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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 14/10/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Falta de orçamento dificulta o desenvolvimento de um sistema de segurança contra espionagem

Ministro da Defesa, Celso Amorim, apoia o gasto de recursos da União para criar tecnologia própria

O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que entre as principais limitações para o aprimoramento da defesa cibernética e de outras áreas tecnológicas do país está a orçamentária. Amorim reconheceu que sempre há um dilema na hora de definir o peso que cada área terá no orçamento, mas que é preciso entender a importância da Defesa. “O fato de o Brasil ter tido o privilégio de não ter se envolvido em um conflito armado desde a Segunda Guerra Mundial, por sua formação política e cultural, mas também por sorte, nos coloca em uma falsa posição de conforto".
Não sabemos o futuro e as rivalidades que virão”, argumenta o ministro, que destaca também a necessidade de proteger os recursos naturais do país, que ganharão ainda mais importância em um futuro de escassez mundial. “Vale enfatizar que só teremos segurança nesse campo quando desenvolvermos tecnologias nacionais, tanto em hardware quanto em software”, defendeu o ministro, ao ministrar aula magna no Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio.
“A posse desses equipamentos de defesa é muito importante não para ir à guerra ou para ganhar uma guerra, mas para ter a capacidade de causar dano e afastar conflitos. Estados também precisam ser equipados para serem levados a sério”, alega. Um dos desafios do país no sentido de modernizar a defesa, segundo Amorim, é conseguir manter quadros altamente especializados, “já que o salário do funcionalismo público, nesse caso, está muito abaixo do que é pago na iniciativa privada”.


Balões do governo levarão internet a areas remotas

Na última semana, quando representantes da Google X aterrissaram em Brasília para apresentar o projeto da empresa de usar balões para levar sinal de internet e telefonia a regiões isoladas do País. Eles não sabiam, mas o assunto não era novidade; Em maio, o governo brasileiro acatou proposta formulada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espadais (INPE), especialista em balões, e da Telebrás, responsável pela estrutura de internet no Brasil, de fazer o mesmo.
Desde então, sem. alarde, o governo contatou empresas brasileiras da área e já agendou o primeiro teste de transmissão de dados para o início de novembro. "Usaremos um protótipo feito pela Altave, uma empresa de São Jose dos Campos", disse o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. "Vamos usar equipamentos "de prateleira", ou seja, teremos que nos adaptar ao que vier. Depois, vamos definir os parceiros que farão um modelo nosso, adequado para o que queremos/5 Sem se referir ao Google, Bonilha disse que o governo costuma "privilegiar" empresas nacionais e que evita importar equipamentos de eletrônica, mas defendeu a plena competição, a fim de se chegar a um produto de"melhor qualidade.
Independentemente de qual fabricante for escolhido, a intenção de levar conexão a áreas rurais distantes dos grandes centros é muito bem vista pelo governo, "O custo é muito me-, nor do que o de uma torre de transmissão. A instalação é mais fácil e o alcance é maior", disse o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (MiniCom), Maximiliano Martinhão.
Em geral, torres usadas em telecomunicações chegam a até 70 metros de altura; já os baiões podem ser içados até unia altura de 300 metros e de lá cobrir áreas dentro de um raio de quase 100 quilômetros. "Poucas estruturas dessas cobrem uma área rural ampla, sem grandes gastos e de forma ágil", pontua.
Pelo cronograma do governo, os testes serão realizados nos dias 12 e 13 de novembro, em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, onde o INPE possui uma unidade específica de balões. Lá, um balão ora fixado na terra, ora ancorado em um automóvel em movimento, emite sinal de internet para a prefeitura local e para uma escola.
A fabricante do balão deste projeto é também a Altave, startup formada há dois anos por dois engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Um deles, Bruno Avena de Azevedo, fez mestrado em um dos laboratórios da NASA aprofundou suas pesquisas com balões para exploração planetária."Os sistemas da empresa equipados com câmera já foram utilizados pela Polícia Militar carioca durante o carnaval e a Copa das Confederações.
"Trabalhamos experimentalmente com gás hidrogênio e estudamos formas de alimentar o baião por mais tempo, Hoje, a carga dura urna semana", contou Azevedo. "Por isso, recebemos financiamento da Fapesp para pesquisar formas de prolongar esse período em áreas de zonas remotas e pretendemos aplicá-las assim que concluir-" mos o projeto, provavelmente daqui a um ano."
Segundo Azevedo, o projeto já é viável hoje. Sua empresa chegou a fazer testes simulando a oferta de serviços de telecomunicações a partir de balões em caso de grandes desastres, "isso já e st á maduro, mas depende de o Ministério definir o que exatamente vai querer", diz.
Após a realização dos testes, as etapas seguintes para o governo serão escolher o modelo mais adequado, as empresas participantes que desenvolverão o protótipo "pré-industrial" (provavelmente até 2014) e, caso seja aprovado, o desenvolvimento do produto final para o mercado (em 2015). "Vamos fazer essa apresentação piloto e ver se a ideia realmente é válida» Se tivermos sucesso, montaremos uma política para balões no Brasil", garantiu Martinhão.
"O balão vai ampliar a área de cobertura a partir de onde con seguimos chegar com a rede terrestre, como as regiões de fronteira55, diz Bonilha. "O que faltar, atenderemos com satélite." 

