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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 22/11/2017 / O que acontece quando desaparece um submarino como o argentino ARA San Juan

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O que acontece quando desaparece um submarino como o argentino ARA San Juan ...  


As autoridades argentinas continuam com as buscas para tentar localizar o submarino ARA San Juan, que estava em uma missão de treinamento e desapareceu na última quarta com 44 tripulantes a bordo ...  


A Marinha argentina revelou que, no último contato, o subcomandante afirmou que a embarcação apresentava um curto-circuito no sistema de baterias.

O submarino fazia o trajeto entre o Ushuaia, no sul do país, e a base naval de Mar del Plata, mais ao norte, quando deixou de se comunicar e sumiu dos radares. Segundo a Marinha, a tripulação teria comida e oxigênio para mais dez dias.

O governo argentino conta com a ajuda de vários países para realizar as buscas, incluindo Brasil e Estados Unidos.

Mas quais são principais dificuldades em uma operação para localizar um submarino? A BBC tenta responder a esta e a outras perguntas sobre o tema.

Por que submarinos não podem ser detectados?
Os submarinos são construídos para serem difíceis de se encontrar. O papel deles é participar, com frequência, em operações secretas de vigilância.

Segundo o professor Robert Farley, da Universidade do Kentucky (EUA), é muito difícil rastrear um submarino se ele estiver parado no leito marinho, uma vez que nessas circunstâncias ele não fará nenhum barulho.

"O ruído que seria captado pelo que conhecemos como um sonar passivo é distorcido, e se parece como o do fundo do mar", conta ele, que é especialista em questões de segurança e assuntos marítimos.

Como os submarinos podem ser achados?
Existem algumas formas de o capitão ou a tripulação tornarem sua localização conhecida em caso de dificuldades.

Esses métodos incluem enviar chamadas com sinalização para bases navais ou navios aliados ou soltar um dispositivo que flutua até a superfície, mas continua ligado ao submarino.

Quanto tempo sobrevive uma tripulação?
O número de dias que uma tripulação pode sobreviver depende de quanto tempo eles têm desempenhado funções debaixo d"água e quão bem preparados estão para ficar sem energia.

"Se as baterias estiverem carregadas e o ar renovado", diz Farley, "então o cenário é esperançoso".

No caso do ARA San Juan, ele explica: "O alcance externo parece ser de dez dias, se eles estiverem bem preparados".

Como a tripulação é treinada para isso?
Um dos treinos mais importantes para tripulantes presos debaixo d"água é diminuir a respiração para conservar o oxigênio.

Farley diz, porém, que isso é algo muito difícil de treinar as pessoas a fazerem.

"Eu imagino que eles seriam aconselhados a reduzir as atividades e a falarem menos para poupar oxigênio."

As condições, provavelmente de frio e umidade, podem ter um impacto ruim no ânimo da tripulação, mas o pessoal a bordo costuma ser bem treinado e disciplinado.

Eles provavelmente estabelecerão uma rotina para ficarem o mais confortável possível enquanto diminuem seus movimentos e dão suporte uns aos outros, aguardando o resgate.

O que pode ter dado errado?
Isso permanece pouco claro no caso do submarino desaparecido ARA San Juan.

Mas, diz Farley, é possível que uma falha elétrica possa ter ocorrido, diante dos relatos de curto-circuito no sistema de baterias.

Essa avaria mecânica pode desligar tanto os motores quanto o sistema de comunicação, explica.

Existe um plano para esses incidentes?
No caso de uma embarcação submergir por falhas mecânicas, alguns procedimentos podem ser implementados para ajudá-la a emergir.

Para controlar a flutuação, o combustível ou os tanques de lastro - que podem adicionar peso - podem ser esvaziados e usados para levantar o submarino.

Nesses casos, o diesel ou o lastro são liberados, esvaziando os tanques e os compartimentos, que então são preenchidos com ar.

Submarinos também têm pequenos hidroplanos, asas que são ajustadas para permitir que a água viaje em diferentes direções enquanto a embarcação move sua popa para cima ou para baixo, para facilitar seu movimento.

Quais são os maiores riscos?
Com a possível escassez de oxigênio e o aumento de gás carbônico, a asfixia é o risco número um.

O oxigênio pode ser fornecido por cilindros ou por geradores, que promovem um processo chamado eletrólise, que separa da água as moléculas de oxigênio e hidrogênio. No entanto, a falta de energia impediria esse processo.

Existem outros perigos que também podem surgir. O professor Farley aponta que, se um compartimento dentro de um submarino parado debaixo d"água é inundado, isso pode levar a incêndios, por exemplo, já que o ar vai ficando comprimido.



