NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/06/2018 / Dois aeroportos continuam sem combustível; companhias cancelam alguns voos
Dois aeroportos continuam sem combustível; companhias cancelam alguns voos ...
Vinícius Casagrande ...
A volta do abastecimento em todo o país ainda não resolveu todos os problemas dos aeroportos brasileiros. Na tarde desta sexta-feira (1º), de acordo com a Infraero, dois aeroportos administrados pela empresa seguiam sem combustível.
Apesar de ainda faltar combustível, a Infraero afirma que esses aeroportos estão abertos e têm condições de receber pousos e decolagens. "Nos terminais em que o abastecimento está indisponível no momento, as aeronaves que chegarem só poderão decolar se tiverem combustível suficiente para a próxima etapa do voo", afirma.
Veja a lista dos aeroportos sem combustível:
Palmas (TO)
Protásio de Oliveira, em Belém (PA) (não é o aeroporto internacional)
Protásio de Oliveira, em Belém (PA) (não é o aeroporto internacional)
Até às 12h da manhã desta sexta-feira, o aeroporto de Palmas tinha cinco voos programados e não registrou nenhum cancelamento.
O aeroporto de Cuiabá estava sem combustível até o início da tarde, mas a situação já foi normalizada. Por conta dos problemas com combustível mais cedo, de 19 voos programados, seis foram cancelados (31,58% do total).
Companhias aéreas
Avianca
A Avianca cancelou oito voos programados para sexta-feira (1º), nove para sábado (2), quatro para domingo (3), outros quatro na segunda-feira (4) e mais cinco na terça-feira (5). A relação dos cancelamentos já havia sido divulgada ao longo da última semana e os passageiros reacomodados em outros voos.
"Todos os passageiros impactados pelos cancelamentos ou que tenham viagens programadas até o dia 3 de junho e desejam alterar a data podem entrar em contato com a companhia pelos números 4004-4040 ou 0300 789 8160, para a remarcação de suas passagens em novos voos, com embarques até o dia 9 de junho, sem cobrança de taxa, nem pagamento de diferenças tarifárias", afirma a empresa.
A Avianca recomenda que todos os passageiros verifiquem a situação do seu voo no site da companhia.
Azul
A Azul afirmou nesta sexta-feira que a greve dos caminhoneiros teve um impacto estimado de aproximadamente R$ 50 milhões, que será incluído no resultado operacional do segundo trimestre deste ano.
Segundo a empresa, foram cancelados 169 voos de um total de 2.637 voos operados entre 24 e 27 de maio devido à falta de querosene de aviação em vários aeroportos abastecidos por meio de caminhões-tanque. "A companhia também reduziu proativamente 523 voos entre 28 de maio e 3 de junho devido ao aumento do nível de cancelamentos e não-comparecimento", afirma.
Segundo a Azul, os passageiros com voos programados até o dia 4 de junho podem solicitar a remarcação ou cancelamento da passagem sem a cobrança de taxas. A situação dos voos pode ser consultada diretamente no site da empresa, na seção Status de voo.
Gol
A Gol afirma que entre os dias 21 (início da greve dos caminhoneiros) e 30 de maio, apenas 12 voos foram cancelados. Desde então, a empresa afirma que não houve registros de cancelamentos causados pela crise de desabastecimento dos aeroportos brasileiros. Os passageiros podem consultar a situação dos voos no site da empresa.
Latam
A Latam afirma que desde ontem suas operações estão dentro da normalidade e não há nenhum cancelamento previsto para o feriado por conta da situação dos aeroportos brasileiros. A empresa recomenda que os passageiros verifiquem a situação dos seus voos diretamente no Status de Voos no site da empresa.
Veja a situação dos principais aeroportos
Os aeroportos administrados pela Infraero registravam 45 voos cancelados até às 12h desta sexta-feira. Os cancelamentos representam 9,32% dos 483 voos programados até o horário.
No aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), o mais movimento da rede da Infraero, dos 78 voos programados para operar até às 12h desta sexta-feira, nenhum foi cancelado.
O aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, também não registrou nenhum cancelamento até às 12h. Foram 43 voos nesta sexta-feira.
Brasília
A Inframerica, administradora do aeroporto de Brasília, afirma que o estoque de combustível do terminal caminha para a normalidade completa. Nos últimos dias, o aeroporto tem recebido carregamentos constantes de combustível.
Na quinta-feira (31), foram 17 caminhões com o total de 901 mil litros de querosene de aviação. "O transporte do insumo não requereu o uso de escolta, revelando uma tendência de normalização da logística", afirma.
Segundo a Inframerica, o aeroporto de Brasília registrou nesta manhã 59 pousos e 53 decolagens. Neste período, foi registrado um atraso e nenhum cancelamento.
Belo Horizonte
A BH Airport, administradora do aeroporto do Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), afirma que o aeroporto opera com normalidade nesta sexta-feira, com dois voos cancelados. Segundo a empresa, o nível dos estoques de querosene de avião estão normais desde ontem.
Porto Alegre
A aeroporto de Porto Alegre (RS) também tem apresentado um fluxo mais regular de abastecimento. Segundo a Fraport, administradora do aeroporto gaúcho, na última quinta-feira foram mais 12 caminhões-tanque com querosene de aviação. "Com este reabastecimento, nossas operações seguem normalizadas", afirma a empresa.
Galeão
No aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, dos 48 voos programados para a manhã desta sexta-feira, apenas um havia sido cancelado.
Os aeroportos do Galeão e de Guarulhos, em São Paulo, são os dois únicos do Brasil que não foram afetados diretamente pela greve dos caminhoneiros. Os dois aeroportos recebem o combustível que abastece os aviões diretamente por dutos subterrâneos da Petrobras.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Balanço da greve
Miriam Leitão Publicado Em 01/06/18 - 06h00
Toda greve tem pelo menos três atores: capital, trabalho e setor público. Na paralisação do transporte de carga, o capital não apareceu. Estava presente, mas escondido atrás do trabalho. O governo exibiu em suas hesitações a enormidade da sua fraqueza. Outros poderes ou bateram cabeça, como o Congresso, ou ficaram em silêncio prolongado. O que se viu foi um assustador vazio de poder.
Houve momentos em que a situação parecia fora de controle. O governo cometeu uma sucessão de erros primários no processo negociador, como o de ceder sem pedir contrapartida, fechar acordos com interlocutores que não representavam exatamente o movimento. Ameaçar prender quem descumpria a lei, para nada fazer no momento seguinte. Com essas ameaças sem consequência esvaía-se o pouco de sua credibilidade.
A estrutura do setor é complexa. Há os autônomos, mas muitos deles prestam serviço continuado a um mesmo cliente, portanto têm vínculos com empresas. Há os que pegam o serviço que aparece. Há milhares de empresas pequenas de dois ou três caminhões que são contratadas das grandes transportadoras, que têm também suas próprias frotas. Se, desde o começo do movimento, as empresas tivessem colocado suas frotas e seus contratados nas estradas, certamente o movimento dos caminhoneiros não teria chegado ao ponto em que chegou. Agora, os empresários dizem que não saíram com seus carros porque não havia segurança, mas o clima de insegurança foi criado com a aquiescência deles. É mais sutil do que o locaute clássico, mas fez o mesmo efeito de fortalecer um protesto que foi estrangulando o país e que causou enormes prejuízos ao setor produtivo. Na pauta de reivindicações havia assuntos do interesse das empresas, como a não oneração da folha salarial do setor. Quem paga salário é empresário e não autônomo. Por isso, esse pedido, atendido, foi a perfeita impressão digital da presença patronal no protesto.
