|

NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 22/03/2013

Imagem



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Com subsídios e reforma de aeroportos, aéreas regionais querem voltar a crescer

Marina Gazzoni

A concessão de subsídios para companhias aéreas que realizarem voos regionais e a reforma de aeroportos no interior devem incentivar o retomo de empresas que pararam de voar e a expansão da frota das companhias menores. O governo anunciou em dezembro um pacote de incentivo à aviação regional que prevê desembolso de até R$ 1 bilhão em subsídios e investimentos de R$ 7,3 bilhões na reforma de 270 aeroportos.
As medidas ainda estão em analise pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), mas já provocaram uma agitação entre as empresas. Voam hoje no Brasil apenas quatro companhias puramente regionais - a gaúcha Brava (antiga NHT), a paulista Passaredo, a goiana Sete e a amazonense MAP, que estreou no mercado neste mês. Essas empresas, juntas, somam menos de 1% dos voos nacionais.
A Azul/Trip faz tanto rotas regionais quanto voos entre capitais. Gol, TAM e Avianca voam para algumas cidades do interior, mas seu foco são as rotas de alta demanda.
O aumento de custos no setor levou dez companhias a suspender os voos desde 2010 (veja ao lado). Mas, se o plano do governo sair do papel, ao menos duas delas querem voltar ao mercado. A baiana Abaeté, que suspendeu os voos em 2012 após registrar prejuízo mensal de R$ 100 mil, tem nove aeronaves paradas esperando o projeto sair do papel. "São voos deficitários, que só se viabilizam com subsídios. Se tiver subsídio, vamos voltar", diz Tiago Tosto, diretor de operações da empresa.
Outra que pretende retomar os voos é a paranaense Sol, que parou em 2011. "A reforma dos aeroportos é mais importante do que o subsídio", diz o dono da empresa, Marcos Solano.
O pacote do governo também deve estimular novos empresários a entrar no setor aéreo. "Voltei a ser procurado por grupos que atuam no setor rodoviário interessados em abrir uma empresa aérea. Isso tinha parado nos últimos anos", ressalta o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Chryssafidis.
Investimentos. A Sete Linhas Aéreas estava em plena fase de reavaliação de sua malha quando o governo anunciou o pacote de incentivo à aviação regional. A companhia, que leva 7,5 mil passageiros por mês para 18 cidades das regiões Norte e Centro-Oeste, preparava-se para abandonar as rotas menos rentáveis. "Com o subsídio, muitos voos deficitários vão se viabilizar. Vamos manter a malha e ampliar os destinos atendidos", afirma o diretor comercial da Sete, Décio Marmo de Assis.
A companhia também vai brigar por um espaço no Aeroporto de Congonhas para fazer voos para Goiás e para o sul de Minas Gerais. Uma das propostas em estudo no governo é redistribuir os slots (horários de pouso ou decolagem) no aeroporto paulista - e um dos critérios deverá ser a oferta de rotas regionais.
"Se esse projeto sair do papel, nosso plano de operar com aviões maiores será acelerado", diz Assis. Hoje, a empresa voa com dois Embraer 120 Brasília, com 30 lugares, e cinco Cessna 208 Caravan, com nove lugares.
Outra que deve correr para comprar aviões maiores se o projeto for aprovado é a Brava, que voa com quatro aviões LET, de 19 lugares. O subsídio para rotas regionais será ótimo, mas. mais importante será ganhar mais slots em Congonhas. O empresário do interior também quer descer em Congonhas", diz Jorge Barouki, presidente da empresa. A Brava já faz um voo semanal de Congonhas para Curitiba, mas deve alterar o voo para São Carlos (SP), Recuperação. O presidente da Passaredo, José Felício Filho, diz que a abertura de Congonhas e a concessão de subsídios podem ajudar a empresa a se reerguer - ela está em recuperação judicial desde o ano passado. "O subsídio reduz o (nosso) risco ao entrarmos em novos mercados e permite estimular a demanda com tarifas menores."
A novata MAP voa apenas de Manaus para Parintins, mas tem interesse em atender a 12 cidades da região Norte. "Todas têm alguma restrição no aeroporto", diz o presidente da empresa, Marcos Pacheco. Para ele, a reforma de aeroportos no interior vai viabilizar a expansão da malha e voos para cidades ainda não atendidas por linhas regulares.