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Embraer antecipa em um ano o fim da suspensão de contratos de funcionários

Medida foi tomada em 2016 e visava adequar a força de trabalho da fábrica de São José dos Campos à reduzida demanda internacional; com resultados melhores em 2017, empresa antecipou o término do lay-off

Letícia Fucuchima 21/11/2017 - 16h23

A Embraer antecipou o fim do acordo de lay-off – suspensão temporária de contratos de trabalho de funcionários – na fábrica em São José dos Campos (SP). O acordo estava previsto para se estender até dezembro de 2018. O programa, que foi anunciado há um ano e iniciado em janeiro de 2017, previa que 1.080 funcionários da Embraer tivessem os contratos suspensos por até cinco meses.
O lay-off foi uma resposta à redução de demanda por aeronaves sentida pela empresa no ano passado e fez parte de um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Como o fim do programa foi antecipado em um ano, somente 350 trabalhadores tiveram, de fato, seus contratos suspensos, de acordo com informações do sindicato.
O término dos lay-offs é uma boa notícia para os trabalhadores, de acordo com os sindicalistas, que destacam o “momento positivo” vivido pela Embraer. “A empresa vive uma ótima saúde financeira e, mesmo assim, mantém os trabalhadores à margem deste cenário”, afirmou ontem o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros.
++Embraer fecha contrato com American Airlines para 10 jatos E175
Com os empregos garantidos, agora o objetivo do sindicato é também negociar um reajuste salarial e uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mais altos. Os metalúrgicos estão em campanha salarial e já rejeitaram a proposta de reajuste de 1,73%.
Resultados. Essa melhora financeira ficou clara nos resultados do terceiro trimestre deste ano, divulgados no fim de outubro. A Embraer registrou m lucro líquido de R$ 351 milhões de julho a setembro, em comparação ao prejuízo de R$ 111,4 milhões no mesmo período de 2016. Na divulgação do balanço, a companhia informou que esperava cumprir todas as estimativas de entregas e de resultados para o fechamento de 2017.
É um cenário bastante diferente do vivido em 2016, quando a empresa enfrentava queda de pedidos e também custos extras relacionados ao pagamento de propinas no exterior. Inicialmente, o objetivo da fabricante de aeronaves era colocar 2 mil funcionários em lay-off, mas o número caiu praticamente à metade depois da negociação com sindicalistas.
++Embraer reverte prejuízo, mas prevê 2018 difícil
Em outubro de 2016, a Embraer admitiu ter montado um esquema internacional de distribuição de propinas e concordou em pagar US$ 206 milhões a autoridades dos Estados Unidos e do Brasil. As investigações apuraram o pagamento de vantagens indevidas a autoridades de países como República Dominicana, Arábia Saudita, Índia e Moçambique para garantir a escolha de aeronaves da marca em compras governamentais.
Antes de negociar a suspensão dos contratos com o sindicato, a Embraer também havia aberto um programa de demissões voluntárias (PDV), visando a obtenção de economias anuais da ordem de US$ 200 milhões – ao todo, cerca de 1,6 mil trabalhadores decidiram aderir à saída incentivada à época.
Teste. A Embraer anunciou ontem também que vai iniciar, nas próximas semanas, testes do novo jato de transporte militar KC-390 nos Estados Unidos. É mais um passo para a certificação do cargueiro. A aeronave, a maior já construída no Brasil, passou por incidente que afetou parte da carenagem externa em testes no interior de São Paulo, em outubro. Na ocasião, a Embraer informou que, apesar do problema, todos os sistemas da aeronave se comportaram conforme o esperado. As entregas do KC-390 devem começar em 2018. //COM REUTERS

PORTAL UOL


Poderoso avião dos EUA é esperança para encontrar submarino argentino; entenda


Do Uol, Em São Paulo Publicado Em 21/11 - 15h40

Os EUA disponibilizaram dois dos aviões mais modernos da Marinha para ajudar nas buscas pelo submarino argentino ARA San Juan, que não faz contato desde o último dia 15. Os P-8A Poseidon norte-americanos foram projetados para enfrentar submarinos, realizar missões de inteligência, vigilância e reconhecimento. Eles já foram motivos de tensão dos EUA com a China e a Rússia e agora são considerados duas das principais esperanças para encontrar o ARA San Juan.
Segundo a Marinha norte-americana, o P-8A Poseidon, considerado um "submarine killer " ("matador de submarino", em tradução livre), pode ajudar nas buscas porque sua tecnologia permite "apoiar uma série de missões a cerca de grandes corpos na água, incluindo operações de busca e resgate abaixo da superfície da água".
O modelo entrou em serviço na Marinha norte-americana em 2013. Cerca de 50 aviões estão à disposição dos EUA para fazer atividades. Eles são um modelo modificado do Boeing 737-800.
Um dos aviões utilizados na busca do submarino argentino partiu de El Salvador, onde estava fazendo o apoio a operações de patrulhamento marítimo contra tráfico ilícito.
Em abril, o avião esteve na Base da Força Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, durante as buscas pelo navio sul-coreano Stella Daisy, que desapareceu no Atlântico Sul.
O avião também causou tensão com China e Rússia. Em agosto de 2014, um jato chinês se aproximou de um P-8A perto da ilha chinesa de Hainan. O incidente provocou atrito diplomático entre Washington e Pequim.
Mais recentemente, em maio, um caça russo se aproximou de um P-8A que estava no Mar Negro. Acredita-se que o avião americano estivesse espionando submarinos russos.
Na operação de busca pelo submarino argentino também participam países como Chile, Brasil, Reino Unido, Colômbia, Uruguai e Peru.
O submarino San Juan tinha partido na segunda-feira da semana passada do porto de Ushuaia, no extremo sul do país, e se dirigia de volta a sua base, em Mar del Plata.
A viagem, com 44 profissionais da marinha, tinha como missão participar de um treinamento integrado com a frota marítima e as aeronaves da marinha.

