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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/04/2015

Privatização melhorou os aeroportos ...




A promessa era de que eles se transformariam em terminais dignos de primeiro mundo. Mas diversos problemas estão fazendo com que alguns dos aeroportos brasileiros privatizados ainda tenham "cara de rodoviária" e que melhorias avancem no ritmo de obra de igreja - com construções e reformas inacabadas e sem prazo de conclusão. Há duas razões principais para esta frustração, segundo especialistas, empresas e o próprio governo. Em primeiro lugar está a crise financeira da Infraero, que impede que a estatal conclua obras anteriores à concessão dos aeroportos, prometidas para antes da Copa - situação piorada pelo forte ajuste fiscal que impede novos aportes do Tesouro Nacional na estatal. Para solucionar estes casos, alguns consórcios, como o do Galeão, pretendem, ainda neste mês, assumir obras da Infraero. O setor ainda é afetado pela paralisia de empreiteiras que integram consórcios, incluídas na Operação Lava Jato, que apura escândalos de corrupção na Petrobras ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



PORTAL G-1


Empresários tentam recuperar aviões localizados na Bolívia após roubo

Donos reclamam da burocracia para repatriar aeronaves roubadas. Uma delas foi levada por assaltantes no aeroporto de Cotriguaçu (MT).

Pollyana Araújo Do G1 Mt

Duas aeronaves roubadas em Cotriguaçu, a 920 km de Cuiabá, e em São Félix do Xingu (PA) foram localizadas na Bolívia pelos respectivos proprietários. Agora, eles reclamam da burocracia para conseguir trazer os aviões de volta para o Brasil. Cada aeronave é avaliada em R$ 500 mill. No mês passado, o empresário e piloto Sidnei Laurindo de Souza foi vítima de uma emboscada e teve a aeronave, modelo Cessna 210, levada por assaltantes na pista do aeroporto municipal de Cotriguaçu.
ImagemO avião dele foi localizado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A informação foi passada a ele pela própria polícia boliviana. Sidnei disse que a aeronave está no aeroporto ´El Trompillo`, em poder da Força Aérea do país vizinho, e foi apreendida junto com outros dois aviões que também teriam sido roubados. "Entrei em contato com o consulado do Brasil em Santa Cruz, me informaram que o responsável não estava e, agora, estou arrumando as documentações para ir até lá", afirmou o piloto que mora em Aripuanã, a 976 km da capital mato-grossense.
Ele reclama também do valor das taxas cobradas. Uma delas custa R$ 1,5 mil. Foi dado entrada na documentação no consulado brasileiro na cidade de Cobija, na Bolívia e no consulado boliviano em Epitaciolândia, no Acre.
O G1 entrou em contato com a Embaixada da Bolívia no Brasil para obter informações sobre as medidas a serem tomadas para reduzir essa burocracia entre estados, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Já a Embaixada do Brasil na Bolívia, o responsável por repassar informações em nome do órgão estava em horário de almoço.
O roubo da aeronave foi no dia 7 deste mês quando Sidnei foi até Cotriguaçu atendendo a uma chamada para o transporte de um paciente. No entanto, assim que pousou o avião na pista, ele foi surpreendido por dois homens armados. "Eles mandaram que eu olhasse para baixo e apontaram a arma para mim. Eu estava com o segredo do avião no bolso e eles mandaram que eu funcionasse a aeronave. Se não, iriam atirar em mim", contou.
O crime foi cometido por pelo menos oito homens. Alguns seguiram com o empresário até uma estrada e o abandonaram amarrado no veículo. Depois de algum tempo, a vítima conseguiu se soltar e de caminhonete com pneu furado, foi até a cidade e registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil.
A mesma burocracia para a repatriação de uma aeronave roubada no Brasil é enfrentada pelo empresário André Ronaldo Nogueira Costa, que teve o monomotor Cessna 206 roubado, em São Félix do Xingu (PA), em fevereiro deste ano. O avião dele está em Santa Ana Del Yacuma, também na Bolívia. Ele já foi até lá e certificou que a aeronave localizada pela polícia boliviana é mesmo a dele.
O avião foi localizado por ele com o apoio da Força Aérea Brasileira quando ainda estava em poder de traficantes de drogas, na última segunda-feira (20). "Tinham me falado os locais que eles [traficantes] costumam atuar, daí fui até lá e o encontrei em uma pista de pouso da cidade. Fizeram alterações dentro do próprio aeroporto. A pessoa que estava com o avião seria um dos maiores traficantes daquela região", contou. Porém, agora ele reclama dos empecilhos para conseguir reaver o veículo.
O avião foi apreendido pela polícia nesta terça-feira (21). "Preciso da ajuda do governo brasileiro para trazê-lo porque na Bolívia me deram várias desculpas e não definiram nada", afirmou André.
O roubo ocorreu depois da empresa de táxi aéreo ter sido contratada para supostamente transportar um casal de idosos. "Quando o piloto chegou lá, o rapaz que tinha ido junto disse que os avós ainda não tinham chegado. Depois, doparam o piloto e levaram o avião", contou. Os suspeitos do roubo foram presos no início do mês passado, em Rolim de Moura (RO).

