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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 11/12/2017 / A regulamentação do uso de drones, o passado e o futuro



A regulamentação do uso de drones, o passado e o futuro ...  


Vladimir Passos de Freitas  ...  


Drone é uma aeronave, seja qual for o tipo ou tamanho, comandada a distância, ou seja, não tem tripulação. Quem o comanda é chamado de piloto remoto.

Os drones, que nos pareciam ser figuras de filmes futuristas, chegaram para ficar. Terão um papel cada vez mais significativo na vida em sociedade. Para o bem e para o mal. Em Curitiba, estão sendo feitos estudos para drones fazerem entregas a consumidores. Mas, apesar de sua importância, eles ainda não têm lei que os regule.

Os drones são aparelhos avançados, possuem sensores anticolisão, dificilmente trombam. Um drone só cairá se o piloto não obedecer às regras de manuseio do produto. Imagine-se que ele fique sem bateria. Quando houver recursos de apenas 5%, ele pousa onde estiver.

Charles-Louis de Secondat, o Barão de Montesquieu (1689-1755), ao pregar a separação de Poderes, não imaginou que no século XXI a vida se desenvolveria e se transformaria em tal velocidade que o Poder Legislativo, dela, sempre estaria muito atrás. Em outras palavras, o Legislativo mal dá conta do exame dos projetos de lei que o Executivo lhe encaminha e, por isso, sempre está longe de regular novas atividade tecnológicas, como os drones.

Então, quem assume esse papel, através de resoluções, são as agências reguladoras e, por vezes, os conselhos, como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Fatos envolvendo drones vêm se sucedendo, como em Porto Alegre, com o voo irregular de um drone no Estádio Beira-Rio durante a partida entre Internacional e Cruzeiro, no dia 27 de novembro de 2016, pelo Campeonato Brasileiro.

Porém o mais significativo deles ocorreu em um domingo, 12 de novembro passado. Um drone surgiu no aeroporto de Congonhas e permaneceu no ar por duas horas. Trinta voos foram desviados ou cancelados. Centenas de pessoas foram prejudicadas em suas atividades. Os prejuízos econômicos, com certeza, foram vultosos.

Um drone em um aeroporto é um sério risco. Explica o especialista Willian Lima que, “se ele for engolido por uma turbina, pode primeiro destruir as paletas de admissão da turbina e ocasionar um problema que faça o avião retornar. Em caso de colisão com qualquer outra parte vital da aeronave, pode fazer com ela venha a ter sérios problemas para manter o controle de voo. Em outras palavras, pode cair.

No caso de Congonhas, com certeza, o uso do drone foi irregular, sem autorização da Aeronáutica. O seu proprietário burlou o sistema, que é extremamente seguro e tecnicamente avançado. Basta dizer que o software cria a proteção em torno de áreas como aeroportos, ou seja, o drone licenciado sequer vai ao ar. As limitações já vêm do fabricante.

Em aeroportos dos Estados Unidos e da Europa, começaram a ser instalados caça-drones. Mas isso, evidentemente, implica em gastos consideráveis, e a compra se sujeita a licitações e outras formalidades demoradas. Vai demorar para que possamos usufruir desses aparelhos.

Mas a questão dos drones não fica só no risco de serem lançados sobre aeroportos. Eles podem ser usados para outras coisas, como verificação das instalações de um presídio, captura de fotos em uma propriedade privada para produção de provas, para conhecer a rotina de possível vítima de sequestro, planejamento de assalto a locais de guarda de valores, prática de atos terroristas e outras tantas.

Nos Estados Unidos, em outubro de 2015, a juíza Rebecca Ward, de Bullitt County District Court, de Kentucky, rejeitou as acusações contra um pai que derrubou, com um tiro de carabina, um drone que espionava sua filha de 16 anos, enquanto ela tomava sol na piscina de sua casa.

Vejamos qual o tratamento jurídico dado pelo Brasil ao assunto.
Lei, como se viu, não há. A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), em 3/5/2017, editou o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial (RBAC-E), que trata das exigências de competência da Anac para aeronaves não tripuladas. Mas, como dito no preâmbulo desse ato administrativo, “devem ser observadas as regulamentações de outros entes da administração pública direta e indireta, tais como a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA e o Ministério da Defesa”.

