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Líbia: Finalmente, o retorno







Os 148 brasileiros que trabalham para a construtora Queiroz Galvão devem chegar hoje ao Brasil.

O grupo passou o domingo em Atenas, após viajar 17 horas de navio.

Os 148 brasileiros, funcionários da construtora Queiroz Galvão, que estavam em Benghazi, na Líbia, devem encerrar hoje a longa viagem de volta ao Brasil. A previsão é de que o grupo desembarque no fim da tarde no aeroporto de Recife. Da capital pernambucana, as famílias vão viajar para as cidades onde moram os seus familiares.

A primeira etapa do retorno foi feita num navio fretado pela construtora com o grupo, que deixou o porto de Benghazi, a segunda maior cidade Líbia, no sábado, levando ainda 48 portugueses, 20 espanhóis e um tunisiano. Após 17 horas, a embarcação atracou no porto de Pireu, em Atenas, na Grécia, por volta das 7h do horário local (2h de Brasília). O embarque dos brasileiros e dos estrangeiros foi feito na sexta-feira, mas o mau tempo impediu que a viagem fosse iniciada no mesmo dia. Na capital grega, os brasileiros receberam assistência da embaixada para a retirada da segunda via do passaporte e autorização de retorno ao país.

“Estamos na Grécia. Estamos bem e amanhã (hoje), Brasil”, comemorou o biólogo Roberto Roche, em uma mensagem escrita na madrugada de ontem no Facebook. O executivo da Queiroz Galvão foi o responsável pela organização do resgate e pelo embarque do pessoal da empresa em Benghazi. Na cidade líbia ele morava com a mulher, Deborah, e os filhos Marina e Bernardo, de 15 e 5 anos, respectivamente.

À noite, o filho mais velho, também chamado Roberto e morador em Petrópolis (RJ), postou uma mensagem em tom alegre. “Aí, pai! Pedi mais um título do Flamengo para você”, assinalou, ao citar a conquista da Taça Guanabara pelo time rubro-negro, o clube do coração dos dois.

Assim que chegou em Atenas, Marina também trocou mensagens via Messenger com a irmã, a jornalista Mariana Hansen, que mora no Rio de Janeiro. “Eu queria sair de lá por falta de segurança, mas, ao mesmo tempo, queria ficar com os meus amigos. Foi tudo muito rápido. Saí da escola na quarta-feira às pressas, sem tempo de me despedir. Estou preocupada com eles”, escreveu a garota no bate-papo virtual.

A empresa brasileira Odebrecht informou ontem, em nota, que concluiu a operação de retirada de todos seus funcionários da Líbia. Segundo a companhia, 3.558 pessoas de 35 nacionalidades saíram do país sem nenhum incidente.

Fuga

Ontem, milhares de pessoas que fogem da violência e do caos na Líbia continuavam chegando ao porto de La Valeta, capital da pequena Ilha de Malta, usada por países do mundo inteiro como escala para repatriar seus cidadãos. Uma fragata da marinha britânica, a HMS Cumberland, com 207 pessoas a bordo, atracou procedente de Benghazi. Os passageiros fizeram uma viagem extenuante. O barco levou 35 horas para chegar ao destino devido ao mau tempo.

Três aviões militares britânicos retiraram ontem 150 estrangeiros que estavam bloqueados em acampamentos no deserto líbio. Eles também foram levados para a Ilha de Malta, de onde seguiram para os respectivos países.

O exôdo é incessante e crescente. De acordo com a agência para refugiados da ONU, a Acnur, aproximadamente 100 mil pessoas, muitas delas imigrantes ilegais, saíram por terra da Líbia rumo a países vizinhos, na semana passada. Ontem, o Exército da Tunísia foi mobilizado, numa tentativa de controlar o caos que se instalou na fronteira com a Líbia.

Estamos na Grécia. Estamos bem e amanhã (hoje), Brasil”

Roberto Roche,
Executivo da Queiroz Galvão

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE / NOTIMP



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