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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 13/04/2013





Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Força Militar: Projeto FX-2 pode sair do papel

Bruno Dutra

Sete anos após seu início, o Projeto FX-2 pode, ainda este ano, sair do papel. O assunto em torno da compra dos 36 novos caças que vão modernizar e dar novo fôlego à Força Aérea Brasileira (FAB) ganhou visibilidade esta semana, durante a Feira Internacional de Defesa e Segurança (LAAD), que aconteceu no Riocentro, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.

O assunto foi pauta durante a mostra que colocou lado a lado as três concorrentes: França, Estados Unidos e Suécia. As especulações sobre a compra dos aviões teve início quando a Boeing, fabricante dos caças F-18, Super Hornet, anunciou a instalação de um laboratório no Parque Tecnológico de São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Apesar das especulações sobre uma possível preferência do governo pelos caças americanos, dentro dos quartéis, os Rafale F3 franceses são os preferidos.

Na FAB, oficiais afirmam que nem a vinda da Boeing para o Brasil, nem a venda dos Super Tucanos para os EUA, devem mudar a situação de preferência pelo Rafale que, além da qualidade dos aviões, pontuaria o início da cooperação entre França e Brasil para a transferência de tecnologia.

RAFALE SAI NA FRENTE

A transferência de tecnologia tem proposta de cinco projetos em cooperação com 38 empresas, que geraria impulso significativo para a indústria brasileira aeroespacial e de defesa, com benefícios a longo prazo. Uma fonte da Coluna, ligada à Força Aérea Brasileira, comenta que os franceses já consideram a parceria fechada e estariam apenas aguardando a assinatura do acordo.

FAB EVITA ESPECULAR

Em comentário publicado na revista Notaer, da FAB, Juniti Saito, tenente-brigadeiro e comandante da Aeronáutica, disse que o Projeto F-X2 está em fase de decisão que envolve aspectos que vão além da própria Força Aérea. Ele ressalta que o governo federal faz uma análise bastante meticulosa sobre o assunto e acrescenta que tem certeza de que o caça escolhido será o melhor para o país.

GOVERNO FAZ MISTÉRIO

O governo federal parece não se importar com as especulações e mantém a lei do silêncio em relação ao tema. Questionado sobre o Projeto FX-2 na solenidade de abertura da LAAD, o ministro da defesa, Celso Amorim, disse que a decisão não passa pelo ministério e está nas mãos da presidenta Dilma. Além disso,afirmou que confia numa breve definição sobre o assunto.


Embraer amplia carteira de negócios

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A Embraer, de São José dos Campos, aumentou em US$ 800 milhões a sua carteira de pedidos firmes no primeiro trimestre deste ano. Em 31 de março, o backlog da empresa somou US$ 13,3 bilhões ante US$ 12,5 bilhões em dezembro do ano passado. A informaçã o foi divulgada pela empresa no balanço de entrega de aeronaves no primeiro trimestre. Foram incorporadas na carteira a venda de 47 jatos Embraer 175 à Republic Airways, dos Estados Unidos. A companhia tem opção para a aquisição de mais 47 E175, em contrato que pode chegar a cerca de US$ 4 bilhões.
Também foi adicionado ao backlog da companhia a venda de 20 Super Tucanos para a Força Aérea dos EUA. A empresa informa que entregou no primeiro trimestre 29 jatos, sendo 17 para o mercado da aviação comercial e outros 12 para o de aviação executiva. A carteira de pedidos firmes da companhia soma 211 aeronaves para a aviação comercial, a maioria, 97, do E190. Analistas do mercado financeiro consideram que as entregas efetivadas pela companhia estão dentro da previsão, pois o primeiro trimestre é considerado fraco.
Positivo O mês abril começou positivo para a empresa. Ela anunciou a venda de nove Super Tucanos: seis para a Guatemala e três para o Senegal e dois contratos com a FAB (Força Aérea Brasileira) para prestar apoio e manutenção à frota de Super Tucanos. A companhia anunciou também a venda de dois jatos 190 para a Austral Linhas Aéreas, da Argentina. Os analistas do mercado financeiro mantiveram a recomendação de compra das ações da companhia na Bolsa de Valores. No final de abril, a empresa deve divulgar os resultados financeiro do primeiro trimestre do ano.
Carteira Embraer aumenta em US$ 800 milhões a sua carteira de pedidos firmes
Pedidos A carteira somou no dia 31 de março US$ 13,3 bilhões
Encomendas A carteira tem 211 encomendas firmes de jatos para a aviação comercial
Entregas No primeiro trimestre, a companhia entregou 29 jatos
Comercial Para a aviação comercial foram entregues 17 jatos
Executiva Para a executiva, 12 jatos

Carlinhos cria folha salarial paralela para secretário ‘vip’

Tania Campelo

O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), instituiu uma ‘folha salarial paralela’ para garantir remunerações diferenciadas a secretários e diretores cedidos por outros órgãos públicos ao seu governo.

A medida, amparada por uma lei municipal editada pelo petista em janeiro, tem o objetivo de facilitar a liberação de profissionais que atuam como funcionários de carreira em outras esferas e possuem altos salários.

O sistema criado por Carlinhos permite que os servidores ‘emprestados’ continuem recebendo as antigas remunerações pelos órgãos de origem e a prefeitura faça o reembolso integral a essas instituições.

Um dos integrantes da ‘folha paralela’ é o secretário de Planejamento Urbano Emmanuel Antonio dos Santos, que continua recebendo o salário de R$ 16.005,91 de professor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) --quase R$ 6.000 a mais que a remuneração dos demais secretários, hoje fixada em R$ 10.182,52 por mês.

Caso semelhante é o da diretora-presidente da Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza), Evânia Sabará Teixeira, que manteve o salário de servidora de carreira do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo), de R$ 10.561,18.

A prefeitura não informou ontem o total de assessores que se enquadram nessa situação polêmica.

A lei que instituiu a folha paralela na prefeitura foi aprovada pela Câmara em sessão do dia 23 de janeiro, com o apoio até da bancada do PSDB, principal partido de oposição ao governo.

Ontem, vereadores consultados pela reportagem defenderam a remuneração diferenciada para os secretários e diretores cedidos.

“Acho a medida válida e prudente, por garantir um bom trabalho. Lembro que não houve nenhuma restrição para a votação. Quando a prefeitura tenta trazer algum servidor de outro lugar, você tem que dar uma garantia financeira a ele”, disse Fernando Petiti (PSDB).

“É uma maneira de puxar talentos para a administração”, emendou o vereador Walter Hayashi (PSB), aliado do governo Carlinhos.

A medida, porém, foi considerada ilegal por especialistas em administração pública consultados por O VALE.