Os requisitos para pilotar um drone variam. O piloto remoto deve ter, pelo menos, 18 anos. Não há necessidade de habilitação se o veículo pesar até 25 kg, mas, a partir daí, devem estar cadastrados no site da Anac. Se o voo sobrepujar 400 pés (em torno de 120 metros), será necessária licença e habilitação. Não se permite proximidade de 30 ou menos metros das pessoas.

Vejamos, agora, a responsabilidade pelo descumprimento das normas.
No âmbito administrativo, o artigo 289, da Lei 7.565/86, explicita que a ofensa aos seus dispositivos ou às leis complementares importará em pena de multa, suspensão ou cassação de certificados, licenças, concessões ou autorizações, detenção, interdição ou apreensão de aeronave ou interdição da empresa.

Contudo, a fiscalização é precária. A Anac não dispõe de servidores para atender à crescente demanda de casos. A solução é delegar tais atividades a outras instituições, como guardas municipais, orientando seus agentes para tanto.

No âmbito penal, não há tipo específico para o uso irregular de drones. No caso de aeroportos, é possível valer-se do artigo 261 do Código Penal, que pune com 2 a 5 anos de reclusão expor a perigo aeronave ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação aérea. Mas o dispositivo não pode ser aplicado em outras situações, como jogos esportivos.

Na Lei das Contravenções Penais, o artigo 33 prevê a contravenção de dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado, fixando a pena de 15 dias a 3 meses de prisão simples. Uma sanção, evidentemente, simbólica.

Do ponto de vista civil, a responsabilidade se resolve com base no artigo 927 e seguintes do Código Civil. São múltiplas as hipóteses. Imagine-se, por exemplo, que um drone filme cenas de adultério que ocorram em um apartamento no 5º andar de um edifício, para fazer prova em uma ação de divórcio. A ofensa à privacidade do proprietário pode ensejar uma ação por danos morais, fundada no artigo 5º, incisos X e XI da Constituição.

Em síntese, essa é a situação jurídica dos drones no Brasil. Um quase nada. No Congresso, projetos de lei tramitam sem previsão de data para chegarem ao fim (PL 306/2015, no Senado, e PL 8.751/2017, na Câmara dos Deputados).

Enquanto não temos lei, a evolução tecnológica prossegue. É de se esperar que, em breve prazo, lei federal integre o arcabouço legislativo e que a fiscalização seja mais intensa e compartilhada, evitando-se que uma tragédia com drones seja a próxima notícia na mídia.



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Pelo sonho de ingressar no ITA, vestibulandos estudam até 12 horas por dia

Na reta final para o vestibular, jovens contam ao G1 como se prepararam para um dos vestibulares mais concorridos do país. Prova começa nesta terça-feira (12).

