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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 15/08/2014

Agência Espacial Brasileira abre concurso para 66 vagas ...




Cargos são de nível médio/técnico e superior. Os salários variam de R$ 3.607,47 a R$ 6.308,88 ...



A Agência Espacial Brasileira (AEB) divulgou edital de concurso público para 66 vagas em cargos de nível médio/técnico e superior. Os salários vão de R$ 3.607,47 a R$ 6.308,88. No site do Diário Oficial da União, é possível ver o edital ...







Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Agência Espacial Brasileira abre concurso para 66 vagas


Cargos são de nível médio/técnico e superior. Os salários variam de R$ 3.607,47 a R$ 6.308,88.

A Agência Espacial Brasileira (AEB) divulgou edital de concurso público para 66 vagas em cargos de nível médio/técnico e superior. Os salários vão de R$ 3.607,47 a R$ 6.308,88.
No site do Diário Oficial da União, é possível ver o edital.
Os cargos de nível superior são para tecnologista pleno nas áreas de desenvolvimento tecnológico, analista em C&T nas áreas de gestão da política espacial e gestão administrativa.
As vagas de nível médio/técnico são para assistente em C&T nas área de apoio administrativo.
Os candidatos podem se inscrever pelo site www.cetroconcursos.org.br no período de 22 de agosto a 10 de setembro. A taxa é de R$ 45 para nível médio/técnico e de R$ 70 para nível superior.
A data da prova ainda não foi divulgada.
O edital completo será divulgado a partir de 15 de agosto no site da organizadora.
O concurso terá validade de 1 ano e poderá ser prorrogado, uma vez, por igual período.

Sindicato quer apuração de cansaço relatado por piloto de Campos


Ele postou que estava "cansadaço" no Facebook 5 dias antes do acidente. Categoria pede que Aeronáutica avalie se fadiga causou queda de avião.

O Sindicato Nacional do Aeronautas (SNA) quer que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apure se o cansaço relatado pelo piloto Marcos Martins na internet pode ter sido uma das causas do acidente ocorrido com o avião que caiu em Santos na quarta-feira (13).
A queda matou o candidato à presidência Eduardo Campos (PSB), piloto e co-piloto e quatro membros da campanha do presidenciável. Ao todo, sete pessoas morreram.
O sindicato informou que irá encaminhar ao órgão da Aeronáutica o texto que Martins postou no Facebook se dizendo “Cansadaço”, cinco dias antes do acidente com a aeronave.
“Ainda não sabemos se os pilotos que morreram estavam trabalhando acima dos limites”, afirmou ao G1, Rodrigo Spader, diretor da Secretaria de Regulamentação e Convenção Coletiva do Sindicato Nacional do Aeronautas (SNA).
Em 8 de agosto, Martins escreveu no seu perfil na internet: "Cansadaço, voar voar e voar . E amanhã tem mais". O comandante tinha perfil ativo na rede social e fazia comentários com frequência sobre sua rotina e viagens.
Nos últimos meses, Martins também compartilhou fotos das viagens que fez como piloto do presidenciável Campos, relatou saudades da família e, em diversas publicações, lamentou, em inglês, a jornada de trabalho. “Working hard”, escreveu nos dias 1º e 5 de agosto.
Carga de trabalho

Segundo o diretor Rodrigo Spader, do SNA, é conhecido no mercado que profissionais envolvidos em campanhas têm rotinas pesadas. “Sabemos que em época eleitoral o piloto voa muito e o dia a dia é bastante cansativo”, disse.
De acordo com o sindicalista há relatos de que a fadiga pode contribuir para acidentes aéreos. “Existem já exemplos comprovados de acidentes onde a fadiga foi fator contribuinte. Cerca de 20% dos acidentes são decorrentes da fadiga e cerca de 90% o fator humano está presente”, afirmou Spader.
“Um piloto que tem jornadas extensas sem o descanso adequado pode cometer erros de julgamento. É uma questão de fisiologia. Um piloto, aliás, qualquer pessoa, que trabalhe por cinco madrugadas seguidas, que é possível pela nossa lei atual, com certeza não está em suas melhores condições para exercício da sua atividade”, disse.
Segundo o sindicato, por lei um piloto tem limite de 11 horas de jornada, com 12 horas de descanso. “Estamos em paralelo buscando alterações na legislação de forma a prever estes pontos na lei para aumentar a segurança de voo”, disse o diretor sobre o projeto de lei 434/11.
De acordo com ele, o texto do projeto foi aprovado em primeiro turno na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal. “Este projeto é fundamental para que os níveis de segurança da aviação brasileira sejam aumentados”, afirmou Spader.
“A legislação atual é completamente defasada e em alguns pontos coloca em risco as operações”, afirmou.
Uso de avião

De 6 de junho, início oficial da campanha eleitoral, até quarta-feira, quando o avião caiu em Santos, Eduardo Campos teria percorrido mais de 35 mil quilômetros, passando por quase 40 cidades em 15 estados, segundo levantamento feito pelo G1. A equipe de reportagem não localizou assessoria de campanha para confirmar a informação.
O Cessna que se acidentou pertencia à empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda. Com 350 horas de voo, estava com a manutenção em dia.
Todas as licenças operacionais do jato prefixo PR-AFA estavam regularizadas, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mas de acordo com o deputado estadual Wilson Quinteiro (PSB), líder do partido na Assembleia Legislativa do Paraná, o mesmo jato que caiu em Santos havia apresentado problemas durante decolagem em Londrina, no Paraná, em 16 de junho. Na ocasião, houve um problema de ignição na aeronave.
Na investigação conduzida pelo Cenipa, será analisada a caixa-preta da aeronave que caiu. Nela podem estar os últimos 30 minutos de diálogos na cabine, e conversas com o funcionário de terra da base aérea. Em paralelo, a Polícia Civil apura “eventual crime de homicídio culposo”, sem intenção. A Polícia Federal (PF) também investiga o caso.
O acidente

A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, também no litoral. Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.
Moradores disseram ter visto uma bola de fogo no céu. Os destroços atingiram residências do bairro e seis vítimas do acidente que moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa Casa de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Segundo o hospital, todos passam bem.
A bordo da aeronave (veja como foi a queda do avião), estavam sete pessoas, das quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes. Veja a lista dos mortos:
- Eduardo Campos, candidado à Presidência
- Alexandre da Silva, fotógrafo
- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor
- Geraldo da Cunha, piloto
- Marcos Martins, piloto
- Pedro Valadares Neto
- Marcelo Lira
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o motivo do acidente. A PF enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração do caso. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.