“Convidar um funcionário da esfera federal para desenvolver um cargo municipal está plenamente de acordo com a lei já existente. Ele tem a opção de continuar recebendo o salário do local de origem, principalmente se este for maior do que o oferecido”, disse advogado Alberto Rollo.

“O que não pode acontecer é o funcionário receber os dois salários ou haver qualquer tipo de reembolso por parte do cessionário”, explicou.

Protestos

A criação da folha salarial paralela também foi criticada pelo Sindicato dos Servidores Municipais.

“É um absurdo o governo cortar gastos em todos os lugares, recusar aumento aos servidores e fazer isso. É incoerente”, disse o diretor Donizetti Aparecido de Sousa, o Zetão.

Prefeitura não comenta o caso

A Secretaria de Governo de São José dos Campos foi procurada pelo O VALE na tarde de ontem para comentar a reportagem sobre a ‘manobra’ do Paço que garante a presença de parte do secretariado no governo petista.

A reportagem enviou um e-mail à equipe de assessores da pasta e solicitou informações sobre o número de secretários, secretários adjuntos e diretores que contribuem para o aumento da folha de pagamento.

A solicitação incluia além do número de comissionados, em que pasta atuam, o custo mensal da diferença do pagamento dos salários, quais impactos poderiam causar aos cofres públicos, entre outras informações.

Polêmica

O aumento de 103,9% no salário do vice-prefeito, Itamar Coppio, gerou polêmica. De R$ 6.658 passou a ganhar R$ 13.576.

“O salário que estava estabelecido era igual de chefe de divisão. O próprio princípio da hierarquia estava deturpado. São às vezes medidas que geram desgaste, mas alguém tem precisa ter a coragem de tomar”, disse o prefeito Carlinhos Almeida, durante balanço dos 100 dias de governo.


Deputados visitam reserva Raposa Serra do Sol

Ambientalistas defendem a reserva indígena, mas agropecuaristas reclamam que a demarcação prejudica a economia de Roraima

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia visitam Roraima neste domingo (14) para conhecer a realidade de agricultores e índios da região. Na segunda-feira (15) de manhã, os parlamentares sobrevoam a reserva indígena Raposa Serra do Sol. Era uma área altamente produtiva [a área destinada à reserva indígena]. Queremos ver como ficou agora, se está produzindo, se atingiu o objetivo ou se simplesmente retirou a área de produtores e também não resolveu o problema de índio nenhum”, explicou o presidente da comissão, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).

Histórico

A área da reserva Raposa Serra do Sol é disputada por índios e produtores de arroz. Em 2008, o então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva homologou a demarcação contínua da reserva.
O governo de Roraima defende a demarcação em áreas descontínuas (ilhas), mas, em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a demarcação contínua. A medida, porém, ainda depende da publicação do acórdão.

Ontem, parlamentares das comissões de Integração Nacional; da Agricultura e da Frente da Agropecuária pediram ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que intervenha junto ao STF. “Vou falar com o presidente [do STF, Joaquim Barbosa] para apressar a publicação”, prometeu Gurgel. O processo está sem ministro relator desde que o ex-presidente Cezar Peluso se aposentou da corte, em agosto de 2012.

Outras reservas

Depois que o acórdão for publicado, a Portaria 303/12 da Advocacia-Geral da União (AGU) poderá entrar em vigor. A norma, suspensa pela própria AGU até a decisão final do STF, estende para todos os processos de demarcação de terras indígenas as 19 condicionantes adotadas no reconhecimento da Raposa Serra do Sol.

A portaria autoriza ainda o governo a construir rodovias, hidrelétricas, linhas de transmissão de energia e instalações militares dentro das aldeias sem autorização das comunidades indígenas. O texto também veta a ampliação de terras demarcadas.

Competência para demarcar

Na semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, prometeu apresentar aos deputados, em um mês, um decreto para transferir a palavra final sobre demarcação ao ministério e não mais à Funai. Atualmente, a demarcação depende de laudo antropológico feito por técnicos da Funai e da manifestação dos envolvidos - estados, municípios, produtores e índios –, mas a palavra final está a cargo do Executivo.

Na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição 215/00, transfere do Executivo para o Congresso Nacional a atribuição de demarcar terras indígenas. Lideranças indígenas são contra essa proposta. Segundo eles, a PEC pode impedir a demarcação de cerca de 700 territórios indígenas, incluindo processos já em andamento.

Comitiva

O grupo que visitará a reserva indígena em Roraima é integrado pelos seguintes deputados:
- Jerônimo Goergen
- Marcelo Castro (PMDB-PI)
- Marcio Junqueira (DEM-RR)
- Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR) e
- Raul Lima (PSD-RR).

Presidenta Dilma anuncia mais de R$ 2 bilhões em obras no Rio Grande do Sul

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (12) que o Brasil precisa ter infraestrutura forte para ser competitivo e anunciou R$ 2,46 bilhões em obras viárias na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Durante uma cerimônia foram entregues retroescavadeiras, motoniveladoras e ônibus escolares a prefeitos do Rio Grande do Sul.
“Nosso país precisa ser competitivo e só seremos competitivos se tivermos uma infraestrutura forte, que é algo fundamental não só para os negócios, mas para as pessoas. Rodovias, ferrovias, portos e aeroportos são essenciais para nosso país. Sem eles o Brasil não compete internacionalmente como deve, nem aproveita todas as suas oportunidades”, disse a presidenta.
Foram três as obras anunciadas para melhorar o tráfego e o escoamento de produtos. Uma delas é o trecho de 32 quilômetros da BR-448, entre Estância Velha e Sapucaia do Sul, com um custo de R$ 530 milhões. A estrada vai ampliar o acesso à região metropolitana de Porto Alegre e à região de Caxias.
Outra obra é a que liga a capital a Novo Hamburgo pela BR-116. Com custo estimado de R$ 330 milhões, a obra inclui passagens de nível, alargamento de viadutos e construção de marginais. A terceira é a ligação entre Santa Maria e Santo Ângelo pela BR-392, com 235 quilômetros, a um custo de R$ 1,6 bilhão.


