NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/04/2013

 
 
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado  nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo.         O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da  Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas  publicados no país.

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Papa será monitorado por 12 mil agentes na Jornada 
Exército  coordenará esquema de segurança do pontífice nos últimos dois dias do  evento internacional no Rio, em julho. São esperadas 2,5 milhões de  pessoas em Guaratiba 
Maria Inez Magalhaes 
Rio - Os olhos de centenas de  milhões de pessoas em todo o mundo estarão voltados para o Papa  Francisco na 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio, entre 23 e  28 de julho. Porém, ninguém estará mais atento ao pontífice que as 12  mil pessoas que farão a segurança do sumo sacerdote. O megaesquema  envolve todas as polícias e as Forças Armadas, e começa 15 dias antes da  JMJ, com a Copa das Confederações. E, para que os militares possam  coordenar a segurança do evento, será decretada a Garantia da Lei e da  Ordem.  
O planejamento inclui patrulhamento por  terra, mar e ar, e até equipes especializadas em crimes cibernéticos,  além de estratégias contra sabotagem e agentes infiltrados. Tudo isso  será monitorado 24 horas em tempo real pelo ‘Big Brother do Papa’, o  Centro de Controle Tático Integrado (CCTI), que reunirá representantes  de todas as forças de segurança no Comando Militar do Leste, no Centro. 
A preocupação maior da segurança é com os  dias 27 e 28 — as duas datas mais importantes da Jornada —, quando 2,5  milhões de pessoas estarão em Guaratiba para a vigília e a missa que  será celebrada por Sua Santidade encerrando a JMJ. Nesses dois eventos,  os 12 mil agentes serão empregados, e o esquema de segurança será  coordenado pelo general José Alberto da Costa Abreu, 59, comandante da  1ª Divisão do Exército (1ª DE). 
“O planejamento está quase pronto.  Esperamos apenas ajustes na agenda do Papa para bater o martelo da  segurança. Mas o principal já está feito. Estamos preparados”, garantiu o  oficial. 
Nos outros dias da JMJ, a segurança será  coordenada pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes  Eventos, vinculada ao Ministério da Justiça, que engloba as polícias. E  os militares vão atuar na defesa de área (controle do espaço aéreo,  contra terrorismo, guerra cibernética, entre outros). “Na segurança só  agiremos se necessário”, explicou o general Abreu. 
Latinidade não alterou planejamento 
O general Abreu garantiu que nada mudou  no planejamento da segurança da JMJ, que começou a ser traçado em  novembro, com a eleição do Papa argentino.No entanto, observação será a  palavra de ordem. 
“É um Papa próximo do povo e haverá mais  interação com a juventude. Não esperamos atitudes agressivas dos jovens,  porém mais euforia porque eles vão querer estar mais perto dele. Por  isso, estaremos mais atentos”, explicou o oficial, que comandou a  segurança da Rio+20, ano passado no Rio. 
A base logística para atender Guaratiba  será no Centro Tecnológico do Exército, na região, assim como dois  hospitais de campanha. Já os responsáveis pela segurança cibernética vêm  de Brasília e ficarão no CCTI. Uma das principais funções é monitorar  hackers para evitar que invadam o sistema de segurança da JMJ. 
Nos outros compromissos do Papa, os  militares só vão acompanhá-lo se a presidenta Dilma Rousseff estiver  presente. O religioso vai à Catedral Metropolitana, no Centro, ao Cristo  Redentor e deverá ir a uma favela. 
"UPP facilita trabalho do Exército" 
Apesar do aparato gigantesco de  segurança, o general Abreu afirma que a atuação dos militares não será  ostensiva. “Vamos priorizar o trabalho de inteligência. Não adianta  colocar todo mundo na rua”, explicou o oficial. 
Segundo ele, isso só será possível graças  as 30 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que existem. “A UPP  facilita nosso trabalho. Não teremos, por exemplo, canhões apontados  para a Rocinha (a favela tem UPP) como aconteceu na Eco-92”, lembrou  ele, no Exército há 40 anos. 