Pequenas param de voar

A competição acirrada e o aumento de custos no setor aéreo tirou do mercado brasileiro dez empresas desde 2010. A suspensão das atividades das pequenas empresas provocou uma diminuição no número de municípios atendidos por voos regulares no País. Em 2012, apenas 122 cidades receberam voos, dez a menos que no ano anterior.
Em 2010, deixaram o mercado nomes como Air Minas, Cruiser, Rico e Pantanal, comprada pela TAM. No ano seguinte, foi a vez de Sol, Puma, Meta e Noar - a dona do avião que caiu em Recife em 2011 - suspenderem seus voos. No ano passado, Abaeté e Team encerraram a oferta de linhas regulares.
Neste ano, duas novas empresas conseguiram o aval da Anac para fazer voos regulares: a MAP Linhas Aéreas e a Mais Linhas Aéreas, que ainda não iniciou as atividades.


Beechcraft contesta licitação vencida por Embraer

ESTADÃO CONTEÚDO

A indústria aeronáutica norte-americana Beechcraft anunciou que abriu um processo no Tribunal de Demandas Federais dos Estados Unidos para contestar a concessão de um contrato de US$ 427,5 milhões entre a Força Aérea do país e o consórcio formado pela Embraer e pela Sierra Nevada Corp., informa o jornal Wichita Eagle, de Wichita (Kansas), onde a Beechcraft tem sede. A companhia norte-americana já apresentou um protesto contra o resultado da licitação ao Escritório de Prestação de Contas do governo dos EUA (GAO). Nesta quinta-feira, a Beechcraft disse esperar uma decisão do GAO para os próximos 90 dias. A disputa se arrasta há três anos. O consórcio Embraer/Sierra Nevada venceu em duas instâncias com o A-29 Supertucano, que seria fabricado na unidade da Embraer em Jacksonville (Flórida). A Beechcraft apresentou o AT-6, uma versão de ataque de seu avião de treinamento militar T-6. Os aviões deverão ser cedidos pelos EUA à Força Aérea do Afeganistão. A reportagem do Wichita Eagel está disponível aqui.

Concorrente quer suspender encomenda de aviões dos EUA à Embraer

A Beechcraft disse nesta quinta-feira que está processando a Força Aérea dos Estados Unidos para paralisar um polêmico contrato vencido pela fabricante brasileira de aeronaves Embraer e a sua parceira americana, enquanto auditores federais revisam o protesto da Beechcraft contra o contrato.
A Força Aérea autorizou na semana passada que a Sierra Nevada e a Embraer continuassem trabalhando em um pedido de US$ 428 milhões por 20 aeronaves leves de ataque para o Afeganistão, descartando uma ordem de paralisação emitida após um protesto registrado pela Beechcraft junto à agência de controle de contas do governo dos EUA.
Nesta quinta-feira, a Beechcraft desafiou a decisão da Força Aérea de permitir a continuação do programa ao entrar com um processo na Corte de Reivindicações Federais dos EUA.
A Força Aérea disse que está ciente do processo da Beechcraft, mas continua confiante sobre como se deu a competição, e planeja continuar trabalhando no contrato. "A Sierra Nevada vai continuar a trabalhar no contrato na ausência de novas orientações jurídicas", disse o porta-voz Ed Gulick. "A ordem que fez o contrato voltar a valer foi emitida para honrar um compromisso crítico, num momento sensível, para fornecer capacidade de suporte aéreo à Força Aérea Afegã", disse ele.
O processo da Beechcraft nesta quinta-feira é a mais recente ocorrência numa contínua disputa sobre encomendas afegãs por aeronaves --uma disputa que atraiu a ira do governo brasileiro e que pode complicar planos norte-americanos de deixar o Afeganistão em 2014.
A Sierra Nevada, que tem capital fechado, disse que ela e a Embraer estão avançando no Apoio Aéreo Leve (LAS, na sigla em inglês) da Força Aérea dos EUA. "Entendemos completamente a urgência dessa missão e pretendemos providenciar um produto superior dentro do cronograma", disse a Sierra Nevada em comunicado, acrescentando que o contrato vai sustentar mais de 1.400 postos de trabalho nos EUA.
A Embraer firmou na semana passada acordo de arrendamento de uma instalação em Jacksonville, Flórida, onde planeja montar os 20 A-29 Super Tucanos a serem entregues no Afeganistão. "Continuaremos a cumprir as nossas obrigações contratuais de apoiar o programa", afirmou a Embraer em nota nesta quinta-feira.
A Força Aérea está se apressando para levar novas aeronaves ao Afeganistão e para treinar pilotos para conduzi-las enquanto as forças norte-americanas se preparam para deixar o país após uma década de guerra.
A Beechcraft emergiu da concordata no mês passado. A fabricante de aeronaves afirmou que a decisão da Força Aérea de dar prosseguimento ao contrato de "mal orientada".


