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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 13/04/2018 / Nova proposta para aliança Embraer-Boeing avança discussões, mas acordo não é iminente, dizem fontes



Nova proposta para aliança Embraer-Boeing avança discussões, mas acordo não é iminente, dizem fontes ...  


Rodrigo Viga Gaier e Brad Haynes ...  


RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova proposta para uma aliança entre Embraer e a Boeing foi enviada ao governo brasileiro na terça-feira, trazendo avanços nas discussões, mas importantes questões ainda não foram resolvidas, disseram quatro fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

As companhias ainda precisam definir a participação final da Boeing em uma joint-venture que será criada para reunir a divisão de aviação comercial da Embraer, que deverá ser de pouco mais de 80 por cento, afirmaram duas fontes. As fontes afirmaram ainda que o governo brasileiro também está buscando assegurar que a Embraer, que manteria suas divisões de defesa e aviação executiva, retenha capacidade de engenharia para projetar e construir novos aviões.

A nova proposta de acordo deve ser avaliada pelo presidente Michel Temer nas próximas semanas, afirmaram duas das fontes.

Um grupo de trabalho formado por representantes dos ministérios da Defesa e Fazenda, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Força Aérea Brasileira, entre outros, tem se reunido semanalmente para encontrar uma solução para complexa criação da joint venture.

“Ainda falta muito chão para essa solução”, disse uma das fontes. “A operação não é fácil, é bem complexa, mas está andando. Mas não está na iminência de sair”, completou a fonte.

Na véspera, o jornal O Globo publicou que a expectativa era que um acordo fosse aprovado na próxima semana. As ações da Embraer, que subiam nesta quinta-feira, inverteram de sinal e passaram a recuar após a publicação pela Reuters de que um acordo não é iminente.

Na semana passada, o presidente-executivo da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, já tinha classificado a operação como “complexa” e evitou citar prazos para uma conclusão depois de ter informado no início do ano que esperava um resultado das negociações ainda neste semestre. Ele negou na ocasião que o processo eleitoral deste ano fosse um obstáculo para as negociações.

A divisão de aviação comercial da Embraer representa 60 por cento da companhia. Nesta quinta-feira, durante evento com a companhia aérea norueguesa Wilderoe, o presidente da divisão comercial da Embraer, John Slattery, não comentou as discussões sobre potencial acordo com a Boeing.

“Ainda faltam questões técnicas, comerciais e políticas” para serem construídas, disse uma segunda fonte, que também pediu anonimato. “Se sair (acordo), vai precisar de mais tempo. Não tem como ser agora”, afirmou a segunda fonte.

As negociações mudaram bastante desde que a Boeing manifestou no ano passado interesse em se associar a Embraer para fazer frente à aliança entre Bombardier e a Airbus.

“O plano da Boeing era comprar a Embraer, mas aí veio o veto da Defesa (Ministério da Defesa). Eles fizeram uma nova proposta de compra sem incluir a Embraer Defesa. Veio um novo veto. Mas tinha que encontrar uma solução já que a Embraer Defesa não fica de pé sozinha”, disse a fonte.

Para solucionar o problema, em março a Boeing chegou com uma nova oferta que propunha criar uma joint venture com Embraer aviação comercial. “Ficariam de fora a Embraer Defesa, aviação executiva e talvez parte da comercial”, revelou a fonte. “Essa parece ser mais viável”, adicionou a fonte.

“Ainda tem que decidir qual a participação da Embraer na joint venture, como fica a divisão de engenheiros da Embraer, o que fica com Embraer e o que fica com Boeing. Ainda tem muito chão para andar nessa operação e não há iminência de sair”, frisou a fonte.

Ao ser questionada se a reforma ministerial poderia afetar o ritmo das tratativas, a fonte disse que ainda não afetou, mas reconheceu que os norte-americanos estão ansiosos.

“Eles queriam para ‘ontem’, mas tem que aguardar os processos”, disse a fonte. “Se tiver uma definição em 30 dias aí as empresas vão ter que sentar para tentar ou não costurar um acordo”, disse.



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL O GLOBO


Sem dinheiro, resultados da intervenção são obtidos `com gestão e motivação´, diz general

Braga Netto voltou a reclamar da demora de repasses federais para o Rio de Janeiro

Patrik Camporez Publicada Em 12/04/2018 - 18h55

BRASÍLIA — Quase dois meses após ser nomeado como interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto disse, na tarde desta quinta-feira, que os resultados até agora "foram obtidos somente com gestão e motivação". É que até hoje o general não viu a cor do dinheiro extra prometido pelo governo Federal.
— O presidente Michel Temer tem chamado a intervenção de cooperativa, eu tenho chamado de intervenção de gestão. Porque até esse momento o dinheiro está na Casa Civil. Somente ontem conseguimos nomear o gabinete. Antes eu não tinha os cargos, agora eu tenho os cargos, inclusive para fazer a execução financeira — explica.
Braga Netto ministrou a palestra de encerramento de um evento sobre a a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) promovido pelo Superior Tribunal Militar (STM). O tema da palestra do general foi a “A Intervenção Federal na área de Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro”.
Faltando menos de nove meses para terminar o período de intervenção, prevista para acabar em 31 de dezembro de 2018, o general teme que, devido ao excesso de burocracia, não haja tempo hábil para aplicar o montante de R$ 1,2 bilhão que vai ser disponibilizado pelo governo Federal.
Ele disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Tribunal de Contas da União (CTCU) chegaram a alertá-lo, já que precisará realizar licitações e seguir os trâmites padrões da administração pública para aplicar os recursos.
— Nossa maior preocupação é com a execução financeira desse recurso em tempo hábil. Com todos esses observatórios em cima de mim, só vou gastar esse dinheiro dentro da lei. Nada fora.
Em 55 dia de intervenção, 22 operações foram realizadas sob o comando de Braga Netto, que garante ter participado pessoalmente de todas as ações.
— Eu participei de todas as operações do Rio até hoje. O que acontece é que a força policial entra, e depois o estado não permanece — critica.
O interventor disse que o sistema prisional é uma de suas grandes preocupações atualmente.
— Foi trocado corregedor. Já mapeamos uma série de questões que têm que melhorar, como investimento em tecnologia.
Usando um microfone de lapela para "ficar mais à vontade", o general brincou com a plateia formada majoritariamente por militares. Ele foi elogiado por seus colegas generais. Limitou-se a responder duas perguntas da plateia e não falou com jornalistas.

