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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 29/06/2015 / Produção do KC-390 não tem recursos garantidos


Produção do KC-390 não tem recursos garantidos ...


O programa de desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, a cargo da Embraer, é o único projeto estratégico da Força Aérea Brasileira (FAB) que teve autorização do governo para o recebimento de recursos aprovados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) em 2015. Mas o mesmo não acontece para a sua produção.

O desenvolvimento do cargueiro é considerado prioridade número um na FAB, tendo em vista que qualquer atraso pode comprometer as vendas da aeronave no mercado internacional. "Os recursos estão sendo liberados de forma parcelada e no valor total de R$ 771 milhões para este ano", disse o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), brigadeiro Paulo Roberto de Barros Chã.

Embora seja considerado prioritário, os recursos para a fase de produção da aeronave ainda não foram confirmados. A Lei Orçamentária prevê R$ 400 milhões para a produção do KC-390 este ano. O contrato de produção de 28 aeronaves para a FAB, avaliado em R$ 7,2 bilhões, foi assinado com a Embraer em maio do ano passado. Em 2014 a Embraer recebeu R$ 20 milhões para iniciar as atividades de produção do KC-390.

A certificação para voo da versão civil do KC-390, que será emitida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), está prevista para o fim de 2016. Já a certificação militar, conduzida pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), vinculado ao DCTA, deverá ocorrer no segundo semestre de 2017. O certificado de tipo (do projeto) é garantia da segurança de operação da aeronave e cumprimento dos requisitos de projeto.

O processo de certificação do KC-390, segundo o brigadeiro Alvani Adão da Silva, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), já produziu cerca de 1500 relatórios entre desenvolvimento e certificação (civil e militar), dos quais um terço já foi aprovado. "Estamos agora entre as fases de aprovação do plano de certificação pelas autoridades e a demonstração de cumprimento dos requisitos. O KC-390 também se prepara para a realização dos ensaios em voo, fundamentais para a demonstração do cumprimento dos requisitos."

Para cumprir os prazos previstos no cronograma de trabalho da certificação, o IFI foi autorizado pelo governo a contratar 34 servidores temporários. Os novos profissionais também darão apoio às atividades de certificação e de compensação comercial, industrial e tecnológica no âmbito do projeto dos caças F-X2.

Além do KC-390, a Copac é responsável pela coordenação dos principais programas de reaparelhamento da FAB, entre eles a aquisição dos caças suecos Gripen NG e dos helicópteros H225, que também estão sendo adquiridos pela Marinha e o Exército. Para os demais projetos, mesmo com orçamento aprovado, a Copac ainda não teve autorização para repassar os recursos.

O programa F-X2 tem R$ 1 bilhão aprovados para o exercício de 2015. "Temos o crédito, mas não temos o numerário para pagar ou o financiamento aprovado", afirmou o presidente da Copac. Independentemente do valor que será autorizado para a primeira parcela, segundo o brigadeiro, os recursos do F-X2 terão que ser faturados em 2015.

No caso do programa dos helicópteros H225M, produzidos para as três Forças pela Helibras, o presidente da Copac diz que foi aprovado R$ 323 milhões para 2015, mas a proposta orçamentária previa R$ 538 milhões. A Copac, no entanto, ainda não obteve autorização para liberar os recursos aprovados para o projeto.





Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL SPUTNIK BRASIL


O Brasil planeja comprar os sistemas russos de defesa antiaérea Pantsir na primeira metade de 2016, disse à RIA Novosti


O Brasil planeja comprar os sistemas russos de defesa antiaérea Pantsir na primeira metade de 2016, disse à RIA Novosti e Sputnik o embaixador do país na Rússia, Antônio José Vallim Guerreiro.
“A decisão geral sobre a compra foi já tomada, por isso os sistemas serão comprados. Segundo a informação que eu possuo neste momento, a assinatura do acordo está prevista para a primeira metade do ano 2016”, disse em entrevista. 
Antônio Guerreiro tinha declarado anteriormente que o arranjo podia ser concluído ainda em 2015, mas agora ele explicou o atraso pela razão que “no orçamento de 2015 não foram alojados recursos financeiros suficientes para pagar pelos armamentos”. 
O ministro acrescentou que, neste momento, se realiza o trabalho para que a provisão correspondente seja incluída na meta orçamental de 2016.
O Pantsir-S1 (SA-22 Greyhound na classificação da OTAN) é um sofisticado sistema de artilharia antiaérea que conta com mísseis terra-ar de curto e médio alcance, sendo considerado um dos mais avançados do mundo. 
Além disso, Antônio Guerreiro também não exclui a possibilidade de compra de caças russos se a Força Aérea Brasileira achar este passo útil.

PORTAL G-1


Com pipa de náilon e bambu, artesão cria “drone caipira” no interior de SP

De Cajuru, Luciano Semeão gastou R$15 para sustentar câmera no alto. Máquina suspensa chega a 300 metros; “prazer indescritível”, diz criador.

Do G1 Ribeirão E Franca

O artesão Luciano Semeão, de 39 anos, não gostava de empinar pipa quando criança. Mas o sonho de ver o mundo que os pássaros enxergam o fez mudar de ideia e usar a criatividade. Com tecido de náilon, bambu, uma câmera de alta resolução suspensa em uma linha e coragem de arriscar, o morador de Cajuru (SP) criou um equipamento de baixo custo que apelidou de “drone caipira”.

A invenção, que não passou de R$ 15, segundo Semeão, há dois meses foi a saída encontrada para registrar paisagens lá de cima e matar um pouco a vontade de voar sem desembolsar o mesmo que gastaria com um equipamento profissional - encontrado por preços que variam de R$ 200 a R$ 20 mil.

“Eu sempre tive fascínio por voar. Sempre imaginei como seria lá de cima, mas não tinha dinheiro para comprar um drone ou voar. Eu já tinha uma câmera e comecei a inventar umas coisas pra erguê-la”, conta o artesão.

Sem condições de pagar por aulas para ser piloto de avião ou comprar uma asa-delta, Semeão começou imaginando coisas que pudessem elevar com segurança sua câmera o mais alto possível. Depois de descartar improvisos como um balão de hélio e de se frustrar com uma pipa comprada pela internet, aprendeu a costurar e confeccionou a sua própria com um tecido de náilon, resistente para suportar o peso de seu equipamento de filmagem e com armações para não fechar com a força do vento.

Uma noite foi o suficiente, de acordo com o artesão, para se chegar ao “protótipo”, mas não o bastante para que, de primeira, sua ideia funcionasse. Acidentes ocorreram entre uma e outra investida e quase o deixaram no prejuízo. “Minha câmera tem sete vidas. Ela se perdeu, já caiu, foi atropelada na pista. Vai ver que ela gosta de voar. Ela foi feita pra isso”, diz o artesão.

Hoje, sua invenção - inclusive com uma carretilha feita por ele - é capaz de alcançar em média 300 metros de altura e já registrou paisagens da região de Ribeirão Preto (SP), como o Rio Pardo e áreas em Cajuru e Santa Rosa de Viterbo (SP).

“É um prazer indescritível comandar a pipa. Esqueço de tudo, esqueço das contas. É como se eu estivesse lá em cima. E é bom porque o que está sendo registrado lá, só vamos saber quando chegar em casa. Sempre uma surpresa boa”, afirma.

Ainda de olho em melhorias para seu “drone caipira”, ele planeja fazer imagens em todos os estados, incluindo paisagens naturais como a Cachoeira Casca D”anta, na Serra da Canastra, em Minas Gerais. Seu sonho de voar, e chegar ao ponto em que hoje apenas sua câmera chega, caminha com seu novo passatempo. “É uma brincadeira e uma curiosidade.”

O uso de drones no Brasil depende de autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que ainda está analisando uma proposta para regularmentar os voos. A Aeronáutica também deve ser comunicada com antecência para evitar acidentes aéreos. Voos em áreas próximas a aeroportos e habitadas são proibidos pela legislação.

Ufólogo diz ter mantido contato por cartas com ETs que vivem na Terra

Jorge Facury contou experiência em encontro ufológico em Sorocaba (SP). Moradores relatam casos de aparições de óvnis na região.