Diplomata vê "momento de ouro" na relação Brasil-EUA

Sergio Lamucci
Washington

A relação entre Brasil e Estados Unidos vive um momento favorável, com avanços expressivos em áreas como educação, ciência e tecnologia, inovação e energia, disse ontem Todd Chapman, ministro-conselheiro da embaixada americana em Brasília. Ele vê um "momento de ouro" no relacionamento entre os dois países, discordando da avaliação de que a relação é morna.
Em entrevista a jornalistas brasileiros em Washington, Chapman afirmou que a aprovação, pelo Senado brasileiro, do Acordo de Troca de Informações Tributárias entre Brasil e Estados Unidos, no começo do mês, é "encorajadora", e pode abrir espaço para a negociação de um tratado de bitributação.
Chapman destacou a intensificação dos negócios entre os dois países. Citou a compra da Amil pela American Health, definida em outubro do ano passado, e a da Drogaria Onofre pela CVS, em fevereiro. São investimentos em novas áreas, ressaltou ele,que vão além dos realizados por empresas americanas que há muito tempo têm presença no Brasil. Chapman disse ainda que empresas brasileiras também investem mais nos EUA.
Outro ponto importante, segundo o diplomata americano, é a presença da Embraer nos EUA, que venceu licitação para fornecer aviões para a Força Aérea americana. A parceria entre Embraer e EUA está muito bem estabelecida", disse Chapman, segundo quem não é possível entrar num aeroporto no país em que não haja um avião fabricado pela empresa brasileira.
Sobre as medidas protecionistas adotadas pelo governo brasileiro no ano passado, com a elevação de tarifas de importação de cerca de cem produtos industriais, o que desagradou ao governo americano, Chapman disse que "isso pertence mais ao USTR (a secretaria de Comércio dos EUA). Acho que o mais importante é continuar ampliando o comércio entre EUA e Brasil, e trabalhar nos temas que vão facilitar essa expansão", afirmou o conselheiro.
"Há medidas tarifárias sobre as quais talvez não estejamos 100% de acordo, mas há maneiras de conversar sobre isso. O importante é ter os mecanismos para discuti-los. Eles existem e estão sendo utilizados", disse Chapman. "Nós acabamos de ter o diálogo comercial em Washington, no fim de fevereiro, que foi muito construtivo. Vamos continuar conversando sobre esses temas."


BRASIL ATUAL (OSASCO-SP)

Comissão da Verdade faz audiência para investigar caso Panair

É primeiro caso de empresa prejudicada pela ditadura a ser analisado; companhia aérea perdeu a licença em 1965
São Paulo – Pela primeira vez, a Comissão Nacional da Verdade vai analisar o caso de uma empresa prejudicada pela ditadura. No próximo sábado (23), uma audiência pública no Rio de Janeiro será dedicada ao caso da Panair, companhia aérea brasileira que perdeu a licença em 1965 e nunca mais pôde voar.
“A extinção da Panair, a demissão de seus funcionários, a perseguição sofrida pela companhia, impedida de voar, não constituem apenas uma grave violação dos direitos dos empresários sócios, mas de todo o corpo de funcionários e da própria sociedade, que perdeu os serviços de uma empresa exemplar", comenta Rosa Cardoso, integrante da comissão, que participará da sessão juntamente com o coordenador, Paulo Sérgio Pinheiro.
Serão colhidos dados, depoimentos e documentos sobre o caso, que deverá ser incluído no relatório final da CNV, a ser entregue em maio do ano que vem à presidenta Dilma Rousseff. Além de ex-funcionários, estarão presentes herdeiros dos sócios da companhia.
"Fecharam essa companhia porque queriam prejudicar dois empresários que apoiavam o Juscelino Kubitschek", afirma Rodolfo da Rocha Miranda, filho de um dos donos, em entrevista ao jornal Valor Econômico. "O que justificaria a cassação seria má prestação de serviço, insegurança de voo. Em momento algum a Panair foi acusada disso. Ela tinha a maior estrutura de manutenção do país (Celma, em Petrópolis) e fazia a manutenção de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira)", acrescentou Daniel Leb Sasaki, autor do livro Pouso forçado: a história por trás da destruição da Panair do Brasil pelo regime militar, publicado em 2005.
Em 1975, Milton Nascimento e Fernando Brant lançaram a música Saudade dos Aviões de Panair, que tem o subtítulo Conversando no Bar.









Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented