NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 28/06/2015 / Aeronáutica, Marinha e 8 órgãos abrem inscrições para 734 vagas
 Aeronáutica, Marinha e 8 órgãos abrem inscrições para 734 vagas ...
Aeronáutica
A Aeronáutica abriu concurso para 112 vagas para o Exame de Admissão ao Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica do ano de 2016 (EA Camar 2016).
O concurso aceita candidatos de ambos os sexos. O salário não foi informado.
As inscrições devem ser feitas de 30 de junho a 30 de julho pelos sites www.fab.mil.br e www.ciaar.com.br. O concurso terá prova escrita, em 13 de setembro, a partir das 9h40.
 Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Carro com quatro cadetes da AFA cai de viaduto na Rodovia Anhanguera
Veículo ficou destruído, mas militares sofreram ferimentos leves e estão bem. Acidente aconteceu por volta das 5h deste sábado (27), em Porto Ferreira.
Do G1 São Carlos E Araraquara
Quatro  cadetes da Força Aérea Brasileira (FAB) sofreram um acidente na  madrugada deste sábado (27) na Rodovia Anhanguera (SP-330), na entrada  de Porto Ferreira (SP). O carro em que eles estavam caiu de um viaduto,  mas todos sofreram apenas feridos leves e passam bem.
Segundo a Polícia Rodoviária, o acidente aconteceu por volta das 5h no km 202 da rodovia, no sentido São Paulo - Interior.
Segundo a Polícia Rodoviária, o acidente aconteceu por volta das 5h no km 202 da rodovia, no sentido São Paulo - Interior.
Os policiais contaram que o motorista do  carro perdeu o controle da direção ao acessar um retorno da rodovia. O  veículo bateu em uma placa de sinalização e, na sequência, caiu do  viaduto.
As vítimas foram socorridas pelo Serviço  de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas à Santa Casa de  Misericórdia de Pirassununga. Os quatro tiveram ferimentos leves e serão levados para o hospital da FAB para mais exames.
Dilma chega a Nova York ao lado de comitiva de ministros
Presidente tentará atrair investimentos e terá encontro com Obama. Saída de Brasília atrasou devido a reunião de última hora no Planalto.
Do G1, Em Brasília
A presidente  Dilma Rousseff desembarcou na noite deste sábado (27), acompanhada de  comitiva de ministros, em Nova York para cumprir agenda política e  econômica nos Estados Unidos até a próxima quinta-feira (2), segundo  informou a Secretaria de Imprensa da Presidência da República. A visita  incluirá encontro com empresários e com o presidente norte-americano,  Barack Obama.
O avião presidencial pousou no Aeroporto  Internacional John F. Kennedy por volta das 20h e, às 21h15, Dilma  chegou ao hotel St. Regis, de acordo com a assessoria da Presidência.  Não há agenda oficial prevista para este sábado.
Ao chegar ao hotel, Dilma foi perguntada  sobre qual é a expectativa para o encontro com Obama. "Muito boa",  respondeu a presidente. Ela não parou para conversar com a imprensa.  Além de retomar diálogo com o governo norte-americano, a viagem tem como  objetivo atrair para o Brasil investimentos em infraestrutura. A  primeira agenda oficial de Dilma será neste domingo, às 11h (10h no  horário de Brasília), com empresários brasileiros.
A ida para os EUA ocorre num dia delicado  para o governo. Na edição deste fim de semana, a revista “Veja”  publicou reportagem que lista o nome de 18 políticos supostamente  citados pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiados  com dinheiro oriundo do esquema de corrupção na Petrobras investigado  pela Operação Lava Jato. De manhã, o embarque da presidente atrasou  devido a reunião com ministros marcada de última hora.
Outro contratempo foi a internação do  ministro da Fazenda, Joaquim Levy, membro da comitiva formada pelos  chefes de 11 pastas do governo federal. Ele foi internado nesta  sexta-feira em Brasília com embolia pulmonar, que ocorre quando coágulo  entope uma veia e obstrui a chegada do sangue ao pulmão. Levy foi  liberado na madrugada deste sábado, mas não pôde embarcar com os colegas  em avião oficial. A previsão era que o ministro viajasse em voo  comercial nesta noite.
Visita oficial
A comitiva presidencial é formada pelos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Jaques Wagner (Defesa), Joaquim Levy (Fazenda), Renato Janine Ribeiro (Educação), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Nelson Barbosa (Planejamento), Ricardo Berzoini (Comunicações), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Kátia Abreu (Agricultura) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), além do assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
A comitiva presidencial é formada pelos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Jaques Wagner (Defesa), Joaquim Levy (Fazenda), Renato Janine Ribeiro (Educação), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Nelson Barbosa (Planejamento), Ricardo Berzoini (Comunicações), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Kátia Abreu (Agricultura) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), além do assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
A viagem presidencial ocorre um ano  e nove meses após o cancelamento de visita Estado aos Estados Unidos. O  objetivo desta vez é retomar as relações diplomáticas, atrair  investimentos para concessões na área de infraestrutura (aeroportos,  portos, rodovias e ferrovias) e impulsionar a economia.
Esta é a primeira vez que a Dilma fará  visita oficial ao país após as denúncias de que agências de inteligência  norte-americanas teriam espionado líderes mundiais, incluindo a própria  presidente, há quase dois anos – ela chegou a estar no país duas vezes,  mas para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações  Unidas (ONU).
Nos quatro dias em que permanecerá nos  Estados Unidos, Dilma terá compromissos em Nova York, Washington e São  Francisco. Nas três cidades, terá encontros com empresários dos setores  financeiro, manufatureiro, de investimentos, tecnologia e inovação.
Aeronáutica, Marinha e 8 órgãos abrem inscrições para 734 vagas
Do G1 Em São Paulo
Dia 30
Aeronáutica
A Aeronáutica abriu concurso para 112 vagas para o Exame de Admissão ao Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica do ano de 2016 (EA Camar 2016). O concurso aceita candidatos de ambos os sexos. O salário não foi informado. As inscrições devem ser feitas de 30 de junho a 30 de julho pelos sites www.fab.mil.br e www.ciaar.com.br. O concurso terá prova escrita, em 13 de setembro, a partir das 9h40.
