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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 10/02/2015

Embraer entrega Legacy na Austrália ...




Companhia de São José anunciou ontem entrega do primeiro jato Legacy 500 para a Austrália; comprador utilizará avião para negócios ...



A Embraer Aviação Executiva anunciou ontem a entrega do novo jato executivo midsize Legacy 500 para um cliente baseado em North Queensland, na Austrália. O nome do cliente não foi revelado ontem pela empresa de São José dos Campos. A utilização principal da aeronave será para fins de negócios e a compra foi negociada pela Norris Aviation Services Australia, que representou o cliente. O Legacy 500 recebeu certificação da autoridade australiana CASA (Civil Aviation Safety Authority) no mês passado ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL G-1


Ninguém no país possui habilitação específica para pilotar jato de Campos

Anac diz que não consta registro de habilitação do Cessna 560 XLS+. Cenipa investiga se falha de treinamento interferiu na queda de avião.

Tahiane Stochero - Do G1, Em São Paulo

Nenhum piloto brasileiro possui até hoje a habilitação específica para pilotar o Cessna 560 XLS+, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Esse é o modelo do jato que caiu em Santos (SP) em agosto de 2014, matando o então candidato presidencial Eduardo Campos e outras seis pessoas.
Atualmente, voam no país 14 jatos desse modelo.
"No momento, não consta na Anac nenhum registro de habilitação da variante XLS+ do modelo de aeronave Cessna 560. Conforme previsto na IS 61-004, somente no momento da renovação de suas habilitações é que o piloto deverá registrar a informação sobre os treinamentos realizados por ele e que hoje já estão dispostos em sua Caderneta Individual de Voo (CIV)", informou, em nota ao G1, a Anac.
Em dezembro de 2014, 160 pilotos de aviação executiva estavam habilitados a voar aeronaves da família Cessna 560 no Brasil.

O major Carlos Henrique Baldin, que participa da investigação do acidente de Campos no Cenipa, nega que a falta de treinamento específico para o Cessna 560XLS+ desqualificava os pilotos de Eduardo Campos para operar o avião.
“Para nós do Cenipa, o mais importante é saber se estavam em condições de treinamento e qualificação compatíveis com aquele equipamento e com as condições de meteorologia. A questão de estar habilitado, formalmente ou não, não é tão importante assim, é questão mais administrativa. Tem que perguntar à Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] para saber, por que [a norma sobre habilitações] estava em transição. Habilitação é questão administrativa que a Anac tem que ver”, respondeu.
Entenda como é a habilitação

Em janeiro passado, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que apura a tragédia, apontou que, de acordo com os documentos da tripulação, tanto o comandante, Marcos Martins, quanto o copiloto, Geraldo Magela Barbosa, tinham habilitação para voar em modelos anteriores (Cessna C560 Encore ou C560 Encore+ e o Cessna 560XLS), e não no modelo utilizado (um Cessna C560XLS+), mais moderno e com especificações na cabine e no painel diferentes.
Imagem
O Cenipa investiga se a falta deste treinamento específico para os pilotos pode ter interferido na tragédia.
A Anac argumenta que não há documentos que provem "que os pilotos não tinham o treinamento necessário para o Cessna 560XLS+".
Isso porque, até julho de 2014, um mês antes da tragédia, a agência expedia uma habilitação genérica que habilitava os pilotos de Cessna 560 a voarem todos os modelos de jatos executivos desta família, mesmo que o piloto fizesse a checagem de avaliação em versões mais antigas.
A partir da Instrução Suplementar 61-004, que entrou em vigor há oito meses, todos os pilotos que operam o avião teriam que fazer um treinamento para conhecer as diferenças entre os aviões da família Cessna 560 e também uma avaliação e um teste em voo comprovando a proficiência. Os treinamentos de diferenças e de adaptação passaram a ser obrigatórios para que o piloto pudesse obter uma habilitação específica para cada modelo, inclusive para o Cessna 560XLS+.
Por esta nova regra, os pilotos teriam que fazer a comprovação no momento que fizessem a renovação da habilitação.
A norma entrou em vigor em julho de 2014 e, até fevereiro de 2015, nenhum piloto tinha obtido a nova habilitação para pilotar o jato Cessna 560 XLS+, diz a Anac.
O Cenipa chegou, inclusive, a expedir em novembro de 2014 uma recomendação solicitando que a Anac "assegure" que os pilotos estivessem devidamente treinados e habilitados conforme a instrução de julho para operarem aeronaves Cessna no Brasil.

Anotação em caderneta
Segundo a Anac, a comprovação do treinamento compatível com o jato, e que ficaria registrada oficialmente, deveria ser feita pelo comandante e pelo copiloto quando eles fizessem a renovação da habilitação. Martins deveria refazer o documento em janeiro de 2015 e Cunha e maio deste ano.
A Anac alega, contudo, que os treinamentos para que o piloto pudesse transitar entre operações de diferentes modelos de aeronaves já está previsto no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 61, de 2012.
O registro deste treinamento deve ser feito na Caderneta Individual de Voo de cada piloto, e nenhum registro era feito formalmente na Anac até então, diz a agência. As cadernetas de ambos os pilotos queimaram no acidente e não foram recuperadas.
“É importante destacar que não existem evidências de que eles não teriam esse treinamento”, diz a Anac.
O G1 procurou a TAM Executiva, representante da Cessna no Brasil, que afirmou que os questionamentos deveriam ser enviados à fabricante. A Cessna diz que os treinamentos são dados por centros de instrução em simulador credenciados e não se manifestou sobre as diferenças entre os aviões e se presta orientação aos pilotos sobre modo de operação dos mesmos.
Nota da Anac

Em nota enviada ao G1 após a publicação desta reportagem, a Anac diz que "não é correto afirmar que não existem pilotos treinados para operar a variante XLS+ do modelo Cessna 560 considerando apenas a informação de que não há, até a presente data, registro da realização desse tipo de treinamento por pilotos que renovaram suas habilitações desde a publicação da IS 61-004".

Drone ajuda a encontrar focos de mosquito da dengue em SP

Combate à doença com a tecnologia é feito em Limeira. Morador da casa onde o foco de dengue for encontrado tem 24 horas para removê-lo.

Uma cidade no interior de São Paulo está procurando focos do mosquito transmissor da dengue com a ajuda de um drone. Um objeto voador sem tripulantes controlado à distância.
Na batalha contra o mosquito transmissor da dengue, uma tecnologia que também voa. O drone, que é um tipo de veículo guiado por controle remoto, está a serviço da prefeitura de limeira para chegar onde os agentes de saúde não conseguem. É ele quem procura os focos do Aedes aegypti nos quintais, telhados, nas caixas d’água.
Na cobertura da casa mostrada no vídeo, por exemplo, a câmera do drone revelou água parada na laje e na calha. E os agentes foram até a casa da Dona Maura. Ela nem desconfiava do problema.
"O pouco de água que fica o mosquito já pode estar proliferando lá”, explica a agente de saúde.
“Lógico, eu tenho quatro netas, vivem aqui comigo. Você acha que eu vou deixar essa água lá?”, diz dona Maura.
O uso do drone é uma das estratégias da Prefeitura de Limeira para conter o avanço da dengue. A cidade vive uma epidemia e decretou estado de emergência. Outra medida adotada foi aumentar em 12 vezes o valor da multa para quem for flagrado. A punição pode chegar a R$ 1,5 mil e dobra em caso de reincidência.
Em alguns pontos denunciados pelas imagens ninguém foi encontrado.
“Voltamos depois e se precisar nos entramos na Justiça, aí a imagem do drone é uma prova para que o juiz possa liminarmente nos autorizar a entrar na casa”, diz Luiz Antônio da Silva, secretário de Saúde.
O município também faz nebulização e coleta de materiais que acumulam água. Mas é a tecnologia que chama a atenção e divide opiniões.
“Eu penso que isso é uma invasão de privacidade”, diz um homem.
“Eu acho que é fundamental usar todas as armas para combater uma doença como essa”, afirma, outro homem.
O morador da casa onde o foco de dengue for encontrado tem 24 horas para removê-lo. Uma lei municipal prevê multa para quem não cumprir essa obrigação.