Os manifestantes têm seus direitos, claro, e num país cheio de razões para o mau humor eles mostraram o deles, mas da pior forma. Poderiam ter parado seus caminhões e já provariam sua importância na economia brasileira sobre rodas e movida a diesel, mas eles sequestraram as vias públicas e nestes casos foram muito além do tolerável na democracia.
As Forças Armadas se desdobraram de norte a sul do Brasil tentando fazer fluir as mercadorias, seja nas operações de planejamento ou nas ações táticas. Se alguém confundiu seu papel nesta crise não foram eles. Às vozes que pediram intervenção militar, o general Sérgio Etchegoyen deu a resposta perfeita: “isso é coisa do século passado".
O que é deste século e apareceu no movimento foi a dispersão de lideranças organizadas no mundo digital. Fortalecido pela dependência do país ao transporte rodoviário de carga, o movimento passou a ter inúmeros líderes que organizavam seus grupos através dos aplicativos de mensagem. Um dos ministros com quem conversei nestes dias me disse que o governo não estava preparado para este movimento digital. Os governos, como se sabem, ainda são analógicos.
Por várias razões esta foi a pior das greves do transporte de carga que o país já teve. Houve uma em 1999, à qual o governo Fernando Henrique cedeu no quarto dia, depois de ter subestimado sua força no primeiro dia. Houve duas contra o governo Dilma em momentos de sua fragilidade, em 2013 e 2015. O atual é um governo impopular, nos últimos meses do seu período no Planalto e que demostrou medo dos grevistas. Uma coisa é o diálogo sobre o qual o ministro Eliseu Padilha tanto falou. Ele é bem-vindo na democracia. Outra coisa é a tibieza que o governo mostrou em vários momentos. Nesse ambiente os grevistas cresceram e aumentaram exigências.
Era previsível que aparecessem infiltrações, radicalizações, oportunismo político e enfrentamento violento no final de um movimento tão intenso quanto esse. O governo também deveria ter se preparado para este momento.
Temer no Planalto já é quase passado. Os candidatos apareceram e deram declarações em geral confusas ou superficiais sobre o que estava acontecendo. Esta greve mostrou que o país tem extremas fragilidades. É preciso se preparar para reduzir essa vulnerabilidade.
Governo libera verba e gasto da greve com militares deve chegar a R$ 193 mi
Leandro Prazeres Publicado Em 31/05/18 - 11h28
O governo federal liberou R$ 80 milhões para as Forças Armadas em razão da atuação dos militares durante a greve dos caminhoneiros, que começou na semana passada. A liberação consta na edição extra do DOU (Diário Oficial da União) publicada na noite da última quarta-feira (30). Com essa liberação, a ação dos militares durante a greve deverá custar em torno de R$ 193 milhões.
A Operação São Cristóvão foi iniciada no último dia 25, depois que o presidente Michel Temer (MDB) autorizou a ação GLO (Garantia de Lei e da Ordem) com foco na lberação de estradas e na garantia de abastecimento de alimentos e combustíveis pelo país.
Inicialmente, o governo havia garantido R$ 113 milhões para a ação. Mas os militares argumentaram que a extensão da greve e o emprego de mais pessoal nas ações teria elevado os custos em pelo menos mais R$ 80 milhões.
Forças militares atuaram em diversos estados do Brasil com o uso de caminhões, veículos blindados e até helicópteros para fazer a escolta de comboios de caminhoneiros que queriam deixar os bloqueios nas rodovias.
De acordo com o Ministério da Defesa, a Operação São Cristóvão está sendo coordenada pelas Forças Armadas, mas conta com o apoio de 22 agências governamentais.
Ao longo da paralisação, ficou constatado que parte dos caminhoneiros defendia bandeiras como a intervenção militar em resposta à crise política.
O apelo pelas Forças Armadas entre os caminhoneiros causou preocupação no Palácio do Planalto. Havia o temor sobre como a possível complacência ou simpatia dos militares em relação aos grevistas poderia criar um clima de instabilidade dentro das próprias Forças Armadas.
O temor cresceu a tal ponto que, na última terça-feira (29), o ministro do GSI (Gabinete da Segurança Institucional), Sergio Etchegoyen, veio a público para rechaçar os temores de que militares poderiam estar cogitando um golpe. "Não vejo nenhum militar, não vejo Forças Armadas pensando nisso", disse.
Dois aeroportos continuam sem combustível; companhias cancelam alguns voos
Vinícius Casagrande Publicado Em 01/06/18 - 09h45
A volta do abastecimento em todo o país ainda não resolveu todos os problemas dos aeroportos brasileiros. Na tarde desta sexta-feira (1º), de acordo com a Infraero, dois aeroportos administrados pela empresa seguem sem combustível.
Apesar de ainda faltar combustível, a Infraero afirma que esses aeroportos estão abertos e têm condições de receber pousos e decolagens. "Nos terminais em que o abastecimento está indisponível no momento, as aeronaves que chegarem só poderão decolar se tiverem combustível suficiente para a próxima etapa do voo", afirma.
Veja a lista dos aeroportos sem combustível:
Palmas (TO)
Protásio de Oliveira, em Belém (PA) (não é o aeroporto internacional)
Protásio de Oliveira, em Belém (PA) (não é o aeroporto internacional)
Até às 12h da manhã desta sexta-feira, o aeroporto de Palmas tinha cinco voos programados e não registrou nenhum cancelamento.
O aeroporto de Cuiabá estava sem combustível até o início da tarde, mas a situação já foi normalizada. Por conta dos problemas com combustível mais cedo, de 19 voos programados, seis foram cancelados (31,58% do total).
Companhias aéreas
Avianca
A Avianca cancelou oito voos programados para sexta-feira (1º), nove para sábado (2), quatro para domingo (3), outros quatro na segunda-feira (4) e mais cinco na terça-feira (5). A relação dos cancelamentos já havia sido divulgada ao longo da última semana e os passageiros reacomodados em outros voos.
"Todos os passageiros impactados pelos cancelamentos ou que tenham viagens programadas até o dia 3 de junho e desejam alterar a data podem entrar em contato com a companhia pelos números 4004-4040 ou 0300 789 8160, para a remarcação de suas passagens em novos voos, com embarques até o dia 9 de junho, sem cobrança de taxa, nem pagamento de diferenças tarifárias", afirma a empresa.
A Avianca recomenda que todos os passageiros verifiquem a situação do seu voo no site da companhia.
Azul
A Azul afirmou nesta sexta-feira que a greve dos caminhoneiros teve um impacto estimado de aproximadamente R$ 50 milhões, que será incluído no resultado operacional do segundo trimestre deste ano.
