiro, já que isso exige meses de negociação, mas alegou que "os contatos estabelecidos abrem grande expectativa para o futuro e para grandes resultados a médio e longo prazo".
Esses contatos podem aumentar nas reuniões de empresas espanholas e brasileiras que a TEDAE promove no Rio de Janeiro, graças a seu acordo de cooperação com a Associação Brasileira de Indústrias de Material de Defesa e Segurança (Abimde).
Além de Hisdesat e Tecnobit, outras cinco empresas garantiram espaço no pavilhão espanhol na feira este ano: a Companhia Espanhola de Sistemas Aeronáuticos (Cesa), as multinacionais Indra, Núcleo Duro Felguera, Sener e ARPA - Equipos Móviles de Campaña.
A ARPA, que vendeu há três anos 42 cozinhas móveis de campanha ao Exército brasileiro, negocia um novo contrato.
A Sener oferece no Brasil, entre outros produtos, a tecnologia de modernização de helicópteros Augusta Bell 212 que vendeu à Marinha espanhola, assim como um sistema de controle climático para veículos de combate terrestres.
A Indra oferece seus sistemas de vigilância litorânea, vigilância com radar e sistemas de simulação.
Para a vigilância do espaço aéreo, área na qual já é conhecida no Brasil como construtor de duas estações transportáveis de radar, a Indra oferece informações sobre seus radares Lanza 3D.
Apesar de não fazer parte do pavilhão espanhol, outras empresas do país estão presentes no Rio de Janeiro com estandes próprios ou de subsidiárias ou sócias, como EADS e Navantia, uma das maiores interessadas nos contratos para construir embarcações no Brasil.
"Trata-se de um amplo leque de tecnologias e de grande alcance. Temos desde grandes multinacionais, como a Indra, cuja oferta inclui radares e sistemas de satélite, até fabricantes de equipamentos móveis de campanha", explicou Fernández.


Ambientalistas apoiam lei para proteger "Amazônia Azul"

Por Daniela Chiaretti
De Brasília

Começa a sair do forno a ideia de que o Brasil precisa de uma Lei do Mar. Três deputados de partidos diferentes -Sarney Filho (PV-MA), Márcio Macêdo (PT-SE) e Ricardo Tripoli (PSDB-SP) apresentarão neste ano um projeto em coautoria para garantir a preservação de recursos naturais em 3,5 milhões de km2 de mar, um pedaço de Brasil que a Marinha chama de "Amazônia Azul" e está sem governança, dizem acadêmicos e ambientalistas. A medida protegeria uma faixa imensa de recursos na água, no subsolo e no leito do mar, em uma região entre 12 milhas da costa e 200 milhas.
"Será uma luta longa", reconhece a bióloga Leandra Gonçalves, da Fundação SOS Mata Atlântica, uma das ONGs à frente do processo. Ela lembra o périplo da mata atlântica, o único bioma brasileiro a ter uma lei de proteção. Levou 14 anos para ser aprovada e garantir o que sobrou - 7% da floresta original.
"Estamos como caranguejos com os retrocessos da legislação ambiental", disse o deputado Sarney Filho no seminário "25 anos da Constituição Federal e a Proteção dos Ecossistemas Costeiros e Marinhos", ontem, na Câmara. A Constituição definiu, em 1988, que a zona costeira é patrimônio nacional. É também dessa época o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, que protege a costa e 12 milhas de mar. Mas é uma legislação pouco implementada: só três municípios no país definiram seus planos e apenas oito dos 17 Estados costeiros. "Os ecossistemas marinhos são os menos protegidos do Brasil", disse Macêdo.
São 463 municipios ao longo de 10,8 mil km de costa, onde vivem mais de 50 milhões de brasileiros, disse Ilídia Jurs, consultora legislativa da Câmara. No mar há várias ameaças, da sobrepesca à mudança do clima. Sardinhas, por exemplo, estão em colapso. Nos mares do mundo há 245 mil km2 onde não há mais vida. Anualmente, 1 a 3 milhões de toneladas de petróleo ingressam nos oceanos por fontes terrestres, de alto mar e transporte marítimo. Só de lixo são 6,4 milhões de toneladas.
O advogado André Lima fez uma análise da legislação de vários países. A Austrália busca a melhoria da qualidade do mar por meio de metas. Na Nova Zelândia é forte o respeito às comunidades tradicionais. A União Europeia busca indicadores ambientais. "No Brasil temos um vazio enorme em relação à proteção dos ecossistemas marinhos", disse Lima. O problema não é falta de leis: há a do gerenciamento costeiro, a do saneamento, de resíduos, de clima, todas com impacto no oceano. "Temos dezenas de normas e nenhuma lei específica para o mar."
No mar do Brasil há apenas 1,57% de áreas protegidas. O país, em negociações internacionais, assumiu o compromisso de proteger 10% até 2020. "O mundo inteiro está muito aquém destas metas, mas o Brasil está no fim da linha", avaliou o professor Ronaldo Francini Filho, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A produção pesqueira no Brasil registrou um pico entre os anos 70 e 90 e depois entrou em declínio. "Os estoques de peixes no Brasil não têm condições de absorver um poder maior de captura", prossegue. Ele defende corredores de proteção marítimos e muito estímulo à pesquisa.
Com ele concorda Guilherme Dutra, diretor do programa marinho da CI: "É preciso mudar a lógica de como os estoques de peixe estão sendo explorados." No mundo todo há um esforço agressivo de captura, mas o resultado são estoques em colapso e peixes de tamanho menor. "Se nosso esforço de pesca fosse menor, poderíamos pegar muito mais", defende.
"Muito desse retrocesso na legislação do Código Florestal, da defesa dos interesses privados sobre os difusos se deu também pela ignorância do que estávamos discutindo", disse Roberto Klabin, presidente da SOS Mata Atlântica. "Esse processo visa a suprir esta deficiência", prosseguiu, citando o seminário onde participaram acadêmicos, ONGs, políticos e governo. A SOS e a Conservação Internacional (CI) estão lançando o projeto "Academia do Mar". A intenção é levar parlamentares brasileiros a visitarem bons exemplos de preservação no exterior (na Costa Rica e em Galápagos, no Equador) e unidades no Brasil.
A repórter viajou a convite da Fundação SOS Mata Atlântica

