NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 06/07/2017 / Primeiro satélite brasileiro inicia operações e fica sob responsabilidade da FAB
Primeiro satélite brasileiro inicia operações e fica sob responsabilidade da FAB ...
O Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília (DF), deu início ontem (5) às operações do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD). A partir de agora, a operação e o monitoramento do satélite estão sob responsabilidade da Força Aérea Brasileira (FAB), que vai trabalhar em conjunto com o Exército e a Marinha. O início das operações foram classificados pela FAB como “um dia histórico para o campo da Defesa do país”.
O equipamento, colocado em órbita em maio de 2017 ao custo de R$ 2,8 bilhões, permitirá a segurança das comunicações do governo e das Forças Armadas e, a curto prazo, a ampliação da oferta do serviço de banda larga aos mais distantes rincões do país.
A ação, segundo a FAB, marcou o primeiro enlace da Operação Ostium – feito nas regiões Norte e Centro-Oeste e que irá reforçar a vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. O evento de inauguração das transmissões do satélite, por videoconferência, foi feito em Vilhena (RO) e no centro de comando do SGDC, em Brasília, pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, pelo comandante do Comae, brigadeiro Gerson Nogueira Machado de Oliveira, entre outras autoridades.
O satélite
Lançado no dia 4 de maio, a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o satélite passou por uma fase de ajustes e testes orbitais sob a coordenação de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e de engenheiros da fabricante do SGDC, a empresa francesa Thales Alenia Space.
“Os testes foram muito bem realizados e avaliados. Concluído o período de testes, com o satélite em plenas condições de uso, no dia 30 de junho, o SGDC recebeu a carga útil da Banda X, que vai garantir mais segurança nas comunicações militares e ampliar a capacidade operacional da Forças Armadas”, disse o vice-chefe do Centro de Operações Espaciais, coronel Sidney César Coelgo Alves.
O chefe do Estado-Maior Conjunto, brigadeiro Ricardo Cesar Mangrich, disse que a FAB assumir o controle do satélite é um orgulho para a Força Aérea. “Agora, efetivamente estamos operando no espaço. Então, com o satélite sob nosso controle, tanto a operação da carga útil como a operação do próprio satélite. Realmente demos um passo adiante. Saímos da era do ar e fomos para a era do espaço a partir da operação do SGDC”.
Videoconferência
Por videoconferência, Jungmann disse que este é um momento histórico para o país e ressaltou a importância do satélite para a defesa e a soberania do Brasil.
“Nós estamos operando um satélite que é o primeiro sob total controle do Brasil, devidamente criptografado sob nosso controle. Não é apenas um projeto militar, de soberania e defesa nacional, mas, evidentemente, significa um grande passo para a nossa autonomia, nossa independência em termos de meios estrangeiros para procedermos as nossas comunicações”, disse o ministro.
“Nós estamos operando um satélite que é o primeiro sob total controle do Brasil, devidamente criptografado sob nosso controle. Não é apenas um projeto militar, de soberania e defesa nacional, mas, evidentemente, significa um grande passo para a nossa autonomia, nossa independência em termos de meios estrangeiros para procedermos as nossas comunicações”, disse o ministro.
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Primeiro satélite brasileiro inicia operações e fica sob responsabilidade da FAB
O Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília (DF), deu início hoje (5) às operações do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD). A partir de agora, a operação e o monitoramento do satélite estão sob responsabilidade da Força Aérea Brasileira (FAB), que vai trabalhar em conjunto com o Exército e a Marinha. O início das operações foram classificados pela FAB como “um dia histórico para o campo da Defesa do país”.
O equipamento, colocado em órbita em maio de 2017 ao custo de R$ 2,8 bilhões, permitirá a segurança das comunicações do governo e das Forças Armadas e, a curto prazo, a ampliação da oferta do serviço de banda larga aos mais distantes rincões do país.
A ação, segundo a FAB, marcou o primeiro enlace da Operação Ostium – feito nas regiões Norte e Centro-Oeste e que irá reforçar a vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. O evento de inauguração das transmissões do satélite, por videoconferência, foi feito em Vilhena (RO) e no centro de comando do SGDC, em Brasília, pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, pelo comandante do Comae, brigadeiro Gerson Nogueira Machado de Oliveira, entre outras autoridades.
O satélite
Lançado no dia 4 de maio, a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o satélite passou por uma fase de ajustes e testes orbitais sob a coordenação de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e de engenheiros da fabricante do SGDC, a empresa francesa Thales Alenia Space.
“Os testes foram muito bem realizados e avaliados. Concluído o período de testes, com o satélite em plenas condições de uso, no dia 30 de junho, o SGDC recebeu a carga útil da Banda X, que vai garantir mais segurança nas comunicações militares e ampliar a capacidade operacional da Forças Armadas”, disse o vice-chefe do Centro de Operações Espaciais, coronel Sidney César Coelgo Alves.
O chefe do Estado-Maior Conjunto, brigadeiro Ricardo Cesar Mangrich, disse que a FAB assumir o controle do satélite é um orgulho para a Força Aérea. “Agora, efetivamente estamos operando no espaço. Então, com o satélite sob nosso controle, tanto a operação da carga útil como a operação do próprio satélite. Realmente demos um passo adiante. Saímos da era do ar e fomos para a era do espaço a partir da operação do SGDC”.
Videoconferência
Por videoconferência, Jungmann disse que este é um momento histórico para o país e ressaltou a importância do satélite para a defesa e a soberania do Brasil. “Nós estamos operando um satélite que é o primeiro sob total controle do Brasil, devidamente criptografado sob nosso controle. Não é apenas um projeto militar, de soberania e defesa nacional, mas, evidentemente, significa um grande passo para a nossa autonomia, nossa independência em termos de meios estrangeiros para procedermos as nossas comunicações”, disse o ministro.
Corpos de servidores do Ibama vítimas de queda de avião em Roraima são trasladados ao ES e SC
Avião da FAB decolou de Boa Vista às 15h20. Servidores são duas das quatro vítimas de acidente aéreo que ocorreu na segunda-feira (3).