Por Camilla Motta, G1 Vale Do Paraíba E Região Publicado Em 10/12/2017 - 12h02

Pelo sonho de ingressar no Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), uma das instituições mais concorridas do país, vestibulandos passam até 12 horas por dia estudando. A prova será de terça (12) a sexta-feira (15). Cerca de 11.135 se inscreveram para as 110 vagas oferecidas - mais de 100 estudantes disputam cada vaga.
No instituto são oferecidos seis cursos de graduação em engenharia, sendo aeronáutica, mecânica-aeronáutica, eletrônica, civil-aeronáutica, computação e aeroespacial.
Para ingressar no ITA, muitos estudantes passam o ano se dedicando aos livros. A rotina, principalmente na reta final para o vestibular, inclui até 12 horas de estudos por dia. Esse é caso dos estudantes Miltom Conde, de 20 anos, e Matheus da Silva, de 19 anos.
"Minha rotina é acordar cedo, estudar, almoçar e ir para o cursinho. Saio no começo da noite, vou para casa e começo a estudar de novo. Sábado também tem cursinho e no domingo faço simulados", contou Milton, que se mudou de Recife (PE) para São José dos Campos, onde fica o ITA, para estudar.
Ele quer fazer engenharia aeronáutica e esse é o terceiro ano que presta o vestibular. Neste ano ele já foi aprovado no vestibular do Instituto Militar de Engenharia (IME), mas ainda tem como primeira opção o ITA. "Eu tenho outras opções, mas o ITA é o que eu quero mesmo. Estudei bastante, então estou tranquilo e muito confiante", afirmou.
Matheus também mantém a rotina pesada de 12 horas de estudos por dia. Ele se formou em 2015 e, desde então, tenta uma vaga para cursar engenharia da computação no ITA. Neste ano, ele também se mudou do Rio de Janeiro para São José dos Campos para manter o foco.
"Eu quero muito esse curso, me dediquei muito neste ano. Saí de casa somente três vezes para lazer neste ano. Minha rotina é mesmo de estudo e isso me dá a sensação de tranquilidade e que estou mais completo", contou. Ele também passou no IME, mas também tem sonho de entrar no ITA.
Orientação
Formado em engenharia eletrônica no ITA em 2006, Bruno Werneck quis compartilhar conhecimento e ajudar outras pessoas a realizarem o sonho de ingressar no instituto. Por isso, ele começou a divulgar vídeos na internet e mais tarde criou um cursinho online, com preço mais acessível que um cursinho presencial.
Para ele, que tem alunos que se preparam até no Japão, é normal o aluno ficar ansioso poucos dias antes do vestibular e acredita que estudar até a véspera do exame, se isso não ampliar a ansiedade, pode ser interessante. Já no momento da prova, ele sugere que o aluno faça uma rápida leitura antes de começar a resolver os exercícios.
"É preciso entender que o ITA divide a prova com 20% questões fáceis, 60% médias e 20% muito difíceis. Por isso, o ideal é começar pelas mais fáceis e ir até as mais difíceis. Para entrar, o aluno precisa acertar em média de 75% da prova. Fazendo as fáceis e as médias, ele pode se dar o luxo de deixar de resolver algumas questões", explicou.
Ele afirma que a preparação para o vestibular é muito dura e "puxada" e que o aluno precisa estar tranquilo, mas com a consciência de que o vestibular é muito difícil. "Se por acaso não deu certo, não abaixe a cabeça. É hora de reunir o que deu certo, corrigir o que não deu e continuar lutando pelos objetivos", concluiu.
As provas do vestibular serão aplicadas em Belém, Natal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Campinas, Ribeirão Preto, Campo Grande, Rio de Janeiro, Cuiabá, São José dos Campos, Curitiba, São José do Rio Preto, Fortaleza, Salvador, Goiânia, São Luís, Juiz de Fora, São Paulo, Londrina, Teresina, Manaus e Vitória.

Aeronave com piloto, mulher e filho desaparece em MT; FAB faz buscas

Piloto fez contato pela última vez às 10h30 de sábado (9), enquanto sobrevoava a 40 minutos do destino. Militares da FAB foram chamados e começaram buscas na região.

Por Denise Soares, G1 Mt Publicado Em 10/12/2017 - 11h20

Uma aeronave com três pessoas desapareceu neste sábado (9) entre os municípios de Juruena e Juara, a 893 km e 690 km de Cuiabá, respectivamente. Segundo familiares, estavam na aeronave o piloto Leandro Ferreira Pascoal, de 28 anos, a mulher dele, Francieli Reseto Pascoal, e o filho do casal, Felipe Pascoal, de 1 ano e 7 meses. Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a busca pela aeronave neste domingo (10).
ImagemDe acordo com o irmão de Leandro, Fábio Ferreira Pascoal, a família saiu do Distrito Nova União, em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, com destino ao município de Juara. Leandro é pecuarista e visitaria familiares na cidade.
“Ele fez o último contato às 10h30, disse que já estava sobrevoando Juruena e que estava a 40 minutos de Juara. Disse que era para buscá-los [no aeroporto]”, comentou o irmão.
A família esperou pelo avião, mas ele não chegou. Os celulares de Leandro e Francieli estão fora da área de cobertura. Conforme a família, Leandro tinha costume de fazer esse trajeto há quatro anos e nunca teve problemas. A aeronave pertence ao piloto.
A FAB foi comunicada a respeito do desaparecimento. Ao G1, a FAB disse que não conseguiu rastrear, até o momento, onde está a aeronave. Militares de Campo Grande (MS) começaram a fazer buscas pelo avião neste domingo. Segundo a família do piloto, aeronaves da FAB fizeram sobrevoos na região.
Até o final da manhã deste domingo não havia sinais da aeronave ou dos ocupantes.
Nota da FAB
A aeronave SC-105 Amazonas e o helicóptero H-1H da Força Aérea Brasileira (FAB) estão engajados desde a manhã deste domingo (10/12) nas buscas ao avião PU-MMT, modelo Paradise P1. O avião decolou na manhã de sábado de Colniza (MT) com destino a Juara, no mesmo estado. A operação de busca e salvamento, coordenada pelo Salvaero Amazônico, se concentra nas proximidades do município de Juruena (MT).