Boeing cede e destrava negócio com Embraer

Americana melhora oferta, mas participação de cada uma na nova companhia ainda está em negociação

Roberta Scrivano Publicada Em 12/04/2018 - 23h05

SÃO PAULO. Com a nova proposta da Boeing para compra da Embraer, enviada na terça-feira a Brasília, fontes envolvidas nas negociações avaliam que foram eliminados os principais obstáculos para que o governo dê o aval à união entre as duas empresas.
O grupo de trabalho montado pelo governo federal — formado por Defesa, Fazenda, BNDES e FAB — avalia que as tratativas saíram dos "termos hegemônicos propostos inicialmente" pela empresa americana. O que abre caminho para que se avance nos entendimentos para uma combinação dos negócios.
— Não havia como avançar com a primeira proposta. A segunda estava melhor. Mas, agora, provavelmente o negócio vai andar rápido — disse uma fonte ligada à negociação.
Ainda há um debate sobre qual percentual de participação que cada uma das empresas terá nessa nova empresa: a Embraer insiste em ter 20% da joint-venture e a Boeing quer uma fatia superior a 80%. As pressões sobre a manutenção de um percentual mínimo de 20% à Embraer vêm sobretudo dos militares da Força Aérea Brasileira (FAB), e não do corpo diretivo da companhia, segundo contam pessoas próximas às empresa.
O próprio presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva já afirmou repetidas vezes que, se dependesse apenas das companhias, "o negócio já teria saído".
A intenção dos negociadores de ambos os lados é enviar a proposta para a avaliação do presidente Michel Temer "o mais rápido possível".
A nova proposta de associação entre as empresas prevê que o braço da companhia brasileira na área de defesa fique fora do negócio, mas tenha participação nas receitas da parceria que as duas empresas pretendem firmar incorporando a divisão de aviação comercial da Embraer, responsável por 60% das receitas da empresa atualmente.
De acordo com um executivo, além do percentual de participação que caberá a cada uma das empresa na nova companhia, outro ponto ainda em discussão é a distribuição do quadro de 4 mil engenheiros da fabricante brasileira -- ativo no qual a Boeing tem muito interesse, já que cerca de 1,5 mil de seus engenheiros estão para se aposentar.
— É uma operação bem complexa — diz um executivo.
Apesar da complexidade, as empresas têm pressa na solução. Além de estarem expostas a oscilações de mercado, há um receio grande de o negócio não sair antes de a campanha eleitoral começar e o tema virar tema nos debates.

PORTAL UOL


Para especialista, chance de descobrir autor de áudio em voo de Lula é quase nula


Luciana Amaral Publicada Em 13/04/2018 - 04h00

Em entrevista ao UOL, o engenheiro aeronáutico e especialista em aviação civil Adalberto Febeliano afirmou que a probabilidade de se descobrir o autor das frases proferidas contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em voo da Polícia Federal de São Paulo para Curitiba é quase nula.
No último sábado (7), foram registradas ofensas a Lula na transferência dele da capital paulista para Curitiba, onde está preso. O ex-presidente foi levado para a capital paranaense em avião da PF do aeroporto de Congonhas para o de Afonso Pena, em São José dos Pinhais.
Algumas das frases eram "leva e não traz nunca mais" e "manda esse lixo janela abaixo". Elas foram registradas na frequência aberta de comunicação entre as torres dos aeroportos de São Paulo e Curitiba e os pilotos do avião da PF.
Ainda não se sabe quem proferiu as frases. A FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou a autenticidade do áudio e negou que as frases tenham sido ditas por controladores de voo, pois fogem da "fraseologia padrão" do tráfego aéreo e não há identificação prévia, como determinam as regras do setor. No áudio, é possível perceber que controladores repreendem os autores das falas. Tanto o PT quanto o PCdoB pediram que se abra investigação sobre o episódio.
Para Adalberto Febeliano, ex-executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral e da Azul Linhas Aéreas, entre outros postos no setor de aviação civil, mesmo que se apure o caso, dificilmente se descobrirá o autor das declarações.
Isso porque, como de costume e como determina o procedimento de controle aéreo, a frequência de rádio utilizada estava disponível não apenas aos pilotos da PF e as torres de comando, mas também a todos os pilotos de aviões no pátio de Congonhas e de aeronaves próximas à aterrissagem no aeroporto.
"É praticamente impossível descobrir, a chance é quase nula, zero. Não dá para dizer a característica da pessoa que falou aquilo só pela voz registrada no áudio e, naquele horário, de sábado à noite, Congonhas devia ter pelo menos 15 aeronaves em solo, fora as que estavam se aproximando para aterrissar. Qualquer um dos pilotos ou copilotos pode ter entrado na frequência e ter dito aquelas frases", afirmou.
Segundo ele, ainda é possível que outra pessoa não autorizada a falar na frequência utilizada tenha se intrometido de propósito para fazer as declarações. Neste caso, a atitude pode ser configurada como crime, mas raras vezes resulta em punição, informou.
"Qualquer pessoa pode ouvir a frequência. Isso é normal e é tido como hobby por muitos. Não tem nada de errado aí. O problema é quando alguém tem um transceptor e coloca na mesma frequência da comunicação aérea e fala nela. Nesse caso, é um problema de segurança de aviação", explicou Febeliano.
Um transceptor deve ser inscrito na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) com o registro de dados como modelo e faixa, e o dono tem de pagar uma taxa ao governo. "Pessoas contrabandeiam, mas, em geral, não transmitem. É mais raro que alguém fale. No episódio do Lula, alguém fez de propósito, se aproveitando da ocasião para fazer uma piada, uma brincadeira, ao seu ver", disse.
Na avaliação dele, de acordo com a conversa registrada entre tripulação da PF e torre de controle, o áudio foi interrompido com as frases contra Lula no momento em que o avião estava na cabeceira da pista, pronto para decolar. Apesar da interferência, Febeliano defende que não houve risco à integridade do avião da PF nem à segurança de Lula.
Procurada pelo UOL, a Polícia Federal informou, por telefone, que não se manifestará sobre as falas nem fornecerá a lista da tripulação do voo. A corporação se recusou a responder formalmente aos pedidos da reportagem por e-mail.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que, até esta quinta-feira (12), ainda não havia chegado ao órgão questionamentos de partidos políticos a respeito do episódio. A Anac pediu que o UOL procurasse a FAB devido às comunicações aeronáuticas serem tema de competência do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
A FAB, por sua vez, não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre se investigará as falas e a probabilidade de se conseguir identificar os responsáveis.

PORTAL G-1


Operação Paiol: militar da Aeronáutica e ex-Exército estão entre presos por tráfico de armas

PM da reserva também foi detido. Segunda fase da operação cumpriu 23 mandados de busca e apreensão no DF e em Goiás.

