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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 30/08/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Embraer lança oferta de troca de US$880 mi em títulos

Empresa anunciou oferta de permuta em títulos de dívida com vencimento em 2017 e 2020 por novas notas seniores com prazo em 2023

A Embraer anunciou nesta quinta-feira oferta de permuta de cerca de 880 milhões de dólares em títulos de dívida com vencimento em 2017 e 2020 por novas notas seniores com prazo em 2023.
Segundo comunicado da fabricante brasileira de aviões, a oferta de permuta considera 380,1 milhões de dólares em títulos com vencimento em 2017 e 500 milhões de dólares em notas com vencimento em 2020, ambas a taxa de juros de 6,375 por cento ao ano e de emissão da Embraer Overseas Limited.
As novas notas também serão emitidas pela Embraer Overseas Limited em dólares, e serão garantidas pela Embraer.
A Embraer informou, porém, que a oferta de permuta será feita se houver a emissão mínima de 300 milhões de dólares em novas notas.
"As novas notas terão juros anuais iguais à soma do rendimento de acordo com os títulos do Tesouro Nacional dos EUA de 2,50 por cento, com vencimento em 15 de agosto de 2023, e de 2,80 por cento. Os juros serão pagos semestralmente em 16 de março e 16 de setembro de cada ano.
A oferta será encerrada em 25 de setembro, e segundo a Embraer, quem aderir até o dia 11 de setembro receberá valor "hipotético" total de permuta, que considera 1.125,04 dólares por nota com vencimento em 2017, e de 1.126,46 para as que vencem em 2020.
Quem aderir após essa data irá receber 1.075,04 dólares por títulos com vencimento em 2017 e 1.076,46 para aqueles com vencimento em 2020.

7 de Setembro sem Esquadrilha

A última exibição das aeronaves T27 aconteceu em março deste ano, na altura do Pontão do Lago Sul

Além de ter o desfile militar reduzido em quase meia hora por conta de prováveis manifestações, as comemorações do Dia da Independência, em Brasília, não contarão com a tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça. O Palácio do Planalto informou que o motivo é a troca de aeronaves. Os antigos T27, conhecidos como Tucanos, foram substituídos por um modelo mais moderno e pesado, os Super Tucanos. Dessa forma, os pilotos deverão passar por um período de treinamento. No último dia 12, um piloto e um copiloto da Força Aérea Brasileira (FAB) morreram durante uma missão a bordo de um Super Tucano A-29. O acidente aconteceu em Pirassununga, em São Paulo.
Como mostrou o Correio na edição de ontem, a preocupação com os protestos programados para o Sete de Setembro acabou por encolher a duração da parada militar para reduzir o tempo de exposição pública da presidente Dilma Rousseff e das autoridades convidadas para o evento. A decisão da Câmara Federal em absolver o deputado Natan Donadon (Sem partido-RO) do processo de cassação de mandato é considerada tanto pelo governo federal quanto pelo GDF — responsável pela segurança da cerimônia — como um motivo a mais para aumentar o clima de tensão que ronda a realização do desfile.
Ontem à tarde, representantes do Ministério da Defesa, do governo local e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se reuniram para definir as mudanças na solenidade. O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou, contudo, que eventuais protestos não prejudicarão as comemorações. "(As manifestações) não vão melar o Sete de Setembro", garantiu Amorim, ao sair de reunião no Palácio do Planalto.
A presidente Dilma Rousseff deve chegar ao evento por volta das 8h45 e ocupará o palanque oficial depois de passar as tropas em revista, às 9h. De acordo com a Defesa, o custo total do evento deve ficar em R$ 829 mil, mesma cifra do desfile em 2012. As contratações para a realização do desfile foram realizadas por pregão eletrônico por meio do site Comprasnet. A organização ficará a cargo da Agência Sisters, vencedora da concorrência. Está prevista a participação de 1.850 militares e agentes de segurança pública, mais mil estudantes de escolas públicas do Distrito Federal. Em toda a Esplanada, serão disponibilizados 24 mil lugares para o público, que poderá acompanhar o desfile das 8h45 às 10h30.