IAI compra participação em brasileira

Virgínia Silveira
de São José dos Campos

A Israel Aerospace Industries (IAI) comprou 40% da brasileira IACIT, que atua nas áreas de controle de tráfego aéreo e marítimo, comunicação, radar meteorológico e tecnologias da informação. O valor do negócio não foi revelado.
As duas empresas acertaram um acordo de cooperação para o desenvolvimento de novas tecnologias. O acordo, segundo o presidente da IAI, Joseph Weiss, será feito através da Elta Systems, subsidiária da companhia.
O executivo disse que a empresa investirá US$ 20 milhões em formação de pessoal, capacitação técnica e produtiva da IACIT. O aporte financeiro virá da empresa Lardosa, outra subsidiária da IAI.
O foco da parceria serão projetos na área de defesa e segurança pública, principalmente o mercado nacional, mas isso não impede a participação no exterior.
Para o presidente da IACIT, Luiz Teixeira, o acordo vai permitir o acesso às tecnologias avançadas desenvolvidas pela israelense, principalmente na área de radares, comunicação e sistemas eletrônicos. "Daremos um grande salto em tecnologia e estaremos mais preparados para competir, tanto no mercado brasileiro quanto internacional", disse.
"A IACIT será o nosso braço tecnológico no Brasil, país que vemos como um de nossos principais mercados no mundo", afirmou Weiss. Considerada a maior indústria aeroespacial e de defesa de Israel, a IAI obteve receita superior a US$ 3,5 bilhões em 2012.
Com 143 funcionários, a IACIT faturou R$ 24 milhões no ano passado e prevê fechar o ano com receita de R$ 30 milhões. A empresa acaba de vencer uma concorrência para a modernização dos radares meteorológicos do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). O contrato é de R$ 7 milhões e tem duração de um ano.


JORNAL A NOTÍCIA (Joinville-SC)

Instalação do ILS no aeroporto de Joinville fica para junho de 2014

Terminal deverá esperar a instalação da estação meteorológica de superfície, prevista para março do próximo ano
Claudio Loetz