Risco de faltar oxigênio torna busca por submarino "mais crítica", diz Marinha argentina - Notícias


Vicente Robles/ap 21/11/2017 - 20h02

O porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, afirmou nesta terça-feira (21) que a operação de busca e resgate do submarino desaparecido desde quarta-feira está mantida, mas que, a cada hora, aumenta o risco de faltar oxigênio para os 44 tripulantes que estão a bordo se a embarcação não puder emergir.
"O tema do oxigênio nos preocupa desde o primeiro momento em que não pudemos detectar o submarino. Obviamente não descartamos nenhuma hipótese. Estamos considerando todas as possibilidades, e a situação mais crítica seria o fato de estarmos no sexto dia de oxigênio", ressaltou Balbi.
Sem sair à superfície, o submarino "San Juan" tem capacidade de oxigênio para sua tripulação por sete dias e sete noites.
"Assumindo o pior, que estava subaquático e não podia fazer snorkel - o que significa renovar o ar e o oxigênio - e não poderia subir sozinho para a superfície, estaríamos no sexto dia de oxigênio", disse Balbi a jornalistas nesta terça-feira.
Segundo o porta-voz, o presidente Mauricio Macri pediu que fossem utilizados todos os meios disponíveis para localizar o submarino. Atualmente, 4.000 pessoas, entre argentinos e estrangeiros, trabalham na missão. As buscas são realizadas em uma área de 400 km quadrados.
"A fase de busca e salvamento durará até o que submarino seja localizado" disse. As condições climáticas melhoraram e ajudaram nas buscas; na segunda-feira, ondas de seis a oito metros e fortes ventos prejudicaram os trabalhos. Há previsão de novas tempestades para quinta-feira.
"Por sorte começa a diminuir a intensidade do vento, com ondas de três e quatro metros, que permitiria uma varredura tridimensional do fundo", declarou Balbi.
O submarino zarpou há nove dias de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, e era esperado no domingo passado no Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul da capital, seu porto habitual.
Um bote inflável à deriva avistado na madrugada desta terça por um avião em meio a uma forte tempestade estava vazio e não pertence ao submarino, informou o porta-voz da Armada. Também foram avistados no horizonte dois artefatos pirotécnicos brancos sem localizar sua origem, mas presume-se que não sejam do "ARA San Juan", que tem sinalizadores para emergências e verdes para treinamento.
Perguntado sobre a avaria na bateria reportada pela tripulação no último contato, Balbi disse que este tipo de submarino poderia continuar em propulsão mesmo com o problema. "Está não é uma situação que enfrentamos todos os dias, mas já aconteceu muitas vezes".
Expectativa e frustrações
Após terem se iludido nos últimos dias com dois indícios que resultaram negativos, a incerteza foi se transformando em angústia. "É uma mistura de sensações: dor, impotência e momentos de esperança. A sensação é que eles estão vindo, que hoje vão nos dizer estão chegando", confessou María Morales, mãe de Luis, um dos tripulantes, ao chegar nesta terça-feira à Base Naval do Mar del Plata.
Sete chamadas por satélite e um barulho no fundo do mar deram esperanças de que se tratava do submarino, mas foram descartadas após várias horas. "Uma luzinha começa a brilhar e depois apaga", lamentou María Morales.
A Base Naval de Mar del Plata, cidade portuária e maior balneário da Argentina, se transformou no epicentro da agoniante espera dos familiares. Cartas, bandeiras com mensagens e cartazes são vistos na cerca que rodeia a base, com vista para o mar, para onde os familiares rezam que o submarino volte.
"Isso é terrível, é o mesmo que aconteceu com aquele submarino russo, ou o que houve com os chilenos na mina, é como um naufrágio", declarou à AFP Norberto Rodríguez, morador de Mar del Plata que se aproximou em solidariedade.
Pelo menos 12 aviões e 16 navios de Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Brasil, Chile, Peru, Colômbia e Uruguai se somaram à operação de busca e resgate lançada na quinta-feira passada.
Os trabalhadores do estaleiro Tandanor, a cargo do conserto do "ARA San Juan" entre 2007 e 2014, gravaram uma carta de alento aos tripulantes, entre eles Eliana Krawczyk, de 35 anos, a primeira oficial submarinista da América do Sul e vários pais de família. (Com agências internacionais)

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Ajuda internacional


Publicado Em 22/11

O submarino argentino ARA San Juan está desaparecido desde o dia 14, com 44 tripulantes. O comandante de Operações Aeroespaciais (COMAE), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino, explicou que a Força Aérea Brasileira ajuda na busca com as aeronaves SC105 e P3, essa última aeronave especial para a busca de submarinos.