Nas entrelinhas

A partir de histórias de bastidores e do número de desistências de servidores qualificados das Forças Armadas, uma pergunta se impõe: qual é de fato a estratégia do governo Dilma para a área militar? Enquanto tal resposta não vem, a Defesa perde, cada vez mais, gente preparada

Leonardo Cavalcanti

A grita dos oficiais

Um pacto de silêncio foi quebrado. Integrantes da elite das Forças Armadas decidiram falar pela primeira vez sobre a fuga de talentos para a iniciativa privada e para outras áreas do serviço público. Internamente, a preocupação com o tema levou o Exército a preparar estudos para explicar o óbvio: o percentual das desistências, iniciadas há pelo menos sete anos, sempre esteve ligado aos baixos salários. Com as ofertas cada vez mais tentadoras vindas de fora dos quartéis, apenas no ano passado, 245 oficiais abandonaram o posto — um número quase constante e iniciado em 2006, segundo levantamento apresentado na reportagem publicada por este Correio no último domingo.
A partir de relatos de coronéis e capitães, dados de forma anônima, e histórias de quem largou a farda, foi possível montar um quadro atualizado da situação das Forças Armadas no país. Nos primeiros três meses deste ano, 54 oficiais já deixaram a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. A reportagem, assinada por Karla Correia, apresenta comparações de salários. Numa delas, pilotos de caça com a patente de coronel se aposentam com rendimentos líquidos de R$ 9,3 mil, incluídos soldo e adicionais. Pilotos de helicópteros, a depender do tipo de serviço, podem receber R$ 25 mil mensais. O debate aqui está no tanto que o Estado investiu na capacitação dos militares nas escolas de formação.
Cálculos conservadores apontam que a União gasta R$ 1,2 milhão para formar um oficial em uma das cinco instituições de ensino militar: as academias Militar das Agulhas Negras e a da Força Aérea, a Escola Naval e os institutos Militar de Engenharia (IME) e Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Assim, concordamos em pagar pelo ensino de uma elite militar que abandona o barco. A culpa, porém, parece não ser dos militares. “Deixei o coração no Exército, mas a pátria não começa no quartel, ela começa na família. E quando a família sofre, não tem vocação militar que aguente”, diz um dos entrevistados. O mais significativo é a incapacidade de o serviço público segurar talentos e gente preparada.
Sem funcionários capacitados e criativos, é impossível para qualquer gestor definir prioridades e ações de políticas públicas. Ao perder cérebros nas Forças Armadas, o Brasil perde também a possibilidade de aplicar estratégias de defesa, principalmente como guardiã das fronteiras e da plataforma continental. Tudo piora com uma tropa desestimulada. Ao longo de uma conversa com o Correio, um coronel resumiu o conflito nos quartéis: “Nada pior para um profissional do que atuar sem perspectiva de futuro. É assim que vivemos”. Uma pergunta se impõe: qual é de fato a estratégia do governo Dilma para a área militar? Enquanto tal resposta não vem, perdemos oficiais.
Outra coisa

Há algum fato mais danoso para a imagem de uma cidade que vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas do que uma mulher de apenas 21 anos ser estuprada oito vezes por integrantes de gangue dentro uma van? Um veículo que circulava livremente pelas ruas? Mais entusiasmadas com aeroportos e estádios, as autoridades deveriam estar preocupadas mesmo é com a violência desenfreada nas cidades. O que é mais preocupante, vexatório e estúpido para o Brasil, o país do futebol e da alegria: um estrangeiro reclamar de serviços de infraestrutura ou uma estrangeira sofrer nas mãos de bandidos pelas ruas do Rio? A indignação aumenta com a falta de reação de governantes. Fique, então, com a declaração desolada da promotora Márcia Colonese, da 32ª Vara Criminal: “Já vi todo tipo (de crime), mas esse me afetou de forma diferente. Eu, como mulher, me coloquei no lugar dela. É uma moça franzina e foi barbaramente violentada por três homens. Imagino o terror que viveu”. Na quinta, como se sabe, episódio parecido ocorreu em João Pessoa. Com uma jovem de 17 anos.
Em 100 caracteres

Essa história de reduzir a maioridade penal é coisa de político ineficiente no combate à violência.

Visto, lido e ouvido

Experiência

Ari Cunha

Anos atrás, alunos do Colégio Objetivo de São Paulo estiveram em Brasília e se uniram aos colegas daqui. Fizeram projetos para a construção de um avião. Prontos, alunos foram para um campo do Objetivo e puseram o aparelho no ar. Ele deu uma volta longa e retornou à origem. Para tanto, jovens usaram conhecimentos dos oficiais da Aeronáutica, sugerindo detalhes da ciência. Entraram firmes nos trabalhos de fabricação. Durou mais de um mês a preparação do projeto de construção do aparelho. Com afinco, os estudantes trabalharam dia e noite, mudando a composição dos alunos participantes do mesmo Colégio Objetivo. Foi experiência excitante, com alegria da educação bem aplicada, valendo-se do incentivo do doutor Di Gênio, autor inicial da ideia.


Captação de água sem prazo para ser normalizada em Barbacena após contaminação de rio

Furto frustrado de combustível da Petrobras terminou em acidente ambiental

Flávia Ayer

Pelo menos a metade da população de Barbacena, município de 130 mil habitantes na Região Central do estado, está sem abastecimento de água por tempo indeterminado. Os serviços de captação no Rio das Mortes, principal manancial da cidade, estão interrompidos desde a tarde de quinta-feira, quando houve derramamento de mais de 40 mil litros de óleo diesel no curso d’água. O combustível foi furtado de um oleoduto da Petrobras na região e, depois de ficar atolado numa estrada vicinal com a carreta tanque-bitrem, o motorista Fábio Mendes de Castro, de 38 anos, despejou a carga no rio. Ele foi autuado em flagrante por furto e crime ambiental e levado para o presídio de Barbacena, segundo a Polícia Civil.
Equipes do núcleo de emergências da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), da Petrobras Transporte (Transpetro) e da Prefeitura de Barbacena trabalharam ao longo de todo dia, ontem, na tentativa de conter o óleo e identificar a extensão dos danos. “O problema é grave e não sabemos quando a captação será retomada. Em caráter preventivo, o sistema está interrompido por mais 24 horas”, disse o prefeito Antônio (Toninho) Carlos de Andrada (PSDB).
Ontem, a água começou a faltar nas torneiras da cidade. Para contornar o problema, 20 caminhões-pipa, num total de 100 mil litros de água, serão distribuídos pela cidade. A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) cedeu o poço artesiano e a Copasa, que opera 40% do abastecimento do município, fornecerá um pouco de água para a rede do Serviço de Água e Saneamento (SAS) da prefeitura.
Além da contenção do óleo com boias, a Feam fez coletas para análise de hidrocarbonetos. “Além dos problemas ao meio ambiente e do comprometimento do abastecimento, há dano à produção agrícola. Vamos apurar as responsabilidades”, afirmou o prefeito. A suspeita da Polícia Civil é de que o motorista Fábio seja integrante de uma quadrilha da Baixada Fluminense que vem praticando esse tipo de furto.


ESPECIAL-Brasil tenta acertar erros do passado com índios

Damião Paridzané tinha 9 anos de idade, em 1966, quando ele e centenas de outros índios xavantes foram colocados dentro de um avião de carga da Força Aérea Brasileira (FAB).