Segundo a empresa, foram cancelados 169 voos de um total de 2.637 voos operados entre 24 e 27 de maio devido à falta de querosene de aviação em vários aeroportos abastecidos por meio de caminhões-tanque. "A companhia também reduziu proativamente 523 voos entre 28 de maio e 3 de junho devido ao aumento do nível de cancelamentos e não-comparecimento", afirma.
Segundo a Azul, os passageiros com voos programados até o dia 4 de junho podem solicitar a remarcação ou cancelamento da passagem sem a cobrança de taxas. A situação dos voos pode ser consultada diretamente no site da empresa, na seção Status de voo.
Gol
A Gol afirma que entre os dias 21 (início da greve dos caminhoneiros) e 30 de maio, apenas 12 voos foram cancelados. Desde então, a empresa afirma que não houve registros de cancelamentos causados pela crise de desabastecimento dos aeroportos brasileiros. Os passageiros podem consultar a situação dos voos no site da empresa.
Latam
A Latam afirma que desde ontem suas operações estão dentro da normalidade e não há nenhum cancelamento previsto para o feriado por conta da situação dos aeroportos brasileiros. A empresa recomenda que os passageiros verifiquem a situação dos seus voos diretamente no Status de Voos no site da empresa.
Veja a situação dos principais aeroportos
Os aeroportos administrados pela Infraero registravam 45 voos cancelados até às 12h desta sexta-feira. Os cancelamentos representam 9,32% dos 483 voos programados até o horário.
No aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), o mais movimento da rede da Infraero, dos 78 voos programados para operar até às 12h desta sexta-feira, nenhum foi cancelado.
O aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, também não registrou nenhum cancelamento até às 12h. Foram 43 voos nesta sexta-feira.
Brasília
A Inframerica, administradora do aeroporto de Brasília, afirma que o estoque de combustível do terminal caminha para a normalidade completa. Nos últimos dias, o aeroporto tem recebido carregamentos constantes de combustível.
Na quinta-feira (31), foram 17 caminhões com o total de 901 mil litros de querosene de aviação. "O transporte do insumo não requereu o uso de escolta, revelando uma tendência de normalização da logística", afirma.
Segundo a Inframerica, o aeroporto de Brasília registrou nesta manhã 59 pousos e 53 decolagens. Neste período, foi registrado um atraso e nenhum cancelamento.
Belo Horizonte
A BH Airport, administradora do aeroporto do Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), afirma que o aeroporto opera com normalidade nesta sexta-feira, com dois voos cancelados. Segundo a empresa, o nível dos estoques de querosene de avião estão normais desde ontem.
Porto Alegre
A aeroporto de Porto Alegre (RS) também tem apresentado um fluxo mais regular de abastecimento. Segundo a Fraport, administradora do aeroporto gaúcho, na última quinta-feira foram mais 12 caminhões-tanque com querosene de aviação. "Com este reabastecimento, nossas operações seguem normalizadas", afirma a empresa.
Galeão
No aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, dos 48 voos programados para a manhã desta sexta-feira, apenas um havia sido cancelado.
Os aeroportos do Galeão e de Guarulhos, em São Paulo, são os dois únicos do Brasil que não foram afetados diretamente pela greve dos caminhoneiros. Os dois aeroportos recebem o combustível que abastece os aviões diretamente por dutos subterrâneos da Petrobras.
Porto de Santos deve demorar 10 dias para retomar atividades após greve; prejuízo supera R$ 370 milhões
Por conta da greve, cerca de 70 navios estão fundeados na barra de Santos esperando para descarregar quando, o normal, são pouco mais de 30.
Andressa Barboza, G1 Santos Publicado Em 01/06/2018 - 09h15
As operações de modal rodoviário, que representam 70% das operações do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, foram retomadas nesta quinta-feira (31) e a expectativa da entidade que representa as agências de navegação é que a logística no cais volte ao normal em 10 dias. A greve nacional dos caminhoneiros deixou o fluxo de caminhões completamente parado no Porto por 10 dias e a estimativa é que o prejuízo seja de mais de R$ 370 milhões.
No início da manhã de quinta-feira (31), 1.500 militares da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, com apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo e da Polícia Rodoviária Federal, chegaram ao local com veículos blindados para fazer a garantir da entrada e saída dos caminhões, que ainda estavam dentro dos terminais. Já de noite, a categoria decidiu encerrar a greve, após assembleia realizada no local.
"Levará cerca de 10 dias para que o fluxo no Porto de Santos volte à sua normalidade. Nesse primeiro momento, caminhões têm que retirar os contêineres vazios e levar para as plantas, abastecendo e trazendo de volta", explicou o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima (Sindamar), José Roque.
Segundo Roque, outro agravante que promete continuar prejudicando as operações no Porto de Santos é a greve dos analistas da Receita Federal, que pararam no dia 21 de maio e devem voltar ao trabalho somente em 4 de junho. A greve provoca atrasos na carga de importação que gera falta de espaço para a carga de exportação.
Outra preocupação é com a quantidade de navios atracados no cais santista esperando carga para seguirem viagem. Segundo informações da Autoridade Portuária, nos últimos dias, entre 60 e 70 navios estavam fundeados na barra, quando o normal é cerca de 30 navios. O núcleo de emergências ambientais do Ibama em São Paulo monitora a barra de Santos, onde os navios aguardam para entrar no porto, desde o início da greve dos caminhoneiros.
"O acúmulo de embarcações na região dos fundeadouros fez com que a gente passasse a fiscalizar eventual descarte irregular a partir desses navios. Nas vistorias diárias que estamos realizando, não registramos incidentes. Queremos coibir qualquer tipo de prática ilegal e danosa ao meio ambiente", disse a agente ambiental federal, Ana Angélica Albarce.
Quanto a isso, o diretor-executivo do Sindamar diz não se preocupar. "Acredito em uma tripulação consciente na questão ambiental e armadores muito zelosos quanto a isso. Não vejo risco nenhum. Eles estão lá pois não têm carga para carregar, enquanto não sair, outros não entram", conta.
Terminais impactados com a greve
Na Brasil Terminal Portuário (BTP), empresa líder na movimentação de contêineres no porto, 20 mil acessos de caminhões para entrega ou retirada de carga deixaram de ocorrer só na primeira semana de greve dos caminhoneiros. O terminal da Copersucar, o principal na operação de açúcar e grãos no cais, chegou a ter seus armazéns vazios e cancelar as escalas de navios.
A Santos Brasil, operadora do Terminal de Contêineres (Tecon), o maior do Brasil, teve esquema de racionamento de combustível para manter o funcionamento dos equipamentos. A VLI, que opera grãos no Tiplam, disse que também foi impactada, mas que a situação está amenizada pela conexão do terminal com a ferrovia.
As operações no costado não foram interrompidas, pelo menos para a navegação em longo-curso, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Os cargueiros operaram conforme demanda das empresas para desembarque de cargas e o embarque daquelas que já estavam previamente armazenadas nas instalações, antes da greve.
Para o diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Angelino Caputo, a capacidade operacional das companhias está comprometida. Em nota, enviada na segunda-feira (28), a Federação Nacional dos Operações Portuárias (Fenop) avaliou que as consequências do "caos portuário são catastróficas" e que o "país perde".