JORNAL O VALE (SJC)


Uso de drone em ações contra a dengue não decola em São José

Apresentado pela prefeitura em fevereiro, equipamento ainda não recebeu certificado da Anac para voar em áreas urbanas

João Paulo Sardinha

O uso do drone na guerra contra a dengue ainda não decolou em São José. A utilização do equipamento, anunciada pela prefeitura em 28 de fevereiro, foi deixada de lado nas ações de combate à doença. O recurso tecnológico, aposta do governo para monitorar os focos de dengue na cidade, foi anunciado com alarde, mas acabou barrado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O motivo foi a ausência do Cave (Certificado de Autorização de Voo Experimental), exigência da Anac para que os drones possam voar em áreas urbanas. A empresa contratada pelo governo Carlinhos Almeida (PT) ainda aguarda a certificação.
A prefeitura informou ontem que o ofício que libera os voos foi expedido ontem e o drone começará a ser usado em mutirões futuros. São José dos Campos é a líder de casos de dengue na RMVale. São 2.722 registros confirmados neste ano. Duas pessoas morreram por causa da doença. As outras mortes aconteceram em Caraguatatuba (2) e Taubaté (1).
Experimental
A prefeitura só usou o drone em caráter experimental, em 28 de fevereiro, na região do Jardim Paulista, centro de São José. A meta da administração era monitorar áreas consideradas críticas para a ocorrência de dengue no município. Em tese, com o drone, seria possível obter do alto imagens de piscinas de plástico sem cobertura, caixas d’água destampadas e casas com muito lixo acumulado, onde os agentes de saúde fossem impedidos de entrar. A Secretaria de Saúde, por meio da assessoria de imprensa, afirmou ontem que o drone entrará em operação nos próximos dias. Para o vereador Juvenil Silvério (PSDB), o uso do aparelho foi apenas uma jogada de marketing do governo. “A prefeitura fala em guerra contra a dengue, mas não está no front. Esse drone é mais uma propaganda do PT, como tantas outras. Medidas efetivas de combate à doença não foram tomadas até agora”, disse o vereador.
Rodovia
Hoje, a Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) realiza em parceria com concessionárias que administram as rodovias paulistas um mutirão contra o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. Na RMVale, as ações irão se concentrar na rodovia Carvalho Pinto. Funcionários da Ecopistas, com apoio da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), terão a issão de identificar focos do mosquito e limpar eventuais criadouros encontrados.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Objeto caído em quintal é sonda que não oferece risco, afirma Aeronáutica

Na última quinta-feira (16/4), o servidor público Luiz Motta, morador da casa, foi surpreendido. Ele achou, no dia, que se tratava de "um pedaço de jato"

Bernardo Bittar

Uma semana após o incidente envolvendo um objeto da Aeronáutica, que caiu do céu no quintal da casa do servidor público Luiz da Motta na última quinta-feira (16/4), a instituição esclareceu ao Correio que a peça, denonimada “um pedaço de jato” pelo brasiliense, é, na verdade, uma sonda, modelo Väisala RS92, utilizada para coleta de dados meteorológicos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Aeronáutica, o aparelho é utilizado pelas Estações Meteorológicas de Altitude (EMA), que pertence aos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCA). Ou seja: serve para avaliar como está o clima e facilitar pousos e decolagens de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
As informações são colhidas durante a permanência da sonda no ar, aproximadamente 1h15. Depois desse tempo, ela cai, controlada por um pequeno paraquedas. De acordo com a Aeronáutica, “ela é descartável e não oferece qualquer risco à população”.

JORNAL ESTADO DE MINAS


Aeroporto de Confins tem goteiras e voos cancelados devido ao mau tempo

Chuva em Belo Horizonte e Região Metropolitana causou cancelamentos de partidas e chegadas. Terminal ficou operando por instrumentos durante uma hora e quinze minutos. Funcionários do terminal enxugaram partes do hall molhado pelas goteiras

Rodrigo Melo

A chuva que cai sobre Belo Horizonte e Região Metropolitana na noite desta quarta-feira causa transtornos no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Passageiros sofrem com atrasos e cancelamentos, além de terem que conviver com goteiras e interdições no hall do terminal.
O aeroporto precisou operar por instrumentos de 20h10 às 21h25. Às 21h35, oito partidas já haviam sido canceladas e outras duas estavam atrasadas devido ao mau tempo. Duas chegadas também foram canceladas. Durante toda a quarta-feira, 16 voos foram cancelados.
De acordo com a BH Airport, concessionária que administra o aeroporto, já foi confirmado que dois voos foram cancelados por causa da chuva e outros ainda podem ser confirmados devido à acomodação da malha aeroviária. Outros quatro voos foram alternados por falta de condições de aterrissagem e seguiram para outros aeroportos.
Além dos cancelamentos e atrasos para embarque e desembarque, funcionários do aeroporto também trabalham para enxugar o chão molhado por goteiras e minimizar as infiltrações no terminal. Parte do hall do aeroporto está interditado para o trânsito de passageiros. A água das chuvas desce, em muitos casos, pelos lustres no teto.
Ainda conforme a concessionária, episódios de alagamento e goteiras tem se repetido desde que a Infraero paralisou as obras no terminal. Segundo a assessoria de imprensa da BH Airport, a empresa está estudando uma soulção para a situação e aguarda um posicionamento do governo federal quando a continuidade das obras.