Publicado Em 12/04/2018 - 06h57

Cinco pessoas foram presas no Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (12) durante a segunda fase da Operação Paiol, que combate o tráfico de armas. Entre os detidos, estão um policial militar da reserva, um militar da Aeronáutica e um ex-militar do Exército.
Este último, Pedro Henrique Santana, também foi preso na primeira fase da operação, em março, quando 17 pessoas foram pegas. Segundo a Polícia Civil, fazia a recarga das munições e vendia e alugava as armas em casa.
A Polícia Civil expediu, ao todo, 11 mandados de prisão e 23 de busca e apreensão no DF e em ao menos cinco cidades do Goiás.
O próximo passo, segundo o delegado responsável pela operação, Victor Dan, será investigar de onde vieram as armas e se há mais gente envolvida. "Nós sabemos que alguns criminosos estavam indo até essa casa, onde foram apreendidas as armas, para comprar munições e repassá-las para assaltantes, para homicidas, que já estão presos desde a primeira fase", disse.
Foram apreendidas 16 armas – entre revólveres, pistolas e espingardas – cerca de mil munições, além de dinheiro falsificado e coletes a prova de balas. A operação é realizada por cerca de 200 policiais civis e conduzida pela 23ª DP, em Ceilândia.
Desde a primeira fase, deflagrada em 7 de março, a operação prendeu 22 pessoas e confiscou 23 armas.
Investigações internas abertas
Em resposta ao G1, a Polícia Militar informou que o PM já está na reserva remunerada e, por isso "vai responder na Justiça comum, não na militar". Além disso, pelas vias administrativas, "será aberto procedimento apuratório para analisar as circunstâncias do fato".
Já a Aeronáutica informou que, após a conclusão da apuração, o militar das Forças Armadas – que ainda está na ativa – "poderá ser punido com o licenciamento do serviço ativo, o que significaria sua exclusão das fileiras da Força Aérea Brasileira (FAB)".
O Comando da Aeronáutica disse que colabora com a autoridade policial nas investigações e ressaltou que repudia "atitudes desta natureza" e "atua firmemente para coibir desvios de conduta de seus militares".
Primeira fase da operação
Na primeira fase, foram apreendidas armas, munições, drogas e até dinamites que, segundo as investigações, eram usadas na explosão de caixas eletrônicos.
Na ocasião, a operação desarticulou um esquema criminoso que vendia armamentos para que os compradores praticassem crimes como assassinato, latrocínio, roubo e tráfico em diversas regiões do DF.
Entre os detidos estava um ex-militar do Exército, apontado como comandante do grupo. Ele serviu como soldado em 2011, ano do serviço militar obrigatório. Além disso, segundo a Polícia Civil, ele atuou como policial militar em Goiás, em um contrato temporário até 2015.
Segundo as investigações, o ex-militar vendia as armas após obtê-las de colegas de farda que, afirma a corporação, "ainda fazem parte do quadro militar".

AGÊNCIA REUTERS


Nova proposta para aliança Embraer-Boeing avança discussões, mas acordo não é iminente, dizem fontes


Rodrigo Viga Gaier E Brad Haynes Publicada Em 12/04/2018 - 12h38

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova proposta para uma aliança entre Embraer e a Boeing foi enviada ao governo brasileiro na terça-feira, trazendo avanços nas discussões, mas importantes questões ainda não foram resolvidas, disseram quatro fontes com conhecimento do assunto à Reuters.
As companhias ainda precisam definir a participação final da Boeing em uma joint-venture que será criada para reunir a divisão de aviação comercial da Embraer, que deverá ser de pouco mais de 80 por cento, afirmaram duas fontes. As fontes afirmaram ainda que o governo brasileiro também está buscando assegurar que a Embraer, que manteria suas divisões de defesa e aviação executiva, retenha capacidade de engenharia para projetar e construir novos aviões.
A nova proposta de acordo deve ser avaliada pelo presidente Michel Temer nas próximas semanas, afirmaram duas das fontes.
Um grupo de trabalho formado por representantes dos ministérios da Defesa e Fazenda, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Força Aérea Brasileira, entre outros, tem se reunido semanalmente para encontrar uma solução para complexa criação da joint venture.
“Ainda falta muito chão para essa solução”, disse uma das fontes. “A operação não é fácil, é bem complexa, mas está andando. Mas não está na iminência de sair”, completou a fonte.
Na véspera, o jornal O Globo publicou que a expectativa era que um acordo fosse aprovado na próxima semana. As ações da Embraer, que subiam nesta quinta-feira, inverteram de sinal e passaram a recuar após a publicação pela Reuters de que um acordo não é iminente.
Na semana passada, o presidente-executivo da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, já tinha classificado a operação como “complexa” e evitou citar prazos para uma conclusão depois de ter informado no início do ano que esperava um resultado das negociações ainda neste semestre. Ele negou na ocasião que o processo eleitoral deste ano fosse um obstáculo para as negociações.
A divisão de aviação comercial da Embraer representa 60 por cento da companhia. Nesta quinta-feira, durante evento com a companhia aérea norueguesa Wilderoe, o presidente da divisão comercial da Embraer, John Slattery, não comentou as discussões sobre potencial acordo com a Boeing.
“Ainda faltam questões técnicas, comerciais e políticas” para serem construídas, disse uma segunda fonte, que também pediu anonimato. “Se sair (acordo), vai precisar de mais tempo. Não tem como ser agora”, afirmou a segunda fonte.
As negociações mudaram bastante desde que a Boeing manifestou no ano passado interesse em se associar a Embraer para fazer frente à aliança entre Bombardier e a Airbus.
“O plano da Boeing era comprar a Embraer, mas aí veio o veto da Defesa (Ministério da Defesa). Eles fizeram uma nova proposta de compra sem incluir a Embraer Defesa. Veio um novo veto. Mas tinha que encontrar uma solução já que a Embraer Defesa não fica de pé sozinha”, disse a fonte.
Para solucionar o problema, em março a Boeing chegou com uma nova oferta que propunha criar uma joint venture com Embraer aviação comercial. “Ficariam de fora a Embraer Defesa, aviação executiva e talvez parte da comercial”, revelou a fonte. “Essa parece ser mais viável”, adicionou a fonte.
“Ainda tem que decidir qual a participação da Embraer na joint venture, como fica a divisão de engenheiros da Embraer, o que fica com Embraer e o que fica com Boeing. Ainda tem muito chão para andar nessa operação e não há iminência de sair”, frisou a fonte.
Ao ser questionada se a reforma ministerial poderia afetar o ritmo das tratativas, a fonte disse que ainda não afetou, mas reconheceu que os norte-americanos estão ansiosos.
“Eles queriam para ‘ontem’, mas tem que aguardar os processos”, disse a fonte. “Se tiver uma definição em 30 dias aí as empresas vão ter que sentar para tentar ou não costurar um acordo”, disse.