Aeroporto do Recife anuncia reforma na pista de decolagem

Obras acontecerão entre 2 de setembro e 19 de outubro, das 00h às 7h

Segundo o Serviço de Informações da Aeronáutica, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre estará fechado para voos e decolagens, de 2 de setembro a 19 de outubro, entre as 00h e as 7h da manhã.
O motivo da interdição durante este período são obras na pista, desde seu recapeamento até checagem de todos os pontos estruturais. A superintência regional da Infraero informa, ainda, que a medida é comum em aeroportos de grande porte. Aeroportos menores tendem a fazer a manutenção sem precisar fechar a pista, utilizando apenas os intervalos entre os voos.


Servidores federais devem parar hoje

A paralisação de 24 horas convocada pelas centrais sindicais para o dia de hoje deverá interromper os serviços de alguns órgãos federais em Pernambuco. Sindicatos que prestam serviços importantes para a população como o dos rodoviários, metroviários e bancários informaram que não vão aderir ao movimento. A greve que a CUT e demais centrais sindicais promovem em todo o País foi batizada de Dia Nacional de Mobilização e Paralisação. A última, realizada em julho teve pouca adesão.
Segundo a organização do evento, no Estado a paralisação será no Ministério da Agricultura, no Incra, no Ministério do Trabalho, no Ibama, na Funai e na Funasa de Limoeiro. Com a adesão, serviços oferecidos por esses órgãos serão retomados na segunda.
Os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em greve desde julho, também vão promover atividades dentro da programação da greve geral. Hospital da Aeronáutica e Receita Federal do Cabo, de Jaboatão e do Recife, vão dar apoio com panfletagem. No ministério da Agricultura, no Bongi, haverá café da manhã, às 9h.
A CUT diz que o objetivo é chamar atenção da sociedade para "os problemas enfrentados pela classe trabalhadora". Querem o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 semanais sem redução de salário e querem o arquivamento do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização.


Para ajudar aéreas, governo defende aumento de participação estrangeira

Débora Bergamasco

Em uma guinada de 180 graus no posicionamento do governo petista nos últimos anos, a presidente Dilma Rousseff começa a defender internamente que a melhor ajuda que o Executivo pode oferecer às empresas aéreas é permitir uma maior participação de capital externo nas companhias nacionais.
Hoje, a limitação é de 20% e há consenso no Palácio do Planalto que este número seja elevado para ao menos 49%. O que se discute ainda é se devem ou não ultrapassar este patamar que mantém os estrangeiros como minoritários.
Dilma e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, concordam que, diante do cenário de urgente restrição fiscal e sem margem de manobra para grandes desonerações de impacto efetivo para o setor, a solução de mercado seria a mais assertiva.
Depois de cortar impostos de setores tão diversos como o dos fabricantes de linha branca (geladeiras, fogões e lavadoras), o de materiais de construção e de montadoras, o governo precisou apertar o cinto. As manifestações nas ruas em junho, exigindo investimentos em infraestrutura de serviços públicos, como escolas, hospitais e obras de mobilidade urbana, complicaram ainda mais o quadro orçamentário,
Nos bastidores, avalia-se que a principal demanda das companhias aéreas, um valor menor do querosene de aviação, teria um alto custo econômico e político, já que passaria a imagem de um governo preocupado em ajudar quem viaja de avião, enquanto manifestantes pedem mais transporte público urbano. Além disso, a renúncia fiscal seria de bilhões de reais.
Projeto. Uma possibilidade que está sendo avaliada pelo Executivo para implementar essa ideia é costurar com os deputados a aprovação, ainda neste ano de um projeto de lei que está pronto para ser votado na Câmara, e que tramita há nove anos no Congresso Nacional.
A proposta de modificar o Código Brasileiro de Aeronáutica e aumentar o teto para injeção de dinheiro de tora do País nas companhias aéreas foi apresentada pelo ex-senador Paulo Octávio (do extinto PFL). O texto ficou cinco anos no Senado e, relatado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), foi aprovado e enviado para a Câmara, onde está há quatro anos.
Jucá defende que o projeto seja colocado em votação e acredita que, com vontade política, a proposta pode caminhar rapidamente para sanção presidencial. O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), relator do texto na Câmara, apoia a retomada do assunto. "Se no início, sem a previsão de Copa do Mundo e Olimpíadas já era um tema emergencial, agora tornou-se de extrema urgência." No entanto, a discussão ainda não ultrapassou as fronteiras do Palácio do Planalto e a presidente tem dito internamente que apoiará o projeto desde que não tenha de comprar briga com o Legislativo por conta dele.
O fato é que as empresas de aviação estão cobrando uma ação urgente do governo para ajudá-las a conter os prejuízos atribuídos especialmente à alta do dólar, por encarecer o combustível dos aviões e o leasing das aeronaves, e às projeções de crescimento da economia bem abaixo do esperado, com o Produto Interno Bruto (PIB) abaixo dos 2%, ante os 4% calculados anteriormente.
As perdas das companhias vêm sendo repassadas ao consumidor com aumento de tarifas, diminuição de oferta de voos, além de demissões em massa.
Para Entender
Há dez dias, as companhias aéreas líderes de mercado no Brasil como TAM, Gol e Azul enviaram o presidente da Associação Brasileira de i Empresas aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, para pedir socorro ao ministro da Aviação Civil, Moreira Franco. Elas reivindicam ajuda do governo para reduzir os custos de operação no País especialmente com isenção de impostos.
Os empresários do setor aéreo argumentam que a situação, que já não estava fácil, piorou com o aumento do dólar, pois a desvalorização do real gerou impacto direto no preço do querosene de aviação e no leasing de aeronaves, atrelados à moeda americana. Depois da visita de Sanovicz, o governo havia pedido dez dias para apresentar um posicionamento. O prazo vence hoje e até ontem ainda não havia resposta.
Arrastado
Proposta que modifica o Código Brasileiro de Aeronáutica passou cinco anos tramitando no Senado e já está há quatro anos na Câmara dos Deputados.