Major potiguar assume comando de base militar em missão da ONU

Adriano Azevedo coordena grupo de 15 militares de 12 países diferentes. Equipe vai monitorar cessar fogo na região do Saara Ocidental, na África.

Do G1 Rn

O potiguar Adriano Maia Ribeiro Azevedo, major Intendente da Aeronáutica, assumiu o comando da base militar da vila de Tifariti, no Saara Ocidental. Membro da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental (Minurso) desde setembro de 2014, o major passou a coordenar o grupo de 15 militares de 12 países em 19 de janeiro. A base, sede de Observadores Militares de várias nacionalidades, realiza o monitoramento do cumprimento dos acordos militares firmados entre a ONU e as partes em conflito.
"Após mais de 15 anos de guerra entre o Marrocos e o povo Saarauí pelo território do Saara Ocidental, a Minurso foi estabelecida em 1991 com o principal objetivo de promover um referendo em que a população iria definir qual das partes em conflito deveria ter a soberania sobre o território disputado", disse o major.
O comandante explica que na primeira fase desse processo, os observadores militares têm a função de assegurar o cumprimento de três acordos militares assinados entre as partes e a ONU. Previstas para terem vigência até a divulgação da lista de pessoas habilitadas a participarem do referendo, as principais intenções de tais acordos dizem respeito à manutenção do cessar fogo e à redução das ameaças decorrentes de inúmeros campos minados e explosivos remanescentes da guerra.
Como ainda não houve acordo, o propósito da missão atualmente é, prioritariamente, manter o cessar fogo por meio de patrulhas aéreas e terrestres. Além disso, atividades administrativas e operacionais são desempenhadas no interior das bases, como o planejamento e execução das patrulhas, o tratamento das informações coletadas, a manutenção dos meios de comunicação e a coordenação logística.
Atualmente a Minurso possui nove bases ocupadas por 225 militares de 34 países. Dos 10 brasileiros em missão, há outro potiguar além do major Azevedo. O capitão Arthur Brito, do Exército, tem trabalhado junto ao Mine Action Coordination Center, na identificação e destruição de minas e outros artefatos remanescentes da guerra.
Entenda o conflito

O conflito entre Marrocos e a Frente Polisario, grupo guerrilheiro que reivindicava o território independente da República Árabe Saaraui Democrática, durou mais de 15 anos e teve o cessar fogo acordado com participação fundamental da ONU. Para garantir a paz e criar um referendo no qual a população pudesse escolher qual dos envolvidos do conflito deveria ter soberania sobre a região, a Organização das Nações Unidas instaurou a Minurso.

PORTAL BRASIL


Força Aérea completa frota de 12 helicópteros de ataque

Esquadrão Poti promoveu voos em formação nos céus da Amazônia ocidental a partir da Base Aérea de Porto Velho (BAPV)

Dois meses após a chegada do quarto e último lote dos helicópteros AH-2 Sabre, o Esquadrão Poti iniciou as atividades aéreas com as novas aeronaves. Já foram realizados voos em formação com outros helicópteros nos céus da Amazônia ocidental a partir da Base Aérea de Porto Velho (BAPV).
Ao final de novembro de 2014, os três últimos AH-2 Sabre chegaram para finalizar a frota do esquadrão, conforme contrato firmado da compra de 12 helicópteros de ataque para Força Aérea Brasileira.
A aquisição proporciona à unidade plena capacidade para cumprir missões como defesa aérea, escolta de aeronaves e ataque ao solo.
Os helicópteros chegaram desmontados da Rússia transportados pela aeronave Antonov AN-124 e passaram por um processo de montagem e regulagem dos equipamentos realizados por equipes de manutenção russa e brasileira. Ao término do processo, o Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV) realizou os voos para recebimento final.

Ministro participa de aula inaugural do Instituto Militar de Engenharia

Aldo Rebelo elencou três desafios permanentes para o setor, e reforçou o papel do ministério no que diz respeito à inovação

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, participou na última sexta-feira (6) de uma aula inaugural no Instituto Militar de Engenharia (IME), na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Durante a ocasião, o titular da pasta afirmou que ampliar a soberania científica e tecnológica do País, elevar o padrão de vida material e espiritual da população brasileira e ampliar os horizontes da democracia são os três desafios permanentes das disciplinas de Ciência, Tecnologia e Inovação.
"O papel do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) é liderar politicamente o esforço – junto ao governo, ao Congresso Nacional, às empresas, aos movimentos sindicais – de valorizar socialmente e institucionalmente a agenda de CT&I", afirmou.
A uma plateia lotada de militares do curso de graduação em engenharia do instituto militar, Aldo Rebelo disse que ciência, tecnologia e inovação são decisivas para o futuro do País. E ressaltou a necessidade de o Brasil promover a inovação. "Precisamos desesperadamente inovar", afirmou.
Segundo o ministro, o dinamismo do Brasil depende hoje da agricultura, da pecuária e da mineração, que contribuem para que o País ocupe a sétima ou oitava posição na economia mundial. "Temos que louvar esses setores", disse, destacando que a agricultura, por exemplo, só evoluiu graças à inovação.
Longo prazo
Contudo, Aldo salientou que essa posição econômica do Brasil no mundo não é sustentável a médio e longo prazos, porque nos quesitos ciência, tecnologia e, principalmente, inovação, o País ocupa posições desvantajosas nos principais rankings mundiais. "O dinamismo da nossa economia não se sustenta apenas nestes setores (agricultura, pecuária e mineração), que oscilam muito", disse.
O ministro recorreu ao déficit de US$ 90 bilhões obtido pela conta de transações correntes (TC) do Brasil em 2014, para mostrar como a CT&I podem influir nesses valores. Do total, cerca de US$ 88 bilhões correspondem ao déficit nas contas de serviços e de renda, compostas por itens como aluguel de máquinas e equipamentos, computação, informação e pagamentos de royalties e licenças para produção de bens e serviços patenteados. "Esse registro mostra como nós pagamos um preço elevado quando não inovamos", afirmou.
Aldo destacou que é preciso sensibilizar as empresas nacionais para o esforço de investir em CT&I. "Temos um sistema qualificado de pesquisas, bons institutos, bons pesquisadores, recursos públicos", disse. "Nossa engenharia já produziu grandes empresas, como a Embraer, a Vale e a Petrobras", acrescentou. "Podemos fazer satélites, foguetes, fechamos o ciclo do urânio", mas, segundo ele, não temos muitas empresas que investem no setor.
Defesa
O ministro ressaltou ainda a importância do investimento em pesquisas e inovação na área da defesa. "Nós precisamos de um País forte em ciência, em tecnologia e em inovação, porque investir na segurança nacional também é uma forma de prover bem-estar à população brasileira", disse. "Temos de cuidar dos interesses do País, da economia e do domínio das tecnologias sensíveis na área da defesa", completou.
Aldo Rebelo acrescentou que o MCTI apoiará e incentivará os projetos de pesquisa e inovação na área da defesa, por meio dos seus programas existentes.
Antes da aula inaugural, o comando do IME, por meio do general de Exército Sinclair Mayer (chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia), apresentou ao ministro o projeto do Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba (PCTEG).