Tássia Lima Do G1 Sorocaba E Jundiaí

Enquanto a existência de seres extraterrestres é discutida entre vários grupos da população - de leigos a especialistas sobre o assunto - uma minoria afirma com veemência que eles não só existem, como alguns já vivem entre nós. É o caso do ufólogo Jorge Facury, morador de Sorocaba (SP). Durante anos, ele afirma ter se correspondido por cartas com um grupo de ETs que vive no Brasil.
“Mantive contato de uma forma diferente do que as pessoas imaginam. Não houve abdução, nunca encontrei um extraterrestre, mas conversei por cartas durante muito tempo”, conta Facury. Porém, para chegar a esse ponto, a “relação” com a ufologia começou cedo. Na infância, ele e o irmão, Michel, passavam horas olhando para o céu à procura de objetos. “Parecia que ele sentia saudade de alguma coisa”, afirma Michel.

Mas foi na década de 80, já morando em Sorocaba, que o então adolescente teve seu primeiro contato com o mundo dos Ufos. Na época com 18 anos, Jorge estudava na escola Antônio Padilha, no Centro. Quando ia da quadra para o prédio da escola, sozinho, viu uma cena que chamou a atenção. “A linha do horizonte estava vermelha, parecia em brasa. Achei que era um incêndio e subi numa mureta para ver melhor. Foi quando percebi que, na verdade, era uma forma luminosa. Em um milésimo de segundo, ela se projetou do horizonte até o ponto imediatamente acima de mim. Parecia uma bola de fogo”, relata.
Logo em seguida, ele afirma que, tão rápido quanto chegou, o objeto foi embora. A cena ficou na cabeça do homem e nunca mais saiu. “Me lembro perfeitamente. Era 27 de outubro de 1983. Fiquei abalado emocionalmente”, diz Facury. Depois, o interesse pela ufologia só cresceu, e ele e o irmão passaram a “caçar” óvnis em várias cidades.

Depois de várias aparições, Jorge decidiu dar um passo à frente. “Escrevi uma carta para uma revista pedindo que, se houvesse algum extraterreste lendo, me respondesse a carta. Recebi várias cartas tirando sarro, me chamando de louco, mas também recebi a resposta que eu queria. Era uma extraterreste que dizia morar em uma “base” em São Lourenço, em Minas Gerais. A partir daí, passei a me comunicar com ela e descobri que ela era uma criança, princesa do povo dela”, conta o ufólogo.

Mais tarde, Facury diz que acabou se correspondendo também com outros extraterrestes do mesmo grupo. Ainda segundo ele, as cartas vinham de um endereço na cidade mineira cuja moradora os ETs diziam controlar por hipnose. Curioso, o ufólogo foi até o local e descobriu que a dona da casa, uma idosa, tinha realmente o nome que os ETs citaram, mas disse não saber nada a respeito de cartas enviadas a ele. O contato foi interrompido depois que a suposta princesa voltou ao local de origem, um planeta com seis luas e céu cor de vinho.

Atualmente, os irmãos Facury são reconhecidos na área por vários grupos de estudos ufológicos. Jorge, inclusive, tem um livro publicado sobre o assunto. Na semana passada, os dois deram uma palestra no 1° Encontro Ufológico de Sorocaba e relataram os acontecimentos que os tornaram especialistas no assunto. “Nunca tivemos a intenção de ser ufólogos. As pessoas que nos intitularam assim”, diz Michel.

Fenômenos na região

No Encontro Ufológico, o G1 conversou com outros especialistas da região para relembrar alguns casos de repercussão. O caso do bairro Mirante dos Óvnis, em Votorantim (SP), foi um deles. “O nome já veio devido aos avistamentos ali. Inclusive, esse é um dos poucos lugares no Brasil que recebeu um nome relacionado a ufos. Na década de 60, houve o suposto pouso de uma nave em um campo de futebol ali, e muitas pessoas avistaram”, conta o presidente do Grupo de Estudos e Pesquisas Ufológicas de Sorocaba (Gepus), Marco Aurélio Leal, que deu uma palestra sobre o caso Varginha.

Ainda na região, entre Araçoiaba da Serra e Iperó, existe o Morro de Ipanema, também famoso por supostas aparições de óvnis. Segundo Marco Aurélio, o local já foi inclusive palco de investigações militares.
“Em 1972, a Aeronáutica ficou sabendo dos avistamentos e foi investigar. Até a Nasa já veio para cá, porque ali as tempestades com raios são terríveis. O morro tem uma concentração muito grande de magnetita, uma espécie de ímã com poder eletromagnético”, afirma.

Em Sorocaba, o ufólogo Marcos Gurgel relata mais duas histórias. “Teve o ufo do Jardim América, nos anos 90. Várias famílias relataram ter visto uma bola de luz alaranjada, do tamanho de um carro, flutuando no nível da rua. Nós acreditamos que seja uma sonda ou uma nave pequena, para apenas um tripulante”, diz Marcos.

Além do suposto pouso no Morro dos Óvnis, Votorantim teve outro caso lembrado por Marcos. “Um homem que era vereador na época disse estar no carro e ter visto uma nave em formato triangular relativamente baixa, abaixo da rota de aviões. Ele observou o objeto por um tempo e deu um sinal de luz. Nesse momento, a nave se deslocou e foi pairar bem acima do carro dele”, conta o ufólogo.

Bahia recebe mais 35 profissionais pelo programa federal Mais Médicos

Médicos são brasileiros, mas com formação no exterior, informou Sesab. Eles desembarcaram na Base Aérea de Salvador neste domingo (28).

Do G1 Ba

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A Bahia recebeu, neste domingo (28), mais 35 profissionais que vão atuar no programa federal "Mais Médicos". De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), eles são brasileiros com formação no exterior e desembarcaram na Base Aérea da capital baiana pela manhã. O secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, recebeu os novatos.
Segundo a Sesab, os médicos vão ficar em Salvador até o dia 3 de julho para realização de atividades sobre o quadro epidemiológico local. Com base em dados da pasta, o número de profissionais do "Mais Médicos" na Bahia, já com o reforço dos 35, ultrapassa 1.100.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Foguete não tripulado explode a caminho de Estação Espacial Internacional

Propulsor explodiu cerca de 2 minutos depois do lançamento; Cápsula carregava comidas, roupas e equipamentos

Reuters E Afp

Um foguete Falcon 9 não tripulado da empresa Space Exploration Technologies explodiu cerca de dois minutos depois de ser lançado do Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, neste domingo, dia 29. O foguete levava a nave Dragon carregada de comida e experimentos à Estação Espacial Internacional (ISS).
A causa do acidente não foi identificada até o momento, segundo autoridades. A SpaceX, como a empresa é conhecida, é de propriedade do empresário da área de tecnologia Elon Musk e prestava serviços à Nasa.
Este é o terceiro acidente em menos de um ano envolvendo o envio de materiais à Estação Espacial, onde vivem dois russos e um norte-americano. As imagens mostraram a explosão do propulsor do foguete dois minutos e 19 segundos depois do lançamento. "O veículo explodiu", disse o comentarista da Nasa George Diller.

O carregamento perdido neste domingo tinha 2.477 kg de comidas, roupas, equipamentos e experimentos científicos para a estação, segundo a agência Reuters. Entre os equipamentos estava a primeira de duas bases para táxis espaciais em desenvolvimento pela SpaceX e pela Boeing estacionarem na estação. 
Essa era a sétima missão da empresa para a Nasa. Pelo Twiiter, Elon Musk escreveu que a Falcon 9 "teve um problema pouco depois do final da primeira fase" do lançamento, em referência à etapa anterior ao momento em que o foguete se separa da cápsula. Charles Bolden, da Nasa, declarou que a agência estava "decepcionada" por esta perda, mas assegurou que a ISS tem "provisões suficientes para os próximos meses".
O foguete de 63 metros era o 19º lançamento da companhia de um Falcon 9 desde a sua estreia em 2010, incluindo seis carregamentos anteriores para a Nasa sob um contrato de 15 voos no valor de mais de 2 bilhões de dólares.

