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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 21/12/2018 / Drones sobrevoam pista e fecham segundo maior aeroporto de Londres



#Aeroportos - #Drones sobrevoam pista e fecham segundo maior aeroporto de Londres ...  


Pista de Gatwick voltou a ser fechada nesta quinta-feira. Milhares de passageiros estão com voos atrasados ou tiveram voos desviados para outros aeroportos ...  



Milhares de passageiros estavam com voos atrasados ou tiveram voos desviados nesta quinta-feira (20) depois que a única pista do aeroporto londrino de Gatwick foi fechada devido ao sobrevoo de drones.

A pista do aeroporto que fica ao sul de Londres, o segundo mais movimentado do Reino Unido, foi fechada na noite de quarta-feira (19). Ela foi reaberta brevemente por volta das 3h da quinta-feira, mas fechou 45 minutos depois após os equipamentos voltarem a ser observados voando perto de seu espaço aéreo.


O aeroporto iria ficar fechado ao menos até as 6h (8h, em Brasília) desta sexta-feira. O governo do Reino Unido alertou para a possibilidade de um efeito cascata de atrasos e cancelamentos.

Nesta época do ano, os sistemas de controle de tráfego aéreo estão sob pressão por causa das festas de fim de ano. Por Gatwick, que tem conexão com 228 cidades de 74 países, transitam anualmente 45 milhões de passageiros.

Sem ligação com terrorismo
Depois de iniciar uma investigação, a polícia afirmou que se trata de "um ato deliberado que busca perturbar as operações do aeroporto", mas informou que "não há absolutamente nenhum indício que sugira uma ligação terrorista".

Segundo a agência Reuters, o exército britânico está trabalhando com a polícia para ver se consegue resolver a situação.

"Há discussões em andamento com a polícia sobre qualquer capacidade militar que possa ser fornecida para ajudar em sua operação", disse um porta-voz do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha.


A administração do aeroporto disse que todos os voos foram suspensos. As filas nos balcões de informações eram longas e muitos passageiros chegaram a dormir no chão. Os viajantes foram aconselhados a verificar o status de seus voos antes de se dirigirem para o aeroporto.

O diretor de operações da Gatwick, Chris Woodroofe, disse que 10 mil pessoas foram afetadas pela paralisação até a manhã desta quinta, de acordo com a Associated Press.

Cerca de 2 mil passageiros iriam embarcar em aviões que não conseguiram decolar de Gatwick, 2 mil não conseguiram deixar seus pontos de origem e cerca de 6 mil passageiros tiveram o voo desviado para outros aeroportos do Reino Unido, Paris ou Amsterdã.

A expectativa é a de que esse balanço suba acentuadamente, uma vez que mais de 100 mil passageiros estavam programados para passar por Gatwick na quinta-feira em 760 voos (entre chegadas e partidas).

Riscos
A legislação britânica proíbe o uso de drones no perímetro de 1 km dos aeroportos. Os aparelhos também não devem exceder uma altitude de 122 metros.

"Estes drones voaram de forma ilegal e a lei não poderia ser mais clara, pois coloca em perigo a segurança das aeronaves, e pode ser punido com até cinco anos de prisão", declarou o porta-voz de Theresa May.

Um aumento de quase colisões entre drones e aviões comerciais intensificou as preocupações com a segurança na indústria da aviação nos últimos anos, segundo a Reuters.

No Reino Unido, o número de choques evitados entre drones particulares e aeronaves mais do que triplicou entre 2015 e 2017, e 92 incidentes foram registrados no ano passado, segundo a britânica Airprox Board.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL UOL


BLOG TODOS A BORDO - Só uma chuva faz aeroporto ter atrasos por 5 dias ou há algo mais sério?