Dilma anuncia sistema de e-mail antiespionagem

No Twitter, presidente diz que Brasil vai desenvolver mecanismo de mensagens criptografas para garantir maior segurança online

A presidente Dilma Rousseff disse ontem que o governo vai criar um sistema nacional de e-mail criptografado para evitar que autoridades nacionais sejam alvo de espionagem. A determinação foi dada ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.
"Esta é a primeira medida para ampliar a privacidade e a inviolabilidade de mensagens oficiais", afirmou a presidente, em sua conta oficial no Twitter. "É preciso mais segurança nas mensagens para prevenir uma possível espionagem."
O sistema será desenvolvido pela Serpro em parceria com os Correios e terá uso obrigatório no governo. O Ministério das Comunicações deve começar a testá-lo ainda neste mês.
A Serpro e os Correios também estudam o lançamento de um serviço público e gratuito de e-mail seguro para a população.
Outras medidas para dar segurança às informações têm sido desenvolvidas em sintonia com o Planalto. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) criou e está agora aprimorando telefones fixos e celulares que transmitem sinal criptografado e dificultam a decodificação de conversas sigilosas. Apesar da dificuldade de usá-los, mais assessores e ministros pediram à agência para receber os aparelhos.
A Abin também apresentou ao Palácio do Planalto uma espécie de pen drive que cria áreas seguras em computadores, dispositivos e sistemas.
Os documentos criados nesse ambiente são automaticamente criptografados e podem ser enviados pela internet com segurança.
O governo também quer comprar um satélite geo estacionário próprio, por meio da Telebrás. Hoje, dados, telefonia, sinais de TV paga e comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, privatizada em 1997 e, atualmente, nas mãos da Claro, do empresário mexicano Carlos Slim.
O satélite e a tecnologia serão fornecidos pelo grupo franco-italiano Thales Alenia Space. A Visiona, uma joint venture entre a Telebrás e a Embraer, será a responsável pela montagem do satélite. A tecnologia ficará a cargo da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ao custo de cerca de US$ 600 milhões, ele deve entrar em órbita em 2016.
No mês passado, reportagens do jornalista Glenn Greenwald mostraram que apresidente Dilma foi monitorada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA).
O órgão invadiu telefonemas e e-mails enviados por Dilma a seus assessores, além de mensagens trocadas entre ela e o atual presidente mexicano, Enrique Pena Nieto. O repórter se baseou em documentos revelados pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden.
Dilma cobrou esclarecimentos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Insatisfeita com as explicações, ela decidiu cancelar a visita oficial que faria ao país neste mês.


Exposição sobre a indústria aeronáutica é atração em Botucatu

Fotos e vídeos sobre o tema serão exibidos no Poupatempo. Mostra comemora o Dia da Indústria Aeronáutica nacional.