A elaboração do plano de segurança  incluiu uma ida ao Vaticano. Na ocasião, o oficial esteve com o então  Papa Bento XVI, que renunciou ao cargo 15 dias depois. “Fomos conhecer a  expertise da segurança de lá. Continuamos tratando do assunto por  e-mail. Me perguntam o que eu disse para o Papa porque logo depois ele  deixou o cargo”, brincou o general, que deve voltar ao Vaticano. 
Em duas semanas, os militares começam a intensificar o treinamento para a JMJ. As tropas vão se desmobilizar até 4 de agosto. | 

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Brasil deverá montar base para pesquisadores dentro do Continente Antártico no final de 2014 
Vitor Abdala 
Rio de Janeiro – Ao mesmo  tempo em que o governo brasileiro concentra esforços na reconstrução da  Estação Antártica Comandante Ferraz, na Ilha Rei George, destruída por  um incêndio em fevereiro de 2012, cientistas buscam consolidar a  presença de pesquisadores do país mais ao Sul, dentro do Continente  Antártico. 
Cientistas da Universidade do  Estado do Rio de Janeiro (Uerj), da Universidade Federal do Rio Grande  do Sul (UFRGS) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)  pretendem montar uma base com capacidade para oito pesquisadores, no  local onde já funciona o módulo autônomo Criosfera 1, que opera sem a  presença de cientistas, na latitude 85 Sul, a 500 quilômetros do Polo  Sul. 
A informação foi divulgada pelo pesquisador Heitor Evangelista, da Uerj, coordenador do Criosfera. Segundo  ele, um módulo dormitório, com quatro beliches e uma cozinha, deverá  ser instalado ao lado do Criosfera a partir do final do ano que vem. Há  ainda a possibilidade de ter e um minimódulo, que funcionará como  banheiro. 
A estação garantirá a presença  brasileira no continente, já que a Comandante Ferraz e os refúgios  mantidos pelo Brasil na Antártica ficam todos em ilhas, fora da massa  continental. O módulo Criosfera 1 foi instalado em janeiro de 2012, para  fazer pesquisas sobre mudanças da atmosfera, do clima e da camada de  gelo. 
O módulo funciona sem a necessidade de  pesquisadores, com o auxílio de geradores solares e eólicos e de  baterias, além de equipamentos posicionados dentro e fora do contêiner.  Os dados coletados são enviados por satélite para o Brasil. Uma missão  com pesquisadores brasileiros foi enviada no final do ano passado para  avaliar o funcionamento do módulo e fazer coletas de mais materiais. 
No entanto, o grupo precisou dormir,  comer e improvisar banheiros em barracas, que foram posicionadas no  entorno do Criosfera 1. Sob essas condições, explica Evangelista, não é  possível ficar mais do que um mês no local. “Hoje é muito difícil ficar  mais do que 30 dias. Em uma missão dessa de 30 dias, nas condições que  você encontra lá, você praticamente chega ao seu limite físico. Isso é  muito comprometedor.” 
A instalação do módulo dormitório  permitirá que os pesquisadores permaneçam até três meses no local,  durante o verão antártico. “Será muito bom, porque vai permitir uma  ampliação das pesquisas”, disse o cientista. 
Hoje toda a operação logística do  Criosfera é feita por uma empresa privada, contratada pelo consórcio  universitário que opera o módulo de pesquisa. Os pesquisadores devem  conversar com a Força Aérea Brasileira (FAB) para pedir que pilotos  brasileiros sejam capacitados e aprendam a pousar seus aviões Hércules  (que transportam os equipamentos) no Continente Antártico, em uma pista  de pouso existente na latitude 80, próximo à Criosfera 1. 