Caroline Stauffer

O governo, ávido por uma fatia de terra fértil na região central do país para a agricultura comercial, levou os índios para uma nova reserva a 400 quilômetros de distância. Paridzané lembra que muitos amigos morreram de sarampo, enquanto outros entraram em confronto com tribos rivais que foram forçadas a compartilhar a mesma área.
Quase meio século após a expulsão, os xavantes estão de volta, e Paridzané usa com orgulho seu cocar colorido. Nestes dias, é o "homem branco" que está sendo forçado a sair. Enquanto o governo da presidente Dilma Rousseff tenta corrigir os erros do passado, foram expulsos cerca de 7.000 agricultores e outros colonos, e suas lavouras foram transformadas em reserva para que os xavantes pudessem voltar para casa.
"Aqui é território tradicional", disse Paridzané. "Não tem nada a ver com brancos, fazendeiros, empresários de fora do Brasil. Aqui o território é dos xavantes."
Mas esta não é uma história feliz para sempre. Surgiram confrontos violentos. Os agricultores têm contestado as expulsões no Supremo Tribunal Federal (STF). A cidade deixada para trás pelos colonos está em ruínas.
O conflito destaca os riscos enfrentados pelo país, uma potência agrícola. O governo tenta resolver séculos de disputas étnicas envolvendo a propriedade de terras de onde brota grande parte da riqueza do país.
Mais de 100 anos depois que os Estados Unidos terminaram de delimitar suas reservas indígenas, o Brasil é um dos poucos países da América Latina, incluindo Colômbia e Panamá, que ainda está redistribuindo terras. Mas o governo conseguiu ir um pouco mais longe, retirando não-índios de terras indígenas.
A quantidade de terra no caso dos xavantes "é relativamente pequena", aproximadamente do tamanho de Londres. E o Brasil geralmente tem um bom histórico de proteger os direitos de propriedade dos moradores locais e estrangeiros.
O governo ofereceu reassentar alguns agricultores, mas não todos. No entanto, o setor do agronegócio teme que a conservação de terras indígenas poderia gerar mais controvérsia, já que agricultores e mineiros avançam na floresta amazônica, onde algumas tribos nunca tiveram contato com o mundo exterior.
Governos da América Latina têm se esforçado para equilibrar a necessidade de desenvolvimento econômico com os direitos de uma comunidade indígena que representa cerca de 10 por cento da população da região.
Nos últimos anos, essa comunidade cresceu, ganhando força política. Em 2009, o governo brasileiro retirou produtores de arroz e pecuaristas de Raposa Serra do Sol, uma área 10 vezes maior do que a reserva xavante, de 1,68 milhão de hectares, perto da fronteira com a Venezuela.
Confrontos sobre direitos da terra no Peru deixaram mais de 100 mortos nos últimos anos. Protestos indígenas adiaram planos de exploração de minas e estradas no Equador e na Bolívia. No Brasil, protestos atrasaram a construção de um dos projetos preferidos de Dilma, o enorme complexo hidrelétrico de Belo Monte, e chamaram a atenção de celebridades como o diretor de "Avatar", James Cameron.
Alguns veem o fechamento de um ciclo, com a tribo xavante e sua terra voltando para um estado mais primitivo. Seth Garfield, professor da Universidade do Texas em Austin, que escreveu um livro sobre os xavantes, disse que a tribo era uma das poucas na região que não teve contato com os europeus antes de sua expulsão, tornando a situação particularmente cruel.
"É um fim fascinante", disse Garfield.
O acerto histórico de contas, advertem agricultores, vai ter um custo para o setor no país, um dos principais exportadores agrícolas do mundo.
O diretor-regional da cooperativa de soja Aprosoja, Gilmar Delosbel, disse que a incerteza criada pelas disputas de terras poderia fazer os agricultores pensarem duas vezes antes de avançarem para novas terras. Isso poderia, por sua vez, afetar a meta do Brasil de passar os Estados Unidos e se tornar o maior produtor mundial de soja.
"A terra que está produzindo, tem que deixar produzir alimentos, gerar riquezas pelo país", disse Delosbel.
BALAS DE BORRACHA E GÁS LACRIMOGÊNEO
A quantidade de terra em jogo em Marãiwatsédé, um trecho de cerrado perto da Amazônia e a cerca de 375 quilômetros a noroeste de Brasília, é de quase 165.000 hectares. Mas os acontecimentos dos últimos seis meses foram dramáticos o suficiente para chamar a atenção de todo o país.
A pedido dos xavantes, o governo derrubou muitas das casas, silos de grãos, escolas e outros rastros deixados por agricultores que ocuparam a área nos últimos 50 anos.
Índios usam rifles para caçar o gado deixado pelos fazendeiros em busca de carne. Cães abandonados vagam em meio aos destroços de madeira e metal de construções, e urubus famintos avidamente se aproximam de animais mortos.
Uma placa escrito a mão anuncia o novo nome que os índios xavantes deram à única cidade da região é Mõõnipa, substituindo o nome em português: Posto da Mata.
Onde funcionava um posto de gasolina, quatro policiais estão a postos contra qualquer nova agressão pelos agricultores expulsos, alguns dos quais pegaram em armas para tentar obter sua velha terra de volta. Um vídeo recente da polícia mostra tropas federais disparando balas de borracha e gás lacrimogêneo contra cerca de 50 fazendeiros que estavam tentando impedir a remoção de pessoas de suas casas.
O espetáculo de fazendas outrora prósperas sendo reduzidas a escombros horrorizou o setor do agronegócio e seus poderosos aliados em Brasília, que temem que um novo precedente esteja sendo definido para a disputa de terras em outros lugares. Mas o esforço para reverter parcialmente as apreensões de terras indígenas tem sido tomado há décadas.
A Constituição, de 1988, consagrou o direito dos índios às "terras tradicionalmente ocupadas" e definiu que o Estado é responsável por "demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens".
Os governos vêm aplicando a lei que destina 13 por cento do território brasileiro a 0,4 por cento da população considerada indígena. Por outro lado, apenas 2,3 por cento das terras no continente dos Estados Unidos são reservadas aos índios, que representam 0,9 por cento da população.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) começou a montar uma proposta para uma nova reserva para os índios xavantes em 1992, e seu plano foi aprovado em 1998.
O agronegócio, que tem na senadora Kátia Abreu (PSD-TO) uma de suas vozes influentes, tentou impedir a retirada dos produtores ao questionar os limites do território indígena. Mas o STF negou a apelação final em outubro e a Funai deu prazo de 30 dias a todos os "intrusos" não-índios para desocupar o local. A polícia e o Exército, em seguida, foram para a região antes do fim do ano.
O pecuarista Antonio Luiz Pereira e sua jovem família estão agora desenraizados e sem-teto, um pouco como a situação de Paridzané há cinco décadas.
Pereira, sua mulher e seus três filhos agora passam suas noites em um ginásio escolar sufocante a cerca de 40 quilômetros de sua antiga casa. Seus pertences estão em caixas no chão, juntando bolor.
"Tínhamos uma boa casa e uma vida boa lá, e nós perdemos tudo", disse Pereira, balançando a cabeça.
Agricultores mais ricos, em sua maioria, se refugiaram em cidades maiores para se reagrupar, sem qualquer compensação monetária. Mas cerca de 270 famílias, incluindo a de Pereira, estão em compasso de espera, depois de fazerem registro com o governo e inscrição para reassentamento. Destas, 105, principalmente famílias de renda mais baixa, estão sendo levadas para pequenos lotes de terra nas proximidades.
Os Pereira e outras famílias receberam ofertas de terra a três horas de distância, mas dizem que é muito seca e arenosa para a criação de gado ou plantações, e estão à espera de uma oferta melhor. Outros têm se mobilizado, criando bloqueios esporádicos em protestos que levaram à escassez de combustível e comida em cidades do norte. Uma multidão queimou um caminhão que se dirigia para a aldeia do cacique Paridzané com medicamentos e suprimentos.
CONFUSÃO JURÍDICA
Agora está sendo debatido se os antigos produtores tinham contrato de propriedade. O coordenador do escritório regional da Funai, Paulo Roberto de Azevedo Junior, diz que os agricultores sabiam que estavam invadindo território indígena e que os documentos de propriedade alegando o contrário são falsos.
Mas a família Pereira conta que não tinha nenhuma razão para duvidar de uma certidão de proprietários de imóveis, que mostraram a um repórter, que indica que compraram a fazenda por cerca de 100.000 dólares em 2005. Embora os limites da reserva indígena tenham sido aprovados em 1998, os agricultores dizem que não entenderam que isso implicaria a sua saída.
A senadora Kátia Abreu, que também é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), diz que o verdadeiro culpado é a ausência de "regras claras".
O problema, segundo grupos de agricultores, é que a Funai está expulsando as pessoas de áreas onde autoridades do governo local incentivaram a colonização em um período tão recentemente quanto nos anos 1990.
Eles também dizem que a Funai e outros órgãos têm sido muito agressivos quando decidiram o que constitui uma terra ancestral. As questões se tornaram mais difíceis pela natureza nômade de muitas tribos e da geografia hostil da Amazônia, o que torna mais difícil o mapeamento e a definição de limites.
"A Funai só quer continuar fazendo mais reservas em áreas indígenas que não são reivindicadas", disse Delosbel, diretor regional da cooperativa de soja. "Obviamente, nós queremos que eles vivam bem ... mas o suficiente é o suficiente."
O cacique, que prometeu a seu pai e seu avô que iria recuperar a sua terra, disse que as mudanças são irreversíveis. Ele afirma que vai recusar pedidos por parte dos agricultores para arrendar de volta a terra antiga deles, ou quaisquer tentativas do governo de pavimentar uma estrada que poderia reduzir o tempo que os agricultores da área levam para transportar sua produção aos portos do Nordeste.
"Não vamos conversar. Não pode haver fazendeiros correndo atrás de cacique ... acabou a discussão", declarou ele antes de uma assembleia de índios xavantes, em que abaixaram suas cabeças, em sinal de respeito, enquanto ele falava.
"UMA BATALHA PERDIDA"
Os xavantes têm ideias radicalmente diferentes sobre agricultura e desenvolvimento. Eles querem que a área se torne novamente digna do nome Marãiwatsédé, uma palavra xavante para "mata fechada, perigosa". Isso significa deixar as odiadas fazendas de soja e gado crescer em pousio, na esperança de que as árvores brotem.
Ainda assim, nem todas as armadilhas da modernidade serão sacrificadas - é muito tarde para isso.
Enquanto os xavantes ainda vestem roupas cerimoniais e se pintam para as celebrações, a maioria usa shorts e camisetas na maior parte do tempo. As crianças pedem refrigerante aos visitantes. A aldeia principal tem uma igreja católica e uma escola com aulas de língua xavante, assim como de português, o que, segundo o cacique Paridzané, é importante que as crianças aprendam.
Grupos sem fins lucrativos ajudaram a construir cabanas, e a tribo vai continuar dependendo do governo para a segurança.
A Funai está tentando encorajar a tribo a se tornar economicamente autossuficiente, em parte, pela produção de milho orgânico e soja que poderiam ser comercializados sob uma marca Marãiwatsédé. O órgão também planeja trazer mais 4.000 xavantes de outras reservas para tornar o assentamento viável, e espera, eventualmente, suspender a doação de comida básica.
"Antigamente, demos grandes quantidades de cestas básicas, agora não, eles não podem ficar dependentes, esta situação é paternalista", disse Azevedo Junior.
Os agricultores temem que o fim da briga não tenha sido sacramentada em Marãiwatsédé. Sua mais recente preocupação: a reserva abriga o fungo da ferrugem asiática, uma doença terrível que danifica as folhas e rapidamente mata as plantas de soja. A Aprosoja diz que alguns dos 3.000 hectares de plantações de soja agora abandonados estão infestados com o fungo, ameaçando 341.000 hectares em fazendas nos arredores.
"Tiraram milhares de pessoas (de) lá (de) onde se plantava, a gente tem uma preocupação com a parte sanitária", disse Eduardo Godoi, um gestor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). "Marãiwatsédé é uma batalha perdida."