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Produção do KC-390 não tem recursos garantidos


Virgínia Silveira De São José Dos Campos

O programa de desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, a cargo da Embraer, é o único projeto estratégico da Força Aérea Brasileira (FAB) que teve autorização do governo para o recebimento de recursos aprovados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) em 2015. Mas o mesmo não acontece para a sua produção.

O desenvolvimento do cargueiro é considerado prioridade número um na FAB, tendo em vista que qualquer atraso pode comprometer as vendas da aeronave no mercado internacional. "Os recursos estão sendo liberados de forma parcelada e no valor total de R$ 771 milhões para este ano", disse o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), brigadeiro Paulo Roberto de Barros Chã.

Embora seja considerado prioritário, os recursos para a fase de produção da aeronave ainda não foram confirmados. A Lei Orçamentária prevê R$ 400 milhões para a produção do KC-390 este ano. O contrato de produção de 28 aeronaves para a FAB, avaliado em R$ 7,2 bilhões, foi assinado com a Embraer em maio do ano passado. Em 2014 a Embraer recebeu R$ 20 milhões para iniciar as atividades de produção do KC-390.

A certificação para voo da versão civil do KC-390, que será emitida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), está prevista para o fim de 2016. Já a certificação militar, conduzida pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), vinculado ao DCTA, deverá ocorrer no segundo semestre de 2017. O certificado de tipo (do projeto) é garantia da segurança de operação da aeronave e cumprimento dos requisitos de projeto.

O processo de certificação do KC-390, segundo o brigadeiro Alvani Adão da Silva, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), já produziu cerca de 1500 relatórios entre desenvolvimento e certificação (civil e militar), dos quais um terço já foi aprovado. "Estamos agora entre as fases de aprovação do plano de certificação pelas autoridades e a demonstração de cumprimento dos requisitos. O KC-390 também se prepara para a realização dos ensaios em voo, fundamentais para a demonstração do cumprimento dos requisitos."

Para cumprir os prazos previstos no cronograma de trabalho da certificação, o IFI foi autorizado pelo governo a contratar 34 servidores temporários. Os novos profissionais também darão apoio às atividades de certificação e de compensação comercial, industrial e tecnológica no âmbito do projeto dos caças F-X2.

Além do KC-390, a Copac é responsável pela coordenação dos principais programas de reaparelhamento da FAB, entre eles a aquisição dos caças suecos Gripen NG e dos helicópteros H225, que também estão sendo adquiridos pela Marinha e o Exército. Para os demais projetos, mesmo com orçamento aprovado, a Copac ainda não teve autorização para repassar os recursos.

O programa F-X2 tem R$ 1 bilhão aprovados para o exercício de 2015. "Temos o crédito, mas não temos o numerário para pagar ou o financiamento aprovado", afirmou o presidente da Copac. Independentemente do valor que será autorizado para a primeira parcela, segundo o brigadeiro, os recursos do F-X2 terão que ser faturados em 2015.

No caso do programa dos helicópteros H225M, produzidos para as três Forças pela Helibras, o presidente da Copac diz que foi aprovado R$ 323 milhões para 2015, mas a proposta orçamentária previa R$ 538 milhões. A Copac, no entanto, ainda não obteve autorização para liberar os recursos aprovados para o projeto.

REVISTA EXAME


“Mimimi” da Espionagem


Mentir é uma prática política. Desinformar é um PHD na política. No Brasil a prática é mais do que comum, cria uma “Pátria Educadora”, corte R$ 9 bilhões da Educação, põem uma Seleção medíocre de futebol para jogar (que perde) e dá um churrasco e cerveja que tudo estará bem. O Brasil funciona assim, mas infelizmente com um aumento latente da violência!
O Governo Federal, ou melhor, Dilma Rousseff, tem muito “mimimi” político para realmente fazer algo pelo Brasil. Um dia é a mandioca, outro dia é o sexo, no dia seguinte é a pedalada, enquanto isso o Brasil se perde, ou melhor, perde para a violência.
Dilma está nos Estados Unidos, Dilma falará com Obama, e não com o Brahma. Dilma tentará reatar laços que ela quebrou. Mas no amago de sua profundidade ideológica ela não quer. Mais do que óbvio, Dilma tem a síndrome do antiamericanismo, e ainda, para piorar, tem o conselho de quem não tem conselho algum. Chanceleres ao DEUS dará.
Mas, considerando a perda de tempo e dinheiro do contribuinte, Dilma não avançará em nada nos Estados Unidos. Está muito preocupada com a Lava Jato, até Mercadante ficou. Assim, inovação, espionagem, comércio, cooperação e vistos são agendas secundárias, pois interesses da Nação não podem sobressair os interesses do Partido, ou pelo menos do projeto de poder deles, que tenho dúvidas se realmente são brasileiros, até porque a propaganda política de Dilma Rousseff apresenta um Brasil que não é no Brasil, deve ser lá perto de Luxemburgo.
A Presidente Dilma Rousseff começará seu discurso com o “mimimi” de sempre. Aproveitará a espionagem americana para dizer que “o imperialismo americano” não pode sobressair a soberania brasileira. Dilma se comporta como uma criança que acabou de chegar no mundo, esquece como o mundo funciona. Ingenuidade serve para os fracos, nunca para governantes, principalmente para líderes de países com a estatura do Brasil. Os Estados Unidos só é uma potência em espionagem graças às fraquezas de grandes países em contraespionagem, por exemplo o Brasil. Parece que vivemos em um mundo que não existe. Condenamos a espionagem americana, mas ficamos em estados letárgicos ao ver armas, drogas, pirataria e outras “cositas más” adentrarem em território brasileiro sem controle da inteligência brasileira, ou pelo menos da contraespionagem brasileira.
Não quero idolatrar a espionagem americana, quero idolatrar a contraespionagem brasileira, além de me sentir seguro em meu território.
Para discutir sobre a espionagem americana, antes de tudo, Dilma Rousseff precisa ampliar o quadro de oficiais e técnicos de inteligência, por sinal o concurso é um grande mistério para a espionagem americana e também para a inteligência brasileira. Outro ponto é fazer acontecer a Política Nacional de Inteligência (PNI). A mesma está na mais profunda gaveta de seu gabinete, nem pedalando em Brasília ajuda a liberar.
Outra questão importante, ampliar a atuação de oficiais de inteligência no exterior. Não tem sentido termos três agentes no exterior para um país como o Brasil. A ABIN perde tempo na Venezuela e na Argentina, acho que deveria gastar energia na África, na China, nos Estados Unidos, na França, no Oriente Médio e até mesmo nas desgraças diplomáticas que o governo Lula e de Dilma fizeram.

Já que Dilma irá discutir com Obama, ela deveria aproveitar e pedir dicas de como se faz uma “escola de inteligência”. Que por sinal, a nossa está mais para uma escola sem inteligência, parada, estagnada na máquina, sem conexão alguma com outros ambientes acadêmicos, sem um “think tank” efetivo para a segurança nacional, sem medalhas, sem frufru acadêmico.
Enquanto a nossa Presidente Dilma Rousseff fica melindrada com a espionagem americana, o que na verdade é uma desinformação para todos os brasileiros que sofrem pela falta de contraespionagem e de um serviço de inteligência mais ativo, o mundo inteiro trabalha com a espionagem como algo muito comum, da natureza humana e da realidade da política internacional.
Como brasileiro eu peço que nossa Presidente Dilma Rousseff tenha prudência no diálogo com os americanos, principalmente no quesito espionagem. Os chineses já estão instalados em território nacional. NSA é fichinha perto deles. Até os cubanos estão ativos aqui. Enquanto milhões de brasileiros assistem violência gratuita nos aparelhos de TV, a espionagem brasileira lê jornais. Não é isso o que queremos. Queremos segurança e não “mimimi”.
E cá entre nós, o que alguns brasileiros ganham em lutar contra os Estados Unidos e ao mesmo tempo apoiar a espionagem chinesa em território nacional?
Eu só quero viver em um Brasil mais seguro! Só isso Dilma Rousseff, só isso!
P.S.: E o Estado Islâmico nas Olimpíadas no Brasil? A coisa é mais grave do que vocês imaginam… pelo menos se depender de Dilma Rousseff e sua equipe Brancaleone……

REVISTA ISTO É


A rainha voa com avião made in Brazil

Os laços da Rainha Elizabeth II com o Brasil estão pelos ares. O jatinho privado que tem transportado a rainha da Inglaterra é fabricado pela Embraer

Gisele Vitória

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Os laços da Rainha Elizabeth II com o Brasil estão pelos ares. O jatinho privado que tem transportado a rainha da Inglaterra é fabricado pela Embraer. Elizabeth e o Príncipe Phillip voaram na semana passada para a Alemanha num Embraer Legacy 600, com capacidade para 13 passageiros.