PORTAL R7


Sonda meteorológica cai em quintal de casa e assusta moradores do DF

Aeronáutica esclareceu que equipamento tem para-quedas que reduz impacto

Sandro Guidalli

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Uma sonda que mede dados meteorológicos de apoio aos pilotos da aviação civil e militar caiu na quarta-feira (15) a dois metros do telhado de uma casa no Lago Norte em Brasília (DF) e assustou os moradores. Ela foi encontrada no quintal pelo caseiro da residência.
O equipamento é acoplado a um balão e pertence à Aeronáutica. O aparato medidor das condições atmosféricas é fabricado por uma empresa global com sede na Finlândia. Segundo apurou o R7, o artefato possui um tipo de pára-quedas que reduz a velocidade quando ocorre uma queda.
Segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, as chances do mecanismo redutor de impacto falhar são pequenas. O órgão informou que não há casos conhecidos de acidentes e que em caso de eventuais danos, o custeio do conserto seria estudado.
A sonda caiu na casa do jornalista Luiz da Motta que publicou fotos dela em sua página no Facebook. Na etiqueta que acompanha o aparelho, é possível ler que a sonda pode ser descartada ou guardada como lembrança ou por curiosidade.
— O aviso revela que a Aeronáutica já conta com quedas. Mas pergunto se eles consertariam o meu telhado caso tivesse havido algum dano.
Segundo a Aeronáutica, a emissão de balões meteorológicos é muito comum. Eles informam dados que são processados e oferecidos de hora em hora para os pilotos com as condições do tempo em rota.
Destinados a observar e traçar o perfil vertical de temperatura, pressão, umidade, direção e velocidade do vento nas diversas camadas da atmosfera, as sondas podem chegar a 25 Km de altitude.

Caças da FAB atingem 2.400 km/h, carregam 3,8 t de bombas e têm míssil guiado por calor. Conheça!

Aviação de Caça faz 70 anos hoje.

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A Aviação de Caça Brasileira completa 70 anos nesta quarta-feira (22). A data é comemorada porque, em 22 de abril de 1945, o 1º Grupo de Aviação de Caça fez o maior número de ataques ao território dominado pelo inimigo. Foram 44 missões de guerra, com mais de cem alvos destruídos — como pontes, balsas, veículos motorizados e fortificações. Nas fotos, relembre a história dos caças brasileiros e veja o que a FAB tem de mais moderno para proteger o território brasileiro.
Foto: Montagem/R7

JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ


Governo goiano tem encontro com embaixador de Portugal

Superintendente executivo de Comércio Exterior, William O'Dwyer, esteve na Embaixada de Portugal na última sexta-feira, 17 de abril

Da Assessoria

A recente missão comercial empreendida a Portugal e liderada pelo governador Marconi Perillo resultou em oportunidades reais de novos negócios com investidores e empresários daquele país e em articulações para atração de filial de indústria aeronáutica para Goiás, afirma o superintendente executivo de Comércio Exterior, William Leyser O´Dwyer, que representou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED) na missão realizada a convite do corpo diplomático da Embaixada de Portugal. Representantes do Fórum Empresarial também acompanharam o governador.
Na última sexta-feira, 17 de abril, O´Dwyer esteve na sede da Embaixada portuguesa, em Brasília (DF), onde em reunião com o embaixador Francisco Ribeiro Telles, o agradeceu pelo apoio dado aos goianos, fez relatos das reuniões e encontros oficiais e reforçou a disposição e empenho do governo de Goiás em consolidar e concretizar novas parcerias comerciais com aquele País, sobretudo com a visita, em julho próximo, do vice-primeiro-ministro Paulo Portas a Goiás.
Sobre a missão a Portugal, o superintendente executivo de Comércio Exterior ainda destaca a reunião coordenada pelo governador Marconi Perillo com representantes da Indústria Aeronáutica de Portugal (Ogma), que já mantém parceria com a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).
Em linhas gerais, William O´Dwyer também lembra que os encontros de negócios com empresários dos segmentos de turismo, logística e de alimentos trarão resultados a médio e longo prazos. “Nosso objetivo, além de estabelecer e aprofundar relações comerciais com este país irmão, foi dar mais visibilidade a Goiás no mundo dos negócios internacionais. Aproveitando a importante parceria da Embraer – detentora de 65% da Indústria Aeronáutica de Portugal – com o Brasil, a missão prospecta a possibilidade de instalação de unidade dessa indústria em Anápolis, e com ela outras empresas de peças e serviços e até mão de obra, em virtude da iminente renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB)”.
Vinda a Goiás
Como resultado imediato da ida da delegação goiana a Portugal, O´Dwyer ressalta que o vice-primeiro-ministro Paulo Portas antecipou a realização de missão oficial a Goiás, a ser integrada por empresários e investidores portugueses.