Alexandre Saconi | Publicada em 21/12/2018 04:00

Um aeroporto fecha na região Norte e, com isso, um voo que parte do Sudeste para a região Sul é cancelado. Pode parecer estranho, mas problemas como chuva, neblina ou ventos intensos podem interferir nas operações em toda a malha aérea nacional.
Um dia de chuva forte pode fazer um aeroporto ter vários dias seguidos de voos cancelados ou atrasados? Para o passageiro comum, fica sempre a dúvida se não está acontecendo algo mais.
Nos últimos dias, por exemplo, diversos aeroportos do país enfrentaram atrasos em decorrência do fechamento do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, para pousos e decolagens após fortes chuvas e ventos que atingiram a região na quinta-feira (13). Cancelamentos e atrasos foram registrados por cinco dias, até segunda-feira (17) devido àquele fechamento, e a situação só foi normalizada por volta do meio-dia.
Por coincidência, uma semana antes dos problemas (6/12), havia sido implantado em Guarulhos um novo sistema que permitia pousos e decolagens ao mesmo tempo. A confusão poderia estar ligada a isso? Ou a algum outro problema técnico que não estivesse sendo revelado ao público?
O que dizem técnicos e entidades
Especialistas e entidades ouvidas pelo Todos a Bordo negam qualquer relação entre uma coisa e outra.
Segundo a concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto, o novo sistema de pouso e decolagem simultâneos, batizado de Agile GRU, "contribuiu para a recuperação dos atrasos pois gera maior fluidez no aeroporto".
As operações simultâneas só ocorrem quando o aeroporto está em condições visuais de pouso e decolagem e teriam reduzido o tempo de espera quando o aeroporto de Guarulhos foi reaberto. Entretanto, ainda não há dados disponíveis sobre esta melhora na recuperação.
Para Aroldo Soares, controlador de voo aposentado e professor universitário, essa operação de Guarulhos aumenta a capacidade operacional do aeroporto. "Houve apenas uma coincidência [sobre o início da operação simultânea em Guarulhos e o fechamento do aeroporto]. Época de verão é época de calor e, em seguida, chuva, com as nuvens formadas neste período trazendo ventos muito fortes. Nem sempre é a visibilidade que é afetada, e estes ventos também ocorrem, o que torna aproximações para pouso perigosas nestas condições."
"Esta operação de Guarulhos aumenta a capacidade. Portanto, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Os controladores são completamente aptos a operar desta maneira", disse Soares sobre sua experiência como controlador no aeroporto.
Segundo estudo feito pelo Ministério dos Transportes e pela Secretaria de Aviação Civil, os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Guarulhos irão atingir o limite da capacidade de movimentação de aviões em 2020 e 2022, respectivamente.
A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) também descartou qualquer relação entre o novo sistema e os atrasos.
"O Agile GRU propicia maior agilidade nas decolagens e pousos. Portanto, não existe qualquer relação entre os eventuais atrasos ocorridos em GRU e o projeto. Pelo contrário, a implementação das operações segregadas simultâneas em condições meteorológicas visuais (VMC) somente tem contribuído para dar mais fluidez e rapidez nas operações", disse, em nota.
A entidade também afirmou: "Vale ressaltar que a implantação do Agile foi precedida de um longo período de planejamento, testes em simuladores em tempo real acelerado, treinamento de controladores em simuladores e inúmeras reuniões envolvendo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, o Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo, a Torre de Guarulhos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o GRU Airport, a Iata [Associação Internacional de Transporte Aéreo] e a Abear [Associação Brasileira das Empresas Aéreas], o que trouxe consistência e segurança ao projeto."
Mas o que causa tantos dias de confusão?
A malha aérea é complexa, e os aviões que fazem uma rota, como a ponte-aérea Rio-São Paulo, nem sempre voam os mesmos destinos no mesmo dia. Um avião pode ir de São Paulo ao Rio, em seguida viajar para Manaus (AM), voltando para São Paulo e indo para Porto Alegre (RS) na sequência, tudo em menos de 24 horas.
Por isso, para os especialistas ouvidos, atrasos devido ao fechamento de aeroportos em decorrência de chuvas e ventos não são fenômenos incomuns e explicam os atrasos e cancelamentos registrados nos últimos dias. Afinal, o avião que iria fazer uma rota pode não conseguir pousar no destino e, assim, não haveria avião para continuar as rotas traçadas pelas companhias naquele momento.
Segundo o comandante Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da Abear, "quando um voo qualquer se atrasa, não é apenas ele que será afetado, mas também as conexões a ele ligadas".
"Como a malha das empresas é bastante intensa, com poucas folgas para o avião ficar parado, acaba ocorrendo o efeito-cascata. Este tempo [entre pousos e decolagens] é curto, pois a aeronave tem de voar de 10 a 12 horas por dia para ser rentável, sem contar o período em que fica parada no solo para abastecimento e manutenção", disse o comandante.
Para Oswaldo Sansone, professor da matéria aeroportos do curso de Engenharia da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), o impacto foi maior por se tratar do aeroporto de Guarulhos.
"Alguns aeroportos funcionam como concentradores de voos, e Guarulhos é o maior centralizador do Brasil. As companhias aéreas programam suas malhas aéreas para que seja feito o maior número de pousos e decolagens em uma mesma hora no aeroporto, de modo que os passageiros possam trocar de aeronave, fazendo suas conexões. Nesse tipo de malha aérea, existe uma taxa de ocupação maior das aeronaves, mas, quando há alguma perturbação em um voo, a perturbação não fica apenas nele, mas contamina a malha toda", disse o professor.
Demora na normalização
O fechamento de um aeroporto pode corresponder a uma demora de dias para que a malha aérea seja normalizada. Ainda segundo Sansone, devido à alta ocupação das aeronaves, ou seja, ao alto número de assentos ocupados, que chegou a 82% nos últimos anos, fica difícil realocar os passageiros que foram deixados no chão em outros voos. Isso se deve ao fato de que as aeronaves já estão perto de sua capacidade máxima, não cabendo mais passageiros.
O comandante Jenkins também disse que, para se retirar um nó causado pelo fechamento de um aeroporto, são necessários alguns dias.
"Para resolver este problema leva um tempo até as empresas refazerem suas conexões e seus horários. Não é em um piscar de olhos, pensando que, ao abrir o aeroporto, todos passam a voar imediatamente. É preciso recuperar o tempo que o aeroporto ficou fechado com os voos disponíveis na malha aérea."
Os especialistas também destacaram uma questão adicional: aeroportos que ficam fechados à noite, como Congonhas e Santos Dumont (RJ), não conseguem recuperar sua movimentação de maneira tão rápida, podendo demorar vários dias até que tudo seja normalizado.
Atrasos
Com as fortes chuvas que atingiram São Paulo na quinta-feira da semana passada (13), o aeroporto de Guarulhos, que tem em média 830 operações diárias, fechou com 253 atrasos superiores a 15 minutos (aproximadamente 30% dos voos). Na sexta-feira (14), foram 302 atrasos (36%). Na segunda-feira (17), este número havia caído para 162 atrasos (20%) ao todo.
Em todos os 55 aeroportos administrados pela Infraero (como Congonhas e Santos Dumont), na quinta-feira, das 1.307 partidas programadas, foram registrados 31 cancelamentos (2,3%) e 315 atrasos superiores a 30 minutos (24%). Na sexta-feira, das 1.325 partidas programadas em todos os aeroportos administrado pela empresa pública, 46 (3,4%) haviam sido canceladas e 373 (28%) registraram atraso.
Atrasos similares foram registrados após o dia 19 de julho de 2018, quando radares da Aeronáutica que fazem o controle dos aeroportos de São Paulo apresentaram falhas. Na época, o reflexo na malha aérea dos aeroportos administrados pela Infraero se estendeu por, pelo menos, três dias, com atrasos e cancelamentos que atingiram cerca de 45% dos voos no dia seguinte à falha –mesmo aqueles que ocorriam fora de São Paulo.
PORTAL G1