Os corpos de Alexandre Rochsinki e Olavo Perim Galvão, servidores do Ibama vítimas da queda de um avião monomotor fretado pelo Exército, foram trasladados de Boa Vista na tarde desta quarta-feira (5) em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
A aeronave C-105 Amazonas da FAB decolou de Boa Vista às 15h20 com os corpos dos servidores que morreram carbonizados após a queda do avião. A primeira escala do voo que deve durar 10h será no Espírito Santo e a segunda em Santa Catarina.
De acordo com a FAB, o corpo de Olavo Perim Galvão será levado a Vitória (ES), cidade onde ele morava, e o de Alexandre Rochsinki a Florianópolis (SC), município de origem do servidor.
Os corpos dos dois foram liberados do Instituto Médico Legal (IML) na noite de terça (5). O coordenador-geral de fiscalização do Ibama, Renê Luiz de Oliveira, por meio de uma procuração, foi quem fez o procedimento.
Sobrevivente
O analista ambiental do Ibama Lazlo Macedo de Carvalho, de 44 anos, único sobrevivente da queda do monomotor fretado pelo Exército no interior de Roraima, foi transferido de Boa Vista para o Rio de Janeiro na tarde desta terça (4) em um avião com UTI aérea da Força Aérea Brasileira (FAB).
Ele teve metade do corpo queimado e estava internado em coma induzido no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista. Ele foi transferido após ter o quadro clínico estável. Uma equipe composta por médicos e enfermeiros acompanharam o servidor durante a viagem.
Acidente aéreo
O acidente aéreo com o monomotor modelo Cessna prefixo PR-MFR de propriedade da Paramazônia Táxi Aéro fretado pelo Exércio Brasileiro ocorreu por volta das 11h15 de segunda. Na aeronave estavam, além do piloto, os quatro servidores do Ibama.
A aeronave caiu logo após decolar na pista da empresa e pegou fogo, segundo a Defesa Civil do estado. O avião foi encontrado a cerca de 100 metros da cabeceira da pista que fica no Cantá, município vizinho a capital Boa Vista.
Os ocupantes da aeronave estavam trabalhando na missão do Exército Curare VIII e iriam viajar para a Terra Indígena Yanomami. A ação do exército, coordenada pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva, é de combate a garimpos ilegais e crimes cometidos nas fronteiras do estado.
Em nota divulgada na noite de segunda, a assessoria do Ibama lamentou as mortes e disse que a instituição está de luto.
O diretor da Paramazônia Táxi Aéreo, Arthur Neto, divulgou nota na qual lamentou o acidente e disse que a aeronave estava com todas as suas revisões, itens de segurança e manutenções em dia.
MPF investiga empresa
O MPF informou na noite desta terça (4) que abriu procedimento investigatório para apurar as circunstâncias dos dois acidentes envolvendo aeronaves da empresa Paramazônia Táxi Aéreo Ltda.
Em 20 dias dois aviões da Paramazônica caíram em Roraima. O primeiro foi dia 14 de junho, quando o monomotor pilotado por Elcides Rodrigues Pereira, de 64 anos, o Peninha, deu pane ele teve de fazer um pouso forçado no rio em meio a selva amazônica. Ele morreu após o dono da própria empresa tentar resgatá-lo.
O segundo foi o dessa segunda (3), quando o monomotor caiu logo após a decolagem.
Câmera registrou queda de helicóptero que matou noiva, e vídeo é usado em investigação
Acidente chocou o país em dezembro de 2016. Morreram noiva, irmão, piloto e fotógrafa. Advogado das vítimas diz que vídeo, encontrado por irmão da noiva, mostra "erro crasso do piloto". Dona do helicóptero foi procurada pelo G1 e disse que não iria se pronunciar.
Tahiane Stochero
Um vídeo inédito achado pelo irmão da noiva quatro dias após a queda do helicóptero em que ela estava, em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo, mostra o interior do helicóptero que levava a noiva Rosemeire Nascimento da Silva ao seu casamento. Os quatro ocupantes morreram no um acidente que chocou o país em dezembro de 2016.
O vídeo, que mostra o voo desde o início até a queda, já está sendo usado na investigação da Polícia Civil e da Aeronáutica. Para o advogado que representa os parentes dos mortos, as imagens apontam "erros crassos" do piloto. A empresa proprietária do helicóptero informou que não vai se manifestar. Abaixo nesta reportagem, leia o que dizem os advogados.
Os vídeos desta reportagem contêm trechos do acidente. ATENÇÃO: as imagens são fortes.
O G1 mostrou as imagens para um especialista independente. Segundo o coronel da reserva da Aeronáutica Luís Lupoli, as imagens mostram possíveis erros cometidos pelo piloto Peterson Pinheiro nos momentos finais do voo (leia mais sobre a análise do especialista abaixo).
Além da noiva e do comandante, também estavam a bordo da aeronave o irmão de Rosemeire, Silvano Nascimento da Silva, e a fotógrafa Nayla Cristina Neves Lousada, que estava grávida de seis meses.
A câmera era levada pela fotógrafa e foi encontrada quatro dias depois por um irmão da noiva, que procurava pertences pessoais da família que teriam se perdido no local da tragédia. O equipamento foi entregue às autoridades dias depois.
O vídeo mostra o momento da decolagem, ocorrida no hangar da empresa proprietária do helicóptero, em Osasco, na Grande São Paulo, com sol e tempo aberto. Eram 16h de 4 de dezembro de 2016 e Rosemeire faria uma surpresa ao noivo, Udirley Damasceno, chegando voando ao buffet onde o casamento seria realizado.
Após 21 minutos de voo, o tempo fecha e há muita neblina. Pelo vídeo, é possível perceber que, nos quatro minutos e 45 segundos seguintes, o piloto enfrenta dificuldades para encontrar o local onde seria celebrado o casamento, o buffet de festas Recanto Beija-Flor, alugado pela família, e também para manter a aeronave estabilizada.
A pedido do G1, o coronel da reserva da Aeronáutica Luís Lupoli, que foi investigador no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), assistiu ao vídeo da câmera da fotógrafa.