Para comemorar o Dia da Indústria Aeronáutica Brasileira, celebrado em 17 de outubro, o Poupatempo Botucatu (SP) realiza a partir desta segunda-feira (14), uma apresentação de fotos e vídeos que conta a história da Embraer Botucatu, empresa que fabrica aviões na cidade.
A exposição acontece de segunda a sábado, durante todo o horário de atendimento do posto. Antes de se tornar a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) Botucatu, em 1954 era fundada a Indústria Aeronáutica Neiva, que em 1980 passou a ser subsidiária integral da Embraer.
Em 2006, tornou-se Unidade Embraer e hoje, instalada em Botucatu, é responsável pela produção do avião Ipanema, fabricação de peças e estruturas de jatos, montagem e fabricação de peças para aviões.
Serviço
O Poupatempo Botucatu fica localizado na Av. Marechal Floriano Peixoto, nº 461- Centro -, e o horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 13h.

"Portões Abertos" da Base Aérea deve receber mais de 30 mil visitantes

Evento é realizado em Porto Velho há quase 30 anos. Organização espera arrecadar mais de 4 toneladas de alimentos.

A Base Aérea de Porto Velho abriu os portões pela 29ª vez na manhã deste domingo (13) para mostrar ao público parte do cotidiano da Aeronáutica, entre exposição de aeronaves, helicópteros e procedimentos utilizados pelos militares. Mais de 30 mil pessoas devem visitar o local e a meta é superar quatro toneladas de alimentos não perecíveis em arrecadações. O evento conta ainda com diversas atrações, como tirolesa, passeios panorâmicos e até orquestra.
Micael Mateus Oliveira Leite, 10 anos, não pensou duas vezes quando viu as pessoas descendo de tirolesa. De uma só vez, ele aproveitou duas oportunidades. A primeira era ir ao evento. A segunda era deslizar pela corda a cerca de 10 metros de altura. "Estou feliz por estar aqui, mais ainda por ter conseguido aproveitar esse momento", diz ele, que passou meia hora na fila.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, responsável pela aventura e exposição de equipamentos de resgate, cerca de 600 crianças devem aproveitar a brincadeira, devidamente supervisionada e com segurança.
Segundo o comandante da Base Aérea em Porto Velho, coronel aviado Augusto César dos Santos, trata-se de uma festa que não seria realizada sem a parceria de instituições públicas e privadas. "Requer muito planejamento e organização em quase 30 anos desse evento, tradicional na cidade", disse.
ImagemEste ano uma das principais atrações esperadas pelo público, a Esquadrilha da Fumaça, não vai se apresentar devido a troca de aeronaves (tucanos para super tucanos). "Desde abril não há apresentações, mas temos aqui um modelo do novo avião que fará parte da esquadrilha no próximo ano", complementa o comandante.
Mas nem só de aviões sobrevive o evento. Nilliana Duran Sena, 17 anos, escolheu o cenário aviador para fazer um álbum de fotos, junto com as suas amigas. "Fiquei meio envergonhada, mas as fotos estão rendendo, apesar do sol quente", admite. A ideia foi da prima, a fotógrafa Mariely Duran. "Avião lembra mulher bonita, né? Não poderia ter local melhor", brinca.
A orquestra da escola de música Vila Lobos fez quatro apresentações ao público que lotou um dos galpões cedidos pela Aeronáutica. No local tem praça de alimentação, brinquedos para crianças e ações sociais e de saúde, como orientações de prevenção e higiene bucal.
Os portões da Base Aérea de Porto Velho seguem abertos para visitação até às 17h. A entrada é gratuita e, para participar do sorteio de voos panorâmicos, basta doar um quilo de alimento não perecível.


"Haiti processa a ONU por epidemia de cólera"

Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz

Um grupo de Haitianos entrou com um processo na Justiça Federal de Nova York contra a ONU. Motivo: "negligência grave e conduta imprudente" diante do surto de cólera, doença que desde 2010 matou ao menos 8.300 pessoas e atinge cerca de mil Haitianos por ano. Os advogados alegam que a ONU disseminou a doença por meio de soldados nepalenses que estavam no país a serviço da organização. Não havia registros de cólera há 100 anos no Haiti. A ação judicial pede US$ 2,2 bilhões.