Aeronáutica
A Aeronáutica abriu concurso para 112 vagas para o Exame de Admissão ao Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica do ano de 2016 (EA Camar 2016). O concurso aceita candidatos de ambos os sexos. O salário não foi informado. As inscrições devem ser feitas de 30 de junho a 30 de julho pelos sites www.fab.mil.br e www.ciaar.com.br. O concurso terá prova escrita, em 13 de setembro, a partir das 9h40.
Ex-embaixadora defende uma relação ‘confiável’
Executiva afirma que EUA aguardam criar diálogo para que Brasil ‘participe de maneira mais intensa na cadeia global’ do setor
Claudia Trevisan O Estado De S. Paulo
Embaixadora dos  Estados Unidos no Brasil de 2002 a 2004, Donna Hrinak diz que a  desconfiança que marca a relação bilateral vai além do escândalo  provocado pela revelação de que a agência de espionagem americana, a  NSA, monitorou comunicações da presidente Dilma Rousseff. “A maioria dos  que tomam decisões no Brasil pensa que, se algo é bom para os Estados  Unidos, ele deve de alguma forma ser ruim para o Brasil. E para a  maioria dos que tomam decisões ou têm influência nos Estados Unidos, o  Brasil não é considerado um parceiro confiável”, afirmou Hrinak,  representante no Brasil da Boeing, a “empresa mais prejudicada pelo  escândalo”.
Na sua avaliação, o que seria uma visita bem-sucedida?
Nós queremos o Acordo de Cooperação em  Defesa e o GSOMIA (Acordo Geral de Segurança de Informação Militar). No  Fórum de CEOs, realizado na semana passada em Brasília, houve  recomendações para a criação de um diálogo na área de defesa semelhante  ao que existe no setor de aviação, que envolva os setores público e  privado.
O que mudará com a ratificação dos dois acordos?
O GSOMIA significa que nós poderemos dar  ao Brasil uma gama mais ampla de informações militares. Isso significa  que poderemos compartilhar mais tecnologia, o que abre as portas para  mais vendas. Há um outro acordo, de salvaguardas tecnológicas, que  permite maior cooperação.
A sra. chegou a dizer que a Boeing foi a grande perdedora do escândalo da NSA.
Acredito que não há nenhuma  companhia em nenhum dos lados que tenha perdido um grande contrato como  nós perdemos, principalmente em razão das revelações da NSA.
Isso está superado?
Sim. Os Estados Unidos foram adiante dois  dias depois e eu temo que não tenham manifestado isso de maneira muito  construtiva. E acho que o Brasil está pronto para fazer o mesmo. O  Brasil entende que há muitas áreas nas quais o trabalho conjunto pode  trazer benefícios para ambos os lados.
Como a situação atual do País afeta a percepção dos investidores estrangeiros?
Nós (Boeing) estamos no Brasil a longo  prazo. A área que estamos expandindo é a de pesquisa e desenvolvimento.  Falando com outras pessoas da comunidade empresarial, eu vejo que pesa o  fato de o Brasil ter um grande mercado doméstico. Se estão no setor de  bens de consumo, eles dizem ‘há dificuldades, mas são 210 milhões de  pessoas, eu tenho que estar aqui’. Essas companhias estão adotando uma  visão de longo prazo.
A sra. foi embaixadora no Brasil. Qual a importância do País para os Estados Unidos?
A questão é qual a importância do Brasil  para o mundo. Essa é a sétima maior economia do mundo. É um País com 18%  das reservas de água doce do planeta. É o primeiro ou seguramente o  segundo maior exportador de alimentos. O mundo enfrentará algumas  questões críticas nos próximos 30 anos. Se quisermos resolver os  problemas de segurança alimentar, energia, mudança climática, o Brasil  precisa estar na mesa. Se os EUA querem aliados importantes que serão  úteis na promoção de nossas próprias posições, nós temos que trabalhar  com o Brasil.
A relação atual reflete essa posição do Brasil no mundo?
Ainda não, mas está melhor. Na embaixada,  nós tínhamos uma proposta de convidar o Brasil para os encontros do G7  ou G8. As pessoas em Washington não tomaram a proposta de maneira séria.  Hoje, nós temos o G20 e o Brasil está lá. Há mudanças.
A Boeing será anfitriã do encontro de Dilma com representantes do setor aeroespacial em San Francisco. O que podemos esperar?
Que haja uma discussão aberta sobre  inovação aeroespacial e sobre como os países podem se preparar para  participar da cadeia de produção e produzir inovação. É algo que Dilma  quer. É uma chance de olhar o que é preciso para o Brasil participar de  maneira mais intensa na cadeia global de produção desse setor. Tomando o  exemplo da Boeing, a cada ano nós compramos US$ 1 bilhão de produtos do  México. Do Brasil, é zero. O mais interessante é que o Brasil tem uma  indústria aeroespacial, por causa da Embraer, mas, se quiser participar  da cadeia global de produção, precisa olhar para outras opções.
COLUNA ESPLANADA
Leandro Mazzini
Fim da farra
Aliás, desde que a presidente Dilma baixou norma proibindo as viagens de fins de semana para casa, a farra acabou. Pelos registros da FAB, agora só há voos a serviço.
Aliás, desde que a presidente Dilma baixou norma proibindo as viagens de fins de semana para casa, a farra acabou. Pelos registros da FAB, agora só há voos a serviço.
Ao viajar o País, Eduardo Cunha quer consolidar candidatura à presidência, dizem especialistas
Com projeto itinerante, presidente da Câmara vende suas ideias políticas pelas capitais
Carolina Martins Do R7, Em Brasília
Viajar todo o  País para colocar em discussão os temas em debate no Legislativo e  aproximar a população da Câmara dos Deputados. É esse o objetivo central  do projeto Câmara Itinerante, que tem como líder o presidente da Casa,  deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mas, para cientistas políticos ouvidos  pelo R7, a iniciativa é um projeto pessoal de Cunha que quer se  promover e construir o caminho da candidatura à presidência da República  em 2018.
Desde março o deputado percorre as  capitais dos Estados brasileiros, promovendo debates nas Assembleias  Legislativas das cidades, com a participação de deputados federais,  estaduais e vereadores.