PORTAL CONSULTOR JURÍDICO


A regulamentação do uso de drones, o passado e o futuro


Vladimir Passos De Freitas Publicado Em 10/12/17 - 10h38

Drone é uma aeronave, seja qual for o tipo ou tamanho, comandada a distância, ou seja, não tem tripulação. Quem o comanda é chamado de piloto remoto.
Os drones, que nos pareciam ser figuras de filmes futuristas, chegaram para ficar. Terão um papel cada vez mais significativo na vida em sociedade. Para o bem e para o mal. Em Curitiba, estão sendo feitos estudos para drones fazerem entregas a consumidores. Mas, apesar de sua importância, eles ainda não têm lei que os regule.
Os drones são aparelhos avançados, possuem sensores anticolisão, dificilmente trombam. Um drone só cairá se o piloto não obedecer às regras de manuseio do produto. Imagine-se que ele fique sem bateria. Quando houver recursos de apenas 5%, ele pousa onde estiver.
Charles-Louis de Secondat, o Barão de Montesquieu (1689-1755), ao pregar a separação de Poderes, não imaginou que no século XXI a vida se desenvolveria e se transformaria em tal velocidade que o Poder Legislativo, dela, sempre estaria muito atrás. Em outras palavras, o Legislativo mal dá conta do exame dos projetos de lei que o Executivo lhe encaminha e, por isso, sempre está longe de regular novas atividade tecnológicas, como os drones.
Então, quem assume esse papel, através de resoluções, são as agências reguladoras e, por vezes, os conselhos, como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Fatos envolvendo drones vêm se sucedendo, como em Porto Alegre, com o voo irregular de um drone no Estádio Beira-Rio durante a partida entre Internacional e Cruzeiro, no dia 27 de novembro de 2016, pelo Campeonato Brasileiro1.
Porém o mais significativo deles ocorreu em um domingo, 12 de novembro passado. Um drone surgiu no aeroporto de Congonhas e permaneceu no ar por duas horas. Trinta voos foram desviados ou cancelados. Centenas de pessoas foram prejudicadas em suas atividades. Os prejuízos econômicos, com certeza, foram vultosos.
Um drone em um aeroporto é um sério risco. Explica o especialista Willian Lima que, “se ele for engolido por uma turbina, pode primeiro destruir as paletas de admissão da turbina e ocasionar um problema que faça o avião retornar. Em caso de colisão com qualquer outra parte vital da aeronave, pode fazer com ela venha ter sérios problemas para manter o controle de voo”2. Em outras palavras, pode cair.
No caso de Congonhas, com certeza, o uso do drone foi irregular, sem autorização da Aeronáutica. O seu proprietário burlou o sistema, que é extremamente seguro e tecnicamente avançado. Basta dizer que o software cria a proteção em torno de áreas como aeroportos, ou seja, o drone licenciado sequer vai ao ar. As limitações já vêm do fabricante.
Em aeroportos dos Estados Unidos e da Europa, começaram a ser instalados caça-drones. Mas isso, evidentemente, implica em gastos consideráveis, e a compra se sujeita a licitações e outras formalidades demoradas. Vai demorar para que possamos usufruir desses aparelhos.
Mas a questão dos drones não fica só no risco de serem lançados sobre aeroportos. Eles podem ser usados para outras coisas, como verificação das instalações de um presídio, captura de fotos em uma propriedade privada para produção de provas, para conhecer a rotina de possível vítima de sequestro, planejamento de assalto a locais de guarda de valores, prática de atos terroristas e outras tantas.
