NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 01/04/2013

 
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.

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Piruetas no azul do céu 
Público
 lotou o calçadão do Pontão do Lago Sul para acompanhar a última 
apresentação deste ano da Esquadrilha da Fumaça a bordo das aeronaves 
A-27. Os pilotos passarão por treinamento em Pirassununga (SP) para 
estrear os modernos Super Tucanos 
ARTHUR PAGANINI ÉTORE MEDEIROS   
O calçadão à beira do Lago Paranoá,
 no Pontão do Lago Sul, ficou pequeno para a multidão que acompanhou a 
última apresentação do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) — a 
Esquadrilha da Fumaça — com o modelo de aeronave Tucano T-27, da 
Embraer. Eram por volta das 16h quando os sete pilotos entraram em 
formação no campo aéreo da região, para a surpresa do público, que 
aguardava a série de demonstração com ansiedade. 
Diferentemente de outras ocasiões, quando
 um militar das Forças Armadas narrava as manobras em terra, ontem, toda
 a performance foi executada sem cerimônia oficial. A última 
apresentação durou cerca de 30 minutos e ficou marcada como uma 
despedida carinhosa aos 30 anos de operação dos T-27. 
O servidor público Ernane Sátyro, 43 
anos, aproveitou o domingo de Páscoa para levar o filho mais novo, 
Diogo, de 8, à apresentação. Pai de dois filhos, Ernane conta que sempre
 traz a família nas comemorações cívicas em que a Esquadrilha se 
apresenta. “Isso desperta interesse pelos símbolos nacionais e pela 
cidadania, o que é importante para as crianças nessa idade”, afirma. O 
filho também não escondeu o gosto pelas aeronaves e demonstrou 
conhecimento no assunto. “A Esquadrilha vai ficar sem se apresentar por 
um tempo, porque eles vão treinar com os novos aviões até se 
acostumarem”, informou. 
Espírito cívico 
A chegada das sete aeronaves foi em 
rasante à beira do Lago Paranoá. Foram apresentadas algumas das mais 
tradicionais manobras do grupo, como o coração, o looping em leque, o 
looping com desfolhado e o DNA com duas voltas. Os pilotos chegaram em 
formação normal, com sobrevoo em formato de flecha. 
Uma das primeiras manobras foi o looping 
com desfolhado, em que todos sobem juntos e, no momento de descida, 
separam em direções diferentes. Manobras de ponta cabeça também foram 
executadas para fascínio do público. Além dos rasantes, efetuados 
próximo à margem, a composição do coração foi uma das que mais chamou 
atenção. 
Esposa de um coronel da FAB, a dona de 
casa Myriam Müller, de 48 anos, destacou o espírito cívico como um dos 
principais fatores de atração do público às apresentações militares. “A 
bandeira, o hino e outros símbolos nacionais estão um pouco esquecidos 
nas escolas. Sempre instruo meus filhos a buscarem conhecimento sobre a 
nossa história, pois isso é o que forma o caráter do cidadão”, opina. 
Mas ela lamentou o período de adaptação 
das novas aeronaves pelos pilotos, o que vai suspender por cerca de nove
 meses as apresentações do grupo. “A Esquadrilha vai fazer falta, porque
 onde ela vai carrega multidões”, diz. 