A instalação do equipamento ILS-1 no Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville, só vai acontecer em junho de 2014. É o que afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Joinville, Jalmei Duarte. A data significa atraso de um ano em relação ao cronograma desejado por autoridades e lideranças empresariais desde 2012.
As conclusões surgiram depois de reunião realizada nesta quarta-feira entre representantes da Prefeitura, Infraero e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). O funcionamento do ILS pede como pré-requisito a instalação de uma estação meteorológica de superfície (EMS), que ainda não havia sido solicitada em março, quando o equipamento chegou ao terminal joinvilense.
O processo de abertura de um edital internacional para o EMS deveria ter ocorrido paralelamente aos trâmites para receber o ILS. A falta da conclusão deste procedimento resultou no atraso de pelo menos dois meses para a liberação das operações do ILS, contando com fases de instalação e testes.
Desta forma, está mantido o cronograma que prevê, em março de 2014, a implantação e a entrada em operação do equipamento. O passo, agora, é esperar até 3 de maio de 2013, data em que se encerra o prazo para que as empresas interessadas em disputar concorrência entreguem suas propostas.
— A instalação do equipamento é de responsabilidade do Decea e este cronograma não mudou —, reforçou Rones Heidemann, superintendente da Infraero em Joinville.
Enquanto isso, em paralelo, a Prefeitura vai fazer o trabalho de tentar convencer as companhias aéreas que atuam em Joinville (Azul/Trip, Gol e TAM) para que treinem todas as tripulações e operem com a tecnologia RNP-AR, que foi liberada para o Aeroporto de Joinville há uma semana.
Esta tecnologia permite voos e pousos sob controle feito via satélite. No Brasil, só o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, adota este procedimento. Jalmei aproveitou o encontro para entregar o documento “Joinville em Dados” aos participantes para que saibam quais são as características socioeconômicas do município.
CORREIOWEB.COM.BR

Aeronáutica publica os gabaritos para 213 vagas de sargento

Inscritos no concurso do Departamento de Ensino da Aeronáutica já podem conferir o gabarito provisório da prova objetiva realizada no domingo (7/4). A avaliação foi constituída de português, inglês, matemática e física e foi aplicada em Brasília e em mais 12 estados. Segundo estatísticas divulgadas, foram 5.348 inscritos para o cargo de não-aeronavegantes e 7.321 para controle de tráfego aéreo.
São oferecidas 213 oportunidades para ingresso no curso de formação de sargentos. Puderam concorrer candidatos com nível médio de escolaridade e idade entre 17 e 25 anos de idade até 31 de dezembro deste ano.
Do total de vagas, 85 são somente para candidatos homens, não aeronavegantes, para atuação nas áreas de estrutura e pintura, bombeiro, eletromecânica, guarda e segurança, e metalurgia. As 128 vagas restantes são destinadas a concorrentes de ambos os sexos para controle de tráfego aéreo.
O curso de formação tem duração de dois anos e será ministrado em Guaratinguetá/SP, no segundo semestre de 2013. O edital não trouxe informações sobre a remuneração dos aprovados.
Nas próximas etapas haverá inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico, análise e conferência dos critérios exigidos e da documentação prevista para matrícula no curso.
SONOTICIAS.COM.BR (MT)

Sinop: relatório do Cenipa sobre acidente com avião será encaminhado a Anac

Representantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluíram, ontem, o levantamento de informações para apurarem as causas do acidente envolvendo um avião monomotor, na terça-feira (8), no aeroporto Presidente João Batista Figueiredo. O administrador do local, Fernando Avrella, disse, ao Só Notícias, que eles vistoriaram o avião e também conversaram com os tripulantes, além de terem feitos os procedimentos padrões.
O administrador afirmou que o laudo conclusivo sobre as causas vai ser encaminhado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além do proprietário do monomotor. Não foi estimado quanto tempo este procedimento deve demorar. Mecânicos devem atuar no conserto dele, que havia partido de Manaus (AM) com destino a Campo Grande (MS). Em Sinop seria feito uma pausa para depois seguir viagem. Na aterrisagem, o trem de pouso dianteiro se desprendeu da fuselagem e acabou "tombando" na lateral da pista.
Conforme Só Notícias já informou, o acidente ocorreu a cerca de 700 metros do terminal de embarque e desembarque de passageiros. Um viatura de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros fez os procedimentos necessários e não foi preciso usar água ou produto químico. O aeroporto ficou fechado por mais de duas horas para retirada do monomotor. O piloto não se feriu.

CIDADEVERDE.COM (PI)

Começam em Parnaíba missões de instrução de voo da Força Aérea Brasileira

Leninha Aragão e Rayldo Pereira (Expresso 224)
ImagemO 1° Esquadrão do 5° Grupo de Aviação, sediado na Base Aérea de Fortaleza, estará realizando a partir de terça-feira (9), missões de instrução dos seus novos pilotos no Aeroporto Internacional Prefeito Dr. João Silva Filho, em Parnaíba.
Para recebê-los a Prefeitura Municipal realizou serviços de limpeza entorno do aeroporto e está oferecendo apoio logístico à equipe dentro da cidade. 
Foi realizada nesta quarta-feira uma recepção no Aeroporto com a presença do Comandante do Esquadrão Tenente Coronel Aviador David.
PROPARNAIBA.COM (PI)