O perito Luís Lupoli diz:
Em meio à neblina e às nuvens, o piloto altera o controle da aeronave, tentando manter a operação visual, mesmo estando em condições de voo e de operação por instrumentos, desorientando-se.
Na avaliação do perito, o piloto errou quando decidiu seguir voo a partir deste momento, apesar de o tempo ter fechado rapidamente.
Para o militar, as imagens mostram que o piloto estava desorientado espacialmente.
Os registros do painel, em especial os equipamentos de horizonte artificial (uma linha azul, em 180 graus, que mostra se a aeronave está alinhada junto ao horizonte) e velocímetro, apontam que a aeronave virou várias vezes na diagonal, curvando-se acentuadamente para os dois lados e perdendo velocidade antes da queda.
Na avaliação do perito, o piloto errou quando decidiu seguir voo a partir deste momento, apesar de o tempo ter fechado rapidamente.
Para o militar, as imagens mostram que o piloto estava desorientado espacialmente.
Os registros do painel, em especial os equipamentos de horizonte artificial (uma linha azul, em 180 graus, que mostra se a aeronave está alinhada junto ao horizonte) e velocímetro, apontam que a aeronave virou várias vezes na diagonal, curvando-se acentuadamente para os dois lados e perdendo velocidade antes da queda.
Após analisar as imagens, o coronel Lupoli entende que é possível que o piloto não tivesse conhecimento para operar o helicóptero, um Robinson R44 Raven II, prefixo PR-TUN, em condições por instrumentos, pois realiza movimentos bruscos para tentar estabilizar a aeronave.
A aeronave que caiu só poderia ser utilizada, conforme seu registro oficial, para operações em condições visuais, em que o piloto usa referências visuais de solo, horizonte e tempo, e não apenas os instrumentos a bordo.
O que o piloto poderia fazer
O acidente ocorre nos 15 últimos segundos do vídeo, quando o helicóptero está quase tocando o solo à direita e o piloto, na tentativa de impedir a colisão, movimenta bruscamente, novamente, o manche para a esquerda.
“O certo seria subir para a altitude mínima de segurança da região que sobrevoava e ir para um aeródromo que operasse por instrumentos para realizar o pouso, ou até mesmo voltar para uma região que conseguisse operar em condições visuais”, aponta o oficial. “O piloto foi diminuindo a velocidade para tentar continuar o voo naquelas condições [de tempo fechado, neblina e chuva fraca]. Ele estava em condições de voo por instrumentos e, aparentemente, se desorientou ao tentar operar em condições visuais. Ele joga muito (a aeronave) para um lado e para o outro”, explica o coronel.
“Ele perdeu a orientação e o controle da aeronave. Quando ele bate para um lado e para o outro [o manche], com comandos abertos de um lado para o outro, a impressão que temos é que ele tentou corrigir para um lado e acabou perdendo o controle. Em uma situação em que ele começa a brigar muito com o helicóptero para mantê-lo voando, é a hora que ele deveria fazer o pouso”, salienta o ex-investigador, que aponta que o piloto deveria estar sob pressão para realizar o voo.
As imagens mostram ainda que, durante o voo, a fotógrafa Nayla questiona o piloto sobre se ele conhece o local do buffet onde o casamento seria realizado e se está seguindo o GPS para chegar ao local. Peterson Pinheiro responde que conhece a região e sabe como chegar.
Os advogados da família da noiva, de seu irmão e da fotógrafa estão analisando as imagens para entrar com um processo na Justiça contra a empresa Helicopter Charter Service do Brasil (HSC Táxi Aéreo), proprietária do helicóptero, e a Voenext, companhia que intermediou a compra do voo pela noiva. A defesa afirma que pedirá indenização por danos morais, pelas mortes, e danos materiais, pelos gastos do noivo com o casamento que não se realizou.
Para os advogados, o vídeo é prova inequívoca de erros do piloto na condução da aeronave. “As imagens mostram o desespero dos passageiros e o erro crasso do piloto. Ninguém está querendo tripudiar o erro do piloto, mas é possível ver que ele fica puxando os instrumentos e o manche sem perceber o perigo. Ele está dando cambalhotas e não sabia disso, ele não tinha ideia do que estava fazendo”, aponta o advogado das famílias, Fernando Henrique dos Reis, integrante da banca Josmeyr Oliveira Advogados.
“Iremos pontuar no processo que a empresa Voenext funciona como intermediadora e não tem autorização para fazer voos de traslados e de táxi aéreo, assim como a HCS, pois o helicóptero era registrado para uso privado. Isso só agrava mais a responsabilidade das empresas, que não poderiam efetuar este tipo de serviço. Além disso, o piloto era funcionário da HCS, há responsabilidade da empresa pelo serviço dos funcionários”, afirma o advogado.
Procurada pelo G1, a empresa proprietária do helicóptero, a HCS, informou que não iria se manifestar sobre a investigação. Já a companhia que intermediou o voo, a Voenext, disse que não cabe a ela analisar questões técnicas, que mostrou solidariedade e se colocou à disposição da famílias (leia mais abaixo sobre o posicionamento das empresas).
Tanto a empresa dona do helicóptero quanto a que intermediou o voo são investigadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), já que a aeronave estava registrada apenas para serviço aéreo privado e não poderia ser utilizada para táxi-aéreo ou serviço remunerado.
A câmera foi encontrada pelo familiar após a Polícia Técnico Científica e a Aeronáutica já terem feito perícia no local. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ainda aguarda resultado de laudos para concluir sua investigação. O inquérito da Polícia Civil está sob sigilo de Justiça e também aguarda documentos e análises para ser finalizado.
O casamento
Rosemeire, que tinha 32 anos, iria fazer uma surpresa para o noivo, que a esperava no altar e não sabia que ela iria chegar voando ao buffet alugado pela família. O helicóptero caiu na Estrada da Barrinha, uma região de mata fechada próxima à Rodovia Régis Bittencourt, em 4 de dezembro de 2016. O percurso da base da empresa HCS, em Osasco, até o buffet, duraria 25 minutos e foi praticamente este o tempo até a queda.