Ministério da Defesa publica Plano Geral de Convocação para o Serviço Militar

Documento oficializa convocação dos jovens do sexo masculino, que completam 18 anos até 31 de dezembro de 2015

Foi aprovado e publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (9), o Plano Geral de Convocação para o Serviço Militar das Forças Armadas 2016.
O documento oficializa a convocação dos jovens do sexo masculino, que completam 18 anos até 31 de dezembro de 2015.
O plano, disponível na íntegra na Portaria 286 do Ministério da Defesa, entra em vigor a partir de hoje.
A normatização traz, por exemplo, as legislações e atos normativos que institucionalizaram o serviço militar no Brasil, bem como as fases do processo seletivo, datas e demais informações.
O prazo para o alistamento começou no dia 2 de janeiro e vai até 30 de junho.
Para cumprir com o dever cívico, os jovens precisam apresentar na Junta Militar mais próxima de suas residências os seguintes documentos: certidão de nascimento ou equivalente (identidade, carteira de motorista ou de trabalho), comprovante de residência e duas fotos 3x4 (recentes).

JORNAL O VALE (SJC)


Embraer entrega Legacy na Austrália

Companhia de São José anunciou ontem entrega do primeiro jato Legacy 500 para a Austrália; comprador utilizará avião para negócios

A Embraer Aviação Executiva anunciou ontem a entrega do novo jato executivo midsize Legacy 500 para um cliente baseado em North Queensland, na Austrália.
O nome do cliente não foi revelado ontem pela empresa de São José dos Campos.

A utilização principal da aeronave será para fins de negócios e a compra foi negociada pela Norris Aviation Services Australia, que representou o cliente. O Legacy 500 recebeu certificação da autoridade australiana CASA (Civil Aviation Safety Authority) no mês passado.

“O Legacy 500 vem provando ser um jato executivo de alta capacidade e bem apropriado para o mercado da Austrália. A aeronave oferece excelente desempenho de pista com fácil alcance transcontinental”, disse Marco Túlio Pellegrini, presidente da Embraer Aviação Executiva.

“Somos gratos pela confiança deste cliente na Embraer e estamos comprometidos em apoiar a sua operação”, completou o executivo.

Já o diretor executivo da Norris Aviation Services Australia Pty Ltd, Peter Norris, destacou a importância da compra do jato da Embraer. “O proprietário é um empresário de visão que cuidadosamente selecionou o Legacy 500 após avaliar todas as aeronaves da sua categoria.”
Memória. Para apoiar a operação do Legacy 500 na região da Australásia, a Embraer Aviação Executiva autorizou a Execujet a oferecer manutenção para o Legacy 500 na Austrália, complementando sua atual capacidade de dar suporte a clientes do Phenom 100, Legacy 600 e Legacy 650.
JORNAL O DIA


Acidente com avião que partiu do Tom Jobim foi causado por raio

Descarga elétrica danificou equipamento e aeronave entrou em nuvem com chuva de granizo, amassando o nariz do avião

Flavio Araújo

Rio - Um raio danificou o radar meteorológico do avião que fazia o voo JJ 3307, do Rio de Janeiro para Natal, capital do Rio Grande do Norte, na tarde de domingo.
Com a descarga elétrica, o equipamento que monitora as condições climáticas da aeronave parou de funcionar e os pilotos acabaram entrando, inadvertidamente. em uma nuvem com chuva de granizo, o que amassou muito o nariz do avião.
Com o duplo acidente, ocorridos logo após a decolagem, às 17h, os tripulantes resolveram voltar para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, de onde tinham decolado.
A TAM, empresa aérea dona da aeronave, divulgou na noite desta segunda-feira que o raio causou o problema e informou que há uma investigação em andamento para apurar a ocorrência. Além disso, a empresa afirmou, no mesmo comunicado, que está prestando todos os esclarecimentos necessários para as autoridades da Aeronáutica, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Segundo a nota da TAM, por causa do raio e da entrada do avião na nuvem de granizo, com a consequente avaria, a tripulação, seguindo todos os protocolos de segurança, adotou curso para retornar ao Galeão, mais adequado para o pouso naquele momento.
“No trajeto, (o avião) passou por uma área de turbulência e granizo que não foi detectada pelo radar danificado. O pouso foi realizado no Aeroporto Internacional do Galeão, às 18h01, com total segurança para os passageiros e tripulantes”. diz a nota da companhia.
Ainda no domingo, a RioGaleão, concessionária que administra o aeroporto, informou que os passageiros do voo JJ 3307 não tiveram nenhum problema e seguiram viagem em outras aeronaves com destino a Natal.
A TAM reforçou ainda que seus pilotos são treinados para atuar em situações desse tipo e que todas as suas operações visam o bem-estar de seus clientes e funcionários.

SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

90 MIL VÃO SER RECRUTADOS ESTE ANO

Henrique Moraes

As Forças Armadas do país pretendem recrutar 90 mil jovens para o serviço militar este ano. Homens nascidos em1997 e que completam 18 anos em 2015 precisam se apresentar na Junta de Serviço Militar (JSM) municipal para o alistamento obrigatório. O prazo para se alistar vai até o dia 30 de junho. Durante o serviço militar, o recruta será capacitado, por meio do Projeto Soldado-Cidadão, do Ministério da Defesa, para concorrera uma vaga no mercado de trabalho em melhores condições ao deixar as Forças Armadas, no fim do período na caserna. O projeto completa 11 anos e já capacitou mais de 100 mil jovens.Segundo dados da Seção de Coordenação de Mobilização Militar do Ministério da Defesa, no ano passado1,7 milhão de jovens se alistaram nas Juntas de todo o país. É preciso  apresentar certidão de nascimento ou equivalente (identidade,carteira de motorista ou de trabalho), comprovante de residência e duas fotos 3x4 (recente). Caso o convocado tenha filhos, é necessária a apresentação das certidões de nascimento das crianças. Pessoas com deficiência precisam entregar atestado médico.
ALISTAMENTO
1,7 mi - Quantidade de jovens que se alistaram nas Juntas de Serviço Militar (JSM) de todo o país no ano passado. Para se inscrever é preciso apresentar certidão de nascimento, comprovante de residência e duas fotos 3x4 (recente).
NOVO COMANDO 1 - MARINHA DO BRASIL
O almirante-de-esquadra Eduardo Barcellar Leal Ferreira substituiu ontem o almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto no comando da Marinha do Brasil. Ferreira concluiu a sua formação na Escola Naval em1974. E o seu último cargo foi o de comandante da Escola Superior de Guerra
(ESG).
NOVO COMANDO 2 - EXÉRCITO BRASILEIRO
O general de Exército Eduardo Dias Villas Bôas recebeu o comando da instituição do general de Exército Enzo Martins Peri, na quinta-feira, no Clube do Exército, em Brasília. Villas Bôas ingressou no Exército em1967 e foi promovido a general de Exército em 2011. Seu último cargo foi o de comandante de Operações Terrestres.
CONCURSO DA FAB - TAIFEIRO TEM 80 VAGAS
Estão abertas as inscrições para o exame de admissão ao Curso de Formação de Taifeiros da Aeronáutica (CFT). São 80 vagas, 30 para a especialidade de arrumador e 50 para cozinheiro. A taxa custa R$ 60
e os interessados devem se inscrever pelo www.depens.aer.mil.br até o dia 18 deste mês. Aprova será em 29 de março.
COMPLEXO DA MARÉ - TROCA DE MILITARES
Na segunda-feira começam a chegar no Rio 138 militares do 72ª Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército (72ºBIMTz) de Petrolina, em Pernambuco, para atuar no Complexo da Maré. Vão dar apoio à política estadual de pacificação.Eles substituirão a 14ª Brigada de Infantaria Motorizada de Florianópolis (SC).