Veterano de guerra morre aos 90 anos 
No sábado, morreu o major 
brigadeiro-do-ar José Rebelo Meira de Vasconcelos, piloto da Esquadrilha
 Verde, do 1º Grupo de Aviação de Caça. Considerado herói de guerra, era
 um dos últimos veteranos que combateram na Força Aérea Brasileira e na 
Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, na 
Itália. Meira participou de 93 missões de combate no front, pilotando um
 caça Republic P-47F Thunderbolt, entre novembro de 1944 e maio de 1945 —
 quando terminou a participação brasileira no conflito. Meirinha, como 
era conhecido, foi membro da Comissão Aeronáutica em Washington e do 
Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra, além de subchefe do 
gabinete do Ministro da Aeronáutica. O brigadeiro de 90 anos chegou a 
ficar internado por cinco dias no Hospital Central da Aeronáutica, no 
Rio de Janeiro, em decorrência de infarto agudo do miocárdio, agravado 
por uma pneumonia, mas não resistiu. Deixou viúva, três filhos e quatro 
netos. | 
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Período de adaptação 
Depois
 de mais de três horas de voo desde Imperatriz (MA) os sete aviões da 
Esquadrilha da Fumaça chegaram ontem à Base Aérea de Brasília, por volta
 das 11h, para a última missão a bordo dos T-27 Tucano, da Embraer. A 
partir de hoje, os aviadores do Esquadrão de Demonstração Aérea (Eda), 
nome oficial da Esquadrilha da Fumaça, iniciam um processo de 
reciclagem, na Academia da Força Aérea, em Pirassununga (SP), para se 
adaptar aos A-29 Super Tucano, também da Embraer, que irão compor a nova
 frota. “O Super Tucano possui um computador de bordo bem mais moderno e
 itens que aumentam o conforto do piloto, como cabine pressurizada e 
ar-condicionado”, enumerou o capitão João Pivovar. 
O tenente-coronel aviador Marcelo Gobett,
 comandante e líder dos fumaceiros, como são conhecidos os pilotos da 
Esquadrilha, estará à frente da transição. “É uma troca necessária, 
tendo em vista a vida útil e a fadiga que os Tucanos vem sofrendo, ao 
longo desses 30 anos. Terei a honra de fazer a última apresentação”, 
destacou antes da exibição na tarde de ontem, sobre o Lago Paranoá. 
O carinho pelos Tucanos, como são 
chamados os aviões T-27 da Embraer, é justificável. “O T-27 conquistou 
fãs entre os aviadores, por ser uma aeronave fantástica de pilotar”, 
afirma Gobett. Não é para menos: a aeronave foi utilizada em 2,5 mil 
apresentações do Eda, em 20 países, nos últimos 30 anos. Com o fim das 
performances acrobáticas, eles continuarão a ser usados somente na 
instrução de novos pilotos. 
Mercado internacional 
As exibições foram uma vitrine de luxo 
para os T-27, sobretudo nos anos 1980. As aeronaves estão presentes nas 
Forças Aéreas de 10 países, além do Brasil. Agora, o destaque propiciado
 pela Esquadrilha deverá projetar o A-29 Super Tucano, também fabricado 
pela Embraer, no mercado internacional. “Uma das missões da Esquadrilha é
 divulgar os produtos da Força Aérea Brasileira”, reafirma Gobett. 
“Em seis a oito meses, avaliamos 
que estaremos prontos para operar com as novas aeronaves”, afirma o 
tenente-coronel. Segundo ele, pode ser que a tradicional apresentação do
 7 de Setembro seja mantida, mas sem acrobacias e manobras, apenas com o
 desfile aéreo. | 

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Esquadrilha da Fumaça: Tucanos se despedem hoje em Brasília 
A Esquadrilha da Fumaça se apresenta
 sobre o Lago Paranoá neste domingo, às 16h. O público que comparecer ao
 Lago Sul (entre o Pontão e o Pier 21) vai presenciar as conhecidas 
acrobacias do Esquadrão de Demonstração Aérea que, em 2012, completou 60
 anos.  
Esta será a última apresentação com a 
aeronave T-27 Tucano na Esquadrilha, que se despede após 29 anos. Foram 
2.363 demonstrações no Brasil e no exterior (EUA, Canadá, França, 
Alemanha, Inglaterra, Honduras, Venezuela, Uruguai, República 
Dominicana, Peru, Portugal, Paraguai, Panamá, Guiana, Argentina, Chile, 
Colômbia, Equador e Suriname). 
 Produzida pela Embraer, a aeronave foi 
projetada para vigilância, ataque leve e treinamento e teve sua primeira
 apresentação com a Esquadrilha da Fumaça em dezembro de 1983. Em 2012, a
 Fumaça bateu recorde com 130 demonstrações no ano. 
