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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 09/04/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Amorim se reunirá com ao menos 15 ministros

O Ministro da Defesa, Celso Amorim, informou ontem que a 9 ª edição da Feira Internacional de Defesa e Segurança, Laad Defence & Security, que começa hoje no Rio de Janeiro, marcará uma série de bons acordos e projetos para o Brasil. Dentre as novidades, estão as negociações da venda de caças Super Tucanos da Embraer para o Senegal. Este será o quarto país africano a comprar Super Tucanos. Amorim informou que vai se reunir com pelo menos 15 Ministros da Defesa na feira.


IPO da Infraero deve ficar para 2017, diz presidente

Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO, 8 Abr (Reuters) - O processo de abertura de capital da Infraero deve ficar somente para 2017, segundo o presidente da estatal Gustavo do Vale, que espera que as concessões dos aeroportos à iniciativa privada aumente a atratividade da operação
"O projeto de abertura de capital existe, mas vai ficar para depois. Imagino que a gente comece a pensar nisso depois da concessão dos dois aeroportos (Confins e Galeão)", afirmou o presidente da autarquia.
"Para você abrir capital tem que estabilizar o ativo da Infraero... definir o tamanho dela para vender alguma coisa. (Pensamos) Em começar a estudar o IPO em 2014 e fazer o operação em 2017", adicionou.
No ano passado, o Governo concedeu os terminais de Guarulhos, Brasília e Campinas (Viracopos) à iniciativa privada e programa para setembro deste ano a concessão dos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG).
Gustavo do Vale revelou que o edital de concessão dessa segunda fase de concessão ficará pronto e será publicado 2 meses antes do certame de setembro.
Ele acrescentou que ainda não há consenso se os operadores que venceram a disputa do ano passado para administrar Guarulhos, Brasília e Viracopos estão proibidos de participar da disputa por Galeão e Confins
"O edital ainda tem que passar para o TCU e tem que ficar pronto até julho. Agora é mais porque já temos a experiência dos três", disse ele após visita ao Galeão.
"Espero que os mesmos que não conseguiram vencer no primeiro sejam os principais concorrentes nesses dois (terminais). Ainda não está definido se (os que venceram na primeira rodada de concessão) poderão ou não participar", adicionou Vale.
O presidente da Infraero revelou ainda que há uma preocupação com o ritmo de obras dos terminais de Belo Horizonte e Salvador para a Copa do Mundo de 2014, mas está confiante que os problema serão sanados antes do evento.
Os dois terminais passam por obras de modernização para o mundial de 2014.


Feira de defesa e segurança vai trazer bons acordos para o Brasil, diz Amorim

Flávia Villela

Rio de Janeiro – O ministro da Defesa, Celso Amorim, informou hoje (8) que a 9 ª edição da Feira Internacional de Defesa e Segurança, Laad Defence & Security, que começa amanhã no Rio de Janeiro, marcará uma série de bons acordos e projetos para o Brasil.
Dentre as novidades, estão as negociações da venda de caças Super Tucanos da Embraer para o Senegal. Este será o quarto país africano a comprar Super Tucanos. Outra novidade é a assinatura do projeto de construção em conjunto de um avião treinador básico pelos países que integram a União das Nações Sul-americanas (Unasul).
“Ainda é um projeto, mas é muito importante, pois estamos assim contribuindo com uma base industrial de defesa para toda a América do Sul. Já temos muitos Super Tucanos atuando na América do Sul, entre outras aeronaves. Temos projetos conjuntos de navios patrulha com o Peru e com a Colômbia”, informou ele.
Amorim informou que vai se reunir com pelo menos 15 ministros da Defesa na feira e que mais de 700 empresas montaram stands no local, sendo cerca de 170 brasileiras.
“Este evento ocorre em um momento importante em que estamos tendo medidas do governo de apoio à indústria brasileira, à tecnologia brasileira, como o submarino nuclear”, comentou o ministro na manhã de hoje, durante a passagem dos cargos de Comandante de Operações Navais e Diretor-Geral de Navegação, a bordo do Navio Aeródromo São Paulo, no 1º Distrito Naval, no centro do Rio.
Amorim lembrou que a Lei de Produtos de Defesa (12.598/2012), regulamentada na semana passada, também vai contribuir para o bom resultado da feira, já que a medida dá apoio às empresas nacionais que investirem em tecnologia e produtos brasileiros na área de defesa.
A Laad é a maior feira do setor na América Latina e reúne, a cada dois anos, empresas brasileiras e internacionais, especializadas no fornecimento de equipamentos, serviços e tecnologia para as Forças Armadas, Polícias, Forças Especiais, além da segurança corporativa. Esta edição promete ser a maior em tamanho e número de transações comerciais, desde sua criação em 1997.

Parte das obras do Galeão não ficará pronta até a Copa das Confederações

Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O ministro da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Moreira Franco, vistoriou hoje (8) obras nos dois terminais do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, que terá o edital de concessão lançado em setembro. Com cinco meses de atraso, parte das intervenções da Infraero não ficarão prontas antes da Copa das Confederações, em junho, e da Jornada Mundial da Juventude, em julho.
"Se não fizesse falta, não estaríamos correndo e fazendo essas obras agora", afirmou o ministro, que continuou: “Se o serviço estivesse maravilhoso, não se estaria fazendo a concessão. O governo entende que o cidadão precisa de qualidade de serviço. Muita coisa vai ficar pronta a tempo. Só um setor que será entregue no primeiro trimestre do ano que vem".
Moreira Franco garantiu que o governo federal está empenhado em concluir as obras o quanto antes, para melhorar a estrutura do aeroporto e o conforto dos usuários: "Consegui ver que o Galeão está passando por um processo de mudança profunda. Um conjunto de obras com o objetivo de melhorar o serviço prestado ao usuário, seja ele passageiro ou ligado à atividades de carga".
Sobre a concessão, o ministro afirmou que deve contribuir para expandir o aeroporto: "Para que possa, da mesma maneira que Guarulhos e Viracopos, passar por um processo de ampliação substancial na sua capacidade de atendimento".
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, atribuiu o atraso à elaboração dos projetos da reforma, que não terminou dentro do prazo previsto. De acordo com ele, o setor A do Terminal 1, que passa por uma reforma geral, ficará pronto até setembro deste ano. A área adicional do Terminal 2, construída para absorver aumentos de demanda e nunca usada, deve ser concluída até abril de 2014. Gustavo adiantou que um plano de contingenciamento do aeroporto será divulgado nos próximos 15 dias, para definir fluxo específico dos passageiros que se destinam aos grandes eventos deste ano.
Os investimentos em reforma são da ordem de R$ 800 milhões, sendo R$ 354 milhões no terminal 2, R$ 301 milhões no Terminal 1 e R$ 157 milhões para os sistemas de pistas e pátios, cuja reforma deve durar até outubro de 2013.
A reforma principal do Terminal 1, iniciada em agosto de 2012, inclui novas escadas rolantes, elevadores para portadores de necessidades especiais, balcões de check in e troca da cobertura, com instalação de telhas metálicas e claraboias. Desde 2008, o terminal também passa por adequações nos banheiros, recuperação da fachada e substituição dos forros e luminárias, processo complementar que já está 85% concluído.

No Terminal 2, uma nova área de embarque foi entregue em janeiro, com 32 balcões de check in, o que elevou para 80 o número total. Também já está pronta uma área de imigração com 18 cabines que está sendo utilizada pela Polícia Federal, com área exclusiva para o atendimento de brasileiros. O Terminal 2 receberá mais quatro esteiras para restituição de bagagem e doze banheiros.
As seis esteiras que ligam os dois terminais serão substituídas até abril de 2014, com investimento de R$ 5 milhões. Um processo licitatório que será aberto ainda no primeiro semestre deste ano definirá a compra de 16 elevadores e oito plataformas elevatórias para acessibilidade.


