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Companhias vão aumentar investimento em tecnologia






Paola de Moura
de Bruxelas

Um passageiro chega num Aeroporto, vai a um terminal, emite seu bilhete e também a etiqueta de identificação de bagagem. Sozinho, leva mala até a esteira, onde a despacha. Em seguida, próximo ao balcão de embarque, em outro terminal automático, com leitura biométrica, coloca seu documento de identidade sob um leitor a laser, que solicita seu cartão de embarque e pede que ele coloque seu dedo em um leitor de digitais.

Se tudo estiver certo, o portão abrirá automaticamente e o passageiro embarca no avião. Não é filme de ficção, os produtos já estão disponíveis e companhias aéreas estão dispostas a investir nessa tecnologia para tornar o processo mais rápido e econômico, já que demandará menos pessoal.

Segundo pesquisa divulgada ontem pela Sita, empresa de soluções tecnológicas para o transporte aéreo e pela consultoria Forrester Reasearch, 56% das empresas planejam aumentar seus investimentos em tecnologia e 34% vão mantê-los. Só em 2009, 47% aumentaram a contratação no setor de TI. A maioria, 82%, tem como objetivo prioritário do investimento reduzir custos.

Dados da pesquisa mostram que 1,8% do faturamento do setor em 2010 será reinvestido em tecnologia. Em 2009, esse investimento esteve em torno de 1,6%.

Além de cortar custos, a ideia é reduzir a dependência dos GDS - empresas que intermedeiam a venda de passagens entre as agências de viagens e as companhias aéreas. Hoje, as vendas via GDS são de 50,4%, contra 25,8% nos sites e 10,7% diretamente nas companhias. A meta é que as venda nas agências caia para 41,4% em 2013 e suba para 37,9% nos sites.

O desafio, no entanto, é grande. Isso porque, lembra Henry Harteveldt, vice-presidente da Forrester Reasearch, todas as tecnologias costumam falar linguagens diferentes. "É um mundo onde o caos costuma reinar", afirma. Softwares de celulares são diferentes entre si e dos usados nos sistemas desenvolvidos pelas companhias aéreas para gerenciar seus dados. Há uma tendência de convergência, mas também demanda investimento.

A Sita apresentou ontem no Air Transport IT Summit, em Bruxelas, novas tecnologias que está desenvolvendo e oferecendo às companhias aéreas. O terminal biométrico identifica o passageiro de várias formas, pelo seu número de reserva, cartão de crédito, de milhagem, passaporte ou digital. Ele pode operar para uma única companhia ou para várias simultaneamente.

O mais novo produto disponível no Aeroporto das Bermudas e em teste em Orlando, nos EUA, e Copenhague, na Dinamarca, é o totem para comunicar a perda de bagagem. O passageiro fornece identificação, seleciona o tipo de bagagem e cadastra e-mail e celular. Quando a bagagem for localizada, recebe um aviso com a data de entrega. "A eficiência da localização, no entanto, não depende do sistema e sim do serviço da empresa aérea", diz Nick Gates, diretor de Soluções para Aeroportos da Sita.

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP




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