JORNAL O POVO (CE)


MPF ajuíza ação contra Oi para retirada de antena que pode afetar voos

A altura da torre de celular pode, segundo MPF, acarretar restrições operacionais ao aeroporto, impedindo a continuidade de voos comerciais existentes

Redação O Povo Online

O Ministério Público Federal (MPF) quer a desmontagem ou redução de uma antena da operadora de telefonia Oi que invade em 2,9 metros a superfície de aproximação de aeronaves no Aeroporto Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte. Nesta quarta-feira, 22, o órgão ingressou com ação na Justiça Federal, com pedido de liminar, contra a operadora e a Prefeitura de Juazeiro do Norte. 
Conforme o procurador da República Rafael Rayol, a torre de celular, localizada no bairro São Miguel, pode implicar em restrições operacionais ao aeroporto. "Como o aeroporto está passando por ampliação, é necessário para aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um parecer do comando da Aeronáutica, que, desde 2011, exige um plano básico de zona de proteção de aeródromo", explicou.
Zoneamento urbano
Para esse plano, foi firmado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no primeiro semestre de 2014, entre o MPF, Prefeitura de Juazeiro e Infraero para que fosse realizado mapeamento da cidade. “Foi um zoneamento urbano preventivo, inclusive para ser referência para futuras construções”, comunicou.
De acordo com o procurador, aproximadamente 40 itens no Município estavam em desconformidade, incluindo árvores, antenas de rádio e de outras operadoras de telefonia. “Esse da Oi foi o mais grave, os demais não implicam em restrições operacionais e se comprometeram a corrigir”, acrescentou.
As empresas envolvidas participaram de reunião no último dia 9. Segundo Rayol, a operadora Oi pediu prazo de até sexta-feira, 17, para apresentar uma solução “em modo de urgência, o que não aconteceu”.
Restrições
De acordo com o MPF, uma das restrições que podem ser impostas ao aeroporto é a redução do tamanho da pista para pouso e decolagem. Isso pode interferir nos tipos, tamanhos e peso total das aeronaves que operam atualmente.
O procurador requereu à Justiça que determine a desmontagem ou rebaixamento da torre imediatamente - em um prazo de cinco dias - sob penal de multa diária de R$ 10 mil. “Se a operadora não cumprir, vamos requerer que a prefeitura seja autorizada a realizar esse procedimento, às custas da Oi”, considerou.
Por meio de sua assessoria, a Oi respondeu ao O POVO Online que não comenta ações judiciais em andamento.

OUTRAS MÍDIAS


JORNAL PÚBLICO (Portugal)


Airbus apresenta projecto de drone com Alemanha, França e Itália até ao Verão

Don Bartletti/Los Angeles Times/MCT
A Airbus pretende assinar até ao Verão um acordo conjunto com a Alemanha, a França e a Itália para a construção de aviões não tripulados, adiantou o director comercial da empresa para a Defesa e Espaço.
Num encontro com jornalistas em Lisboa na terça-feira, Antonio Rodrigues Barberán disse que "há abertura" para apresentar o projecto ao Governo português no futuro, até porque "é inevitável que se abra a outros países".
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"Até ao Verão deve ser apresentado um acordo conjunto com os países iniciais do projecto (...) é uma questão de meses", afirmou Barberán a propósito deste projecto liderado por Berlim, Paris e Roma.
O responsável da Airbus considerou que os aviões não tripulados, conhecidos como drones, serão "determinantes na próxima década".
Antonio Barberán afirmou ainda que o avião de transporte estratégico A400M voltará a ser apresentado a Portugal, que há alguns anos abandonou este projecto desenvolvido a nível europeu.
O espanhol escusou-se a falar sobre o KC390, avião da Embraer que Portugal já manifestou a intenção de comprar, e disse que estes dois equipamentos "não são concorrentes".
"O A400M tem por exemplo quase o dobro do tamanho e aplicações muito diferentes do KC390", declarou.
O director da Airbus adiantou que está marcada para 17 de Junho a cerimónia formal de criação da Salvador Caetano Aeronáutica, grupo parceiro da Airbus e que neste momento desenvolve componentes para aeronaves do grupo.

JORNAL DO COMÉRCIO (RS)


União reconhece calamidade em Xanxerê

Forças do Exército levaram donativos para atingidos por tornado que matou duas pessoas e desabrigou outras 6 mil
O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, garantiu ontem o reconhecimento do estado de calamidade pública em Xanxerê (SC), dois dias depois de um tornado com ventos de até 250 km/h ter deixado dois mortos e cerca de 6 mil desabrigados na cidade. O decreto, assinado pelo prefeito Ademir Gasparini, já foi homologado pelo governador catarinense, Raimundo Colombo, e deve ser publicado hoje no Diário Oficial da União.
Uma das consequências imediatas da medida é a possibilidade de liberar valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para as famílias atingidas pelo tornado. Além disso, o decreto de calamidade pública permite ao município solicitar recursos da União para ações de socorro e assistência às vítimas, além de financiar o restabelecimento de serviços essenciais e a reconstrução de estruturas danificadas.
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, garantiu a liberação dos valores e afirmou que serão adotadas "todas as providências para que os recursos cheguem até as pessoas que tiveram suas casas destruídas". Uma equipe do ministério irá a Xanxerê para montar uma força-tarefa e agilizar a emissão de carteiras de trabalho, necessárias para sacar o FGTS. Os pagamentos devem ter início ainda nesta semana.
O Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, mobilizou uma tropa com 150 homens do Exército para ajudar na remoção dos escombros e limpeza da cidade. O tempo chuvoso, porém, dificulta os esforços. A prioridade, no momento, é fazer a distribuição de donativos às famílias cadastradas.
A busca por vítimas continuou durante todo o dia de ontem. Alguns bairros ainda sofrem com falta de água e luz, mas, na maior parte do município, a situação já foi normalizada. A estimativa da Defesa Civil catarinense é de que entre 2,5 mil e 3 mil casas tenham sido destruídas em Xanxerê e Ponte Serrada, outro município atingido pelo tornado. Conforme Gasparini, a reconstrução deve levar um ano para ser concluída.

JORNAL DO COMÉRCIO (RS)