Justiça Federal de SP suspende pela 2ª vez acordo entre Boeing e Embraer

Decisão em caráter liminar é novamente do juiz Victorio Giuzio Neto. No início do mês, ele já havia concedido liminar para suspender a negociação, mas a decisão foi derrubada.

Por G1 Vale Do Paraíba E Região | Publicada em 20/12/2018 10:57

O juiz Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo, concedeu uma nova liminar (decisão provisória) para suspender o acordo entre as empresas Boeing e Embraer. A nova ação foi apresentada por sindicatos de trabalhadores em regiões onde a Embraer mantém fábricas no país.
A decisão é desta quarta-feira (19) e foi tomada pelo mesmo juiz que já havia concedido uma outra liminar para suspender a negociação no início do mês ao analisar a ação movida por dois deputados federais. A primeira liminar foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região de São Paulo no última dia 10.
Nesta segunda-feira (17), a Embraer informou que aprovou junto à fabricante norte-americana de aeronaves Boeing os termos do acordo, que prevê a criação de uma nova empresa (joint venture) de aviação comercial no Brasil.
O novo negócio é avaliado em US$ 5,26 bilhões. Inicialmente, quando as duas empresas assinaram um memorando, o valor era estimado em US$ 4,75 bilhões. Nos termos do acordo, a fabricante norte-americana de aeronaves deterá 80% do novo negócio e a Embraer, os 20% restantes.
Nesta quarta-feira, Giuzio Neto suspendeu novamente a fusão ao analisar uma ação apresentada pelos sindicatos de trabalhadores em regiões onde a Embraer mantém fábricas no país, como São José dos Campos e Botucatu.
O juiz federal suspendeu qualquer ato concreto de decisão da Embraer que concorde com transferência da parte comercial da empresa a outra empresa.
"Nesta decisão, como na anterior, não visualiza o juízo qualquer ameaça ou comprometimento da economia do país ou situação provocadora de crise na medida que busca conservar uma situação que se encontra consolidada no tempo e eventual oscilação em preços de ações da Boeing ou da Embraer são considerados efeitos metajurídicos normais de qualquer decisão judicial sem a tônica de representar repercussão nos interesses do paí", afirmou o juiz.
Procurada pelo G1, a Embraer informou que "tomará todas as medidas judiciais cabíveis para reverter a referida decisão". Informou ainda que manterá seus acionistas e o mercado informados sobre os desdobramentos da ação.
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai recorrer contra liminar da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo que determinou a suspensão das negociações entre as empresas. A Boeing informou que não vai comentar a decisão.
Ação civil
O advogado que representa os sindicalistas, Aristeu Pinto Neto, sinalizou que a ação movida pelas entidades trabalhistas tem como objetivo defender os interesses da sociedade, não apenas os corporativos e dos trabalhadores da própria Embraer.
"A empresa gera empregos e divisas no país e isso recai sobre interesses nacionais. Fundamentei a ação não apenas contra o ataque aos interesses trabalhistas, mas principalmente no que tange ao negócio jurídico desatender as regras de sociedades anônimas. Não é uma 'joint venture', que é uma comunhão de empresas para desenvolver um projeto especifico. O que se tem é a aquisição da Embraer pela Boeing ou, nos termos das leis da S.As [sociedades anônimas] é uma incorporação, quando vc dissolve uma empresa em outra maior", avaliou.