PORTAL CONSULTOR JURÍDICO


Intervenção federal "cirúrgica" como a do Rio é tendência, diz Lewandowski


Marcelo Galli Publicada Em 12/04/2018 - 17h29

A intervenção federal no Rio de Janeiro especificamente na área da segurança pública pode apontar uma nova tendência para o uso do instrumento permitido pela Constituição, na opinião do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.
Para ele, o presidente Michel Temer inovou ao não ter afastado o governador do estado, mas apenas atuando “cirurgicamente” e “pontualmente” em uma área. Ou seja, deixando a segurança pública fluminense sob responsabilidade de um interventor militar, que responde ao presidente da República, mas mantendo o governo do estado nas mãos do representante eleito.
O ministro fez o comentário durante lançamento da segunda edição do seu conhecido livro Pressupostos Materiais e Formais da Intervenção Federal no Brasil (clique aqui para comprar), na quarta-feira (11/4) no STF. Lewandowski disse que a decretação da intervenção, em fevereiro deste ano, contrariou o prognóstico dele de que o instituto estava caindo em desuso. “Ela voltou ao cenário político de forma interessante, pontual”, analisou.
Apesar disso, analisa que a atuação desse tipo em um estado como o Rio demanda muitos recursos. “A dúvida que fica é se a União tem realmente esses recursos para enfrentar o enorme problema da segurança pública naquele estado”.
A obra resulta de uma tese de livre-docência defendida por Lewandowski na Faculdade de Direito da USP. Ele falou que o instrumento utilizado para manutenção do pacto federativo foi muito utilizado durante a Primeira República (1889-1930) e depois no Estado Novo (1937-1946). Segundo ele, parou de ser utilizado a partir da Constituição de 1988, que fortaleceu os poderes de estados e municípios. Recordou que, depois disso, houve intervenções informais para colocar ordem nas finanças públicas, como correu em Alagoas, em 1997. Lembrou também a atuação das Forças Armadas para a garantia da ordem pública no Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo, em 2014, e nas Olimpíadas, em 2016.

PORTAL DEFESANET


DECEA debate com Administração Federal de Aviação dos EUA sobre pesquisas de ionosfera

Objetivo é avaliar impacto da ionosfera na operacionalização do GBAS, um sistema de aproximação de precisão

Publicada Em 12/04/2018 - 11h00

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA - Federal Aviation Administration) realizaram novo encontro de coordenação do Projeto de Cooperação Técnica para pesquisas na ionosfera - a parte superior da atmosfera terrestre. As reuniões ocorreram de 19 a 23 de março, na sede do DECEA, no Rio de Janeiro.
Participaram representantes da Universidade de Stanford, da fabricante da Estação GBAS (do inglês, Ground Based Augmented System) Honeywell, do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) - responsável pela certificação do equipamento, além de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Boeing.
Os especialistas em navegação por satélites, certificação, análise de fenômenos ionosféricos e análise de risco buscaram estabelecer parâmetros de operação e certificação para a aplicação, no Brasil, da tecnologia GBAS, um sistema de aproximação de precisão. A ideia é que a tecnologia permita operações similares ao do Sistema de Pouso por Instrumento - ILS Categoria I, cuja altura de decisão mínima é de 60 metros e visibilidade entre 800 e 550 metros.
Assim como o ILS, o GBAS torna possível a aproximação - ou descida para pouso de aeronave - em condições meteorológicas adversas. A proposta é melhorar a exatidão, a continuidade e a disponibilidade da informação dos dados enviados para as aeronaves pelos Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS, do inglês, Global Navigation Satellite Systems).
O acordo de cooperação prevê o monitoramento do comportamento da ionosfera, que traz impactos ao funcionamento do sistema e difere do desempenho do equipamento em países situados no hemisfério norte. De acordo com o membro da Divisão de Certificação do ICEA, Capitão Engenheiro Leonardo Marini Pereira, o processo tem trazido amadurecimento ao Instituto. "Essa tem sido uma oportunidade única de trabalhar diretamente com alguns dos melhores especialistas em certificação da FAA", aponta.
O militar também ressalta a importância do projeto para a área de pesquisa do ICEA. "O impacto da ionosfera nos sistemas GNSS embarcados é um assunto de enorme relevância, sobretudo nas regiões de baixas latitudes. Isso motivou o DECEA, em parceria com as principais instituições de pesquisa do mundo, como a Universidade de Stanford e de Boston, nos Estados Unidos, e o INPE, a dedicar esforços para pesquisar o assunto", complementou.
Fenômenos da natureza
Os estudos são necessários para analisar as particularidades da ionosfera em baixa latitude, localizada entre 60 km e 500 km de altitude, região caracterizada pela presença de cargas de íons e elétrons. O principal distúrbio que pode interferir nos sinais é conhecido como irregularidade equatorial ou bolhas de plasma, o deslocamento das chamadas ´bolhas´ de baixa ionização. A existência deste fenômeno pode provocar atrasos no sinal do satélite, gerando erro no cálculo da posição GPS.
A ionosfera apresenta comportamentos distintos em diferentes latitudes. A análise é pioneira, já que outras regiões onde o GBAS foi instalado são países de média latitude, ou seja, com características diferentes da América do Sul.
ImagemCooperação técnica
Em julho de 2011, o DECEA fez a aquisição do primeiro equipamento do gênero no Brasil, com a finalidade de estudar os impactos do pico do ciclo solar sobre a estação. Foi definido um modelo que já estivesse em operação pelo mundo, em aeroportos da Europa, Estados Unidos e Austrália, a Estação SLS-4000 Smart Path GBAS. Desenvolvido e comercializado pela empresa Honeywell, a estação GBAS foi instalada no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ). Desde então, vem sendo realizados testes utilizando as aeronaves-laboratório do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV).
Em 2015, foi assinado um memorando de cooperação entre DECEA e FAA para realização de pesquisas e análise de dados dos distúrbios ionosféricos e seu efeito no desempenho do GBAS. No ano passado, foi assinado um anexo a este memorando de cooperação técnica, que estabeleceu encontros entre especialistas da FAA e do Brasil para coleta, análise de dados ionosféricos, teste, avaliação e validação de dados com o objetivo de buscar a operacionalização da estação GBAS até 2021.

FAB discute gestão e governança de Tecnologia da Informação

Objetivo foi debater as propostas dos Órgãos de Direção Setorial

Publicada Em 12/04/2018 - 10h55

ImagemO Conselho de Tecnologia da Informação (CONTI) da Força Aérea Brasileira (FAB) reuniu-se, nesta quarta-feira (11), para discutir os processos de mudanças na gestão de Tecnologia da Informação (TI) da instituição.
Segundo o Diretor de TI da FAB, Brigadeiro do Ar Paulo Eduardo Vasconcellos, esta é a primeira vez que o Conselho se reúne após sua nova designação, modificada sob as diretrizes de Reestruturação da FAB e mais alinhada com os modelos de governança e administração pública do Governo Federal.
“A começar pelo próprio nome, mais próximo do que é utilizado por outros órgãos federais, o que facilita o entendimento e a comunicação entre as instituições”, diz o oficial-general.
As mudanças estruturais e de legislações, explica o Brigadeiro Vasconcellos, têm como objetivo a adesão ao que já é utilizado pelo Governo Federal, mas com as devidas adaptações à realidade da FAB. “Nós temos características multidisciplinares, englobamos áreas que são tratadas, por exemplo, por diversos ministérios, como ciência e tecnologia, ensino, transporte, entre muitas outras. Essas peculiaridades precisam ser levadas em conta na nossa gestão de TI”, pontua.
O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, ressalta a importância do Conselho diante das atuais proporções da tecnologia na sociedade. “A Tecnologia da Informação é fundamental hoje em dia, está em todos os nossos sistemas. Precisamos buscar sempre a melhor gestão desses recursos”, defende.
“Devemos realizar reuniões assim com certa frequência com objetivo de decidir sobre os estudos e propostas dos Órgãos de Direção Setorial [ODS]”, complementa o Comandante.
Participaram da reunião os oficiais-generais integrantes do Alto-Comando da FAB, responsáveis por avalizar o que foi estudado anteriormente pelos ODS.