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


'Ainda levará tempo para se ter privacidade na internet', diz Assange


Leandro Colon - De Londres

Asilado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012, o fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, 43, afirma que é "impossível" ter privacidade na internet. "Isso ainda vai levar muito tempo", disse, em entrevista à Folha, na sexta-feira (6).
Assange recebeu a reportagem para falar sobre seu novo livro, "Quando o Google encontrou o WikiLeaks" (Editora Boitempo), que chega ao Brasil na próxima semana. O livro aborda um encontro dele com executivos do Google em 2011.
A empresa, para Assange, tornou-se a vilã do controle de dados pessoais e aliada do governo dos EUA, com quem o fundador do WikiLeaks trava batalha jurídica em razão da revelação de documentos sigilosos, muitos deles segredos militares e diplomáticos.
Assange pediu asilo ao Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde vivia e é acusado de crimes sexuais em 2010.
Ele se diz inocente e teme ser enviado aos EUA para ser julgado devido ao WikiLeaks.
Por questões de segurança, Assange pediu que não fosse feita imagem do local da entrevista. Do lado de fora da embaixada, um policial britânico fazia a vigilância.
Folha- Por quanto tempo o senhor conseguirá viver na embaixada?
Julian Assange - O presidente Correa (Rafael Correa, presidente do Equador) fala em 200 anos, mas espero que não seja por muito tempo. Há uma questão interessante, alguns benefícios, por questões de segurança nacional. Não há polícia britânica dentro da embaixada, não há intimações, tribunais. É como uma terra de ninguém. Não há lei formal, há apenas relação entre seres humanos.
Há uma certa curiosidade sobre sua rotina.
Brinco com minha equipe quando me perguntam isso e digo: vamos mostrar meu lado humano. Eles brincam: estamos procurando isso nos últimos quatro anos. Mas não tenho que falar disso. Estou comprometido com o que estou fazendo, tenho família, me preocupo com ela.
O sr. tem visto seus parentes?
Não posso falar por questões de segurança.
O sr. não pode sair daqui. Não se parece com uma prisão?
Em alguns momentos, sim, porque recebo visita, há um aparato policial lá fora vigiando 24 horas por dia. Não é um ambiente saudável. É uma situação difícil, mas outras pessoas também estão em situações difíceis e estou confiante que vou sobreviver.
É viável uma solução no curto prazo, como uma negociação com as autoridades?
Os países envolvidos, como Reino Unido e Suécia, querem mostrar firmeza. Já as autoridades dos EUA se recusam a conversar. É importante destacar que organizações de direitos humanos revelaram à ONU preocupação com minha situação.
O que tem feito o WikiLeaks?
Três coisas: uma é desenvolver recursos mais sofisticados de sistemas de pesquisa para nosso material, por um assunto ou uma palavra. Temos 3,1 milhões de documentos publicados, e desenvolver isso é importante para o jornalismo e pesquisas acadêmicas. A outra é trabalhar em cima de novas publicações, relacionadas a setores de inteligência. Em terceiro, estamos nos defendendo na Justiça pelo mundo.
E como estão os processos?
São vários, espalhados, mas sobretudo nos EUA, onde há uma acusação interessante de conspiração e que poderia ser aplicada a qualquer empresa de mídia: um jornalista que trabalha para um veículo obtém uma informação de uma fonte e dizem que a fonte conspirou com o jornalista. Não. O jornalista discutiu com seu editor, que trabalhou nesse material para publicar. Essa chamada conspiração é parte normal do processo. Se os americanos forem bem-sucedidos nessa teoria, qualquer mídia poderá sofrer essa acusação.
Quantas pessoas trabalham hoje para o WikiLeaks?
Tenho orgulho disso. Apesar de tudo, de bloqueio bancário, eu aqui na embaixada, esse apoio tem crescido. Não é um número alto, mas é significante. Só não posso falar.
Durante esse tempo asilado, o sr. se arrependeu de algo em relação ao WikiLeaks?
Não tenho arrependimentos, tenho muito orgulho do que fiz. E sobrevivi a isso. Mas tiro lições das estratégias do passado. Às vezes, você tenta voltar no tempo e percebe que, em situações específicas, foi forçado pelas circunstâncias.
Poderia dar exemplos?
Eu subestimei o quanto a Suécia tinha mudado nos últimos 30 anos. A Suécia ficou famosa nos anos 70, quando o premiê Olof Palme aceitou refugiados do Vietnã e o país promoveu sua reputação. Mas, desde seu assassinato, em 1986, a Suécia se transformou no país mais próximo dos EUA na Europa, com exceção do Reino Unido. Foi um equívoco de minha parte. Eu também não entendi direito a natureza do "The Guardian" (jornal que rompeu parceria com Wikileaks). Sou australiano e o via como um jornal "antiestablishment", mas isso não era verdade. É um jornal que representa parte do establishment britânico. Quando você é estrangeiro, leva tempo para entender noções de poder do país.
O seu novo livro aborda a possível "morte" da privacidade na internet. Como as pessoas podem protegê-la?
Isso é impossível para a maioria das pessoas e ainda vai levar muito tempo. Por outro lado, as pessoas estão acordando para o que está acontecendo com o Google e criando demandas para algo que preserve a privacidade e reprima o apetite do Google, cujo negócio é coletar informação privada. Pelo menos 80% dos smartphones são controlados pelo Google, que grava as localidades, contatos, e-mails, o que pesquisaram.
Essas informações são integradas com outras coletadas no Gmail e no Youtube para construir um perfil sobre você. Não é só uma empresa de tecnologia. É a segunda maior companhia dos Estados Unidos, com conexões com o Departamento de Estado, trabalhando com projetos de inteligência nos últimos 12 anos.
Por isso afirma no livro que o Google não é o futuro da internet?
Seu modelo é uma armadilha do serviço gratuito, oferecendo maneiras de pesquisa que parecem ser de graça, mas não são. É um anzol, e você é o peixe que morde a isca com informação pessoal.
No começo, parecia que o Google não atuava como organização lucrativa, porque oferecia serviços gratuito com simples técnicas de pesquisas, um logo colorido. Mas o fato é que essa organização está levando a política externa americana para outros países.
Como vê a repercussão do caso de espionagem dos EUA no Brasil?
Ou o Brasil define suas instituições e tem o seu governo ou os EUA vão sempre encontrar uma maneira de meter os dedos no governo brasileiro.
O governo de Dilma Rousseff deve proteger a sociedade brasileira da ambição de outros Estados e das empresas conectadas com esses Estados.
O país tem de buscar passos para ser independente. Infelizmente, o governo dos Estados Unidos e as suas instituições privadas têm sido bem-sucedidos em corromper funcionários e empresas dos governos, incluindo no Brasil.
Essas pessoas pensam que a independência do Estado brasileiro é acoplada a suas ambições e estão dispostas a vender e trocar equipamentos militares para as missões de treinamento e de alta tecnologia com agências americanas.
Qual sua opinião sobre o debate do "direito de ser esquecido" envolvendo o Google na Europa, em que as pessoas podem requerer a retirada de links que citam seus nomes das pesquisas do site?
O que me parece é que a Europa está decidindo formalmente testar o quanto eles podem empurrar para fora a dominação americana. É uma experiência sobre quão independente é o ocidente europeu. O Google tem economicamente o tamanho de algumas nações, como Nova Zelândia e Portugal. Na verdade, podemos dizer que o Google é como um Estado, e Estados têm obrigações. Quando seu poder aumenta, a responsabilidade também. O Google tem serviços como efeitos civis em bilhões de pessoas. Ou seja, no caso dele, não é publicar ou não publicar alguma coisa.
Por que o sr. acha que o Google realmente tem uma relação política próxima do governo americano?
Sim, tem. Como mostro no livro, há conexões pessoais entre executivos da empresa e o estafe da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidata a Presidência em 2016.
O sr. chamaria o Google de uma empresa de mídia?
Eu chamaria de empresa de distribuição de informação.
Não dá para comparar o Google com alguma outra empresa, como o Facebook, por exemplo?
Em termos de relações com agências de inteligência americana, o Google é único.
O Facebook é parecido, mas o a ambição do Google é maior, é uma integração de informação coletada das pessoas, e comprou muitas empresas nos últimos anos.
As pessoas dizem que Google é inovador. O Android não foi criado pelo Google, o Youtube também não. O Google tem sido bem-sucedido em comprar empresas que colectam informações. O Facebook tem se concentrado nele mesmo, criando ferramentas essencialmente para as pessoas obterem informações de seus amigos, suas atividades. Mas, como o governo americano não regula o monopólio dessas empresas, fica difícil competir, e elas acabam se tornando boas amigas do governo.