Acordo
A Boeing será controladora da empresa, com 80% de participação, ao fazer um pagamento de US$ 4,2 bilhões (o equivalente a R$ 16,4 bilhões), cerca de 10% maior que o inicialmente previsto. Este valor também supera em mais de 7% o valor de mercado da Embraer no fechamento do pregão da última sexta-feira (R$ 15,2 bilhões). O maior valor de mercado já registrado pela Embraer foi em novembro de 2015, quando a companhia atingiu R$ 22,39 bilhões, segundo dados da Economatica.
Os 20% restantes serão da fabricante brasileira, que poderá vender sua parte para a norte-americana a qualquer momento, por meio de uma opção de venda.
O acordo ainda precisa ser aprovado pelo governo brasileiro, que é dono de uma "golden share" na companhia e tem poder de veto em decisões estratégicas, como a transferência de controle acionário da empresa.
Caso o governo aprove o negócio, o acordo ainda será submetido à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, "bem como a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo", informou a Embraer.
Negócio da área de defesa
As empresas também chegaram a um acordo sobre os termos de uma segunda joint venture para promover e desenvolver novos mercados na área de defesa, envolvendo o avião multimissão KC-390.
De acordo com a parceria, a Embraer será a controladora neste negócio, com 51% de participação, e a Boeing, os 49% restantes. O valor total do negócio não foi informado.
Caso a parceria seja aprovada no tempo previsto, a Embraer espera que a negociação seja concluída até o final de 2019.
Por que Boeing e Embraer estão unindo forças
A Boeing e a Embraer anunciaram no fim de 2016 que estudavam unir seus negócios. A expectativa era de que um acordo entre as duas poderia criar uma gigante global de aviação, com forte atuação nos segmentos de longa distância e na aviação regional, e capaz de fazer frente a uma união similar entre as maiores concorrentes, Airbus e Bombardier, que também se uniram.
A americana e a brasileira tentam consolidar em um mesmo negócio duas operações fortes, uma em aviação de longa distância, outra para deslocamentos regionais. Enquanto a Boeing é a principal fabricante de aeronaves comerciais para voos longos, a Embraer lidera o mercado de jatos regionais, com aeronaves equipadas para voar distâncias menores.
A Embraer foi privatizada em 1994, no fim do governo Itamar Franco, por R$ 154,1 milhões (valores da época), quando o governo obteve o poder de decisão sobre a companhia.
A Embraer está avaliada atualmente na bolsa em cerca de US$ 3,9 bilhões, e a Boeing, em US$ 181 bilhões, segundo dados da Economatica.
Ele ainda destacou o que considera a 'assimetria do negócio' e traçou, em entrevista coletiva na sede do sindicato em São José, um paralelo com a negociação entre a Airbus e a Bombardier.
"Com toda dificuldade que a Bombardier vem enfrentando, ali existiu parceria de 51% a 49%, então há um equilíbrio completo de uma parceria que está ocorrendo ali. Aqui não, daqui a 10 anos a Boeing pode ainda comprar esses 20%, restantes da Embraer", disse Neto.
O diretor do sindicato, Herbert Claros, reforçou a preocupação que as entidades sindicais têm, sobretudo com o setor de defesa.
"Fabricamos o KC-390 [cargueiro militar], projeto feito com dinheiro público do governo brasileiro, não podemos fechar os olhos à entrega deste patrimônio aos americanos. Mesmo sendo a Embraer hoje privatizada, ainda recebe dinheiro público, do governo, do BNDES. O KC foi uma encomenda do governo brasileiro, sem o Brasil não existiria o projeto, então lesa a pátria 49% desse projeto ir para os Estados Unidos", concluiu.

Latam terá ajuda da FAB para retirar Boeing da pista de Confins; liberação deve ocorrer às 22h

Pista do aeroporto foi fechada à 1h43, quando Boeing 777 da Latam fez pouso de emergência; em nota, empresa afirmou que não está medindo esforços para minimizar impactos a passageiros.

Por Tv Globo E G1 Minas — Belo Horizonte | Publicada em 20/12/2018 17:12 | Atualizado em 20/12/2018 19:45


Um avião cargueiro da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou, por volta das 17h50 desta quinta-feira (20), ao Aeroporto de Confins, na Grande BH, com dois macacos hidráulicos e oito pneus, pesando 250 quilos cada. O equipamento, que tem seis toneladas, será usado para retirar o Boeing 777 que está na pista do terminal desde à 1h43, quando fez um pouso de emergência. De acordo com a Latam, uma parceria foi fechada com a FAB para o envio dos materiais. Às 18h, a previsão era que a liberação da pista ocorreria às 22h. Em nota, a empresa não esclareceu o que aconteceu com a aeronave e afirmou que "não está medindo esforços para minimizar impactos a passageiros" (leia abaixo).
Às 19h30, segundo a concessionária BH Airport, eram 141 voos cancelados, além de atrasos em 31 pousos e em 35 decolagens. Em média, 30 mil pessoas passam diariamente por Confins em 300 voos.
Na madrugada desta quinta, o voo LA8084 , que decolou com 339 passageiros e 16 tripulantes à 0h30 de Guarulhos (SP) com destino a Londres, precisou fazer um pouso de emergência em Confins. Segundo a Latam, todos os passageiros desembarcaram em segurança e receberam assistência.
A TV Globo apurou que os pneus foram danificados durante o pouso de emergência por problemas elétricos. Como o avião estava pesado por estar com tanque cheio para chegar a Londres, o sistema de sensores e plugues que esvazia pneus para evitar que eles estourem e causem acidente grave foi acionado. Na chegada a Confins, o avião foi recebido por brigadistas, que jogaram espuma para evitar explosão. Oito dos 14 pneus estavam vazios.

Com o Boeing parado na pista, Confins ficou fechado até o meio-dia, quando aeronaves de menor porte, que não precisam usar toda a pista, que tem 3 mil metros de extensão, puderam pousar e decolar. A Azul chegou a transferir voos para o Aeroporto da Pampulha, que atualmente opera apenas para voos regionais e executivos por determinação do Tribunal de Contas da União.
Os passageiros que estavam no voo LA8084 embarcaram, no final desta tarde, para Guarulhos, de onde seguiriam novamente com destino a Londres.