Para realizar o sonho de chegar de helicóptero ao buffet no meio da serra, a noiva pagou R$ 1.800 em duas prestações, de R$ 1.200 e mais R$ 600, escondido do futuro marido. Segundo os advogados da família, R$ 200 deste montante foram repassados pela empresa para a HCS. “Ela dizia assim: ‘Na segunda-feira, todo mundo vai falar que sou rica’”, relembra Helaine Alves, a viúva de Silvano. Foi Helaine quem fez todos os preparativos para o voo e ajudou Rosemeire a preparação a celebração para cerca de 300 convidados.
A pequena câmera que gravou todo o voo era levada pela fotógrafa Nayla, que estava sentada na parte da frente da aeronave, à esquerda do piloto. Atrás deles estavam Silvano Silva e sua irmã.
Defesa das empresas e do piloto
Questionada pelo G1 sobre o vídeo e o acidente, a companhia Voenext, que intermediou o contrato do voo, informou, através do seu advogado, Lucas de Assis Loesch, que "não cabe à VoeNext se manifestar sobre questões técnicas ou eventuais falhas cometidas pelo piloto da aeronave. Todas as informações necessárias foram prestadas às autoridades competentes e estamos aguardando o parecer técnico das investigações". O defensor informou ainda que a empresa fez, "desde o primeiro momento, contato com as famílias, colocando à disposição toda a assistência necessária".
Já a empresa HCS, que era proprietária do helicóptero, informou através do escritório Moreira e Martarelli Advogados que não iria se manifestar neste momento sobre o caso, pois "tudo está correndo sob segredo de Justiça e estamos ajudando em tudo o que for possível".
A noiva do piloto, Ivani Queirós, afirmou que “as investigações seguem em ambas as partes” e que aguarda o resultado final das apurações para se posicionar. Já amigos e colegas do piloto Peterson Pinheiro, que inclusive trabalhava como instrutor de voo, afirmaram que ele sempre atuou de forma responsável.
O mecânico de aeronaves Wener Biazoli era amigo havia mais de três anos do piloto Peterson Pinheiro, que tinha 33 anos e era nascido em Suzano, no interior de São Paulo. Biazoli disse ao G1 não acreditar na hipótese de falha humana.
“Eu nunca vi ele cometer nenhum ato brusco como piloto. Todas as vezes que voei com ele em voos de manutenção, sempre achei um piloto prudente e me senti seguro. Ele sempre fez voos padrão. Era um bom profissional, você não vai encontrar nenhum relatório de perigo de alguma ação dele. Como profissional ele era muito bom, reunia todas as qualificações necessárias como piloto”, salientou.
“As condições meteorológicas na hora da decolagem deles eram boas, mas podem ter mudado muito rapidamente durante o percurso. Para mim, aconteceu algo quando ele se preparava para pousar, que é quando a maioria dos acidentes ocorrem. Mas tem que esperar o que a investigação do Cenipa vai dizer. Só eles, com todos os documentos e avaliações, podem apontar o que ocorreu. Não adianta as pessoas agora quererem ficar dando opiniões injustas. Tem que ter cautela”, defendeu Biazoli.
Pressão
O investigador da reserva da Aeronáutica salienta que a investigação do Cenipa, que tem como objetivo prevenir novas tragédias, deve estar buscando o motivo pelo qual o piloto prosseguiu o voo mesmo sabendo que não estava em condições visuais de prosseguir. Um dos fatores que pode estar envolvido é a pressão para cumprir a missão.
“Agora é fácil falar que ele errou e não deveria fazer isso. Mas ele sabia que estava levando uma noiva cujo sonho era chegar ao casamento, com o irmão da noiva a bordo, que ele poderia estragar a festa. Às vezes, até instintivamente, o piloto força até a barra por acreditar na missão. Ele acreditou que podia prosseguir e que logo conseguiria pousar”, disse Lupoli.
“Na verdade ele errou, ele não quis ocasionar o acidente. Ele errou porque, acredito, que ele devia estar sob pressão. Porque ele deveria ter abortado o voo ou realizado um pouso de precaução ou retornado para onde decolou. Ele é um profissional que foi contratado para terminar o voo e a tendência que ele tem para terminar o voo bem e cumprir o que ele tinha comprometido é muito grande”, salienta o investigador da reserva.
IML libera último corpo de vítima de queda de avião em Roraima
Três servidores do Ibama e piloto morreram no acidente aéreo com monomotor na manhã de segunda-feira (3).
O corpo de Sebastião Lima Ferreira Júnior, de 50 anos, foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quarta-feira (5). Ele foi uma das quatro vítimas da queda de um avião monomotor fretado pelo Exército no interior de Roraima, na segunda (3).
Segundo a diretoria interina do IML, Marília Leal, o corpo foi liberado a família para sepultamento por volta das 9h30.
Sebastião Ferreira Júnior era servidor do Ibama em Roraima e participava da operação "Curare VIII", quando o avião monomotor em que estava caiu logo após decolar. Apenas uma pessoa sobreviveu ao acidente.
Ainda segundo Marília Leal, os três servidores e o piloto morreram em razão da carbonização dos corpos. A identificação de todos ocorreu por meio de análise de exames de radiografia.
Estavam na aeronave que caiu na segunda, cinco pessoas. Uma era o piloto Marcos Jardim, e os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Olavo Perim Galvão (Ibama-ES), de 35 anos, Sebastião Lima Ferreira Júnior (Ibama-RR), de 50 anos, e Alexandre Rochsinki (Ibama-SC), de 45 anos.
Os corpos de Olavo e Alexandre foram liberados na noite de terça (3) e serão transferidos do estado até o fim da manhã desta quarta. O corpo do piloto Marcos Jardim foi liberado ainda na segunda.
Sobrevivente
O analista ambiental do Ibama, Lazlo Macedo de Carvalho, de 44 anos, único sobrevivente da queda do monomotor fretado pelo Exército no interior de Roraima, foi transferido de Boa Vista para o Rio de Janeiro na tarde desta terça (4) em um avião com UTI aérea da Força Aérea Brasileira (FAB).