Exôdo na caserna

Carlos Alexandre

O êxodo de oficiais das fileiras militares, revelado domingo no Correio, expõe problema gravíssimo do funcionalismo público e denota a fragilidade das ambições do governo brasileiro em exercer um papel relevante na comunidade internacional. A defasagem salarial em relação à iniciativa privada, motivo que contribui sensivelmente para a fuga de talentos na elite militar nacional, se soma às dificuldades de ascensão na carreira, problema recorrente mesmo no funcionalismo civil.
É desalentador saber que cinco anos de dedicação exclusiva à carreira, com seguidos deslocamentos com a família para diferentes cidades, resultam em acréscimo de R$ 594,74 no contracheque de um oficial formado nas melhores escolas do país. Preocupa igualmente o protesto de integrantes da reserva contra a influência política na escolha das mais altas patentes das Forças Armadas. "Ninguém assume isso lá dentro, mas o fato real é que, além do mérito, a questão política é um fator fortíssimo para um coronel ascender a general", queixou-se um oficial ao Correio, sob condição do anonimato. Quem conhece um pouco do cotidiano de Brasília sabe que a indicação, muitas vezes, se impõe sobre os méritos na Esplanada.
Historicamente, os militares têm sido uma das categorias mais penalizadas pelas distorções na administração pública federal. As dificuldades vão além dos soldos diminutos e se estendem para o maquinário obsoleto. É de conhecimento público que o Brasil está longe de representar uma força militar expressiva no contexto internacional. Operações como a ação humanitária no Haiti e o combalido projeto na Antártida são credenciais insuficientes para o postulante a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. A ascensão do Brasil para um patamar de grandeza na comunidade internacional passa necessariamente por maciços investimentos na formação e na retenção de talentos da caserna, bem como na modernização das nossas Forças militares.
Convém ressaltar que há uma série de problemas transnacionais a desafiar a eficiência dos nossos militares. Para citar apenas dois, registre-se o tráfico de drogas nas fronteiras brasileiras e as missões conjuntas em regiões de conflito. A qualificação das Forças Armadas constitui uma prioridade, especialmente no momento em que as atenções mundiais estarão voltadas para cá ao longo dos próximos anos.


Arquivos secretos da ditadura: as apostilas da Aeronáutica

Oito apostilas da Aeronáutica, obtidas com exclusividade pelo Diario, revelam como era a formação dos agentes do regime militar

Documentos obtidos pela reportagem do Diario de Pernambuco mostram como era a formação de agentes no serviço secreto da Aeronáutica, durante o regime militar. O material consiste em oito apostilas, que fazem uma descrição do que considera “forma subreptícia de atuar dos comunistas”, dá orientações de como identificá-los, dita normas para vigilância, ataca d. Helder Camara e recomenda que os oficiais estejam “sempre alertas” - inclusive em relação aos familiares. 
Destaca ainda o fato de intelectuais, artistas, economistas, sociólogos e religiosos estarem na oposição, afirmando que eles “lamentavelmente, por formação, convicções ou desajustes com o meio ambiente [grifo no original], foram atraídos ou, em sua grande maioria, incentivados a uma linha de ação tipicamente de esquerda”. Em pelo menos uma apostila o dramaturgo Nelson Rodrigues (que apoiava a ditadura) é usado como exemplo de combate às ideias e ações da esquerda.
Diferentemente de documentos que têm sido revelados em outros estados (pertencentes a arquivos de instituições), estes conseguidos pelo Diario são de um acervo particular. Outra singularidade é que eles têm uma característica mais teórica, estão mais preocupados em “fazer a cabeça” dos orientandos - e ajudam a compreender como foram formados os homens encarregados do aparato de repressão do regime. As apostilas não estão datadas, mas as informações nelas contidas indicam que são do período 1968-1969.
Cada uma delas têm um título diferente: “Guerra revolucionária”, “Informações”, Contra-Informações”, “O ciclo de informações”, “Movimento Comunista Internacional”, “Democracia”, “Eu sou um ex-covarde” e “Segurança Interna”. Ainda existem outros documentos no mesmo acervo, segundo apurou a reportagem, produzida durante seis semanas.

Todas as apostilas têm um carimbo indicando “Ministério da Aeronáutica” e “Gabinete do ministro”.No centro do carimbo vem a sigla SISA, que é do Serviço de Informações e Segurança da Aeronáutica, criado em 24 de julho de 1968. Na opinião do historiador e professor Carlos Fico (Universidade Federal do Rio de Janeiro), autor de obras referenciais sobre o regime militar, os documentos da ditadura que têm sido descobertos por jornalistas revelam que ao contrário do que muitos afirmam, nem todos os arquivos foram destruídos. “A importância desses achados não está apenas no conteúdo de tais documentos, mas na própria existência deles”, afirma.

O criador do Sisa foi o brigadeiro João Paulo Burnier, da chamada linha-dura do regime militar. Ele foi adido da Aeronáutica no Panamá (1967) e lá estudou na famosa Escola das Américas, instituição que formou especialistas na repressão ao comunismo, ditadores e golpistas da América Latina. Posteriormente o Serviço teve a denominação alterada para Cisa (Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica). Como Cisa, o serviço secreto da Aeronáutica foi acusado de envolvimento no desaparecimento de Stuart Angel Jones e Rubens Paiva, em 1971, dois casos emblemáticos da repressão na ditadura.

Os serviços secretos do Exército (CIE), Marinha (Cenimar) e Aeronáutica (Cisa) formavam o que um estudioso do tema, Lucas Figueiredo, chamou de “trindade letal dos serviços secretos militares”. Lucas é autor de um livro pioneiro sobre a história do serviço secreto no Brasil, Ministério do Silêncio(Editora Record, 2006). A “trindade letal” fazia parte da comunidade de informações, comandada pelo SNI (Serviço Nacional de Informações). Todas atuavam autonomamente, mas compartilhavam informações. Essa articulação “foi fundamental para esmagar a luta armada no país”, diz Lucas. A comunidade montou um sistema de vigilância que se estendeu para todo o Brasil.
Temor com a “intoxicação”
A principal preocupação dos textos das apostilas é com o que denominam “guerra revolucionária”, aquela que ocorre dentro do próprio país. Os dois “objetivos constantes” desse tipo de conflito são “a conquista da população e a tomada do poder”, define a apostila “Guerra Revolucionária”.

Para conseguir estes objetivos, duas atividades eram seguidas, diz o texto, e os alunos deveriam conhecer bem cada uma delas.

A primeira eram as “atividades construtivas”, que tratavam da seleção e formação de bases (“Consiste em descobrir os elementos ativos da população e convencê-los”) e do aliciamento - esta praticada, entre outras formas, por meio da “sedução dos frustrados e dos inescrupulosos, através de cargos, favores e recompensas diversas”.

A segunda atividade era a “destrutiva”. Consistiria em “corrupção”, “desmoralização de autoridades”, agitação social, intimidação” e “intoxicação”. A descrição do que seria a intoxicação: “É uma insidiosa técnica, que consiste nas meias-verdades, visa aos espíritos neutros, distorce o valor dos vocábulos, passando a dar-lhes um significado todo seu: paz, nacionalismo, imperialismo, democracia, autodeterminação dos povos, proletariado e outros, mascarando as próprias ideias e intoxicando os incautos, tornando-os imunes às advertências dos que se apercebem da ação subversiva”. No Brasil, “ essa técnica foi largamente explorada no último ano do governo João Goulart”.
“O suicídio da própria liberdade”
O tom que permeia todos os textos é de que os orientandos deveriam estar em constante estado de alerta - em relação a tudo e a todos. “E lembre-se: o Sr. Tem uma família: esposa, filhos, pais, irmãos - Preserve-os. Eduque-os. Alerte-os”, diz trecho da apostila “Eu sou um ex-covarde”.