JORNAL NACIONAL



Técnicos da Aeronáutica analisam caixa-preta do avião

Caixa ficou muito danificada por causa do impacto da queda e do calor provocado pelo fogo que tomou conta da aeronave.
Em Brasília, técnicos da Aeronáutica estão analisando a caixa-preta do avião em busca dos diálogos gravados entre os pilotos.
O vídeo acima mostra as primeiras imagens da caixa preta do avião, divulgadas na noite desta quinta-feira (14) pela Aeronáutica.
A caixa ficou muito danificada por causa do impacto da queda e do calor provocado pelo fogo que tomou conta da aeronave. Ela está sendo analisada na sede do Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
Os militares já desmontaram o equipamento e encontraram a cápsula de segurança onde fica a memória interna que registra as duas últimas horas de conversa na cabine do avião.
A Aeronáutica informou que este tipo de caixa preta encontrada na aeronave não grava dados de voo, apenas o que se fala na cabine. Os peritos estão analisando as condições dos circuitos em um microscópio que aumenta o objeto em até 240 vezes.
Depois dessa análise, as peças vão ser remontadas e só aí vai ser possível saber quanto da gravação poderá ser recuperada.Segundo a Aeronáutica, o trabalho pode demorar alguns dias. Se tudo der certo, vai ser possível ouvir os últimos diálogos dos pilotos, antes da queda do avião.

JORNAL NACIONAL



Investigadores da Aeronáutica analisam hipóteses para acidente

Investigação está apenas no começo, mas a Aeronáutica afirma que o piloto não enxergou a pista e, por isso, arremeteu.
Os investigadores da Aeronáutica analisam diversas hipóteses na tentativa de descobrir o que provocou o acidente.
Faltavam pouco mais de dez minutos para o pouso no aeroporto do Guarujá quando o piloto do avião falou com o controle de voo.
“Controle São Paulo, quem tá falando é Alfa-Fox-Alfa. Vai fazer Eco Uno da pista 35. Vai fazer o bloqueio de Santos e o rebloqueio, ok?”, disse o piloto na ocasião.
Alfa-Fox-Alfa é o prefixo do avião, na linguagem dos aviadores. Eco Uno é o nome do procedimento de pouso por instrumentos que iria executar, 35 é o sentido da pista. Com o bloqueio e rebloqueio o piloto apenas confirmou ao controlador que iria fazer o que estava previsto na carta de pouso. Tudo parecia em ordem.
Quando chegou à Baixada Santista, o piloto já sabia que ia encontrar um cenário difícil. Todos os pilotos, antes de voar, recebem informações detalhadas sobre as condições climáticas de todo o percurso.
Dados da rede de meteorologia da Aeronáutica revelam que o tempo estava ruim. Havia muita névoa úmida e a visibilidade adiante era de 3 mil metros, no limite para aquele tipo de avião. As nuvens estavam muito baixas, a cerca de quase 300 metros do solo, quase o mínimo estipulado na carta. E pior: o vento era de cauda, 12 km/h. Ou seja, na mesma direção do pouso, o que dificulta frear o avião durante o pouso, especialmente numa pista molhada, como era o caso.
O fato é que o Cessna nunca pousou no aeroporto do Guarujá. Segundo testemunhas, o jatinho atravessou o mar, avançou sobre o bairro do Boqueirão, em Santos, passou por entre dois prédios e caiu num quintal, a única área livre entre várias casas.
A investigação está apenas no começo, mas a Aeronáutica afirma que o piloto não enxergou a pista e, por isso, arremeteu. Ou seja, ao tentar pousar, ele viu que a situação era muito ruim e decidiu subir de novo. O importante agora é esclarecer o que aconteceu durante a arremetida.
O vídeo mostra a carta de aproximação do aeroporto de Guarujá. Ela indica o sentido do pouso e o caminho a ser seguido caso o piloto decida arremeter. Foi o trajeto que o piloto seguiu até cair.
“Ele inicia um procedimento de arremetida normal, afastou, estava voltando para rebloqueio. Foi nesse momento que alguma anormalidade aconteceu. Não podemos afirmar se isso foi um problema técnico, de combustível, no motor”, explica o especialista em aviação Wilson Camargo.
O mau tempo também poderia ter desorientado o piloto que, em vez de fazer a curva para cima, para 1.300 metros de altitude, teria feito para baixo. Para o comandante Mário Tetto, que trabalha com um avião do mesmo modelo, e que conhecia o piloto de Eduardo Campos, essa hipótese é a menos provável.
“Não só o comandante, como copiloto, eles são obrigatoriamente treinados anualmente. Ele estava fazendo o correto, ele fez corretamente. Esse vento de cauda tivesse sete nós, aeronave comporta esse vento que isso é previsto no manual da aeronave”, afirma o comandante Mário Tetto.
Uma falha mecânica ainda não foi descartada. Em junho, o mesmo avião precisou de manutenção e não pôde fazer uma viagem programada.
“Houve uma pane no sistema elétrico da aeronave que não decolou de Londrina no dia 16 de junho. E levantado pela Infraero, segundo consta, se trata da mesma aeronave, que teve o problema no sistema elétrico de ignição naquele momento”, conta Wilson Quinteiro, do PSB.
Outra possibilidade é de uma causa externa. O avião poderia ter batido numa ave ou numa aeronave não tripulada, conhecida como drone. Nesta quinta-feira (14), a Aeronáutica confirmou que emitiu um aviso aos pilotos que entre os dias 11 e 31 de agosto haveria exercícios com aeronaves não tripuladas na região. Mas, em nota, afirmou que no momento do acidente não havia drones voando num raio de 20 quilômetros do aeroporto.

"Não vamos tentar antecipar os fatos", diz Lula sobre eleição sem Campos


"Mudou a conjuntura política e eu não sei qual o tamanho do impacto", disse. Presidente diz que vai ao funeral em Recife para cumprimentar viúva.

O ex-presidente evitou falar do futuro após a morte de Eduardo. "Obviamente que mudou a conjuntura política e eu não sei qual o tamanho do impacto. Vamos esperar enterrar o companheiro Eduardo e os companheiros que estavam com ele e aí depois nós voltamos a falar da política", disse.

O acidente ocorrido na quarta-feira (13) em Santos matou o candidato à presidência, o piloto, o copiloto e quatro integrantes da equipe de campanha do presidenciável. Ao todo, sete pessoas morreram.

Lula ressaltou sua amizade com Campos e o futuro político de seu ex-ministro. "Acho que o Brasil não merecia isso. Acho que o Eduardo Campos era uma figura extremamente promissora. Ele sabia de alguns pensamentos meus. Eu dizia para ele: “Eduardo, não há divergência política capaz de arranhar a relação de amizade que nós construímos. Por mais que a gente possa em qualquer momento ter divergência, a nossa relação está consolidada porque nem todo irmão é um grande companheiro, mas todo companheiro é um grande irmão", afirmou.

Lula disse que ainda não havia falado com Marina Silva, sua ex-ministra e candidata a vice na chapa liderada por Campos. "Eu vou tentar ligar para a Marina. As pessoas precisam de 24 horas pelo menos para acreditar no fato. No primeiro momento, a gente não acredita. A gente acha que a pessoa vai entrar pela porta, que ela está viva", disse Lula. "Tenho um apreço muito grande pela Marina há 35 anos e eu a respeito como companheira, como fundadora do meu partido, como minha ministra, como candidata. Eu nunca misturei as minhas relações de amizade com as coisas políticas. Vou falar com a Marina porque gosto pessoalmente muito dela", disse Lula.

O ex-presidente disse ter sido avisado pela presidente Dilma Rousseff do acidente. "Quando a presidente Dilma me ligou me contando da possibilidade - não tinha certeza ainda porque foi o brigadeiro [Juniti] Saito (comandante da Aeronáutica) que comunicou a ela do acidente - eu fiquei o dia inteiro torcendo para que não fosse verdade", afirmou.

