NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 29/08/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
MAN faz caminhão sob medida
Com novo contrato firmado com Exército, fabricante da Volkswagen ultrapassa 5 mil veículos militares vendidos
Daniel Carmona
A divisão latino-americana da MAN, fabricante dos caminhões Volkswagen, formalizou anteontem a venda de um lote de 860 unidades militarizadas do modelo VW Worker 15.210 4x4 para o Exército Brasileiro. A assinatura do contrato de R$270 milhões, realizada no Ministério da Defesa em Brasília, reforçou a posição da companhia como principal parceira da Forças Armadas no fornecimento de veículos desde 2007, quando passou a disputar as licitações com produtos desenvolvidos para o uso militar.
Com esse novo pacote, que terá as primeiras unidades entregues em dezembro, a frota da Volkswagen no Exército Brasileiro vai superar o patamar de 5 mil veículos, reforçando a estratégia da MAN em ganhar terreno também neste segmento. Em abril, a companhia já havia celebrado a assinatura de um acordo de outros R$ 160 milhões para a transferência de 300 veículos militarizados modelo VW Constellation 31.320 6x6, de capacidade superior em relação ao Worker.
De acordo com Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN, o desenvolvimento dos produtos, que tem sido feito em parceria com o Exército, é um dos diferenciais na disputa com os concorrentes — o principal deles é a Mercedes-Benz, que até 2007 era a única empresa com produtos homologados para as Forças Armadas. “Dois anos antes da nossa primeira licitação, começamos a desenvolver o Worker para essa categoria. Em cima do descritivo técnico de exigências do Exército, fizemos um protótipo e colocamos ele para ser testado pelos próprios oficiais, nas mais diferentes condições de uso”, explica Alouche.
Os veículos são produzidos na unidade industrial da MAN em Resende, no Rio de Janeiro, em um processo de montagem semelhante a um caminhão convencional. No entanto, os eixos são reforçados e a suspensão tem diferente elevação em relação aos produtos para uso urbano e rodoviário. Em seguida, as unidades passam por um processo de customização (que é realizado pela BMB, no anexo da fábrica da MAN) para aplicação de blindagem da cabine e pintura camuflada.
Por fim, são encaminhados para o processo de beneficiamento, com aplicação de peças e desenvolvimento da carroceria de acordo com as exigências do Exército (pode ser colocada a lona para soldados, estrutura para transporte de materiais e/ou armamentos). “O caminhão que é entregue hoje é um pouco diferente em relação ao de 2007. O desenvolvimento do produto é contínuo. Hoje ele é mais confortável e tem maior durabilidade, de acordo com os feedbacks que foram passados pelo Exército ao longo desses anos”,diz Alouche.
Em outubro, a MAN/Volkswagen passa a entregar as primeiras unidades do lote do Constellation, caminhão este que foi desenvolvido a partir da expertise do Worker. E em tempo recorde. “Eles queriam um veículo com quatro lugares na cabine (o Worker tem três) e com tração 6x6. Desenvolvemos o veículo no fim do ano passado para atender o pedido do Exército e neste ano já estava fechada a venda”. Além de cabine com maior conforto, o 6x6 tem capacidade de transportar dez toneladas, contra cinco toneladas do Worker.
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Pressão por aumento
VERA BATISTA / ANA CAROLINA DINARDO
Há poucas horas do fim do prazo para a entrega do Orçamento de 2014 ao Congresso, lideranças sindicais dos servidores públicos trabalham intensamente na Câmara e no Senado para incluir no projeto reajuste acima dos 15,8% negociado no ano passado para ser pago até 2015. O movimento conta com profissionais de infraestrutura, agências reguladoras, hospitais, fiscais agropecuários, peritos agrários e policiais federais.
Em greve contra as perdas salariais, servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), de braços cruzados há 65 dias, e do Hospital das Forças Armadas (HFA), parados há um mês, acabaram se encontrando nos protestos de ontem na Esplanada. As duas categorias prometem continuar com o movimento caso os pleitos não sejam contemplados na peça orçamentária. No HFA, houve pequeno avanço. A diretoria do hospital concordou em reduzir a carga horária de algumas funções de 40 horas para 30 horas semanais. Eles insistem no plano de carreira.
Os peritos federais agrários, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também estão na luta. Segundo Ricardo de Araújo Pereira, presidente do sindicato da categoria (SindPFA), “as negociações com o governo estão péssimas”. Mais de 80% rejeitam os 15,8% e 57 funcionários entregaram os cargos de chefia. Ele prometeu que, se não houver avanços, a categoria “vai denunciar todas as irregularidades e tornar o Incra um inferno”.
Da mesma forma, desde terça-feira, as lideranças dos servidores das agências reguladoras estão em contato com membros do Congresso, da Casa Civil, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, ministérios e demais autoridades, em busca de apoio.
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Cade condena quatro companhias aéreas por cartel e multas chegam a R$ 290 milhões
Varig Log, ABSA Aerolíneas Brasileiras, atual TAM Cargo, American Airlines e Alitalia foram notificadas
Marina Rigueira
O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade condenou, na sessão de julgamento desta quarta-feira, as companhias aéreas ABSA Aerolíneas Brasileiras S.A., Varig Logística S.A., American Airlines Inc. e Alitalia Linee Aeree Italiane S.P.A e sete pessoas físicas por formação de cartel internacional em transporte aéreo de cargas. As multas aplicadas somam mais de R$ 293 milhões.