OUTRAS MÍDIAS


AEROMAGAZINE (SP) - Monitor panorâmico desenvolvido no Brasil será utilizado no caça desenvolvido em parceria com a Suécia

Sistema é similar ao utilizado no norte-americano F-35, o mais moderno caça da atualidade, e foi criado por engenheiros brasileiros

Edmundo Ubiratan Publicada Em 12/04/2018 - 13h30

O display desenvolvido no Brasil para equipar o Gripen se tornou um dos destaque da Saab em evento de defesa na Índia. O chamado WAD (Wide Area Display) é uma tela única panorâmica de alta resolução, com 19 x 8 pol, que permite a apresentação redundante e inteligente de informações por toda sua extensão.
Um dos diferenciais da tecnologia, em relação a múltiplas telas, é a capacidade de reunir diversas informações de voo, de missão e navegação em um mesmo ambiente. Além de contar com tela sensível ao toque, receber comandos de teclas multitarefa ou de interfaces externas. Utilizando tecnologia de fusão de dados, ela fornece as informações necessárias ao piloto e é a principal fonte de informação de voo e de missão na cabine. Por ser uma tela única, o custo de manutenção também é menor, oferecendo também maior simplicidade logística.
Imagem
Ao reunir em uma tela única os principais dados necessários de voo, a tecnologia eleva o conhecimento da situação geral do ambiente de missão para o piloto, fator crucial para o sucesso no ambiente de guerra moderno. As informações são apresentadas em ícones de fácil interpretação e resolução.
Atualmente apenas o F-35 Lightning II utiliza o WAD, que foi considerado um dos principais pontos do projeto. O WAD do Gripen está sendo desenvolvido pela brasileira AEL Sistemas mediante a requisitos feitos pela Força Aérea Brasileira.
“O alcance de sensores e armas está ficando maior, de forma que o ambiente de batalha moderno cobre áreas mais extensas. Para conseguir cobrir essa área no display tático [padrão] você precisa diminuir o zoom” ”, disse Jonas Hjelm, responsável pela área de negócios aeronáuticos da Saab “É um desafio conseguir uma visão geral do espaço de batalha e também ter o nível de detalhe necessário ao mesmo tempo. O WAD oferece essa possibilidade”.
Embora inicialmente o WAD fosse destinado exclusivamente aos aviões brasileiros, a Saab agora oferece a tecnologia como opcional a futuros operadores do Gripen E/F. O novo caça, que deve entrar em serviço até 2020, está entre os mais avançados da atualidade, porém, conta com pedidos firmes apenas do Brasil e da Suécia. No caso sueco, apenas a versão E, de um assento, foi encomendada. O Gripen F, de dois lugares, destinado a missões de treinamento e de guerra eletrônica, por ora, possui um pedido de seis unidades feito pela FAB. Essa versão deverá ser desenvolvida integralmente no Brasil.

FORÇAS TERRESTRES - Brasil: principais programas militares sobrevivem à `década perdida´ de 2010-2020