Isso, segundo o cientista,  baratearia os custos de operação do Criosfera. “Queremos que a FAB faça  algo que os chilenos já fazem, que é pousar um Hércules na latitude 80. O  pouso é feito no gelo. É um tipo de gelo, formado na base das  montanhas, que tem uma densidade bem alta, o gelo azul. Nesse gelo azul,  uma aeronave pode pousar com rodas”, disse Evangelista. | 
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Governo publica decreto que regulamenta licitação para produtos e sistemas de defesa 
Pedro Peduzzi 
Brasília - Decreto  que regulamenta o marco legal para compras, contratações e  desenvolvimento de produtos e sistemas de defesa do Brasil foi publicado  hoje (1º) no Diário Oficial da União. O Decreto 7.970/2013, que  regulamenta dispositivos da Lei 12.598/2012, já permite o credenciamento  das Empresas Estratégicas de Defesa (EED). Além disso, homologa os  chamados Produtos Estratégicos de Defesa (PED) e mapeia as cadeias  produtivas do setor. 
Com as normas, a intenção do  governo é estimular as compensações tecnológicas, industriais e  comerciais e fomentar o conteúdo nacional da base industrial de defesa,  tanto para o mercado interno quanto para exportação. Ao criar a Comissão  Mista da Indústria de Defesa (Cmid), o decreto possibilita que,  auxiliado por órgãos e entidades públicas e privadas, o Ministério da  Defesa credencie empresas e homologue produtos considerados  estratégicos. 
Em nota divulgada pelo Ministério da  Defesa, o diretor do Departamento de Produtos de Defesa, general de  divisão Aderico Mattioli, diz que a Cmid atribuirá um perfil  interministerial e multidisciplinar ao processo, apesar de, segundo a  lei, a prerrogativa da decisão ser do ministério. 
A nota cita que um dos elementos chave do  novo decreto é a definição do Termo de Licitação Especial (TLE), uma  opção concorrencial que permitirá que as compras e contratações do setor  sigam uma "lógica baseada não apenas nos custos dos projetos", e  permite a adoção, nas licitações, de critérios que fortaleçam a base  industrial de defesa no Brasil. 
Em meio a esses critérios podem ser  levados em considerações aspectos geopolíticos ou fatores econômicos que  permitam às empresas brasileiras desenvolver capacidades tecnológicas  que possam resultar, posteriormente, em vantagens competitivas. 
As empresas que forem consideradas EED  terão, ainda, acesso a financiamentos para programas, projetos e ações  relativas a bens de defesa nacional. Ainda serão definidas as regras  específicas do Regime Especial de Tributação da Indústria de Defesa  (Retid), mecanismo que vai desonerar, de diversos encargos, as empresas  cadastradas. | 

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Aeronáutica abre quatro novos concursos públicos com 622 vagas 
A Aeronáutica abriu quatro  novos concursos públicos com um total de 622 oportunidades, para  sargentos, farmacêuticos, dentistas e engenheiros. Podem participar  candidatos de ambos os sexos. Os editais não informaram a remuneração.  As inscrições podem ser feitas pelo site www.fab.mil.br. 
Sargentos 
As vagas são divididas nas áreas de não  navegantes (guarda e segurança, eletricidade e instrumentos, equipamento  de voo, meteorologia, suprimento, informações aeronáuticas, desenho,  estrutura e pintura, eletromecânica, metalurgia, e bombeiro), navegantes  (mecânica e aeronaves, material bélico, comunicações e  foto-inteligência), e controle de tráfego aéreo. 
Para participar é preciso possuir ensino  médio completo além de idade entre 18 e 25 anos. As inscrições serão  aceitas de 17 de abril a 9 de maio. A taxa custa R$ 60. Haverá provas  escritas no dia 7 de julho, inspeção de saúde, exame de aptidão  psicológica, teste de avaliação de condicionamento físico, análise e  conferência dos critérios exigidos e da documentação prevista para  matrícula no curso, e curso de formação. 
