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Lula insiste na necessidade de negociar com o Irã






O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, um dos convidados à primeira cúpula de segurança nuclear em Washington segunda e terça-feira, repetiu que é preciso negociar o programa nuclear de Teerã e que quer conversar com o líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad até o último minuto, segundo declarações publicadas pelo jornal espanhol El País.

Não se pode partir do preconceito de que Ahmadineyad é um terrorista a quem é preciso isolar. Temos que negociar. Quero conversar com ele sobre estes assuntos até o último minuto, declarou Lula, num momento em que o Irã prossegue determinado a desenvolver seu programa nuclear, apesar da oposição das potências ocidentais.

O ministério das Relações Exteriores iraniano disse ontem que o país apresentará uma queixa às Nações Unidas contra a nova política dos EUA para o uso de suas armas nucleares. Teerã alega que a nova estratégia americana anunciada semana passada por Obama é uma ameaça de atacar o território iraniano com armas nucleares.

Apesar da pressão reforçada dos EUA, o Brasil, com assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU, se opõe à imposição de mais sanções à República Islâmica, suspeita de tentar dotar-se da bomba atômica.

É preciso que os iranianos saibam que podem enriquecer urânio para fins pacíficos e que nós tenhamos a tranquilidade de que é só para isso, declarou Lula.

O Paquistão tem a bomba atômica, Israel também. É compreensível que quem se sinta pressionado por essa situação possa pensar em criar a sua.

Lula também se pronunciou sobre a assinatura no dia 8 de abril de um novo tratado Start de desarme nuclear entre Estados Unidos e Rússia, cujo significado disse perguntará ao presidente Barack Obama em Washington.

Desativação de quê? Porque se estamos falando de desativar o que já havia caducado não tem sentido. Temos que falar sério de desarmamento, sem admitir que haja um grupo de países armados até os dentes e outros desarmados, declarou.

A possibilidade de que material nuclear caia em mãos terroristas é a principal obsessão dos EUA, e motivo pelo qual Obama convocou a reunião de cúpula em Washington.

Fonte: JORNAL DO BRASIL, via NOTIMP



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