PORTAL R7


Estado de São Paulo registra mais da metade da queda de balões em 2017

Guarulhos, São Paulo e Campinas acumulam 75% dos casos do Estado

Ana Beatriz Azevedo Carla Balta E Stéphanie Nascim Publicado Em 21/11 - 16h23

O Estado de São Paulo registrou, em 2017, 359 notificações sobre quedas de balões. O número representa 52% dos incidentes do tipo notificados no País. Segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes aéreos), foram 678 casos no total.
Junho, mês de festas juninas, lidera o ranking de ocorrências, com 87 quedas.
O levantamento aponta que o segundo mês em que mais casos foram registrados foi setembro, com 64 casos, seguido por julho, com 48 casos.
O balão que fechou o aeroporto do Campo de Marte na manhã da última quarta-feira (15) e caiu no telhado de uma residência na rua Tucuna, 132, em Perdizes, é o 87°balão cuja queda foi registrada pelo Cenipa na capital paulista em 2017.
Segundo a Infraero, o aeroporto ficou fechado para pousos e decolagens das 7h35 às 7h51 e às 7h52 houve a inversão de cabeceira da pista e o aeroporto foi reaberto. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma equipe foi direcionada para a rua Tucuna para conter um princípio de incêndio, que foi controlado rapidamente.
Segundo levantamento feito pelo R7 baseado em dados sobre o risco baloeiro, disponibilizados pelo Cenipa, São Paulo é a segunda cidade do Estado que registrou mais notificações sobre queda de balões, perdendo apenas para Guarulhos que registrou 109 casos em 2017. Em terceiro lugar ficou a cidade de Campinas, com 73 registros.
Em quarto lugar, Bragança paulista registrou 27 casos enquanto Jundiaí 21, ficando com a quinta colocação. A lista continua com Piracicaba, com 12 registros, Adamantina com seis, Rio Claro com quatro e Pirassununga com três casos. Dividindo a décima colocação da lista com dois registros estão São José dos Campos, São Bernardo do Campo, Jaguariúna e Itupeva. E por fim, na décima primeira colocação com um registro em cada cidade estão os municípios de Itanhaém, Guaratinguetá, Jaborandi, Francisco Morato, Gabriel Monteiro, Itu, Itápolis, Ribeirão preto, Presidente Prudente e São Pedro.
*Com a supervisão de Alvaro Magalhães, editor do R7.
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Avião destelha casa no entorno do Aeroporto Internacional de Guarulhos


Publicado Em 21/11 - 10h20

Segundo a Força Aérea Brasileira, nenhuma notificação sobre esse tipo de ocorrência foi feita.
https://noticias.r7.com/sp-no-ar/videos/aviao-destelha-casa-no-entorno-do-aeroporto-internacional-de-guarulhos-21112017


AGÊNCIA REUTERS


Embraer vai testar cargueiro KC-390 nos EUA nas próximas semanas


Natália Scalzaretto Publicado Em 21/11 - 09:57

SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer vai iniciar uma série de testes de seu novo jato de transporte militar KC-390 nas instalações da empresa nos Estados Unidos durante as próximas semanas, em mais um passo para a obtenção da certificação do cargueiro, informou a companhia brasileira nesta terça-feira.
“Durante as próximas duas a três semanas, a aeronave realizará testes nos sistemas de aviônicos, de medição de ruído externo e operações com vento cruzado”, disse a Embraer, em nota.
A aeronave, que é a maior já construída no Brasil e tem entrega prevista para 2018, passou por um incidente que afetou partes de sua carenagem externa durante testes de voo no interior de São Paulo em outubro. Na ocasião, a Embraer informou que, apesar do problema, “todos os sistemas da aeronave se comportaram conforme o esperado durante todo o voo.”
No novo anúncio, a companhia manteve previsão de que a aeronave seja certificada dentro do cronograma esperado.
“Estamos muito satisfeitos com a maturidade que este produto já alcançou e totalmente confiantes de que sua certificação será alcançada conforme previsto”, disse o presidente da Embraer Defense & Security, Jackson Schneider, em nota.

Embraer antecipa fim de layoff para dezembro


Redação Reuters Publicado Em 21/11 - 17h03

SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de aeronaves Embraer informou nesta terça-feira que decidiu antecipar o fim de um acordo de layoff, que deveria terminar em dezembro de 2018.
“A Embraer notificou ontem (segunda-feira) o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos a antecipação do fim da vigência do acordo de layoff firmado no final de 2016”, afirmou a companhia em resposta a um questionamento da Reuters.
Mais cedo, o sindicato havia afirmado que o layoff acaba já no mês que vem. Pelo acordo firmado em dezembro do ano passado, ao longo de dois anos 1.080 trabalhadores se revezariam fora da fábrica, em São José dos Campos (SP).
Ainda de acordo com o sindicato, deveriam entrar em layoff 600 funcionários da área de aviação comercial e 480 da aviação executiva. Cada grupo (divididos entre 50 e 60 pessoas) deveria permanecer em casa por até cinco meses.
“Com o encerramento do programa, apenas 350 trabalhadores tiveram de fato seus contratos suspensos neste período”, afirmou o sindicato, após a Embraer ter mencionado “necessidade de ter os trabalhadores das respectivas áreas de volta à produção”.
Por Aluísio Alves

Temer admite que reforma da Previdência não será "muito ampla", mas visa "sobreviver" nos próximos anos