Nos Estados Unidos, em outubro de 2015, a juíza Rebecca Ward, de Bullitt County District Court, de Kentucky, rejeitou as acusações contra um pai que derrubou, com um tiro de carabina, um drone que espionava sua filha de 16 anos, enquanto ela tomava sol na piscina de sua casa3.
Vejamos qual o tratamento jurídico dado pelo Brasil ao assunto.
Lei, como se viu, não há. A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), em 3/5/2017, editou o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial (RBAC-E), que trata das exigências de competência da Anac para aeronaves não tripuladas4. Mas, como dito no preâmbulo desse ato administrativo, “devem ser observadas as regulamentações de outros entes da administração pública direta e indireta, tais como a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA e o Ministério da Defesa”.
Os requisitos para pilotar um drone variam. O piloto remoto deve ter, pelo menos, 18 anos. Não há necessidade de habilitação se o veículo pesar até 25 kg, mas, a partir daí, devem estar cadastrados no site da Anac. Se o voo sobrepujar 400 pés (em torno de 120 metros), será necessária licença e habilitação. Não se permite proximidade de 30 ou menos metros das pessoas.
Vejamos, agora, a responsabilidade pelo descumprimento das normas.
No âmbito administrativo, o artigo 289, da Lei 7.565/86, explicita que a ofensa aos seus dispositivos ou às leis complementares importará em pena de multa, suspensão ou cassação de certificados, licenças, concessões ou autorizações, detenção, interdição ou apreensão de aeronave ou interdição da empresa.
Contudo, a fiscalização é precária. A Anac não dispõe de servidores para atender à crescente demanda de casos. A solução é delegar tais atividades a outras instituições, como guardas municipais, orientando seus agentes para tanto.
No âmbito penal, não há tipo específico para o uso irregular de drones. No caso de aeroportos, é possível valer-se do artigo 261 do Código Penal, que pune com 2 a 5 anos de reclusão expor a perigo aeronave ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação aérea. Mas o dispositivo não pode ser aplicado em outras situações, como jogos esportivos.
Na Lei das Contravenções Penais, o artigo 33 prevê a contravenção de dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado, fixando a pena de 15 dias a 3 meses de prisão simples. Uma sanção, evidentemente, simbólica.
Do ponto de vista civil, a responsabilidade se resolve com base no artigo 927 e seguintes do Código Civil. São múltiplas as hipóteses. Imagine-se, por exemplo, que um drone filme cenas de adultério que ocorram em um apartamento no 5º andar de um edifício, para fazer prova em uma ação de divórcio. A ofensa à privacidade do proprietário pode ensejar uma ação por danos morais, fundada no artigo 5º, incisos X e XI da Constituição.
Em síntese, essa é a situação jurídica dos drones no Brasil. Um quase nada. No Congresso, projetos de lei tramitam sem previsão de data para chegarem ao fim (PL 306/2015, no Senado, e PL 8.751/2017, na Câmara dos Deputados).
Enquanto não temos lei, a evolução tecnológica prossegue. É de se esperar que, em breve prazo, lei federal integre o arcabouço legislativo e que a fiscalização seja mais intensa e compartilhada, evitando-se que uma tragédia com drone seja a próxima notícia na mídia.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL 24HORAS NEWS (MT)