MP pede arquivamento do processo que investiga acidente de Marrone

Cantor sertanejo caiu com o helicóptero em Rio Preto em maio de 2011. Até hoje laudo da aeronáutica com causa do acidente não foi concluída.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba

O Ministério Público de São José do Rio Preto (SP) encaminhou nesta quinta-feira (11) à Justiça o pedido de arquivamento do processo que investiga o acidente com o helicóptero do cantor Marrone. O acidente foi em maio de 2011, quando a aeronave caiu no Recinto de Exposições da cidade, logo depois de decolar do aeroporto.
O cantor foi acusado de estar pilotando o próprio helicóptero no momento da queda, mesmo sem a formação de piloto completa. O acidente deixou duas pessoas gravemente feridas, uma delas teve uma perna amputada.
De acordo com o Ministério Público, o caso deve ser arquivado porque as vítimas não fizeram nenhuma representação contra Marrone.
Em depoimento, o primo do cantor, que estava na aeronave, negou que Marrone estava no comando. Até hoje, o laudo da aeronáutica, com as causas do acidente ainda não foi concluído.
Acidente

Segundo relato do piloto na época ao Corpo de Bombeiros, o helicóptero perdeu potência pouco depois de decolar do aeroporto de São José do Rio Preto. O piloto disse na época que tentou fazer um pouso forçado em uma propriedade próxima ao aeroporto. Ao se aproximar do solo, o aparelho bateu em uma árvore, caiu sobre a cerca que separa o estabelecimento da calçada e ficou tombado. "Uma parte dele bateu em uma árvore. O aparelho caiu sobre a cerca e um recuo da calçada. Ele ficou tombado para o lado direito", disse o major Paulo César Berto, na época.