Greve
A greve dos caminhoneiros começou em 21 de maio em todo o Brasil. Os profissionais pediam a redução no valor dos combustíveis e o aumento do preço do frete. Na Baixada Santista e no Vale do Ribeira, a categoria também se mobilizou em rodovias e nos acessos ao Porto de Santos.
No sábado (26), por conta do decreto presidencial para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o Navio-Patrulha Macaé (P70) atracou no cais santista com 22 fuzileiros como medida emergencial.
No domingo (27), outros 260 fuzileiros navais chegaram a Santos no Navio Doca Multipropósito Bahia (G40). Vindo do Rio de Janeiro, ele chegou com sete caminhões para transportar tropas, três blindados e dois helicópteros.
Avião faz pouso forçado às margens de rodovia em Tatuí
Aeronave pousou no terreno de um condomínio no início da tarde desta sexta-feira (1º). Segundo a Guarda Civil, não houve feridos. Causa do acidente ainda é desconhecida.
Por G1 Itapetininga E Região Publicado Em 01/06/18 -14h40
Um avião fez um pouso forçado no início da tarde desta sexta-feira (1º) em um condomínio residencial, que fica às margens da rodovia Mario Batista Mori (SP-141), Vila Angélica, em Tatuí (SP).
Segundo a Guarda Civil Municipal, a suspeita é de que o avião tenha tido problemas no motor e, para evitar um acidente maior, o piloto teria feito um pouso forçado no terreno do condomínio.
A Guarda não informou se o avião estava com passageiros, mas afirmou que não houve registro de feridos.
De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os documentos do avião Flyer, modelo Pelican 500BR e prefixo PU-ZNZ, estão em ordem. A categoria de registro é privada experimental.
Por telefone, o Aeroclube de Tatuí informou que está apurando as causas do acidente, mas afirmou que o avião não pertence ao clube.
Aeroporto está há 5 dias sem combustível por causa de greve dos caminhoneiros
Combustível acabou na última segunda-feira (28) no Brigadeiro Lysias Rodrigues, em Palmas. Terminal está aberto, mas aeronaves precisam ter autonomia de voo para seguir viagem.
Por G1 Tocantins Publicado Em 01/06/18 - 15h30
O aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, em Palmas, está sem combustível desde a última segunda-feira (28), segundo a Infraero. Apesar disso, o terminal está aberto e tem condições de receber pousos e decolagens. As aeronaves que chegarem ao terminal precisam ter autonomia de voo para seguir viagem.
A falta de combustível ainda é reflexo da greve dos caminhoneiros, que durou 10 dias no Tocantins e terminou nesta quarta-feira (30). Na semana passada foi preciso uma escolta policial para levar combustível ao terminal, porém o combustível acabou novamente.
A Infraero informou que está acompanhando o abastecimento dos aeroportos e tem atuado para garantir a chegada dos caminhões com combustível de aviação aos terminais administrados pela empresa, inclusive no período do feriado de Corpus Christi. Ainda não há uma previsão de quando a situação será regularizada.
A empresa recomendou ainda que os passageiros consultem as companhias aéreas para verificar a situação dos voos, antes de ir para o aeroporto.
Aeroporto de MT continua com falta de combustível após paralisação de caminhoneiro
Voos são cancelados para garantir operações. Cargas de combustível foi escoltada até o aeroporto nesta sexta-feira.
Lidiane Moraes Publicado Em 01/06/18 - 11h59
Mesmo após a desobstrução dos pontos de manifestações dos caminhoneiros, em Mato Grosso, o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, continua desabastecido, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Companhias aéreas estão adotando medidas de contingenciamento, cancelando programado de alguns voos, para garantir a normalidade das operações.
Cerca de 12 voos da Azul foram cancelados na manhã desta sexta-feira (1º) no aeroporto de Várzea Grande.
De acordo com a Companhia, um plano de contingência foi estabelecido desde que os bloqueios começaram, para garantir que os voos continuassem dentro do programado. Ainda assim, alguns tiveram que ser cancelados, sem prejuízos para os passageiros.
A Infraero informou que está acompanhando o abastecimento nos 54 aeroportos administrados por ela e que tem buscado junto aos órgãos responsáveis pelo setor, garantir a chegada dos caminhões com combustível aos terminais desabastecidos.
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Rodoviária escoltou uma carga de mais de 100 mil litros de combustível até o aeroporto.
De acordo com a PRF, a escolta foi necessária pela segurança da carga e porque existem leis específicas para tráfego de caminhões no perímetro urbano.
“Para garantir mais rapidez no trajeto até o aeroporto e impedir que a carga fosse impedida por algum motivo, os policiais fizeram a escolta”, disse o superintendente da PRF, Aristóteles Cadidé.
A PRF informou ainda que não há bloqueios nas rodovias federais que passam pelo estado. No entanto, policiais e soldados do Exército continuam nos pontos em que ocorreram as manifestações para garantir o abastecimento e a segurança.
Mensagens sobre retomada de paralisação são boatos, diz Jungmann
Ministro descartou hipótese de caminhoneiros retomarem greve
Alex Rodrigues Publicado Em 01/06/18 - 21h23
O Ministério da Segurança Pública descartou a hipótese dos caminhoneiros voltarem a paralisar suas atividades após terem suas principais reivindicações atendidas e encerrarem o movimento paredista que durou 11 dias. O boato de que a categoria organizaria uma nova paralisação ganhou força a partir do compartilhamento de mensagens pelo Whatsapp.
Segundo a assessoria da pasta, o ministro Raul Jungmann determinou que a Polícia Federal apure os objetivos de quem espalhou o boato. A investigação ocorrerá no âmbito dos inquéritos já instaurados para apurar a paralisação e a suspeita de envolvimento de empresários na condução dos protestos que, inicialmente, tinham como motivação a alta do preço dos combustíveis, mas logo incorporaram outras demandas à pauta de reivindicações.
“Prosseguem as investigações sobre as ações com cunho político. A PF e demais órgãos de segurança permanecem mobilizados, investigando possíveis infiltrações no movimento [dos trabalhadores]”, informou a assessoria do ministério a Agência Brasil.
Em entrevista à Rádio Jornal, do Recife, o ministro disse já ter conversado sobre o assunto com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchgoyen. Segundo Jungmann, o serviço de inteligência já identificou de onde partiram as mensagens, tratadas pelas autoridades como meros boatos.
“Quero deixar claro que não existe esta articulação para refazer o movimento e retomar a paralisação”, afirmou o ministro à rádio pernambucana. “Trata-se de um boato que vai ser investigado pela Polícia Federal, pois está evidentemente tentando criar um clima de ansiedade, de preocupação, divulgando dados infundados”, disse Jungmann, acrescentando que sempre pode haver manifestações pontuais, “mas nada sequer parecido com o que tivemos no movimento dos caminhoneiros [dos últimos dias]”.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também disse hoje (1°) que os órgãos de inteligência estão atentos à divulgação de vídeos e notícias falsas que incitem a retomada da paralisação dos caminhoneiros e dizem que o governo não cumpre o acordo. Segundo ele, se for necessário, serão tomadas providências. “Não vai ficar sem punição quem tentar descaracterizar a verdade dos atos praticados pelo governo”, disse Padilha em entrevista coletiva.