Ele teve metade do corpo queimado e estava internado em coma induzido no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista. Ele foi transferido após ter o quadro clínico estável. Uma equipe composta por médicos e enfermeiros acompanharam o servidor durante a viagem.
Acidente aéreo
O acidente aéreo com o monomotor modelo Cessna prefixo PR-MFR de propriedade da Paramazônia Táxi Aéro fretado pelo Exércio Brasileiro ocorreu por volta das 11h15 de segunda. Na aeronave estavam, além do piloto, os quatro servidores do Ibama.
A aeronave caiu logo após decolar na pista da empresa e pegou fogo, segundo a Defesa Civil do estado. O avião foi encontrado a cerca de 100 metros da cabeceira da pista que fica no Cantá, município vizinho a capital Boa Vista.
Os ocupantes da aeronave estavam trabalhando na missão do Exército Curare VIII e iriam viajar para a Terra Indígena Yanomami. A ação do exército, coordenada pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva, é de combate a garimpos ilegais e crimes cometidos nas fronteiras do estado.
Em nota divulgada na noite de segunda, a assessoria do Ibama lamentou as mortes e disse que a instituição está de luto.
O diretor da Paramazônia Táxi Aéreo, Arthur Neto, divulgou nota na qual lamentou o acidente e disse que a aeronave estava com todas as suas revisões, itens de segurança e manutenções em dia.
MPF investiga empresa
O MPF informou na noite desta terça (4) que abriu procedimento investigatório para apurar as circunstâncias dos dois acidentes envolvendo aeronaves da empresa Paramazônia Táxi Aéreo Ltda.
Em 20 dias dois aviões da Paramazônica caíram em Roraima. O primeiro foi dia 14 de junho, quando o monomotor pilotado por Elcides Rodrigues Pereira, de 64 anos, o Peninha, deu pane ele teve de fazer um pouso forçado no rio em meio a selva amazônica. Ele morreu após o dono da própria empresa tentar resgatá-lo.
O segundo foi o dessa segunda (3), quando o monomotor caiu logo após a decolagem.
Aeronáutica abre concurso para 288 vagas de formação de sargentos
Candidatos devem ter nível médio e idade entre 18 e 24 anos. Curso de formação será em Guaratinguetá (SP).
A Aeronáutica divulgou edital de concurso para o exame de admissão do curso de formação de sargentos para o segundo semestre de 2018 (EA CFS 2/2018). No total, são oferecidas 288 vagas.
As oportunidades são para as especialidades de comunicações, foto inteligência, guarda e segurança, eletricidade e instrumentos, meteorologia, suprimento, informações aeronáuticas, cartografia, desenho, estrutura e pintura, eletromecânica, metalurgia, bombeiro e controle de tráfego aéreo.
Os candidatos devem ter nível médio. Também é necessário não ter menos de 17 anos e nem completar os 25 anos até o dia 31 de dezembro de 2018.
As inscrições estarão abertas de 21 de julho a 14 de agosto pelos sites www.fab.mil.br e www.eear.aer.mil.br. A taxa é de R$ 60.
A seleção será feita por meio de provas escritas, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental.
As provas escritas serão aplicadas no dia 29 de outubro, nas cidades de Belém, Recife, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, São José dos Campos (SP), Campo Grande, Canoas (RS), Santa Maria (RS), Curitiba, Manaus, Porto Velho e Brasília.
O Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica (CFS) é ministrado sob regime de internato militar, na EEAR, em Guaratinguetá (SP), com duração aproximada de dois anos e abrange instruções nos campos geral, militar e técnico-especializado.
Aeronáutica
Inscrições: 21 de julho a 14 de agosto
Vagas: 288
Taxa: R$ 60
Prova: 29 de outubro
Vagas: 288
Taxa: R$ 60
Prova: 29 de outubro
Ministro da Defesa reforça que FAB combata aviões suspeitos: "vai levar tiro"
Durante visita a RO, Jungmann enfatizou que todo o espaço aéreo da fronteira está sendo monitorado. No domingo, Fantástico mostrou caça atirando em avião suspeito.
Eliete Marques
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, ressaltou nesta quarta-feira (5) que a Força Áérea Brasileira (FAB) vai combater qualquer avião suspeito que invadir o espaço aéreo brasileiro. “Nós não admitimos criminosos que queiram trazer drogas e armas às famílias brasileiras. Se não obedecer as ordens da defesa aérea, vai levar tiro de detenção”, frisou Jungmann durante visita em Vilhena (RO).
No último domingo (2), o programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou imagens de um caça da FAB atirando contra um avião suspeito na região de fronteira.
A visita a Rondônia foi feita para ressaltar a Operação Ostium, que foi deflagrada no último mês de março e segue por todo o ano com o objetivo de reforçar a vigilância aérea sobre a região de fronteira e combater voos irregulares.
Segundo o ministro, a operação cobre toda a fronteira brasileira, que vai do Rio Grande do Sul (RS) até o Amapá (AP). Foi observado, através de dados, que a fronteira entre Bolívia e Paraguai é onde mais acontecem voos desconhecidos.
“Nós temos a maior operação da Força Aérea Brasileira desde a Segunda Guerra Mundial. Só nas fronteiras com Bolívia e Paraguai nós temos um efetivo de 800 homens e mulheres mobilizados e temos mais de 30 aeronaves. Entre a fronteira da Bolívia e do Paraguai, desde que a Ostium começou, houve uma queda de 80% dos voos desconhecidos”, enfatizou.
“Nós temos a maior operação da Força Aérea Brasileira desde a Segunda Guerra Mundial. Só nas fronteiras com Bolívia e Paraguai nós temos um efetivo de 800 homens e mulheres mobilizados e temos mais de 30 aeronaves. Entre a fronteira da Bolívia e do Paraguai, desde que a Ostium começou, houve uma queda de 80% dos voos desconhecidos”, enfatizou.
Conforme Jungmann, durante a operação já foram realizadas três apreensões em aviões, entre elas, os mais de 600 quilos de cocaína em Jussara (GO).