O curso de formação de sargentos da  Aeronáutica (CFS) é ministrado sob regime de internato militar, na EEAR,  em Guaratinguetá (SP), com duração de aproximada de dois anos. 
Farmacêuticos, dentistas e engenheiros 
Para candidatos a farmacêutico são 17  vagas nas áreas de farmácia bioquímica, hospitalar e industrial. Para  dentistas há 23 oportunidades para especialistas em cirurgia e  traumatologia buco-maxilo-facial, dentística, endodontia,  implantodontia, prótese dentária, periodontia e ortodontia. E para  engenheiros são 40 vagas para as especialidades cartográfica, civil, de  computação, eletrônica, elétrica, mecânica, metalúrgica e química. As  inscrições podem ser feitas entre os dias 2 a 4 de abril. A taxa custa  R$ 120. 
Haverá exame de escolaridade e  conhecimentos especializados no dia 16 de junho, inspeção de saúde,  exame de aptidão psicológica, avaliação de condicionamento físico, prova  prático-oral e análise e conferência dos critérios exigidos e da  documentação prevista para matrícula no curso, e curso de formação.  Somente os candidatos a engenheiro não terão que realizar prova  prático-oral. 
O curso de adaptação de farmacêuticos,  dentistas e engenheiros da Aeronáutica (CAFAR) é ministrado no Centro de  Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Belo Horizonte (MG), e  tem a duração aproximada de 17 semanas. | 
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Segundo Comar mudará de comando nesta terça-feira 
O  Major-Brigadeiro-Ar Luis Antonio Pinto Machado passará o comando do  Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR) ao Major-Brigadeiro-Ar Luiz  Fernando Dutra Bastos, nesta terça-feira, em solenidade militar na sede  do Segundo Comando, no Recife. A cerimônica será às 16h. 
O II COMAR é responsável por coordenar,  controlar e executar as atividades administrativas e logísticas da  Aeronáutica em oito estados do Nordeste (Bahia, Sergipe, Alagoas,  Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí), além de  executar ações de segurança e defesa do espaço aéreo nacional relativo à  sua área de jurisdição. 
O atual Comandante está à frente da  organização militar desde abril de 2011. De Recife, o Major-Brigadeiro  Pinto Machado seguirá para o Comando da Universidade da Força Aérea  Brasileira (UNIFA), no Campo dos Afonso, Rio de Janeiro. | 

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Processo de instalação da usina de energia solar em Noronha avança nova etapa 
Produção da usina irá corresponder a 6% do consumo de Fernando de Noronha ou uma economia de R$ 100 mil por ano 
Foi finalizada mais uma etapa  do processo que levará uma usina de energia solar ao arquipélago de  Fernando de Noronha. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)  realizou a regulação dos preços para a realização tanto do projeto  executivo quanto da instalação da usina. O sistema será desenvolvido  pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). 
A empresa vencedora para o projeto  executivo foi a WEG Equipamentos Elétricos S.A, que será inicialmente  responsável pela aquisição, transporte e instalação da usina, e depois  pelo monitoramento e manutenção durante um ano. 
O terreno que irá receber a usina  solar fotovoltaica fica dentro do terreno do Comando da Aeronáutica,  numa área de 7 mil metros quadrados, próximo ao aeroporto do  arquipélago. O sistema terá uma potência de 400 kwp, o que vai  resultar em 600 Mwh ao ano. O número corresponde a 6% do consumo de  Fernando de Noronha, o que vai representar uma economia de R$ 100 mil  por ano. 
Um dos maiores benefícios da instalação  da usina será no ponto de vista ambiental, com a diminuição do uso de  óleo diesel na Usina Tubarão. A redução será de 200 mil litros,  equivalente a R$ 570 mil por ano. 