Para quem tivesse dúvida, vinha o alerta: “Vivemos instantes de Guerra Revolucionária”. Por isso, “é necessário que esteja alertado para as ameaças, pressões, propaganda, contrapropaganda e ações que se verificam nos campos político, econômico, psicosocial e MILITAR [grifo no original]”.

Em julho de 1968, quando o Sisa foi criado, a ditadura estava em sua primeira fase, ainda tentando manter as aparências de que era uma democracia. Cinco meses depois
houve a decretação do AI-5, marcando o endurecimento do regime, que chegaria ao seu estágio mais brutal no governo de Garrastazu Médici (1969-1974). As apostilas não fazem menção ao AI-5. mas ao que tudo indica elas foram produzidas antes do ato e depois dele.

Já está lá a desconfiança com os procedimentos democráticos. “O culto da liberdade não pode chegar ao suicídio da própria liberdade”, lê-se na apostila sugestivamente intitulada “Democracia”.
Mais adiante diz que “um dos problemas que se apresentam consiste em colocar os melhores homens nas posições representativas do poder político”, uma vez que muitos deles seriam “mal preparados para a função”.
Nelson Rodrigues, estrela do curso
O curso da Aeronáutica usa Nelson Rodrigues como material de propaganda e doutrinamento, e aproveita as opiniões dele para atacar a Igreja católica e o então arcebispo de Olinda e Recife, d. Helder Câmara. Do material obtido pelo Diario, a apostila que enfoca o dramaturgo é a que tem o título mais impactante: “Eu sou um ex covarde”. A frase é do próprio Nelson, usada por ele em crônicas para definir-se a si próprio e criticar aqueles que, “por medo de parecerem reacionários”, agiam como se progressistas fossem. “Hoje o sujeito prefere que lhe xingue mamãe e não o chamem de reacionário”, dizia ele.

Dramaturgo genial, colunista polêmico e uma metralhadora giratória de opiniões conservadoras, Nelson Rodrigues (1912-1980) foi um apaixonado defensor da ditadura e em particular do presidente Garrastazu Médici. Mesmo assim surpreende encontrá-lo numa apostila de um curso para agentes da repressão.O material transcreve entrevista dele, apresentando-o como “um civil que, com excepcional coragem, deixou de ser covarde”.

Na matéria Nelson fala, entre outras coisas, sobre a Rússia (“onde não existe o direito de greve”, diz); anticomunismo (“Eu sou anticomunista que se declara anticomunista. Geralmente, o anticomunista diz que não é.Mas eu sou e o confesso”); esquerda (“O esquerdista é o maior moedeiro falso de todos os tempos”) e Igreja Católica, que na visão dele estaria ameaçada “pelos padres de passeata, pelas freiras de minissaia”.

Ao tratar de religião,Nelson não perdia a oportunidade de fustigar um dos seus alvos preferidos, d. Helder Câmara (1909-1999), a quem chama de “falsário” e acusa de ter esquecido “tanto a letra do Hino Nacional como a do Padre Nosso e da Ave Maria”.

“Que ele pegasse uma carabina e fosse pro mato ou terreno baldio, dar tiros em todas as direções, como Tom Mix, isso é um direito que ele tinha, um risco que ele assumia. Então ele arriscaria a própria pele, assumiria uma responsabilidade trágica e eu não diria nada”, afirma Nelson na entrevista distribuída aos agentes do Sisa. “Mas, se ele não faz isso, porque a coragem física não é pra todo mundo, ele não tem o direito de pregar o que prega”. Para Nelson, “dom Helder prega a luta armada, prega a aliança do marxismo e do cristianismo.Dom Helder diz que não hesita em colher no marxismo os elementos que lhe parecem justos.Portanto, dom Helder é um cristão para quem não basta o cristianismo. É o cristão sem vida eterna. É o cristão marxista”.

Ao fim da transcrição da entrevista dele, a apostila elenca uma série de frases que teriam sido ditas por d. Helder no exterior, mostrando tolerância com a violência revolucionária, o comunismo e Cuba.Nesse ponto o texto estabelece relação com o líder comunista Marighela, partidário da luta armada: “A propósito das ‘experiências geopolíticas cubanas’, é interessante lembrar que CARLOS MARIGHELA, ex-dirigente do PC, recebeu treinamento em Cuba. É ele o dirigente dos atos terroristas contra estações de TV e assaltos a bancos”.

Em seguida o texto menciona a “ação terrorista comunista” e diz que ela “conta com apoio de Helder Câmara”. A Igreja Católica estaria já “infiltrada” por “maus elementos, agentes da guerra evolucionária”. Haveria “dois baluartes inexpugnáveis” que barravam estes agentes: a Igreja e as Forças Armadas. Mas, conclui a apostila, “atacados solertemente por infiltrações em seus próprios organismos, um dos baluartes cedeu: a Igreja se esboroa”.
Censura e infiltração
O raio de ação da comunidade de informações ia da coleta de dados à repressão direta, com direito também à censura, incluindo a postal, com o confisco de correspondência.

Na apostila “Contra-Informações” a censura é defendida assim: “É importante porque através de notícias inocentes são enviadas, codificadas, mensagens importantes. O pessoal de censura tem que ser altamente especializado para poder exercer a contento a missão”.

Na mesma apostila faz-se a defesa da infiltração de agentes em organizações inimigas, prática que seria adotada depois na luta contra os movimentos de luta armada. De acordo com o texto, existiam dois tipos de contra-informação: a defensiva (“Negar ao inimigo informes ou acesso a nossas áreas vitais”) e a ofensiva, da qual a infiltração faria parte.

O impulso da luta armada só aconteceria depois do AI-5 (dezembro de 1968), mas antes disso já havia ações sendo praticadas pela esquerda, como o atentado no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, em 1966.

A julgar pelo que mostram as apostilas, porém, pelo menos o pessoal da Aeronáutica já se preparava para um conflito com a esquerda armada: “Não basta que as atividades dos nossos serviços de informações sejam suficientes. Há também necessidade de procurarmos anular e restringir as atividades de informações do inimigo, salvaguardar as nossas informações de ação de espionagem, resguardar o pessoal de ações subversivas e proteger o material das ações de sabotagem”.

Resumo dos documentos
A descrição sucinta de cada um deles:

O ciclo de informações: 15 páginas.Trata da coleta, organização e disseminação de informações que seria a última fase do ciclo.

Informações: 13 páginas.

Contra-Informações: Seis páginas: “Compreende os seguintes campos: Contra-espionagem, Contra-sabotagem e Subversão”.

Movimento Comunista Internacional: 20 páginas. Traça um painel da atuação internacional dos comunistas e cataloga três tipos de pessoas que, não sendo comunistas, são “colaboradores” do movimento: os “companheiros de viagem”, os “simpatizantes” e os “oportunistas”. Estes são os que “desejosos de subir ou aparecer, encostam-se aos comunistas e, por ambição, passam a com eles colaborar”. São um “tipo perigoso” tanto para os comunistas quanto para seus opositores, porque agiriam só por interesse próprio.

Eu sou um ex-covarde: 14 páginas. É a que se vale de Nelson Rodrigues para atacar a esquerda e d. Helder Câmara.

Democracia: 12 páginas: “O culto da liberdade não pode chegar ao suicídio da própria liberdade”.

Guerra revolucionária: 21 páginas

Segurança interna: 30 páginas. “Em um país como o nosso, ainda não desenvolvido, é difícil a prática da Democracia, conciliando a segurança com a liberdade”.