Também nesta sexta-feira, o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam), José da Fonseca Lopes, divulgou mensagem declarando desconhecer qualquer novo movimento e desencorajando motoristas a aderir a nova paralisações. "Já tivemos o apoio da população de bem e de vocês, caminhoneiros de bem, em nossas conquistas. O governo cumpriu a parte dele. O movimento acabou, nossas reivindicações já foram atendidas", disse.
Inquéritos
Inquéritos
Até a última terça-feira (29), a PF já tinha aberto 48 inquéritos para investigar a ocorrência de locaute na paralisação dos caminhoneiros e encaminhado à Justiça vários pedidos de prisão. Ontem (31), o filho do dono de uma empresa de transporte e logística com sede em Caxias do Sul (RS) foi preso em caráter temporário durante a Operação Unlocked, deflagrada pela PF para reprimir a prática de locaute em rodovias do estado. O locaute é a greve ou a paralisação realizada por ou com o incentivo de empresários e é proibida por lei.
O Ministério Público Federal (MPF) também instaurou diversos procedimentos investigatórios para apurar se lideranças do movimento dos caminhoneiros infringiram a Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1983) em ao menos quatro estados (São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) onde foram registrados atos e declarações de indivíduos insuflando outros manifestantes a pedirem intervenção militar no país.
Forças Armadas e de segurança pública combatem crimes na fronteira sul do Brasil
A cooperação entre as Forças Armadas e os organismos de segurança do Brasil amplia combate a crimes e conta com a participação simultânea do Exército do Uruguai.
Patrícia Comunello Publicado Em 01/06/18
Militares operam no posto da Receita Federal em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, Brasil, na fronteira com o Uruguai. (Foto: Divulgação, Exército Brasileiro)
Duas apreensões de droga e armas em abril de 2018 no Rio Grande do Sul, estado ao sul do Brasil, reforçaram a importância de ações que se intensificaram nos anos recentes, unindo as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública no combate a crimes transnacionais. O Exército Brasileiro (EB) mantém monitoramentos frequentes e prepara a próxima edição da Operação Fronteira Sul (FORSUL), prevista para o final de 2018 e uma das mais importantes no esforço das autoridades brasileiras. “Nossa missão é prevenção e repressão aos delitos transfronteiriços, sobretudo a entrada ou saída ilegal de armas, munições e outros produtos controlados, e o tráfico de entorpecentes e contrabando”, destacou o Coronel de Cavalaria do EB Jorge Francisco de Souza Júnior, comandante do 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado (RCMec), localizado em São Borja, Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina.
O estado registrou em 26 de abril a maior apreensão de maconha da sua história e uma das maiores no Brasil até meados de maio de 2018, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram apreendidas 6,017 toneladas da droga em um caminhão que havia saído de Iraí, município a cerca de 160 quilômetros da fronteira com a Argentina, e corredor do tráfico internacional. A droga abasteceria a região metropolitana de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.
O policial rodoviário federal Alessandro Castro, chefe de Comunicação Social da PRF no Rio Grande do Sul, disse que investiga como a maconha ingressou no Brasil. A Polícia Federal (PF) informou que a carga representa quase todo o volume apreendido em 2017, que foi de 6,6 toneladas da droga. Em 2016, o volume foi de 4,5 toneladas. Em 13 de abril, chamou a atenção das autoridades civis e militares o poder bélico de outra apreensão: dentro de um carro com placa do Paraguai que trafegava em Bento Gonçalves, na região nordeste do estado, foram encontrados 13 fuzis de calibre 556 e um AK 762.
O estado registrou em 26 de abril a maior apreensão de maconha da sua história e uma das maiores no Brasil até meados de maio de 2018, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram apreendidas 6,017 toneladas da droga em um caminhão que havia saído de Iraí, município a cerca de 160 quilômetros da fronteira com a Argentina, e corredor do tráfico internacional. A droga abasteceria a região metropolitana de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.
O policial rodoviário federal Alessandro Castro, chefe de Comunicação Social da PRF no Rio Grande do Sul, disse que investiga como a maconha ingressou no Brasil. A Polícia Federal (PF) informou que a carga representa quase todo o volume apreendido em 2017, que foi de 6,6 toneladas da droga. Em 2016, o volume foi de 4,5 toneladas. Em 13 de abril, chamou a atenção das autoridades civis e militares o poder bélico de outra apreensão: dentro de um carro com placa do Paraguai que trafegava em Bento Gonçalves, na região nordeste do estado, foram encontrados 13 fuzis de calibre 556 e um AK 762.
O Cel Souza Júnior citou entre as iniciativas de ação conjunta a última FORSUL, que ocorreu entre dezembro de 2017 e começo de fevereiro de 2018, e as patrulhas móveis na extensão terrestre com Uruguai e Argentina. As patrulhas são permanentes e contam com a colaboração da PRF, da PF, da Brigada Militar – que é a Polícia Militar gaúcha –, da Polícia Civil e da Receita Federal, para fiscalizar e coibir ilícitos na faixa de fronteira. O maior desafio é o de cobrir a extensão de 1.800 quilômetros, somando a interface do Rio Grande do Sul com Uruguai e Argentina. “Como a extensão é muito grande, fazemos ações em pontos onde há grande chance de ocorrer ilícitos”, disse o General-de-Brigada do EB José Ricardo Vendramin Nunes, comandante da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (BdaCMec), com sede em Bagé. Somente a 3ª BdaCMec precisa vigiar 700 km da fronteira de 1.068 km com o Uruguai.
FORSUL e o intercâmbio com o Uruguai
Na última FORSUL, similar à Operação Ágata comandada pelo Ministério da Defesa, o Gen Bda Vendramin destacou as ações simultâneas entre os exércitos do Brasil e do Uruguai. “Eles fecharam lá [lado uruguaio] e nós aqui [Brasil]”, descreveu. “Trocamos informações sobre a atuação de cada lado, o que se intensifica cada vez mais como parte da cooperação entre os dois países”, acrescentou. As movimentações ocorreram na faixa entre Santana do Livramento, no Brasil, e Rivera, no Uruguai, e também entre Bagé, no Brasil, e Aceguá, no Uruguai. A expectativa é a de repetir o intercâmbio bilateral no fim de 2018 com a nova edição da FORSUL.
Somente na área da 3ª BdaCMec foram envolvidos 812 militares de 11 organizações do EB. A maior movimentação concentrada ocorreu entre os dias 26 de novembro e 1º de dezembro de 2017. No restante do período até o começo de fevereiro de 2018, algumas unidades militares fizeram patrulhas móveis na fronteira. A FORSUL mobilizou um total de 3.816 pessoas no Rio Grande do Sul, sendo 3.389 do EB e 427 de órgãos de segurança pública, informou a Comunicação Social do Comando Militar do Sul, que coordenou a operação, que também ocorreu em Santa Catarina e no Paraná.