A usina fotovoltaica será uma das três  pertencentes ao grupo Neoenergia, do qual a Celpe faz parte junto com  outras distribuidoras de energia do País. Uma delas também está sendo  instalada em Pernambuco, na Arena da Copa, em São Lourenço da Mata. | 

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Tucanos da Esquadrilha da Fumaça se despedem com espetáculo 
No  domingo (31), aconteceu a última apresentação deles, em Brasília. A  esquadrilha para com as apresentações para o treinamento com os  supertucanos, que vão substituir os tucanos. Os famosos tucanos usados  pela Esquadrilha da Fumaça vão ser aposentados. No domingo (31),  aconteceu a última apresentação deles, em Brasília. 
Bom Dia Brasil 
A esquadrilha para com as  apresentações para o treinamento com os supertucanos, que vão substituir  os tucanos. E a Aeronáutica garante que vai valer a pena esperar. As  apresentações vão mudar. Vão ser mais velozes e com um intervalo, entre  elas, ainda menor.  
Para fazer acrobacias, o Tucano T-27, com  30 anos, já não é mais moderno. Novinho, cheio de novidades é o  substituto dele: o Supertucano, A-29. No Supertucano é tudo digital, tem  uma tela com as informações do voo. Ele é bem mais veloz: vai a 590  quilômetros por hora rapidamente. Tem piloto automático e a cabine é  pressurizada, com oxigênio e ar condicionado. 
“É uma aeronave que atualmente é o  carro-chefe da aviação de caça no que diz respeito à defesa do espaço  aéreo”, explica o piloto Thiago Capuchinho. 
Quem tem história na Esquadrilha da  Fumaça é o Tucano. Na despedida, a FAB deixou a equipe do Bom Dia Brasil  sentir um pouco da aventura que os pilotos já viveram mais de 3,6 mil  vezes, em cerca de 20 países. 
Com o Tucano, a Esquadrilha da Fumaça  entrou duas vezes para o Livro dos Recordes, o Guiness. Uma vez por um  voo invertido com 11 aviões, depois um voo invertido com 12 aeronaves. 
Depois do voo, os pilotos fizeram uma  última exibição para o público de Brasília. “Hoje é um dia histórico  para a Esquadrilha, para a Força Aérea Brasileira e para o Brasil”,  disse o tenente coronel Marcelo Gobet, comandante da Esquadrilha da  Fumaça. 
O local escolhido foi um dos pontos mais  bonitos da cidade: a área em volta do Lago Paranoá. E lotou. Foi meia  hora de muitas manobras, muitas fotos e filmagens dos tucanos, que vão  ficar na memória. 
Agora é esperar o fim do treinamento. O  comandante da esquadrilha acredita que até o fim do ano já aconteça a  primeira apresentação com os supertucanos. | 

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OVNIs: por que o sigilo sobre os documentos? 
Há três anos, Defesa descumpre decisão do governo de tornar público os documentos sobre objetos voadores não identificados 
Em 2009, o então governo Lula  iniciou um movimento para tornar públicos relatórios e documentos  sigilosos sobre a aparição de objetos voadores não identificados no  País. Encaminhou ao Arquivo Nacional mais de cinco mil páginas desses  relatos, cujo prazo de 50 anos para manutenção do sigilo havia expirado.  Em 2010, a Casa Civil baixou um decreto determinando que arquivos sobre  o tema espalhados em diferentes órgãos fossem reunidos para posterior  divulgação. Ainda há, porém, uma lista enorme de inquéritos, fotos,  filmagens e depoimentos mantida em total segredo. Apesar de conhecida e  informada nos anos 50 e 60, a existência de parte desta papelada é  negada pela Marinha, pelo Exército e pelas Forças Armadas. 