Privatização melhorou os aeroportos

A promessa era de que eles se transformariam em terminais dignos de primeiro mundo. Mas diversos problemas estão fazendo com que alguns dos aeroportos brasileiros privatizados ainda tenham "cara de rodoviária" e que melhorias avancem no ritmo de obra de igreja - com construções e reformas inacabadas e sem prazo de conclusão. Há duas razões principais para esta frustração, segundo especialistas, empresas e o próprio governo.
Em primeiro lugar está a crise financeira da Infraero, que impede que a estatal conclua obras anteriores à concessão dos aeroportos, prometidas para antes da Copa - situação piorada pelo forte ajuste fiscal que impede novos aportes do Tesouro Nacional na estatal. Para solucionar estes casos, alguns consórcios, como o do Galeão, pretendem, ainda neste mês, assumir obras da Infraero. O setor ainda é afetado pela paralisia de empreiteiras que integram consórcios, incluídas na Operação Lava Jato, que apura escândalos de corrupção na Petrobras.
Galeão, no Rio, e Confins, a 40 quilômetros de Belo Horizonte, enfrentam as maiores dificuldades. Nos dois terminais, a Infraero tem obras em atraso que somam cerca de R$ 300 milhões. Há casos de contratos rescindidos e reformas de terminais totalmente paradas. Em Minas Gerais, a falta de obras de ampliação do Terminal 1 e de construção do Terminal 3 - estimadas em R$ 150 milhões - impede que o aeroporto tenha uma nova cara. Confins passou a ter administração privada em agosto.
"Não consigo sequer dizer quando teremos essa situação resolvida. Não há nada que eu possa fazer, nem mesmo o que tenho de cumprir no Terminal 2. Preciso atender estes passageiros durante as obras nos outros terminais, que sequer estão em andamento", diz Paulo Rangel, presidente da BH Airport, concessionária do aeroporto de Confins, que conta com as empresas CCR (administradora de rodovias como a via Dutra) e as operadoras dos aeroportos de Munique e de Zurique.
"O Terminal 1 era para ter sua obra concluída antes da Copa e ainda está com apenas 53% de conclusão. O pior é que isso é péssimo para a imagem do consórcio vencedor, o usuário não entende que os problemas são da Infraero", lamenta Rangel. No Rio, algumas obras foram entregues pela estatal de forma acelerada, e ainda persistem os problemas de goteira no novo Terminal 2. Parte dele ainda está em obras. No Terminal 1, a situação é ainda mais grave: a estatal parou a troca das esteiras rolantes e a reforma de todo o local. De outro lado, 2,7 mil funcionários trabalham na expansão do aeroporto, que é tocado pela concessionária. Segundo Luiz Rocha, presidente da Rio Galeão (formada por Odebrecht e Changi, de Cingapura), parte dos problemas é herança da estatal.
"Primeiro vamos assumir as obras e depois veremos o reequilíbrio do contrato com a Infraero. O que não dá é para ter mais atrasos, tenho um cronograma olímpico", disse Ramos, que está investindo R$ 2 bilhões no terminal e sofre pela parada das obras da estatal, que somam R$ 150 milhões. "Pode voltar daqui a três meses para ver o avanço nestas obras da Infraero. Mas não duvido que algumas das nossas novas construções fiquem prontas antes desta reforma prometida para a Copa."
Enquanto constrói um novo píer de quase um quilômetro de prédios, o consórcio está de olho nas obras da Infraero no Terminal 2, onde a nova estrutura vai se conectar. Se não ficar pronta a tempo, a construção bilionária, que será destinada prioritariamente a voos internacionais, poderá ficar inutilizada. Trata-se de área a ser usada pelos passageiros após a passagem pelo check-in e pelo raios-x, localizados no Terminal 2. Rocha diz que, somente após o fim das obras da estatal, o Galeão terá, de fato, a qualidade que se espera do serviço público. Até lá, os atrasos afetam a imagem dos consórcios.
"Estes problemas colocam em xeque o nome dos consórcios. O usuário não entende que a obra era anterior, que depende da Infraero. Ele sabe que está privatizado e quer melhorias", admite Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral. Para o ex-ministro Moreira Franco, ex-titular da Secretaria de Aviação Civil, os concessionários precisam cobrar a Infraero. "Há problemas, mas os consórcios não podem ficar parados. Precisam assumir as obras, fazer com que as melhorias aconteçam."
Cláudio Frischtak, sócio da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, diz que os problemas são resultado de concessões sem planejamento. "Alertamos, na época das concessões, que não fazia sentido manter a Infraero com um percentual tão elevado nos consórcios. Hoje, a estatal tem de arcar com investimentos elevados e concluir obras do passado, num momento em que está sem caixa."
Nos aeroportos privatizados na primeira leva - Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Brasília, além da concessão de São Gonçalo do Amarante - o problema foi menor, pois havia menos obras de responsabilidade exclusiva da Infraero. No maior aeroporto paulista, o Terminal 3 já foi inaugurado e os dois primeiros terminais passam por uma recuperação, chamada retrofit.
Mesmo assim, a Infraero chegou a entregar algumas obras, sobretudo de expansão de pistas, com atraso. Nestes aeroportos a maior parte das obras já foi entregue - com exceção de Viracopos - e os problemas são mais das empreiteiras envolvidas na Lava Jato. Algumas operações já estão à venda, como a Invepar, empresa da OAS que faz parte do consórcio que administra Guarulhos.
"Isso não chega a ser um problema, pois os aeroportos brasileiros seguem atraentes, por serem bons negócios e pelo potencial de crescimento. Se as atuais empresas tiverem problemas, não temos dúvidas que haverá interesse de outros grupo", garante Resende, da Dom Cabral.
A Infraero confirma o atraso na obra de reforma e ampliação do terminal de passageiros de Confins e alega que o problema se deve "à baixa execução dos serviços" por parte das empresas contratadas pela estatal para executá-los, de acordo com respostas enviadas por e-mail. A estatal diz que, após disputas judiciais, tenta uma solução com estas empresas e, ao mesmo tempo, busca entendimentos com o operador do aeroporto para definir a melhor forma de dar continuidade ao serviço.
Estão em discussão duas alternativas: a Infraero faz nova licitação para conclusão da obra ou o novo operador assume e depois repassa o custo, conforme prevê o contrato. Segundo a estatal, 51,55% da obra foram concluídos. Sobre o Galeão, a Infraero informou que o contrato com a empresa responsável por uma etapa da obra (reforma do Setor B e edifício administrativo) foi rescindido e que negocia com o concessionário a continuidade do serviço.
A estatal disse que está em fase de rescisão com a empresa responsável pelas obras complementares no Terminal 2 e que o novo operador deve assumir o contrato. Nos dois casos, alega descumprimento contratual por parte das empresas. Segundo a Infraero, todas as obras de sua responsabilidade nos outros aeroportos concedidos (Brasília, Guarulhos e Viracopos) foram entregues.