Maior foguete dos EUA decola com satélite espião

Decolagem ocorreu de plataforma construída para ônibus espaciais. Detalhes sobre a carga do satélite espião do foguete não foram divulgados

Da Reuters

ImagemUm foguete Delta 4-Heavy não tripulado, o maior da frota dos EUA, decolou da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, na quarta-feira, para colocar um satélite espião secreto em órbita para o Escritório Nacional de Reconhecimento dos Estados Unidos, uma agência de inteligência norte-americana, disseram autoridades.
O foguete, da altura de um prédio de 23 andares, decolou às 11h03 do horário local (15h03 no horário de Brasília) a partir de uma plataforma de lançamento originalmente construída para ônibus espaciais, mas que nunca foi utilizada para essa finalidade.
Detalhes sobre a carga do satélite espião do foguete não foram divulgados.
Com três foguetes propulsores, o Delta 4-Heavy é capaz de colocar um satélite do tamanho de um ônibus escolar em órbita em torno dos pólos da Terra.
O lançamento da quarta-feira foi o segundo com o Delta 4-Heavy a partir da Califórnia. O foguete, construído pela United Launch Alliance, uma parceria da Boeing com a Lockheed Martin, também já decolou cinco vezes a partir da Estação da Força Aérea em Cabo Canaveral, na Flórida.

Ministro diz que manifestação 'não vai melar' 7 de Setembro em Brasília

Diogo Alcântara

O ministro da Defesa, Celso Amorim, negou nesta quinta-feira que as manifestações previstas para ocorrer em Brasília no 7 de Setembro prejudicarão as festividades pela Independência. Com a presença da presidente Dilma Rousseff e apenas três meses após a onda de protestos pelo País, grupos independentes organizados em redes sociais se preparam para fazer um contraponto à cerimônia oficial.
“(A manifestação) não vai melar nada. Vai ter uma segurança adequada, mas com conforto. Sem nenhum alarme, para a população poder festejar”, afirmou o ministro.
Nesta tarde, um grupo interministerial se encontrou para acertar detalhes da organização do evento. Uma agência foi contratada por meio de pregão eletrônico para montar a infraestrutura do desfile. O contrato firmado foi de R$ 829 mil para montagem de arquibancada para 24 mil pessoas ao longo de um trajeto de dois quilômetros. Também serão instalados banheiros químicos e um camarote para autoridades. A segurança para as festividades ficará sob a responsabilidade do Governo do Distrito Federal (GDF).
O desfile começará às 8h45, e a previsão de encerramento é para 10h30. Amorim não respondeu se houve uma redução no tempo de desfile a fim de evitar uma coincidência entre o evento e a marcha dos manifestantes.
Devido a uma troca na frota de aeronaves, neste ano não haverá a tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Vinte entidades, entre civis e militares, vão se apresentar durante a cerimônia.
Baixa umidade do ar diminui tempo de desfile
Militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica farão treinamento na manhã do próximo sábado, na Esplanada dos Ministérios, para acertar detalhes e definir a programação para o desfile comemorativo. A informação foi divulgada hoje pelo Ministério da Defesa, que antecipou que o desfile deste ano terá o tempo diminuído em torno de 15 minutos, por causa da baixa umidade do ar.
A ideia é iniciar a apresentação dos 1.850 militares das Forças Armadas, carros de combate, blindados e aviões tão logo a presidenta Dilma Rousseff chegue ao palanque, o que está previsto para as 9h05. Depois dos cumprimentos de praxe e da execução do Hino Nacional, o desfile deve começará às 9h10, com tempo de duração estimado em uma hora e dez minutos, terminando antes das 10h30, quando a umidade do ar costuma ficar mais crítica nesta época do ano, de modo a não expor autoridades e público ao clima seco.