Essa situação inclui casos notórios. Um  deles envolve a Operação Prato, que reuniu trinta militares para  investigar as constantes aparições de objetos estranhos no céu da  Amazônia entre 1977 e 1978. Os depoimentos armazenados em quatro fitas  ainda não vieram a público. O mesmo ocorre com a documentação sobre a  Ilha de Trindade, no Espírito Santo, cenário de uma suposta sequencia de  aparições de discos voadores em 1958. À época, a Câmara pediu à Marinha  acesso a todos os relatórios e fotografias. O então parlamentar Sergio  Magalhães (PDT-DF) chegou a avisar publicamente que estava com o  inquérito em mãos. Os relatórios, entretanto, não constam entre os que  foram entregues ao Arquivo Nacional. “A Marinha não possibilitou o  acesso. Sequer fazem referência ao que foi entregue. Cobramos respostas  sobre o que temos certeza que existe”, desabafa o pesquisador Marco  Antonio Petit. O Ministério da Defesa afirma não ter em seu poder os documentos que especialistas dizem que estão sendo omitidos.  
Autor de pelo menos dois requerimentos  enviados ao ministério pedindo acesso aos dados omitidos, o deputado  Chico Alencar (PSOL-RJ) resume o cenário: “Ainda persiste a nebulosa  situação sobre o real tamanho dos arquivos e até onde o Comando está  disposto a abri-los”. Mas qual seria a preocupação da Defesa? Militares  ouvidos por ISTOÉ dizem que não existe interesse do governo em promover  novas discussões sobre a existência ou não de extraterrestres. A não  divulgação de documentos envolvendo o assunto seria uma maneira de  garantir a ordem pública e evitar a instauração desnecessária de pânico,  revelam as mesmas fontes. As explicações são rasas e não justificam o  descumprimento de uma decisão já tomada pelo próprio governo. Embora  questionável, esse controle procura imitar padrões já estabelecidos por  países como Estados Unidos e Grã-Bretanha. “Nenhum governo ganha  divulgando detalhes sobre operações desse tipo. Há muita coisa em jogo”,  diz um militar de alta patente. No próximo mês, haverá um encontro  entre ufólogos e os três comandos da Defesa. O debate será uma  oportunidade de esclarecer de uma vez por todas à população a  necessidade da manutenção do sigilo das informações sobre os Óvnis no  País. | 
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Do 14-bis ao 14-X 
Aeronave  que voa a mais de 11.000 km/h coloca o Brasil na elite da engenharia  aeroespacial e na iminência de superar tecnologicamente os EUA 
Em  um laboratório em São José dos Campos, interior de São Paulo, a  aeronave mais avançada do Brasil ganha forma. Batizado de 14-X, o  aparelho tem nome inspirado na mais famosa máquina voadora brasileira, o  14-bis. Em comum com o avião de Santos Dumont, o  14-X tem o poder de garantir para o País um lugar no pódio da tecnologia  aeroespacial. Não tripulado, o modelo é hipersônico, capaz de atingir  dez vezes a velocidade do som (mais de 11.000 km/h). As  propriedades do 14-X colocam o Brasil no seleto grupo de nações – ao  lado de Estados Unidos, França, Rússia e Austrália – que pesquisam os  motores scramjet, que não têm partes móveis e utilizam ar em altíssimas  velocidades para queimar combustível (no caso, hidrogênio). Outra  característica do veículo desenvolvido pelo Instituto de Estudos  Avançados da Força Aérea Brasileira (IEAv) é que ele é um “waverider”,  aeronave que usa ondas de choque criadas pelo voo hipersônico para  ampliar a sustentação. É como se, ao nadar, um surfista gerasse a onda  na qual irá deslizar. O projeto nasceu em 2007, quando o capitão-engenheiro Tiago Cavalcanti Rolim iniciou mestrado no ITA e foi aprovado com uma tese sobre a configuração “waverider”. Cinco anos depois, a teoria está prestes a virar prática. O primeiro teste do 14-X em voo, ainda sem a separação do foguete utilizado para a aceleração inicial, ocorrerá neste ano. 