Hércules da FAB chega a Confins com parte de equipamento para liberar pista de Confins — Foto: Danilo Girundi/Globo

Pneus estouraram depois que avião fez pouso de emergência em Confins — Foto: Reprodução
Troca de pneus
A primeira parte da carga para a troca dos pneus do Boeing 777 chegou ao terminal no meio da tarde. A previsão é que os trabalhos durem cerca de quatro horas.
De acordo com a concessionária BH Airport, a pista foi fechada à 1h43. Passageiros relataram susto e choro dentro do avião. Desde as 12h, o funcionamento foi parcial, com pousos e decolagens partindo da mesma cabeceira. Aviões menores foram priorizados.
Até as 18h, de acordo com a concessionária BH Airport, 21 decolagens e 25 pousos ocorreram no terminal, que ficou totalmente fechado por mais de dez horas.

O que já se sabe até agora
  • Avião da Latam fez pouso de emergência à 1h43 em Confins;
  • Voo fazia a rota Guarulhos (SP) - Londres, com 339 passageiros e 16 tripulantes;
  • Brigadistas atuaram para evitar incêndio;
  • Por volta das 12h, operação foi parcialmente retomada com aviões de pequeno porte;
  • Até as 19h30, havia 141 voos cancelados, além de atrasos em 31 pousos e em 35 decolagens.
  • Passageira relatou que houve susto e choro dentro da aeronave;
  • Retirada da aeronave deve ser finalizada até as 22h;
  • Emergencialmente, Pampulha funciona para aviões pequenos;
  • Passageiros não devem se dirigir ao terminal.
O que diz a Latam
Leia a íntegra da nota da Latam:
"FAB e LATAM trabalham em conjunto para agilizar a volta da operação do aeroporto de Confins
A LATAM Airlines Brasil em parceria com FAB (Força Aérea Brasileira) está enviando uma aeronave Hércules com dois macacos hidráulicos e oito pneus. Ao todo são 6 toneladas de equipamentos para retirar a aeronave da pista do aeroporto de Confins. A empresa reitera que não está medindo esforços para mitigar os impactos aos passageiros que têm voos de e para o aeroporto mineiro.
O esforço conjunto entre a FAB (Força Aérea Brasileira) e a LATAM Airlines Brasil visa a volta da operação regular do aeroporto.
Contexto
A LATAM Airlines Brasil informa que o voo LA8084 (São Paulo/Guarulhos-Londres), que partiu às 00h30 (hora local) de hoje (20), alternou para o aeroporto de Belo Horizonte/Confins em razão de questões técnicas. Todos os passageiros desembarcaram em segurança e estão recebendo a assistência necessária.
Durante o pouso, às 1h43, os pneus da aeronave foram danificados e terão de ser trocados para possibilitar a retirada da aeronave da pista, que está interditada.
A companhia reitera que seguiu todos os procedimentos previstos para este tipo de situação, mantendo o controle da aeronave em todos os momentos e resguardando sempre a segurança de seus passageiros.
A LATAM reafirma o seu compromisso em manter os mais altos padrões de segurança e lamenta os inconvenientes que esta situação possa ter causado aos clientes."

Drones sobrevoam pista e fecham segundo maior aeroporto de Londres

Pista de Gatwick voltou a ser fechada nesta quinta-feira. Milhares de passageiros estão com voos atrasados ou tiveram voos desviados para outros aeroportos.

Por G1 | Publicada em 20/12/2018 06:52

Milhares de passageiros estão com voos atrasados ou tiveram voos desviados nesta quinta-feira (20) depois que a única pista do aeroporto londrino de Gatwick foi fechada devido ao sobrevoo de drones.
A pista do aeroporto que fica ao sul de Londres, o segundo mais movimentado do Reino Unido, foi fechada na noite de quarta-feira (19). Ela foi reaberta brevemente por volta das 3h da quinta-feira, mas fechou 45 minutos depois após os equipamentos voltarem a ser observados voando perto de seu espaço aéreo.

O aeroporto vai ficar fechado ao menos até as 6h (8h, em Brasília) desta sexta-feira. O governo do Reino Unido alertou para a possibilidade de um efeito cascata de atrasos e cancelamentos.
Nesta época do ano, os sistemas de controle de tráfego aéreo estão sob pressão por causa das festas de fim de ano. Por Gatwick, que tem conexão com 228 cidades de 74 países, transitam anualmente 45 milhões de passageiros.
Sem ligação com terrorismo
Depois de iniciar uma investigação, a polícia afirmou que se trata de "um ato deliberado que busca perturbar as operações do aeroporto", mas informou que "não há absolutamente nenhum indício que sugira uma ligação terrorista".
Segundo a agência Reuters, o exército britânico está trabalhando com a polícia para ver se consegue resolver a situação.
"Há discussões em andamento com a polícia sobre qualquer capacidade militar que possa ser fornecida para ajudar em sua operação", disse um porta-voz do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha.

A administração do aeroporto disse que todos os voos foram suspensos. As filas nos balcões de informações são longas e muitos passageiros chegaram a dormir no chão. Os viajantes foram aconselhados a verificar o status de seus voos antes de se dirigirem para o aeroporto.
O diretor de operações da Gatwick, Chris Woodroofe, disse que 10 mil pessoas foram afetadas pela paralisação até a manhã desta quinta, de acordo com a Associated Press.
Cerca de 2 mil passageiros iriam embarcar em aviões que não conseguiram decolar de Gatwick, 2 mil não conseguiram deixar seus pontos de origem e cerca de 6 mil passageiros tiveram o voo desviado para outros aeroportos do Reino Unido, Paris ou Amsterdã.
A expectativa é a de que esse balanço suba acentuadamente, uma vez que mais de 100 mil passageiros estavam programados para passar por Gatwick na quinta-feira em 760 voos (entre chegadas e partidas).
Riscos
A legislação britânica proíbe o uso de drones no perímetro de 1 km dos aeroportos. Os aparelhos também não devem exceder uma altitude de 122 metros.
"Estes drones voaram de forma ilegal e a lei não poderia ser mais clara, pois coloca em perigo a segurança das aeronaves, e pode ser punido com até cinco anos de prisão", declarou o porta-voz de Theresa May.
Um aumento de quase colisões entre drones e aviões comerciais intensificou as preocupações com a segurança na indústria da aviação nos últimos anos, segundo a Reuters.
No Reino Unido, o número de choques evitados entre drones particulares e aeronaves mais do que triplicou entre 2015 e 2017, e 92 incidentes foram registrados no ano passado, segundo a britânica Airprox Board.
PORTAL R7