Roberto Lopes Publicada Em 12/04/2018

A surpreendente desistência do Ministério da Defesa do Brasil de contribuir com a Missão da ONU de Estabilização da República Centro-Africana (após um ano de providências, planos e promessas apresentadas ao departamento de Missões de Paz das Nações Unidas), e a distância que algumas Forças Singulares vêm mantendo de compromissos internacionais onerosos – como o exercício naval Rim of Pacific 2018, no eixo Havaí-litoral da Califórnia, de que a Marinha (pelo segundo ano consecutivo) desistiu –, dão bem a medida de o quanto o establishment militar do país, muito antes ainda da metade de 2018, já funciona com baixas reservas financeiras – ou, praticamente, “no osso”.
Perto de chegar ao fim, a década de 2010 exibe as marcas das perdas acumuladas por cada uma das Forças:
o fim do sonho de a Artilharia Antiaérea contar com os préstimos – e a tecnologia – do sistema russo Pantsir S-1;
a interrupção do desenvolvimento de um blindado sobre rodas 8×8 para a Cavalaria Mecanizada;
o adiamento sine die dos procedimentos de criação de uma unidade de helicópteros de ataque para o Exército;
o congelamento do Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER);
a desativação do porta-aviões São Paulo (A-12), por “falência múltipla” dos seus sistemas operacionais (eletrônicos e de propulsão);
a depauperação da força de escoltas da Marinha, que prejudica o adestramento das tripulações da Força de Superfície e afasta a Esquadra, temporariamente, de algumas operações internacionais;
o trágico desaparecimento de um caça AF-1 e de seu jovem piloto – o que lançou à incerteza (e ao descrédito) o programa de modernização dos velhos jatos Skyhawk adquiridos pela Marinha à Aviação do Kuait –;
a redução de metas nos planos de modernização traçados para as frotas de jatos de combate F-5 e A-1 (AMX), e
o envelhecimento do grupamento de aeronaves incumbidas dos adestramentos primário/básico dos jovens aviadores da Academia de Pirassununga (SP).
Tais eventos (seria possível relacionar uma dezena de outros) representam, claro, uma diminuição do potencial combativo das Forças.
Mas é errado supor que, para os militares brasileiros, eles traduzem uma “década perdida”.
Elementos de Poder 
Se por um lado ainda faltam recursos ao Ministério da Defesa, por outro não há como negar que Exército, Marinha e Aeronáutica emergem desse longo período de seca orçamentária com a perspectiva de, nos anos de 2020, poderem manejar recursos materiais obtidos com algo que nem a falta de dinheiro teve o dom de eliminar: a perseverança.
Ou, em outras palavras: a tenacidade dos chefes militares para alcançar metas antes tidas como inatingíveis, como a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro – que, sobretudo no cenário sul-americano, mantém o Brasil próximo de obter a condição de Potência Regional.
Nessas circunstâncias fica evidente: se não foi possível comprar no exterior toda a Modernidade que agilizaria a prontidão das Forças – permitindo, por exemplo, que elas mandassem 750 capacetes azuis ao coração conturbado da África –, os militares puderam se valer (a) dos seus nichos de PeD e, (b) do empreendedorismo da iniciativa privada.
No limiar de 2020, a Força que tem mais a oferecer para a construção da Potência Regional Brasileira é a Marinha.
Colaboram para isso (I) o advento do navio porta-helicópteros de assalto anfíbio Pernambuco que, até semanas atrás – como HMS Ocean –, liderava uma das forças de pronta resposta da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Mar Mediterrâneo; (II) o avanço consistente do planejamento referente à construção (a partir de 2023) do submarino nuclear Álvaro Alberto; (III) o progresso igualmente firme do PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), cuja primeira unidade estará pronta, em 2020, para ser entregue ao setor operativo da Força Naval; (IV) o processo de seleção de um pequeno lote de escoltas leves classe Tamandaré, que permitirá, ano que vem, a contratação de quatro unidades; (V) e, finalmente, um conjunto de projetos de alta tecnologia – míssil anti-navio, torpedo nacional e sonares – que a MB vem conseguindo manter, a despeito das verbas limitadas e, sobretudo, de recursos humanos altamente capacitados que, além de escassos, não raro precisam ser qualificados durante o serviço para o qual foram contratados…
A Força Aérea Brasileira viverá uma pequena revolução com:
– a entrada em operação, a partir do ano que vem, do primeiro de 36 caças sofisticados Saab Gripen E/F, fato que irá projetar a Aviação de Caça a um elevado patamar de atuação – e prover superioridade aérea nos céus do país; e com
– o início das operações, já no fim deste ano, dos primeiros jatos cargueiros KC-390, aeronaves aptas a inaugurar uma nova fase de relevância para a Aviação de Transporte, não apenas no chamado transporte tático mas também em missões especiais como o reabastecimento em voo de helicópteros.
O Exército lida com um número considerável de planos que compõem seu Programa Estratégico Obtenção da Capacidade Operacional Plena (OCOP).
Mas entre eles, o de maior valor para a construção, já na próxima década, da Potência Regional Brasileira, é o do Astros 2020, que embute a capacidade da Artilharia de Foguetes de prover um vetor de cruzeiro tipo terra-terra, preparado para atingir alvos a 300 km de distância com grande acuracidade.
Indagações – O enorme compromisso assumido pelo governo federal de apoiar financeiramente a luta contra o banditismo no Rio de Janeiro, por meio (inicialmente) de uma verba extraordinária de 1,2 bilhão de Reais, vem cancelando diversas ações previstas, no âmbito da Defesa, para o ano de 2018.
Em função disso – e de um ano naturalmente conturbado por eleições e pela dificuldade de se mobilizar o Congresso Nacional – é de se esperar que haja novos atrasos no aporte das verbas que deveriam suportar o funcionamento do aparato militar.
Escapou desse quadro de drásticas restrições o programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, remetido ao espaço em 4 de maio do ano passado. Restam, entretanto, algumas indagações relevantes para o tema da construção da Potência Regional. Três delas:
Terá a Marinha condições financeiras de aproveitar a tecnologia desenvolvida pela empresa IACIT no caso do radar que enxerga o tráfego marítimo a 200 milhas do litoral?
Terá a Força Terrestre o apoio de que necessita para cumprir compromissos em atraso que, em outra situação, seriam classificados como pequenos e corriqueiros (pagamento de um lote de 30 e poucos utilitários Iveco, instalação de uma unidade aérea equipada com umas poucas aeronaves de asa fixa usadas, etc.)?
Terão, Exército e Força Aérea Brasileira (FAB), recursos para amparar as pesquisas da iniciativa privada com radares de diferentes portes e empregos?
São Nunca
Seja como for, é certo que a falta de prioridade econômica para os assuntos da Defesa em face das premências geradas pela insegurança nas ruas, geram rotinas indesejáveis e inadequadas, como:
a paralisia da Força de Submarinos – que opera, hoje, somente um ou dois dos seus cinco submarinos de tecnologia alemã;
a necessidade de se continuar enviando os pequenos patrulheiros da classe Amazonas, de 2.000 toneladas, a missões do outro lado do Atlântico, na costa africana (conforme aconteceu, dias atrás, com a designação do próprio navio-patrulha Amazonas para participar do exercício Obangame Express 2018); e
a discutível doutrina da FAB, de formar a bordo dos turboélices A-29 Super Tucano, e nas cabines de simulador, os pilotos que comandarão jatos supersônicos.
Outros temas que já deveriam estar sendo providenciados, como a Defesa Antiaérea de média e longa distâncias – responsabilidade da qual a Aeronáutica não abre mão –, foram remetidos às calendas.
Caso haja dúvidas, recorro ao professor de Português Sérgio Nogueira, que ensina: “Deixar para as calendas gregas” significa “deixar para uma data muito distante, é adiar a solução de alguma coisa para um tempo que nunca há de vir”. (…) Adiar a solução de um problema para as calendas gregas é, portanto, deixar para o dia de “São Nunca”.

METRO CAMPINAS - Ruído volta a assombrar o entorno de Viracopos

Empurra-empurra. Com mudança nas rotas operacionais, curva de ruído de aviões volta a prejudicar moradores de 20 bairros.

Publicada Em 12/04/2018

Uma alteração nas rotas operacionais das aeronaves no espaço aéreo de Viracopos, em Campinas, tem provocado transtornos a moradores de 20 bairros instalados no entorno do sítio aeroportuário – casos do São Domingos, Campo Belo, Cidade Singer ou Vida Nova, entre outros – onde vivem cerca de 50 mil pessoas.
“Antes, os aviões seguiam em linha reta e só iniciavam a curva de 3 a 5 km das áreas habitadas. Agora esses aviões estão passando em cima de nossas casas”, relata o pastor Oswalther Ghirotti, que mora e trabalha no Jardim Itaguaçu. “Até um tempo atrás, ele seguiam em linha reta no sentido contrário à minha casa. Agora eles mudaram completamente”, diz a artesã, Elisangela Pirelly, moradora do Cidade Singer.
O Metro ouviu relatos semelhantes, de moradores de outros bairros da região. O aeroporto de Campinas registra 400 pousos e decolagens por dia, em média.
A curva de ruído foi definida em 2014, quando do plano de expansão de Viracopos e tinha como objetivo mitigar danos à população do entorno.
A Concessionária Aeroportos Brasil – que administra o aeroporto – diz que não é responsável pela definição das rotas operacionais das aeronaves. Segundo a concessionária, essas rotas são estabelecidas pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). A Aeroportos Brasil diz que cabe a ela, elaborar as curvas de ruído aeronáutico, conforme estabelecido no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, mas considerando as rotas estabelecidas pelo Decea.
Por meio de nota, o Decea informou que implantou alterações em algumas rotas de decolagens em Viracopos, a fim de ajustar a circulação do Terminal São Paulo à nova circulação da Região Sul do País (Projeto PBN Sul).
Diz a nota que, a Navegação Aérea Baseada em Performance (PBN) faz parte do projeto Sirius, que teve início em 2010, quando foi implantado nos terminais de Brasília e Recife. No final de 2013, foi implantado nos terminais dos aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo o órgão, o Sirius visa ao aumento da capacidade do espaço aéreo, a redução dos tempos de voo, o aumento da segurança das operações e a redução de ruídos e emissões de gases nocivos ao meio ambiente. O Decea diz ainda que “revisa constantemente os procedimentos, de modo a torná-los mais eficientes e melhor atender à comunidade aeronáutica nacional e internacional”.