Por Ricardo Brito Publicado Em 21/11 - 13h42

BRASÍLIA (Reuters) - Um dia antes da provável apresentação da nova versão da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que o novo texto não será “muito amplo”, mas terá como objetivo “sobreviver” nos próximos anos e evitar que o Brasil passe pelo mesmo clima de países da Europa que adiaram as mudanças na concessão de benefícios e depois tiveram de cortá-los.
“Nós estamos fazendo uma reforma que vai causar vantagens para a Previdência Social, mas ela não é muito ampla. Nós temos o limite de gastos e vamos equiparar o sistema público ao privado”, disse Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto de lançamento de um pacote de ações digitais a fim de melhorar o atendimento e a qualificação dos trabalhadores, o Emprega Brasil.
Para Temer, é preciso fazer isso para sobreviver e permitir a continuidade no pagamento das pensões. Ele citou que, na Europa, países que não fizeram mudanças na previdência tiveram de posteriormente cortar o pagamento de 40 por cento das aposentadorias e dos vencimentos dos funcionários públicos, situação que ele classificou de “um drama brutal”.
O presidente disse que a reforma não vai causar “prejuízo para ninguém” e destacou que está trabalhando juntamente com o Congresso e a sociedade para fazer esse esclarecimento público, o que não é uma publicidade. Ele citou que vai haver peças na televisão e nos jornais que vão falar sobre as mudanças.
“Trata-se de esclarecimento porque as manifestações equivocadas em relação à Previdência Social têm sido muito amplas e volto a dizer equivocadas”, criticou.
ENTROSAMENTO
No discurso, o presidente destacou o “entrosamento” que tem com o Congresso Nacional, que foi capaz de levar as medidas adiante. Ele disse que tem atuado para fazer um trabalho harmônico, com o apoio dos “nossos” líderes do Congresso. “A primeira palavra quando assumimos era diálogo, o que antes não existia”, disse ele, numa referência indireta ao governo da petista Dilma Rousseff, de quem era vice-presidente.
Temer disse que a cerimônia no Planalto era para tratar da maior prioridade do governo, que é a geração de empregos. Ele citou os mais recentes números do Caged que apontou, mais uma vez, um saldo positivo na criação de empregos formais e destacou ainda que o governo trabalha, com as medidas tomadas, para colocar o Brasil no século XXI.
“Tínhamos que sair de uma recessão muito preocupante, levamos 6, 7 meses para sair da recessão e logo em seguida começamos a produzir dados positivos”, afirmou.
Num momento em que precisa de apoio do Congresso para aprovar a reforma da Previdência, o presidente disse que o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, deputado federal licenciado pelo PTB, tem feito um “trabalho excelente”, assim como “naturalmente” os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, o da Secretaria de Governo, o tucano Antonio Imbassahy, e o “ministério todo”. Imbassahy sentou-se no palco da cerimônia e vários deputados prestigiaram o encontro.
Nos últimos dias, Temer tem feito uma série de gestos em favor de Imbassahy, mesmo às vésperas do provável desembarque do PSDB do governo e no momento em que peemedebistas pressionam para ocupar o cargo da Secretaria de Governo na reforma ministerial “pontual” para tentar aprovar a versão enxuta da Previdência na Câmara este ano.
O presidente disse ter uma “honra extraordinária” de presidir o país, tendo um ministério desta “jaez” e amparado pelo Congresso. Ele afirmou que sempre busca a harmonia entre os Poderes e, quando isso não ocorre, gera uma “inconstitucionalidade”.
REVOLUCIONÁRIA
Antes de Temer, o ministro do Trabalho classificou de “revolucionária” a plataforma de prestação de serviços na área de emprego.
Segundo ele, são quatro ações complementares. O primeiro deles é o Sine Fácil, aplicativo de busca de empregos. O segundo ponto é a carteira de trabalho digital, que tem potencial para abranger 70 milhões de pessoas. Há ainda o seguro-desemprego que vai funcionar como uma espécie de papa-filas, para reduzir os custos e o tempo para a requisição do benefício. Por último, há a Escola do Trabalhador que deverá fornecer cursos para ajudar o trabalhador com o potencial de atingir 6 milhões de pessoas.
“Menos burocracia, mais agilidade e mais eficiência”, resumiu Nogueira sobre o pacote.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho, também elogiou o pacote digital e as recém-aprovadas mudanças na legislação trabalhista.
“Hoje nós temos todo um instrumental jurídico e tecnológico para que o trabalhador brasileiro consiga rapidamente ser empregado”, disse o presidente do TST. “Entendo que estamos dando passos seguros para a modernidade das relações trabalhistas no Brasil”, completou.

PORTAL BBC


O que acontece quando desaparece um submarino como o argentino ARA San Juan

As autoridades argentinas continuam com as buscas para tentar localizar o submarino ARA San Juan, que estava em uma missão de treinamento e desapareceu na última quarta com 44 tripulantes a bordo.