Esquadrão Rumba da FAB treina pilotos em Parnaíba

Tacyane Machado
ImagemNa manhã desta quarta-feira (10/04), foi realizado no Aeroporto Internacional Prefeito Dr. João Silva Filho, em Parnaíba, coletiva com a imprensa local para que o comandante do “Esquadrão Rumba”, Tenente-Coronel Aviador Cláudio José Lopez David falasse sobre a missão e objetivos da presença dos pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) no município.
Foram esplanadas informações acerca da Unidade Aérea, características do C-95BM, cenário da instrução executado pelos estagiários e atividades específicas do exercício no município de Parnaíba.
A equipe do Esquadrão Rumba em Parnaíba está em torno de 35 pessoas, que tendem ao revezamento por conta das fases básicas do curso.
De acordo com as informações prestadas, o piloto uma vez formado pela Academia da Força Aérea (AFA), é designado para uma das funções da Força Aérea Brasileira, que são em torno de cinco, entre elas, aviação de caças, de asas rotativas que são os helicópteros e as três aviações que cabem no esquadrão: transporte, reconhecimento e patrulha.
De acordo com o tenente-coronel, no esquadrão localizado em Fortaleza - CE, os pilotos são formados operacionalmente. “Eles são introduzidos naImagem operacionalidade de transporte, reconhecimento e patrulha”.
Entre as características dos dois aviões que estão em Parnaíba, podem ser ressaltadas, que trata-se de um modelo Monoplano, Turbo-hélice, Bimotor, Asa Baixa e Modernizada – Glass Cockpit.
“O que há de mais moderno em termos de equipamento e interação do piloto estão disponibilizados neste modelo usados em Parnaíba. No processo de modernização das aeronaves que já foi finalizado, os painéis foram todos digitalizados”.
Com relação ao cenário de instrução aérea, foi ressaltado que na sede localizada em Fortaleza, o estagiário ele é inserido em um contexto maior que é supervisionado pela 1ª Força Aérea que faz parte de uma série de outras forças aéreas, já que há a 1ª, a 2ª, 3ª e a 5ª Força Aérea. “Cada força aérea dessas é responsável por um nicho de operacionalidade”.
Quando o estagiário ele é inserido no curso de especialização, ele tem junto com o curso de especialização operacional, dois outros módulos que ele vai executando paralelamente, que é o estágio funcional e o curso de tática aérea, realizado na base aérea de Natal – RN.
ImagemO curso de Especialização Operacional é realizado em seis fases básicas que são:
- Adaptação diurna;
- Adaptação noturna;
- Instrumento básico;
- Instrumento avançado;
- Formatura básica e Navegação em Rota.
Quanto ao exercício no município de Parnaíba, o Esquadrão Rumba tem como missão realizar instrução de tráfego, diurna e noturna, da fase de adaptação da aeronave C-95BM.
Devido ao grande fluxo de tráfego aéreo no aeródromo de Fortaleza, valendo-se da boa infraestrutura aeroportuária e do baixo volume de tráfego aéreo no aeródromo de Parnaíba, o exercício visa a otimização das missões da fase básica, onde permite o ganho de tempo e economia de recursos públicos.
A partir da próxima semana, o esquadrão estará dispondo de mais uma aeronave para as instruções do curso de especialização operacional.
O tenente-coronel Aviador Cláudio José Lopez David alertou para alguns perigos que podem causar ao trabalho e estudo dos pilotos, como o uso de pipas, balões e lasers.
Um dos presentes na coletiva, representando a prefeitura de Parnaíba, trata-se do Superintendente de Articulação com as Forças de Segurança, Fábio Silva Araújo, que disse que o executivo municipal promoveu a limpeza do entorno do aeroporto com o intuito de viabilizar a instrução, além da logística no que necessário a todos os participantes do curso.

PARNAIBA.PI.GOV.BR (PI)