Aeroporto Tom Jobim terá só 30% das obras prontas para eventos de 2013

DENISE LUNA

Os turistas que chegarem ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude e para a Copa das Confederações no primeiro semestre deste ano vão encontrar apenas 30% da obras do Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão prontas, informou hoje a Infraero.
Em vistoria feita pela manhã junto com o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil, o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, admitiu que as obras atrasaram em cinco meses, mas garantiu que serão finalizadas à tempo da Copa do Mundo em 2014.
Para os dois eventos deste ano, a Infraero vai montar um plano de contingência, como faz para todos os grandes eventos que acontecem na cidade, informou Vale, a exemplo da Rio +20, no ano passado.
Somente para a Jornada da Juventude, que acontece apenas no Rio de Janeiro, a estimativa é que a cidade receba entre 2 a 3 milhões de pessoas, grande parte vinda de fora do país.
"É uma logística que a gente faz para todos os grandes eventos, ficará pronto nos próximos 15 dias, com todos os órgãos envolvidos no processo. No aeroporto terá um responsável por cada ponto de embarque, por cada esteira de bagagem", disse Vale sem dar detalhes.
Os possíveis novos concessionários do Tom Jobim também vão receber o aeroporto ainda em obras. Segundo Moreira Franco, que assumiu o cargo no mês passado, a licitação para privatização do Tom Jobim será em setembro deste ano, enquanto as obras só ficarão prontas no primeiro trimestre de 2014.
As obras do Tom Jobim começaram em 2010 e vão custar R$ 860 milhões.
BOLSA SÓ EM 2017
Vale informou também que a Infraero pretende deixar para 2017 a abertura de capital da empresa. Ele explicou que antes é preciso privatizar os aeroportos e melhorar a gestão da autarquia, para torná-la mais atraente aos investidores.
"O projeto de abertura de capital existe, mas vai ficar para depois. Imagino que a gente comece a pensar nisso depois da concessão dos dois aeroportos (Confins, em Minas, e Tom Jobim)", disse Vale.
"Para você abrir capital tem que estabilizar o ativo da Infraero...definir o tamanho dela para vender alguma coisa. (pensamos ) Em começar a estudar o IPO (abertura de capital) em 2014 e fazer o operação em 2017", acrescentou.
No ano passado, o governo concedeu os terminais de Guarulhos, Brasília e Campinas (Viracopos) a iniciativa privada e programa para setembro desse a concessão dos aeroportos do Galeão e Confins (Belo Horizonte).

Aquecimento global vai intensificar turbulência em voos

GIULIANA MIRANDA, SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

Apertem os cintos: o aquecimento global deve dobrar a ocorrência de turbulência de céu claro nas viagens aéreas.
Além de mais frequentes, esses sacolejos causados por variação de velocidade de correntes de ar -menos comuns do que a turbulência ligada a tempestades- devem ficar mais intensos até a metade deste século.
Um trabalho, publicado na revista "Nature Climate Change", usou um supercomputador para simular a ocorrência de eventos atmosféricos em diferentes cenários climáticos e, assim, estimar o impacto das temperaturas elevadas sobre as turbulências.
O grupo identificou que o incremento na frequência pode ficar entre 40% e 170%. Mas o cenário mais provável é que a quantidade de tremores aéreos dobre até a metade deste século --quando, de acordo com projeções, a temperatura terá se elevado em até 2º C e a concentração de CO2 na atmosfera será duas vezes maior do que a do período pré-industrial.
"As variações de temperatura causadas pelo CO2 estão aumentando a velocidade das correntes de ar atmosférico", explica o climatologista Paul Williams, principal autor do trabalho. "As mudanças climáticas estão acelerando as correntes de ar e levando a mais instabilidade nos voos."
O trabalho se concentrou na região do Atlântico Norte, mas seus resultados podem valer para outras partes do globo, apesar de haver ainda muitas incertezas.
"O trabalho tem o mérito de chamar a atenção para os efeitos das mudanças climáticas nas turbulências, que não têm sido muito estudados pelos climatologistas", diz José Marengo, climatologista do Inpe membro do IPCC (painel de mudanças climáticas da ONU).
O tipo de tremor no qual o trabalho se concentrou -as turbulências de céu claro- é o mais problemático para as companhias aéreas.
"Elas são invisíveis para pilotos e satélites e se intensificam no inverno", explica Manoj Joshi, professor da Universidade de East Anglia e autor do trabalho.
O sacolejo aéreo danifica as aeronaves, atrasa voos, aumenta os custos de manutenção e pode ferir a tripulação e os viajantes. A pesquisa estima o custo anual disso em US$ 150 milhões (cerca de R$ 300 milhões).
A boa notícia é que, nas próximas décadas, muita coisa pode evoluir na tecnologia aeroespacial. "Até a metade do século já será possível detectar esse tipo de turbulência [de céu claro]", conta Ronaldo Jenkins, coordenador da comissão de segurança de voo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.
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Líder pensou em atacar aviões no Recife em 1982

Jamil Chade
CORRESPONDENTE / GENEBRA

A ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher chegou a considerar atacar aviões que usaram aeroportos brasileiros como escala para buscar armas na Líbia e abastecer os argentinos na Guerra das Malvinas. A informação faz parte dos 6 mil telegramas e documentos secretos que o governo da Grã-Bretanha tornou públicos no final de 2012, 30 anos depois da guerra.
Segundo os papéis, o Aeroporto do Recife foi usado como entreposto para armas que eram enviadas da Líbia para a Argentina durante a guerra. Acusando o Brasil de não ter fibra moral e ceder diante dos argentinos, os britânicos estavam convencidos de que o uso do Recife como base de apoio aos militares argentinos era de conhecimento do mais alto escalão do governo brasileiro.
Num telegrama enviado para Londres em 1.° de junho de 1982, o então embaixador britânico no Brasil, George Hardings, dá detalhes dos carregamentos de armas, alguns dos quais usavam aviões da companhia Aerolíneas Argentinas. A suspeita era de que o avião transportava mísseis Exocet e sua avaliação era de que os voos teriam recebido autorização do Ministério da Aeronáutica do Brasil.
Thatcher pediu então que uma avaliação legal sobre a possibilidade de abater as aeronaves que chegavam ao Brasil. No dia 11 de junho, o procurador-geral britânico, Michael Havers, relatou à Dama de Ferro sua opinião legal sobre o impacto de interceptar a carga. "Um avião voando diretamente de Trípoli a Recife no Brasil sem parar para abastecer não poderia ser interceptado ou forçado a descer porque não teria combustível suficiente", explicou. Ele acrescentou que Londres poderia fazer um alerta à Argentina de que novos carregamentos que fizessem escala no Brasil seriam "atacados" se não aceitassem ser desviados. Já Hardings desaconselhou um ataque contra esses aviões ou contra o Brasil, alertando para as "sérias consequências políticas" que isso teria.
A descoberta provocou uma reação diplomática intensa em Londres. Num telegrama de 1.° de junho, o governo britânico pediu ajuda da Casa Branca para pressionar o Brasil em relação ao auxílio dado aos argentinos. A guerra acabaria precipitando o fim da ditadura da junta militar na Argentina, um ano depois.

BNDES fará estudo sobre setor aéreo

Ricardo Leopoldo, Vinícius Neder

O ministro da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, pediu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estudos sobre as empresas do setor de aviação, em reunião realizada há uma semana, no Rio.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, classificou ontem, em São Paulo, a aviação civil como "um setor de infraestrutura importante" e reconheceu que "as empresas apresentaram resultados não muito animadores".
Gol e TAM apresentaram fortes prejuízos em 2012. A direção do BNDES e o ministro, anunciado no cargo no mês passado, tiveram encontro oficial na semana passada, na sede do banco, no Rio. Segundo Coutinho, Moreira pediu ao banco para observar "a situação do setor".
"Achismo". Moreira afirmou ao Estado que é preciso acabar com "achismos", daí o pedido de estudos. "Não podemos fazer um esforço de melhoria na infraestrutura aeroportuária, tanto nos grandes terminais quanto na aviação regional, se não tivermos empresas robustas", disse Moreira, que voltou a defender a discussão sobre o aumento da participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas, atualmente limitado em 20%.
O BNDES ficou de levantar dados sobre as empresas para a SAC. Ontem, Coutinho não informou se o banco estuda conceder financiamentos para o setor no curto prazo. A principal forma de atuação do BNDES no setor aéreo é por meio do financiamento aeronaves. No entanto, esse apoio está restrito a fornecedores de capital nacional.
Por isso, as principais operações do banco têm sido para a Azul Linhas Aéreas, que usa jatos regionais da Embraer. A TAM e a Gol usam aviões da Airbus e da Boeing.