Em pouco mais de um mês, seis cidades  foram visitadas: Curitiba (PR), São Paulo (SP), Cuiabá (MT), Campo  Grande (MS), Natal (RN) e João Pessoa (PB).
Para o professor de Ciência Política da  FGV/SP (Fundação Getúlio Vargas de São Paulo) Francisco Fonseca, a  intenção de Cunha é se tornar conhecido, ganhar visibilidade e se  consolidar como candidato à presidência pelo PMDB na próxima eleição  presidencial.
O especialista afirma que a ideia de  aproximar a Câmara dos Deputados da população é interessante, mas avalia  que não é isso que tem sido feito por Eduardo Cunha.
— Dar uma palestra em uma assembleia  legislativa, como ele tem feito, não tem significado nenhum. Acho  bastante pobre. É muito mais uma tentativa de legitimar as pautas  hiperconservadoras que ele vem colocando do que escutar o cidadão. É um  projeto de promoção pessoal, para se promover, porque ele é candidato à  presidência da República, sem dúvida.
O cientista político da UnB (Universidade  de Brasília) Antonio Flávio Testa também acredita que a presidência da  República pode estar nos planos de Eduardo Cunha, mas pondera que ainda é  cedo para analisar.
De acordo com o professor, além de se  tornar conhecido no País, Cunha vai precisar eleger muitos aliados nas  eleições municipais de 2016 para conseguir se candidatar.
— Se ele conseguir eleger, com seus  aliados, muitos prefeitos no ano que vem e ter uma base que dê a ele  suporte político, ele pode se lançar candidato. Ele quer se tornar  conhecido como líder político para eventualmente se candidatar ao  governo do Rio de Janeiro, ou ser postulante a presidente pelo PMDB - o  que é muito mais difícil, mas não é impossível.
Vaias e protestos
Em quase todas as viagens, Cunha enfrentou protestos contra seu posicionamento político, que é considerado conservador.
Na última edição da Câmara Itinerante,  realizada em Cuiabá, manifestantes tentaram ocupar as galerias da  Assembleia como cartazes contra a homofobia e a terceirização. Como os  cidadãos foram proibidos de entrar na Casa, o movimento LGBT organizou  um beijaço em frente aos policiais que faziam o bloqueio dos  manifestantes.
Em João Pessoa, Eduardo Cunha foi vaiado e  o protesto acabou em confusão depois que os seguranças tentaram conter  os manifestantes. Com o confronto, o presidente da Câmara foi impedido  de discursar e acabou antecipando sua saída da Assembleia Legislativa.
Por meio do Twitter, o deputado afirmou que o protesto foi orquestrado pelo Partido dos Trabalhadores.
— Lamentável as agressões promovidas pelo  PT na Paraíba. Um militante da juventude do PMDB foi covardemente  agredido na Assembleia da Paraíba por militantes do PT.
Vaias e beijaço gay também foram  registrados durante as visitas de Eduardo Cunha a São Paulo e ao Rio  Grande do Sul, ainda que, neste último Estado, fora do projeto Câmara  itinerante.
O professor da FGV acredita que essa  rejeição à Eduardo Cunha é ruim para os planos dele de disputar a  presidência da República. De acordo com o especialista, os protestos  mostram que o brasileiro não aceita mais o jeito de fazer política  defendido pelo presidente da Câmara.
— Não está funcionando [a estratégia de  popularização]. Daqui a pouco ele vai ter que entrar e sair dos lugares  pelos fundos, porque ele tem sido vaiado, está surgindo um movimento  contrário a ele. Este modelo de truculência, de votar sem discutir, não é  assim. A sociedade brasileira é muito mais complexa.
No entanto, o cientista político da UnB  avalia que as vaias são bastante positivas para Cunha, já que o objetivo  do deputado é ganhar visibilidade. Na análise do professor Testa, a  repercussão negativa no público gay, por exemplo, ajuda a aumentar a  aprovação de Cunha entre eleitores que também são contra projetos para  as minorias.
— É excelente porque ele fica na mídia o  tempo todo. Para ele é muito bom, começa a ter visibilidade, e na medida  em que a coisa vai se consolidando, ele pode lançar suas ideias e  conquistar o seu público. Ele tem que se cacifar nesses dois anos [de  mandato como presidente da Câmara] e tem sido um personagem polêmico, o  que dá notoriedade.
Viagens em aviões da FAB
De acordo com a assessoria da  presidência da Câmara, as viagens de Eduardo Cunha são feitas com avião  fretado da FAB (Força Aérea Brasileira). Quando há vagas, os  parlamentares que o acompanham vão junto na aeronave.
Apesar de Cunha ter direito de usar a  cota parlamentar para pagar as despesas com alimentação e transporte nas  cidades para onde viaja, a presidência informou que o deputado não usou  nenhuma até agora.
Os deputados e senadores que acompanham  Eduardo Cunha viajam por conta da Câmara, em voos comerciais, pagos pela  cota parlamentar. Os funcionários que acompanham a caravana, como  seguranças, jornalistas e integrantes da equipe de cerimonial, também  têm as despesas pagas pela Câmara dos Deputados.
A próxima parada da Câmara Itinerante  será em Florianópolis (SC), no dia 8 de maio. O objetivo do projeto é  percorrer todas as capitais do País.