Concurso para militar temporário não pode impor limite de idade, diz MPF


Frederico Vasconcelos

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) quer que as Forças Armadas sejam proibidas de impor limite máximo de idade em concursos para a seleção de militares temporários, até que seja aprovada lei federal sobre o tema.
Em ação civil pública, com base em reclamações de candidatos que foram impedidos de se inscrever em um certame realizado em 2014 pelo Exército, o MPF sustenta que o edital só poderia trazer a exigência se a medida estivesse prevista em lei e não em regramentos internos, como ocorreu no caso.
No caso dos interessados nas vagas de cabo especialista, por exemplo, o edital previa como idade máxima 35 anos.
O Exército alegou que, por se tratar de um processo seletivo para temporários, esses certames devem seguir critérios definidos pelo comando da Força.
Na avaliação do Ministério Público, o procedimento fere a Constituição Federal. Embora não vede a imposição de limites para o exercício profissional, a Constituição deixa claro que a restrição só pode ser feita por meio de lei específica.

Alpinistas dizem ter achado destroços de voo que desapareceu em 1961


Um grupo de alpinistas disse ter localizado os destroços de uma aeronave que caiu no dia 3 de abril de 1961 na cordilheira dos Andes, no Chile, e que nunca havia sido encontrada.
O avião, um Douglas DC-3 da cia. aérea Lan Chile, levava 20 passageiros e quatro tripulantes. Entre eles, estavam oito jogadores da equipe de futebol Green Cross, o técnico do time, árbitros e dirigentes. O avião fazia o percurso de Osorno a Santiago após uma partida.
O acidente causou grande comoção no país pela popularidade da equipe, então na primeira divisão. As buscas pelos destroços duraram várias semanas antes de serem abandonadas.
Os destroços estariam na região do Maule, a cerca de 300 km ao sul de Santiago, a capital do país, e a uma altitude de mais de 3.200 metros.
Segundo os alpinistas, boa parte da fuselagem do avião está preservada, assim como as ossadas dos passageiros.
Eles, no entanto, se negaram a revelar a localização exata dos destroços para evitar que o local vire um ponto turístico e as vítimas sejam desrespeitadas.

AGÊNCIA SENADO


Ex-combatentes da 2ª Guerra podem ser inscritos no Livro dos Heróis da Pátria


Da Redação

Os marinheiros, soldados e aviadores que combateram na 2ª Guerra Mundial, sobreviventes ou mortos, poderão ser inscritos no Livro dos Heróis da Pátria, de acordo com projeto do senador Paulo Paim (PT-RS). A legislação atual só permite a distinção a brasileiros mortos.
ImagemEm seu projeto (PLS 4/2015), Paim enfatiza a necessidade do devido reconhecimento aos ex-combatentes, que marcaram a participação do Brasil na “consolidação de uma ordem mundial democrática”. Em 1944, mais de 25 mil brasileiros, apelidados de "pracinhas", foram enviados a campanha na Itália, dos quais 459 morreram em ação.
A Lei 11.597/2007 estabelece que o Livro dos Heróis da Pátria se destina ao reconhecimento dos “brasileiros que tenham oferecido a vida à pátria, para sua defesa e construção, com excepcional dedicação e heroísmo”. O livro de páginas de aço — guardado no Panteão da Pátria Tancredo Neves, em Brasília — foi inaugurado em 1989 com a inscrição do nome de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. dom Pedro I, Zumbi dos Palmares, Alberto Santos Dumont, Chico Mendes e José de Anchieta são alguns dos outros personagens homenageados.
Para que um novo nome seja incluído no Livro dos Heróis da Pátria, o Senado e a Câmara dos Deputados precisam aprovar uma lei. A legislação limitou o reconhecimento a brasileiros mortos em campo de batalha ou falecidos há mais de 50 anos. Por isso, a proposta de Paim objetiva modificar a Lei 11.597/2007, ampliando sua aplicabilidade para abranger também os sobreviventes de combates.
“Por questão de justiça histórica, entendemos que devem ser reconhecidos como heróis não apenas os mortos em combate ou em decorrência destes, mas também os sobreviventes”, argumenta o senador.
O projeto será analisado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) em caráter terminativo.


JORNAL ESTADO DE MINAS


Depois de três dias de caos, aeroporto de Confins tem movimento tranquilo

O instrumento que facilita pousos durante tempo fechado voltou a funcionar no terminal que registra alguns atrasados nesta segunda-feira, nada comparado ao transtorno do fim de semana

Rafael Passos, Luana Cruz

Depois de três dias de caos por causa da chuva e neblina, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem movimento mais tranquilo nesta segunda-feira. Por volta das 9h, duas partidas estavam atrasadas, uma para Araxá e outra para Ipatinga, e uma, para Brasília, havia sido cancelada. Duas chegadas também estão atrasadas, mas os problemas de hoje não se comparam aos transtornos enfrentados por passageiros no fim de semana. 
A BH Airport, empresa que administra o terminal, informou que, no domingo, o número de cancelamentos foi 52, entre chegadas e partidas, enquanto 47 atrasaram por motivos meteorológicos e 17 foram transferidos para outras cidades.
No fim da tarde de ontem, o ILS (Instrument Landing System), instrumento que facilita pousos durante tempo fechado, voltou a funcionar no terminal. Nesta segunda-feira, o aparelho também está operando, o que permite melhor fluxo no aeroporto.
O instrumento dá a orientação precisa ao piloto durante o pouso quando as condições do clima prejudicam a visibilidade, como em situações de névoa e chuva, entre outros.
Em algumas dessas situações, os pilotos são obrigados a se deslocar para os aeroportos mais próximos, o que muda o planejamento das viagens.
O terminal de Confins conta com apenas um equipamento, instalado em uma de suas cabeceiras.
A sacoleira Antonieta Araújo Alves, 58 anos, que viaja com dois netos para Teresina (PI), teve o voo cancelado no domingo e deve embarcar nesta segunda-feira. O primeiro voo estava previsto para 18h39 de ontem, mas por causa dos problemas com chuva, foi alterado para 11h48 de hoje. Com medo do trânsito e da movimentação caótica no aeroporto, no domingo, ela saiu da casa da irmã onde estava hospedada, em Ibirité, na Grande BH, por volta de 13h40. No retorno desta manhã, deixou a residência às 7h30 também temendo qualquer imprevisto.
O escrituário Luis Eduardo Chamon, 27 anos, também se preveniu por causa da chuva. Ele saiu de casa, em Ipatinga, na Região Central de Minas Gerais, por volta de 4h para chegar em Confins a tempo do voo. Ele fará uma escala no Rio de Janeiro e seguirá para Cancun, onde passará a lua de mel.
O consultor Félix Chaves, 29 anos, teve problemas para chegar ao terminal porque o táxi que pediu às 7h, por meio de um aplicativo de celular, só chegou na casa dele às 8h20. Ele mora no Bairro Floresta e não conseguiu chegar a tempo do voo previsto para 9h10, com destino ao Rio de Janeiro. O consultor perdeu o embarque pela Azul e precisou remarcar a viagem pela TAM. Ele deve voar por volta de 18h30 desta segunda.
BALANÇO A BHaiport divulgou, no fim da manhã de segunda, um balanço sobre o movimento no terminal. Confins ficou fechado de 2h53 às 3h39, depois de 4h29 às 5h por causa da baixa visibilidade, mesmo operando com o ILS. Ao todo, entre 0h e 11h de hoje, 30 voos tiveram atrasos superiores a 30 minutos e nove foram cancelados.