Lula que a morte de Campos significa uma perda muito grande para o Brasil e deve inspirar outros jovens a acreditar na política. "Uma frase que o Eduardo disse antes de morrer: acreditar sempre no Brasil.
Acho que é isso que a classe política e sobretudo a juventude que quer entrar na política precisa acreditar. Não desistir nunca do Brasil e fazer com que esse país seja cada vez mais poderoso, cada vez mais rico, cada vez mais justo com seu povo", afirmou.
Lembranças

Lula disse que sua relação com Campos era tão intensa que chegava a despertar ciúmes no PT. "Eu lembro até de uma certa ciumeira que existia no PT por conta da minha relação com Eduardo quando ele era governador de Pernambuco. Alguns amigos diziam que eu fazia mais coisas para Pernambuco do que para outros estados. Não era verdade. Era que o Eduardo tinha competência, apresentava projeto. O
Eduardo era essa pessoa alegre, um contador de casos extraordinário. Era gratificante passar algumas horas na casa dele, jantando com a família dele, com o [escritor Ariano] Suassuna. Acho que nós perdemos em poucos dias o Suassuna. Agora perdemos o Eduardo e já tínhamos perdido em dezembro um companheiro da qualidade do Marcelo Deda que morreu também muito jovem", disse Lula.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva (PT) disse nesta quinta-feira (14) que é preciso aguardar o enterro de Eduardo Campos (PSB) e respeitar o luto para só depois voltar a falar de política. "Não vamos tentar antecipar os fatos", disse o ex-presidente na sede do Instituto Lula, no Ipiranga, em São Paulo. Lula disse que ao saber da morte buscou esperar as coisas acontecerem para depois falar a respeito. Ele disse que falou com a mãe e com a mulher de Campos, suspendeu sua agenda e planeja acompanhar o enterro do amigo em Pernambuco.

Para o ex-presidente, Campos era um companheiro de todas as horas. "Acho que o que a gente pode fazer pelo Eduardo é ter o seu comportamento, sua vida política como exemplo. Vivi com o Eduardo bons e maus momentos, desde que o Miguel Arraes me apoiou em 1989, depois quando Miguel Arraes foi governador. Depois quando a situação não estava boa, que a gente estava em uma situação difícil. O Eduardo foi um companheiro de todas as horas. Ele foi ministro quando eu precisei que ele fosse ministro. Ele voltou para a Câmara na hora em que eu precisei que ele voltasse para a Câmara."

Lula lembrou que Campos sempre exerceu grandeza. "O Eduardo, junto comigo e com o Humberto Costa, ele patrocinou, talvez, o maior gesto de decência política que o mundo já viu. O Eduardo Campos foi candidato a governador em 2006 pelo PSB. O Humberto foi pelo PT. Eu era candidato a presidente. Eu subia com os dois no palanque, com a torcida do PSB, com a torcida do PT, cada um com suas bandeiras. Ninguém vaiava ninguém. Todo mundo ouvia o Humberto, todo mundo ouvia o Eduardo e eu dizia: olhe, aqui nós somos um grupo de companheiros que estamos disputando para ver quem chega em primeiro lugar."

"Acho que não há nada que a gente possa fazer para prestar homenagem ao Eduardo. A última vez que conversei com o Eduardo foi para dar os parabéns pelo nascimento de seu filhinho caçula. As recordações que tenho dele são as melhores possíveis. A homenagem que posso prestar ao Eduardo é manter dele a imagem de um companheiro com quem eu convivi intensamente antes da política e depois da política. A homenagem é o carinho que eu tenho pela família."
Futuro da candidatura

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), esteve com Alckmin nesta tarde na cidade de São Paulo. De acordo com Lyra, a definição sobre a futura chapa só vai ser tomada quando "terminarem as conversações" dentro do partido.

"Nós temos dois prazos: o legal e o político. O legal são dez dias, e o político nós temos que ter consciência de que o horário eleitoral começa dia 19. O partido está começando a conversar, vai se reunir. Temos que compulsoriamente começar a conversar", disse.

"O legado do Eduardo Campos é muito forte neste momento. Tendência é ter candidato próprio e deve se confirmar", disse. O governador sugeriu que Marina Silva é um dos nomes mais prováveis para assumir o lugar de Campos.
"Que a Marina é um grande nome, sem dúvida que é. Agora o partido vai conversar, discutir, amadurecer essa decisão e anunciar o mais rápido possível (...) A questão da unidade da Rede, dos partidos, do PSB, vai prevalecer."

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Campos: Piloto não reportou nenhum problema à Base Aérea de Santos



SÃO PAULO - O piloto do jato Citation que caiu nesta quarta-feira em Santos e matou o candidato a presidente do PSB Eduardo Campos e outras seis pessoas de sua equipe de campanha disse, pouco antes do acidente, em voz calma, à Base Aérea, que faria uma nova tentativa de aterrissagem na pista local. Ele não comunicou nenhum problema na aeronave.
A gravação, que registra a conversa ocorrida por volta das 10h, foi divulgada na noite desta quarta-feira pelo site Radar Box Brasil, que monitora conversas entre aeronaves e tráfego aéreo. Na conversa o piloto não se queixa de problemas no avião. Não está claro, porém, se esse foi o último contato com a base. Como não há uma torre de controle em Santos, a comunicação é feita por rádio.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave abortou o pouso (arremeteu) porque chovia e ventava muito. Ao fazer a volta para tentar novo pouso, caiu. O tempo estava ruim no momento do acidente, com chuva, vento e visibilidade baixa no aeroporto. Mas, segundo os registros meteorológicos da Aeronáutica, as condições permitiam o pouso de um avião como o Citation.
Com o material da caixa preta do avião, a Aeronáutica vai começar a investigação das causas do acidente. O equipamento registra o que a tripulação conversou antes do acidente e será possível saber, por exemplo, se o piloto fez algum aviso de problema técnico.
O avião de 2010 tinha capacidade para 10 passageiros, estava em dia com o certificado que lhe permite voar e com a inspeção anual de manutenção, diz a Anac. Em 16 de junho, em Londrina, uma falha havia impedido o aparelho de decolar. O piloto e o copiloto tinham licenças válidas.

JORNAL BRASIL ECONÔMICO


Mosaico Político - Gilberto Nascimento



Sistema de Pouso é Antigo
Poucas horas depois do acidente que vitimou o presidenciável Eduardo Campos, o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) publicou um informe - Notam (notícia ao aviador) - em que restringia os pousos por NDB (sistema de pouso por transmissões de rádio) na Base Aérea de Santos, no Guarujá, onde o piloto da aeronave do candidato havia tentando descer. O procedimento, considerado de baixa precisão, foi usado na tentativa frustrada. A aeronave arremeteu e depois perdeu o contato com a rádio da base. Diferentemente de uma torre, a rádio apenas orienta o tráfego aéreo, mas não tem poder de controle. Segundo o especialista em segurança de voo Jorge Barros, este sistema de aproximação é antigo, data dos anos 1920, e não é ideal para aeronaves como o jato Cessna de Campos.
Para Barros, o sistema GPS, normalmente usado nos aviões atuais, não tem compatibilidade com o pouso por antenas NDB. No Guarujá, são usados dois deles na aproximação. Ele lembra que a base militar foi desativada e ainda não foi decidido qual será o destino do aeroporto lá existente. A indefinição, na opinião do especialista, faz com que o Decea não instale equipamentos mais modernos no local. Um coronel aviador da reserva afirma ainda que o fato da aeronave ser certificada para voos privados é um fator que dificulta as investigações sobre as causas do acidente. Os aviões de táxi aéreo e de linhas regulares têm duas caixas-pretas, uma registra os diálogos da cabine e outra os dados de voo, como o regime dos motores e as razões de subida e descida. No transporte privado, é obrigatória apenas a primeira, que já foi localizada.
Protocolo internacional de identificação
O diretor do IML paulista, Ivan Miziara, diz que os corpos de Eduardo Campos, de quatro de seus assessores e dos dois pilotos da aeronave serão identificados por exames de DNA. Os procedimentos, segundo ele, seguem um protocolo internacional. Ontem, 50 profissionais se dedicavam a separar e identificar os fragmentos. O recolhimento de material humano no local do acidente foi encerrado na tarde de ontem. O dentista de Campos entregou imagens da arcada dentária do político para facilitar a identificação. O IML evita falar em prazos para a conclusão da identificação. O trabalho depende também de amostras de familiares das vítimas.
Homenagens
Ontem, pelas ruas de Recife, circulavam carros com fita preta amarrada na antena. Taxistas também exibiam tarjas pretas em seus veículos. Em São Paulo, uma bandeira de Pernambuco foi pendurada na grade do IML, onde está o corpo de Eduardo Campos e das outras vítimas do acidente.
Família manifesta preocupação
Integrantes da família de Eduardo Campos, em conversas com políticos do PSB pernambucano, já manifestaram preocupação com o futuro do candidato do partido à sucessão no Estado, Paulo Câmara. Ele perdeu seu grande apoiador. Como no quadro nacional, haverá agora uma disputa para definir quem comandará o PSB local.
Quatro nomes na disputa pelo PSB em Pernambuco
São cotados para comandar o PSB em Pernambuco Fernando Bezerra Coelho, candidato ao Senado; Geraldo Júlioe Sileno Guedes, prefeito e secretário de Governo de Recife, respectivamente; e Danilo Cabral, deputado federal. Guedes e Cabral eram próximos de Eduardo. Terão bastante peso as opiniões de Renata, viúva de Campos, e do advogado Milton Coelho, integrante do Diretório Nacional do PSB.
"Como único irmão de Eduardo, que sempre o acompanhou, externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa", Antonio Campos, irmão de Eduardo Campos, em defesa da vice como substituta do presidenciável do PSB.

PORTAL EXAME.COM


Campos foi marcante no Ministério da Ciência e Tecnologia


Na gestão de Campos, ministério passou por reelaboração de planejamento estratégico, com revisões do programa espacial brasileiro e do programa nuclear nacional

O candidato à Presidência pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, que morreu na quarta-feira (13/08) em acidente com avião em Santos (SP), teve importante atuação na política científica nacional como ministro da Ciência e Tecnologia.

Campos foi titular do então MCT – que em 2011 passou a ser Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – de janeiro de 2004 a julho de 2005, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante a gestão de Campos, o ministério passou por uma reelaboração de seu planejamento estratégico, com revisões do programa espacial brasileiro e do programa nuclear nacional.
Também foram criados importantes marcos regulatórios da política científica do Brasil.
O então ministro atuou em defesa da aprovação da Lei de Biossegurança, sancionada em 24 de março de 2005, que aumentou as possibilidades de pesquisa na área, com a autorização e regulamentação do uso de células-tronco embrionárias de seres humanos e a liberação do plantio e da comercialização de organismos geneticamente modificados.
A lei possibilitou que agricultores de todo o país tivessem acesso a sementes de soja geneticamente modificadas desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela iniciativa privada, com ganhos de produtividade e renda.
A atuação de Campos também teve importância na aprovação por unanimidade no Congresso Nacional da Lei de Inovação Tecnológica, um marco para empresas, universidades e instituições de pesquisa.
A Lei de Inovação garante autorizações para a incubação de empresas no espaço público e a possibilidade de compartilhamento de infraestrutura, equipamentos e recursos humanos, públicos e privados, para o desenvolvimento tecnológico e a geração de processos e produtos inovadores. A regulação também estabeleceu regras para que o pesquisador público desenvolva estudos aplicados e incrementos tecnológicos.
Campos teve participação ainda na criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, considerada a maior competição da área no mundo em número de participantes.
O ministro esteve na FAPESP em 2004 para a cerimônia de lançamento da edição daquele ano do Prêmio Conrado Wessel. Em entrevista à Agência FAPESP, em 2005, antes de deixar a pasta, fez uma avaliação dos seus trabalhos à frente do MCT.
“Aumentar o diálogo com os parceiros, obter marcos regulatórios importantes com a ajuda do Congresso Nacional e avançar na construção de um grande planejamento estratégico (...). Tenho a sensação de que fizemos quase o impossível. Se o ano (2004) tivesse mais alguns dias, teríamos feito mais”, avaliou.
O candidato era economista e governou o Estado de Pernambuco por dois mandatos, sendo eleito em 2006 e 2010. Nascido na capital pernambucana em 1965, morreu aos 49 anos e deixa mulher e cinco filhos.

JORNAL DE BRASÍLIA


Céu de Brigadeiro



Praticamente ajustada a forma de financiamento relativo à compra de 36 novos caças Gripen NG, pelo Brasil. Segundo a proposta brasileira, a linha de crédito será feita de governo a governo, com taxa de juros de 3% ao ano, prazo de 15 anos. O pagamenbto terá início a partir da entrega de todos os aviões pela Saab.

PORTAL TERRA


FAB explica análise da caixa-preta do avião de Campos



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A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou, nesta quinta-feira (14), um vídeo que explica como está sendo feita a análise da caixa-preta do avião em que estava o presidenciável Eduardo Campos. Segundo a corporação, o equipamento foi aberto em um laboratório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília (DF).
O vídeo explica os passos pelos quais passam a análise da caixa-preta, que posteriormente poderá revelar os fatores que contribuíram para o acidente. No caso do jato em que estava Campos, um Cessna Citation modelo 560 XL, o equipamento tem a capacidade de gravar as últimas 2h de voo.
De acordo com a FAB, a caixa-preta é composta por uma cápsula de segurança que protege uma memória em que ficam armazenados os arquivos de áudio. Após abrir a estrutura, peritos analisam as condições do circuito em um microscópio, que aumenta o objeto em até 240 vezes. Concluída a avaliação sobre o estado das memórias, o conjunto de placas é remontado para ser lido por um software específico do fabricante.
Caso os áudios não possam ser ouvidos com qualidade, é possível tratá-los por outro sistema. A partir daí, o arquivo é enviado para a comissão de investigação.