Senador acusa Dilma de descuidar da defesa por adiar compra de caças

Processo para a compra dos 36 caças começou em 1995, mas foi postergado em sucessivas ocasiões

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, disse nesta quinta-feira (29) que o governo foi negligente com a defesa do país ao adiar uma licitação para a compra de 36 caças, na qual participam empresas dos Estados Unidos, França e Suécia.
"O governo foi indolente e lerdo neste processo", declarou o senador para correspondentes estrangeiros, mas disse que ainda acredita que a licitação "possa" ser concluída antes do fim do ano.
O processo para a compra dos 36 caças começou em 1995, mas foi postergado em sucessivas ocasiões (em 1998, 2003, 2010 e 2011), sempre devido a problemas orçamentários.
Segundo Ferraço, "faz 18 anos que os governos brasileiros não se decidem" sobre um projeto de modernização que a Força Aérea "propôs de uma forma preventiva e programada".
Também sustentou que, ao mesmo tempo em que o Brasil "posterga várias vezes" a aquisição dos caças, outros países sul-americanos, como Venezuela e Chile, renovaram e "fortaleceram" suas forças aéreas.
Além disso, declarou que "enquanto não são tomadas decisões, os problemas do país aumentam" e o narcotráfico estende suas redes, sobretudo "na fronteira com a Bolívia". O senador garantiu que "50% da droga" consumida no Brasil entra pela fronteira boliviana.
Ferraço afirmou que a compra dos caças é um "projeto de Estado" que chegou "ao limite do limite", pois a própria Força Aérea informou que os 12 aviões Mirage 2000 que o país possui só poderão operar até dezembro, quando serão substituídos por aeronaves F-5, também antigas e que estão no final de sua vida útil.
O senador citou o comandante da Força Aérea, Juniti Saito, que disse em um recente comparecimento à Comissão de Relações Exteriores que a licitação poderia ser concluída no final deste ano.
"Esperemos que seja assim", pois de outro modo o Brasil ficará em "uma situação de vulnerabilidade", disse o senador do PMDB.
Para a última fase do processo foram selecionados os caças Rafale da empresa francesa Dassault, os FA-118 Super Hornet da americana Boeing e os Gripen NG da sueca Saab.
Ferraço disse que na próxima semana vai fazer uma visita à Suécia, convidado pelo governo desse país, e que aproveitará para conhecer "mais detalhes" do projeto apresentado pela Saab.
Também deve visitar a França para se reunir com representantes da empresa Dassault, mas esclareceu que isso ainda não foi confirmado, assim como uma visita às instalações da Boeing nos Estados Unidos.
Ferraço admitiu que a compra dos aviões de combate é uma "prerrogativa" do Poder Executivo, mas assegurou que a Comissão de Relações Exteriores do Senado tem o "dever" de "analisar" e "fiscalizar" essa operação, cujo valor é estimado em R$ 15 bilhões (cerca de US$ 6,5 bilhões).