 Os Tucanos serão substituídos pelos A-29
 Super Tucano, aeronaves de caça da Força Aérea Brasileira. Os novos 
aviões têm o dobro de potência do T-27 Tucano. A principal diferença é a
 velocidade. | 
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Brasilienses assistiram à última apresentação com as aeronaves T-27 Tucano  
Emoção e beleza nas alturas. Essas foram 
as palavras de ordem da última apresentação do Esquadrão de Demonstração
 Aérea (EDA), mais conhecido como Esquadrilha da Fumaça, com as 
aeronaves T-27 Tucano. A despedida da aeronave, que há 29 anos faz parte
 da história da Esquadrilha, foi marcada por um incrível show de 
acrobacias aéreas que deixavam desenhos de fumaça no céu de Brasília. 
 O público teve a oportunidade de 
conferir manobras como o Espelhão, quando as aeronaves voam de cabeça 
para baixo, e o Loping com Desfolhado, que faz no céu um desenho 
semelhante à Catedral de Brasília. 
Fim de uma era 
 Para o major Álvaro Escobar Veréssimo, 
piloto da Esquadrilha há mais de dois anos, a despedida representa o fim
 de um importante ciclo. “Durante esses 29 anos, procuramos aproveitar 
ao máximo as nossas aeronaves. Sem dúvida, será o fim de um era. Foram 
quase duas mil apresentações. A emoção é muito grande”, declarou. 
Segundo ele, a T-27 Tucano ficará marcado na história da Esquadrilha 
eternamente. “Foi com essa aeronave que apresentamos o Brasil de maneira
 brilhante lá fora”, disse. 
 O major Escobar explica que, a partir de
 abril, as apresentações da Esquadrilha serão interrompidas. “Essa 
medida é importante para que os pilotos possam se adequar à estrutura da
 nova aeronave”, justificou. De acordo com ele, ainda não existe 
previsão para a primeira apresentação com o A-29 Super Tucano. 
 Previsões futuras 
 De acordo com o major Álvaro Escobar, a 
previsão inicial é de que os pilotos levem até seis meses para se 
adaptar à nova aeronave. “Essa troca representa um grande salto e traz 
muitas implicações. Não tem como dar uma data exata, mas existe uma 
possibilidade de fazermos uma demonstração no dia 7 de setembro”, 
declara. 
 A professora Cláudia Castro e o 
administrador Roberto Fernandes levaram as filhas Letícia, 7 anos, e 
Bárbara, 3 anos, para conferir a apresentação. “Já assistimos três 
apresentações e nos esforçamos para não perder nenhuma. Acho importante 
levar as crianças, para que tenham oportunidade de ver um espetáculo tão
 rico”, relatou. 
 Cláudia acredita que o show acrobático é uma boa opção para quem deseja ter um momento de lazer único sem gastos. 
Para Roberto, uma apresentação marcou sua
 vida. “Todas são inesquecíveis, mas houve uma que não sai da minha 
memória. Foi no ano da França no Brasil, em que as acrobacias contaram 
com os caças franceses”, revelou. 
 História do alto 
 Os olhos marejados refletem o 
significado que a Esquadrilha da Fumaça tem para a administradora Débora
 Moreira. “Meu pai foi piloto da Esquadrilha e meu marido também. Isso 
aqui faz parte da minha vida. Sempre que assisto vêm à tona lembranças 
fortes”, diz. As mudanças frequentes de residência, já que o marido é 
militar, não a impedem de acompanhar as apresentações da Esquadrilha. 
“Faço questão de sempre levar minha filha para ver. É um elo importante 
que mantenho com minhas raízes”, disse. | 

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Esquadrilha da Fumaça se despede de aviões "Tucanos" em Brasília 
As aeronaves T-27 serão substituídas por modelo mais potente.