“A nossa determinação é de que o criminoso identificado cumpra as ordens e aterrisse. Se não, nós não vamos vacilar e vamos disparar o tiro de detenção”, salienta.
Domínio de satélite
Durante visita em Vilhena, o ministro aproveitou para testar às operações do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD). Conforme a corporação, a partir de agora esse satélite vai ser controlado pela FAB, diretamente de Brasília (DF).
Segundo a FAB, esse controle permite uma comunicação criptografada na vigilância do espaço aéreo do país.
Para fazer o lançamento utilizando a banda X do satélite, o ministro realizou uma videconferência da base de Vilhena com o Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), que fica no DF.
Na ocasião, Raul Jungmann ressaltou que essa mudança é um fato histórico para a comunicação no Brasil.
Abordagem de aeronaves
O ministro explica que os radares estabelecem corredores, que é uma espécie de uma via aérea. Se a aeronave não passa pela via, um Super Tucano sobe imediatamente e entra em contato, mandando que ela desça em um aeroporto pré-determinado.
Caso o piloto não obedeça, é disparado um tiro de advertência para que ele obedeça e siga o Super Tucano.
“Se mesmo assim ele recusar todas as ordens da defesa aérea, e permanecer, ele vai levar tiro de detenção, porque é isso que manda a Lei do Abate, e isso que nós vamos cumprir sem vacilação. Nós não vamos dar mole com criminoso”, conclui.
Tiroteio em centro espírita deixa dois suspeitos mortos e um policial ferido em Piedade
Quadrilha teria invadido o espaço religioso para assaltar, mas militares da Aeronáutica que testemunharam a investida reagiram
Um tiroteio deixou dois mortos e um ferido, na noite desta quarta-feira, em um centro espírita no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. De acordo com a Polícia Militar, cerca de sete homens invadiram o Grupo Espírita Amor ao Próximo GEAP, na Rua Zelindo Marafante, para assaltar por volta das 21h. O espaço religioso, no entanto, fica próximo à Aeronáutica. Alguns militares teriam visto a investida dos assaltantes e interviram.
Segundo o 6º Batalhão, houve troca de tiros e dois suspeitos morreram no local. Um policial também ficou ferido na cabeça. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para fazer o socorro da vítima.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa deverá ficar responsável pelo caso.
Comandante do Exército volta a criticar uso de militares em ações de segurança
O comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, voltou a criticar hoje (5) o uso das Forças Armadas em ações para garantir a manutenção da lei e da ordem em cidades.
“Não gostamos de participar das chamadas Operações de Garantia da Lei e da Ordem”, disse Villas Bôas durante audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
No mês passado, no Senado, o comandante do Exército já havia feito a mesma crítica. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, também afirmou, em junho, que há uso excessivo das Forças Armadas em ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
De acordo com o comandante, a ação dos militares no Complexo da Maré, que durou de abril de 2014 a junho de 2016, foram gastos cerca de R$ 400 milhões. “Podemos dizer que foi um dinheiro absolutamente desperdiçado. O governo está revendo este tipo de emprego [das Forças Armadas], que é inócuo. E, para nós, é constrangedor”, ponderou Villas Bôas, argumentando que, após 14 meses de ocupação militar, a situação no complexo voltou a se deteriorar.
Realizadas com autorização presidencial, as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) são episódicas e por tempo predeterminado. Constitucionalmente, só são permitidas em casos em que agentes de perturbação coloquem em risco a integridade da população e o funcionamento das instituições.
Após os últimos militares deixarem o Complexo da Maré, em junho de 2016, o Ministério da Defesa divulgou nota em que afirmava estarem estabelecidas as condições para que as antigas facções criminosas fossem definitivamente desarticuladas. E que serviços públicos pudessem ser restabelecidos e ampliados. Durante a ocupação militar, mais de 550 adultos foram presos e 254 adolescentes apreendidos, além da apreensão de drogas, armas, munições, veículos e materiais diversos. A taxa anual de homicídios na região da Maré caiu de 21,29 para 5,33 mortes por 100 mil habitantes durante a chamada Operação São Francisco. A presença militar, no entanto, foi alvo de críticas e um soldado morreu em novembro de 2014, atingido por um tiro na cabeça durante confronto com criminosos.
Villas Bôas comentou que durante a paralisação da polícia militar no Espírito Santo – quando as Forças Armadas também foram acionadas – os militares temiam que a situação se repetisse, com consequências mais graves, no Rio de Janeiro, onde policiais também reivindicavam reajuste e pagamento de valores atrasados. “A Operação Capixaba foi muito delicada. Estávamos temerosos”, disse o comandante.
Intervenção militar
Sobre pesquisa de opinião feita no Rio de Janeiro em que uma parcela dos entrevistados afirmou defender uma intervenção militar no país, Villas Bôas disse que considera “um indicador extremamente negativo para o país”. Para o comandante, a concepção errônea acerca do papel das tropas militares é “algo que o país ainda não superou, que está no seu inconsciente coletivo”. Ele relembrou que durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, parte das pessoas que foram às ruas, também levantou essa possibilidade.
Villas Bôas, porém, destacou como positivo a “moderna concepção” de que os militares devem participar de outras atividades que não apenas o patrulhamento das fronteiras e de defesa da soberania nacional.
“Há 14 anos distribuímos água para 4 milhões de habitantes do Nordeste. São quase sete mil ‘pipeiros’ quase 900 municípios, uma tarefa gigantesca em que empregamos diariamente quase 900 militares. Além disso, participamos de campanhas de vacinação, de combate à dengue, apoiamos órgãos de defesa do meio ambiente, como o Ibama, e auxílio à defesa civil. Este sim é um conceito moderno de uso das Forças Armadas empregado em quase todo o mundo.”
Terceira Competição de Cibernética das Forças Armadas
No dia 29 de junho, aconteceu a Terceira Competição de Cibernética das Forças Armadas, um evento organizado pelo Comando de Defesa Cibernética (Com D Ciber). Ao todo, 84 equipes, de até três militares, formadas por integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, dentre civis e militares, participaram da disputa nomeada de Mandabyte. A equipe vencedora foi a EB-ZeroByte, do 41º Centro de Telemática, localizado em Belém (PA).