FAB vai investigar incidente com avião que parou aeroporto em MG

Aeronave tinha saído do aeroporto de Guarulhos (SP). Aeroporto de Confins (MG) ficou fechado e mais de 100 voos foram cancelados nesta quinta

Márcio Neves, Do R7 | Publicada em 20/12/2018 17:42 | Atualizado em 20/12/2018 17:45

Uma equipe de investigadores do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da FAB (Força Aérea Brasileira) vai apurar as causas do incidente com uma aeronave Boeing da companhia aérea Latam que fez um pouso de emergência e ocasionou o fechamento do aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), nesta quinta-feira(20).
O aeroporto foi liberado parcialmente para aeronaves de pequeno porte por volta de 12h, entretanto, 135 voos foram afetados.

"O início dos trabalhos consiste no levantamento de dados e de evidências: os investigadores fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos", afirmou a Força Aérea por meio de nota, reforçando que o objetivo da investigação realizada pelo órgão é para prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.

A aeronave um Boeing 777-300, prefixo PT-MUG, tinha saído do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e teria como destino Londres, na Inglaterra e transportava cerca de 300 passageiros.
Segundo mensagens de aúdio que registraram a comunicação dos pilotos com a torre de controle, o avião estava com problemas elétricos, e que esta falha havia prejudicado também o sistema que permite liberar combustível do avião para diminuir o peso da aeronave. Em um pouso de emergência, é um procedimento dos pilotos liberar combustível fazendo com que a aeronave fique mais leve para o pouso.
Devido a força necessária para parar o avião, no momento em que ela tocou o chão, os freios doa avião teriam superaquecidos e se esvaziado e equipes de emergência do aeroporto de Confins lançaram uma espuma para resfriar o sistema e evitar que ocorresse um incêndio.
"Por se tratar de um voo internacional em início da viagem, a aeronave realizou um pouso com peso acima da média, [...] ocasionando um aquecimento dos freios durante o pouso. A aeronave parou com total segurança no meio da pista e sem ultrapassar os limites de sua extensão", esclareceu a Latam por meio de nota.
Após o pouso de emergência, os passageiros desembarcaram normalmente e ninguém ficou ferido. Segundo a companhia, os passageiros receberam assistência e foram encaminhados para um hotel na região.
O Cenipa espera concluir as investigações no menor tempo possível e a Latam informou que "está colaborando nas investigações".
PORTAL TERRA


Após 21 horas, pista do aeroporto de Confins é totalmente liberada

Espaço foi bloqueado após pouso de emergência de aeronave da Latam

Fabiana Cambricoli E Leonardo Augusto | Publicada em 21/12/2018 01:11

SÃO PAULO - A pista do Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, foi totalmente liberada às 22h48 desta quinta, 20, após ficar bloqueada por quase todo o dia por causa de um pouso de emergência de uma aeronave da Latam que seguia de Guarulhos para Londres e que teve que aterrissar na capital mineira após sofrer uma pane elétrica.
O pouso de emergência ocorreu à 1h43 de quinta, quando a pista de Confins foi totalmente interditada para outras decolagens e aterrissagens. Às 11h45, a pista foi parcialmente liberada, segundo a concessionária BH Airport, que administra o aeroporto.
A reabertura integral só foi autorizada após a aeronave da Latam ter sido retirada da pista, o que aconteceu às 21h58. Como os pneus furaram no pouso de emergência, foi preciso a ajuda de equipamentos da Força Aérea Brasileira (FAB) para retirar o veículo da pista. A Azul também prestou auxílio na operação.
Por causa do bloqueio, 146 voos de e para Confins foram cancelados. No Aeroporto de Guarulhos, mais transtornos: como os passageiros do voo acidentado tiveram de ser reacomodados num voo especial para Londres na noite de quinta, o voo regular previsto para o mesmo horário teve de ser cancelado, o que causou confusão entre passageiros e funcionários da companhia. "Já passamos em cinco balcões da Latam e ninguém diz quando iremos embarcar", relatou a funcionária pública Maria Rosa Burzynski, de 63 anos, às 22 horas.
Nova pista. A possibilidade de atrasos como os que ocorreram no Aeroporto de Confins, por causa do pouso de emergência da aeronave que seguia de São Paulo para Londres, só deverá ser extinta quando o projeto para construção da segunda pista da planta estiver concluído.
De acordo com o contrato de concessão, fechado em 2014, a BH Airport, que administra o terminal, tem até 31 de dezembro de 2020 para concluir a obra. O documento prevê ainda que, caso o número de pousos e decolagens chegue a 198 mil por ano, a construção da segunda pista deve ser iniciada. Hoje, Confins tem cerca de 99 mil pousos e decolagens por ano.
Inaugurado em 1984, o aeroporto, que fica a cerca de 40 quilômetros de Belo Horizonte, no município de mesmo nome. Naquele ano teve início processo de transferência de voos do Aeroporto da Pampulha, na região norte de Belo Horizonte, para Confins. Hoje, o terminal da capital opera basicamente voos com origem e destino dentro do Estado.
Com 29 anos de profissão e oito mil horas de voo, o comandante Sérgio Luís Mourão, de 46 anos, afirma que Confins é um dos aeroportos mais seguros do país, mas que a construção da segunda pista é fundamental. "Em momentos assim é que a gente vê a necessidade desta obra", afirma.
O piloto, que atua na aviação executiva, afirma ainda que, com duas pistas, passa a ser possível, por exemplo, aproximações simultâneas. Confins possui configuração para a implantação da segunda pista, como a necessidade de distância de 750 metros entre uma e outra.
Em nota, a BH Airport afirma que "o contrato de concessão determina que o projeto de implantação da segunda pista de pousos e decolagens tem que ser apresentado quando o Aeroporto atingir um total de 144 mil movimentos (pousos e decolagens) por ano e que a conclusão do empreendimento deve ocorrer com o patamar de 198 mil movimentos (pousos e decolagens) por ano. Atualmente, o Aeroporto registra em torno de 99 mil movimentos/ano".