Primeira apresentação das máquinas ocorreu em dezembro de 1983  
A Esquadrilha da Fumaça fez apresentação 
sobre o Lago Paranoá, em Brasília, neste domingo (31) para a despedida 
das aeronaves T-27, os Tucanos - que fizeram parte da esquadrilha por 29
 anos. Produzida pela Embraer, a aeronave foi projetada para vigilância,
 ataque leve e treinamento. (Foto: Sargento Johnson/ Agência Força 
Aérea)  
Os Tucanos serão substituídos pelos A-29,
 os Super Tucanos, aeronaves de caça da Força Aérea Brasileira. Os novos
 aviões têm o dobro de potência dos T-27, que tiveram sua primeira 
apresentação com a Esquadrilha da Fumaça em dezembro de 1983. Em 2012, 
as aeronaves bateram recorde com 130 demonstrações no ano. (Foto: 
Sargento Johnson/ Agência Força Aérea) | 
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Morre aos 90 anos, no Rio, piloto veterano da 2ª Guerra Mundial 
Brigadeiro Meirinha fez 93 missões de combate nos céus da Itália.
Militar foi reformado em 1966 com 6 mil horas de voo.  Meirinha durante gravação de documentário para o Discovery Channel (Foto: Luis Gabriel / Sentando a Pua / Dilvulgação) 
O major-brigadeiro do ar José Rebelo 
Meira de Vasconcelos, veterano da Segunda Guerra Mundial, morreu neste 
sábado (30), aos 90 anos, de enfarte no Hospital Central da Aeronáutica,
 no Rio Comprido, na Zona Norte do Rio, onde estava internado com 
pneumonia. O corpo dele foi sepultado no mesmo dia, no Cemitério São 
João Batista, na Zona Sul.  
"Seu legado de profissionalismo, vibração
 e amor pela Força Aérea Brasileira será sempre lembrado por esta 
instituição que ele ajudou a construir", disse, em nota, o brigadeiro do
 ar Marcelo Kanitz Damasceno, chefe do Centro de Comunicação Social da 
Aeronáutica. 
93 missões de combate Meirinha, como era conhecido, teve a carreira marcada por 93 missões de combate do 1° Grupo de Aviação de Caça (1°GAVCA) nos céus da Itália, pilotando o Republic P-47D Thunderbolt durante a campanha da Força Expedicionária Brasileira e da Força Aérea Brasileira, entre novembro de 1944 e maio de 1945. 
O filho de um veterano do 1º GAvCa e 
administrador do site Sentando a Pua - História da FAB na 2ª Guerra 
Mundial, Luis Gabriel lembrou com carinho de Meirinha num artigo em que o
 chama de Garoto. Isso porque, segundo o administrador do site, quando o
 Grupo de Caça foi criado, Meirinha tinha apenas 21 anos e “cara e 
tamanho de menino”.  Brigadreiro se reconhece em foto durante evento em 2011 (Foto: Luis Gabriel / Sentando a Pua / Dilvulgação) 
“Mas, ao colocar seu uniforme de piloto 
de caça e entrar no seu ‘Trator Voador’, o Garoto virava um guerreiro 
implacável”, conta. 
Segundo Luis Gabriel, o veterano Meira 
chamava a atenção pela serenidade. “Era sempre solícito a todos que 
buscavam dele mais informações sobre os duros dias de combate na Itália e
 de sua experiência ao voltar para casa e formar a nova geração de 
caçadores do Brasil.”  Foto de Meirinha no caça, autografada pelo próprio (Foto: Luis Gabriel / Sentando a Pua / Dilvulgação) 
 Deixa viúva, 3 filhos e 4 netos Meirinha deixa viúva Maria do Carmo Pessoa Meira de Vasconcelos, os filhos Hélio, Gilda e Marcio, e quatro netos, Roberta, Giulia, Luiz Paulo e Lucas. 