Helibrás vai desenvolver helicóptero brasileiro, diz executivo

Até o fim de 2013 empresa decidirá classe de aeronave a ser criada. Helibrás, divisão do Grupo Eads, estará em feira de defesa no Rio.

Lilian Quaino

A Helibrás vai desenvolver e fabricar um helicópero brasileiro e até o fim de 2013 decidirá que classe de aeronave vai ser desevolvida em sua fábrica em Itajubá, Minas Gerais. Eduardo Marson, presidente da empresa, disse nesta segunda-feira (8) que o modelo deverá ser apto tanto ao uso civil como militar e deve ser capaz de atrair compradores no Brasil e no exterior.
Segundo o executivo, o investimento no helicópero brasileiro, dependendo do modelo a ser desenvolvido, vai variar de € 300 milhões a € 600 milhões. A escolha do Brasil para a criação de uma nova aeronave se deu principalmente pela "disponibilidade de engenharia e pelas escolas fortes", disse Marson.
 "A Universidade Federal de Itajubá criou um curso de engenharia de aeronáutica voltado para helicópteros e tem ainda um centro de tecnologia de helicópteros", explicou o executivo, que está no Rio de Janeiro para participar da Latin America Aerospace and Defence (Laad), que começa na terça-feira (9) no Riocentro reunindo empresas do setor de defesa e segurança.
ImagemCom uma encomenda de 50 helicópteros para as Forças Armadas – sete deles já entregues e os demais com prazo de entrega até 2017 – a Helibrás espera estar faturando em três anos R$ 1 bilhão. Hoje o faturamento da empresa, que há 35 anos está no Brasil, é de R$ 200 milhões. A empresa vai investir mais forte no setor de serviços, que pesa 30% em seu faturamento.
"Temos que crescer mais no setor de serviços porque o offshore é um heavy user", disse Marson.
O executivo calcula que a indústria de óleo e gás tem um décit de cem helicópteros para o trabalho no offshore brasileiro. E o cenário para a empresa é promissor. Segundo Marson, existe ainda um memorando de entendimento com a Líder para a compra de 14 helicópteros.
A Helibrás é uma das divisões do Grupo Eads e é a única fabricante sul-americana de helicópteros e única subsidiária integral da Eurocopter.
 A empresa, que em 2009 tinha 260 funcionários, hoje tem 769 e vai terminar 2013 com 850, chegando aos mil funcionários em 2014. De sua fábrica saem por ano 40 novos helicópteros pequenos, tipo Esquilo, e 13 de grande porte. Marson adiantou que em 2015 a Helibrás estará produzindo 16 helicópteros de grande porte por ano.
O Grupo Eads considera o Brasil um país estratégico para o desenvolvimento de seus negócios não apenas para atender ao mercado interno, mas também para exportar seus equipamentos, disse Marson.
"Estamos aqui há muito tempo. E estamos alinhados com a estratégia do Brasil no desenvolvimento da defesa e de uma indústria sustentável. O Brasil pode ser um hub", comentou Anne Tauby, vice-presidente sênior para a América Latina da Eads.
A executiva disse que é importante a perspectiva do grupo na América Latina, que representa 11% do total dos negócios da Eads, quando cinco anos atrás sua representação era de 5%. A Eads é líder mundial nos segmentos aeroespacial e de defesa e inclui as empresas Airbus, Astrium, Cassidian e Eurocopter. O grupo tem mais de 140 mil funcionários e registrou uma receita de € 56,6 bilhões em 2012.

Varginha busca brigadistas de incêndio para voltar a operar voos

Anac vetou operações de voos comerciais no local por falta de brigada. Não há prazo de retorno das operações suspensas na segunda-feira (8).

A ausência de uma brigada de incêndio capacitada no aeroporto de Varginha foi o que gerou, novamente, a suspensão dos voos a partir desta segunda-feira (8). Quem utiliza o transporte reclamou do cancelamento, mas o problema não tem prazo para ser resolvido.
A decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se deu após a segunda-feira (1º), após uma inspeção em que os técnicos constataram que o aeroporto não possui serviços de prevenção, salvamento e combate a incêndio e por isso o local não tem autorização para operar voos regulares de aeronaves de grande porte.
 Segundo o administrador do aeroporto, Rogério Evaristo, já existe uma brigada com oito pessoas, um caminhão e os equipamentos necessários, mas segundo a nova regra Anac é exigido um curso de formação técnica de bombeiros que trabalham em aeroportos menores, os aeródromos. “Eu estou em Resende (RJ) para tentar fazer um convênio com o município, a fim de trazer para Varginha os brigadistas que já fizeram o curso exigido pela Anac. Assim que eles chegarem à cidade, o aeroporto poderá voltar a funcionar imediatamente”, disse.
 Quem reclama da situação é o metalúrgico Antônio Carlos Bossi. “É complicado não termos mais voos regulares aqui. São necessários e adiantam muito”, reclamou.
O médico Paulo Brito também questiona. “Gostaria que isso fosse revisto, já que precisamos dos voos regulares e diários aqui”, comentou.
Segundo a Azul Linhas Aéreas, as operações serão retomadas assim que o aeroporto for liberado. Até lá, será feito o reembolso integral do valor das passagens aos clientes com bilhetes marcados para voos a partir de hoje.
Segundo a assessoria de imprensa da Anac, os voos no Aeroporto de Varginha foram cancelados porque o administrador aeroportuário não possui Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos (Sescinc), e por isso não tinha autorização para operar voos regulares de aeronaves de maior porte.
Sobre o curso de Sescinc, a Anac informou ainda que atualmente a Infraero e o Comando da Aeronáutica (Comaer) são entidades brasileiras que realizam este curso no país.


Secretário de Estado liderará delegação espanhola em Feira de Defesa no Rio

Madri, 8 abr (EFE).- O secretário de Estado da Defesa da Espanha, Pedro Argüelles, presidirá a delegação da Espanha na Feira Internacional de Defesa e Segurança, que começa amanhã, terça-feira, no Rio de Janeiro. Segundo informou nesta segunda-feira o Ministério da Defesa espanhol, durante sua estadia na feira, Argüelles deve manter encontros os ministros da mesma pasta do Brasil, Colômbia e África do Sul, assim como com os comandantes da Força Aérea e da Marinha do Brasil. Trata-se da nona edição desta feira, que dura até o próximo dia 12 e que conta com a participação de mais de 720 empresas especializadas na provisão de equipes, serviços e tecnologia para as Forças Armadas, Polícia e Forças Especiais, além da segurança corporativa. Com sua viagem ao Rio, o secretário de Estado demonstra, segundo o Ministério, o apoio do governo à indústria espanhola de Defesa. EFE aam/jt/tr
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FAB participa de maior exercício militar do mundo de resgate

Militares de mais de 15 países estão nos Estados Unidos para o maior exercício do mundo de resgate em combate

Um grupo de 43 militares da Força Aérea Brasileira (FAB) participa até o dia 20 de abril do Angel Thunder 2013, maior exercício militar do mundo de resgate em combate (CSAR) e recuperação de pessoal. Organizado pela Força Aérea dos Estados Unidos, o treinamento reúne militares de mais de 15 países na Base Aérea de Davis Mountain, na cidade de Tucson, Estado do Arizona.
A equipe da FAB, comandada pelo tenente-coronel-aviador Potiguara Vieira Campos, embarcou na quinta-feira na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, a bordo de uma aeronave C-130 Hércules do Esquadrão Gordo (1º/1º GT). O objetivo do interncâmbio com militares com experiência de combate real e recente é vivenciar, planejar e aperfeiçoar doutrinas, táticas e técnicas para o emprego operacional das unidades da FAB.
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Quem deve vender o Brasil lá fora