Brasil tem projetos desde 2005

Bogotá e Cali

Além do voo experimental da TAM em 2010, a Gol voou com biocombustível no dia 19 de junho do ano passado, durante a conferência da Organização das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável, a Rio + 20, usando combustível resultante do processamento de óleo vegetal e gorduras animais.
Antes, em 2005, a Embraer fora pioneira com o lançamento do Ipanema, primeiro avião a ser produzido em série com motor movido a etanol. Estudo feito pela fabricante brasileira de aeronaves em parceria com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a Boeing, divulgado este ano, mostra que o Brasil tem um grande potencial para fornecer biocombustíveis de aviação para os mercados doméstico e global.
O relatório "Plano de Voo para Biocombustíveis de Aviação no Brasil" apontou que as plantas que contêm açúcares, amido e óleo, além de resíduos como lignocelulose (biomassa), lixo sólido municipal e gases de exaustão industrial são as matérias-primas mais promissoras para a produção de biocombustível para aviação.
Em 25 de junho deste ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou resolução que permite a adição do querosene alternativo ao querosene de aviação (QAV-1), até o limite de 50% em volume, para consumo em turbinas de aeronaves. (JJO)
Argentina pede cabotagem no Brasil

César Felício

O ministro do Interior e Transportes da Argentina, Florencio Randazzo, afirmou ontem que o governo argentino quer que a estatal Aerolíneas Argentinas possa realizar voos domésticos (de cabotagem) no Brasil e no Chile, a título de "direito de reciprocidade". A LAN Argentina faz voos domésticos no mercado argentino.
A LAN Argentina pertence ao grupo chileno Latam, controlador da brasileira TAM. Como o grupo tem capitais chileno e brasileiro, o governo argentino alega que tem direito a reciprocidade nesses dois países.
O governo argentino tenta despejar a LAN de um hangar no aeroporto Jorge Newbery, em Buenos Aires, conhecido como aeroparque. A medida, suspensa por ordem judicial, irá inviabilizar a operação de cabotagem no país, segundo a direção da Latam. Ontem, o presidente da LAN Airlines, Ignacio Cueto, reuniu-se com o vice-ministro de Economia da Argentina, Axel Kicillof, em Buenos Aires.
"Solicitamos a colaboração da Latam para que no Chile e no Brasil a Aerolíneas possa operar voos de cabotagem e tenha espaço em hangares. É o direito de reciprocidade, presente em todos os países do mundo", disse Randazzo.
O ministro afirmou que ficou surpreendido com a argumentação da empresa de que a falta de um hangar poderá levar a suspensão de voos. Cueto não participou da entrevista concedida ontem por Randazzo e Kicillof.
"A empresa nunca havia comunicado de que havia um problema. A resolução que determinava a desocupação do hangar é de novembro. Pedimos um informe técnico em que se demonstre isso", disse Randazzo.
De acordo com Kicillof, a ideia é que "a Latam nos ajude a negociar a abertura dos mercados do Chile e do Brasil junto aos governos destes países. Isso não seria nada mal para a Aerolíneas, é um bom negócio, como o que a LAN tem na Argentina", disse.
Segundo Kicillof, "se nós reconhecemos o direito da LAN ter um hangar, é importante que os países de origem da empresa também nos reconheçam o mesmo direito". Segundo Randazzo, a invocação do direito de reciprocidade será feito "aos órgãos regulares de aeroportos dos dois países".
A LAN ganhou licença para fazer voos domésticos na Argentina ao comprar companhias aéreas argentinas em 2004, época em que a Aerolíneas ainda era controlada pela espanhola Marsans. Hoje a LAN conta com apenas 18% do mercado argentino.