Após a guerra, ele foi instrutor do Curso
 de Formação de Pilotos de Caça, instrutor da Escola de Aperfeiçoamento 
de Oficiais, comandante da Escola de Bombardeio Médio, ajudante de 
Ordens do Ministro da Aeronáutica, comandante do 2º Grupo de Transporte,
 instrutor da Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica e membro 
do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra. 
Reformou-se em outubro de 1966 no posto 
de major-brigadeiro, com 6 mil horas de voo, a maior parte na aviação de
 caça e transporte. 
Foi ainda superintendente da Sondotécnica
 Engenharia de Solos, diretor-administrativo da Sondoplan Planejamento, 
Pesquisa e Análise, superintendente de Coordenação da VASP, presidente 
da empresa aérea Brasil Central e vice-presidente rxecutivo da Brink’s 
S/A. 
Essas foram suas condecorações: Campanha 
da Itália, Campanha do Atlântico Sul, Cruz da Aviação fita A, Ordem do 
Mérito Aeronáutico, Medalha Militar de Ouro, por 30 anos de bons 
serviços, Medalha do Pacificador, Distinguished Flying Cross (EUA), Air 
Medal com 4 palmas (EUA), Croix de Guerre com 1 palma (França), e 
Presidential Unit Citation (EUA). | 

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O voo da Jatropha 
Incrustada no extremo norte do 
Piauí, a fazenda Carnaúba virou um grande campo de testes. Com o apoio 
de técnicos da Embrapa e de empresas privadas de tecnologia, os 
investidores tentam “domar” o pinhão-manso, planta rústica produtora de 
pequenos frutos em geral inapropriados para o consumo humano. Domar 
significa aumentar sua -capacidade de produção e resistência, controlar o
 teor tóxico das sobras e adaptar a cultura ao plantio em larga escala. 
Em estágio avançado, as experiências em Carnaúba simbolizam uma nova 
fase na exploração do vegetal após resultados desanimadores na década 
passada. 
O pinhão é uma das tantas apostas para a 
produção de biodiesel e bioquerosene que ainda não deslancharam. De 
acordo com Mike Lu, presidente da associação nacional dos produtores, a 
ABPPM, problemas no manejo das plantas, espécimes de origem inadequada e
 a ausência de mercado consumidor estruturado explicam o frustrante 
desempenho inicial da cultura. No Espírito Santo, por exemplo, pequenos 
produtores locais amargam prejuízos após um programa estadual fracassar 
por causa da desistência de uma empresa italiana que havia se 
comprometido a comprar a produção. Por isso, as pesquisas no Piauí e em 
outras -áreas do Brasil alimentam a esperança de um recomeço muito mais 
promissor. “Há um mercado enorme de bioquerosene para aviação. E o 
pinhão-manso é uma das opções mais competitivas à disposição no 
planeta”, afirma Lu, sem exagero. 
As companhias aéreas consomem por ano 
perto de 260 bilhões de litros de querosene e respondem por 2% das 
emissões totais de poluentes. Não é uma estatística confortável, o que 
coloca a aviação na mira dos países empenhados em reduzir os gases de 
efeito estufa lançados na atmosfera. A União Europeia decidiu multar as 
empresas que operem em aeroportos europeus e não controlem seus índices.
 Os Estados Unidos caminham para adotar regras parecidas. A Iata, 
associação internacional do setor, sugere às companhias uma adição de no
 mínimo 10% de bioquerosene ao combustível tradicional a partir de 2017 e
 estabeleceu uma meta de 50% de corte nas emissões até 2050. Se todas as
 aéreas acatassem a sugestão ao mesmo tempo, em quatro anos o mercado do
 produto renovável seria equivalente a 26 bilhões de litros anuais. | 

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Portal ClickRBS Número 1 no País em fechamento
Das 1.804 vezes que um aeroporto 
fechou no Brasil em 2012, 163 (9%) foram em Joinville. Apesar de medidas
 para reduzir o impacto do mau tempo nas operações do terminal, a cidade
 só deve deixar de ser destaque negativo no ranking em 2014 
A fama do Lauro Carneiro de Loyola de não
 ser um aeroporto confiável por causa do volume intenso de fechamento 
decorrente da falta de visibilidade para pousos e decolagens está 
confirmada. Em 2012, o terminal foi o que mais vezes fechou no País: 163
 vezes – pode ocorrer mais de um fechamento no mesmo dia. O número 
corresponde a 9% da soma de fechamentos nos 58 aeroportos da Infraero no
 Brasil (1.804). Os principais motivos? Chuva, nevoeiro e vento – ou a 
falta de tecnologia para lidar com isso. 