Reinauguração do Galeão já tem data marcada
Luiz Ramos, presidente da concessionária Rio Galeão tem uma data cabalística em sua agenda: 30 de abril de 2016. Para este dia, está prometida a reinauguração de todo o aeroporto, com os dois terminais reformados, o novo píer do Terminal 2, edifício-garagem, nova linguagem visual, acessos, lojas e, principalmente, qualidade de serviços.
Até lá, contudo, os problemas persistem, diz. "Temos que inaugurar tudo até 30 de abril de 2016, será uma espécie de reinauguração do Galeão. Mas até que está bom, outro dia recebemos até um elogio, por causa da qualidade da limpeza de nossos banheiros e da parceria do fraldário", comenta Ramos, rindo.
Apesar do bom humor, ele reconhece que persistem problemas como goteiras e falhas nos elevadores. "Temos que trocar tudo. Os elevadores que existem e os que estavam nos projetos eram pequenos e lentos. Estamos fazendo as reformas estruturais e encomendando elevadores sob medida."
Mas, se o dia 30 de abril de 2016 é o limite para as grandes obras, as mudanças continuarão. Em 2017, o Galeão terá uma nova grande mudança operacional. "Devemos centralizar todo o check-in no Terminal 2, que será o coração do aeroporto. A partir dele, os passageiros seguirão para os voos em qualquer um dos terminais", explicou.
Programa quer fazer a aviação civil decolar no Estado
Com investimentos previstos da ordem de R$ 7,3 bilhões, o governo federal pretende fazer decolar o Programa de Aviação Regional, criado para qualificar a infraestrutura de 270 aeroportos no Brasil, 15 deles situados no Rio Grande do Sul. Conforme o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, informou durante participação no Tá na Mesa, da Federasul, várias companhias aéreas já demonstraram interesse em iniciar a operação em 11 aeroportos gaúchos. "O projeto de remodelagem das estruturas está pronto, e a parte burocrática, em andamento", revelou o ministro aos empresários e autoridades que participaram da reunião-almoço na semana passada.
Os recursos que serão utilizados na recuperação e remodelagem dos aeroportos estão garantidos, assegurou Padilha. Eles virão do Fundo da Aviação Civil. Os investimentos prioritários serão iniciados por aqueles terminais aéreos que precisam de um menor nível de recursos para a adequação. Para entrar em operação, todos os aeroportos devem possuir pátio de estacionamento para as aeronaves, terminal de passageiros, pista para pousos e decolagens compatível com as aeronaves, casa de combate a incêndio e torre de navegação aérea.
Para os 15 municípios gaúchos, o programa prevê um investimento de cerca de R$ 310 milhões. Os aeroportos incluídos no programa são os de Alegrete, Bagé, Caxias do Sul, Erechim, Gramado, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santa Vitória do Palmar, Santo Ângelo, São Borja e Uruguaiana.
O ministro ainda destacou que, para funcionar, o programa conta com uma ajuda do governo federal, através da concessão de subsídio às companhias para custear até 60 passageiros transportados em voos regionais. "O interesse é desenvolver uma rede de aviação regional, ampliando a oferta de transporte aéreo à população", afirmou ao argumentar que a principal intenção do governo é melhorar a qualidade dos serviços e a infraestrutura. Sobre a concessão do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o ministro explicou que ela está associada à construção do aeroporto 20 de Setembro, previsto para a Região Metropolitana. "Precisamos de um período de 360 dias para finalizar esse processo. Acredito que, no início de 2016, esse trabalho vai estar finalizado", projetou Padilha.
Nos últimos 10 anos, aconteceu no País uma queda de 48% no valor dos bilhetes aéreos, o que favoreceu o crescimento de 10%, por ano, no setor da aviação civil. Entre 2003 e 2010, por exemplo, a media de passageiros nos aeroportos brasileiros aumentou 118%, quase o triplo da média mundial, que foi de 40% Em 2014, foram cntabilizados 131,6 milhões de embarques e desembarques, 3,1% menos do que os 135,7 milhões de 2013 no Brasil, Conforme as projeções da Secretaria de Aviação Civil, a previsão é de que ocorra um crescimento médio de 7% ao ano no País.
Na mesma noite, na Assembleia Legislativa, o ministro Padilha explicou o projeto nacional, com o objetivo de ampliar e melhorar a infraestrutura que dê condições à população com menos recursos em poder se deslocar, e não só para turismo, mas especialmente para tratar, por exemplo, da saúde. Para tanto, assegurou, haverá subsídios às empresas aéreas que se interessarem nos voos que integrarão a expansão da malha, citando que, no Norte, em especial na Amazônia, pela extensão, este apoio governamental chegará aos 100%. Informou, ainda, que já estão previstos, para 2015, R$ 500 milhões para subsídios. "O segmento aeroviário tende a crescer. Somente em 2014, foram comercializados 112 milhões de bilhetes aéreos", informou.
"Diferentemente de outros locais, aqui estou vendo o interesse comum em favor do desenvolvimento", afirmou aos deputados da Comissão Especial Aviação Regional, presidida por Frederico Antes (PP). Ao detalhar o projeto, citou que existem 2.447 aeroportos no Brasil, segundo a Anac, e 954 heliportos, "mas os clandestinos são três vezes estes números, em especial no Norte.
Retiramos 270 aeroportos daquele bolo de mais de dois mil, e os jogamos neste programa especial de investimentos em logística, para o qual estão previstos R$ 7,3 bilhões", assegurando que todas as melhorias necessarias podem ser realizadas. "Temos recursos, e os locais a serem beneficiados necessitam de poucas obras. É possível agilizar a liberação de investimentos, de acordo com cada lugar. Entendo que a melhoria mais demorada pode ser concluída em até 12 meses", citando que, em alguns aeroportos, faltam só os bombeiros.
Padilha acrescentou que, na região Sul do Brasil, serão 43 aeroportos construídos ou melhorados, com investimentos de R$ 1 bilhão, 15 deles no Rio Grande do Sul. Disse que, dos 270 a receberem benefícios em todo o Brasil, em 127 já há interesse de companhias aéreas em operar. No Rio Grande do Sul, dos 15 a serem melhorados, já há empresas aéreas interessadas em operar em 11 locais. Segundo ele, a presidente da República "pediu-me a prioridade das prioridades em relação ao Rio Grande do Sul".
O secretário dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, ressaltou que o programa nacional apresentado pelo ministro Padilha é de extrema importância "em um país continental como o nosso" e assegurou que o governo do Estado dará toda a reciprocidade que for preciso, em uma parceria necessária. "E digo, em nome do governador Sartori, que o Rio Grande do Sul em nada retardará o processo. Ao contrário, fará de tudo para que seja dado o andamento ágil nos procedimentos, como licenças ambientais e treinamento de bombeiros".