Astronauta Marcos Pontes pode voltar ao espaço em 2015

Natural de Bauru, SP, ele vive expectativa de convocação para missão. Competição científica levará uma equipe de estudantes para a NASA.

O astronauta brasileiro Marcos Pontes, disse nesta sexta-feira (12), na abertura da primeira etapa nacional das Olímpiadas Astropontes na unidade do Sesi, em Bauru (SP), que vive a expectativa de ser convocado para uma missão espacial em 2015.
“Eu trabalho na NASA e fico lá à disposição do Brasil e, também, para outras missões. E existe à expectativa de que em 2015 eu participe de outra missão espacial levando a bandeira do Brasil. Não tem nada certo ainda, mas a convergência é para isso. Então, fico nessa expectativa e, enquanto isso, no Brasil e fora do país, trabalho com a ONU e com outros projetos pensando sempre em ajudar a formar essa garotada", afirmou em entrevista ao G1.
Apesar de não revelar em qual missão poderá retornar ao espaço pela segunda vez, ele disse que sonha em poder ficar mais tempo no espaço. "Gostaria um dia, quem sabe, de permanecer por uns seis meses na estação espacial. Quem sabe também em uma missão para a Lua".
A única vez em que o astronauta brasileiro viajou para o espaço foi em 2006. Ele partiu da Estação Espacial Internacional a bordo da nave russa Soyuz TMA-8 e levou oito experimentos científicos brasileiros para execução em ambiente de microgravidade. Agora, sete anos depois da experiência fascinante, que durou dez dias, Marcos Pontes está na expectativa de ver o planeta Terra da estação espacial.
Olimpíadas de ciências De acordo com o astronauta, a competição, que é realizada pela Fundação Marcos Pontes, busca promover melhorias no ensino fundamental e médio, além do desenvolvimento sustentável. A iniciativa tem por objetivo despertar nos jovens o interesse pela ciência e tecnologia. O projeto científico inclui competições de foguete, robótica e outras atividades culturais. “É aproximar as crianças de uma coisa prática, divertida. É um desafio a ser vencido e faz pensar que aquilo vai facilitar dentro da sala de aula”.
Ao todo serão 20 fases classificatórias por todo o país. A equipe vencedora vai conhecer um acampamento de treinamento na NASA, a agência espacial dos Estados Unidos. Centenas de jovens estudantes de várias escolas de Bauru e da região compareceram na cerimônia de abertura. Durante a execução do hino nacional, Marcos Pontes revelou a emoção que sentiu enquanto hasteava a bandeira do Brasil na mesma escola que frequentou há décadas.
“Vou te contar uma história. Quando estudava no Sesi 358 a gente chegava todo dia às oito horas da manhã. Era hasteada a bandeira e cantávamos o hino nacional. Eu vi as crianças cantando o hino e lembrei mais ou menos aquele passado. E isso renova a esperança no futuro. É exatamente isso, poder trazer para as crianças essa questão de nacionalismo, de Brasil. Para mim é muito importante. Bauru pra mim é muito significativo. É a cidade que eu amo tanto e falo para todo mundo dela. E no Sesi 358 eu estudei também. Então, estar em Bauru e começar a Olímpiada na escola que estudei é muito significativo”, afirmou.
Para o diretor do Sesi, Clóvis Cavenaghi, a visita de Marcos Pontes ficará na memória das crianças. “É um orgulho muito grande de receber o astronauta brasileiro, uma personalidade do mundo. Mas muito mais que isso, receber um aluno do Sesi, que hoje trás muito orgulho com as façanhas dele, como oficial da Aeronáutica, como embaixador da ONU. Ou seja, uma pessoa voltada para uma tecnologia social, de uma tecnologia de construção de um mundo melhor. As pessoas, elas sonham, e quando vão atrás de seus sonhos, com certeza, elas vão chegar lá. E quando elas têm uma referência como Marcos Pontes, uma pessoa que já esteve no lugar deles e transmite uma mensagem positiva, é importantíssima na vida dessas crianças. Hoje para elas é um dia para ficar na memória e na história de cada uma delas”.
E atrás da chance de avançar nas olímpiadas, a equipe Spartanos, do Sesi de Lençóis Paulista, foi uma das que apresentaram o projeto para os jurados, entre eles, claro, Marcos Pontes. Com foguetes feitos à base de garrafas pet, papelão e fita adesiva, os alunos usaram o aprendizado das aulas de física e ciências para explicar na prática, o funcionamento do projeto. “Sempre gostei de engenharia. Agora, tive essa oportunidade de participar. É um orgulho poder se inspirar no Marcos Pontes. Estou muito feliz”, contou João Vitor Hernandes, de 14 anos, integrante da equipe e aluno do primeiro ano do ensino médio.
O justamente o interesse dos jovens pela área trás uma ponta de esperança para o astronauta bauruense. “Infelizmente, a infraestrutura nas escolas públicas na maioria das cidades não é adequada. Mas não é só a infraestrutura que faz a educação. É necessária a formação dos professores, o respeito com o professor, o reconhecimento da importância do professor. É uma mudança cultural também que precisa ser implementada e, as maneiras como a gente consegue implementar são através das crianças e de políticos responsáveis para colocar a parte de educação como prioridade acima de qualquer área. Porque através da educação você consegue a solução para todos os outros problemas. Ainda falta bastante coisa a ser feita, mas nunca será feita se a gente não der o primeiro passo”.
As próximas etapas serão no dia 19 de abril em Campos das Goytacazes (RJ) e, no dia 15 de junho, em Londrina (PR). A grande final das olímpiadas será em novembro, na capital paulista, onde estarão 20 equipes selecionadas ao longo as etapas. Além da equipe vencedora, que viajará para os Estados Unidos, outras seis ganharão uma viagem de avião para São Paulo, onde participarão de uma feira de aviação.
Brasil sem apoio A Fundação Marcos Pontes tem diversos projetos em andamento, todos com foco em promover educação, ciência e tecnologia. Entre eles, a "Exposição Crianças no Espaço", que já percorreu diversas cidades no Brasil, o "Cidadãos do Futuro", que doa livros para alunos e forma professores através do patrocínio de empresas, o "Ciência, tecnologia e suas carreiras", que motiva jovens para as carreiras da área, e o "Ecoestado", que transformará o estado de Roraima no primeiro ecoestado do planeta Terra, beneficiando diretamente a qualidade de vida de mais de meio milhão de pessoas.
Mesmo com os esforços na área, Marcos Pontes afirmou que o Brasil ainda “engatinha” para se tornar um polo na área espacial. “O Brasil tem um caminho longo pela frente. O país tem um programa espacial em várias áreas, como satélites, lançadores, mas ainda carece muito na formação de recursos humanos e na divulgação científica. Temos um longo caminho, mas quando eu digo isso é na questão de desenvolvimento de projetos. A agência espacial ela tem mudado a política atualmente. Eu participei desse novo programa de atividades espaciais dos próximos anos, onde se muda a ideia de utilização da agência espacial, de um provedor de sistemas, de se pensar e de entregar esses sistemas para os ministérios. É uma mudança de paradigma. A gente funciona mais agora como um escritório de projetos e assim que tem operados as agências mais modernas, como NASA, como agência da Índia, que é um modelo. Ou seja, o Brasil está no caminho, mas precisa mais apoio político e público para o programa espacial e para a área de ciência como um todo”, explicou.