O Cenipa ressaltou, ainda, que o áudio é apenas um dos elementos que pode auxiliar na identificação dos fatores que contribuíram para o acidente.
O candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, morreu na manhã de quarta-feira (13), em um acidente de avião em Santos (SP). A aeronave Cessna 560 XL decolou do aeroporto Santos Dumont (RJ) com destino ao Guarujá, mas perdeu contato com o controle de tráfego aéreo depois de ter arremetido a uma tentativa de pouso por conta do mau tempo.
No jato também estavam Pedro Almeida Valadares Neto (assessor direto Campos), Carlos Augusto Ramos Leal Filho (assessor de imprensa), Alexandre Severo (fotógrafo), Marcelo de Oliveira Lyra (cinegrafista), e os pilotos Marcos Martins e José Stoffel Filho.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


FAB vai apurar se pilotos voaram sob fadiga



A Força Aérea Brasileira vai investigar se os dois pilotos do jato que levava Eduardo Campos voaram mais horas seguidas do que o permitido nas últimas semanas. O procedimento, de rotina, tem como objetivo apurar se eles trabalharam sob fadiga --e se isso contribuiu para o acidente.
A lei determina que, para uma tripulação de duas pessoas, os pilotos devam ter jornada de até 11 horas. A FAB pedirá os registros que mostram em que aeroportos o avião passou, quantos voos fez e quanto cada piloto voou.
O comandante Marcos Martins, 42, havia reclamado de cansaço numa rede social.
A Aeronáutica analisa também a caixa-preta da aeronave. Ela ficou retorcida, segundo imagens que o órgão divulgou. Um dos peritos envolvidos na apuração afirmou que, com o impacto, o equipamento foi arremessado.
A caixa-preta pode gravar até duas horas; uma vez recuperados os dados, será possível saber o que a tripulação falou desde a decolagem no aeroporto Santos Dumont, no Rio, até a queda em Santos, menos de uma hora depois.
Os técnicos do Cenipa, órgão da Aeronáutica responsável por investigar acidentes aéreos, abriram a caixa-preta em um laboratório do órgão, em Brasília, para avaliar se os dados podem ser efetivamente recuperados.
O Cenipa tem um software que lê os dados da caixa-preta do Citation. Com ajuda de um microscópio, os técnicos verificam a integridade dos circuitos do equipamento.
Se isso não ocorrer, a caixa-preta será enviada para a americana Cessna, fabricante do avião, que tentará recuperar os dados.
Em nota, a Cessna disse que trabalha "junto a autoridades governamentais do setor de aviação responsáveis por investigações de acidentes". Afirmou ainda ter oferecido ajuda ao NTSB, agência americana responsável por apurar acidentes aéreos e que acompanha as investigações.

Avião estava em "potência máxima" na queda


Uma das hipóteses investigadas é de "desorientação espacial" dos pilotos, mas outras possibilidades serão apuradas Piloto que testemunhou acidente e depôs à FAB afirmou que a aeronave entrou "como uma flecha" no chão ao cair

As características dos destroços do jato Citation que levava Eduardo Campos indicam que a aeronave, ao cair, estava em "potência máxima", segundo análise de peritos que atuam na investigação das causas do acidente.
Três características reforçam a alta velocidade: 1) a cratera de quatro metros de profundidade no local, aberta pela aeronave após cair; 2) a fragmentação dos destroços, concentrados em um raio pequeno; 3) o tipo de avaria nas duas turbinas, com pás retorcidas e cheias de terra.
A Aeronáutica e a Polícia Civil trabalham com a hipótese de "desorientação espacial" dos pilotos --em meio às nuvens e ao mau tempo, perderam a noção de onde efetivamente estavam, o que levou o avião a ficar mais baixo do que deveria estar.
Essa suposição inicial tem como base três fatores: o tempo fechado na região do acidente, o estresse do comandante Marcos Martins (que se declarou "cansadaço" em rede social) e as dificuldades da pista da Base Aérea de Santos, no Guarujá (SP).
A pista, de 1.390 metros, fica numa espécie de vale e é considerada difícil, mesmo para pilotos experientes.
A aeronave tentou pousar na base, mas arremeteu em razão do mau tempo e logo depois caiu. Um avião arremete quando está mais rápido, mais alto ou mais baixo, por exemplo, do que deveria.
Houve dois acidentes por "desorientação espacial" nos últimos seis anos. Um no Oceano Atlântico, em 2008, e o outro em Belém, em 2012.
O piloto Matheus Giovannini, 21, que presenciou o acidente, disse à Folha que viu a aeronave em um ângulo entre 60 e 70 graus entrar "como uma flecha" no chão, logo depois de arremeter, como se tivesse perdido sustentação. Ele estava num prédio próximo e deu depoimento aos investigadores do acidente.
A Aeronáutica ressalva ainda ser cedo para conclusões e que a desorientação não é a única possibilidade para o acidente ter ocorrido.
Está em apuração, por exemplo, se houve pane no jato, um Cessna Citation 560 XL fabricado em 2010.
A análise do motor será essencial para reconstituir o acidente. Isso porque o Citation acidentado não tinha gravador de dados de voo, que, em uma investigação como essa, permite saber o comportamento do avião e dos seus equipamentos nos momentos antes da queda.
A aeronave tinha apenas o gravador de dados de voz, já recuperada pela Aeronáutica. O dispositivo registra as conversas entre os pilotos.

AGÊNCIA BRASIL


Aeronáutica não tem prazo para concluir leitura de dados do avião acidentado



Peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já iniciaram o trabalho de coleta das informações registradas pela caixa-preta do avião em que viajava a comitiva do presidenciável Eduardo Campos e que caiu ontem (13), em Santos (SP). Segundo a assessoria da Aeronáutica, a degravação da conversa entre os pilotos ainda não tem prazo para ser concluída.

Ainda de acordo com a Aeronáutica, as normais internacionais, também adotadas pelo Brasil, não estipulam prazos para a conclusão das investigações de acidentes aéreos, pois os cronogramas são definidos em função da complexidade de cada caso. No caso específico, o trabalho está sendo inicialmente considerado complexo devido aos danos na aeronave e na caixa-preta. Segundo os técnicos militares, a preservação dos registros, entretanto, só poderá ser avaliada após a abertura do equipamento.

O gravador de voz do Cessna 560XL chegou a Brasília (DF) à meia-noite de ontem (13) e foi imediatamente encaminhado ao Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo do Cenipa, onde será desmontado para que os peritos possam retirar os chips com os áudios e avaliar as condições de leitura dos dados.

O modelo da aeronave usada por Campos só tinha uma caixa-preta, o chamado cockpit voice recorder (CVR), que grava os sons internos da cabine, principalmente as conversas entre os pilotos. Diferentemente de aeronaves de maior porte, o jatinho executivo não é obrigado a ter o mecanismo chamado flight data recorder (FDR), que registra os parâmetros de voo, como a velocidade, as posições em que estavam posicionados os manetes e quais os comandos que foram acionados.