Em seguida, a Força Aérea planeja outros  dois experimentos: um com acionamento dos motores scramjet, mas com a  aeronave ainda acoplada, e outro com funcionamento total, quando a  velocidade máxima deve ser atingida. “Se formos bem-sucedidos nesses  ensaios, estaremos no topo da tecnologia, embora com um programa muito  mais modesto do que o dos americanos”, diz o coronel-engenheiro Marco  Antonio Sala Minucci, que foi diretor do IEAv durante quatro anos e é um  dos pais do 14-X. O grande desafio no desenvolvimento da tecnologia de altíssimas velocidades é a construção dos motores scramjet. Um engenheiro ligado ao projeto compara a dificuldade de ligar tais propulsores a “acender uma vela no meio de um furacão”. Por isso, o IEAv realiza os testes do primeiro protótipo no maior túnel de choque hipersônico da América Latina, no próprio laboratório do instituto. 
Diferentemente do que ocorre em turbinas  de aviões, esse motor não usa rotores para comprimir o ar: é o movimento  inicial, gerado pelo foguete, que fornece o fôlego necessário. No 14-X,  os propulsores scramjet são acionados a mais de 7.000 km/h.  
“Esse será o caminho eficiente de acesso  ao espaço em um futuro próximo”, diz Paulo Toro, coordenador de pesquisa  e desenvolvimento do 14-X. As aplicações práticas vão além do  lançamento de satélites ou dos voos suborbitais. Os EUA, que testam sua  aeronave batizada de X-51, pretendem usar a tecnologia em mísseis  intercontinentais. Entre os civis, a esperança é de que o voo  hipersônico possa se tornar uma realidade em viagens turísticas. Ir de  São Paulo a Londres em apenas uma hora não seria nada mau. | 

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Esquema especial para 2014 
Para dar conta da maior  concentração de voos durante o Mundial do ano que vem, o governo federal  montou um esquema para dividir o tráfego aéreo. 
Em todas as cidades-sede, serão  usados aeroportos menores e bases militares. No Estado, a base aérea de  Canoas vai receber voos de seleções, autoridades e chefes de Estado que  vierem a Porto Alegre. Caxias do Sul e Pelotas vão dar suporte – ainda  que restrito – ao Salgado Filho. Só de seleções, serão 300 voos entre  junho e julho de 2014. 
Mas a ajuda será limitada. Em Caxias do  Sul, estão programados pousos de voos domésticos e, conforme o diretor  do aeroporto, José Henrique Elustondo, apenas das três companhias que já  operam no local: Gol, Azul e Trip. 
– É necessária toda uma estrutura de escadas, funcionários, terminais. E cada empresa tem seus apetrechos – afirma o diretor. 
Pelotas deve receber voos particulares –  aviões fretados por executivos ou agências de viagem. Os aeroportos de  Passo Fundo, Florianópolis e Curitiba ficarão na reserva: receberão  aeronaves apenas se as pistas da Capital, Canoas, Caxias e Pelotas  falharem. Na Base Aérea de Canoas, que receberá os aviões com  passageiros "especiais", serão feitas obras para ampliar o pátio de  manobras. Um investimento de R$ 30,7 milhões. 
– A ampliação já estava prevista,  mas começará agora para estar concluída até a Copa – explicou o chefe do  Serviço Regional de Engenharia da Aeronáutica, major Steven Meier. | 

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PORTAL BOA INFORMAÇÃO Militares das Forças Armadas recebem primeira parcela de aumento nesta terça-feira
O salário relativo a março dos  cerca de 640 mil militares das Forças Armadas, com pagamento programado  para esta terça-feira, virá com a primeira parcela do aumento de 30%  concedido pelo governo federal no ano passado. 
Segundo o Ministério da Defesa, o  reajuste a ser repassado agora será de cerca de 9% para ativos, inativos  e pensionistas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Com o aumento que sai no contracheque referente a março, o menor soldo, pago a soldados, recrutas e corneteiros de 3 classe, entre outros postos, será corrigido para R$ 537. 
Almirantes de esquadra, generais de  Exército e tenentes-brigadeiros, que ganham o teto das Forças Armadas,  passarão a receber R$ 9.093 por mês. 