JORNAL OPÇÃO (GO)
O militar goiano que ajudou os Aliados a derrotarem as tropas de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial
Joaquim Pinto Magalhães, subtenente da  FEB, perdeu uma perna no conflito contra soldados e oficiais de Hitler  pelo controle da cidade de Montese. Foi a mais sangrenta das batalhas na  Itália
Euler de França Belém
No livro “Na Estrada Para Fornovo” (Nova Fronteira, 372 páginas), sobre a Força Expedicionária Brasileira, o historiador Fernando Lourenço Fernandes revela que “o Brasil teve cerca de 1.900 mortos na Segunda Guerra Mundial, total que” inclui “os pracinhas [que lutaram na Itália, entre 1944 e 1945], os marinheiros e todas as vítimas de torpedeamentos” de navios, em 1942. O doutor em história pela USP Francisco César Alves Ferraz, no livro “A Guerra Que Não Acabou: A Reintegração Social dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira, 1945-2000” (Eduel, 376 páginas), relata que, na Itália, foram mortos 443 integrantes da FEB e oito oficiais do Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB). A maioria morreu na tomada de Monte Castello, em 21 de fevereiro de 1945, e da cidade de Montese, em 14 de abril de 1945. O doutor em história pela USP Cesar Campiani Maximiano, no livro “Barbudos, Sujos e Fatigados — Soldados Brasileiros na Segunda Guerra Mundial” (Grua, 447 páginas), conta que o Brasil enviou 25.334 pessoas para a Europa — 111 eram goianos (0,47%). O coronel Aguinaldo Caiado — avô de Aguinaldo Coelho, superintendente de Cultura do governo de Goiás —, comandante do Regimento Sampaio, foi uma das figuras centrais na tomada de Monte Castello. Embora filho de goianos, nasceu no Rio de Janeiro, chegou ao generalato e, depois, se tornou senador pelo PTB, aliado de Getúlio Vargas. Ele recebeu elogios por escrito do presidente dos Estados Unidos, Harry Truman; do comandante das forças americanas na guerra contra o nazismo de Adolf Hitler, Dwight D. Eisenhower, e do general americano que comandou tropas na Itália, Willis D. Crittenberger. O tenente goiano Celso Patrício de Aquino teria sido o primeiro a chegar ao topo do Monte Castello — matando vários alemães. O pracinha Joaquim Pinto Magalhães lutou bravamente e perdeu a perna direita no combate de Montese. Escreveu o livro “O Expedicionário — Memórias da 2ª Guerra Mundial” (Max Editora, 216 páginas). Começou a guerra como cabo — na prática, atuou como sargento — e terminou como subtenente R1 da FEB.
Euler de França Belém
No livro “Na Estrada Para Fornovo” (Nova Fronteira, 372 páginas), sobre a Força Expedicionária Brasileira, o historiador Fernando Lourenço Fernandes revela que “o Brasil teve cerca de 1.900 mortos na Segunda Guerra Mundial, total que” inclui “os pracinhas [que lutaram na Itália, entre 1944 e 1945], os marinheiros e todas as vítimas de torpedeamentos” de navios, em 1942. O doutor em história pela USP Francisco César Alves Ferraz, no livro “A Guerra Que Não Acabou: A Reintegração Social dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira, 1945-2000” (Eduel, 376 páginas), relata que, na Itália, foram mortos 443 integrantes da FEB e oito oficiais do Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB). A maioria morreu na tomada de Monte Castello, em 21 de fevereiro de 1945, e da cidade de Montese, em 14 de abril de 1945. O doutor em história pela USP Cesar Campiani Maximiano, no livro “Barbudos, Sujos e Fatigados — Soldados Brasileiros na Segunda Guerra Mundial” (Grua, 447 páginas), conta que o Brasil enviou 25.334 pessoas para a Europa — 111 eram goianos (0,47%). O coronel Aguinaldo Caiado — avô de Aguinaldo Coelho, superintendente de Cultura do governo de Goiás —, comandante do Regimento Sampaio, foi uma das figuras centrais na tomada de Monte Castello. Embora filho de goianos, nasceu no Rio de Janeiro, chegou ao generalato e, depois, se tornou senador pelo PTB, aliado de Getúlio Vargas. Ele recebeu elogios por escrito do presidente dos Estados Unidos, Harry Truman; do comandante das forças americanas na guerra contra o nazismo de Adolf Hitler, Dwight D. Eisenhower, e do general americano que comandou tropas na Itália, Willis D. Crittenberger. O tenente goiano Celso Patrício de Aquino teria sido o primeiro a chegar ao topo do Monte Castello — matando vários alemães. O pracinha Joaquim Pinto Magalhães lutou bravamente e perdeu a perna direita no combate de Montese. Escreveu o livro “O Expedicionário — Memórias da 2ª Guerra Mundial” (Max Editora, 216 páginas). Começou a guerra como cabo — na prática, atuou como sargento — e terminou como subtenente R1 da FEB.
Joaquim Magalhães nasceu em Taguatinga, em 1920 (na época, Goiás; hoje, Tocantins), e morreu em 2004, em Goiânia.
Do quartel do 6º Batalhão de Caçadores de  Ipameri, município de Goiás, os militares foram levados para São Paulo,  de trem-de-ferro. “Recebemos, além da passagem, 9 mil reis. Era um  dinheirão e dava não só para as despesas de viagem mas até para conhecer  bem a pauliceia. (…) Depois de estagiarmos em Sant’Ana, São Paulo, por  seis meses, onde recebemos boa instrução em preparo físico, em armas e  em estratégias de combate, deslocamos para o litoral, e o batalhão  destacou tropas para Iguapé, Cananeia, Pariqueraçu, Itanhaém, Santos e  Barra da Ribeira”. Em seguida, seu grupo recebeu treinamento em São João  Del Rey, Minas Gerais, e no Morro do Capistrano, na vila militar do Rio  de Janeiro. O soldado goiano Brasil Segurado era um dos que mais  reclamavam dos exercícios intensivos.
Em setembro de 1944, Joaquim Magalhães  embarcou para a Itália, num navio americano, o General Mann. “A viagem  não era lá tão cômoda. Os navios superlotados com 10 mil homens expeliam  um odor de mofo e de tinta nova e balançavam como se estivéssemos  dançando um swing. Ninguém falava, quase ninguém ria. Parece incrível,  mas nada eu conseguia mastigar nem engolir. Eu passei a primeira semana  de viagem chupando apenas algumas laranjas. Eu vomitava mais que um  vulcão em erupção.” Entre os companheiros de viagem estavam Zilmar  Gordo, Brasil Segurado, Paulo Gomide (vivo, mora em Goiânia) e Manassés  de Aguiar Barros. No navio, os soldados praticamente nada sabiam sobre a  guerra e o Eixo (aliança entre Alemanha, Itália e Japão).
De Nápoles, onde desembarcaram, os  pracinhas do grupo de Joaquim Magalhães foram levados para Livorno e, de  lá, para Pisa. Até então, os soldados não recebiam informações precisas  sobre quase nada. Mas finalmente o tenente José Belfort, comandante do  pelotão de Joaquim Magalhães, começa a falar sobre as armas, que eram  diferentes e mais modernas do que as usadas pelos brasileiros. Os  pracinhas ficaram encantados com os fuzis e metralhadoras americanos. O  frio começou a incomodar a tropa.
