Ribeirão Preto: Prefeitura limpa área do Leite Lopes para evitar acidentes

Lixo acumulado no bairro atrai aves que podem colocar voos em risco .

Equipes do Departamento de Fiscalização Geral da Prefeitura de Ribeirão Preto fizeram, nesta quinta-feira (30) uma limpeza na área do entorno ao Aeroporto Dr. Leite Lopes. A intenção é diminuir as chances de acidente com aeronaves, já que o lixo acumulado atrai a presença de urubus e outras aves.

Na quarta-feira (29), representantes do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) se reuniram com secretários municipais para discutir a situação. O chefe da fiscalização geral, Osvaldo Braga, afirmou que o local já havia sido higienizado há 40 dias e as equipes estão na área para retirar o lixo, que deve ser transportado por caminhões.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, são realizadas limpezas constantes na região, mas como o acúmulo de lixo tem se intensificado, o órgão responsável tem procurado ampliar a fiscalização, assim como a guarda municipal, que deve intensificar as rondas.

Acidente

No dia 18 de maio deste ano, um acidente registrado por uma companhia aérea deixou em alerta o perigo na região do Aeroporto Leite Lopes. Um pedaço de turbina de titânio - material muito mais resistente que o aço - ficou destruído depois do choque entre em urubu e um avião. Pássaros colocam em risco os pousos e decolagens no local.

Nos quatro primeiros meses do ano, o aeroporto registrou mais de 16 mil voos. Nelson Oliveira, presidente do aeroclube está preocupado. Outra preocupação é com a altura dos voos agrícolas, feita abaixo de 500 pés, justamente o nível que os urubus voam. O fato de serem baixos os deixa mais propensos a choques com as aves.

Na época, o piloto agrícola José Paulo Garcia disse que o descaso com a questão ambiental no crescimento das cidades é a principal razão dos riscos em áreas vizinhas aos aeroportos. “As cidades estão crescendo e não foi feito um estudo de impacto ambiental e destinação de lixo. O urubu vem no lixo orgânico e esses locais estão servindo de alimento”, concluiu.