O levantamento feito pelo jornal “O 
Estado de S. Paulo” com base em um relatório da Infraero não surpreendeu
 o superintendente do terminal, Rones Heidemann. Ele afirma que o 
trabalho para tirar a cidade do topo do ranking tem como base 
investimentos em três frentes: ILS, RNP AR e Papi. “Um impacto positivo 
na movimentação deve ocorrer com mais força em 2014, quando devemos sair
 deste ranking”, diz Rones. 
A principal e mais conhecida medida é a 
instalação do ILS. Com ele, a esperança é de evitar 40% dos 
cancelamentos de voos. Apesar da promessa de entrada em operação no 
primeiro semestre deste ano, a falta de uma estação meteorológica – cujo
 edital foi lançado apenas neste mês – vai jogar o funcionamento de uma 
das ferramentas para a redução de fechamentos apenas para 2014. 
Já o RNP AR, procedimento que usa 
satélites para orientar os pilotos, será publicado na próxima 
quinta-feira. Segundo o capitão Clóvis Fernandes Júnior, da Força Aérea 
Brasileira (FAB), o início das operações com a tecnologia depende das 
empresas aéreas, que ainda não estão preparadas para usá-la em 
Joinville. 
“Houve uma reunião com as companhias no 
mês passado sobre esta tecnologia que hoje só é usada no Aeroporto 
Santos Dumont (RJ) e serve para as duas cabeceiras da pista”, conta 
Rones, 
“A Gol já está habilitada, e a Azul 
estará a partir do dia 17. A TAM também demonstrou interesse em usar o 
RNP AR”, afirma o prefeito Udo Döhler. 
A terceira medida apontada por 
Rones é a instalação do Papi, sistema de iluminação, na cabeceira 15 da 
pista. “As obras de instalação serão entregues hoje e a operação depende
 de homologação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea)”, 
diz o superintendente. 
Udo conta que na quarta-feira 
estará em Brasília para cobrar ações por parte da Infraero e da FAB 
relacionadas à retomada do processo de ampliação da pista do aeroporto 
joinvilense. “Falaram que técnicos visitariam a cidade em breve, mas 
ainda não marcaram uma data”, diz. | 
Portal FIESCnet (SC)
Ivonei Fazzioni
Assessor de imprensa
Assessor de imprensa
Aviões fabricados em SC voam para feira do setor nos EUA

Côrte: "avião tem estabilidade, conforto e segurança". Foto: Fernando Willadino
No amanhecer deste Domingo de Páscoa, por
 volta das 6h30min, mesmo com chuva na região, o avião PU-ERW, fabricado
 em Santa Catarina e com capacidade para dois lugares, decolou da pista 
do Aeroclube de Santa Catarina, em São José, na Grande Florianópolis, 
para uma aventura de mais de 7,5 mil quilômetros. Tripulada pelo piloto e
 proprietário Ênio Roberto Wildner e pelo navegador Flávio Luiz Nunes 
Coelho (piloto e advogado), a pequena aeronave partiu em direção à 
cidade de Lakeland, na Flórida, onde será exposta na Sun n Fun, a maior 
feira internacional de negócios do setor e a segunda maior em tamanho. O
 voo e a participação na feira, que contam com o apoio da FIESC, governo
 do Estado e Apex, têm o objetivo de alavancar um polo da indústria 
aeronáutica no Estado.
A viagem está planejada para nove 
escalas, em três dias. Outro avião do mesmo modelo Wega 180 deveria ter 
partido junto, mas teve a viagem adiada por problemas burocráticos em um
 dos países a serem sobrevoados. O voo foi reagendado para terça-feira 
pela manhã, mas depende das condições meteorológicas. O PU-JBL será 
pilotado pelo proprietário João Batista Lemos e terá como navegador 
Jocelito Wildner, o construtor dos dois aviões.
Ex-mecânico da Varig, há oito anos 
Jocelito iniciou o projeto de um avião no qual buscava alto desempenho. A
 partir dos esboços desenhados na França enquanto consertava um 
planador, o empresário iniciou em 2006 as atividades da Wega Aircraft, 
na cidade de Palhoça, também na Grande Florianópolis. Para financiar o 
empreendimento, Jocelito antecipou a venda dos primeiros aviões a 
empresários como seu irmão Ênio Wildner. Outro que apostou na empreitada
 foi César Olsen, da Olsen, que atua no setor odontomédico e é 
reconhecido pela paixão pela aviação. O primeiro avião foi entregue em 
2010. Outros dois foram concluídos depois e mais quatro estão vendidos. A
 venda antecipada é prática comum no segmento.
"O avião tem estabilidade, conforto e 
segurança", afirmou o presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, 
que na sexta-feira, dia 29, participou de um dos voos de demonstração 
para a imprensa. Além disso, Côrte destacou o design das aeronaves 
produzidas pela Wega.
É exatamente à aerodinâmica que Jocelito 
credita o bom desempenho que seus aviões alcançam. Ele salienta que os 
modelos superam a marca de 300 km/h, uma velocidade mais típica para 
bimotores do que para monomotores, como é o caso do Wega 180. "Na 
aviação se diz que avião bonito voa melhor", afirma o empresário. "As 
formas mais belas são as da natureza, que se moldam da melhor forma para
 suas funções", afirma. Indagado como conseguiu um resultado que 
considera tão surpreendente, Jocelito explica que buscou reunir o que há
 de melhor em diversos modelos produzidos no mundo inteiro.
O Wega 180 é um avião experimental - 
categoria na qual as fábricas vendem os kits, mas os proprietários fazem
 a montagem. É uma estratégia que evita o direito regressivo. O modelo é
 asa baixa; cabine para no máximo dois ocupantes lado a lado; construção
 em composite; motor aeronáutico de 180hp; hélice de velocidade 
constante; trem de pouso retrátil; sistema de combustível com dois 
tanques de 110 litros; autonomia máxima de 6 horas e meia de voo; 
envergadura de 7,87m; comprimento da fuselagem de 6,474m; altura máxima 
de 2,299m; peso vazio de 450kg; carga útil de 300kg; peso máximo de 
decolagem de 750 kg. Depois do Wega 180, Jocelito pretende lançar um 
modelo na categoria LSA - homologado, ou seja, aprovado pelas 
autoridades e montado, como ocorre na indústria automobilística.
A Wega se tornou a primeira indústria do setor aeronáutico em Santa Catarina. Mas outras já estão se instalando. É
 o caso da Novaer Kraft, que está construindo uma fábrica em Lages. 
Entre os fatores que estimulam esses investimentos estão os cursos 
técnicos de mecânica de aeronaves do SENAI. Atentas ao potencial do 
setor, outras instituições públicas e privadas desenvolvem maneiras de 
fomentar o segmento. Enquanto os governos estadual e municipais elaboram
 projetos de renúncia fiscal, entidades como a FIESC, a Apex e a 
Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança 
(Abimde) criam condições para, por exemplo, a participação em feiras, 
como a Sun n Fun. O Sistema FIESC criou o Comitê de 
Desenvolvimento da Indústria Aeronáutica, que é coordenado pelo 
conselheiro da entidade César Olsen. "Estamos animados com as 
perspectivas nesta área, para dar um novo impulso ao desenvolvimento do 
estado", afirma.





