VOZ DA RÚSSIA

Caça de sexta geração abre perspectivas aliciantes 

A Rússia procede à projeção de um caça peculiar de sexta geração. O novo aparelho será não tripulado, dirigido por inteligência artificial, sendo necessários, contudo, decênios para concluir respectivas obras.
Atualmente, na Rússia estão terminando testes do caça de quinta geração T-50 que, devido ao emprego de materiais compósitos e componentes aerodinâmicos é capaz de ter um baixo nível de visibilidade. O avião de geração seguinte deverá superá-lo nesse e em outros aspectos. Deste modo, chegou altura de começar a projetar um avião de sexta geração, afirma o perito de aviação, Denis Fedutinov:
“Os especialistas estão unânimes na opinião de que a aviação de sexta geração será não tripulada. Mas convém agir com grande antecipação, sem esperar por conclusão das obras do engenho voador de quinta geração. Em uma série de países tais projeções já se vão realizando ao abrigo de algumas empresas aeronáuticas norte-americanas. A Boeing avança com o projeto Phantom Ray e a Northrop Grumman está levando adiante o projeto X-47B. No verão deste ano, esta última veio demonstrar pela primeira vez a decolagem e o pouso de um avião não tripulado a bordo de um porta-aviões”.
Ainda de acordo com o perito russo, existem várias opções quanto à projeção de caças de sexta geração sofisticadas. As obras podem ser iniciadas a “partir do zero” ou abranger certos dispositivos criados para o T-50. Ao menos, persiste uma boa chance de unificar o novo aparelho com o caça de quinta geração.
O uso de aviões não tripulados tem vindo a ganhar vulto no mundo inteiro. Os engenhos foram testados no decurso de alguns conflitos armados. Trata-se, via da regra, de aparelhos voadores de reconhecimento e observação. Vão surgindo ainda aviões de assalto que, sem piloto, podem cumprir missões de combate complicadas. No que respeita ao caça não tripulado, tal missão requer, sem dúvida, muito mais tempo, comenta o redator-chefe da revista Vzlet, Andrei Fomin:
“Uma coisa é acertar no alvo terrestre, outra – em uma situação aérea difícil tomar decisões sem a participação de piloto. Embora os caças de quinta geração tenham sido equipados de sistemas de inteligência artificial, capazes de dar sugestões e até mudar o regime de voo e emprego de armas. Em todo o caso, a presença do piloto tem sido indispensável. Ao que parece, assim será nos próximos decênios”.
As empresas russas já procederam à projeção de sistemas aéreos não tripulados. Um avião de assalto desse gênero é capaz de não ceder aos análogos ocidentais, prossegue Denis Fedutinov:
”A empresa russa Tranzas de São Petersburgo está projetando um drone de uma tonelada de peso. O centro de projeções Sokol de Kazan vai realizando obras de um engenho de cinco toneladas. Mas o projeto mais aliciante está a cargo da companhia Sukhoi. É um projeto intrigante que se mantém em segredo. Pelo visto, trata-se de um avião semelhante ao Х-47В e ao Phantom Ray.
Tudo indica que, nas próximas décadas, o caça de sexta geração será criado, podendo, por excelência, combinar as melhores características do caça de quinta geração e de drones não tripulados modernos.

DIÁRIO DO LITORAL (Santos-SP)

Guarujá recebe confirmação do ITA para futura parceria

O Município será pioneiro na iniciativa com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), vinculado ao Comando da Aeronáutica do Ministério da Defesa, confirmou a realização de parceria com a Prefeitura de Guarujá para as áreas de Logística Portuária, Aeroporto e Centro de Inovação Tecnológica. O Município recebeu a notícia na última semana, por meio de ofício do ITA direcionado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Portuário.
No documento, assinado pela chefe da Divisão de Extensão do ITA, professora doutora Maryangela Geimba, ela comunica o secretário adjunto de Desenvolvimento Tecnológico e Logístico de Guarujá, Adilson Cabral, que a parceria poderá viabilizar a formatação de um curso de especialização em Logística ministrado pelos professores do ITA; detalhamento do modelo de exploração do aeroporto, e a possibilidade de implantação de um Centro de Inovação Tecnológica na Cidade.
Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Portuário, Adilson Jesus, a parceria com o ITA será “de extrema importância para Guarujá porque o ITA se interessou por Guarujá porque somos a primeira prefeitura a mostrar interesse em fazer este tipo de parceria e por ser um desafio para eles, no sentido de logística, equacionar esta questão portuária dos caminhões. Vamos utilizar esta expertise do ITA, do ponto de vista tecnológico, sobre a viabilidade dos acessos portuários. Eles gostaram também do curso de Manutenção de Aeronaves oferecido pela Etec Santos Dumont”, salientou o secretário.
Já o secretário adjunto de Desenvolvimento Tecnológico e Logístico ressalta que a ação irá gerar desenvolvimento econômico e social. “Com uma visão de vanguarda, a prefeita Antonieta sabe que, incluir Guarujá no pequeno grupo de cidades que estimulam a criação e a aplicação de conhecimento tecnológico e científico, é imprescindível para que tenhamos crescimento econômico com sustentabilidade e justiça social”, considerou Adilson Cabral.
Histórico – As tratativas com o ITA e a Prefeitura de Guarujá começaram no ano passado, quando o coronel aviador Pierre Mattei fez uma visita à prefeita Maria Antonieta de Brito. Na oportunidade, a chefe do Executivo manifestou o interesse de celebrar a parceria pioneira do Instituto com um município e incluir Guarujá no processo de desenvolvimento tecnológico, já que o ITA é referência nacional em desenvolvimento e aplicação de conhecimentos em assuntos de alta tecnologia.
Com o avançar das discussões, em março deste ano, os professores e pesquisadores do Instituto, que têm sede em São José dos Campos, vieram a Guarujá fazer uma visita técnica sobre Ciência, Tecnologia e Inovação. Eles conheceram as instalações da Escola Técnica Alberto Santos Dumont, em especial o curso de Manutenção de Aeronaves. Na sequência, estiveram na planta do Centro de Tecnologia e Construção Offshore da empresa Saipem do Brasil, que está sendo instalado na área do Complexo Industrial e Naval de Guarujá (Cing). Depois, partiram para a empresa Santos Brasil e tiveram conhecimento de dados sobre a movimentação de cargas no Porto de Guarujá.
Os pesquisadores foram ainda à Escola Técnica Municipal 1º de Maio, onde conheceram a estrutura dos cursos técnicos de Química, Mecânica, Meio Ambiente, Administração e Contabilidade, assim seus respectivos laboratórios.
Qualificação e desenvolvimento – A parceria entre a Prefeitura e o ITA viabilizará algumas áreas de atuação. Há a possibilidade de formatação de um curso de Especialização em Logística, que os professores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica poderão ministrar em Guarujá, com carga horária mínima de 360 horas e elaboração de trabalhos de conclusão.
Já sobre o projeto de implantação do Aeroporto Civil Metropolitano, em Guarujá, o ITA poderá auxiliar no detalhamento do modelo de exploração do empreendimento. O objetivo é garantir a adequada implantação e operação do aeroporto, tendo o conhecimento especializado do ITA no setor aeroportuário como referência para garantir a qualidade deste processo, já que o Aeroporto Civil Metropolitano produzirá um efeito multiplicador para o desenvolvimento da economia da Cidade e Região.
A possibilidade de um Centro de Inovação Tecnológica na Cidade também ganha destaque, já que, paralelamente, o ITA passa por um processo de expansão. Tendo um equipamento deste na Cidade, será possível agregar valor no sistema produtivo a partir de pesquisas associadas às áreas que serão objeto da parceria com o ITA, o que resultará na mudança do perfil socioeconômico da população de Guarujá.