A investigação a cargo do Cenipa tem o objetivo de esclarecer os fatores que contribuem para um acidente aeronáutico, e não para apontar culpados e responsabilizá-los criminalmente. A partir das conclusões, as autoridades militares podem recomendar uma série de mudanças que contribuam para melhorar a segurança de voo, prevenindo novas ocorrências pelos mesmos motivos. Suas conclusões, contudo, costumam ser levadas em conta pelo Ministério Público na hora de denunciar os responsáveis.

O avião da comitiva do ex-governador de Pernambuco caiu por volta das 10h dessa quarta-feira (13). Quando se preparava para o pouso, a aeronave arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o avião. Os dois tripulantes da aeronave e os cinco passageiros morreram. Onze pessoas que moravam ou estavam próximos ao local do acidentes sofreram ferimentos e tiveram que ser atendidas em unidades hospitalares. O único ferido que ficou internado, uma criança de 1 ano e meio, deixou a Santa Casa de Misericórdia de Santos essa manhã.

Segundo o Comando da Aeronáutica, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea do Guarujá (SP). De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião estava com o certificado de aeronavegabilidade e a inspeção anual de manutenção em dia.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Jato já teve pane elétrica



Testemunhas ouvidas pelo Correio, em Santos, relatam ter visto fogo e fumaça saindo do Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, antes da queda que matou sete pessoas, na última quarta-feira. Embora o modelo do avião seja considerado confiável e seguro, e ainda não esteja descartada uma colisão aérea, a aeronave na qual estava Eduardo Campos já havia sofrido uma pane elétrica, em 16 de junho, quando decolaria de Londrina rumo a Maringá, ambas no Paraná, e distantes entre si em cerca de 100km.
Uma equipe de manutenção foi enviada ao Sul e reparou o defeito. No dia seguinte, no entanto, Campos e Marina seguiram de carro para Maringá, enquanto o avião rumou para Jundiaí, no interior de São Paulo. O novo destino da aeronave, coincidentemente, é o mesmo da sede da empresa que mandou os funcionários de manutenção para Londrina. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a oficina Japi Manutenção de Aeronaves está devidamente credenciada e comprovou os procedimentos de reparo por meio de documentos enviados à agência. A Japi é a mesma empresa que fez a inspeção anual de voo no Cessna, procedimento necessário para que o avião seja autorizado a decolar. A reportagem não conseguiu contato com a empresa.
"Quando (Campos) vinha para Maringá para dar uma palestra, o avião teve um problema no sistema elétrica, na ignição. Ele, os assessores e Marina (Silva) vieram, então, de carro. O avião permaneceu no Aeroporto José Richa, em Londrina", revelou à imprensa o deputado estadual do Paraná Wilson Quinteiro (PSB). O parlamentar fretou outra aeronave para a comitiva de Campos, que precisava chegar ao Rio de Janeiro no dia seguinte. Quinteiro diz que ficou chocado ao saber do acidente que vitimou o presidente do PSB. "Quando soube do acidente, fui ver o modelo e me espantei quando soube que era o mesmo. É um momento muito triste para todo o Brasil", lamenta. (EM)
Vants sem controle
Acessíveis pelo preço, de R$ 2 mil a R$ 10 mil, os veículos aéreos não tripulados, mais conhecidos como Vants, são usados geralmente para lazer, fotos aéreas, missões oficiais do governo e por empresas, embora não haja regulamentação no Brasil de aeronaves tripuladas remotamente para fins comerciais, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O órgão informou que apenas sete equipamentos têm a autorização necessária da agência para entrar em operação: cinco a serviço do governo brasileiro e dois de propriedade de uma empresa (veja Arte). Para voar, ainda segundo a Anac, é preciso ter uma licença da Aeronáutica, expedida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
A assessoria de imprensa da FAB, entretanto, não informou quantas autorizações já expediu nem deu qualquer detalhe sobre a área de Vants localizado a cerca de 20km da base aérea de Santos, onde o avião de Eduardo Campos pousaria quando caiu. Apesar da falta de regulamentação, é fácil comprar um drone, inclusive em feiras de produtos eletrônicos.
A indústria de produção dos Vants no Brasil conta com 10 empresas, que desenvolvem as aeronaves e, atualmente, lutam pela regulamentação. Uma legislação garantiria a atuação comercial dos equipamentos. Uma fonte do setor produtivo lamenta a demora para a edição de normas, até para que existam punições previstas para quem voa ilegalmente.

Áudio da caixa-preta em análise


O aparelho contem gravações das duas últimas horas de voo do jato que caiu em Santos e pode esclarecer as causas. Hipótese de colisão aérea não foi descartada

Começou a análise, em Brasília, da caixa-preta da aeronave que caiu em Santos, matando sete pessoas, entre elas o presidenciável do PSB, Eduardo Campos. Com o equipamento, o intrincado quebra-cabeça que é a investigação de um acidente aéreo tende a ser montado mais rapidamente. Até agora, os dados disponíveis aos técnicos da Aeronáutica, responsável por identificar as causas do desastre, incluem tempo ruim, visibilidade limite de 3 mil metros e ventos de 12km/hora — condições que podem ter dificultado o pouso. Além disso, notificações feitas pela própria Força Aérea Brasileira (FAB) ao piloto da aeronave mostram perigos adicionais no local, como uma área reservada a veículos aéreos não tripulados (Vants), presença de urubus e um guindaste de 128 metros.
De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, a caixa-preta do Cessna 560 XL, que transportava a comitiva de Eduardo Campos, contém apenas dados de voz, registros do que a tripulação conversou e outros sons captados dentro da aeronave. O modelo não tem gravador de dados do voo, como é comum em aviões maiores.
O equipamento registrou as duas últimas horas de áudio do jato. Primeiro os peritos analisam as condições físicas da caixa-preta para depois decodificá-la, de fato, por meio de um software. O sindicato que representa pilotos anunciou que pedirá uma apuração sobre o limite de horas voadas da tripulação. O piloto havia postado em uma rede social, dias antes da tragédia, que estava cansado e trabalhando muito.
As informações do aparelho poderão indicar também se houve alguma colisão em voo, hipótese aventada por especialistas na área, sobretudo depois da divulgação dos alertas feitos pela própria Aeronáutica nas notas técnicas, chamadas de Notam (na sigla em inglês de Notice to Airmen), aos pilotos destinados à base aérea de Santos. Embora a FAB tenha se recusado a informar quem é o solicitante da área reservada para Vants a 19,5km da pista de pouso da base aérea de Santos, fez as vezes de interlocutor dele. Disse, em nota emitida na noite de ontem, que, segundo essa pessoa ou empresa cuja identidade foi preservada, não houve voo de qualquer equipamento tripulado remotamente na região. Pelo Notam, o setor destinado aos drones começou a funcionar em 11 de agosto e ficará ativo até 31 do mesmo mês.
Comandante experiente e especialista em segurança de voo, Carlos Camacho explica que a distância entre a área de drones e a base aérea é "bastante segura". No entanto, se for um equipamento livre, que não presta satisfações à FAB nem respeita os limites estipulados, a colisão "não deve ser descartada". Além disso, o caso reabre um debate importante para a segurança do espaço aéreo nacional: "Não há uma regulamentação clara sobre o funcionamento de Vants no Brasil, representando perigo especialmente se localizado próximo a uma área de tráfego aéreo", disse Camacho.
Uma fonte ligada ao setor produtivo dos Vants que prefere o anonimato rechaça a possibilidade de colisão com o voo de Eduardo Campos. "O equipamento não voa com chuva e com vento. As pessoas pedem um período tão longo de autorização exatamente para poder escolher os dias com menos vento", afirma. Ele destaca que os Vants não militares pesam de 5kg a 25kg, enquanto os do governo podem chegar a 900kg.
Destroços

Para Camacho, entretanto, se até um animal, "que tem partes moles", é capaz de causar danos graves a uma aeronave pequena, um bloco maciço de aço tem potencial para derrubar um avião do porte do utilizado por Eduardo Campos. "Note que ao se chocar com uma turbina, há destroços capazes de desestabilizar a aeronave, mas tudo, em relação ao caso concreto, precisa ser investigado."
Um outro piloto, com experiência de duas décadas em voos nacionais e internacionais, ressalta que, se o drone danifica a parte traseira do jato, atingindo uma estrutura chamada profundor, o comandante perde a aeronavegabilidade. "Não dá para descartar uma colisão no ar, de jeito nenhum", afirma, pedindo anonimato. Ontem, o PSB comunicou que instituiu advogados para acompanhar as investigações do acidente que vitimou o presidente nacional da sigla.

À espera do IML de São Paulo


Parentes das vítimas aguardam o Instituto Médico Legal concluir os trabalhos para iniciar os ritos fúnebres. Corpos devem ser liberados até a tarde de amanhã

O trabalho de identificação dos sete passageiros da aeronave que caiu em Santos (SP) na quarta-feira pode ser concluído até sábado. Na tarde de ontem, o governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), disse que "todas as expectativas que o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) recebeu são de que deverá ser concluído o trabalho (de identificação dos corpos) ou amanhã (hoje) à tarde ou sábado. Se isso for possível tecnicamente, nós deveremos fazer o sepultamento 24 horas após ele (o corpo de Eduardo Campos) chegar ao Recife." A declaração foi feita na tarde de ontem, no Palácio dos Bandeirantes, com a presença de Alckmin — o tucano acompanha o trabalho pessoalmente e recebeu os agradecimentos de Lyra Neto em nome do governo de Pernambuco e dos familiares de Eduardo Campos. Se a previsão se confirmar, o sepultamento do ex-governador de Pernambuco poderá ocorrer no próximo domingo.
A pedido da viúva de Eduardo, Renata Campos, todos os corpos serão liberados ao mesmo tempo. Os restos mortais das quatro vítimas pernambucanas — Eduardo Campos, Carlos Augusto Ramos Leal Filho, Alexandre Severo Gomes e Silva e Marcelo de Oliveira Lyra — seguirão juntos até o Recife. João Lyra Neto afirmou que o traslado dos corpos deverá ser feito em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). "Conversei com a presidente Dilma Rousseff por telefone, e ela colocou à disposição todos os serviços que podem ser feitos pelo governo federal, inclusive os aviões da FAB", disse.
Até a noite de ontem, o Instituto Médico Legal Central de São Paulo (IML) só havia confirmado o recebimento dos materiais genéticos de Marcos Martins, um dos pilotos, e do cinegrafista Marcelo Lyra. Na noite de ontem, a mãe de Lyra, Rita Regina da Silva, esteve no IML para levar documentos para a necrópsia. Ela contou que o material genético da família já havia sido recolhido na própria quarta-feira, no Recife. Um avião com um perito foi enviado ontem para a cidade mineira de Governador Valadares para fazer a coleta de material genético de parentes de primeiro grau de Geraldo Magela Barbosa da Cunha, outro piloto vítima do acidente.
Previsão

Pela manhã, Albuquerque afirmou que há a expectativa de que, por volta do meio-dia de hoje, se saiba se foram encontrados restos mortais de todas as sete vítimas. O diretor do IML de São Paulo, Ivan Miziara, disse que cerca de 50 profissionais, incluindo peritos, médicos e dentistas, estão trabalhando diuturnamente na separação e na identificação dos mortos. Um caminhão-frigorífico está sendo utilizado para armazenar os restos mortais. "Neste momento trágico, estamos fazendo todos os esforços possíveis para completar a identificação o mais rapidamente possível para que essa dor das famílias não se prolongue por tanto tempo", afirmou o deputado.

AGÊNCIA ESTADO


Aeronáutica fez alerta sobre área de veículo não tripulado próxima à base aérea de Santos


Local ativado para voos de drone ou Vant ficaria a 19,5 km da pista. Especialista em investigação de acidentes aéreos não descarta hipótese de que veículo tenha colidido com avião

BRASÍLIA - O piloto do jato que conduzia o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos recebeu um informe com alerta para uma área de veículos aéreos não tripulados, chamados drone ou Vant. O documento, ao qual o Estado teve acesso, informa que no período entre 11 e 31 de agosto havia uma área de voo de Vant nas proximidades da base aérea de Santos. Sete pessoas morreram no acidente, entre eles Campos, o piloto, o copiloto e assessores da candidatura de Campos à Presidência da República.
Com base nas coordenadas geográficas citadas no informe, um especialista identificou a pedido do Estado que a área ativada para voos de veículos aéreos não tripulados está aproximadamente a 19,5 km da pista de pouso na base aérea de Santos. Segundo três pilotos ouvidos pelo jornal, a área é distante do aeroporto, mas não se pode descartar a hipótese de que um Vant possa ter se deslocado.
"Era uma área que estava ativada para Vant. Não deveria se descolar, mas é claro que pode acontecer", afirmou Rodrigo Spader, diretor de regulação do Sindicato Nacional dos Aeronautas. "Tudo é possível, mas nós não vamos trabalhar com hipóteses. Vamos aguardar a investigação."
Especialista em investigação de acidentes aéreos, o comandante Carlos Camacho afirmou ao Estado, após analisar o alerta, que "não se descarta a possibilidade de que o Vant pode ter se colidido com o avião" em que estavam o governador e outras seis pessoas. "Como é um objeto muito pequeno, se ele estava na linha (da aeronave), pode ter contribuído para a explosão do motor", complementou.
Segundo os especialistas, o alerta para o período pode ter levado em conta o fato de que várias aeronaves se deslocariam para a base aérea devido ao período eleitoral.
Outro piloto ouvido pelo Estado, em condição de anonimato, afirmou que a distância geográfica da área de veículos não tripulados é grande em relação à base aérea, mas também não descarta a hipótese de o Vant ter se deslocado. A Notam (Notice to Airman), como é chamado o informe, é entregue aos pilotos no momento em que se tem acesso ao plano de voo. Camacho fez um alerta para que as pessoas que encontrarem qualquer peça relativa ao acidente a devolvam às autoridades, o que pode ajudar a esclarecer se houve colisão com um veículo aéreo não tripulado.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Aeronáutica irá apurar se pilotos voaram mais do que a lei prevê