A competição teve a duração de seis horas e envolveu um desafio chamado Capture the Flag, em que os participantes buscam as “flags”, que são informações escondidas em diferentes formatos. Para atingir os objetivos, é necessária a utilização de várias técnicas de defesa cibernética. A equipe que conseguir mais “flags” é a vencedora.
Segundo o Subchefe do Centro de Defesa Cibernética, Coronel Vitoldo Olstan Junior, a disputa é importante, porque ativa o conhecimento dos participantes, estimula a atualização e identifica talentos, uma vez que a competição é aberta a todos os integrantes das três Forças. “Por meio de uma competição saudável entre os participantes, estimulamos o desenvolvimento de um importante valor militar: o Espírito de Corpo”, ressalta.
“Trata-se de uma chance para aqueles que se capacitam colocarem em prática o conhecimento adquirido. A grande dificuldade da área de cibernética é colocar em prática o que se aprende, então quando temos uma competição assim é uma excelente oportunidade de praticar”, explica o Tenente-Coronel Marcelo Antônio Righi, do Com D Ciber .
A competição acontece duas vezes ao ano, geralmente no fim de cada semestre, e vem apresentando aumento no número de equipes participantes. Nessa edição, o crescimento foi de 12%, com mais de 200 competidores, distribuídos em 84 equipes.
Primeiro satélite brasileiro inicia operações e fica sob responsabilidade da FAB
O Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília (DF), deu início hoje (5) às operações do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD). A partir de agora, a operação e o monitoramento do satélite estão sob responsabilidade da Força Aérea Brasileira (FAB), que vai trabalhar em conjunto com o Exército e a Marinha. O início das operações foram classificados pela FAB como “um dia histórico para o campo da Defesa do país”.
O equipamento, colocado em órbita em maio de 2017 ao custo de R$ 2,8 bilhões, permitirá a segurança das comunicações do governo e das Forças Armadas e, a curto prazo, a ampliação da oferta do serviço de banda larga aos mais distantes rincões do país.
A ação, segundo a FAB, marcou o primeiro enlace da Operação Ostium – feito nas regiões Norte e Centro-Oeste e que irá reforçar a vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. O evento de inauguração das transmissões do satélite, por videoconferência, foi feito em Vilhena (RO) e no centro de comando do SGDC, em Brasília, pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, pelo comandante do Comae, brigadeiro Gerson Nogueira Machado de Oliveira, entre outras autoridades.
O satélite
Lançado no dia 4 de maio, a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o satélite passou por uma fase de ajustes e testes orbitais sob a coordenação de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e de engenheiros da fabricante do SGDC, a empresa francesa Thales Alenia Space.
“Os testes foram muito bem realizados e avaliados. Concluído o período de testes, com o satélite em plenas condições de uso, no dia 30 de junho, o SGDC recebeu a carga útil da Banda X, que vai garantir mais segurança nas comunicações militares e ampliar a capacidade operacional da Forças Armadas”, disse o vice-chefe do Centro de Operações Espaciais, coronel Sidney César Coelgo Alves.
O chefe do Estado-Maior Conjunto, brigadeiro Ricardo Cesar Mangrich, disse que a FAB assumir o controle do satélite é um orgulho para a Força Aérea. “Agora, efetivamente estamos operando no espaço. Então, com o satélite sob nosso controle, tanto a operação da carga útil como a operação do próprio satélite. Realmente demos um passo adiante. Saímos da era do ar e fomos para a era do espaço a partir da operação do SGDC”.
Videoconferência
Por videoconferência, Jungmann disse que este é um momento histórico para o país e ressaltou a importância do satélite para a defesa e a soberania do Brasil. “Nós estamos operando um satélite que é o primeiro sob total controle do Brasil, devidamente criptografado sob nosso controle. Não é apenas um projeto militar, de soberania e defesa nacional, mas, evidentemente, significa um grande passo para a nossa autonomia, nossa independência em termos de meios estrangeiros para procedermos as nossas comunicações”, disse o ministro.
FOLHAMAX (MT)
Infraero desenvolve projeto que pode beneficiar 13 aeroportos de MT
Representantes da Infraero apresentaram ao senador José Medeiros, nesta terça-feira (04.07), um projeto piloto que poderá resolver os problemas da aviação regional no Brasil. O novo produto da estatal será voltado para os pequenos e médios aeroportos e, numa parceria com estados e municípios, vai beneficiar diversas cidades brasileiras.
Para Medeiros, o estado de Mato Grosso poderá ter seus principais aeroportos absorvidos pela Infraero. Ele listou 13 aeródromos que poderão ser beneficiados pela iniciativa da estatal: Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Juara, Juína, Lucas do Rio Verde, Matupá, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, São Félix do Araguaia, Sinop, Tangará da Serra e Vila Rica.
Segundo a Infraero, os problemas que envolvem a aviação regional serão resolvidos a partir da criação da primeira subsidiária da Infraero: a Asas Serviços Aeroportuários. A nova empresa agirá em parceria com a operadora alemã Fraport e atuará, inicialmente, em aeródromos brasileiros, especialmente nos regionais.
Pela proposta da Infraero, os municípios e os estados devem estabelecer um protocolo de intenções para que haja o aprofundamento no estudo de viabilidade técnica e econômica do aeródromo, conduzido pela estatal e tendo a Secretaria de Aviação Civil (SAC) como mediador. Também devem oferecer à SAC proposta de projeto piloto para que o aeródromo seja operado pela ASAS, remunerada com recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC).
Segundo José Medeiros, após o alinhamento entre os governos estaduais e municipais, são necessários somente 10 meses para que haja o enquadramento do aeródromo dentro dos padrões estabelecidos pela Infraero. “Trata-se de um projeto ousado, cuja ideia central da Infraero é transformar esses aeroportos em superavitários, enriquecendo com isso a tão sofrida aviação regional”, destacou Medeiros.