AEROFLAP - KC-390 foi o destaque da Embraer na FIDAE 2018


Publicada Em 12/04/2018

Na FIDAE 2018 a Embraer não investiu muito em levar novos aviões, a exposição da empresa estava composta por dois aviões, KC-390 e A-29, e um stand para apresentar seu portfólio de produtos.
Apesar disso a empresa quis voltar todas as suas atenções para o KC-390, principalmente porque a unidade exposta era a mesma que se envolveu em um grave incidente aéreo em outubro de 2017, e foi recuperada pela empresa desde então, voltando a voar em março.
O KC-390 exposto mostrou a confiabilidade e resistência do projeto, suportando duas vezes uma força G estipulada no projeto, e mesmo assim conseguiu pousar. Após isso a Embraer precisou de apenas 5 meses para retornar a aeronave ao serviço.
Mas a exposição do KC-390 no Chile também se destaca por um fundo de “possibilidade de compra”. Em 2010 o presidente do Chile, Sebastián Piñera, declarou que o país entraria no hall dos interessados neste avião, e ano passado ele voltou a ser presidente. A finalidade desta vez é convencer o presidente chileno da compra do KC-390, apesar que isso não é uma prioridade para o país.
As negociações ainda engatinham, o general Lorenzo Villalón Del Fierro, em entrevista na FIDAE, não quis comentar sobre a compra do KC-390, demonstrando que o governo não espera divulgar nada tão em breve.
Sem um posicionamento da Embraer e também das Forças Armadas do Chile, bem como do governo, é impossível saber o estado atual das negociações entre as partes.
Enquanto isso a própria Embraer aproveitou para demonstrar o avião à outros países da América Latina, aliás, a FIDAE é o maior evento de aviação em nossa região, nem o Brasil tem algo parecido.
Enquanto isso a Embraer avança as negociações com Portugal, que exige o primeiro KC-390 até 2021, dos 5 encomendados.

JORNAL A HORA DO POVO (SP) - Boeing está de olho nos engenheiros da Embraer


Publicada Em 12/04/2018

A norte-americana Boeing emprega nova ofensiva para obter a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), e com isto ter acesso ao quadro dos 4 mil engenheiros da empresa brasileira.
A Boeing e entreguistas do governo à frente da Embraer entregaram na última terça-feira (10) uma nova proposta conjunta ao grupo de trabalho criado pelo governo Temer para avaliar a entrega da Embraer, a terceira maior companhia em aviação executiva [sic] do mundo, para a multinacional Boeing.
O documento é uma revisão de uma proposta feita pela Boeing há semanas atrás e que havia sido recusada pelo grupo de trabalho por conta da resistência da Força Aérea Brasileira (FAB), que dentro do governo se opõe aos planos da Boeing e de Temer.
Os militares consideram a Embraer uma empresa estratégica e fundamental para soberania nacional de nosso país. A Embraer tem diversos convênios com a FAB, e com o desmembramento da companhia, a venda pode deixar no país apenas as divisões de baixa rentabilidade, já que a intenção da Boeing é transformá-la em uma subsidiária, o que inviabilizaria a continuidade das operações.
Sobre o acesso ao quadro de engenheiros da Embraer, a FAB teme expor projetos relacionados à defesa nacional aos americanos. “Milhares de engenheiros da Boeing devem se aposentar nos próximos anos”, afirmou Stephen Trimble, consultor da consultoria Flighglobal, ao jornal O Globo. “A Embraer, por sua vez, tem cerca de 4 mil engenheiros experientes, que trouxeram para o mercado os E1, Phenom, Legacy, KC-390 e E2 nos últimos 15 anos. Todos são modelos muito bons e foram executados de maneira rápida e eficiente”, completou Trimble.

CONSULTOR JURÍDICO (SP) - Governo pretende manter cargos da intervenção no Rio até junho de 2019


Sérgio Rodas Publicada Em 12/04/2018 - 18h09

Embora a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro esteja prevista para terminar em 31 de dezembro de 2018, os cargos responsáveis pela operação só serão extintos entre 30 de abril e 30 de junho de 2019, segundo a Medida Provisória 826/2018. A norma foi assinada pelo presidente Michel Temer nesta quarta-feira (11/4), mas sem exposição de motivos.
Após 54 dias da decretação do controle da União no Rio, Temer criou formalmente o cargo de interventor federal. A MP 826/2018 também estabeleceu 66 postos para compor o gabinete da operação.
O Decreto 9.288/2018, que determinou a ação no Rio, atribuiu natureza militar ao cargo de interventor federal. A classificação gerou polêmica. Para a advogada Eloísa Machado, professora de Direito Constitucional da FGV Direito SP, a medida é inconstitucional, porque a interferência em um estado tem natureza civil.
A MP 826/2018 busca acabar com a controvérsia. De acordo com a norma, os postos de interventor federal e seus assessores “serão considerados de natureza militar quando ocupados por militares da ativa das Forças Armadas”.
Os militares da ativa que atuarem no Gabinete de Intervenção receberão gratificação de dois por cento do soldo por dia. Esse benefício, que não será pago aos integrantes das Forças Armadas nomeados para ocupar cargos em comissão ou de natureza especial na pasta, não é acumulável, não será considerado para cálculo de verbas trabalhistas e não será pago cumulativamente com diárias.