Temer assina MP que cria estatal de navegação aérea NAV Brasil

Empresa surgiu de cisão parcial da Infraero; empresa terá sede no Rio e será vinculada ao Ministério da Defesa

Estadão Conteúdo | Publicada em 20/12/2018 22:41

O presidente Michel Temer assinou, nesta quinta-feira (20), Medida Provisória que determina a cisão parcial da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a criação da estatal NAV Brasil, que será responsável pelo controle aéreo. A nova empresa ficará vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica. Por se tratar de uma MP, o Congresso precisará ratificar a proposta em até 120 dias após a publicação.
"A NAV Brasil, em atendimento ao interesse coletivo, terá por objeto implementar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeronáutica destinada à prestação de serviços de navegação aérea que lhe for atribuída pela autoridade aeronáutica", diz um dos artigos do texto.
Segundo a medida, a empresa terá sede no Rio de Janeiro e será constituída por Assembleia Geral de acionistas convocada pela Procuradoria-Geral da Fazenda. Caberá ao Comando da Aeronáutica apresentar o cronograma de cessão e transferências de bens e benfeitorias que considerar necessários.
O quadro inicial de funcionários da NAV Brasil, de acordo com o texto, será composto pelos empregados da Infraero que, em 1º de setembro de 2018, já exerciam atividades diretamente relacionadas com a prestação de serviços de navegação aérea, transferidos por sucessão trabalhista, sem caracterizar rescisão contratual. A navegação aérea envolve serviços de telecomunicações, estações de rádio, torres de controle e medição meteorológica.
A Aeronáutica defendia a criação da estatal desde 2016 com objetivo de criar condições legais para que os recursos obtidos com as tarifas aeroportuárias entrassem diretamente, sem passar pelo Tesouro Nacional.
A MP foi editada na mesma semana em que o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, renunciou ao cargo. Na semana passada, a equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, confirmou a indicação do brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior, hoje diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para ser o próximo presidente da Infraero.
Como informou o Estado, o governo Bolsonaro pretende conceder toda a rede de aeroportos do Brasil e, num prazo de aproximadamente três anos, acabar com a estatal que hoje administra a rede, a Infraero. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que a Infraero "vai acabar".
JORNAL DO SENADO