O aeroporto Maestro Marinho Franco, em Rondonópolis, é um dos pilotos para o projeto da ASAS. Segundo os especialistas da estatal, já foram realizados estudos técnicos no aeroporto e que teve as seguintes conclusões, que são vantajosas para a cidade: é um aeroporto alternativo aos voos de Cuiabá e Campo Grande; poderá ter aproveitamento da infraestrutura existente; potencial econômico latente; e destaca-se entre os 270 aeroportos do PIL (Programa de Investimentos em Logística).
Quantos aos desafios apontados pela empresa aeroportuária, e que devem ser superados pelo aeroporto, está a necessidade de investimento em equipamentos de navegação aérea. Existe também a desvantagem de, hoje, o aeroporto Maestro Marinho Franco ser deficitário. Segundo a Infraero, essas desvantagens podem rapidamente ser corrigidas com parceria entre o governo de Mato Grosso e a Prefeitura de Rondonópolis.
José Medeiros lembrou que os principais terminais de Mato Grosso já fazem parte do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos da SAC e que o governo federal tem trabalhado para que a população esteja a, no máximo, 100 quilômetros de um terminal aeroportuário “em pleno funcionamento”.
CONEXÃO TOCANTINS (TO)
Nas asas do futuro - A Construção de um novo Código Brasileiro de Aeronáutica
As tecnologias da aviação são referenciais que sinalizam avanços inovadores, que, por fim, se confundem com prosperidade e progresso. Hoje, no Senado da República, tramita o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 258 de 2016, que propõe um novo Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA).
Desde os tempos antigos, o homem sempre idealizou voar. Um dia, em meio a tantos sonhos e tentativas, um homem deu o passo adiante e construiu a primeira máquina voadora do mundo, e ele era brasileiro! Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação, concebeu o 14 Bis, o primeiro avião funcional da história, que marcaria todas as gerações futuras. Nós, do nosso humilde cantinho no tempo, também desempenhamos nosso papel para tornar este sonho uma realidade e aproximar a aeronáutica do cotidiano do cidadão.
Com a expansão de um novo limite, são necessárias novas leis que regulamentem os terrenos já explorados e definam as linhas que guiarão a exploração. Construir um código para a área que mais
inova e se desenvolve no mundo não é nada fácil. Balancear a flexibilidade do progresso com o engessamento da segurança para o consumidor final é muito complexo, mas não corremos do desafio.
Nos empenhamos e aprofundamos no assunto, para poder construir um Código Brasileiro de
Aeronáutica que represente o futuro.
inova e se desenvolve no mundo não é nada fácil. Balancear a flexibilidade do progresso com o engessamento da segurança para o consumidor final é muito complexo, mas não corremos do desafio.
Nos empenhamos e aprofundamos no assunto, para poder construir um Código Brasileiro de
Aeronáutica que represente o futuro.
Desde 2014, este trabalho vem sendo desenvolvido com muita dedicação e comprometimento. A construção do modelo básico do Código partiu de uma comissão especial de peritos na área, contando com figuras nacional e internacionalmente renomadas em Direito Aeronáutico. Depois disso, chegamos ao ponto atual, uma Comissão Especial, a CEAERO, que tenho a honra de presidir, composta de Senadores que se dedicam ao tema dentro e fora do Parlamento. Hoje nos encontramos no limite desta segunda fase. Estamos na iminência de entregar um relatório que contenha os refinamentos político e técnico necessários para o bom funcionamento da aeronáutica no País, ao mesmo tempo em que garanta a segurança do usuário. O nobre colega Senador José Maranhão, Relator da matéria, tem desempenhado um trabalho brilhante, ouvindo as partes afetadas pelo Projeto, por meio de uma série de audiências públicas feitas ao longo dos trabalhos da Comissão.
Ouvir é um passo desta construção. Só ouvindo saberemos, concretamente, o que tem causado problemas e o que tem funcionado bem no cenário aeronáutico. É claro que as décadas de aviação prática que cada um de nós tem também contribuem muito, mas ouvir é primordial.
Uma vez aprovado o Relatório na CEAERO, ele irá à votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Posteriormente, seguirá para o Plenário do Senado Federal, de onde, uma vez aprovado, será remetido à Câmara dos Deputados, para ser apreciado e votado. Ainda é uma longa jornada até sua sanção, mas cada passo dado é um avançar seguro no caminho de um futuro moderno e eficiente.
*Vicentinho Alves é senador da República filiado ao PR e ex-prefeito de Porto Nacional/TO.
SÃO JOAQUIM ONLINE (SC)
Carmen pede a ministro agilidade na transferência de recursos para obra de acesso ao Morro da Igreja
Silviane Mannrich
A deputada federal Carmen Zanotto (PPS-SC) reuniu-se nesta terça-feira (04), com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, para pedir agilidade na transferência de recursos orçamentários para o Ministério da Defesa para a obra de recuperação do acesso rodoviário ao Morro da Igreja, localizado no município de Urubici (SC), que é uma área de visitação turística.
“É preciso que esses recursos sejam transferidos com urgência porque meia pista está interditada. Com as fortes chuvas que caíram em nossa região, a situação se agravou. O nosso temor é que o controle do espaço aéreo seja comprometido”, avisou a parlamentar.
Os recursos, no valor de R$ 12 milhões, são provenientes de emenda elaborada em conjunto com a bancada catarinense e o Ministério da Defesa. Como a via está localizada na área patrimonial administrada pelo Comando da Aeronáutica (COMAER), a obra será executada pelo Exército.
Na aprovação da LOA (Lei de Orçamentária Anual) de 2017, a emenda foi remanejada para o Ministério dos Transportes/Dnit, porque a via de acesso ao Morro da Igreja é na BR-475.
Maurício Quintella informou aos parlamentares que está agilizando a transferência dos recursos para o Ministério da Defesa. “Assim que os recursos forem transferidos, iremos pedir ao ministro Raul Jungmann (da Defesa) que as obras sejam realizadas o mais rápido possível”, afirmou Carmen Zanotto.
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