Começa em Parnaíba missões de instrução de voo da FAB

Superintendência de Comunicação
O 1° Esquadrão do 5° Grupo de Aviação, sediado na Base Aérea de Fortaleza, estará realizando a partir de terça-feira (9), missões de instrução dos seus novos pilotos no Aeroporto Internacional Prefeito Dr. João Silva Filho, em Parnaíba. 
Para recebê-los a Prefeitura Municipal realizou serviços de limpeza entorno do aeroporto e está oferecendo apoio logístico à equipe dentro da cidade.
A equipe da Força Aérea Brasileira é composta por aproximadamente 70 militares que farão um revezamento até o dia 24 deste mês. Dentre eles, destacam-se pilotos,Imagem mecânicos de voo e uma equipe de apoio de solo. A aeronave utilizada é o C-95M Bandeirante modernizado, fabricado pela Embraer. O Esquadrão Rumba (1°/5° GAV) é sediado na Base Aérea de Fortaleza e tem por missão realizar a Especialização Operacional dos Estagiários (Aspirantes a Oficial Aviador, recém formados na Academia da Força Aérea) nas aviações de Transporte, Patrulha e Reconhecimento.
O curso teórico e prático tem duração de aproximadamente 10 meses. No final do curso esses pilotos são distribuídos para as Unidades Operacionais da Força Aérea em todo o país. A cidade de Parnaíba foi selecionada pelo segundo ano consecutivo devido a proximidade com Fortaleza, pela boa estrutura aeroportuária e pela baixa intensidade do tráfego aéreo, o que permite um melhor aproveitamento das missões.

OVALE.COM.BR (São José dos Campos - SP)

Dilma lança novo pacote de estímulo ao setor aeroespacial

Governo quer criar empresa de economia mista para facilitar processos de exportação; medidas incluem desenvolvimento de sistemas espaciais completos, com incentivo a projetos em andamento no DCTA
Chico Pereira
ImagemO governo federal apresentou ontem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento da Indústria um pacote de medidas de incentivos que inclui o setor de defesa, aeronáutica e espacial. Uma das propostas da presidente Dilma Rousseff (PT) é a criação de uma empresa com participação privada, mas com controle do Ministério da Defesa para funcionar como trading. O objetivo seria é facilitar as exportações do setor.A intenção é dinamizar o segmento e fortalecer a sua cadeia produtiva.
A Região Metropolitana do Vale do Paraíba concentra importantes companhias do setor, como Embraer, Avibras e Mectron, além de um Cluster Aeroespacial que reúne mais de 50 empresas.
Medidas
Denominado de Agendas Estratégicas Setoriais, o pacote integra o programa Brasil Maior. Entre as medidas previstas estão implantação de programa de financiamento para empresas estratégicas de defesa, criação de programa de apoio ao desenvolvimento tecnológico da indústria espacial, alinhar as compras de defesa com a estratégia nacional de defesa, implantação de política de exportação de produtos de defesa, entre outras.
No campo espacial, o pacote visa estimular o desenvolvimento de sistemas espaciais completos, que incluí veículos lançadores de satélites, desenvolvimento de propelentes (combustível) de satélites e sistemas associados, como eletrônicos de bordo do equipamento. Parte das propostas estão vinculadas aos programas e projetos do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), como a certificação de empresa nacional para a produção do foguete de sondagem VSB-30, desenvolvido na instituição.
As medidas devem ser implementadas entre 2013 e 2014, segundo documento divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento.
Reação.
Para o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em São José dos Campos, Almir Fernandes, o governo precisa mesmo incentivar e proteger a sua indústria de defesa. "Todos os países fazem isso. Veja o caso dos Super Tucanos que a Embraer vai vender para os Estados Unidos. Uma das exigências é que a aeronave seja montada lá", disse.
Para o diretor do Ciesp, além de incentivos, o governo deve investir em pesquisa e formação de mão de obra qualificada para o setor. "Isso é fundamental para o setor, que é estratégico para o país", pontuou.
Especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora(MG), Expedito Bastos também considera fundamental a criação de mecanismos para fortalecer a indústria nacional de defesa."É um setor que depende de compras governamentais. Então, o governo tem que adotar medidas para fortalecer o segmento", afirmou.

SAIBA MAIS
Pacote
Governo federal lança pacote para incentivar setor industrial, que inclui a área de defesa, aeronáutica e espacial
Ações
Medidas contemplam uma série de ações que devem ser implementadas entre 2013 e 2014
Empresa
Uma das propostas é a criação de uma empresa com participação privada, controlada pelo Ministério da Defesa, para funcionar como trading
Incentivo
A intenção é fortalecer a indústria de defesa, aeronáutica e espacial e também a sua cadeia produtiva
Satélite
Uma das propostas inclui a certificação de empresa nacional para produção do foguete de sondagem VSB-30, desenvolvido pelo DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), de São José dos Campos

DIARIODARUSSIA.COM.BR (RJ)