O déficit comercial no primeiro trimestre preocupa empresários que esperam mais apoio do governo para vender o Brasil no Exterior. Uma tarefa para a presidenta ou para o ex-presidente

Carla JIMENEZ, Denize BACCOCCINA e Luís NOGUEIRA

O resultado da balança comercial do primeiro trimestre deste ano mostra que a crise global de 2009 continua cobrando a sua fatura. Nos primeiros três meses do ano, o País registrou um déficit de US$ 5,15 bilhões, embora tenha alcançado um pequeno saldo de US$ 164 milhões no mês de março, segundo informações divulgadas na segunda-feira 1º, pelo Ministério do Desenvolvimento. Somem-se aí o fato de que nos últimos meses as importações aumentaram e os preços das commodities recuaram. O problema não é exclusivo do Brasil. A solução para lidar com ele, entretanto, começa a ser questionada por alguns empresários. Não valeria adotar a velha máxima de que a melhor estratégia de defesa é o ataque?
Essa, pelo menos, tem sido a postura adotada pelos países afetados pela crise de 2009: aumentaram o número de missões empresariais e de visitas a mercados que podem se tornar parceiros, inclusive com a atuação direta de seus chefes de Estado. "As empresas americanas querem ajudar o Brasil a construir e preparar o Rio de Janeiro para o sucesso olímpico", disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em discurso no Teatro Municipal do Rio, quando visitou o Brasil, em março de 2011. Em junho do ano passado, o rei espanhol, Juan Carlos, veio ao País acompanhado por 13 presidentes de empresas espanholas, para fazer a corte à presidenta Dilma, em nome das relações diplomáticas – e comerciais – entre os dois países.
Para Gilberto Lima, da consultoria Going Global, de Brasília, o papel de um chefe de Estado é crucial para fazer negócios mundo afora. "A promoção das marcas no Exterior é uma política pública", diz Lima, que coordenou a internacionalização de empresas brasileiras na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), entre 2008 e 2011. Para os empresários, por sua vez, os eventos promovidos pelo governo são a vitrine perfeita para fechar bons negócios internacionais. "Visitas presidenciais, seguidas de missões empresariais, são sempre complementares", diz Luiz Antonio Mameri, presidente da Odebrecht América Latina.
"Um presidente da República vender o País é mais do que legítimo, todos os países fazem isso", completa. Exemplos que ilustrem essa afirmação não faltam. O ministro do Desenvolvimento durante o governo Lula, Miguel Jorge, lembra de uma história que ouviu do então presidente Itamar Franco, em 1993. Naquela época, o Brasil buscava parceiros para o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), que iria monitorar a Floresta Amazônica. O projeto despertou interesses de diversos países. "O então presidente americano Bill Clinton ligou três vezes para Itamar para que ele considerasse as empresas americanas e "garantisse o emprego de 30 mil americanos"", diz Jorge, lembrando o relato do presidente mineiro.
O Sivam só sairia em 1995 no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A empresa vencedora foi a americana Raytheon, que atua em parceria com as brasileiras Atech e Embraer. Outro projeto estratégico brasileiro que é alvo de cobiça explícita de chefes de Estado é a compra de caças para as Forças Armadas, em estudo há mais de uma década. Suécia, Estados Unidos e França estão na disputa, por meio das empresas Saab, Boeing e Dassault, respectivamente. Pois as empresas já foram defendidas pelos líderes de cada país, sem medo de fazer papel de caixeiros-viajantes, nas visitas que fizeram nos últimos anos ao País.
"Todas as autoridades americanas que vieram ao Brasil nos últimos dez anos tocaram no assunto", diz Rubens Gama, diretor do departamento de promoção comercial e investimentos do Itamaraty. Até o momento, entretanto, o lobby não vingou para nenhum lado – as negociações para a compra dos caças estão paradas. Mas, se um chefe de Estado tem legitimidade para vender o Brasil, um ex-presidente da República, como Lula, também tem? Executivos e especialistas ouvidos pela DINHEIRO são unânimes em dizer que sim. O antecessor da presidenta Dilma foi alvo de críticas do jornal Folha de S. Paulo há algumas semanas por ter participado de seminários no Exterior, em viagens patrocinadas por empresas privadas, principalmente empreiteiras.
Para os empresários, o assunto é visto com muitos pudores no Brasil, quando na verdade se trata de uma prática corriqueira – a Odebrecht, por exemplo, já convidou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para fazer uma palestra patrocinada pela empresa aqui no Brasil, durante o evento cultural Fronteiras do Pensamento, que reúne intelectuais como o escritor peruano Mario Vargas Llosa. "O Lula é um "pastor" do Brasil, que prega sobre o Brasil e contagia investidores com a sua empolgação", afirma Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez. "O ex-presidente Fernando Henrique é de um brilhantismo fantástico, mas ele não tem essa qualidade do Lula."
Há quem tenha saudade, inclusive, dos tempos do ex-presidente Lula na condução das viagens com o "sucatão", o avião da Força Aérea Brasileira, que transportava até 100 empresários e executivos para missões comerciais de uma semana, com intensas reuniões de negócios em até cinco países. "Chegávamos com o crachá de governo brasileiro, o que fazia toda a diferença", lembra Erino Tonon, vice-presidente de estratégia das Empresas Randon, fabricante de implementos agrícolas de Caxias do Sul (RS). "Foram muitas viagens para a África e para o Oriente Médio, que seriam impossíveis de serem feitas individualmente." Não por acaso, as exportações para o Oriente Médio aumentaram 351% durante os dois mandatos de Lula, passando de US$ 2,3 bilhões, em 2002, para US$ 10,5 bilhões em 2010.
Já o comércio internacional com a África avançou 292% no mesmo período, chegando a US$ 9,6 bilhões em 2010. As vendas para as duas regiões continuam crescentes. Tonon acredita, no entanto, que falta um pouco mais de entusiasmo na ampliação de novos mercados. "Os dois ministros responsáveis pelo comércio exterior no governo Lula (Luiz Fernando Furlan e Miguel Jorge) não eram políticos de carreira e estavam realmente preocupados em vender os produtos brasileiros", diz. "Hoje nós temos um ministro da indústria que quer ser governador de Minas", completa, alfinetando o atual ministro Fernando Pimentel. Em todo caso, nem todos concordam com Tonon. "A presidenta Dilma dá tanta importância para o comércio internacional quanto Lula", diz Jackson Schneider, vice-presidente de relações institucionais da Embraer.
Ele lembra, ainda, que ela delega essa função a outros integrantes do governo. "Temos tido uma participação muito importante do vice-presidente, Michel Temer, na promoção comercial do País." Para Marco Stefanini, presidente da empresa Stefanini IT Solutions, a presidenta Dilma age como um CEO que precisa fazer escolhas. "Ela tem de dar mais ênfase à organização da estrutura produtiva e menos à venda", diz Stefanini. Para ele, quando o País precisava levantar sua autoestima, o ex-presidente Lula cumpriu a tarefa. "Agora, é hora de gerenciar aqui dentro." Divergências à parte, é fato que o governo Dilma tem mantido a mesma estratégia do governo Lula. "A busca por novos mercados e a ampliação do comércio com os parceiros já conquistados permanecem", diz o ministro Fernando Pimentel.
Ele cita, por exemplo, decisões tomadas na cúpula realizada em Durban, na África do Sul, para ampliar o comércio intra-BRICS. "Avançamos na criação do Banco dos BRICS e no acordo assinado entre Brasil e China para o comércio com pagamento nas moedas locais." Gilberto Lima, da Going Global, reconhece o esforço do governo, mas considera pouco para o tamanho do País. "O Brasil tem uma promoção comercial extremamente tímida para um país que é a sétima maior economia do mundo", afirma. Faltam recursos, avalia Lima. Mas faltam, talvez, mais mascates pregadores que vendam entusiasmo para fechar negócios no Exterior que, ao fim e ao cabo, obrigam o Brasil a se tornar cada vez mais competitivo.