Publicado 21/11 - 14h00

A Marinha argentina revelou que, no último contato, o subcomandante afirmou que a embarcação apresentava um curto-circuito no sistema de baterias.
O submarino fazia o trajeto entre o Ushuaia, no sul do país, e a base naval de Mar del Plata, mais ao norte, quando deixou de se comunicar e sumiu dos radares. Segundo a Marinha, a tripulação teria comida e oxigênio para mais dois dias.
O governo argentino conta com a ajuda de vários países para realizar as buscas, incluindo Brasil e Estados Unidos.
Mas quais são principais dificuldades em uma operação para localizar um submarino? A BBC tenta responder a esta e a outras perguntas sobre o tema.
Por que submarinos não podem ser detectados?
Os submarinos são construídos para serem difíceis de se encontrar. O papel deles é participar, com frequência, em operações secretas de vigilância.
Segundo o professor Robert Farley, da Universidade do Kentucky (EUA), é muito difícil rastrear um submarino se ele estiver parado no leito marinho, uma vez que nessas circunstâncias ele não fará nenhum barulho.
"O ruído que seria captado pelo que conhecemos como um sonar passivo é distorcido, e se parece como do fundo do mar", conta ele, que é especialista em questões de segurança e assuntos marítimos.
Como os submarinos podem ser achados?
Existem algumas formas de o capitão ou a tripulação tornarem sua localização conhecida em caso de dificuldades.
Esses métodos incluem enviar chamadas com sinalização para bases navais ou navios aliados ou soltar um dispositivo que flutua até a superfície, mas continua ligado ao submarino.
ImagemQuanto tempo sobrevive uma tripulação?
O número de dias que uma tripulação pode sobreviver depende de quanto tempo eles têm desempenhado funções debaixo d"água e quão bem preparados estão para ficar sem energia.
"Se as baterias estiverem carregadas e o ar renovado", diz Farley, "então o cenário é esperançoso".
No caso do ARA San Juan, ele explica: "O alcance externo parece ser de dez dias, se eles estiverem bem preparados".
Como a tripulação é treinada para isso?
Um dos treinos mais importantes para tripulantes presos debaixo d"água é diminuir a respiração para conservar o oxigênio.
Farley diz, porém, que isso é algo muito difícil de treinar as pessoas a fazerem.
"Eu imagino que eles seriam aconselhados a reduzir as atividades e a falarem menos para poupar oxigênio."
As condições, provavelmente de frio e umidade, podem ter um impacto ruim no ânimo da tripulação, mas o pessoal a bordo costuma ser bem treinado e disciplinado.
Eles provavelmente estabelecerão uma rotina para ficarem o mais confortável possível enquanto diminuem seus movimentos e dão suporte uns aos outros, aguardando o resgate.
O que pode ter dado errado?
Isso permanece pouco claro no caso do submarino desaparecido ARA San Juan. Mas, diz Farley, é possível que uma falha elétrica possa ter ocorrido, diante dos relatos de curto-circuito no sistema de baterias.
Essa avaria mecânica pode desligar tanto os motores quanto o sistema de comunicação, explica.
Existe um plano para esses incidentes?
No caso de uma embarcação submergir por falhas mecânicas, alguns procedimentos podem ser implementados para ajudá-la a emergir.
Para controlar a flutuação, o combustível ou os tanques de lastro - que podem adicionar peso - podem ser esvaziados e usados para levantar o submarino.
Nesses casos, o diesel ou o lastro são liberados, esvaziando os tanques e os compartimentos, que então são preenchidos com ar.
Submarinos também têm pequenos hidroplanos, asas que são ajustadas para permitir que a água viaje em diferentes direções enquanto a embarcação move sua popa para cima ou para baixo, para facilitar seu movimento.
Quais são os maiores riscos?
Com a possível escassez de oxigênio e o aumento de gás carbônico, a asfixia é o risco número um.
O oxigênio pode ser fornecido por cilindros ou por geradores, que promovem um processo chamado eletrólise, que separa da água as moléculas de oxigênio e hidrogênio. No entanto, a falta de energia impediria esse processo.
Existem outros perigos que também podem surgir. O professor Farley aponta que, se um compartimento dentro de um submarino parado debaixo d"água é inundado, isso pode levar a incêndios, por exemplo, já que o ar vai ficando comprimido.

AGÊNCIA BRASIL


Conselho Nacional de Justiça e Exército firmam acordo para destruição de armas


Publicado Em 21/11 - 14h45

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, e o comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, firmaram hoje (21) acordo de cooperação técnica com o objetivo de destruição, por parte da Força Terrestre, de todo armamento apreendido pelo Poder Judiciário. O acordo abrange todo armamento em depósito na Justiça que sejam considerados desnecessários pelos magistrados para a continuidade e instrução dos respectivos processos.
De acordo com o Exército, nas cláusulas do acordo, que tem validade de um ano, o Conselho Nacional de Justiça e o Comando do Exército comprometem-se a adotar medidas que tornem os processos de destruição e doação de armas de fogo mais céleres. A parceria não envolve transferência de recursos financeiros, cabendo, às partes, os custos das medidas que forem adotadas durante sua execução.
Até outubro do corrente ano, já foram destruídas, pelo Exército, cerca de 170 mil armas de fogo em todo o território nacional, e foram doados em torno de 15 fuzis aos órgãos de segurança pública do Estado de São Paulo, por decisão judicial, de acordo com os dados disponibilizados pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (DFPC). Com o acordo firmado, segundo avaliação do Exército, a tendência é que esses números aumentem.
Atualmente, os fatores que impedem maior aproveitamento das armas apreendidas para doação aos órgãos de segurança pública estão relacionados às precárias condições de conservação, que comprometem a segurança na utilização dessas armas; bem como a logística desfavorável, em consequência das características técnicas da arma, que não fazem parte da dotação das instituições, o que ocasionaria transtorno para a aquisição de munições e peças de reposição.
*Com informações da Agência Verde-Oliva 

AGÊNCIA CÂMARA


Adiada audiência sobre operação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação


Da Redação – Mo Publicado Em 21/11 - 16h34

Foi adiada para o próximo dia 29 de novembro a audiência pública que a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados realizaria nesta quarta-feira (22) para debater a operação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação.
Lançado pelo governo em maio deste ano, o satélite será utilizado pela Telebras para ampliar a oferta de banda larga em localidades mais distantes do Brasil; e pelo Ministério da Defesa para expandir a capacidade operacional das Forças Armadas.
O debate está marcado para ocorrer no plenário 3, a partir das 9h30.