Estatal aeroespacial russa busca cooperação com o Brasil

Associação de Pesquisa e Produção Lavochkin apresentou seus projetos na LAAD-2013
De 9 e 12 abril a cidade do Rio de Janeiro sedia a Feira Internacional de Defesa e Segurança Corporativa – LAAD 2013 –, a maior exposição da América Latina de avanços da indústria bélica e da estratégia militar, realizada com apoio institucional dos Ministérios da Defesa e da Justiça do Brasil, a cada dois anos, desde 1997.
Durante o evento, a Voz da Rússia conversou com Kharun Karchaev, vice-diretor da empresa estatal aeroespacial russa Associação de Pesquisa e Produção Lavochkin, que em seu stand no pavilhão russo apresentou uma grande quantidade de maquetes e material informativo sobre a sua história e os planos e perspectivas de seus futuros projetos. Vamos conferir!
Voz da Rússia – Senhor Kharun Karchaev, poderia explicar um pouco a história e as principais áreas de atuação da Associação de Pesquisa e Produção Lavochkin?
Kharun Karchaev – A empresa foi fundada inicialmente como uma organização que desenvolvia e produzia tecnologias aeroespaciais na União Soviética, e em 2013 completa 76 anos de atividades nessa e em outras áreas. É possível que vocês já tenham ouvido falar daqueles aviões que foram produzidos pelo Escritório de Pesquisa e Construção Lavochkin. Voltando um pouco à história, é preciso destacar que 30% dos aviões russos que participaram da Segunda Guerra Mundial foram desenvolvidos pelo Escritório de Pesquisa e Construção Lavochkin. Já nos anos 1940 e 1950 a base da aviação de caça soviética era formada por aviões produzidos por esta empresa. A barreira do som foi rompida pela primeira vez na União Soviética por um caça La-176, produzido justamente pelo Escritório de Lavochkin. Em seguida, a nossa empresa começou a desenvolver projetos de criação de tecnologias de foguetes. Os foguetes R-25, criados por nós, serviram às Forças Armadas soviéticas no âmbito da defesa antiaérea por mais de 30 anos. Na Associação de Pesquisa e Produção Lavochkin foi desenvolvido e produzido, em 1954, um míssil de cruzeiro intercontinental balístico que atingiu Mach 3,5 a uma altura de 25 mil quilômetros, um feito sem precedentes no mundo.
VR – E quando foi que a empresa se voltou para a área de exploração do espaço, para a criação de aparelhos espaciais?
KK – A nossa área de atuação se voltou para tecnologias e equipamentos espaciais automáticos não tripulados em 1965. Um ano após a nossa estreia no setor espacial, em 1966, nós lançamos com sucesso ao espaço seis aparelhos destinados exclusivamente ao estudo da Lua, que são os Luna-9, 10, 11, 12, 13 e 14. Já no nosso primeiro lançamento, do Luna-9, em 1966, nós realizamos pela primeira vez na história um pouso suave na superfície da Lua, e completamos ali, com sucesso, todos os objetivos colocados a nós pela Academia de Ciências da União Soviética. Naquele mesmo ano, com o Luna-10, nós atingimos a órbita do satélite da Terra e novamente completamos todos os objetivos a nós impostos. E assim por diante, com novos objetivos e devidas modernizações, fomos realizando com sucesso as demais missões Luna.
VR – E quais foram os projetos que se seguiram a essa primeira fase de exploração lunar?
KK – O nosso stand apresenta uma série de maquetes de aparelhos automáticos não tripulados, produzidos por nós e utilizados na exploração do espaço sideral. O primeiro aparelho desse gênero lançado por nós, nos tempo da União Soviética, em 1983, foi o Astron. No lugar dos três anos inicialmente programados, ele funcionou num total de seis anos, e descobriu e fez fotografias maravilhosas para a Academia de Ciências da União Soviética de mais de 200 objetos cósmicos. O Astron desvendou cerca de 70 objetos até então desconhecidos à nossa ciência. Foi um projeto interessantíssimo! O nosso próximo aparelho foi o Granat. Lançado em 1989, ele funcionou por nove anos, ao invés de cinco. Tais eram a força e o potencial dos nossos projetistas – e eu gostaria de destacar isso antes de tudo. Este aparelho revelou mais de sete dos chamados candidatos a buracos negros, que já eram levados em conta nos catálogos da comunidade internacional da exploração do espaço. Em meados de 2011, com o lançamento do aparelho RadioAstron, nós retornamos ao chamado clube dos detentores do estudo espacial com o uso de aparelhos de nova geração. O RadioAstron não possui análogos mundo afora. O diâmetro do seu espelho tem 10 metros, enquanto o diâmetro do seu espelho espacial, o chamado interferômetro, é de 354 mil quilômetros. Isso o torna único em seu gênero no mundo e nos possibilita alcançar novos níveis de exploração do espaço.