Arma antiaérea e dinamite para roubar R$ 2 milhões de carro-forte

Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz

Parecia cena de filme de ação o roubo a um carro-forte realizado por um grupo de assaltantes em Suzano, na Grande São Paulo, na semana passada. Mas foi realidade. Com uma metralhadora antiaérea calibre.50 para perfurar a blindagem do veículo e dinamite para abrir o cofre, o bando precisou apenas de sete minutos para levar R$ 2 milhões.


Quero ser brasileira, ó pá!

O Brasil já é o maior mercado da portuguesa TAP. Agora, a estatal, que está sendo privatizada, pretende aumentar seus voos ligando o País ao mundo e sonha com um comprador verde-amarelo

Por Ana Paula Machado

Quem vive na região Norte do Brasil e quer passar as férias na Europa, além de toda a preparação para a viagem, como a reserva do hotel, a definição do roteiro e a compra das passagens, ainda tem de levar em conta o tempo de voo. Em média, um turista de Manaus, por exemplo, gasta 19 horas para chegar ao seu destino. O grande vilão da viagem é o tempo despendido na conexão no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Pensando em encurtar essa distância e levar mais turistas para o Velho Continente, a TAP, a estatal portuguesa de aviação, vai incluir em seu plano de voo duas rotas a partir de Manaus e Belém no ano que vem. "Somos a companhia de bandeira do Brasil", diz o vice-presidente da TAP, Luiz Mór.
"Estamos de Norte a Sul do País." O trajeto Manaus-Lisboa deve durar cerca de oito horas. Gaúcho de nascimento e português por opção, o executivo diz que essa expansão é apenas uma pequena parte da estratégia da companhia para o Brasil. Hoje, as aeronaves da TAP realizam 77 voos por semana. O objetivo é chegar a 80 já em 2014. A TAP aterrissa em dez cidades no País, o que faz dela a principal companhia aérea em localidades atendidas por voos internacionais. O mercado brasileiro já é o maior faturamento da TAP – no ano passado representou 26% do faturamento de € 2,4 bilhões.
De janeiro a setembro, a receita gerada com as vendas de passagens por aqui rendeu à companhia portuguesa € 327,1 milhões, de um faturamento total de € 1,6 bilhão. Em 2012, o lucro da TAP chegou a € 15,8 milhões. Não é nenhum fenômeno, mas é um feito e tanto quando se compara com a avalanche de prejuízos que tingiu de vermelho o balanço das principais aéreas brasileiras, como a Tam e a Gol. No caso da portuguesa, depois de um período de turbulências, foi o quarto ano consecutivo com a última linha do balanço em azul. A companhia já está negociando com a Agência Nacional de aviação Civil (Anac) para a abertura de novas frequências.
Mór acredita que os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre ainda possuem potencial para até dez novos voos. "A demanda no Rio Grande do Sul está tão grande quanto a paulista", diz. "Porto Alegre tem um turismo de negócios forte."
A definição da Anac, segundo Mór, sairá ainda neste mês. "A operação brasileira nos dá condições para melhorar rotas em outros destinos", afirma Mór. "Sem o Brasil, não conseguiríamos abrir novos voos." Isso porque as viagens procedentes do Brasil saem com 90% dos assentos tomados, a maior taxa de ocupação obtida pela empresa no mundo.
A estratégia de fortalecimento da operação brasileira faz parte de um plano mais amplo do governo português: a privatização da TAP. Em 2012, o controle da companhia estatal foi colocado à venda (o governo português continuaria com uma participação acionária na empresa). Como em dezembro o processo arremeteu – o Grupo Synergy, dono da Avianca, único interessado no negócio, teve sua proposta recusada –, a TAP, agora, tem de se mostrar mais atraente do que nunca. "A noiva precisa continuar bonita", afirma Mór. O motivo da privatização é que, pela legislação europeia, países que buscaram ajuda financeira da União Europeia devem diminuir sua dívida pública.
No caso de Portugal, um dos grandes entraves para obter esse respiro é justamente o controle estatal da companhia aérea. "O ideal seria a TAP se associar a uma empresa brasileira", diz o consultor e professor da PUC do Rio Grande do Sul, Ênio Dexheimer. "Tem muita gente querendo voar para o Exterior. O potencial do País é enorme." Mór também acredita em uma sinergia maior caso o novo controlador seja uma companhia brasileira.
Segundo ele, além de possibilitar à parceira local um aumento no número de destinos internacionais, daria à TAP acesso ao mercado doméstico, que nos últimos anos tem apresentado crescimento expressivo no volume de passageiros transportados. "Teremos uma complementaridade natural com uma companhia do Brasil", afirma o executivo. "É importante para nós." Enquanto a privatização não acontece, a TAP tenta seguir no azul e sonhando com os bons ventos brasileiros.