JORNAL OPÇÃO (GO) - Em Anápolis, José Eliton fala sobre adoção de novo modelo de atração de investimentos

Governador teve encontro com empresários da cidade, nesta quinta-feira (12)

Marcelo Gouveia Publicada Em 12/04/2018 - 11h30

Em Anápolis, o governador José Eliton (PSDB) debateu com integrantes do Fórum Empresarial local, na Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), a adoção de um novo modelo de atração de investimentos para Goiás, após a pacificação nacional do assunto referente à convalidação dos incentivos fiscais.
Um dos pontos debatidos diz respeito à transformação do município num grande polo nacional de defesa (Condefesa), tendo como ponto de partida a experiência de já abrigar uma base aérea nacional. José Eliton disse que, junto com o ex-governador Marconi Perillo, fez várias tratativas com os ministros da área, na busca de instalar em Anápolis um polo logístico aeronáutico e de defesa.
O governador saudou os empresários dizendo de sua alegria de desenvolver uma “agenda extremamente qualificada” no município. José Eliton citou cada uma das obras do Estado no município, inauguradas recentemente pelo ex-governador Marconi Perillo: Aeroporto de Cargas, Centro de Convenções, presídio, Case, a transposição das águas do Capivari, entre outras.
“Um conjunto de ações governamentais que demonstram a preocupação do governo com a cidade”, disse Eliton, ao acrescentar que o Condefesa é uma agenda que o “entusiasma”, porque “agrega valor e agrega riqueza” na plataforma econômica de Anápolis. Ele disse que o governo tem plena consciência da posição estratégica de Anápolis, que hoje abriga uma das bases aéreas mais importantes do País.
O governador determinou providências imediatas para balizamento noturno do Aeroporto de Cargas, na perspectiva de iniciar, o mais rápido possível, as operações, primeiro com o transporte de passageiros e em seguida com o transporte de cargas.
José Eliton asseverou que a Acia e a Adial, como entidades parceiras do governo do Estado, tiveram e continuarão a ter um papel fundamental na atração de novas empresas para o Estado. “Dentro dessa agenda, nós vamos avançar junto com o Condefesa, para um novo modelo de atração de investimentos no Estado”.
O governador considerou como “prioritária” a agenda de atração de novas indústrias para o Estado. Ele sinalizou com o aporte de recursos para consolidar o projeto do Condefesa. Disse também que receberá o ministro da Defesa para discutir o tema, que é transformar Anápolis num grande polo de defesa nacional.
“A minha visão é a de consolidar um estado moderno”, disse, reafirmando que é “a mudança” para consolidar Goiás ainda mais como um estado competitivo, com multiplicação de oportunidades para os goianos. “Venho aqui como gesto de respeito ao setor produtivo de Anápolis”, reafirmando que a cidade terá sempre uma atenção especial do governo estadual.
O presidente da Acia, Anastacio Apostolos Dagios, explicou que o motivo do convite para reunião foi consolidar a idéia, que é também do governador José Eliton, do projeto Condefesa, fruto da articulação Pacto por Anápolis, que pressupõe a transformação de Anápolis num grande polo de indústrias especializadas na produção e comercialização de produtos e tecnologia de defesa da soberania nacional – aeronaves, peças para aviões, alimentos para uso em missões e treinamentos militares, uniformes, entre outros.
Anastacio Dagios explicou que a função primordial do Condefesa é de ser um “aglutinador” da indústria, das universidades e Forças Armadas. Com a consolidação do polo de defesa, argumentou, Anápolis vai ganhar com aumento da arrecadação de impostos e a geração de novos empregos. Hoje, a cidade já uma das principais bases aéreas da Aeronáutica brasileira. As tratativas para consolidação do polo estão em curso no Ministério da Defesa e tiveram a idealização, o incentivo e a participação de Marconi Perillo e José Eliton.
Acompanharam o governador na visita o secretário Leandro Ribeiro (SED); Luiz Medeiros, superintende executivo da Indústria, Comércio e Serviços; Ridoval Chiareloto (AGR) e integrantes do fórum empresarial anapolino.

TELETIME (SP) - Para Ministério da Defesa, acordo com a Viasat não ameaça soberania nem compromete a banda X


Samuel Possebon Publicada Em 13/04/2018 - 02h00

A Subchefia de Comando e Controle da Chefia de Operações Conjuntas das Forças Armadas, ligada ao Ministério da Defesa, produziu uma nota técnica à AGU sobre os eventuais riscos às comunicações militares em decorrência da parceria entre a Telebras e a Viasat para uso do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC). Segundo a nota, "é possível afirmar que o Acordo de Compartilhamento de capacidade satelital celebrado entre Telebras e Viasat não apresenta risco à soberania nacional", segundo documento obtido por este noticiário e assinado pelo Coronel Anderson Tesch Hosken Alvarenga. Segundo a análise, a Viasat "não terá acesso às senhas de controle do SGDC-1"; "não haverá agravamento do risco de vazamento de dados relevantes à soberania nacional"; "a Viasat não terá acesso ao conteúdo que tramita entre o usuário final e o destinatário da banda X, a partir da comercialização da banda Ka"; "a Viasat não terá acesso, de qualquer gênero, à banda X" e; "a utilização da banda Ka do SGDC-1 não põe em risco a segurança dos dados que trafegam na banda X".
A questão da soberania nacional tem sido crítica para a AGU para conseguir derrubar, na Justiça Federal de Brasília, a limitar expedida no Amazonas em favor da empresa Via Direta. A empresa alega ter um contrato com a Telebrás anterior ao acordo com a Viasat e exige, assim, compensação por perdas. A Viasat é uma empresa norte-americana que tem cerca de 80% de sua receita com o governo daquele país.

MERCADO MILITAR (CO) - Noticias Militares de Brasil: Desarrollan su propio software aéreo


Natalia Carolina Rubio Coello Publicada Em 13/04

El Sistema de Planificación de Misiones Aéreas (PMAII), desarrollado por el Instituto de Estudios Avanzados (IEAV), fue integrado a los sistemas de la aeronave H-36 Caracal, operada por la Marina, el Ejército y la Fuerza Aérea Brasileña (FAB). En marzo, representantes de Airbus Helicopters, de la Comisión Coordinadora del Programa Aeronave de Combate (COPAC), del Instituto de Fomento y Coordinación Industrial (IFI) y del IEAV, así como de los operadores de la aeronave, se reunieron en Taubaté (SP), a fin de realizar las pruebas de precalificación de los sistemas del helicóptero.
Imagem“Tener un producto desarrollado por el Instituto siendo integrado a las más importantes plataformas aéreas de las Fuerzas Armadas es no sólo un reconocimiento de la importancia del IEAV, sino de la asimetría de poder generada como fruto del conocimiento de aquellos investigadores que forman parte de nuestro efectivo”, subrayó el Director del IEAV, Coronel Aviador Lester de Abreu Faria.
El proceso de desarrollo del software
La primera versión del software fue creada en 2009 para planificar actividades de vuelo en misiones conjuntas, maniobras o acciones rutinarias. También sirve para realizar debriefings después del vuelo, como, por ejemplo, validar el resultado de un combate.
Desde entonces, el programa ha pasado por más de diez actualizaciones, siempre a partir de una interacción entre los desarrolladores, las unidades áreas de la FAB y el Comando de Preparación (COMPREP), para que fuese facilitada la utilización del software, la recepción de sugerencias de los usuarios y la inserción de nuevas funcionalidades.
Con esto las Fuerzas Armadas de Brasil demuestran el gran poderío que han alcanzado, al punto de desarrollar tecnología y avances militares en su propia industria y demostrando que pueden llegar a competir con cualquier potencia del mundo, sin olvidar que hoy ostentan el título de la primera potencia militar de la región de Latinoamérica.



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