VR – Um dos cartões postais da Associação de Pesquisa e Produção Lavochkin é o seu foguete de estágio Fregat. Poderia contar um pouco sobre esse projeto?
KK – Até 1990, nós usávamos o foguete de estágio L, que, após o fim da fase de propulsão pelo principal foguete transportador, era responsável por elevar os nossos aparelhos espaciais para as suas respectivas órbitas programadas. Mas, com o passar dos anos, a necessidade de atingir cada vez novas órbitas e maiores potências de propulsão fez com que a nossa empresa desenvolvesse e produzisse pela primeira vez em 1990 o foguete de estágio Fregat. Hoje, nós usamos os foguetes de estágio Fregat-SB para lançar nossos aparelhos espaciais automáticos não tripulados de três cosmódromos. São eles: Plesetsk, Baikonur e o Centro Espacial de Kourou, que é o centro de lançamentos da Agência Espacial Europeia, na Guiana Francesa. Até hoje nós já elevamos para órbitas programadas com a ajuda do Fregat-SB mais de 76 aparelhos espaciais, sem quaisquer falhas ou imprevistos. Portanto, esse foguete é certamente o orgulho da nossa empresa.
VR – O senhor poderia nos contar um pouco sobre os futuros projetos da Associação de Pesquisa e Produção Lavochkin?
KK – Primeiramente, vale destacar que estamos envolvidos no projeto de cooperação internacional Luna-Glob-1, que em 2015 deverá pousar no hemisfério sul da superfície da Lua. Aliás, eu gostaria de destacar que ultimamente todas as potências mundiais de liderança não trabalham separadamente, mas em cooperação internacional, já que a atividade espacial demanda sérios investimentos financeiros, e raramente os países conseguem aguentar o peso de realizar tais projetos de forma isolada. A atividade científica, assim como a música, tem um caráter internacional, e nós partilhamos as nossas realizações e avanços. A ciência não pode ter fronteiras. Pelo menos na nossa área de atuação, quaisquer fronteiras representam um freio ao desenvolvimento da exploração do espaço. Isso é um fato. Mas, voltando aos nossos futuros projetos, o nosso próximo aparelho está programado para ser lançado em 2014, igualmente no âmbito de um programa internacional. Em estrutura projetada e produzida pela Associação de Pesquisa e Produção Lavochkin, nós combinamos dois telescópios, um produzido pela Alemanha e outro por nós. Esse aparelho deverá completar os objetivos impostos a nós por acadêmicos da área de estudo em radiação gama do espaço sideral. Estamos desenvolvendo também um projeto único em espectroscopia ultravioleta, que deverá ser lançado ao espaço em 2016. Este aparelho é original pelo fato de que pela primeira vez estamos produzindo o espelho principal do seu telescópio espacial em tamanho de 1,7 metro. Por ora estamos realizando testes em terra, e vamos estudar o universo e os objetivos impostos a nós pela Academia de Ciências da Rússia no espectro ultravioleta. Além disso, nós também temos experiência de trabalho e estamos investindo em aparelhos espaciais de pequeno porte para o estudo da superfície da Terra, com vários desses aparelhos lançados no ano passado e atualmente em funcionamento. E é nessa área, aliás, que nós podemos encontrar pontos de convergência com os acadêmicos do Brasil.
VR – O senhor poderia falar sobre essa questão de cooperação com o Brasil? A Associação de Pesquisa e Produção Lavochkin já tem algum acordo nesse sentido?
KK – Essa questão, de interação com os especialistas da Agência Espacial Brasileira na área de criação conjunta de aparelhos espaciais, está sendo discutida justamente em conferências no âmbito da LAAD-2013. Isso porque a nossa empresa atua em muitas áreas. Como, por exemplo, na área de lançamento de grandes aparelhos espaciais com o uso do nosso foguete de estágio Fregat e o uso do nosso módulo de serviço por esses aparelhos. Infelizmente, até agora a nossa empresa não tem cooperação com especialistas brasileiros. Mas nós viemos especialmente ao Brasil com a esperança de encontrar pontos em comum, de discutir questões que forem do interesse dos nossos colegas brasileiros. E eu tenho a certeza de que nós podemos encontrar saída para alguns resultados concretos. Para que no futuro nós possamos desenvolver, produzir, lançar e controlar aparelhos espaciais em conjunto.