O tenente Belfort, sem fazer mais  segredos, convoca a tropa: “Vamos para Stafoli, uma cidadezinha aí na  frente, mais perto do front”. No acampamento, conta Joaquim Magalhães,  os pracinhas comiam pato, frango, puré de batata e comida enlatada.
“O 1º escalão expedicionário, composto, a  grande maioria, de elementos do 6º regimento de infantaria de Caçapava,  São Paulo, integrou-se ao 4º corpo do 5º exército americano, sob o  comando do general Willis Crittenberg” e “sob a supervisão do general  João Baptista Mascarenhas de Morais”, o comandante da FEB.
O capitão Olegário Maria Memória e o  tenente Belfort deram a ordem: “Vamos agora marchar para frente;  desarmem suas barracas e estejam prontos para partir”. Joaquim Magalhães  anota, com sua percepção aguçada: “Olhares curiosos e perquiridores  eram lançados à frente, procurando divisar os horizontes do tão falado  front de guerra, dos desafios e dos mistérios. Já prenunciava a entrada  do inverno e uma leve chuva de neve caía sobre as viaturas e sobre as  nossas cabeças em flocos”. Os pracinhas foram levados para cidade de  Sila. “Eu sentia calafrio nas costas esperando sempre a próxima bomba  cair em cima de mim.” De repente, os alemães começaram a atirar nos  brasileiros.
“Bem na hora do almoço, quando estávamos  com os pratos nas mãos nos servindo em redor das panelas, caiu uma bomba  quase em cima da mobília, fazendo voar pratos e garfos para todo lado,  enchendo de terra a comida e fazendo-nos todos correr espavoridos antes  que pegássemos a refeição. Esta realmente foi enterrada, ficando apenas o  cheiro de pólvora e o desapontamento dos pracinhas”, anota Joaquim  Magalhães. Depois, um pracinha estava se barbeando quando os alemães  atacaram, com bombas. O pracinha foi degolado.
Em novembro de 1944, forças brasileiras e  americanas atacaram o Monte Belvedere, encontrando forte resistência  dos alemães. A maioria dos soldados brasileiros foi deslocada para a  tomada de Monte Castello, encontrando resistência brutal das tropas  nazistas. O general Zenóbio da Costa deu ordens para recuar. “O recuo  foi muito triste, pois muitos foram e não voltaram. Lá ficaram  tombados”, registra Joaquim Magalhães. “Subestimamos o valor ofensivo do  inimigo.”
História inusitada
Joaquim Magalhães conta uma história inusitada. No inverno, o fardamento dos militares eram trocados por “um roupão branco, todo branco, e até o capacete era coberto por uma renda branca, cujas saliências e reentrâncias a neve se encarregada de cobrir, pondo o capacete todo branco. Por uma coincidência muito caprichosa, a roupa de patrulha dos alemães e italianos era a mesma. Nessas incursões não usavam botinas, mas tanto os brasileiros como os ítalo-germânicos usavam botas brancas”. Seu pelotão saiu para fazer uma patrulha. “Eu ia caminhando embalado pela fantasia daquele panorama paradisíaco e por isso não vimos quando a nossa patrulha infiltrou numa patrulha alemã, nem a patrulha alemã, que sem dúvida experimentava o mesmo êxtase, percebeu a infiltração da patrulha brasileira. (…) Olhei para a frente na rota da marcha da patrulha e um súbito calafrio me percorreu a espinha, vi, com tremendo espanto, que algo anormal havia ocorrido. A patrulha engrossara! O número dos meus homens não era aquele! A metade era inimiga, não tinha dúvida! Nenhuma patrulha brasileira saíra concomitante com a nossa para vasculhar o mesmo setor. Estávamos, inapelavelmente, diante de um fato insólito, totalmente imprevisível e da maior gravidade!”.
História inusitada
Joaquim Magalhães conta uma história inusitada. No inverno, o fardamento dos militares eram trocados por “um roupão branco, todo branco, e até o capacete era coberto por uma renda branca, cujas saliências e reentrâncias a neve se encarregada de cobrir, pondo o capacete todo branco. Por uma coincidência muito caprichosa, a roupa de patrulha dos alemães e italianos era a mesma. Nessas incursões não usavam botinas, mas tanto os brasileiros como os ítalo-germânicos usavam botas brancas”. Seu pelotão saiu para fazer uma patrulha. “Eu ia caminhando embalado pela fantasia daquele panorama paradisíaco e por isso não vimos quando a nossa patrulha infiltrou numa patrulha alemã, nem a patrulha alemã, que sem dúvida experimentava o mesmo êxtase, percebeu a infiltração da patrulha brasileira. (…) Olhei para a frente na rota da marcha da patrulha e um súbito calafrio me percorreu a espinha, vi, com tremendo espanto, que algo anormal havia ocorrido. A patrulha engrossara! O número dos meus homens não era aquele! A metade era inimiga, não tinha dúvida! Nenhuma patrulha brasileira saíra concomitante com a nossa para vasculhar o mesmo setor. Estávamos, inapelavelmente, diante de um fato insólito, totalmente imprevisível e da maior gravidade!”.
O soldado Garcia pôs a mão no ombro de um  patrulheiro e disse: “Já andamos muito, já podíamos voltar”. O alemão  gritou e Garcia, assustado, também gritou. As tropas rivais trocaram  tiros, mas ninguém saiu ferido. Garcia foi aprisionado pelos alemães,  tendo sido libertado ao final da guerra.
Depois da reação firme dos alemães, os  comandantes brasileiros decidiram que as forças do general Heys  “atacariam” o “Monte Belvedere e as de Mascarenhas, Monte Castello”. O  capitão Memória avisou, no dia 20 de fevereiro de 1945: “Preparam-se  rápido para marcharmos sobre Monte Castello, hoje é o dia D do ataque”.  “Nós, do 11º RI e do 6º RI, íamos inicialmente tomar posição na 2ª  linha. (…) A avant première ia ser feita pelo Regimento Sampaio, ou  seja, pelo 1º RI. Confesso que dei os meus primeiros passos para escalar  Monte Castello como se estivesse caminhando sobre as nuvens. (…)  Começávamos a galgar Monte Castello. 5 horas da manhã do dia 21 de  fevereiro de 1945, a artilharia brasileira começa a atirar e o  bombardeio é fulminante! Os aviões brasileiros entram por cima sentando a  pua e nós vamos galgando palmo a palmo as escarpas, os seus penhascos,  ceifando rasante com as nossas metralhadoras e fuzis. Os inimigos viram  logo que aquilo não eram os tiros costumeiros, tratava-se sem dúvida de  um ataque, e de um ataque monstro, violentíssimo”, conta o pracinha.  “Aqui tomba um brasileiro, ali tomba outro, e no entanto vão ficando  para trás porque não podemos parar.”