A Aeronáutica vai investigar se os dois pilotos do jato Citation voaram mais horas seguidas nas últimas semanas do que a lei permite. Este é um procedimento de rotina da Aeronáutica. 
Também apurarão se ambos estavam sob fadiga, ainda segundo a Aeronáutica, e se isso contribuiu para o acidente de quarta-feira (14), no qual o candidato do PSB à Presidência Eduardo Campos e mais pessoas morreram.
A legislação determina que os pilotos devam ter jornada de até 11 horas, para uma tripulação formada por duas pessoas, como era o caso. Para tal, a Aeronáutica pedirá os registros que mostram em que aeroportos o avião passou, quantos voos fez e quanto cada piloto voou.
Nesta quarta, a Folha revelou que o comandante Marcos Martins, 42, tinha reclamado de cansaço, em uma rede social, em razão das jornadas com o candidato à Presidência Eduardo Campos.
Não está claro ainda o que causou o acidente. De maneira geral, um desastre se dá por um somatório de fatores contribuintes –o cansaço pode estar entre eles.
Também está sob apuração da Aeronáutica a condição do avião no momento da queda –e se houve falha mecânica ou humana que ajudaram a desencadear a tragédia. As investigações correm sob sigilo.
 ACIDENTE
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu nesta quarta (13) em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial.
Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite desta quarta-feira (13) na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda.
Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.
O PSB tem dez dias para anunciar eventual substituição do candidato. Adversários na disputa, PT e PSDB já se preparam para enfrentar Marina Silva, a vice de Campos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente "tirou a vida de um jovem político promissor". Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.
Marina declarou que guardará dele a imagem de "alegria" e "sonhos". Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avô, o também ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos, o mais novo nascido em janeiro. "Não estava no script", disse Renata.

OUTRAS MÍDIAS


CORREIO DA BAHIA



Avião de Eduardo Campos apresentou falha elétrica há dois meses, diz deputado

Quinteiro contou que, à época, Campos viajava para Londrina, no Paraná, onde participaria de uma reunião
Da Redação

O avião que transportava o candidato à presidência Eduardo Campos já havia apresentado uma falha elétrica há dois meses. De acordo com o líder do partido na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Wilson Quinteiro (PSB), a aeronave passou por problemas no dia 16 de junho.
Quinteiro contou que, à época, Campos viajava para Londrina, no Paraná, onde participaria de uma reunião. Em seguida, o presidenciável pretendia ir para Maringá com o avião modelo Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, mas cancelou o voo problemas na ignição e fez o trajeto de carro, acompanhado da vice Marina Silva.
"Pedi para o Eduardo Campos visitar minha região, o norte do Paraná. Ele veio, com todo carinho, e passou por Londrina. Quando vinha para Maringá, para dar uma palestra, o avião teve um problema no sistema elétrica, na ignição. Ele, os assessores e Marina vieram, então, de carro para a reunião. O avião permaneceu no Aeroporto José Richa [em Londrina]", contou o deputado em entrevista ao G1.
"O fato que choca é a mesma aeronave. Quando soube do acidente, fui saber o modelo. Me espantei quando soube que era o mesmo. É um momento muito triste para todo o Brasil", completou.
A Infraero e a assessoria do PSB não comentaram as declarações do deputado, mas confirmaram que Campos esteve no local na data citada.
O candidato Eduardo Campos e outras seis pessoas morreram no acidente aéreo que ocorreu em Santos, litoral de São Paulo, na última quarta-feira (13). Equipes dos Corpos de Bombeiros seguem as buscas no local e já encontraram, além de fuselagens da aeronave, os documentos e a carteira do ex-governador de Pernambuco, ao lado dos restos mortais. 

A TRIBUNA (SANTOS)



Comandante reconhece necessidade de modernização de Base Aérea

Na Base Aérea de Santos, localizada em Guarujá, pousam aproximadamente dez aeronaves civis por mês. A pista tem 1.390 metros de comprimento (quase 1,4 quilômetro), e os equipamentos para auxiliar aproximação dos aviões são antigos.
“Existem instrumentos que permitem maior precisão na aproximação. É um equipamento mais moderno, que não há aqui (em Guarujá). Mas é possível efetuar o pouso mesmo em condições adversas: é uma questão de obedecer aos limites do nosso equipamento”, afirma o comandante do Núcleo da Base Aérea de Santos, major-aviador Olympio de Carvalho.
Segundo o comandante, todas as medidas corretas foram tomadas pelos envolvidos no acidente. Foi feito o contato antecipado e preenchido um formulário para que a aeronave fosse recebida.
No momento em que se aproximava, a 700 pés (cerca de 240 metros de altura), o piloto manteve contato com a sala de controle da base e informou que iria arremeter (desistir do pouso) porque, por causa do mau tempo, não visualizava a pista.
“É uma decisão do piloto. Ele reportou que iria tentar um novo procedimento de aproximação. Após isso, tentamos contato com a aeronave, e ela não mais retornou”, conta Carvalho.
Os aviões iniciam a aproximação para pouso quando estão a 30 quilômetros de distância, o que explica o retorno a Santos.
Diferenças

Piloto há 30 anos, Paulo Rogério Ortega conhece bem a Base Aérea. Ele menciona que a aproximação por instrumentos (manobras para pouso às cegas, apenas por sinal de rádio) não é tão simples em Guarujá, especialmente com chuva.

“Tem muitos obstáculos na reta final para pouso, que obrigam (o piloto) a se aproximar (em voo) um pouco mais alto. No caso de uma aeronave como essa, com mais velocidade (mais de 200 km/h para pousar), fica pouco espaço para o procedimento”, de acordo com Ortega.

O piloto explica que em outros aeroportos, como o de Congonhas, os aparelhos são modernos: o avião recebe um sinal, como uma rampa de descida virtual até a cabeceira da pista, dando a inclinação e direção exatas.

Segurança

Caio Politi, piloto há mais de 20 anos, chegou a trabalhar com um dos pilotos mortos, Marcos Martins. Também voou na mesma aeronave que caiu. Hoje, ele é comandante de um avião idêntico, no qual tem 850 horas de voo.

“Marcos era um piloto muito centrado e correto. E a aeronave, que custa 12 milhões de dólares (R$ 27,3 milhões), é muito segura, com equipamentos de última geração. É preparada para fazer aproximações por instrumento, chovendo, garoando, nevando ou com nevoeiro”, diz o piloto.

Para Politi, o piloto fez a manobra correta ao arremeter à esquerda, passar por cima do Canal de Bertioga e ir em direção a Santos.

“Ele já havia arremetido junto comigo sem problemas. E as últimas manutenções que esse avião fez foram na mesma oficina onde o meu faz. Sei que (o trabalho) é confiável”, diz.

Fatores

Conforme avalia Caio Politi, os acidentes ocorrem por uma soma de fatores. “Se realmente pegou fogo em uma das turbinas (alguns moradores disseram ter visto o avião em chamas ainda no ar), tem todo um procedimento (para reverter a situação). Mas um acúmulo de fatores, como mau tempo e baixa visibilidade, pode levar ao acidente”, cita.

O piloto menciona que até a colisão com um pássaro é capaz de danificar o motor. “São várias incógnitas para tirar uma conclusão agora. Ao arremeter na Base Aérea de Santos, deve-se subir para 1.200 metros. E por que (o avião) não subiu? Agora é aguardar a investigação”.



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