CIBERSUR.COM (Espanha, UE)

España y Brasil avanzan en el desarrollo conjunto de tecnología aeroespacial

España y Brasil están avanzando en el desarrollo conjunto de capacidades satelitales y de observación de la tierra, un proyecto que el secretario de Estado de Defensa, Pedro Argüelles, ha tratado de impulsar durante una visita a Rio de Janeiro, para participar en la feria LAAD de Defensa y Seguridad, en la que está apoyando a la industria nacional en sus expectativas de ampliar mercados en el exterior.
En declaraciones, el secretario de Estado de Defensa ha explicado que se han definido ya "tres escenarios de actuación a corto, medio y largo plazo" en la cooperación de España y Brasil en el tema de satélites, basándose en la capacidad disponible del satélite Spainsat y el próximo lanzamiento de los satélites españoles Paz e Ingenio.
En Rio de Janeiro, Argüelles se ha reunido con su homólogo brasileño y con representantes de la Armada y el Ejército del Aire de este país, con el objetivo de ahondar en lo ya avanzado en los recientes encuentros entre los ministros de Defensa de los dos países, en marzo de este año, y del presidente del Gobierno, Mariano Rajoy, y la presidenta brasileña, Dilma Rousssef, en noviembre del año pasado.
Según ha explicado, las oportunidades que ofrece Brasil, y el resto de países de América Latina, "no se limitan a un área concreta", ya que la industria española "es muy polivalente y con muchos nichos de tecnología que la hacen capaz de complementar las necesidades de una industria incipiente y responder a las necesidades concretas de cada país".
Así, ha destacado que en Brasil "existen casos de éxito", como la adquisición de aviones C295 de EADS, la modernización de aviones brasileños P3 Orion o la transferencia de tecnología a Brasil del simulador de fuego de artillería de Tecnobit.
OPORTUNIDADES PARA EL FUTURO
De cara al futuro, ha destacado las oportunidades que ofrece a Navantia el programa el Programa de Obtención de Medios de Superficie (Prosuper) de la Armada brasileña, que contempla la construcción de cinco fragatas, cinco patrulleros y un buque de apoyo logístico.
Según ha explicado Argüelles, en las reuniones que ha mantenido se ha tratado de "esclarecer algunas de las reticencias que existían en la parte brasileña sobre la transferencia de tecnología de las fragatas de Navantia". "Estamos cada vez más convencidos de que no es un factor que pese en contra de la oferta de Navantia", ha afirmado.
Argüelles ha destacado que América Latina es "un mercado de enormes oportunidades para la inversión, por su tamaño y su potencial de crecimiento, así como por nuestra cultura y lengua común". La mayoría de sus países, ha dicho, se encuentran "en condiciones de crear una base industrial más amplia y capaz y dar el salto tecnológico".
Por ello, ha recalcado, "se dan grandes oportunidades para la industria española que quiere convertirse en socio tecnológico de referencia y participar en los procesos de modernización de las Fuerzas Armadas de países como Brasil, Perú, Chile o Colombia".
En Rio de Janeiro, el secretario de Estado de Defensa también se ha reunido con la ministra de Defensa de Sudáfrica, la viceministra de Defensa de Colombia y el ministro de Defensa turco.

SHEPHARDMEDIA.COM (UK)

LAAD 2013: New S-70i helicopters for Colombian Army

The Special Forces of the Colombian Army’s Air Assault Division took delivery of five S-70i helicopters in January, and the two new aircraft will join the fleet by October 2013.
Like the five previous multi-mission aircraft, the two new aircraft will feature dual GPS/INS system and digital map for accurate navigation and enhanced situational awareness. The aircraft will be custom-equipped with a rescue hoist and an Integrated Vehicle Health Management System that will monitor the aircrafts’ engines, transmission and rotors.
Jennifer Caruso, vice president of Army and Air Force Programs, Sikorsky, said: ‘We thank the Colombian Armed Forces for their continued confidence in Sikorsky and the S-70i variant of the Black Hawk helicopter. We are pleased once again to be able to respond quickly to the request for new aircraft.’
The Colombian National Police, Colombian Air Force, and Colombian Army already operate 96 UH-60L Black Hawk helicopters.
Sikorsky also announced at LAAD the opening of a new UH-60 Black Hawk helicopter Flight Simulator Training Centre at the Colombian Air Force Base in Melgar. The first of its kind in South America, the centre will provide pilot and flight crew training for the Colombian Armed Services and Sikorsky military customers throughout the region.
Additionally, the company will open a Forward Stocking Location in Brazil for the warehousing of spare parts in support of Brazil’s S-76 and S-92 commercial helicopter operators. The warehouse will be managed by the Sikorsky’s Brazilian representative, Powerpack.
Also at the show, Sikorsky announced that it will team with the Brazilian Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) to establish a Rotorcraft Innovation Team in Brazil. The two companies signed a letter of interest that will see them collaborate on developing rotorcraft technologists in Brazil.









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