Embraer eleva negócios com Super Tucano

Virgínia Silveira
Para o Valor, de São José dos Campos

A Embraer vendeu mais nove turboélices de ataque leve Super Tucano para dois países, um da América Central e outro da África. Segundo o Valor apurou, um desses países é a Guatemala, mas a empresa informou que só revelaria o nome dos novos clientes do Super Tucano hoje, durante a Laad, feira internacional de defesa e segurança, que acontece no Rio de Janeiro.
A fabricante brasileira também negocia a venda de Super Tucano para vários países da África e o Senegal é um dos clientes onde a negociação estaria mais avançada, segundo o Valor apurou.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que a novidade de um dos novos contratos do Super Tucano é que, pela primeira vez, a Embraer estará exportando, junto com a aeronave, um software inteligente, do sistema de apoio a decisão do centro de comando e controle de informações estratégicas daquele país. Esse sistema inteligente será desenvolvido pela Atech, empresa do grupo Embraer.
A Embraer já vendeu um sistema similar para o México, mas estava relacionado à venda de cinco aeronaves de vigilância. "A principal diferença é que no México a Embraer precisou subcontratar várias empresas estrangeiras para o desenvolvimento do software e agora apenas a Atech será responsável por todo o trabalho", explica o executivo.
O contrato com a Guatemala já vinha sendo negociado há mais de dois anos, mas ainda aguardava ser aprovado pelo Congresso da República Guatemalteca. Da mesma forma, o sistema de financiamento da compra também estava sendo analisado pelo Ministério de Finanças Públicas do país.
As novas vendas do Super Tucano, segundo Aguiar, já são um reflexo da vitória da empresa na concorrência da Força Aérea dos EUA (da sigla em inglês Usaf), que abriu portas para o produto brasileiro. Tanto que a Embraer acaba de refazer as estimativas das vendas potenciais do avião, de US$ 3,5 bilhões para US$ 4,1 bilhões até 2025. Este número, de acordo com Aguiar, representa 344 unidades, ante as 300 anteriormente previstas.
"A vitória no processo chamou a atenção do mundo para o nosso produto. O nível de interesse aumentou em vários países e acreditamos que a tendência é de ampliarmos as vendas cada vez mais", disse o executivo.

O fornecimento de 20 Super Tucano para os EUA foi anunciado em janeiro. O contrato, a primeira venda de um produto militar da empresa para o governo americano, tem valor inicial de US$ 427,5 milhões, mas poderá alcançar a cifra de US$ 1 bilhão, com a encomenda de mais 30 aeronaves.
O Super Tucano acumula até o momento um número superior a 210 encomendas, das quais mais de 170 já foram entregues. Além dos dois novos clientes que serão anunciados hoje, a aeronave já foi vendida para cinco países da América Latina (Brasil, Colômbia, Equador, Chile, e República Dominicana), três da África (Burkina Faso, Mauritânia e Angola), Indonésia e EUA.
A Embraer também vai mostrar na Laad todos os indicadores de performance do cargueiro KC-390 e as novas estimativas de vendas da aeronave, que já começou as campanhas de venda pelo mundo, com a conclusão do desenvolvimento da configuração do avião. A empresa também já deu início à produção dos dois primeiros protótipos. A primeira venda será anunciada no primeiro trimestre de 2014.
Aguiar afirmou ainda que a Embraer fez uma atualização do mercado potencial do KC-390, tendo em vista que mais aviões dessa categoria estão sendo aposentados e precisam ser substituídos. A última estimativa da empresa revelou que o KC-390 teria potencial para disputar um mercado de 700 aeronaves, num prazo de 10 anos, o que representa um volume de negócios da ordem de US$ 13 bilhões.

EADS prevê crescer 15% em cinco anos na América Latina

Gulherme Seródio
Do Rio

Líder mundial no mercado de defesa, a europeia EADS espera crescer acima de 15% na América Latina nos próximos cinco anos, mantendo o Brasil como seu maior mercado na região. A afirmação é da vice-presidente da EADS para a América Latina, Anne Tauby.
A dona da Airbus - que soma cerca de 70% do faturamento global de € 56,5 bilhões do grupo - buscava reduzir sua dependência da gigante francesa de aviação comercial no ano passado. Mas precisou rever sua estratégia depois de outubro, quando a tentativa de fusão com outra gigante do setor de defesa, a inglesa BAE Systems, foi cancelada por falta de entendimento entre os governos da França, Alemanha, Espanha e Inglaterra, acionistas nas empresas. Hoje a EADS busca expandir os negócios de defesa ao lado da aviação civil.
"Esse protejo teria sido uma aventura fantástica e transformaria o mercado mundial para nós e para os competidores, e seria muito importante para desenvolver nossos negócios nas áreas de defesa e aeroespacial, mas não foi bem-sucedido", diz a vice-presidente do grupo para a América Latina, Anne Tauby. "Mas o grupo ainda é muito sólido. A estratégia naquele momento era desenvolver o segmento de defesa. Agora acreditamos em aquisições e crescimento orgânico."
A EADS aponta três mercados-chave para o grupo no mundo: Estados Unidos, América Latina e Ásia. O foco nos mercados emergentes do Brasil, Índia, Coreia do Sul, Indonésia e Rússia mira tanto a aviação comercial quanto o mercado de defesa. "Em termos de tráfego aéreo o crescimento está nessas regiões, e também nos setores de defesa e aeroespacial", diz a executiva.
Mesmo se não firmar nenhum grande contrato na América Latina nos próximos cinco anos, o grupo deve crescer 15% em faturamento na região sobre os € 10 bilhões de receita registrada em 2012. "Mas essa é uma perspectiva conservadora. Meu objetivo é ir muito além disso", diz Anne. De acordo com ela, além da aviação comercial, os gastos com defesa devem crescer na região, principalmente no comércio de helicópteros e componentes eletrônicos.
O Brasil é o grande foco da EADS na região e visto pela empresa como uma porta de entrada para os mercados da América Latina e África. O país sedia a única unidade de desenvolvimento de helicópteros de alta tecnologia do grupo fora da Europa. Até o fim do ano a Helibras, subsidiária de helicópteros da EADS, deve definir o projeto do primeiro helicóptero desenvolvido 100% no país. "Será um projeto de US$ 300 a US$ 600 milhões", diz Eduardo Ferreira, presidente da Helibras. A empresa é uma das principais apostas do grupo no país e espera faturar R$ 1 bilhão em 2016 com entrega de 50 modelos EC 725 para as Forças Armadas.
"Buscamos aqui o crescimento que já não temos mais na Europa", diz o principal executivo da EADS no Brasil, Bruno Gallard.


CONSULTOR JURÍDICO

Morre ministro aposentado do STM Flávio Lencastre

Morreu neste domingo (7/4) o ministro aposentado do Superior Tribunal Militar tenente-brigadeiro-do-ar Flávio de Oliveira Lencastre. O ministro ocupou uma das cadeiras destinadas à Aeronáutica na composição da Corte Castrense, tendo tomado posse no cargo de ministro em 13 de fevereiro de 2004. Em fevereiro de 2008, foi eleito presidente da Corte para completar o mandato do biênio 2007/2009. O ministro se aposentou em abril de 2011.
Flávio Lencastre nasceu em 12 de abril de 1941, no Rio de Janeiro. Ingressou na carreira militar em 1960 como cadete, sendo promovido a tenente-brigadeiro-do-ar em 2000.
Enquanto ministro do STM, Lencastre era tido como um julgador rigoroso, sem, no entanto, menosprezar a importância das garantias fundamentais do cidadão que está sendo julgado.
Em entrevista para o Anuário da Justiça de 2010, o ministro afirmou que “não se faz justiça apenas absolvendo o acusado. Também se faz quando se condena um culpado”. Lencastre defendia que o julgador deve ser imparcial e julgar de acordo com as provas do processo, sem ser influenciado por fatos alheios ao processo.
O corpo do magistrado foi sepultado às 11h deste domingo, no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.