REVISTA ISTO É DINHEIRO


Eles estão vendendo tudo

Sem dinheiro em caixa para investir, governadores saem em busca do capital privado para melhorar a infraestrutura regional

Gabriel Baldocchi

Alguns chamam de privatização e outros preferem dizer que é concessão. Pouco importa. O fato é que a infraestrutura regional do País está à venda. Em Minas Gerais, investidores privados podem adquirir o direito de explorar 28 mil quilômetros de estradas regionais e um aeroporto. Em Goiás, poderão, em breve, negociar com o governo local trechos rodoviários e um terminal aeroportuário. No Rio Grande do Sul e no Ceará, devem encontrar ofertas de portos, hidrovias e de um metrô. Por todo País, há oportunidades para a iniciativa privada apostar em ativos que hoje são administrados por governos estaduais. Os planos de concessões regionais se espalham como resposta de Estados à escassez de recursos, a exemplo do que fez a União, ao anunciar a segunda fase do Plano de Investimento em Logística, neste mês. Com as iniciativas, os chefes dos executivos estaduais buscam uma alternativa à queda nos investimentos públicos e uma redução nos custos de manutenção dos trechos licitados, além de obter operações mais eficientes com os parceiros privados.
A deterioração das contas estaduais se acentuou nos últimos anos com as desonerações tributárias promovidas pelo governo federal. Em 2014, mais de 15 Estados encerraram o ano com déficit fiscal, contribuindo para que o País tivesse o seu primeiro resultado negativo desde 1997. Para complicar a situação, neste ano, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mandou fechar as torneiras do crédito aos governadores, ao contrário do ocorrido no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, quando foram permitidas a contratação de novos financiamentos e a ampliação do endividamento. Levy espera ainda que os governos regionais (incluindo os municípios) contribuam com uma economia de R$ 11 bilhões em 2015. O problema é que o País passa por uma recessão e a receita de tributos está bem abaixo do esperado. Boa parte dos governadores - muitos deles em primeiro mandato - se viu obrigada a adotar medidas de ajustes. No Rio Grande do Sul, por exemplo, José Ivo Sartori (PMDB) teve de adiar pagamentos à União para conseguir honrar o salário de servidores. O Estado cortou secretarias e pretende revisar incentivos fiscais concedidos a empresas no passado.
O quadro de prostração continuada de recursos obrigou o governo gaúcho a considerar alternativas para garantir os avanços necessários na infraestrutura estadual, e a saída foi considerar um plano de concessões. “O Rio Grande do Sul não tem nenhuma condição de fazer melhorias. Não há dinheiro”, afirma Pedro Westphalen, secretário estadual de Transportes. “Estamos conseguindo fazer só o mínimo para conservar.” Foram iniciados os estudos que definirão quais trechos de rodovias e de hidrovias devem ir a leilão.
Em Minas Gerais, que enfrenta uma crise aguda nas contas públicas, a expectativa é de que o plano de concesssões reduza em 15% os custos com a manutenção das estradas. Toda a malha rodoviária estadual foi colocada à disposição da iniciativa privada, que poderá escolher os trechos de maior interesse. Ao todo, 80 empresas se habilitaram para realizar os estudos de viabilidade, desde grandes empreiteiras - inclusive, as envolvidas na Operação Lava Jato, como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez - até as menores e de atuação regional. O secretário da Fazenda mineiro, José Afonso Bicalho, acredita que o cenário de retração ajudará a garantir o interesse para todos os trechos. “Estamos em recessão e muitas obras públicas estão paradas”, diz Bicalho. “Com a economia aquecida talvez tivéssemos dificuldades para atrair mais interessados”. O Estado também vai leiloar o aeroporto da Usiminas, em Santana do Paraíso. No Paraná, além da possibilidade dos leilões, em estudo, o Estado buscou um outro caminho para reduzir os custos de manutenção: a negociação para federalizar rodovias estaduais próximas aos trechos administradas pela União.
A intenção de conceder estradas em Goiás teve de ser acelerada neste ano com o anúncio do plano federal. O temor é de que os caminhões passem a desviar dos novos pedágios dos trechos federais por estradas estaduais, que não comportariam o excedente de tráfego de 30%, segundo estimativas da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). O plano de concessão do governador Marconi Perillo (PSDB) está sendo concluído, e a expectativa é oferecer até 2.600 quilômetros. “Por mais que o Estado tente cuidar das rodovias, temos parâmetros de que o privado faz um trabalho melhor”, diz Jayme Rincón, presidente da Agetop. “O debate em relação à cobrança de pedágio está superado.” O governo pretende apresentar uma inovação nas concessões: uma contrapartida do ganhador para recuperar um trecho fora da área leiloada. Rincón minimiza a concorrência com os leilões federais e de outros Estados e espera contar com o interesse de empresas médias. “Talvez o que possa acontecer é a gente não ter o resultado esperado na contrapartida.”
Os investidores não costumam fazer distinção sobre a administração responsável pelos leilões - se estadual, federal ou municipal. O nível de interesse está ligado a fatores como histórico de respeito aos contratos, disponibilidade de crédito e qualidade do projeto licitado. “Há vários modelos que podem ou não ser adotados dependendo de variáveis como fluxo da rodovia, investimentos que devem ser realizados, tempo de concessão”, afirma Raul Viana, diretor da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). O conceito de flexibilidade vale para todas as regiões e tipos de projetos, uma lição que São Paulo parece ter entendido. O Estado mais rico do País tem conseguido tirar do papel projetos de infraestrutura no modelo de Parceria Público-Privado (PPP), tradicionalmente mais complexo. Os 11 contratos assinados nos últimos anos somam cerca de R$ 25 bilhões, e há outros projetos na fila. Ainda é cedo para dizer se os Estados que estão elaborando novos planos, como o Ceará, terão êxito semelhante nas concessões - o governador Camilo Santana (PT) indicou recentemente a intenção de repassar o porto de Pecém, aeroportos regionais e o metrô de Fortaleza para a iniciativa privada. Se tudo der certo, os esforços estaduais se somarão aos leilões previstos no plano federal, cujos investimentos estimados totalizam R$ 200 bilhões - são 11 aeroportos (regionais e federais), 15 trechos de rodovias, seis de ferrovias e mais de 40 terminais portuários. Não faltarão opções aos investidores.
ESTADOS VENDEM
O que deve a leilão:
MINAS GERAIS
* 28 mil km de rodovias
* Aeroporto de Santana do Paraíso
GOIÁS
* Aeroporto Regional de Anápolis
* 2.600 km de rodovias
CEARÁ
* Porto de Pecém
* Metrô
*Aeroportos regionais
RIO GRANDE DO SUL
* Rodovias
*Hidrovias
DISTRITO FEDERAL
* Rodovias
SÃO PAULO
* Rodovias
*Saneamento
*Metrô