“A operação mais intensa foi realizada em um prazo curto, mas foi precedida por um trabalho de inteligência para mapear os locais e montarmos pontos de vigilância onde havia grande chance de ocorrerem ilícitos”, explicou o Gen Bda Vendramin. “Não houve apreensões que chamem a atenção e nem era o foco. Trabalhamos para inibir o comportamento e os crimes. A função era de dissuadir e mostrar a nossa presença na fronteira.” Outro resultado esperado com operações como a FORSUL é complementar o treinamento da tropa. “Se o Estado brasileiro decidir expandir uma operação como esta em tempo ou alcance, estamos treinados e com planos prontos”, completou.
“A operação mais intensa foi realizada em um prazo curto, mas foi precedida por um trabalho de inteligência para mapear os locais e montarmos pontos de vigilância onde havia grande chance de ocorrerem ilícitos”, explicou o Gen Bda Vendramin. “Não houve apreensões que chamem a atenção e nem era o foco. Trabalhamos para inibir o comportamento e os crimes. A função era de dissuadir e mostrar a nossa presença na fronteira.” Outro resultado esperado com operações como a FORSUL é complementar o treinamento da tropa. “Se o Estado brasileiro decidir expandir uma operação como esta em tempo ou alcance, estamos treinados e com planos prontos”, completou.
Bloqueios coíbem crimes
O Cel Bda Vendramin descreveu que a estratégia para coibir os crimes contou com movimentações das tropas, usando viaturas de transporte Marruá e Worker. Foram 10 a 12 pontos onde os militares mantiveram bloqueios e patrulhas. Nos locais com bloqueio fixo, as tropas atuavam por 12 horas, verificando cargas de caminhões e veículos de passeio que trafegam pelas estradas. Já os pontos móveis servem para monitorar rios, que estão em boa parte da fronteira, e alcançar uma extensão maior de vigilância. “Quando fazemos a operação, eles [criminosos] tiram o pé do acelerador, e quando desmobilizamos a tropa, na semana seguinte, podem ocorrer apreensões”, citou o Gen Bda Vendramin. Com as vigilâncias, que serão mantidas até o fim de 2018, os militares também acabam auxiliando na manutenção de estradas em situação mais precária.
Na fronteira com a Argentina, o 2º RCMec mobilizou três esquadrões de cavalaria mecanizados, que foram a campo com apoios em manutenção, saúde e suprimento. “Temos uma área de responsabilidade de 180 km de extensão, englobando os municípios de São Borja, Garruchos, Santo Antônio das Missões e Nhu-Porã [no Rio Grande do Sul]”, informou o Cel Souza Júnior. As tropas atuaram em rotina pesada as 24 horas do dia, os sete dias da semana. Bloqueios com pontos de controle nas estradas marcaram a operação. “A movimentação ocorreu por períodos curtos e mudanças de pontos constantemente, para manter a surpresa em áreas que poderiam ter ilícitos e que rastreamos com apoio da inteligência.” O oficial destacou a cooperação permanente e que se intensifica nas operações com outros órgãos. As atividades tinham bloqueios conjuntos com a PF, a PRF, a Brigada Militar, a Polícia Ambiental e Civil, além da aduana na Ponte da Integração, que liga São Borja a Santo Tomé, no lado argentino. Na última edição da FORSUL, o Cel Souza Júnior disse que houve queda em registros de crimes e apreensões.
Marinha e Polícia Federal atuam contra ilícitos
O delegado federal Getúlio Jorge de Vargas, coordenador da Operação Sentinela pela PF no Rio Grande do Sul, disse que o trabalho conjunto eleva o êxito no combate a crimes na fronteira. A Operação Sentinela ocorre anualmente desde 2011 e une PF, PRF e Força Nacional de Segurança Pública. “Não vamos conseguir combater crimes sem inteligência e trabalho integrado”, justificou o delegado Vargas. A PF realizou, em 2016 e 2017, a Operação Natureza Degradada, contra crimes na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, que é cortada pelo rio Uruguai. O uso de tecnologias como o georreferenciamento auxilia na localização de delitos. Entre 2 e 6 de abril de 2018, foi feita nova operação no rio Uruguai.
Vargas observou que o combate ao narcotráfico deve ser permanente e citou apreensões crescentes de maconha nas rotas para o Uruguai, com origem do Paraguai. “Enquanto tiver mercado consumidor, tem vendedor, que é o traficante”, concluiu Vargas, destacando a migração de quadrilhas do crime organizado, como o Primeiro Comando do Interior, da região metropolitana para a fronteira.
A Marinha do Brasil no Rio Grande do Sul se integrou no combate aos ilícitos em 2017, executando três fases da Operação Ágata, informou a Assessoria de Comunicação Social do 5º Distrito Naval. Foram atividades de vigilância no mar, próximo ao Uruguai, e em rios, na fronteira com a Argentina, atuando com órgãos ambientais e de segurança pública.
FAB transporta 25 toneladas de medicamentos para Bahia
Publicado Em 31/05/18 - 12h38
Na madrugada desta quinta-feira (31), a Força Aérea Brasileira (FAB) transportou medicamentos de São Paulo (SP) para Salvador (BA). Esse foi o segundo voo realizado pela FAB para a capital baiana em menos de 24 horas.
Às 17h30 de quarta-feira (30), a aeronave C-130 Hércules do Esquadrão Cascavel (1º GTT), havia aterrissado em Salvador com 16 toneladas de medicamentos a bordo. Os dois voos somaram 25 toneladas de reagentes usados na transfusão de sangue, necessários à realização de procedimentos de hemodiálise.
“É uma grande realização saber que nosso trabalho está ajudando alguém e, até mesmo, salvando vidas”, afirmou um dos pilotos da missão, Capitão Aviador Guilherme Guimarães.
A FAB comunica que está preparada para esse tipo de missão desde o início da semana. Na segunda-feira (28), 16 toneladas de remédios foram levadas de Montes Claros (MG) até Recife (PE).
Santa Casa só vai retomar cirurgias eletivas na próxima semana
Estoque de medicamentos e alimentos está sendo normalizado, após a greve dos caminhoneiros
Kleber Clajus Publicado Em 01/06/18 - 09:53
Cirurgias eletivas suspensas pela greve dos caminhoneiros serão retomadas, na próxima semana, pela Santa Casa de Campo Grande. Foram prejudicados 60 procedimentos e a instituição avalia eventual acionamento da FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar antibióticos ou outros insumos necessários a operação das atividades hospitalares.
De acordo com a assessoria de imprensa, pacientes foram informados sobre novas datas para as cirurgias, o estoque de medicamentos tem sido normalizado e o fornecimento de itens como legumes e verduras para a alimentação passou a ser regularizado. Comitê de crise deve reunir-se na Santa Casa, às 17h, para avaliar o andamento das operações.
Foram adotados, desde o início das paralisações em 21 de maio, sistemas de contenção no hospital. Isso porque haviam 20 itens faltando no almoxarifado. Estratégia foi comprá-los no comércio local e mesmo emprestá-los de outras unidades de saúde.
Greve - Caminhoneiros bloquearam as principais rodovias do país por dez dias, ao pleitear a redução do valor cobrado pelo litro do óleo diesel. O movimento começou a dispersar-se na quarta-feira (30) em Mato Grosso do Sul. Este levou ao desabastecimento de combustíveis nos postos e indústrias a suspender atividades ao ter matéria-prima e produtos retidos.