O reajuste de 30% será pago em três  parcelas anuais, até 2015, sempre no pagamento relativo a março. O  índice dado aos militares foi superior ao recebido pelos servidores  federais civis, que levaram 15,8%, também divididos em três anos. Mesmo assim, o percentual ficou abaixo dos 45% que os comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica teriam pedido durante as negociações com o governo, que duraram pouco mais de seis meses, durante o ano passado. 
Em julho, a União enviou para o Congresso  Nacional três projetos de lei reajustando os salários da maior parte do  funcionalismo federal, inclusive os militares. | 
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PORTAL TECNODEFESA Israel Aerospace Industries busca maior cooperação com industrias brasileiras Na  esteira do anúncio da seleção da proposta formulada pela Israel  Aerospace Industries (IAI) com vistas ao fornecimento de duas aeronaves  de reabastecimento e transporte estratégico para a Força Aérea  Brasileira (FAB) no âmbito do programa KC-X2, a empresa israelense está  procurando estabelecer acordos de cooperação com outras organizações  brasileiras. A edição 2013 da LAAD Defence & Security – Feira  Internacional de Defesa e Segurança, evento que acontecerá no Rio de  Janeiro entre os dias 09 e 12 de abril próximos, favorecerá o  estabelecimento de contatos mais estreitos entre a empresa israelense e  os potenciais parceiros brasileiros. 
Joseph Weiss, presidente e CEO da  IAI, disse que a empresa pretende integrar-se nos mercados de defesa e  de segurança brasileiros e trabalhar para o fortalecimento de laços com  as indústrias locais. Weiss afirmou que a IAI já tem uma série de  propostas de negócios que estão em análise. O alto-executivo estará na  liderança de uma comitiva que participará nos próximos dias de reuniões  com autoridades e empresários brasileiros da área de defesa e segurança. 
Além de ter sua proposta referente  ao KC-X2 eleita como a vencedora, um estado brasileiro irá instalar um  sistema de comando e controle planejado e fornecido pela IAI, o qual  segundo a empresa, apresentará para as autoridades locais responsáveis  pela segurança dos eventos que lá ocorrerão uma visão geral fiel do  cenário situacional. A Policia Federal do Brasil prossegue com o  desenvolvimento do seu programa de VANTs Heron da IAI com o objetivo de  emprega-los em operações de vigilância de fronteiras. | 
REVISTA FORÇAS ARMADAS
Força Aérea participa da maior feira de defesa e segurança da América Latina
Modernização do A-1, KC-390 e atuação do VANT serão as estrelas no estande da FAB
A LAAD Defence e Security 2013 deve  reunir, no Riocentro, entre os dias 9 e 12 de abril, as maiores  empresas fornecedoras da comunidade da defesa e segurança pública.  Tecnologia é a palavra de ordem da LAAD, maior feira de defesa e  segurança da América Latina. Pensando nisso, a Força Aérea Brasileira  (FAB) apresentará seus maiores projetos em desenvolvimento: modernização  da aeronave A-1, novo cargueiro KC-390 e a operação de VANTs.
Para o Comando da Aeronáutica, a LAAD é  uma oportunidade única de apresentar novos projetos e tecnologias, além  de unir os anseios governamentais às respostas das empresas da área de  defesa. “A cada nova LAAD vemos a evolução e o profissionalismo desta  transformação de demandas em produtos, de necessidades em ofertas, de  objetivos em soluções”, pontua o Tenente Brigadeiro do Ar, Juniti Saito,  Comandante da Aeronáutica.
Além do A-1, o KC-390 e o VANT, a FAB  levará outros projetos desenvolvidos pelo Centro de Catalogação da  Aeronáutica (CECAT), Centro Logístico da Aeronáutica (CELOG), Diretoria  de Intendência da Aeronáutica (DIRINT), Grupo de Comunicações e Controle  (GCC), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o  Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).




