JORNAL DO BRASIL


A Operação Lava-Jato, a defesa nacional, a contra-informação e a espionagem


Mauro Santayana

Em suas críticas ao tamanho do Estado e na defesa da privatização a qualquer preço, os neoliberais tupiniquins se esforçam por defender a tese de que o poder de algumas das maiores nações do mundo “ocidental”, os EUA à frente, teria como único, principal esteio, o capitalismo, a livre iniciativa e o livre mercado, e defendem, sempre que podem, alegando a existência de “cabides de emprego”, e o grande número de ministérios, a diminuição do setor público no Brasil.
A informação, divulgada na semana passada, de que, com três milhões e duzentos mil funcionários, o Departamento de Defesa dos EUA é o maior empregador do mundo, tendo em sua folha de pagamento, sozinho, mais colaboradores que o governo brasileiro, com todos seus 39 ministérios, mostra como essa gente tem sido pateticamente enganada, e corrobora o fato de que a tese do enxugamento do estado, tão cantada em prosa e verso por certos meios de comunicação nacionais, não é mais, do ponto de vista da estratégia das nações, do que uma fantasia que beira a embromação.
Dificilmente vai se encontrar uma nação forte, hoje - como, aliás, quase sempre ocorreu na história - que não possua também um estado poderoso, decidida e vigorosamente presente em setores estratégicos, na economia, e na prestação de serviços à população.
Enquanto em nosso país, o número total de empregados da União, estados e municípios, somados, é de 1,5% da população, na Itália ele passa de 5%, na Alemanha, proporcionalmente, de 80% a mais do que no Brasil, nos EUA, de 47% a mais e na França, também um dos países mais desenvolvidos do mundo, de 24% da população ativa, o que equivale a dizer que praticamente um a cada quatro franceses trabalha para o Setor Público.
Esses dados derrubam também a tese, tão difundida na internet, de que no Brasil se recebe pouco em serviços, comparativamente aos impostos que se pagam. Por aqui muitos gostariam de viver como na Europa e nos Estados Unidos, mas ninguém se pergunta quantos funcionários públicos como médicos, professores, advogados, técnicos, cientistas, possuem a mais do que o estado brasileiro, os governos dos países mais desenvolvidos do mundo, para prestar esse tipo de serviços à população.
E isso, sem ter que ouvir uma saraivada de críticas a cada vez que lança um concurso, e sem ter que enfrentar campanhas quase que permanentes de defesa da precarização do trabalho e da terceirização.
Aos três milhões e duzentos mil funcionários, cerca de 1% da população norte-americana, fichados apenas no Departamento de Defesa, é preciso agregar, no esforço de fortalecimento nacional dos Estados Unidos, centenas de universidades públicas e privadas, e grandes empresas, estas, sim, privadas, ou com pequena participação estatal, que executam os principais projetos estratégicos de um país que tem o dobro da relação dívida pública-PIB do Brasil e não parece estar, historicamente, preocupado com isso.
Companhias que, quando estão correndo risco de quebra, como ocorreu na crise de 2008, recebem dezenas de bilhões de dólares e novos contratos do governo, e que possuem legalmente, em sua folha de pagamento, “lobistas”, que defendem seus interesses junto à Casa Branca e ao Congresso, que, se estivessem no Brasil, já teriam sido, neste momento, provavelmente presos como “operadores”, por mera suspeição, mesmo sem a apresentação de provas concretas.
Da estratégia de fortalecimento nacional dos principais países do mundo, principalmente os ocidentais, faz parte a tática de enfraquecimento e desestruturação do Estado em países, que, como o Brasil, eles estão determinados a continuar mantendo total ou parcialmente sob seu controle.
Como mostra o tamanho do setor público na Alemanha, na França, nos Estados Unidos, por lá se sabe que, quanto mais poderoso for o Estado em um potencial concorrente, mais forte e preparado estará esse país para disputar um lugar ao sol com as nações mais importantes em um mundo cada vez mais complexo e competitivo.
Daí porque a profusão de organizações, fundações, “conferencistas”, “analistas” "comentaristas", direta e indiretamente pagos pelos EUA, muitos deles ligados a braços do próprio Departamento de Defesa, como a CIA, e a aliança entre esses “conferencistas”, “analistas”, “filósofos”, “especialistas”, principescos sociólogos - vide o livro “Quem pagou a conta? A CIA na Guerra Fria da Cultura”, da jornalista inglesa Frances Stonor Saunders - etc, com a imprensa conservadora de muitos países do mundo, e mais especialmente da América Latina, na monolítica e apaixonada defesa do “estado mínimo”, praticada como recurso para o discurso político, mas também por pilantras a serviço de interesses externos, e por ignorantes e inocentes úteis.
Em matéria de capa para a Revista Rolling Stone, no final da década de 1970, Carl Bernstein, o famoso repórter do Washington Post, responsável pela divulgação e cobertura do Caso Watergate, que derrubou o Presidente Richard Nixon, mostrou, apresentando os principais nomes, como centenas de jornalistas norte-americanos foram recrutados pela CIA, durante anos, a fim de agir no exterior como espiões, na coleta de informações, ou para produzir e publicar matérias de interesse do governo dos Estados Unidos.
Muitos deles estavam ligados a grandes companhias, jornais e agências internacionais, como a Time Life, a CBS, a NBC, a UPI, a Reuters, a Associated Press, a Hearst Newspapers, e a publicações como o New York Times, a Newsweek e o Miami Herald, marcas que em muitos casos estão presentes diretamente no Brasil, por meio de tv a cabo, ou têm seu conteúdo amplamente reproduzido, quando não incensado e reverenciado, por alguns dos maiores grupos de comunicação nacionais.
Assim como a CIA influenciou e continua influenciando a imprensa norte-americana dentro e fora do território dos Estados Unidos, ela, como outras organizações oficiais e paraoficiais norte-americanas, também treina, orienta e subsidia centenas de veículos, universidades, estudantes, repórteres, em todo o mundo, em um programa que vem desde antes da Guerra Fria, e que nunca foi oficialmente interrompido.
O próprio Departamento de Defesa, o Departamento de Estado, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, USAID, o Fundo Nacional para a Democracia, NED, o Conselho Superior de Radiodifusão, BBG, e o Instituto dos EUA para a Paz, USIP, bancam atividades de “desenvolvimento de meios” em mais de 70 países, em programas que mantêm centenas de fundações, ONGs estrangeiras, jornalistas, meios de informação, institutos de “melhoramento” profissional, e escolas de jornalismo, com um investimento anual que pode chegar a bilhões de dólares.
Além deles, são usados, pelo Departamento de Estado, o Bureau de Assuntos Educacionais e Culturais, (Bureau of Educational and Cultural Affairs, BECA), o Bureau de Inteligência e Investigação, (Bureau of Intelligence and Research, INR) e o Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho (Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor, DRL), que apenas no ano de 2006 organizou, na Bolívia, por exemplo, 15 diferentes “oficinas” sobre “liberdade de imprensa e expressão”, além do Escritório de Diplomacia e Assuntos Públicos (Office of Public Diplomacy and Public Affaires, OPDPA).
“O que nós estamos ensinando - explica Paul Koscak, porta-voz da USAID - é a mecânica do jornalismo, na imprensa escrita, no rádio ou na televisão. Como fazer uma história, como escrever de forma equilibrada … tudo o que se espera de um verdadeiro profissional de imprensa.”
Isabel MacDonald, diretora de comunicação da Fairness And Accuracy in Reporting (FAIR) - Imparcialidade e Transparência na Informação - um observatório de meios de comunicação de Nova Iorque sem fins lucrativos, não tem, no entanto, a mesma opinião.
Para ela, “esse tipo de operação do governo norte-americano, a despeito de sua alegada defesa das normas da objetividade, trabalha, na verdade, contra a democracia, apoiando a dissensão sufocante, e divulgando informações deliberadamente falsas que são úteis para os objetivos da política exterior dos Estados Unidos.’