Houve proposta do governo estadual de redução da alíquota do ICMS aplicado ao diesel de 17% para 12%, desde que o movimento fosse desmobilizado. No âmbito federal devem ser zeradas até o fim do ano a incidência de PIS/Cofins sobre o combustível, além de aplicadas soluções negociadas como a desoneração da folha de pagamento do setor de transportes e criação de tabela mínima de preço de frete, dentre outras.
Operação São Cristovão: logística emergencial aponta a volta à normalidade no País
Assessoria De Comunicação Social (ascom) Publicado Em 01/06/2018 - 11:30
Durante o dia de ontem (31.05.2018), em reuniões no Palácio do Planalto e no Ministério da Defesa, em Brasília (DF), foi anunciado o fim dos pontos de concentrações (aglomerações) nos estados, após as medidas e ações emergenciais adotadas pelo Governo Federal. O principal porto do País, Santos, no estado de São Paulo, reiniciou suas operações; aeroportos voltaram a ter voos regularizados; e o abastecimento de combustível, insumos de saúde e gêneros alimentícios são restabelecidos de acordo com tempo para transporte de cada um.
No Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer esteve com ministros e representantes das agências envolvidas na reunião de atualização de dados do esforço emergencial para manter serviços essenciais à população.
O ministro da Defesa, interino, Joaquim Silva e Luna, destacou a integração entre os órgãos. “As Forças Armadas foram empregadas de forma coordenada e integrada para resolver os problemas, entregar resultados, pacificando os ânimos e reduzindo os danos à população, de modo que não houvesse um maior desabastecimento”, afirmou.
O emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na desobstrução de vias públicas teve início em 25 de maio, com o Decreto presidencial, e a partir de então, instalou-se na sede do Ministério da Defesa um Centro de Operações Conjuntas Interagências, onde militares das três Forças, representantes de outros ministérios, de órgãos federais, totalizando 23 agências, continuam trabalhando na Operação São Cristóvão.
Segundo o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, a ação pode ser considerada como “uma gigantesca operação logística de emergência não realizada em outro país”, que permitiu a volta à normalidade de estruturas críticas.
“Nós evitamos ao máximo o confronto”, destacou ainda, para explicar que, apesar do uso da força para liberação de entradas de bases de abastecimento de combustível, desobstrução de estradas e de portos, principalmente nos casos onde as negociações não surtiram efeito, não houve violência nas ações.
Para Operação São Cristóvão, foram estabelecidas prioridades, como o abastecimento de querosene e diesel para aeroportos, o transporte de insumos hospitalares e de gêneros alimentícios, a liberação de estradas e portos. Todas coordenadas em conjunto com os comandos operacionais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica em todos os estados.
Atuação conjunta interagências e vidas poupadas
À exemplo do que já tinha sido observado no País em ocasiões de grandes eventos, como a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016, só que, agora, numa situação extrema nunca antes registrada em território nacional, a atuação conjunta integrada dos órgãos das áreas de Defesa, Segurança e Inteligência, somada a outras agências, especialmente das áreas de transporte, saúde e energia, se deu de forma extremamente bem sucedida, evitando desabastecimentos de itens que poderiam até levar pessoas à morte.
Foram mais de 260 pedidos de apoio para transporte enviados pelas secretarias estaduais de saúde solicitando material hospitalar para hemodiálise e gases hospitalares, entre outros.
Para Júlia Pacheco, representante do Ministério da Saúde no Centro de Operações Conjuntas Interagências, os comboios, que possibilitaram que os medicamentos essencias não ficassem parados nas estradas, e os transportes feitos por aeronaves da Força Aérea, foram fundamentais para salvar vidas.
“É difícil dimensionar o quanto essa ajuda foi importante, mas, é possível afirmar que conseguimos evitar óbitos que poderiam ter ocorrido no sistema médico de saúde em decorrência de desabastecimento de insumos e materiais hospitalares estratégicos”, afirmou.
A parceria com outros setores, como o Ministério de Minas e Energia também foi fundamental, e evitou que os efeitos do desabastecimento atingissem níveis críticos.
O diretor de Combustíveis e Derivados de Petróleo da pasta, Cláudio Ishihara, explica que todas as informações sobre as regiões onde havia registros de falta de combustíveis (diesel, querosene de aviação, etanol e GLP) eram repassadas às forças de segurança e logística, para que as medidas necessárias – criação de corredores, escoltas a comboios ou transportes aéreos - fossem viabilizadas.
“Essa troca de informações em tempo real e esse apoio das Forças Armadas e da PRF foram fundamentais para assegurar o abastecimento adequado de todos os postos”, afirmou.
Números da Operação São Cristóvão
- Escoltas realizadas pela PRF e pelas Forças Armadas: 2.971;
- Mais de 86 milhões litros de querosene para aviação transportados;
- Mais de cinquenta milhões de litros de óleo diesel, gasolina e álcool transportados em 10.435 caminhões;
- 16 mil toneladas de insumos hospitalares transportadas em 409 caminhões;
- Foram utilizadas 30 aeronaves (Forças Armadas, PRF e Ministério da Saúde), que cumpriram 110 missões de apoio, com destaque para o transporte de 61 toneladas de medicamentos e insumos em caráter de emergência;
- Foram estabelecidos 17 corredores livres e 70 em condições de serem acionados pelos comandos de área;
- Em torno de 16.000 homens e 1.440 viaturas empregados na operação.
- Mais de 86 milhões litros de querosene para aviação transportados;
- Mais de cinquenta milhões de litros de óleo diesel, gasolina e álcool transportados em 10.435 caminhões;
- 16 mil toneladas de insumos hospitalares transportadas em 409 caminhões;
- Foram utilizadas 30 aeronaves (Forças Armadas, PRF e Ministério da Saúde), que cumpriram 110 missões de apoio, com destaque para o transporte de 61 toneladas de medicamentos e insumos em caráter de emergência;
- Foram estabelecidos 17 corredores livres e 70 em condições de serem acionados pelos comandos de área;
- Em torno de 16.000 homens e 1.440 viaturas empregados na operação.
PORTAL ASSUNTOS MILITARES (RJ) - Militares da FAB fazem curso para avaliação de aeronave de alta performance
Militares são capacitados em avaliação de aeronave de alta performance.
Ricardo Pereira
Publicado em 31/05/18 - 12H00
Os novos pilotos e engenheiros de ensaio serão engajados em programas como o da aeronave KC-390.
Os alunos do XXVII Curso de Ensaios em Voo (CEV) realizaram, entre os dias 07 e 18 de maio, a avaliação final do curso, chamada Preview, na aeronave JAS 39 Gripen D, em Linköping, Suécia. O objetivo foi verificar a capacidade dos pilotos e engenheiros alunos em avaliar uma aeronave de alta performance para as ações de defesa aérea e ataque.
A avaliação foi baseada na Solicitação de Ensaio de Instrução, feita pela Divisão de Formação em Ensaios em Voo, do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV), Unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) localizada em São José dos Campos (SP), e reúne os principais requisitos operacionais e de certificação da aeronave. Com base na solicitação, os alunos devem demonstrar ser capazes de planejar as missões num perfil que permita a avaliação desses requisitos, com a aplicação das técnicas de ensaio em voo necessárias para adquirir as informações para a avaliação. Eles devem, também, mostrar rápida adaptação à aeronave para pilotá-la a partir da posição dianteira, conduzir os voos com segurança e compilar os resultados num relatório de ensaio.