Técnico Bernardinho participa de aula inaugural do Casd em São José

Evento aconteceu na noite desta sexta (12) e reuniu cerca de 700 no ITA. Casd oferece a jovens carentes vagas para curso pré vestibular gratuito.

A aula inaugural do curso pré vestibular Casd reuniu cerca de 700 pessoas, entre alunos, professores e familiares, na noite desta sexta-feira (12) no auditório do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos. O evento contou com a participação do técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, em palestra motivacional que durou pouco mais de 1 hora.
O Casd é um curso pré vestibular sem fins lucrativos mantido pelos alunos do Instituto de Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Os estudantes do ITA dão aulas a jovens carentes que precisam de auxílio para ingressar principalmente em universidades públicas.
São 520 vagas oferecidas anualmente - a meta é ampliar a oferta de vagas a partir de 2014. No último vestibulinho foram mais de 3 mil inscritos.
Aprovação

Desde 1997, o Casd ajudou 2.068 jovens a ingressarem em universidade públicas de todo o país. Só neste ano foram 190.
"O que fazemos com nosso trabalho é quebrar o ciclo da pobreza por falta de educação. Esse evento de hoje (sexta) mostra logo no início para os alunos e para os pais, a importância desses jovens para a gente do Casd", disse Camila Matias Morais, presidente do curso.
Uma das estudantes que passou pelo pré vestibular Casd é Sabrina Kezia Costa Magalhães, de 18 anos, aluna do primeiro ano do curso de enfermagem na Universidade de São Paulo (USP). Ela foi aprovada em seis universidades no último vestibular das instituições, entre as quais USP, Unesp e Unifesp.
"Eu estou aqui hoje como forma de reconhecimento ao trabalho do Casd. Eles foram fundamentais na minha vida, não teria como pagar um cursinho e precisava me preparar para o vestibular", disse ao G1 a jovem.

Aeroclube do AM acusa empresa de descumprir normas aeronáuticas

Carga de ouro avaliada em R$ 2,5 milhões foi roubada dentro do aeroclube. Empresa de táxi aéreo não teria apresentado autorização para o transporte.

O assalto a uma aeronave na manhã da última quarta-feira (10) no Aeroclube do Amazonas (ACA) levantou dúvidas sobre a segurança do local. A administração se exime de culpa e afirma que a empresa de táxi aéreo descumpriu normas aeronáuticas de segurança. Um monomotor, prefixo pr-jsa, transportava 26,5Kg de ouro, que foram roubados na pista do aeroclube. A aeronave deixou Manaus por volta de 15h30 no dia do fato.
"Estamos fazendo esse levantamento para sentar com a administração do Aeroclube para que a gente possa tomar as devidas providências com relação à segurança", disse Raimundo Gonçalves, chefe de segurança da empresa dona do ouro roubado.
A área do aeroclube é cercada por ruas, casas e prédios. Apesar das placas de advertência, a área restrita pela qual os assaltantes tiveram acesso à pista na quarta-feira, segundo a polícia, não tem portão nem vigilantes. A administração do aeroclube se defende."Na área do paraquedismo (área sem portão e vigilantes citada acima) está sendo realizada uma obra. Estamos melhorando aquele local, porque todo fim de semana temos os saltos de paraquedas lá. Logo, é preciso que lá esteja limpo e bem cuidado. Com essa obra, já estamos fazendo a contenção com grades para que carros não passem para a parte do aeródromo", disse José Neri Portela, gerente administratico Aeroclube do Amazonas.
O gerente administrativo também afirmou que a aeronave desobedeceu normas do Rotaer, um manual da Aeronáutica com regras para voos visuais. Segundo o Rotaer, apenas aeronaves baseadas no aeroclube de Flores podem ir diretamente para os hangares das empresas. Para todos os outros voos, a legislação aeronáutica afirma que o embarque e desembarque de pessoas e cargas devem ser feitos exclusivamente na área que fica em frente ao prédio da administração.
Para o gerente do aeroclube, o piloto do avião roubado na quarta-feira descumpriu as normas previstas no Rotaer. Ele afirmou ainda que a empresa de táxi aéreo não apresentou cópia do documento que a autoriza a transportar cargas de valores. "Nós não temos nenhuma cópia de documento expedido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que autorize essa empresa a operar aqui com transporte de valores", disse Portela.
O ouro roubado está avaliado em R$ 2,5 milhões. A polícia ainda não tem pistas sobre os assaltantes.


Crise será discutida com Graça Foster

A crise da Petrobras no Rio Grande do Norte, especialmente em Mossoró, vai ser discutida com a presidente da estatal, Graça Foster, na próxima semana.