“Monte Castello caía! Às 14 horas chegava  ao cume do morro o batalhão do major Uzeda e do major Franklin”,  escreve Joaquim Magalhães. Aos poucos, os alemães começam a se render em  massa. “Já não estou no sopé de Belvedere, mas na crista de Monte  Castello.” O pracinha Vicente discursa: “Viu, moçada, o brasileiro não  nega a raça; o cabra honra mesmo a farda que veste. Ele veste esta farda  verde-oliva não é à toa, quando a coisa aperta ele põe mesmo pra  quebrar”. Brasil Segurado, pracinha de Goiás, corrobora: “É isso aí; o  brasileiro paga para não entrar na briga mas depois de estar dentro dela  paga para não sair”.
Alguns pracinhas escreveram nos capacetes  dos alemães mortos em combate: “Já morreu tarde”. “Detestei essa frase.  Não se pode comemorar com júbilo a morte de ninguém; nem do mais  odiento inimigo”, critica o humanista Joaquim Magalhães.
Em seguida, no contra-ataque alemão em La  Serra, morreu Manassés, pracinha amigo de Joaquim Magalhães. “Uma bomba  da canhoneira inimiga caiu dentro da sua trincheira.”
Os alemães jogavam boletins sugerindo que  os brasileiros saíssem da guerra. “Brasileiros! O que viestes fazer  aqui? Por que deixastes o Brasil, aquela terra tão boa, de clima  tropical e saudável para vir guerrear aqui? Esta guerra não é vossa, e  sim dos americanos e ingleses. É uma advertência que vos estamos  fazendo, porque, afinal, o que vos espera aqui é a sepultura neste  gelado terreno europeu”, diziam as mensagens dos nazistas. Eram escritas  em português.
Tragédia em Montese
Os Aliados conseguiram, com habilidade,  forçar os alemães a lutarem em vários fronts, com isso contribuindo para  reduzir sua força militar. Na Itália, onde havia soldados amadores e  profissionais — muitos deles dos fronts soviéticos e africanos (soldados  de Erwin Rommel), os Aliados cercaram os alemães, não permitindo que  saíssem para defender a política de Hitler na Alemanha e noutros  lugares. Os brasileiros contribuíram, de maneira decisiva, na operação  de cercar e prender os alemães. Depois de Monte Castello, brasileiros e  alemães travaram batalhas letais na cidade de Montese, em abril de  1945.
Nas proximidades de Montese, num dos  cercos definitivos, “ninguém fala, ninguém ri”, relata Joaquim  Magalhães, com sua aguda capacidade de observação. Os pracinhas  “entreolham-se sisudos”. Segundo o cabo, 400 mil homens foram destacados  para atacar as tropas nazistas. Aviões brasileiros jogam “bombas de  fumaça”, com o objetivo de possibilitar o avanço dos militares aliados. O  “campo de batalha foi se transformando num inferno de fogo, poeira e  fumaça que parecia que ia incendiar. Nós, porém, não nos detínhamos. (…)  Não obstante o ímpeto com que iniciamos o ataque, as forças  ítalo-germânicas pareciam que iam desbaratar o nosso dispositivo de  combate e deter o nosso avanço. Vimo-nos quase forçados a recuar. Mas  aferramos ao terreno, cavando abrigos com a ferramenta de sapa  desesperadamente apressados. As balas passavam sibilando aos nossos  ouvidos, raspando o nosso capacete, escovando a nossa farda. Os pequenos  buracos que a gente ia cavando apressados não cabiam nem o tórax e,  além disso, não podemos nos deter para aproveitá-los, pois temos que  avançar”.
Como se estivesse quase arfando, ao se  lembrar do momento da guerra, Joaquim Magalhães escreve: “São 17 horas  do dia 14 de abril de 1945. Já estamos às portas da cidade de Montese e  quase no pícaro do monte Buffone, Montello e Serreto”. Brasileiros,  americanos e ingleses avançam, céleres, para derrotar os alemães. O  combate é sangrento. “Levas e mais levas de prisioneiros vão caindo em  nossas mãos e vão sendo tocados para a retaguarda pelos nossos soldados.  (…) Alguns soldados raivosos ao tocarem os prisioneiros beliscam-lhes  as costas com as suas baionetas. Às vezes era preciso repreendê-los.”
O número de mortos e feridos assusta e  comove. As baixas brasileiras são altas. Os inimigos, os vencedores e os  derrotados, se olham. “A gente notava que a grande admiração dos  soldados era verem-se de [um] momento para outro misturados com o  inimigo, e estarem ali juntos a se olharem uns aos outros indiferentes,  como se fosse uma comédia, alguma coisa surreal de uma história de  ficção”, sublinha Joaquim Magalhães.
Mas os alemães não estavam inteiramente  vencidos, muitos ainda resistiam bravamente. No dia 15 de abril de 1945,  há 70 anos, em Montese, Joaquim Magalhães se tornou uma das vítimas da  guerra. “Uma bomba caiu em minhas pernas, quebrando-as, uma totalmente e  a outra com fraturas graves. Procurei as pernas e não encontrei. (…)  Vi-me perdido porque eu me esvaía em sangue e os padioleiros não podiam  entrar no campo para nos recolher, debaixo de tão pesado bombardeio.”  Mas conseguiram furar o bloqueio e levaram o pracinha ferido.  “Amarraram-me um garrote em cada perna. (…) O reduto principal já caíra  em nossas mãos, mas eles continuam resistindo obstinadamente. Sabiam que  aquela batalha era a luta decisiva de vitória ou de derrota. Na  verdade, o objetivo nosso era desorganizá-los de uma vez, capturá-los ou  tocá-los de trote rumo à Alemanha, o que se deu.”