Na oportunidade, os pilotos e engenheiros alunos realizaram oito voos na aeronave JAS 39 Gripen D, pertencente à SAAB, e dois voos na aeronave “alvo” SK-60 (SAAB 105). “A Preview é uma excelente atividade para verificar o nível de aprendizagem dos alunos e colocá-los num ambiente de ensaio adverso, a fim de verificar a sua alta capacidade de adaptação. Num exercício como esse, o nível de maturidade e confiança dos alunos aumenta significativamente e, se aprovados, há uma confiança enorme que os alunos possam ser engajados nos diversos projetos que o IPEV está inserido”, afirma o Vice-Diretor do IPEV, Tenente-Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann.
Após a conclusão do CEV, os novos pilotos e engenheiros de ensaio serão engajados em programas de outras aeronaves, como do KC-390 e do Gripen E/F, entre outros que o IPEV participa atualmente, a fim de garantir que a entrega das aeronaves seja realizada conforme os requisitos contratuais definidos.
“Nosso dever é garantir que as aeronaves atinjam os requisitos contratados, o que é bastante complexo quando se trata de sistemas cada vez mais modernos. O desenvolvimento das aeronaves, por meio dos ensaios em voo, contribui significativamente para que a FAB realize a sua missão constitucional em prol da sociedade brasileira”, destaca o Tenente-Coronel Bussmann.
Curso de Ensaios em Voo
O CEV tem por finalidade a formação de pilotos e engenheiros qualificados para planejar, executar e gerenciar atividades de Ensaios em Voo relacionadas com voos experimentais de desenvolvimento, modificação, avaliação ou certificação de aeronaves e/ou sistemas embarcados, bem como para verificar atividades desse gênero conduzidas por terceiros igualmente qualificados.
Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV)
PORTAL NEWSBA (BA) - FAB traz mais 12,5 toneladas de medicamentos para Salvador
Publicado em 31/05/18
Em virtude da paralisação dos caminhoneiros, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) transportou mais 12,5 toneladas de medicamentos do Ministério da Saúde para Salvador nesta quinta-feira (31).
Na quarta-feira (30), uma aeronave C-130 Hércules do Esquadrão Cascavel (1º GTT) da FAB já havia transportado 16 toneladas de medicamentos reagentes usados na transfusão de sangue, necessários na realização de procedimentos de hemodiálise. Também estão sendo trazidos medicamentos para pacientes transplantados, oncológicos e de uso contínuo.
PORTAL NDONLINE (SC) - Forças Armadas tranquilizam poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
Enquanto baderneiros infiltrados na greve dos caminhoneiros arrebentam motoristas no braço e defendem a intervenção militar, comandantes das Forças Armadas tranquilizam os Poderes Executivo
Leandro Mazzini
Publicado em 01/06/18 - 13h29
Enquanto baderneiros infiltrados na greve dos caminhoneiros arrebentam motoristas no braço e defendem a intervenção militar, comandantes das Forças Armadas tranquilizam os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, dando sinais de que acompanham com atenção o cenário, mas sem concordar com a demanda. Na via oposta do grito das estradas, os oficiais seguem em defesa da “normalidade” e “diálogo”. Desde o início da greve, o comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, se encontrou com políticos e ministros do STF, e reafirmou que “o bem-estar social” deve ser preservado.
Recuo
Outrora defensor da intervenção, o general Hamilton Mourão criticou os infiltrados: “pessoal tem que entender que vivemos num mundo mais complexo que o de 1964”.
REUTERS - Airline executives brace for oil price turbulence at Sydney gathering
Jamie Freed
Publicado em 31/05/18 - 20h31
SYDNEY (Reuters) - Airline executives are gathering in Sydney’s winter chill under the shadow of higher oil prices and a string of accidents after enjoying a near-spotless 2017 in terms of profits and safety.
SYDNEY (Reuters) - Airline executives are gathering in Sydney’s winter chill under the shadow of higher oil prices and a string of accidents after enjoying a near-spotless 2017 in terms of profits and safety.
The annual meeting of the International Air Transport Association (IATA), with 130 CEOs and 1,000 delegates, will kick off on Sunday, and worries that a three-year run of unusually high returns might end are in the spotlight.
Meeting host Qantas Airways Ltd, led by outspoken Irish-born CEO Alan Joyce, has to many embodied the industry’s turnaround.
The Australian airline, nicknamed the “Flying Kangaroo,” swung from a record loss in 2014 to forecast a record profit in the financial year ending June 30 as it cut costs, boosted revenue and benefited from lower oil prices. Shares have risen six-fold since late 2013.
But now, like other carriers, it is grappling with the return of $80 a barrel oil, rising airport charges and a global pilot shortage that has led it to cancel flights and invest A$20 million ($15.13 million) in a new training school.
IATA, which represents about 280 airlines comprising 83 percent of global air traffic, in December predicted a record $38.4 billion of net profit for the airline industry in 2018, with $27.9 billion coming from U.S. and European airlines. That estimate, however, assumed an average oil price of $60 a barrel in 2018. An updated profit forecast to be issued on Monday will be lower, as the cost of oil, infrastructure and labor rises, IATA CEO Alexandre de Juniac told reporters in Sydney on Thursday.
“We have seen a rise in the fuel cost now for almost 15 months,” he said. “Usually you see an impact on fares 10 to 12 months after, but for the moment I have to say the fuel increase has not been passed on in fares.”
Major U.S. airlines, the biggest of which have not hedged fuel costs, reported a 24 percent, or $600 million, decline in pre-tax profits in the quarter that ended March 31 compared with a year earlier as rising costs crimped margins, according to data from trade group Airlines for America.
Several major airline CEOs, notably in Europe, have warned that rising oil prices could put pressure on carriers in the northern hemisphere summer. That might lead to further consolidation or bankruptcies after the collapse of Air Berlin and Monarch Airlines last year.
“I wouldn’t be surprised to see a few of these weaker carriers slip further into difficulties and potentially see some exits from the market in the latter part of this year,” Willie Walsh, CEO of British Airways and Iberian parent IAG, said in early May.
Lower oil prices have allowed airlines to expand rapidly, with lower costs helping spur 7.6 percent growth in passenger demand last year, well above the 10-year average annual growth rate of 5.5 percent.
“If they are forced to start raising prices, that traffic growth could very quickly disappear at the same time that profits disappear,” said Peter Harbison, Executive Chairman of CAPA Centre for Aviation.
Trans-Atlantic flying remains uncertain because of the need to pursue post-Brexit deals. But a long-running dispute between U.S. and Gulf carriers that had led to vigorous debate over subsidies at previous IATA gatherings has finally been put to rest.
That could leave more time for industry leaders to focus on improving safety after a poor start to the year following a 2017 performance so positive that U.S. President Donald Trump in January took credit for “the best and safest year on record” in a tweet.
Five serious aviation accidents have killed 301 people in the first five months of 2018, according to Reuters calculations, which compares with just 19 on-board fatalities in all of 2017.
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