PORTALR3.COM.BR

Embraer leva jatos para a Asian Business Aviation Conference & Exhibition na China

A Embraer promove sua linha completa de jatos executivos na edição de 2013 da Asian Business Aviation Conference & Exhibition (ABACE), a ser realizada entre 16 a 18 de abril, no Aeroporto Internacional Hongqiao de Xangai, na China. Na maior feira de aviação executiva da Ásia, a Empresa terá em exposição estática as premiadas aeronaves Lineage 1000, Legacy 650 e Phenom 300.
“Temos testemunhado o rápido crescimento do mercado de aviação executiva na China”, disse Ernest Edwards, Presidente da Embraer – Aviação Executiva. “Em 2012, as entregas de jatos executivos no país aumentaram 40% em comparação a 2011. O mercado tem sido bastante receptivo aos jatos Embraer e esperamos que as vendas permaneçam crescentes na região.”
ImagemCom o propósito de anunciar os novos avanços e atualizações dos programas da aviação executiva, a Embraer organiza uma coletiva de imprensa no dia 15 de abril, das 10h às 10h45, na Sala de Imprensa 1 do evento.
Desde a entrega da primeira aeronave executiva ao mercado chinês em 2004, a companhia registrou pedidos firmes de 28 aeronaves e opções para mais cinco na região. Além disso, Jackie Chan, ator de cinema mundialmente conhecido, tornou-se o embaixador global da Aviação Executiva e participou do lançamento do Legacy 650 na China.
Em reconhecimento a seu papel revolucionário e sua rápida expansão no setor de aviação executiva, a Embraer já recebeu mais de uma dezena de prêmios internacionais em inovação e design concedidos pela imprensa mundial especializada em aviação e luxo. Em 2012, a Empresa foi considerada uma das 100 principais marcas de luxo pela World Luxury Association.
O alcance de 8.149 km (4.400 milhas náuticas) do Lineage 1000, por exemplo, permite voos sem escala de Beijing a Copenhague, com oito passageiros e reservas de combustível NBAA IFR. É a primeira aeronave do século XXI na categoria ultra-large e única a operar nos aeroportos de Aspen e Teterboro, nos EUA, e London City, na Inglaterra. Este modelo oferece controles eletrônicos de voo fly-by-wire e, com cinco zonas de cabine, incorpora o interior mais flexível do seu segmento. Com mais de duas vezes o espaço da cabine e uma seção transversal maior do que muitos de seus concorrentes, possui capacidade para incluir um dormitório e lavatório privativo com chuveiro e conta com o maior compartimento de bagagem acessível em voo.
O Legacy 650, com o interior aperfeiçoado, detém um novo sistema de gerenciamento de cabine, níveis de ruído reduzidos e avanços de aviônica que equipam a aeronave para o futuro sistema de controle de tráfego aéreo, além de proporcionar um ambiente adequado para até 14 passageiros trabalharem ou descansarem enquanto voam. Apresenta um interior com três zonas de cabine e oferece o maior lavatório entre os jatos da categoria large, bem como o maior compartimento de bagagem acessível em voo. O alcance do jato é de 7.223 km (3.900 milhas náuticas), o que permite cobrir sem escalas distâncias como de Beijing a Dubai e Hong Kong a Adelaide (Austrália) com quatro passageiros sob condições NBAA IFR.
Considerado um dos 15 jatos executivos mais influentes de todos os tempos pela mídia especializada, o Phenom 300 é o mais espaçoso da categoria light, com capacidade para 8 a 11 assentos e melhor desempenho de decolagem. Foi projetado para reduzir em 15% o custo de operação e oferece o maior alcance e velocidade de sua categoria. O Phenom 300, como todos os jatos executivos da Embraer, instituiu um novo patamar para a categoria light e já recebeu diversos prêmios internacionais de design e inovação.

PORTAL YAHOO

Delegações de 65 países visitarão maior feira de armas da América Latina

Rio de Janeiro, 8 abr (EFE).- Delegações de 65 países, algumas lideradas por seus ministros da Defesa, participarão a partir de amanhã e até a próxima sexta-feira da Feira Internacional de Defesa e Segurança LAAD Defence & Security, no Rio de Janeiro, a maior exposição de equipamentos militares da América Latina.
As cerca de 30 mil pessoas esperadas no centro de convenções do Riocentro para a nona edição da LAAD, entre as quais 300 delegados oficiais, poderão ver os últimos lançamentos e principais produtos de 700 expositores de 48 países, entre eles gigantes do setor como Boeing, Saad, Embraer, Eads e Rosoboronexport, informaram nesta segunda-feira os organizadores.
O número de expositores para este ano supera os 663 de 2011 após a decisão de países como Canadá, Chile, Colômbia, Emirados Árabes, Eslováquia e Noruega de montar estandes próprios para reunir suas empresas do setor.
A feira será inaugurada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, que aproveitará a reunião para encontrar seus colegas da Argentina, Arturo Puricelli; Ucrânia, Pavel Lebedev; África do Sul, Nosiviwe Noluthando Mapisa-Nqakula, e Eslováquia, Martin Gvlac; assim como com o ministro da Defesa do Reino Unido, Andrew Murrison; e o secretário de Estado da Defesa da Espanha, Pedro Argüelles.
Amorim também aproveitará a nona edição da feira para assinar o Estatuto do Comitê Consultivo do Projeto pelo qual os países da União de Nações Sul-Americana (Unasul) pretendem desenvolver e construir um avião militar de treino conjunto.
A LAAD, que em sua edição deste ano terá uma área de exposição de 60 mil metros quadrados, reúne a cada dois anos empresas brasileiras e estrangeiras especializadas na oferta de equipamentos, serviços e tecnologias para as Forças Armadas e a polícia.
Além de ter acesso a equipamentos que podem ser de interesse para os programas de modernização de suas Forças Armadas, o governo brasileiro também pretende aproveitar a LAAD para expor projetos estratégicos de defesa que podem atrair sócios e abastecedores.
Entre os projetos que o governo exporá em seus estandes se destacam um em associação com a França para construir submarinos convencionais e de propulsão nuclear, e outro em parceria com a Embraer para a construção do cargueiro militar KC-390, aeronave que irá substituir o famoso Hércules.
O Brasil também irá expor seu Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), uma complexa rede de radares, sensores, sistemas de comunicações e aviões não tripulados com um custo de aproximadamente US$ 6 bilhões com o qual pretende garantir a vigilância de 16.886 quilômetros de fronteira com 11 países vizinhos.
A Embraer, uma das empresas de maior presença na LAAD, aproveitará o evento para apresentar os projetos das versões do KC-390 que serão oferecidas para combate a incêndios e para missões de busca e resgate.
De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa, quem for à LAAD conhecerá as tecnologias de ponta existentes para operações militares, aeroespaciais, navais, de comunicação e informação e de segurança pública como veículos blindados, veículos aéreos não tripulados ("drones"), sistemas integrados de comando e dispositivos de proteção de aeronaves.
A feira contará com uma Space Zone que concentrará a indústria espacial e órgãos governamentais do setor, assim como uma área dedicada a tecnologias para o treino militar, principalmente simuladores.
Um dos estandes que pode concentrar a atenção deste ano é o da empresa russa Rosoboronexport devido ao recente anúncio do Brasil de que pretende adquirir sistemas de defesa antiaérea e mísseis desta companhia.
Além de exibir uma maquete com dimensões reais do sistema portátil de lançamento de mísseis antiaéreos Igla-S, a corporação russa apresentará seu sistema antiaéreo de mísseis e canhões Pantsyr-S1. EFE









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