Mesmo ferido, Joaquim Magalhães pensava  nos companheiros. “Quem iria agora comandá-los?” No hospital de Pistoia,  sabendo que seu caso era grave, o pracinha conta que recomendou  “insistentemente aos médicos que esmerassem o quanto pudessem na  operação para que a fizessem sem amputação da perna [direita] abaixo do  joelho, mas não foi possível e quanto voltei da anestesia minha perna  estava cortada acima do joelho. O impacto emocional foi terrível. Eu me  despia da condição de um atleta esbelto e forte para me situar à  condição de um paraplégico. Todas as ilusões se desfizeram, toda minha  fantasia estiolou… a minha vaidade de moço estava ferida e desfeita!”.
No hospital, apesar da assistência  carinhosa e competente de médicos e enfermeiras, o quadro era desolador.  “Tinham feridos de todo jeito. Uns faltavam uma perna, outros faltavam  um braço, outros as duas pernas, outros os dois braços, outros os dois  braços e uma vista ou dois braços e uma perna. Os que faltavam os dois  braços ou as pernas ficavam como uns autômatos, à mercê da boa vontade  de alguém para ajudá-lo até a comer.”
Tratamento nos EUA
Internado, curando as feridas físicas e  pensando nos traumas psíquicos, os seus e dos colegas, Joaquim Magalhães  lembrou dos pracinhas goianos Brasil Segurado (ferido na guerra), Paulo  Gomide Leite (mora em Goiânia), Acary Brandão, Gerson Arrais, Zilmar,  Garcia, Vicente e Nunes. O goiano Ademar Ferrugem morreu em combate. Em  junho, num bimotor americano, o pracinha foi encaminhado para os Estados  Unidos, em busca de tratamento mais especializado. Estavam com ele os  feridos Rubens, Joaquim Cruz, Geraldo Sanfelipe, Bonifácio Cruz, Alberto  Rossi, Coutinho e, entre outros, Enoque. “Éramos 20.”
Nos Estados Unidos, segundo Joaquim  Magalhães, os brasileiros foram muito bem tratados. Eram 150. “Para o  companheiro Bonifácio Cruz eram dois braços, um olho de vidro, um par  de dentaduras e um par de óculos superforte. O colega Círio, do Rio  Grande do Sul, ia receber duas pernas, o Enoque um pé; o seu uma mina  anti-pessoal tirou; e o Coutinho, a perna esquerda. (…) Alberto Rossi ia  receber uma perna, um olho de vidro e algumas operações plásticas; o  seu rosto ficou bastante deformado pela explosão de uma mina. No braço  dele ia também aparecendo uma protrusão que a cada dia se parecia mais  saliente. Então lhe perguntei: ‘Que protrusão é essa em seu braço,  Alberto?’ ‘Não sei, Magalhães, e isto está crescendo e ficando  dolorido’. Alberto tirou a radiografia e por incrível que pareça  encontrou uma lasca de osso saída de sua própria perna e implantada no  seu braço pela explosão da minha.” Os brasileiros foram levados para  vários Estados americanos. O pracinha foi para Utah.
A Red Cross, a Cruz Vermelha americana,  colocava mutilados americanos ao lado dos brasileiros. “Lembro-me de um  rapaz americano que não possuía os dois braços e com braços mecânicos  escrevia à máquina, vestia sua roupa, tirava o cigarro do maço, pegava o  isqueiro e o acendia, comia sozinho. Tinha os que não tinham pernas e  com pernas mecânicas andavam muito bem, desciam escadas quase correndo,  dançavam e andavam até de patins. A minha estreia não foi lá tão  animadora. Saí do gesso, peguei uma muleta, dei o passo como se tivesse a  perna e esparrelei no chão. A minha perna estava no cérebro, mas não no  lugar real. Cuidei de me treinar. Fui aos exercícios físicos, me  adaptei e após uma semana fui de muleta passear em Salt Lake City bem  aprumado. Estava pronto para receber a perna mecânica. Esta veio, foi  outra dificuldade, mas exercitei bastante e logo consegui andar sem  bengala, dar até umas carreirinhas e dançar.”
Joaquim Magalhães, que morreu em 2004,  aos 84 anos, sugere que os pracinhas foram abandonados pelo governo  federal. Ele tem razão.
PORTAL GAZETA DE LIMEIRA (SP)
Aguirre Talento Folhapress
Presidente da Câmara viajará para festa do boi em Parintins
Depois de ter feito viagem oficial com  roteiros turísticos em Israel e Paris no início do mês, o presidente da  Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), viajará neste domingo (28) em um avião  da FAB (Força Aérea Brasileira) para o famoso festival do boi de  Parintins (420 km de Manaus), conhecido oficialmente como Festival  Folclórico. Pela prerrogativa do seu cargo, Cunha tem direito ao avião da FAB para os deslocamentos.  Ele participará na segunda-feira (29) de mais uma edição do programa  Câmara Itinerante, desta vez em Manaus, e aproveitou a viagem para  passar antes no festival do boi de Parintins. O último dia do festival é  o domingo. Não há agenda de trabalho em Parintins. A assessoria de  Cunha informou que ele recebeu um convite do governador do Amazonas,  José Melo (Pros), para ir ao festival do boi, por isso resolveu  comparecer. O presidente da Câmara deve chegar ao local por volta das  20h do domingo e sair por volta das 22h, seguindo para Manaus. Sua  assessoria informou que não haverá outros políticos pegando carona com  ele no avião. No início do mês, Cunha já havia viajado com outros 19  congressistas para o exterior, em agenda que incluiu roteiros turísticos  por Israel e Paris. Segundo a assessoria da Casa, no programa Câmara  Itinerante, que ocorrerá na sede da Assembleia Legislativa do Amazonas,  serão realizados debates sobre reforma política, pacto federativo,  maioridade penal e Zona Franca de Manaus, além de uma visita ao Inpa  (Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas). O programa, que é  apontado por adversários de Cunha como uma tentativa dele de pavimentar  uma campanha presidencial, intenção que o peemedebista nega, já passou  por Curitiba, São Paulo, João Pessoa, Natal, Campo Grande, Cuiabá, Belém  e Macapá.