Um exemplo clásssico desse tipo de resultado, quanto aos objetivos norte-americanos, foi o envolvimento de Washington, denunciado pela comissão legislativa Church-Pike, no Congresso dos EUA, com o financiamento a jornais de oposição na América Latina, como o grupo “El Mercúrio” do Chile, por exemplo, na conspiração que levou ao golpe militar contra o presidente eleito de orientação nacionalista Salvador Allende, em 1973.
Em abril de 2015, a Associação dos Jornalistas Chilenos decidiu expulsar de seus quadros o dono do Grupo El Mercúrio, Agustín Edwards Eastman, de 87 anos, por violação do código de ética, depois que documentos oficiais revelados nos Estados Unidos mostraram, em 2014, que ele havia recebido dinheiro da CIA para publicar informações falsas contra o governo chileno.
A diferença entre os Estados Unidos, que se dizem “liberais” e “privatistas”, e na verdade não o são, e o Brasil, que cede a todo tipo de pressão, na tentativa de provar, todos os dias, que não é comunista nem estatizante, é que, mesmo quando envolvidas com corrupção - considerada uma espécie de “dano colateral” que deve ser “contornado” e “absorvido”, no contexto do objetivo maior, de permanente fortalecimento do complexo-industrial militar dos EUA - a existência das principais empresas de defesa norte-americanas nunca é colocada em risco.
Apenas como exemplo, a Lockheed Martin, uma das principais companhias de aviação e de defesa dos EUA, pagou, como lembrou André Motta Araújo no Jornal GGN outro dia, entre as décadas de 1950 e 1970, mais de 300 milhões de dólares, ou 3.7 bilhões de dólares em dinheiro de hoje, de propina para autoridades estrangeiras, entre elas - para quem acha que isso só acontece em paises “sub-desenvolvidos” - o então Ministro da Defesa da Alemanha Ocidental, Franz Joseph Strauss, os ministros Luigi Gul, e Maria Tanassi, o Primeiro-Ministro Mariano Rumor e o Presidente da República Italiana, Giovanni Leone, o general Minoru Genda e o Primeiro-Ministro japonês Kakuei Tanaka, e até o príncipe Bernhard, marido da Rainha Juliana, da Holanda.
E alguém acha que a Lockheed foi destruída por isso ? Como também informa Motta Araújo, seus principais dirigentes renunciaram alguns anos depois, e o governo norte-americano, no lugar de multar a empresa, lhe fez generoso empréstimo para que ela fizesse frente, em melhores condições, aos eventuais efeitos do escândalo sobre os seus negócios.
A Lockheed, conclui André Motta Araújo em seu texto, vale hoje 68 bilhões de dólares, e continua trabalhando normalmente, atendendo a enormes contratos, com o poderoso setor de defesa norte-americano.
Enquanto isso, no Brasil, os dirigentes de nossas principais empresas nacionais de defesa, constituídas, nesses termos, segundo a Estratégia Nacional de Defesa, em 2006, para, com sede no Brasil e capital votante majoritariamente nacional, fazer frente à crescente, quase total desnacionalização da indústria bélica, e gerir alguns dos mais importantes programas militares da história nacional, que incluem novos mísseis ar-ar, satélites e submarinos, entre eles nosso primeiro submersível atômico, encontram-se, quase todos, na cadeia.
O Grupo Odebrecht, o Grupo Andrade Gutierrez, o OAS e o Queiroz Galvão têm, todos, relevante participação na indústria bélica e são os mais importantes agentes empresariais brasileiros da Estratégia Nacional de Defesa. Essas empresas entraram para o setor há alguns anos, não por ter algum privilégio no governo, mas simplesmente porque se encontravam, assim como a Mendes Júnior, entre os maiores grupos de engenharia do Brasil, ao qual têm prestado relevantes serviços, desde a época do regime militar e até mesmo antes, não apenas para a União, mas também para estados e municípios, muitos deles governados pela oposição, a quem também doaram e doam recursos para campanhas políticas de partidos e candidatos.
Responsáveis por dezenas de milhares de empregos no Brasil e no exterior, muitos desses grupos já estão enfrentando, depois do início da Operação Lava-Jato, gravíssimos problemas de mercado, tendo tido, para gaúdio de seus concorrentes externos, suas notas rebaixadas por agências internacionais de crédito.
Projetos gigantescos, tocados por essas empresas no exterior, sem financiamento do BNDES, mas com financiamento de bancos internacionais que sempre confiaram nelas, como o gasoduto do Perú, por exemplo, de quase 5 bilhões de dólares, ou a linha 2 do metrô do Panamá, que poderiam gerar centenas de milhões de dólares em exportação de produtos e serviços pelo Brasil, correm risco de ser suspensos, sem falar nas numerosas obras que estão sendo tocadas dentro do país.
Prisões provocadas, em alguns casos, por declarações de bandidos, que podem ser tão mentirosas quanto interesseiras ou manipuladas, que por sua vez, são usadas para justificar o uso do Domínio do Fato - cuja utilização como é feita no Brasil já foi criticada jurídica e moralmente pelo seu criador, o jurista alemão Claus Roxin - às quais se somam a mera multiplicação aritmética de supostos desvios, pelo número de contratos, sem nenhuma investigação, caso a caso, que os comprove, inequivocamente, e por suposições subjetivas, pseudo-premonitórias, a propósito da possível participação dessas empresas em um pacote de concessão de projetos de infra-estrutura que ainda está sendo planejado e não começou, de fato, sequer a ser oficialmente oficialmente estruturado.
O caso Lockheed, o caso Siemens, e mais recentemente, o do HSBC, em que o governo suiço multou esse banco com uma quantia mínima frente à proporção do escândalo que o envolve, nos mostram que a aplicação da justiça, lá fora, não se faz a ferro e fogo, e que ela exige bom senso para não errar na dose, matando o paciente junto com a doença.
Mais uma vez, é necessário lembrar, é preciso combater a corrupção, mas sem arrebentar com a Nação, e com alguns dos principais pilares que sustentam nossa estratégia de desenvolvimento nacional e de projeção nos mercados internacionais.
No futuro, quando se observar a história do Brasil deste período, ao tremendo prejuízo econômico gerado por determinados aspectos da Operação Lava-Jato, mutíssimo maior que o dinheiro efetivamente, comprovadamente, desviado da Petrobras até agora, terá de ser somado incalculável prejuízo estratégico para a defesa do país e para a nossa indústria bélica, que, assim como a indústria naval, se encontrava a duras penas em processo de soerguimento, depois de décadas de estagnação e descalabro.
No Exército, na Marinha, na Força Aérea, muitos oficiais - principalmente aqueles ligados a projetos que estão em andamento, na área de blindados, fuzis de assalto, aviação, radares, navios, satélites, caças, mísseis, submarinos, com bilhões de reais investidos - já se perguntam o que irá acontecer com a Estratégia Nacional de Defesa, caso as empresas que representam o Brasil nas joint-ventures empresariais e tecnológicas existentes vierem a quebrar ou a deixar de existir.
Vamos fazer uma estatal para a fabricação de armamento, que herde suas participações, hipótese que certamente seria destroçada por violenta campanha antinacional, levada a cabo pelos privatistas e entreguistas de sempre, com o apoio da imprensa estrangeira e de seus simpatizantes locais, com a desculpa de que não se pode “inchar”” ainda mais um estado que na verdade está sub-dimensionado para as necessidades e os desafios brasileiros?
Ou vamos simplesmente entregar essas empresas, de mão beijada, aos sócios estrangeiros, com a justificativa de que os projetos não podem ser interrompidos, perdendo o controle e o direito de decidir sobre nossos programas de defesa, em mais um capítulo de vergonhoso recuo e criminosa capitulação?
Com a palavra, o STF, o Ministério da Defesa, e a consciência da Nação, incluindo a dos patriotas que militam, discreta e judiciosamente, de forma serena, honrosa e equilibrada, no Judiciário e no Ministério Público.