O piloto chegou

As bilionárias concessões dos aeroportos Galeão e Confins entram na reta final. Saiba quem são as principais construtoras e as operadoras internacionais que se preparam para pousar nos leilões

Luís Artur NOGUEIRA

Os departamentos jurídicos das principais empreiteiras e os escritórios de advocacia estão trabalhando em ritmo frenético nos últimos dias. A prioridade dos advogados é ler com lupa cada linha da versão final do edital e do contrato dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que irão a leilão no dia 22 de novembro. Juntos, os calhamaços têm 115 páginas e 35 anexos, que trazem algumas alterações em relação ao que foi inicialmente proposto. Atendendo a uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), o governo federal reduziu o nível de exigência de experiência dos operadores internacionais e limitou a 15% a participação dos atuais controladores dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília.
Os ajustes foram elogiados por todos os potenciais investidores – as grandes empreiteiras e os principais operadores internacionais –, que preveem uma forte concorrência no Galeão, mas têm alguns motivos para incertezas em relação a Confins. São disputas que, somadas, têm um lance mínimo de R$ 5,9 bilhões. Inaugurado em 1977, o aeroporto Internacional do Galeão – Antônio Carlos Jobim transportou 17,5 milhões de passageiros no ano passado, o segundo maior movimento do País. É, portanto, considerado o principal filé-mignon disponível do setor, dado o seu potencial de ser um centro de voos internacionais.
"A decisão do governo de impedir que o concessionário de Guarulhos possa controlar o Galeão foi corretíssima", diz um executivo de uma grande empreiteira interessada no aeroporto. "Evita-se, assim, um monopólio de voos internacionais, como aconteceu em Londres, no passado." Na lista de obrigações previstas no edital está a construção de uma terceira pista. Na avaliação dos investidores, no entanto, não se trata de um empecilho, pois a demanda de passageiros justifica o alto investimento. O Galeão também é visto com bons olhos pelos potenciais ganhos com um "modelo shopping center". Os especialistas explicam que os passageiros de voos internacionais gastam muito mais em lojas do que os de voos domésticos.
Já o aeroporto Internacional de Confins – Tancredo Neves é visto com algumas ressalvas pelos investidores. A principal delas é a exigência de construção da segunda pista até 2020, independentemente do aumento da demanda. No ano passado, 10,4 milhões de passageiros passaram pelos terminais do aeroporto mineiro, o quinto maior em volume do País. "Há o receio de que, passada a Copa do Mundo, o crescimento do número de passageiros não justifique a construção de mais uma pista", diz Marcello Vieira de Mello, sócio responsável pela área de direito administrativo do Guimarães e Vieira de Mello Advogados. O escritório mineiro está assessorando um grupo interessado em participar da concorrência por Confins.
Por outro lado, um dos pontos mais atraentes do aeroporto é a possibilidade de se transformar num hub de voos domésticos, principalmente do Nordeste, tornando-se assim um forte concorrente de Campinas e Brasília. A disputa entre as principais construtoras promete ser quente. À DINHEIRO, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Carioca Engenharia, CR Almeida, Queiroz Galvão, Fidens e Galvão Engenharia confirmaram a participação no leilão. Dos consórcios que disputaram a primeira leva de concessões no ano passado, apenas o formado pela construtora Advent e pela operadora mexicana Asur está fora do jogo.
A Queiroz Galvão, por exemplo, criou recentemente um braço de infraestrutura para atuar no ramo de logística, energia e saneamento. "Temos interesse nos dois aeroportos", revela, em nota, a empresa, que vai repetir a dobradinha com a espanhola Ferrovial, administradora de aeroportos no Reino Unido. O BTG Pactual, que também fazia parte do consórcio, não deve participar. Já a Carioca Engenharia estará ao lado da GP Investimentos e das operadoras ADP (França) e Schiphol (Holanda). Na terça-feira 8, durante um evento da Worldsteel, principal associação internacional do setor siderúrgico, em São Paulo, o presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, confirmou o interesse nos leilões.
"Estamos estudando os aeroportos", afirmou o empresário. A Odebrecht vai repetir a aliança com a operadora Changi, que administra o aeroporto de Cingapura. Um dia antes, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, havia dito que vai fazer "propostas competitivas, mas responsáveis", nos dois aeroportos. A construtora participará por meio da CCR, empresa de concessões da qual é uma das principais acionistas, em parceria com a alemã Flughafen München, que administra o aeroporto de Zurique, na Suíça.
A EcoRodovias, em conjunto com a alemã Fraport AG, que administra o aeroporto de Frankfurt, e a Fidens, que se uniu à Galvão Engenharia, ao Grupo Libra e à operadora americana ADC&Has, também confirmaram interesse nos leilões. "Em princípio, as condições dos dois editais são atraentes", diz Rodrigo Franco, presidente da Fidens. No dia 22 de novembro, na sede da BM&FBovespa, em São Paulo, a batida do martelo dirá qual era o real tamanho do apetite das empreiteiras.


Superjumbo

O A380, maior avião comercial em operação no mundo, começará a voar para o Brasil a partir de maio, na rota Paris-São Paulo.


Brasil quer eliminar barreiras às vendas de carne bovina e aviões para a China

Assis Moreira

O Brasil sinalizou à China que espera ver resolvidos pelo menos dois obstáculos imediatos que afetam exportações de carne bovina e aviões da Embraer, durante a maior reunião de alto nível que ocorre anualmente entre os dois parceiros.
"O governo brasileiro atribui grande importância a essas duas questões, que são pontuais, mas representam muito comércio", diz o embaixador do Brasil em Pequim, Valdemar Carneiro Leão. Ele avalia que os sinais de desaceleração da economia chinesa já desapareceram. A economia está melhorando e isso é uma boa notícia para exportadores brasileiros.
O terceiro encontro da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), uma das maiores bilaterais que o Brasil tem no mundo, dessa vez ocorrerá no dia 6 de novembro em Cantão (China). A delegação brasileira será chefiada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e a delegação chinesa por um vice-primeiro ministro.
Maior parceiro comercial do Brasil, a China é um dos poucos países que continua interditando a entrada da carne bovina brasileira, depois de registro de um caso doença de vaca louca no Paraná, 2011, que já foi superado inclusive na Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês). O Ministério da Quarentena, da China, demorou dois meses para responder movimentações recentes do Brasil, e alegou que o Ministério da Agricultura brasileiro não ofereceu todas as informações pedidas.
O mercado chinês consome cada vez mais carne e continuará crescendo. O Brasil vende muita carne para Hong Kong e grande parte dessa exportação vai para a China. Mas o embargo formal por Pequim é visto como um peso ao selo de qualidade que os produtores brasileiros procuram manter no mercado internacional. Com a ênfase colocada pelos exportadores brasileiros na obtenção de habilitação para vários frigoríficos, nos próximos dias Pequim deve sinalizar até que ponto vai negociar o tema no encontro.
A segunda dificuldade no centro da agenda da Cosban envolve exportações da Embraer. O construtor aeronáutico já vendeu 165 aparelhos na China. Desses, foram entregues 130. Os outros estão pendentes de autorização de Pequim, que sempre dá tudo na base do conta-gotas, causando problemas para quem compra e para quem vende. As reuniões da Cosban são sempre uma ocasião para se obter alguma liberação.
Ao mesmo tempo, Pequim tenta estimular a produção do próprio jato regional chinês, com subsídios que estão no alvo de outros construtores. A Embraer abandonou o projeto de produzir jato regional localmente e começou a produzir jato executivo. Por outro lado, o Banco do Brasil aguarda a autorização final para abrir sua primeira agência na China, no começo de 2014, em Xangai.
A comissão sino-brasileira inclui 11 subcomissões, responsáveis pelos campos político; econômico-comercial; econômico-financeiro; de inspeção e quarentena; de agricultura; de energia e mineração; de ciência, tecnologia e inovação; espacial; de indústria e tecnologia da informação; cultural, e educacional.