Instrumentos que facilitam pousos ficarão ligados no Aeroporto de Confins durante o carnaval

A medida foi tomada por causa dos transtornos vividos no terminal desde sexta-feira por causa do mau tempo. Depois do feriado, operará somente a noite

João Henrique Do Vale

Os Instrumentos que facilitam o pousos em condições de visibilidade reduzidas ficarão ligados por 24h no feriado de carnaval no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para isso, a BH Airport vai suspender as obras de melhorias da pista. A medida foi tomada por causa dos transtornos vividos no terminal desde sexta-feira. Voos sofreram atrasos e foram cancelados por causa do mau tempo. Longas filas de passageiros se formaram e aconteceu até bate-boca entre funcionários de empresas e clientes.
O ILS (instrument landing system, sigla em inglês), aparelho que dá a orientação precisa ao piloto durante o pouso quando as condições do clima prejudicam a visibilidade, como em situações de névoa, chuva, neve, entre outros, está desligado no Aeroporto de Confins desde de agosto de 2014. Conforme o Estado de Minas adiantou em dezembro, o equipamento só voltaria a funcionar em março deste ano, depois que as obras no terminal estivessem concluídas.
Porém, devido aos problemas enfrentados no terminal desde sexta-feira por causa do mau tempo, a BH Airport, empresa que administra o aeroporto, solicitou, em caráter de urgência, a entrada do equipamento junto a Controle do Espaço Aéreo (DTCEA/Aeronáutica). O pedido foi atendido neste domingo.
Segundo a BH Airport, o equipamento ficará ligado durante o carnaval durante 24 horas. Depois do feriado, o ILS estará em funcionamento apenas durante a noite, pois a pista passará por obras durante o dia.
A empresa esclareceu que o desligamento aconteceu no ano passado para a “obras de ampliação da pista em 600 metros” consideradas “essenciais para o desenvolvimento do aeroporto”. Após o feriado, conforme a BH Aiport, o equipamento operará à noite para dar continuidade as intervenções na pista.
A concessionária ressalta, também, que quando as condições atingem níveis mínimos de visibilidade, abaixo de 60 metros de altitude e de 500 metros de visão horizontal, a utilização do ILS não impede o fechamento da pista do aeroporto, conforme preveem os protocolos internacionais de segurança de voo.
Segunda-feira com poucos transtornos
Diferente do que aconteceu nos últimos três dias no Aeroporto de Confins, a segunda-feira no terminal foi de certa forma tranquila. Segundo o balanço da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) divulgado às 19h, dos 133 voos programados, 17 sofreram atrasos e outros 10 foram cancelados.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Um mês depois de queda de monomotor, cenário de destruição é o mesmo

Casal dono da residência destruída no acidente que matou duas pessoas em Luziânia (GO) perdeu tudo

Kelly Almeida

Aos 73 anos, tudo o que Cornelita Meirelles Silveira quer é voltar para a casa onde viveu mais de três décadas ao lado do marido, Otávio Barbosa Meirelles, 66. Na próxima terça-feira, fará um mês que eles vivem de favor com parentes. A situação está assim desde que o monomotor EMB 710C caiu sobre o imóvel do casal, na Rua Padre Rosa, em Luziânia (GO), e matou duas pessoas, além de deixar duas em estado crítico. Passados 30 dias, o cenário pouco mudou no bairro. Destroços da aeronave e pedaços da casa estão espalhados no local. Os passageiros feridos receberam alta, mas seguem sob observação. A Polícia Civil investiga o acidente e trata o caso como fatalidade.

Construída com o dinheiro de uma herança, a casa atingida pelo monomotor tem três quartos, dois banheiros, sala, garagem e um quintal amplo. “Usei o dinheiro de uma terra que o meu pai tinha deixado para mim e levei uns dois anos construindo, para casar. Entrei nela, pela primeira vez, há mais de 30 anos, em um 19 de fevereiro. Fiz do jeito e com o material que queria. Hoje, olho para ela e choro de tristeza. Dói muito saber que o que eu tinha nesta vida acabou”, desabafa Cornelita. Desde a tragédia, ela e o marido evitam entrar na casa. “Não gosto nem de ficar passando em frente. A gente é muito velho para aguentar isso. Só queria voltar para a nossa casa, onde vivemos a nossa vida.”

Na semana passada, a idosa aceitou voltar ao imóvel, acompanhada do Correio. No lugar dos móveis e dos retratos de família — retirados pelos sobrinhos pela porta dos fundos —, os cômodos estão cobertos de terra, concreto e pedaços do avião. A sala ficou destruída. “O que mais dói no meu marido é saber que ele perdeu a única foto que tinha da mãe. O quadro estava pendurado na parede da sala e, hoje, está por aí, perdido embaixo desse entulho”, lamenta, olhando para a destruição. “Até agora, não cancelei o telefone, pois tenho fé de que vou voltar. Replantar a minha horta...”

Reconstrução

No dia do acidente, em 10 de janeiro, Cornelita passou a tarde visitando amigas. Seguia para casa pouco antes das 19h, mas parou do outro lado da rua para conversar com as vizinhas. Em poucos minutos, ouviu um barulho próximo à cabeça. “Era o avião passando em cima de mim. Foi só o tempo de olhar para o lado e ver tudo o que eu tinha acabar em poucos segundos”, conta. “Foi Deus que não deixou eu ir direto para casa. Porque, se eu não tivesse parado para conversar, estaria abrindo o portão ou entrando na sala na hora do acidente.”
Aposentados e com renda de dois salários mínimos por mês Cornelita e Otávio não têm condições de comprar outra casa ou reformar a destruída. Eles contam com ajuda de familiares para tocar a vida e esperam para saber como ficará a reconstrução do imóvel. Mesmo assim, eles se comovem com a perda dos familiares das vítimas. “Sabemos o que a família deles está passando. É muito doloroso perder pessoas tão novas", conclui.

Amigos e parentes do piloto João Henrique Baeta contaram que a aeronave tinha seguro obrigatório, o que deve cobrir a reconstrução da casa, mas não souberam informar um prazo para o início das obras. Eduardo Baeta, pai de João Henrique — morto na queda —, mantém-se sereno, mas diz que a maior dor é ter perdido um grande amigo. “Ele estava feliz e fazendo o que gostava. Tinha muita experiência e estava empolgado para comprar o próximo avião”, lembra.

Eduardo Conta que a paixão do filho pela aviação começou ainda criança. “Primeira vez que João Henrique voou foi no meu colo, com uns 2 anos. Gostou tanto que esse virou o hobby dele. Era uma mania, e acho que fui eu que coloquei. Ele foi uma excelente pessoa.” A namorada de João Henrique, Maysa Santos, 36 anos, também morreu na queda.