PORTAL BBC


Cinco momentos: os altos e baixos da relação Dilma-Obama


João Fellet Enviado Especial Da Bbc Brasil A Nova York

Ao visitar nesta segunda-feira o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca, Dilma Rousseff espera superar o esfriamento da relação que acompanhou as denúncias de que havia sido espionada pelo governo americano, em 2013.
O maior objetivo de Dilma na visita é estimular a economia brasileira, que está em recessão. Ela tentará convencer empresas americanas a participar dos leilões que o governo está organizando na área de infraestrutura e discutirá com o governo americano formas de facilitar as exportações de produtos brasileiros para os Estados Unidos.
Em sua viagem, Dilma também visitará o Vale do Silício, o mais famoso polo tecnológico do mundo, na Califórnia. Ela tem dito que outro objetivo importante de sua visita é ampliar a cooperação com os Estados Unidos no campo da inovação.
No poder desde 2011, a brasileira já teve outras prioridades em seus contatos com Obama, como pode ser visto abaixo, na lista que a BBC Brasil preparou com cinco dos principais momentos na relação dos dois líderes:
Visita de Obama ao Brasil (março de 2011)
Dois anos após tomar posse, Obama visitou o Brasil em meio a um giro pela América Latina. Um dos principais interesses dele na visita era aumentar as compras de petróleo brasileiro e diminuir a dependência americana de produtores do Oriente Médio.
Na época, o setor petrolífero brasileiro vivia uma onda de euforia. Acreditava-se que a descoberta das reservas no pré-sal tornaria o país um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
Obama também estava interessado em discutir com o Brasil parcerias no setor de biocombustíveis, o que casava com o interesse de Dilma em eliminar as tarifas nos Estados Unidos à compra de etanol brasileiro.
A visita não gerou, porém, os efeitos desejados nesses campos.
Dificuldades técnicas para explorar o pré-sal impediram uma rápida expansão da produção brasileira. E, nos anos seguintes, os Estados Unidos protagonizaram uma revolução energética ao desenvolver tecnologias para extrair gás de xisto, reduzindo sua dependência de petróleo e diminuindo o apelo dos biocombustíveis no país.

Visita de Dilma aos EUA (abril de 2012)
Energia e bicombustíveis também foram temas da primeira visita de Dilma aos EUA, mas outras áreas receberam atenção equivalente, entre as quais educação e defesa.

Poucos meses antes, Dilma tinha lançado o programa Ciência Sem Fronteiras, que pretendia financiar a ida de 100 mil alunos brasileiros a universidades estrangeiras e se tornaria uma das vitrines do governo.

Naquela visita, a presidente estava empenhada em abrir universidades americanas de ponta a estudantes brasileiros e visitou duas delas: Harvard e o MIT (Massachussets Institute of Technology), ambas em Boston.
As negociações tiveram bons resultados: os Estados Unidos se tornaram o maior destino de alunos brasileiros no Ciência Sem Fronteiras. Das 78 mil bolsas já concedidas pelo programa, 22 mil foram em universidades nos Estados Unidos.
Um dos momentos mais delicados do encontro ocorreu quando Dilma defendeu que Cuba fosse convidada para a Cúpula das Américas, que ocorreria dentro de poucos dias na Colômbia. Os Estados Unidos haviam vetado a participação de Havana e mantiveram a posição.

Cancelamento da visita (setembro de 2013)
A relação entre os dois líderes chegou ao ponto mais baixo quando Dilma decidiu cancelar a visita de Estado que faria a Washington em outubro de 2013.
Ela reagiu às denúncias de que havia sido espionada pela agência de segurança nacional americana, a NSA. As denúncias se embasavam em documentos divulgados por Edward Snowden, um ex-analista da agência.
Dilma condicionou o reatamento das relações com os Estados Unidos a um pedido de desculpas. E, junto com a Alemanha, cuja premiê também fora alvo da NSA, articulou na ONU a aprovação de uma resolução contra a espionagem.
O episódio congelou o diálogo entre os governos de Brasil e Estados Unidos em várias áreas. Caso a visita ocorresse, esperava-se que Dilma anunciasse a compra de jatos da americana Boeing para a Força Aérea Brasileira (FAB), num negócio de mais de US$ 4 bilhões. O governo acabou optando por jatos suecos Gripen.

Funeral de Nelson Mandela (dezembro de 2013)
O gelo entre os dois países começou a ser quebrado no funeral de Nelson Mandela, na África do Sul. Dilma e Obama conversaram, sorriram e se abraçaram na missa do líder sul-africano.

O clima do encontro foi favorecido por um acontecimento histórico ocorrido momentos antes, quando Obama apertou a mão do presidente cubano, Raúl Castro. O gesto sinalizaria o início da reaproximação entre as duas nações.
Dilma e Obama já haviam se encontrado após o escândalo da espionagem numa cúpula na Rússia, mas na ocasião apenas trocaram um aperto de mão, sem sorrir.

Cúpula das Américas no Panamá (abril 2015)
Em encontro com Obama às margens da cúpula na Cidade do Panamá, Dilma finalmente remarcou sua visita aos Estados Unidos. A presidente estava bem humorada e disse que o episódio da espionagem havia sido superado.
Outra vez, o encontro foi favorecido por um acontecimento histórico. Era a primeira vez que Cuba participava da reunião, estreia saudada por todos os líderes da reunião.
Obama ofereceu a Dilma a possibilidade de visitar os Estados Unidos numa visita de Estado, mais formal, em 2016, mas a presidente preferiu realizar uma visita de trabalho mais cedo.
Segundo assessores, o clima econômico no Brasil a influenciou a viajar antes.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL BRASIL POST


Dilma Rousseff chega aos Estados Unidos para visita de governo; Entenda o que está em jogo

De Gabriela Bazzo

Neste domingo (28), a presidente Dilma Rousseff inicia, nos Estados Unidos, uma visita de quatro dias. A ida de Dilma ao país coloca, de certa forma, fim a um imbróglio diplomático que começou há dois anos, com as revelações de Edward Snowden sobre as atividades de espionagem da agência americana NSA.
Na época, Dilma tinha uma visita de Estado marcada para o mês de outubro. No entanto, diante das denúncias de que as comunicações brasileiras eram espionadas pelo governo de Barack Obama, a viagem foi cancelada. A mandatária também fez severas críticas ao governo americano em seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em 2013.
"Imiscuir-se dessa forma na vida de outros países fere o Direito Internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas. Jamais pode uma soberania firmar-se em detrimento de outra soberania. Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e civis fundamentais dos cidadãos de outro país."
Depois do afastamento, os dois países começaram, neste ano, uma reaproximação, marcada pela vinda do vice de Obama, Joe Biden para a posse da mandatária. Foi durante a Cúpula das Américas, no Panamá, que os detalhes da visita começaram a ser acertados.
Para o o subsecretário-geral Político I do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Antonio da Rocha Paranhos, a espionagem já é página virada entre os dois países. “É importante não tentar requentar esse assunto, que a essa altura já está resolvido entre os dois países. Esse tema foi superado”.
A agenda de Dilma começa por Nova York, onde a mandatária deve se encontrar com empresários e investidores americanos e brasileiros. Ainda na cidade, ela deve participar de um seminário empresarial.
“A visita representa uma importante retomada de contato com as mais variadas vertentes: política, empresarial e com a área de ciência, tecnologia e inovação”, afirmou Paranhos.
Segundo o Estado de S. Paulo, um dos objetivos do governo brasileiro na visita é atrair investimentos e tentar desmantelar barreiras que prejudicam o livre comércio.
Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil, afirmou ao jornal que a inovação também está no topo da lista do governo brasileiro. “Trata-se da economia com maior capacidade de inovação, tem muitos laboratórios”, disse.
Depois da agenda econômica em NY, Dilma parte para a agenda política em Washington. Na capital americana, ela vai participar de um jantar oferecido por Obama, e vai almoçar no Departamento de Estado. A presidente também tem uma reunião marcada com o mandatário americano.
Essa reunião, aliás, simboliza uma mudança importante na postura do Brasil com relação à cooperação na área de defesa com os americanos, com aumento na troca de informações sigilosas, expansão de exercícios militares, aproximação das Forças Armadas e ampliação das possibilidades de compra e venda de equipamentos para esse setor. Haverá também a adoção de dois tratados que foram assinados com os EUA em 2010, mas nunca foram postos em prática. A aprovação dos documentos pode ser vista como um dos resultados da viagem de Dilma.
A ida de Dilma aos EUA, no entanto, não configura uma visita de Estado, que geralmente são mais longas e preveem uma série de ritos, mas sim uma visita de governo. De acordo com a BBC, a mudança nos planos foi devido ao fato de que a Casa Branca só tinha datas disponíveis para uma visita de Estado no ano que vem, ano eleitoral tanto no Brasil quanto nos EUA. A presidente vai acompanhada por uma comitiva de 11 ministros, sendo que alguns deles permanecerão com a mandatária apenas durante parte da viagem.
Além dos contatos focados em inovação e educação, os dois países devem anunciar uma acordo na área da Previdência Social que permitirá o reconhecimento recíproco de contribuições feitas por brasileiros nos Estados Unidos e vice-versa. Segundo cálculo do governo americano, isso dará às empresas uma economia de US$ 900 milhões no período de seis anos.
Ainda com Obama , a prioridade será abordar o futuro da relação entre os países. Por isso, os dois mandatários anunciarão a intenção de dobrar o comércio bilateral em dez anos, no momento em que o Brasil olha para além de suas fronteiras em busca de oxigênio para sua economia. Os EUA são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China.
De Washington, Dilma viaja a São Francisco, onde terá uma agenda ainda mais voltada para a inovação. Na Califórnia, a presidente terá compromissos nas universidades de Stanford e Berkeley. Na cidade, Dilma se reunirá com acadêmicos e com representantes de empresas de tecnologia. Dilma também deve visitar as instalações da Google. A visita termina no dia 1º de julho.