Diário do Vale (RJ)

Jorge Luiz Calife

Ana Maria, os Ovnis e a Força Aérea Brasileira 

Ana Maria Braga anda doida para ser abduzida. Terça-feira passada ela esqueceu momentaneamente as receitas de bolinhos de carne e a vida das celebridades, e dedicou o programa "Mais Você" aos objetos voadores não identificados. Toda empolgada, a loira recebeu um ufólogo e comentou os documentos do Ministério da Aeronáutica, recentemente liberados para consulta. A apresentadora contou que seu sonho é ser capturada por alienígenas e levada para outra galáxia. Mas não conseguiu o apoio do Louro José, que se recusou a entrar em uma fria dessas.
Essa conversa de discos voadores e alienígenas nunca sai de moda. Quando eu era criança eles estavam em toda a parte. Nos filmes, nas histórias em quadrinhos e nos álbuns de figurinhas, como o "Conquistas Modernas" aí da foto, que é de 1960. O artista que fez a colorida capa imaginou uma batalha entre humanos e alienígenas. Com um jato Douglas X-3 Stilleto explodindo um colorido Ovni. Na vida real esse tipo de encontro foi bem mais pacífico do que imaginava a ficção. E aconteceu no Brasil, e não no espaço sideral.
Em 1986 eu era um jornalista recém-formado, trabalhando no diário de maior prestígio do Rio de Janeiro. Ele mesmo, o falecido Jornal do Brasil (JB). Na noite de 19 de maio daquele ano, 21 objetos estranhos foram detectados sobre o Brasil, no céu em torno de São José dos Campos. O então coronel Ozires Silva viajava para o Rio de Janeiro em um avião bimotor e teve contato visual com as luzes. Que eram amarelas e se deslocavam com velocidade supersônica. Caças F-5 do Campo dos Afonsos, no Rio, e os Mirage de Anapolis, no Planalto Central, foram acionados. E não conseguiram alcançar os objetos.
ImagemNa época, o Ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Moreira Lima, prometeu um relatório oficial sobre o incidente, no máximo em 30 dias. Na verdade o documento, que só foi liberado no ano passado e estava nas mãos da Ana Maria Braga, mostra uma reprodução das telas de radar do Cindacta, com os contatos de radar marcados. E conclui que o movimento dos objetos, voando em formação com os caças da FAB, indica que eram controlados por algum tipo de inteligência.
Na época escrevi uma matéria para o JB comparando o caso brasileiro com outro idêntico, que aconteceu em Washington, em 1952. Nos dois casos a presença de objetos luminosos foi detectada no radar, e visualmente, por pilotos de aeronaves civis que se aproximavam da capital americana. O governo enviou caças subsônicos, os F-94 Starfire, para perseguir os Ovnis, que estavam muito perto do corredor restrito da Casa Branca. Como no caso brasileiro, a perseguição foi infrutífera. Os pilotos relataram luzes azuis voando em velocidade hipersônica. E a coisa toda foi atribuída a uma suposta inversão térmica. Que poderia explicar os contatos de radar, mas não as luzes brincando de pique com os aviões de caça.
Sem importância O fato é que depois de meio século de "avistamentos" ninguém dá muita importância aos misteriosos Ovnis. Nem a Rede Globo, com 25 quilos de documentos secretos da FAB, relatando a presença de objetos estranhos nos céus do Brasil, de 1952 a 2010. A equipe de jornalismo podia ter feito uma bela matéria para o Fantástico ou o Jornal Nacional. Mas preferiram entregar tudo para a Ana Maria Braga.
Afinal, os arruaceiros destruindo ônibus e agências bancárias fazem muito mais barulho do que os discretos discos voadores. Que continuam andando por aí, junto com os aviões de carreira.
Pessoas como a Ana Maria Braga sonham com um contato imediato de terceiro grau. Com os alienígenas pousando e convidando os humanos para embarcarem em suas luminosas espaçonaves. Mas o fato de eles manterem distância de nós é uma prova de que existe inteligência lá em cima.
Algo que ainda não foi comprovado aqui em baixo.



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