Buscas de avião desaparecido em MT entra no 3º dia nesta segunda

Até o final da deste domingo não havia sinais da aeronave ou dos ocupantes
Publicado em 11/12/2017 - 00h34
A Força Aérea Brasileira (FAB) encerrou na noite deste domingo o 2º dia de buscas pelo avião monomotor que desapareceu no sábado, 9, enquanto fazia o trajeto entre Colniza e Juara, cidade a cerca de 640km de Cuiabá.
ImagemAs buscas com ajuda de aeronaves particulares também serão retomadas nesta segunda-feira.
A FAB disse que não conseguiu rastrear, até o momento, onde está a aeronave. Militares de Campo Grande (MS) começaram a fazer buscas pelo avião neste domingo. Segundo a família do piloto, aeronaves da FAB fizeram sobrevoos na região. Até o final da noite deste domingo não havia sinais da aeronave ou dos ocupantes.
De acordo com a família, estavam na aeronave o piloto Leandro Ferreira Pascoal, de 28 anos, a mulher dele, Francieli Pascoal, e o filho do casal, de 1 ano e 7 meses.
A aeronave é um ultraleve, prefixo PUMMT, modelo Paradise P1, registrada no nome de Leandro e só é autorizada a fazer voos particulares, sem fins comerciais. Leandro, era pecuarista e costumava visitar seus pais na cidade.
Ele fazia usualmente esse trajeto, com duração de uma hora e meia, há quatro anos e nunca teve problemas. O último contato foi às 10h30 de sábado, quando o piloto informou que sobrevoava a cidade de Juruena, a 40 minutos do destino final.
A família tentou contato pelo rádio de comunicação da aeronave, depois fez buscas em pistas de fazendas da região, sem sucesso. Na tarde de ontem, aviões de amigos sobrevoaram a região, mas não localizaram a aeronave.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave SC-105 Amazonas e o helicóptero H-1H da Força Aérea Brasileira (FAB) estão engajados desde a manhã deste domingo, 10, nas operações de busca e salvamento, que se concentram nas proximidades do município de Juruena (MT). A área está sob responsabilidade do Cindacta IV, de Manaus.

PORTAL SÓ NOTÍCIAS (MT)


FAB reforça buscas por avião que desapareceu transportando três pessoas no Nortão

Cleber Romero
Publicado em 10/12/2017 - 09h07
Um tenente da Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que uma equipe de Busca e Salvamento Aéreo (Salvaero), de Campo Grande (MS), está na região realizando sobrevoou para tentar localizar o avião modelo Paradise P1, prefixo PU-MMT, com detalhes branco e vermelho, que desapareceu entre os municípios de Juruena e Juara (294 quilômetros de Sinop), ontem. Não foi informado quantos militares participam da ação de resgate.
ImagemDe acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica estão sendo usados nas buscas um avião modelo SC-105 Amazonas e o helicóptero H-1H da Força Aérea Brasileira (FAB). A operação de busca e salvamento é coordenada pelo Salvaero Amazônico, se concentra nas proximidades do município de Juruena (MT).
No avião que desapareceu estavam o piloto, Leandro Ferreira Pascoal, a esposa dele, Franciele da Costa Reseto Pascoal, e o filho do casal de apenas 1 ano e cinco meses. Um primo das vítimas informou, ao Só Notícias, que as buscas com aviões particulares também foram retomadas esta manhã. No entanto, chove muito na região e está dificultado a decolagem das aeronaves.
Ontem, o pai do piloto, Alves Aparecido Pascoal, disse que Leandro decolou de uma fazenda em Colniza e teria entrado em contato com a mãe dele por telefone por volta das 10h. “Ele ligou e informou para minha esposa que estava passando pela cidade de Juruena e no máximo com 40 minutos iria chegar em Juara, mas isso não ocorreu”.
Pascoal apontou ainda que foram feitos sobrevoos com algumas aeronaves na região, mas não conseguiram localizar o avião nem os ocupantes. “Nós fomos duas vezes de Juara para Juruena, mas não obtivemos êxito na localização. Tivemos que retornar porque escureceu. Acredito que deu algum problema no avião e ele teve que aterrissar em algum lugar. As pistas das fazendas que conhecemos nos passamos por todas”.
A assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que o modelo da aeronave é considerado como experimental ou ultraleve. Uma equipe da Salvaero da FAB ajudará o Corpo de Bombeiros da região a realizar as buscas pelos desaparecidos e na localização do avião. As investigações serão de responsabilidade Polícia Civil.



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