Magnos Alves

Durante audiência pública para discutir a redução de investimentos da Petrobras no RN, realizada nesta sexta-feira, 12, na Câmara Municipal de Mossoró, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB/RN), prometeu agendar audiência com Foster para a próxima quinta-feira, 18. “Vou solicitar o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para levar toda a bancada federal do estado para um encontro com a presidente na sede da Petrobras”, assegurou.
Henrique disse que já tinha conhecimento de que o pré-sal estava priorizando os investimentos da Petrobras. “Como relator do pré-sal, eu já sabia que isso estava acontecendo. Mas não pode ser assim, tudo para o pré-sal e nada para o restante”, criticou.
O deputado federal ressaltou que a Petrobras tem um compromisso social com o RN. “Aprendi com o ex-presidente Lula que a economia e o social devem caminhar juntos”, salientou.
A audiência pública, iniciativa do vereador Genivan Vale (PR), contou ainda com a participação de deputados federais e estaduais, vereadores, prefeita de Mossoró, Cláudia Regina, e prefeitos da região, governadora Rosalba Ciarlini, ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, representantes sindicais e da Petrobras, trabalhadores do setor de petróleo e gás e várias outras autoridades.
Demissões O gerente geral da unidade RN/CE da Petrobras, Luiz Ferradans, justificou que as demissões recentes devem-se à quebra de contratos e a um momento de transição na empresa. “Duas empresas abandonaram os contratos e geraram mais de mil demissões”, reconheceu, acrescentando que a Petrobras está assinando em breve novos contratos para suprir os que foram quebrados por empresas de atuação das áreas de serviços e montagens.
Ferradans garantiu que a Petrobras mantém os investimentos no RN nos mesmos patamares nos últimos anos, mesmo mostrando uma planilha que apontava que os investimentos foram reduzidos em mais de R$ 200 milhões de 2012 (R$ 1,68 bilhão) para 2013 (R$ 1,31 bilhão).
O diretor do Sindicato dos Petroleiros do RN (SINDIPETRO), Dedé Araújo, informou que mais de 1.500 trabalhadores perderam os seus empregos em Mossoró de 2012 para 2013. “A Petrobras está tratando a produção em terra como uma coisa à parte e investindo tudo no pré-sal”, reclamou.
A audiência pública resultou em um documento que será entregue a Graça Foster.
Empresas vão construir torres para energia eólica Diante da crise da Petrobras, Cláudia Regina informou que tem se reunido com a Redepetro para discutir alternativas para as empresas que atuam no setor de petróleo e gás. A prefeita disse que as empresas já estão se qualificando para atuar na construção de torres de energia eólica. “Sabemos da importância da Petrobras para o desenvolvimento econômico e social de Mossoró, mas não podemos ficar refém dele. Por isso, a busca por outras áreas de atuação”, ressaltou.
Cláudia defendeu que fosse escrita a “Carta de Mossoró”, com todos os anseios dos trabalhadores e da sociedade, para ser entregue a Graça Foster.
Rosalba lembrou que a Petrobras foi parceira de Mossoró durante suas gestões como prefeita da cidade, citando o Teatro Dix-huit Rosado como um dos frutos dessa parceria. “Eu tenho amor pela Petrobras, todos os brasileiros têm, e ela não pode nos abandonar neste que é o momento mais difícil do RN nos últimos 50 anos”, destacou a governadora, referindo-se aos estragos provocados pela seca.
Garibaldi, referindo-se a palavras do diretor da Petrobras, disse que o momento de transição da Petrobras está vitimando muitos trabalhadores. “A Petrobras precisa se explicar, pois há transições que demoram demais”, disse, ironicamente.


AGÊNCIA EFE

Veículos Aéreos Não Tripulados e simuladores brasileiros brilham na LAAD

Tecnologias lançadas por empresas brasileiras, principalmente Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants), e simuladores, incluindo o de um navio de guerra, despertaram grande atenção entre os presentes à Feira Internacional de Defesa e Segurança LAAD, que terminou nesta sexta-feira no Rio de Janeiro.
A maior feira de defesa da América Latina mostrou que várias empresas brasileiras desenvolvem e produzem Vant, os aviões operados a controle remoto e dotados com poderosas câmaras para tarefas de vigilância e espionagem, cujos modelos mais modernos ganharam fama nos últimos meses com o nome de drones.
Um dos produtos que mais chamou a atenção foi o Orbis, um Vant lançado na LAAD pela brasileira Santos Lab, que tem a particularidade de afastar e aterrissar verticalmente, para depois voar horizontalmente como um avião.
O Orbis, fabricado em fibra de carbono, com formato circular e cerca de 1,5 quilo de peso, é considerado como o único do mundo a decolar como helicóptero, o que facilita seu uso, já que não requer pista de aterrissagem nem de espaços amplos.
"Estamos administrando a patente e até agora não encontramos nada parecido, por isso o consideramos como pioneiro no mundo", disse à Agência Efe Gilberto Buffara, um dos diretores da Santos Lab.
Buffara disse que o Orbis despertou grande curiosidade por suas características e que já há três potenciais clientes negociando sua aquisição, entre eles uma empresa estrangeira.
"Desenvolvemos uma solução original para atender a demanda por um avião que pudesse ser operado em espaços urbanos reduzidos e conseguimos uma vantagem muito grande que nos permite destacar em um setor muito competitivo", disse Buffara ao se referir ao relativamente elevado número de empresas que já desenvolvem Vant no Brasil.
A Santos Lab tem ampla experiência na produção de Vant e já vendeu 48 unidades do modelo Carcará, também exibido na LAAD e que a empresa tenta vender na Colômbia.
A firma aproveitou a LAAD para fechar um acordo com a Marinha brasileira para desenvolver um Vant que possa aterrissar e afastar na água.
Várias empresas exibiram modelos de Vant na feira de Rio, principalmente as israelenses, que figuram entre os líderes do setor, e o gigante americano Boeing.
Entre os modelos brasileiros expostos estavam o Fanton, fabricado por Avibras por encomenda das Forças Armadas, e a família de Horus desenvolvida pela empresa Fligh Technologies.
Outra tecnologia que interessou aos visitantes é a dos simuladores, frente a vários dos quais se formaram longas filas durante os quatro dias de feira.
Os que mais público atraíam eram os simuladores de voo de caças de última geração como o Super Hornet da americana Boeing e o Gripen-NG dá sueca Saab.
Estes dois modelos são, junto com o Rafale da francesa Dassault, os finalistas na licitação aberta pela Força Aérea Brasileira (FAB) para adquirir 36 caça-bombardeiros.
A Marinha brasileira pôs à disposição dos visitantes um simulador que desenvolveu com tecnologia própria para treinar os futuros comandantes de seus navios patrulha.
A equipe, que será a base para um simulador de submarino nuclear, reproduz o interior da cabina de comando do navio, com o governo, a cabo de propulsão e o console de instrumentos de navegação eletrônica.
Outros simuladores brasileiros também atraíram a atenção.
"Tivemos que organizar as filas e limitar os tempos para permitir que todos os interessados pudessem manobrar os equipamentos", disse à agência Efe Adolfo Jachinski Neto, diretor da empresa EBTS, que lançou na LAAD simuladores para armas, um do Vants mais usados pelas Forças Armadas do país e um para blindados leves que usa tecnologia 3D.
Seus equipamentos permitem simular o disparo e o retrocesso do fuzil IA2, fabricado pela brasileira Imbel, cujo primeiro lote foi entregue recentemente ao Exército nacional, assim como a pistola MD 40, igualmente da Imbel.
O SEV Fm, simulador de Vant lançado pela EBTS, é o primeiro para estes equipamentos no Brasil e procura treinar os futuros operadores dos Hermes, as aeronaves não tripuladas israelenses adquiridas pela Força Aérea Brasileira.









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