Os dois feridos no acidente Rodrigo Carvalho, 37 anos, e Márcio Belmonte, 36 - receberam alta do hospital. O primeiro passou por três cirurgias e se recupera em casa, ao lado da família (leia quadro). Ele foi ouvido por representantes da Aeronáutica. Amigos contaram que ele não está liberado para dar entrevistas e explicaram que o piloto estava no banco de trás da aeronave e não se lembra do momento do acidente. Rodrigo teve a situação mais delicada, ficou em estado grave, mas também foi liberado.

“Fatalidade"

A Polícia Civil de Luziânia abriu inquérito para investigar o acidente. Com exceção de Rodrigo, que estava internado e sem condições de prestar depoimento, os investigadores ouviram todos os envolvidos na queda, entre vítimas, testemunhas, o dono da aeronave e funcionários do Aeroclube de onde saiu o monomotor. Para concluir as investigações, a polícia aguarda apenas o laudo da perícia realizada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). “Todas as documentações estavam em dia, tanto do avião quanto do piloto. Ao que tudo indica, na hora da decolagem, o avião teve uma pane. Sendo assim, o que aconteceu foi uma fatalidade e ninguém pode ser responsabilizado pela queda”, explica o chefe da 1ª Delegacia de Luziânia, Fabiano Medeiros.

De acordo com a assessoria de Comunicação da Aeronáutica, a investigação do Cenipa tem o objetivo de prevenir acidentes. Eles usam fotos, partes da aeronave e relatos de testemunhas para elaborar um relatório. “E importante ressaltar que a investigação realizada pelo Cenipa se apoia em contribuições voluntárias, ou seja, as pessoas que são ouvidas o fazem espontaneamente, no sentido de colaborar com a prevenção de acidentes aeronáuticos”, informou a Aeronáutica. O motor será analisado por técnicos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

MPF questiona limitação de idade em concursos das Forças Armadas

Ação civil pública questiona o fato de a exigência não estar prevista em lei

Célia Perrone

O Ministério Público Federal (MPF) quer que as Forças Armadas sejam proibidas de impor limite máximo de idade em concursos para a seleção de militares temporários, até que seja aprovada uma lei federal sobre o tema. O pedido faz parte de uma ação civil pública enviada na última quinta-feira (5/2) à Justiça Federal em Brasília. A medida teve como fundamento reclamações de candidatos que foram impedidos de se inscrever em um certame realizado em 2014 pelo Exército. No documento, o MPF sustenta que o edital só poderia trazer a exigência se a medida estivesse prevista em lei e não em regramentos internos, como ocorreu no caso.
A ação foi precedida de um inquérito civil, durante o qual foi possível confirmar os indícios de irregularidades quanto às exigências previstas no edital publicado pela corporação no mês de setembro. No caso dos interessados nas vagas de cabo especialista, por exemplo, o edital previa como idade máxima 35 anos. Ao ser questionado pelo MPF em relação ao amparo legal da exigência, o Exército respondeu que, por se tratar de um processo seletivo para temporários, esses certames devem seguir critérios definidos pelo comando da Força. No caso específico do Exército, as normas foram baseadas em portaria interna própria. No entanto, na avaliação do Ministério Público, este procedimento fere a Constituição Federal que, embora não vede a imposição de limites para o exercício profissional, deixa claro que a restrição só pode ser feita por meio de lei específica.
Ao defender a necessidade de uma mudança de comportamento no momento da elaboração de editais pelas Forças Armadas, o procurador da República Paulo José Rocha Júnior lembrou que o assunto foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011, quando confirmou a necessidade da existência de lei específica para justificar as restrições. Na mesma decisão, o STF validou todas as admissões feitas até 31 de dezembro, ainda que as restrições tenham sido previstas apenas nos editais. Como resposta, no ano seguinte, o Congresso Nacional aprovou a Lei 12.705, que definiu os critérios para a seleção de militares de carreira. “Em se aplicando a decisão do Supremo aos candidatos aos cargos efetivos, igual tratamento deve ser dado aos temporários que não teriam, em tese, aspirações de fazer carreira na corporação”, enfatiza o procurador.
Como a investigação preliminar revelou que a prática de impor limites de idades com base em portarias tem se repetido em vários certames organizados pelas Forças Armadas, o Ministério Público entende ser necessário um posicionamento do Judiciário para corrigir o que classifica como distorções.
Para Wilson Granjeiro, coordenador do Movimento de Moralização dos Concursos (MMC), não justifica a adoção de uma idade máxima um vez os cargos temporários não desfrutarão da aposentadoria especial que é concedida às forças armadas. “É a primeira vez que eu vejo esse tipo de exigência para temporários. Os candidatos devem recorrer ao Ministério Público para impugnar o edital”m aconselhou.

Aeroporto de Brasília apresenta movimento recorde em janeiro deste ano

Cerca de 1,78 milhão de pessoas embarcaram, desembarcaram e fizeram conexões nos dois terminais da unidade brasiliense, segundo a Inframerica. Quantidade é 12,6% maior em comparação com o mesmo período de 2014

O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek registrou movimento recorde no primeiro mês de 2015. Em janeiro, mais de 1,78 milhão de pessoas embarcaram, desembarcaram e fizeram conexões nos dois terminais da unidade brasiliense. A quantidade é 12,6% maior em comparação com o mesmo período de 2014.
A quantidade de cerca de 1,69 milhão de passageiros em janeiro do ano passado era a maior até então. As viagens internacionais também apresentaram aumento: aproximadamente 35% a mais de movimentação em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, 2014 registrou 18,1 milhão de passageiros, 10% a mais que em 2013.
Com os números, o Aeroporto JK como o segundo mais movimentado do país, atrás apenas de Guarulhos (SP), e o terceiro em viajantes que trafegavam entre diferentes países, atrás da unidade paulista e do Galeão (RJ).

OUTRAS MÍDIAS


Folha Gaúcha


Infraero e Secretaria da Aviação Civil apresentam plano diretor das obras de modernização do Aeroporto Salgado Filho

A 2ª Reunião Técnica do Comitê em Defesa do Aeroporto Salgado Filho, realizada na sexta-feira (6), em Porto Alegre, serviu para discussão e apresentação do plano diretor elaborado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O investimento nas obras de modernização e ampliação será de R$ 500 milhões.
O secretário dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, foi o representante do governo estadual no encontro, que reuniu o ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, além de representantes do Ministério Público, Judiciário e Legislativo.
Conforme o ministro Eliseu Padilha, a ideia é que a ampliação da pista, de 2.280 metros para 3.200, comece a ser feita ainda este ano. A obra terá de ser aprovada pelo Conselho de Administração da Infraero, que se reúne no dia 24, em Brasília. O presidente da Infraero, Antônio Gustavo Matos do Vale, disse que a previsão é de que as obras durem cerca de quatro anos.
"O governo do Estado se agrega a esse movimento e cumprimenta os integrantes do Comitê Pró-Salgado Filho, que tem feito um trabalho consistente para que esta obra seja realizada. Nosso Estado precisa de mobilidade e de intermodalidade de transportes, precisa discutir o custo logístico, e a modernização do aeroporto faz parte desse debate, diante da real necessidade de ampliação do terminal”, afirmou Westphalen.
O secretário saudou as lideranças pela mobilização, em especial a iniciativa do Ministério Público em sediar o evento, contribuindo com os debates relevantes para o Estado. Da mesma forma, cumprimentou o ministro Eliseu Padilha e o prefeito Fortunatti pela responsabilidade na condução do tema.