JORNAL O TEMPO (MG)

Infraero desenvolve projeto para evitar colisões entre aves e aeronaves

Ação faz parte do programa Gestão do Perigo da Fauna Aeroportuária
Para diminuir os riscos de colisões entre aves e aeronaves, a Infraero, empresa responsável pela administração dos principais aeroportos do país, vai intensificar o uso de aves de rapina no aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, Região da Grande Belo Horizonte, e no aeroporto da Pampulha. A ação faz parte do programa “Gestão do Perigo da Fauna Aeroportuária”, que estabelece os procedimentos a serem executados pela empresa, para a retirada de animais que circulam pela área dos 63 aeroportos da rede Infraero.

Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos(Cenipa), a aviação civil brasileira registrou 1.540 ocorrências de colisões entre aves e aeronaves em 2012. Os aeroportos de Confins e da Pampulha registraram, respectivamente, 23 e 22 ocorrências. Quatro espécies de aves – quero-queros, urubus, carcarás e corujas – representaram cerca de 40% dos incidentes no ano passado.
Nos aeroportos de Confins e da Pampulha o método usado será da falcoaria, onde são utilizadas três espécies de aves de rapina – duas de falcões - o quiri-quiri e o falcão-de-coleira; e uma de gavião, conhecida como gavião-asa-de-telha - para afastar as demais aves.
Os falcões começaram efetivamente a serem usados em fevereiro de 2008 na Pampulha e em fevereiro 2012 em Confins. O treinamento de cada ave utilizada na ação dura em torno de 20 e 40 dias.
Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, a presença de aves nas proximidades dos aeroportos podem causar acidentes aéreos. Na maioria dos casos, essa aves são atraídas pelo lixo acumulado e não descartado corretamente pelas comunidades vizinhas aos aeroportos. A falcoaria reduz a presença das aves, tanto pela captura quanto pela mudança de comportamento das aves, que passam a evitar o aeroporto com a presença dos predadores.
Ainda de acordo com a assessoria, os animais que forem capturados, através de armadilhas, serão soltos nos municípios localizados no entorno da capital mineira como Sete Lagoas e Brumadinho, em locais indicados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Além dos dois terminais mineiros, utilizam a falcoaria os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, de Vitória, no Espírito Santo e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
CONTAS ABERTAS