PORTAL SPUTNIK BRASIL


Brasil ainda mantém fôlego na exportação de equipamentos militares

“O Brasil tem longa tradição na exportação de equipamentos militares. A tradição não se perdeu, o que se perdeu foi um pouco da capacidade empresarial.” A afirmação é de Roberto Godoy, jornalista especializado em assuntos militares que analisou com exclusividade para a Sputnik Brasil as possibilidades de exportação dessa indústria nos dias de hoje.

Publicado Em 21/11 - 17h36

A Comissão de Relações Exteriores do Senado promoveu um ciclo de debates sobre o papel do Brasil na nova ordem internacional e, dentro do tema, debateu com especialistas as oportunidades de negócio com a venda de material militar para diversos países. Esse é um mercado que não para de crescer. No ano passado, os países gastaram R$ 1,7 trilhão em defesa, com o Brasil respondendo por 1,4% desse total.
Godoy lembra que quando se fala em exportação de equipamento militar isso não significa apenas armamento, mas tecnologias e até hospitais de campanha, item que o Brasil exportava regularmente até há alguns anos. Eram unidades modulares, que serviam não só em operações militares como também humanitárias em atendimento a populações atingidas por desastres naturais.
Para o especialista, ainda hoje o mercado mais promissor para o Brasil é o Oriente Médio, no segmento de armas militares e pesadas. No segmento de armas leves, o melhor mercado continua sendo o dos Estados Unidos, o maior comprador de armas leves do Brasil, apesar do grande número de fabricantes locais e da qualidade dos produtos, isso sem falar na importação de vários países. “É muito fácil você se transformar em colecionador (lá). Basta ter dinheiro. O sujeito tem um fuzil feito na China e a arma pessoal dele, escondida debaixo do sofá, veio da Itália”, ironiza.
O Brasil tem grandes nomes nessa indústria atuando já há algum tempo, como a Embraer, Taurus, Imbel, Avibras, entre outras. Rangel lembra que na esteira dessa onda surgiu a Avibras, que se colocou no mercado com um catálogo de bombas de múltiplo emprego e foguetes, como os ar-terra, um pouco menores que os convencionais, disparados a partir das asas de aviões. No começo dos anos 80, lançou o Astros 2 e que até hoje é considerado um dos melhores do mundo. Hoje o modelo está na sexta geração. O grande atrativo é que ao contrário dos concorrentes, que usam um único tipo de foguete, o Astros é capaz de disparar pelo menos três tipos com alcance variando de 10 a 100 quilômetros com calibres diferentes.
"O que o Brasil precisa é ter uma política industrial de defesa muito bem definida e uma política de exportação e de armas em geral, leves, como as produzidas pela Taurus, que podem ser vendidas para colecionadores, caçadores, atiradores de precisão e que são vendidas principalmente para as polícias. O sucesso delas é tão grande que a Taurus mantém uma fábrica na Flórida (EUA) para atender aos pedidos americanos", diz Godoy, observando que a empresa está enfrentando no Brasil um problema sério: diversos lotes vendidos para policiais estaduais, como a de São Paulo, por exemplo, vêm apresentando defeitos graves, como disparos acidentais.
Na visão de Godoy, o governo tem que evitar os erros que vitimaram muitas empresas do setor nos anos 90, quando também o processo de redemocratização do país implicou mudanças também nessa área. Além de uma política sólida, na visão do especialista, é necessária a criação de uma legislação que garanta critérios éticos bastante rígidos.


PORTAL DEFESANET


Governo Temer - Conquistas Diplomáticas

A gestão do Chanceler Alysio Nunes tem sido profícua e recupera espaço perdido pelo Itamaraty no pasado