Novas diretrizes para a defesa nacional já estão em vigor


Publicada em 20/12/2018 13:49 | Atualizado em 20/12/2018 15:03

A Mesa do Senado promulgou na última sexta-feira (14) o decreto legislativo 179/2018, que atualiza três documentos usados para orientar as atividades de Defesa no Brasil. O texto altera a Política Nacional de Defesa, a Estratégia Nacional de Defesa e o Livro Branco de Defesa Nacional. A norma foi publicada nesta segunda-feira (17) no Diário Oficial da União.
O consultor legislativo do Senado João Paulo Botelho, que atua nas áreas de Defesa e Relações Internacionais, explica que os documentos existem “para dar uma satisfação à sociedade” sobre as atribuições e os desafios das Forças Armadas.
— Eles são uma carta de intenções. Uma tentativa de chamar a atenção dos civis para a organização da Defesa, uma área ainda pouco conhecida da população. O objetivo é mostrar para a sociedade que a Defesa existe e que as pessoas têm que se preocupar com isso, por menos que a gente se envolva em guerras —afirma Botelho.
A atualização dos três documentos foi encaminhada ao Congresso em março de 2017 pelo presidente Michel Temer, por meio da mensagem (MCN) 2/2017. O texto foi aprovado em outubro daquele ano pela Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) e deu origem ao projeto de decreto legislativo (PDS) 137/2018. A matéria seguiu para os Plenários da Câmara e, depois, do Senado, que concluiu a votação no dia 13 de dezembro.
Veja os principais pontos dos documentos promulgados.
Política Nacional de Defesa
Lançada originalmente em 1996, a Política Nacional de Defesa (PND) foi revisada em 2005 e 2012 e agora recebe a quarta versão. Uma novidade em relação à publicação anterior é a “concepção política” de Defesa. Segundo o documento, “a paz e a estabilidade nas relações internacionais” dependem da diplomacia “para a conjugação dos interesses conflitantes dos países”.
O texto recomenda que o Brasil adote 28 posicionamentos políticos na área de Defesa. O primeiro deles é a solução pacífica das controvérsias. “O uso da força somente será concretizado quando as possibilidades de negociação se apresentem inviáveis”. Outras orientações indicam que o país deve apoiar o multilateralismo, participar de organismos internacionais e incentivar a integração da América do Sul.
Os posicionamentos sugeridos pela PND contrastam com declarações de integrantes da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro. O futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, afirmou em outubro que o Mercosul “não é prioridade” do próximo governo. O diplomata Ernesto Araújo, indicado para ser o futuro ministro das Relações Exteriores, criticou o que classifica de “ideologia globalista” e defende o “nacionalismo ocidental”. O consultor João Paulo Botelho minimiza essas declarações.
— O futuro governo se alinha muito ideologicamente ao presidente [dos Estados Unidos] Donald Trump. Num primeiro momento houve aquelas posturas um tanto radicais. Mas na hora 'H' eles não vão assumir essas posições tão isolacionistas. Se há um tratado internacional com 150 países, por que fazer parte da meia dúzia que fica de fora? Na prática, esses documentos vão prevalecer contra ideias de uma, duas ou três pessoas — argumenta Botelho.
Em uma análise sobre o “ambiente nacional”, a PND destaca que o Brasil carece “de maiores investimentos em ciência, tecnologia e inovação e em qualificação do capital humano”. O texto alerta ainda que “os estrangulamentos de infraestrutura existentes poderão retardar o efetivo desenvolvimento do país”.
De acordo com o documento, a falta de regularidade nas aquisições de produtos de defesa e na alocação de recursos orçamentários “tem desestimulado os investimentos” por parte da indústria nacional. “O ritmo do desenvolvimento tecnológico brasileiro não permite vislumbrar a eliminação da dependência externa em áreas de fundamental importância nos próximos vinte anos”.
A PND recomenda que o setor de Defesa dê “maior atenção” à Amazônia e ao Atlântico Sul, onde se concentram as reservas do pré-sal. “A ‘Amazônia Azul’ [é um] ecossistema de área comparável à Amazônia brasileira e de vital relevância para o país, na medida em que incorpora elevado potencial de recursos vivos e não vivos, entre estes, as maiores reservas de petróleo e gás do Brasil”. Amazônia Azul é o nome dado ao mar territorial brasileiro, contíguo ao litoral nacional, no Oceano Atlântico.
O texto define ainda oito objetivos nacionais na área de defesa. Eles servem para direcionar a formulação da Estratégia Nacional de Defesa, o segundo documento atualizado pelo decreto legislativo.
OUTRAS MÍDIAS


REVISTA FORBES - Embraer assina encomenda firme de 100 jatos E175


Redação, Com Reuters | Publicada em 20/12/2018

A Embraer informou hoje (20) que assinou contrato de encomenda firme feita pela norte-americana Republic Airways envolvendo 100 jatos E175 por um valor de US$ 4,69 bilhões a preços de lista das aeronaves.
O acordo de intenção de compra da Republic Airways havia sido anunciado em julho, durante a feira de aviação da Inglaterra. O contrato também inclui direitos de compra de outras 100 aeronaves do mesmo modelo, com opções para conversão para a geração mais nova da aeronave, o E175-E2.
Segundo a Embraer, a encomenda firme será incluída na carteira de pedidos firmes do quarto trimestre deste ano.

PORTAL DEFESA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Militares da FAB recebem Prêmio Brasil Olímpico

ENTRE OS GRANDES NOMES DO CENÁRIO ESPORTIVO ESTÃO OS SARGENTOS ARTHUR ZANETTI, DA GINÁSTICA ARTÍSTICA, E ANA SÁTILA, DA CANOAGEM SLALOM

Publicada em 20/12/2018 11:37

Sete militares da Força Aérea Brasileira (FAB) receberam o Prêmio Brasil Olímpico (PBO), na noite de terça-feira (18), por terem se destacado como os Melhores Atletas de 2018 em suas modalidades desportivas. A premiação foi criada em 1999 pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para reconhecer os grandes nomes do cenário esportivo do Brasil em diversas categorias olímpicas.
Nesta 20ª edição do PBO, ocorrida na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), os militares da FAB vencedores foram: o Coronel Aviador da Reserva Júlio Almeida, no Tiro Esportivo; os Sargentos Gabriel Santos e Pedro Spajari, na Natação (Revezamento); o Sargento Darlan Romani, no Atletismo; a Sargento Ana Sátila, pela Canoagem Slalom; o Sargento Marcus D´Almeida, pelo Tiro com Arco; e o Sargento Arthur Zanetti, na Ginástica Artística.
A Sargento Ana Sátila ainda concorreu ao Prêmio de Melhor Atleta Feminino 2018. Já o Sargento Arthur Zanetti concorreu ao Troféu Atleta da Torcida e, ainda, foi um dos destaques da noite ao entregar a premiação a outros atletas homenageados.
O Prêmio
O PBO é a principal honraria do desporto nacional – considerada o “Oscar” do Esporte – e tem por objetivo homenagear os melhores atletas, técnicos e personalidades que tenham contribuído, ao longo do ano, para o crescimento do esporte no Brasil.
Fotos: Suboficial BFT Ricardo
Fonte: CDA
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Jonathan Jayme – Revisão: Capitão Landenberger



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