Investimentos do Ministério da Defesa crescem 33% em 2013

O Ministério da Defesa é líder em investimentos entre os órgãos federais. Até julho, a Pasta investiu R$ 5 bilhões, 33% a mais que o aplicado no mesmo período de 2012 - R$ 3,7 bilhões. O total de 2012 já está atualizado pela inflação (valor constante). Se considerarmos os valores correntes dos últimos anos, o total investido até o sétimo mês de 2013 já é 36% maior que a média dos investimentos anuais entre 2002 e 2012, que é de R$ 3,7 bilhões.
Do total investido pela Defesa, R$ 4,2 bilhões foram destinados ao programa “Política Nacional de Defesa”. A ação orçamentária “Desenvolvimento de Cargueiro Tático Militar de 10 a 20 Toneladas (Projeto KC-X)” foi a que mais recebeu recursos até julho, cerca de R$ 1 bilhão.
A Embraer desenvolve o KC-390 sob contrato com a FAB (Força Aérea Brasileira). No fim de março, a empresa concluiu a revisão crítica de projeto, para iniciar a fase de produção do protótipo. A previsão é que o primeiro voo teste da aeronave ocorra no segundo semestre de 2014.
O KC-390 é um projeto de aeronave para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo que estabelece um novo padrão para o transporte militar médio. O projeto está sendo desenvolvido para atender aos requisitos operacionais da FAB. Desde 2009, R$ 1,2 bilhões já foram investidos na iniciativa, em valores correntes.
O Ministério da Defesa investiu ainda R$ 429 milhões na ação de “Implantação de Estaleiro e Base Naval para Construção e Manutenção de Submarinos Convencionais Nucleares”. Em 2008, foi celebrada uma parceria entre o Governo do Brasil e o da França para a transferência de tecnologia e prestação de serviços técnicos especializados concernentes ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos, destinados a capacitar a Marinha do Brasil em projeto e construção de submarinos convencionais e nucleares, além da construção de estaleiro e da base de submarinos. Desde 2009, R$ 3,7 bilhões, em valores correntes, foram aplicados na iniciativa.
Outros R$ 445,5 milhões foram investidos na ação de “Construção de Submarinos Convencionais”, que prevê a aquisição de pacotes de materiais para quatro submarinos convencionais S-BR, respectivos sistemas e tecnologia de construção, além da aquisição de torpedos, despistadores de torpedo e respectivos sistemas logísticos. O montante aplicado engloba também as demais despesas que contribuam diretamente para o desenvolvimento e a execução do projeto. Foram aplicados R$ 2,3 bilhões no projeto desde 2009.
A Defesa investiu R$ 360 milhões na iniciativa de “ Aquisição de Helicópteros de Médio Porte de Emprego Geral (Projeto H-XBR)”. A ação prevê a aquisição de 50 helicópteros de médio porte de emprego geral, conforme contrato a ser firmado entre o Comando da Aeronáutica e o consórcio formando pelas empresas Eurocopter (francesa) e Helicópteros do Brasil (Helibrás). As aeronaves adquiridas terão a seguinte destinação: 18 para a Força Aérea Brasileira, 16 para o Exército Brasileiro e 16 para a Marinha do Brasil. A Defesa já investiu R$ 1,4 bilhão na iniciativa, desde 2009.
Importância dos investimentos
Para o professor adjunto do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e especialista em política de defesa, Alcides Costa Vaz, os investimentos nas Forças Armadas são necessários para a modernização do aparato militar. “Nós temos hoje uma ameaça de ataque cibernético que requer equipamentos e tecnologia distinta dos equipamentos convencionais de segurança, por exemplo. São investimentos caros”, explica o professor.
Outro aspecto levantado por Vaz é o fato dos investimentos beneficiarem outras áreas não militares. “O desenvolvimento de tecnologias militares tem também benefícios para outros campos de destinação civis. A maior parte da tecnologia militar é de uso dual”, completa.
Em resposta aos críticos que defendem que o país não precisa investir em defesa, pois a nação não sofre ameaças de outros países, o professor é enfático. “As ameaças hoje são globais. Temos todo um patrimônio natural, recursos de biodiversidade e um parque industrial a proteger”, defende.



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