PORTAL ALAGOAS 24 HORAS (AL)


Diárias de senadores na Venezuela passam de R$ 13 mil

As duas viagens de senadores – da oposição e da base – à Venezuela vão custar mais de R$ 13 mil aos cofres públicos. Isso, só com as diárias dos parlamentares. Cada um dos 12 senadores receberá diária de US$ 353 – cerca de R$ 1.104,26 na cotação de sexta-feira. Esse é o valor pago pelo Senado para viagens de parlamentares para a América do Sul.
Na comitiva da oposição, que tinha viajado na semana passada ao país, estavam Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e outros cinco oposicionistas ao governo de Dilma Rousseff. Apenas uma diária foi necessária, já que a comitiva não concluiu o roteiro que tinha planejado.
O Senado também gastou com diárias de dois funcionários, que fizeram a cobertura jornalística do evento. Foram pagas duas diárias, com valor total de R$ 3.064,04. Os servidores foram em voo de carreira. Uma passagem comercial para Caracas, ida e volta, custa cerca de R$ 3.900,00.
Na última quinta-feira, quatro senadores da base retornaram à Venezuela em missão oficial. Os dois funcionários também acompanharam a segunda viagem.
Os gastos com os traslados não foram divulgados. Os senadores foram à Venezuela em uma avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Os custos da missão oficial não são divulgados, já que é uma informação considerada estratégica por envolver aeronave militar” informou a assessoria de comunicação da FAB.

PORTAL BOA INFORMAÇÃO (AL)


Digitalização aumenta eficiência. 

Ticiana de Castro
Editora Diarinho

Para comemorar 110 anos de presença e atividades no país, a Siemens divulgou, na última terça-feira, o estudo intitulado “Digitalização, Tendências e Soluções para um Brasil mais Competitivo”, uma realização em conjunto com a Fundação Dom Cabral (FDC), a qual objetivou mapear o estado da digitalização das companhias no país e os impactos que esta realidade pode gerar na economia.
A FDC combinou os dados de uma pesquisa com 250 participantes de segmentos estratégicos da economia nacional, como setores automotivo, mineração e siderurgia, química, serviços públicos, transmissão de energia, eletro e eletroeletrônicos, alimentos e bebidas, com os resultados do Anuário de Competitividade Mundial, do IMD, e do Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial. “No mundo, a digitalização está criando uma nova paisagem na economia. O estudo mostra que a cada 10% de investimento neste setor das empresas há um crescimento de 0,75% no PIB e aumento de 1% na taxa de emprego”, diz Paulo Stark, CEO e presidente da Siemens Brasil, para, em seguida, acrescentar: “A digitalização tem potencial para duplicar ou triplicar a produtividade brasileira, e nós enxergamos uma oportunidade histórica para dar um grande salto em nosso desenvolvimento econômico. Vemos em países como os Estados Unidos, o Canadá, a Alemanha e a China, uma integração de forças entre setores público e privado voltada ao aumento da competitividade. É essencial que o Brasil desenvolva a mesma discussão a fim de construir uma agenda nacional sobre isso”, completou.
Benefícios
De acordo com o professor Carlos Arruda, reitor adjunto da Fundação Dom Cabral e coordenador, no Brasil, dos estudos citados, a digitalização leva ao crescimento da produtividade não só em terras brasileiras, mas em outros 144 países do mundo. No estudo da Siemens, 85% dos entrevistados endossam a assertiva, indicando que acreditam que a digitalização pode aumentar a competitividade brasileira, especialmente em termos de produtividade industrial e gerenciamento de energia.
Os benefícios, segundo a maioria dos que responderam as perguntas (90% a 95%), estão relacionados principalmente à utilização eficiente dos recursos, tomada de decisão e eficiência energética. O estudo mostra ainda que a estratégia digital, a gestão de dados e o desenvolvimento de processos virtuais já estão moldando a agenda dos executivos locais, especialmente nos setores automotivo, de energia e químico.
Dos entrevistados que já investem na digitalização dos seus negócios, 72% afirmam que o processo de implementação está bem avançado, especialmente nas indústrias que fazem uso intensivo de tecnologia, como o automotivo e químico, além de concessionárias de energia.
Obstáculos
Na lista dos desafios para implementar uma estratégia digital, 55% dos questionados indicaram o medo de roubo de dados ou espionagem industrial e 52% citaram a falta de condições diferenciadas para investimentos. Com relação às barreiras internas, 57% apontaram a cultura da empresa, 53% os custos operacionais e 52% a dificuldade em quantificar os benefícios. Para 54% das grandes empresas, um desafio é a integração de novas tecnologias e softwares. Já 53% das pequenas empresas indicam a dificuldade de analisar grandes quantidades de dados.
Apesar da desaceleração da economia nacional, Joe Kaeser, presidente e CEO da Siemens AG, acredita no potencial brasileiro para o crescimento sustentável. “Neste ano de transição, o Brasil busca formas de colocar sua economia em uma base mais diversificada, competitiva e sustentável para o longo prazo. E é exatamente aí que a Siemens pode dar suporte”. Kaeser destaca que a digitalização está criando um novo cenário econômico e oportunidades em todo o mundo. “Fazemos negócios em mais de 200 países e clientes do mundo todo nos relatam como a digitalização está mudando paradigmas, como ela está remodelando seus negócios e o ambiente competitivo”, assegura.
Metrô "Driverless"
A Siemens desenvolveu e forneceu o sistema driverless para os trens da Linha 4- Amarela do Metrô de São Paulo, que está sendo operada pela concessionária Via Quatro. Trata-se da primeira frota sem condutor baseada no conceito de automação integral em comunicação e utilizando a tecnologia CBTC – Communication Based Train Control da América Latina. Essa solução permite a operação remota dos trens e um menor tempo de espera para o usuário na estação, reduzindo o intervalo de circulação entre as composições.
“Os usuários, assim, podem circular entre um carro e outro, sem contar o aumento do conforto, segurança e rapidez, pois o tempo de espera é de aproximadamente 75 segundos”, afirma Christian Marcadet, da divisão de mobilidade da Siemens.
Segundo ele, outra solução inédita no sentido da inovação tecnológica é o retificador controlado, que permite regular o consumo de energia para atender os trens, assim é possível utilizar exatamente a energia necessária evitando desperdício.
Parceria com Embraer
Há mais de 45 anos de atividades, uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo mostra como pode ser competitiva e, ao mesmo tempo, digitalizada. Atualmente, atua nas etapas de projeto, desenvolvimento, fabricação, venda e suporte pós-venda de aeronaves para os segmentos de aviação comercial, executiva, além de oferecer soluções integradas para defesa de segurança e sistemas, tendo, como diferencial, foco na análise estrutural de suas criações, desenvolvimento e aperfeiçoamento do design e estímulo da inventividade de seus funcionários.
Inclusive, foi por meio de um de seus trabalhadores que foi proposto o “Siemens Process Simulate” (espécie de “Processo Simulado Siemens”), que está sendo usado na perfuração e processo de rebite para painéis de fuselagem de diferentes aeronaves da Embraer.



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