Publicado Em 21/11 - 02:00

Brasília — A atuação do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e do presidente da República em fóruns internacionais foi extremamente positiva em termos de obter financiamentos e tecnologia para o país. Apenas na 9ª Reunião de Cúpula do BRICS — bloco que inclui, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, realizada em Xiamen, acordou-se investimentos na casa dos US$ 35 bilhões para obras de infraestrutura. A imprensa, mais preocupada com as denúncias de Rodrigo Janot, deixou passar em branco o sucesso econômico da visita.
Não foi a primeira vez. Em julho, o Brasil firmou outro acordo importante durante o Encontro de Coordenação da Cooperação Espacial do BRICS, em que ficou acertada a integração das constelações de satélites dos cinco países do bloco. O impacto desta medida na proteção do meio ambiente e no combate ao crime transnacional pode ser facilmente medido pelo uso de imagens do satélite ALOS 1, da Agência Espacial Japonesa, entre 2008 e 2010.
Desmatamento
Empregando varredura radar, extremamente efetiva sobre a Amazônia, o ALOS 1 permitiu detectar o avanço do desmatamento na região. Os sistemas óticos, como o CBERS sino-brasileiro, não davam a exata dimensão do problema por não atravessarem a copa das árvores. Com o uso da Banda L, a estimativa da agressão humana sobre a floresta foi devidamente medida. Logo no início da cooperação, ajudou a detectar 57 novos polígonos de desmatamento, além de 26 polígonos não identificados pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), que empregava imagens óticas, em decorrência da presença de nuvens.
Com a integração das constelações de satélites do BRICS, o Brasil contará, a partir de 2020, com mais de 70 satélites de sensoriamento remoto para controle ambiental, 15 deles com varredura por radar nas bandas L e X. Ou seja, pela primeira vez na história o país terá ferramentas efetivas para impedir atividades criminosas nas áreas de fronteira e para planejar a expansão urbana e agrícola e para prevenir danos à produção agrícola em função de fenômenos naturais, como o El Niño.
Os benefícios não ficaram restritos à área espacial. Durante a visita de trabalho de Michel Temer à Rússia, o presidente Vladimir Putin mostrou interesse em participar do setor nuclear brasileiro e em uma parceria para exploração do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA).
Área nuclear
Além de manifestar o interesse russo em participar das obras de conclusão da Usina Nuclear de Angra 3, a Corporação Estatal de Energia Atômica da Rússia (ROSATOM) ofereceu equipamentos de segurança para o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). A Marinha do Brasil já estabeleceu um cronograma para a montagem e a construção do prédio no Centro Experimental Aramar.
O RMB servirá para testar os equipamentos de propulsão do Almirante Álvaro Alberto, futuro submarino nuclear brasileiro. A ideia, segundo o comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, é que esteja operacional até 2023. Projetado para uso dual (poderá ser empregado na geração de energia para cidades de médio porte), o reator será construído integralmente com tecnologia brasileira para não ferir susceptibilidades dos países que já detém esta tecnologia.
O planejamento energético brasileiro prevê a construção de até 40 reatores similares em todo o território nacional, abrindo a possibilidade de instalação de uma empresa binacional no Brasil para a produção de sistemas de segurança. A Rússia, em função do acidente de Chernobyl, transformou-se em referência no setor e hoje domina o mercado mundial.
Também em Moscou, no encontro com empresários, Temer obteve sondagens interessantes nas área de exploração de rodovias, ferrovias e aeroportos.
Transportes
A Federação Russa possui, ao lado da República Popular da China, a melhor tecnologia de gerenciamento de cargas e de tráfico ferroviário de carga e já colocou na mesa uma proposta no sentido de criar uma estrutura de controle centralizada para as ferrovias. A rede brasileira encontra-se completamente sucateada. Submetida a um processo de privatização desastroso, a malha viária encolheu e perdeu composições. A melhoria se concentrou nos sistemas de transporte urbano de passageiros.
Dois grandes projetos, a Norte-Sul e a Transnordestina, encontram-se parados. A Norte-Sul, inclusive, tem um trecho completo que interliga Anápolis ao Porto de Itaqui, no Maranhão (o melhor do país, com calado de 80 metros), mas, por falta de planejamento, não tem quem opere a linha. Seriam necessárias obras de reparo, mas é necessário lembrar que vários portos-secos já foram instalados ao longo do percurso, o maior deles é o de Anápolis (GO), permitindo a integração com o sistema rodoviário brasileiro.
Com a abertura dos portos à iniciativa privada, acabaram-se os gargalos que atrapalhavam as exportações brasileiras de grãos e produtos agroindustriais. A ampliação do modal ferroviário expandiria enormemente este potencial.
Ao contrário da proposta estadunidense para uso do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a Rússia pretende transferir tecnologia para o Brasil. O país ajudou a revisar o projeto original do VLS, desenvolvendo um estágio, o segundo, a combustível líquido. Por questões econômicas, o Comando da Aeronáutica priorizou o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), que pode ser lançado em 2020. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, que está nos Estados Unidos tentando atrair interesse privado para o CLA, não quer monopólios na base. A exemplo de Kourou, da Agência Espacial Europeia, na Guiana Francesa, pretende ampliar o uso a vários usuários.
Com tantos exemplos de sucesso, fica difícil classificar a diplomacia brasileira atual como um fracasso. Infelizmente, os problemas internos terminaram por minar a imagem do trabalho de Aloysio Nunes como chanceler.

OUTRAS MÍDIAS


JORNAL DA USP


Publicado Em 21/11

Fim do narcotráfico pelas FARC preocupa segurança brasileira

Afastamento das antigas forças do tráfico de droga gera interesse de facções nacionais no controle da atividade
Por Redação
Abandonando um passado de sequestros, crimes e narcotráfico, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, populares FARC, após um acordo de paz, tornaram-se um partido político — a Força Alternativa Revolucionária do Comum.
O que era para ser uma ótima notícia aos sul-americanos virou um potencial problema às autoridades brasileiras de segurança. Segundo investigações, facções criminosas que atuam nos presídios nacionais estão interessadas na produção e controle do tráfico de cocaína na América do Sul.
Sobre a possível ameaça, a Rádio USP conversou com o professor Gabriel Feltran, do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos e coordenador científico do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) da USP.




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