BLOG DO PLANALTO


Governo financia pesquisa que possibilitou fabricação do maior avião brasileiro, o KC-390

A maior e mais moderna aeronave fabricada no Brasil, o cargueiro militar KC-390, que fez seu voo inaugural na última terça-feira (3), é resultado de um ambicioso plano de inovação tecnológica criado pelo governo brasileiro, o Inova Empresa, que investiu, apenas em 2014, mais de R$ 12 bilhões em projetos de 12 áreas consideradas estratégicas para o País. O plano será mantido em 2015, segundo a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

No caso do KC-390, especificamente, toda a tecnologia embarcada no avião foi desenvolvida com o apoio da Finep e do BNDES. O projeto é resultado de uma estreita cooperação entre a FAB e a fabricante Embraer, além de outros parceiros brasileiros e internacionais.
O acordo entre a FAB e a fabricante brasileira de aviões prevê a aquisição de 28 aeronaves ao longo de dez anos. Além dessa encomenda inicial, foram formalizadas intenções de compra de outros países. Segundo o diretor presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, “o projeto foi provavelmente o maior desafio tecnológico que a empresa já enfrentou em sua história. Estamos verdadeiramente realizados por atingir este importante marco”.
O avião tem 35,20 metros de comprimento e capacidade para transportar até 23 toneladas de carga. Mais de 50 empresas brasileiras participam do projeto, que conta ainda com colaboração da Argentina, de Portugal e da República Tcheca. A FAB utilizará a aeronave para substituir o Hércules C-130, empregado atualmente em operações como missões de busca e reabastecimento de outras aeronaves em voo.
“O KC-390 será a espinha dorsal da aviação de transporte da Força Aérea Brasileira. Da Amazônia à Antártica, a frota de 28 aeronaves terá um papel fundamental para os mais diversos projetos do Estado brasileiro, da pesquisa científica à manutenção da soberania”, afirma o tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Aeronáutica.
Para o Ministério da Defesa a produção do avião alia o crescimento da indústria nacional com desenvolvimento tecnológico. Como consequência, foi desenvolvida uma aeronave capaz de levar tropas a qualquer região do País com rapidez e transportar equipamentos militares desmontados, como o novo blindado Guarani, produzido para o Exército Brasileiro.
Inova Aerodefesa

Ao visitar Gavião Peixoto (SP), no ano passado, onde fica o hangar da Embraer, a presidenta Dilma fez questão de afirmar, “sem medo de errar”, que o projeto do KC-390 não é uma experiência isolada de sucesso. Ela listou o programa de submarinos de propulsão convencional e nuclear, o sistema integrado de monitoramento das fronteiras terrestres brasileiras e a construção do satélite geoestacionário para comunicações estratégias.
Todos esses projetos são parte do Inova Aerodefesa, um dos 12 subprogramas do Plano Inova Empresa. O plano integra diferentes ministérios e investiu cerca de R$ 32,9 bilhões em inovação durante os anos de 2013 e 2014. “Inovar para o Brasil é estar à altura do seu potencial”, afirmou a presidenta ao lançar o programa, durante uma reunião geral da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) em 2013.
Para a presidenta Dilma, o Inova Empresa reproduz a fórmula dos programas sociais Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, que alcançaram sucesso após agregar recursos e ações dispersas do governo, um fato inédito na história da política de ciência e tecnologia brasileiras.
Em 2014, os 91 planos de negócios de 64 empresas líderes aprovados no Inova Aerodefesa resultaram em 315 projetos de pesquisa e inovação nas quatro linhas temáticas do edital: Aeroespacial, Defesa, Segurança e Materiais Especiais.
Ao todo, estão sendo investidos R$ 8,68 bilhões contra R$ 2,9 bilhões disponibilizados inicialmente. Vale lembrar que os projetos podem receber mais de uma forma de apoio não reembolsável. Outra parte dos recursos é repassada na forma de crédito, com juros subsidiados, abaixo dos praticados pelo mercado.

NE10 (PE)


Aniversário do Paço do Frevo tem semana de programação intensa

Com uma festa digna do espaço cultural que homenageia o ritmo pernambucano Patrimônio Imaterial da Humanidade, o Museu Paço do Frevo, no Bairro do Recife, comemorou um ano de vida nesta segunda-feira (9). Durante o dia o aniversário do centro de referência misturou-se aos festejos pelos 108 anos do próprio Frevo. Orquestras, passistas, cortejo de agremiações e apresentações musicais foram algumas das atividades alusivas à data.
No final da tarde, o público presente no Paço do Frevo pôde participar da festa de aniversário que contou com convidados como o prefeito do Recife, Geraldo Julio, os secretários de Cultura e Turismo da capital pernambucana, Lêda Alves e Camilo Simões, respectivamente, além do maestro Spok e Dona Luisa – representando o Clube Bola de Ouro -, os dois homenageados do Carnaval do Recife 2015. A celebração de um ano de funcionamento do museu ainda contou com o corte do bolo e a apresentação da Banda da Aeronáutica, que tocou clássicos do Frevo.
O prefeito Geraldo Julio disse que o equipamento de turismo e cultura que possibilita que o frevo seja passado para novas gerações, mostrando sua resistência e como ainda pode ser renovado. “Essa realização é importante porque não é só da cidade, mas dos recifenses, que fazem esse ritmo resistir, no talento da música, da dança. Aqui, mais importante ainda do que o registro de tudo que já existiu, é o lugar de fomentar, construir, educar ainda mais para manter vivo esse patrimônio da nossa terra”, destacou o gestor municipal.
O mastro Spok, por sua vez, parabenizou todos os artistas pernambucanos que têm no Museu Paço do Frevo um espaço para viver sua arte e completou falando do orgulho em poder contar com esse tipo de espaço na sua cidade. “A gente vai para outros países e vê a forma que eles preservam sua história, sua cultura. Hoje podemos dizer que Recife também tem um espaço para falar da sua cultura e, com certeza, não ficamos atrás de ninguém nesse quesito”, ressaltou o músico.
A secretária de Cultura do Recife, Lêda Alves, lembrou da importância do local para exaltar o ritmo pernambucano. “Tudo isso aqui ainda é muito pouco perto do que o Paço e o Frevo merecem. Este lugar nos abraça desde a entrada e desperta paixão em todos que o conhecem. Por isso é que ele é tão importante para nossa cidade, porque ele faz nós sentirmos viva a grande atmosfera de frevo”, avaliou ela.
Em meio às comemorações o passista José Ferreira da Silva, de 55 anos, mais conhecido como Ferreirinha caiu no frevo. Ele, que se dedica aos passos do ritmo desde os 14 anos, afirmou estar muito feliz com a dupla comemoração: Dia do Frevo e do museu. “Neste lugar eu me sinto em casa. Amo estar aqui. Foi a melhor iniciativa para quem ama o frevo e vive dele. Feliz Aniversário ao Paço do Frevo”, comentou o artista de rua.
MAIS COMEMORAÇÕES - Promovida pela Prefeitura do Recife, a programação especial em celebração ao primeiro aniversário do Paço do Frevo segue durante toda semana. Na quarta-feira (11) haverá a exibição do filme “Sete Corações”, um documentário sobre o amor ao frevo, às 14h, no 3º andar do centro de referência. Em seguida, por volta das 16h, os protagonistas do longa participarão de uma Roda de Maestros.
Já na quinta (12), às 17h, será o lançamento do livro “O Frevo Gravado: de Borboleta Não é Ave a Passo de Anjo”, escrito pelo jornalista e crítico musical do Jornal do Commercio, José Teles. O evento contara com um show de Josildo Sá e será realizado no Evoé Frevo Café, localizado no térreo do museu.
Ainda na quinta haverá uma edição especial do famoso Arrastão do Frevo, tradicionalmente realizado no último domingo de cada mês. A concentração será às 17h, em frente ao centro cultura, com saída às 18h. Na sexta-feira (13) a programação conta com dois Aulões de Frevo: às 10h e às 11h, a Praça do Frevo, no 3º andar do museu, irá se transformar em um grande salão de dança onde serão ensinados diversos passos do ritmo que arrasta multidões.


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