BBC BRASIL


Acessar internet dentro do avião pode facilitar ataque terrorista

Motivo de grande preocupação
Um relatório do governo americano concluiu que permitir o acesso à internet em pleno voo pode terminar abrindo uma porta para ataques terroristas.
Segundo o estudo, realizado pelo Escritório de Prestação de Contas (GAO, na sigla em inglês) e publicado no jornal britânico The Guardian, um hacker viajando como passageiro poderia teoricamente derrubar um avião.
No sábado passado, um especialista em segurança americano foi proibido de embarcar em um voo da United Airlines do Colorado para San Francisco porque tuitou que seria capaz de invadir os computadores da aeronave.
Em sua conta na rede social, Chris Roberts afirmou que poderia fazer cair as máscaras de oxigênio a bordo. Apesar da proibição, a United informou que confia em seus sistemas de controle de voo. "Temos certeza de que eles não poderiam ser acessados pelas técnicas descritas (por Roberts)."
Questionada, então, sobre por que impediu Roberts de embarcar, a companhia aérea afirmou ter tomado a decisão "porque ele (Roberts) fez comentários sobre ter adulterado o equipamento da aeronave, que é uma violação da política da United e algo com que nossos clientes e tripulantes não têm de lidar".
Na quarta-feira anterior ao episódio, Roberts já havia sido retirado de outro voo da United pelo FBI, a polícia federal americana, que confiscou seu laptop e o interrogou por quatro horas.
Desafio
Especialistas em segurança confirmam que a ação de um hacker pode derrubar um avião, mas não se trata de uma tarefa fácil. "Os aviões modernos estão incrementando sua capacidade de conexão à internet. Esta conectividade pode potencialmente permitir acesso remoto aos sistemas de voo da aeronave", diz o relatório da GAO.
Na opinião do órgão do governo americano, os esforços da Administração Federal de Aviação americana (FAA, na sigla em inglês) e das companhias aéreas em modernizar a tecnologia a bordo representa uma vulnerabilidade que pode ser explorada "para o mal".
O problema, de acordo com o relatório, é que a cabine dos pilotos e o restante do avião estão ligados à internet por meio da mesma rede.
E, apesar de a conexão entre o sistema de acesso dos passageiros e o sistema do avião se encontrar monitorada por firewalls (programas que bloqueiam o acesso a uma rede de desconhecidos), os analistas dizem que ambos não podem ser considerados "impenetráveis".
"De acordo com especialistas em segurança cibernética ouvidos para este relatório, a conexão à internet na cabine deve ser considerada como um vínculo direto entre a aeronave e o mundo exterior, o qual inclui potenciais atores malignos", diz o relatório.
Já se sabe que a FAA não verifica de forma exaustiva o nível de segurança cibernética dos novos aviões antes de certificar que as aeronaves se encontrem em condições para operar comercialmente.
Além disso, entre outras vulnerabilidades detectadas também está a capacidade para prevenir e detectar acessos não autorizados à vasta rede de computadores e sistemas da comunicação que a FAA utiliza para monitorar voos ao redor do mundo.
O relatório da GAO reconhece que a FAA vem tomando medidas para melhorar suas políticas de segurança cibernética, mas "existe margem de ação para outras modificações".
Entre as recomendações, estão avaliar o desenvolvimento do atual modelo de segurança, criar um comitê de segurança cibernética para frear ameaças cibernéticas e melhorar o funcionamento da agência.
Em janeiro passado, o GAO admitiu em um relatório anterior que "existe uma significativa debilidade na área de controle de voos, que ameaça a capacidade da FAA de garantir a segurança das operações do sistema nacional de espaço aéreo de maneira ininterrupta".
No mesmo passado, outro relatório do órgão revelou que os sistemas de orientação dos aviões se encontravam sob "um desnecessário risco de ser hackeados".
O pesadelo que começa a tomar corpo entre as autoridades americanas foi resumido em poucas palavras pelo congressita Peter DeFazio. Segundo ele, o pior cenário aconteceria quando um terrorista munido de um laptop, disfarçado de passageiro, tomar o controle de um avião usando apenas a rede Wi-Fi.
Uma possibilidade atualmente remota, mas ainda assim relevante.            


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