PORTAL FATO ONLINE (DF)
Protesto pede demolição da pista de pouso no Parque Burle Marx
Neste ano, o Instituto Brasília  Ambiental determinou a demolição do centro de Aerodesporto localizado no  interior do Parque. Provocado, o Ministério Público recomendou ao Ibram  a interdição e a demolição da pista. Impasse segue na justiça
Beatriz Ferrari
Um protesto marcado para este domingo (28) promete chamar a atenção da população para o Parque Burle Marx. A Associação de Amigos do Parque vai se reunir em frente à pista de pouso de ultraleve que há no local para pedir sua demolição.
Beatriz Ferrari
Um protesto marcado para este domingo (28) promete chamar a atenção da população para o Parque Burle Marx. A Associação de Amigos do Parque vai se reunir em frente à pista de pouso de ultraleve que há no local para pedir sua demolição.
A pista, onde funciona um centro de  aerodesporto da Associação de Pilotos de Ultraleve de Brasília (Apub), é  motivo de uma briga judicial que envolve associados, autarquias,  moradores do Noroeste e o Ministério Público do Distrito Federal.
A queda de braço pela área é antiga, mas  neste ano o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) determinou a demolição  do centro de Aerodesporto localizado no interior do Parque. Provocado  pela ação, o Ministério Público recomendou ao Ibram a interdição e a  demolição da pista. O instituto acatou a recomendação e emitiu uma  notificação para desocupação da área em até 30 dias. A Apub conseguiu,  então, uma liminar na Justiça para impedir qualquer ação até o  julgamento do caso.
A Apub ocupa a área há quase 20 anos. A  entidade funciona desde 1987. No começo, estava instalada no Autódromo.  Em 1996, recebeu autorização da Secretaria de Turismo, à época chefiada  por Rodrigo Rollemberg, para se mudar para a área onde está atualmente,  quando ali ainda funcionava o antigo Camping.
Segundo o Ministério Público, esse termo  de uso assinado por Rollemberg tinha validade de 120 meses e venceu em  2006. Desde então, a ocupação seria irregular porque não houve “qualquer  outro ato administrativo legitimando a ocupação da área pública”.  “Nesse mesmo ano [2006], a Apub buscou prorrogar esse prazo (...). O  pleito foi indeferido, uma vez que o instrumento de outorga de uso era  inadequado, havendo necessidade ainda de prévia licitação para ocupação  de área pública”, diz a ação movida pelo MP.
A Apub nega que esteja na área  ilegalmente. Segundo a associação, a liminar obtida recentemente na  Justiça prova que a permanência no local é legal.
A entidade defende que os cursos de  pilotagem eram previstos na região por um decreto assinado em 1998 e que  o Ibram mudou de posicionamento nesta gestão em razão de “componentes  políticos”. “O Ibram emitiu nesta gestão uma notificação anulando uma  autorização antes deferida por ele próprio”, afirma o presidente da  entidade, Everardo Ribeiro.
A briga envolve ainda outros atores. A  Associação de Amigos do Parque, organização que convoca o protesto,  defende que a presença da pista de pouso lá está impedindo a implantação  do parque. A integrante Cecília Malagutti, arquiteta aposentada pela  Agência de Fiscalizaçao (Agefis) e moradora do Noroeste, vai ainda mais  longe. “Queremos saber porque a Terracap pagou pelo estudo ambiental de  readequação da pista de pouso, quando foi essa licitação e porque eles  não pagam taxa de ocupação pela área”, pergunta.
Em 2012, a Secretaria de Turismo  transferiu a responsabilidade pela gestão do parque para a Terracap. Na  ocasião, a empresa ficou responsável por cobrar a taxa de ocupação, no  valor de R$ 851,96, mas essa cobrança nunca foi feita. “Estamos tentando  pagar desde então. Aguardamos um posicionamento da Terracap”, afirma o  presidente da Apub.
O fato de a Terracap ter pago o estudo  ambiental da readequação da pista está sendo investigado no Ministério  Público, sob suspeita de ato de improbidade administrativa dos  servidores.
A Apub afirma que já fez a compensação  ambiental devida, plantando 6.472 mudas de fevereiro a abril deste ano. E  que fez doações de diversos equipamentos ao Ibram, como motocicletas,  capacetes, lanternas e demais equipamentos. Além disso, a associação  também afirmou que mantém parcerias informais com os Bombeiros, Ibram e  Agefis e reporta a essas entidades focos de incêndios, invasões e outras  degradações, além de permitir treino de pilotos dos Bombeiros.
RÁDIO ITAPERUNA FM (RJ)
SENAI Rio inicia a capacitação de mais 71 jovens do serviço militar em Itaperuna e Porciúncula
Através da parceria junto ao Ministério  da Defesa, o SENAI Rio iniciou, este mês, a qualificação profissional de  mais 71 jovens em fase de conclusão do serviço militar obrigatório em  Itaperuna e Porciúncula, no Noroeste Fluminense.
Em Itaperuna, 21 recrutas estão recebendo  capacitação no curso de Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão,  cujas aulas são realizadas na unidade SENAI na cidade. Outros 13 jovens  cursam Operador de Computador e frequentam aulas na Unidade Móvel do  SENAI Rio de Tecnologia da Informação (TI), estacionada no pátio da  unidade do Tiro de Guerra de Itaperuna.
Já em Porciúncula, são 19 oportunidades  no curso de Pintor de Obras e 18 no de Eletricista Instalador Predial de  Baixa Tensão. As atividades de ambos os cursos acontecem na unidade do  Tiro de Guerra na cidade, em salas de aula e oficinas preparadas para o  desenvolvimento da formação profissional.
O SENAI Rio e o Ministério da  Defesa oferecem, em todo o estado, cursos em diversas áreas, com duração  de 160 a 320 horas. O principal objetivo é que recrutas das três forças  (Aeronáutica, Exército e Marinha) tenham uma qualificação profissional  para facilitar a entrada no mercado de trabalho. “Certamente  esses cursos farão a diferença na vida desses jovens, visto que ao  término do serviço militar obrigatório eles sairão também com uma  profissão”, disse Rodolfo Lima Martins, chefe de Educação Profissional  do SENAI no Noroeste Fluminense.
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