As quatro companhias aéreas e os funcionários envolvidos foram condenados por combinar preço e data de aplicação do adicional de combustível cobrado no transporte aéreo internacional de carga no Brasil. A United Airlines Inc. e uma pessoa física ligada à empresa foram absolvidas pelo Conselho porque não foram encontrados indícios que comprovem suas participações no cartel (Processo Administrativo 08012.011027/2006-02).
Todo o dinheiro irá para o Fundo de Direitos Difusos (FDD), que destina recursos a órgãos públicos e a organizações não governamentais que atuam na defesa dos direitos do consumidor, na proteção ao meio ambiente e na defesa do patrimônio cultural, histórico e artístico.
“A troca de informações visava coordenar a aplicação do adicional de combustível, mas tratava também do preço final do serviço de transporte de carga aérea, pois o valor do adicional era parte substancial do preço cobrado no mercado”, afirmou o conselheiro relator do caso, Ricardo Machado Ruiz. O conselheiro lembrou que o cartel internacional já havia resultado em condenação e acordos em diversas jurisdições, como Comissão Europeia, Estados Unidos, Canadá, Coréia do Sul e Austrália.
A companhia aérea alemã Lufthansa, que denunciou o esquema em 2006, e a Swiss Airlines, que também colaborou com as investigações, ficaram livres de punições por causa do acordo de leniência (delação premiada) assinado com o Cade. A Air France e a companhia holandesa KLM, que tinham confessado a participação no cartel, assinaram um acordo com o Cade em fevereiro deste ano e pagaram R$ 14 milhões para encerrar o processo.
Segundo as investigações, durante dois anos, as companhias aéreas trocaram informações para decidir os reajustes de uma taxa de custo do combustível do transporte internacional de carga, que entra na composição do preço do frete. Em conjunto, as empresas reivindicavam ao Departamento de Aviação Civil (DAC), órgão que antecedeu a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o percentual máximo de reajuste autorizado pelo governo, além de combinarem a data do aumento.
Além da multa, o Cade obrigou as empresas condenadas a publicar a condenação da prática de cartel em meios de comunicação. Na leitura do voto, o relator do processo no Cade, conselheiro Ricardo Ruiz, ressaltou que o esquema de fixação de preço da taxa adicional de combustível resultou em condenações em outros países. Na Europa, 11 companhias aéreas foram multadas em 800 milhões de euros por cartel semelhante entre 1999 e 2006.
Leniência
A investigação do cartel de carga aérea teve início em 2006 a partir de assinatura de acordo de leniência entre o Cade e as companhias aéreas Deutsche Lufthansa AG, Lufthansa Cargo AG e Swiss International Airlines e cinco pessoas físicas, que denunciaram o ilícito. Em 2007, foi realizada busca e apreensão na sede de empresas investigadas. As provas obtidas por meio do acordo e das operações de busca comprovaram a existência do conluio.
No julgamento, o Conselho extinguiu a punibilidade dos beneficiários da leniência. O Acordo de Leniência permite redução ou extinção da pena ao participante de um cartel que denuncia a prática anticoncorrencial e apresenta provas que comprovem o ilícito.
Para o presidente do Cade, o caso demonstra como o Programa de Leniência é um importante instrumento para se combater cartéis no país. Ele frisou que esse tipo de acordo é adotado em mais de 50 jurisdições.
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Voo livre sem regulação representa risco para os turistas
Pilotos afirmam que a prática fica a cargo dos regulamentos internos das associações
O incidente ocorrido no dia 17 de agosto entre um instrutor do Clube São Conrado de Voo Livre e um turista levanta questões sobre a responsabilidade de como o esporte deve ser fiscalizado no país. Atualmente, a prática de voo livre não conta com nenhum tipo de regulamentação específica, como também não existem órgãos responsáveis pela fiscalização de seus equipamentos e instrutores, que são indicados como aptos à prática pelas regulamentações internas de cada clube de voo.
O Ministério Público, após uma sequência de incidentes, notificou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), determinando que uma vistoria fosse realizada. Por sua vez, a agência afirma a existência de uma decisão judicial que define como ilegal a comercialização da prática. Por conta de uma brecha na lei, esses clubes e associações de voo classificam os que fazem voo duplo como "alunos de uma única aula", o que caracteriza o chamado voo de instrução. Dessa forma, a agência perde o poder jurídico sobre a atividade.
“A ANAC cumpre a decisão judicial e incluiu essa ação no seu plano de fiscalização. Resta-nos informar que os praticantes, por livre e espontânea vontade, assinam um termo registrando-se como alunos. Dessa forma, não há como caracterizar o comércio ilegal dos voos”, afirmou em nota da assessoria.
O episódio com o instrutor Luiz Gonzaga, que virou manchete depois de parar na Internet através de um vídeo, retrata o desespero do profissional ao se perder em uma nuvem durante o salto. Luiz, que teria 18 anos de experiência, se mostra despreparado para situações adversas.
De acordo com o vice-presidente do Clube São Conrado de Voo Livre, Augusto Prates, o parapente se encontra em uma lacuna nas leis nacionais. “Após acidentes, o Ministério Público entrou com uma liminar pedindo que a ANAC tomasse conta. A Agência colocou que já existe uma lei em que é proibido o voo panorâmico em aeronaves experimentais. Mas, tecnicamente, em função do peso, nossa aeronave é desportiva. Dessa forma, nosso esporte ficou em um espaço vazio da lei.”
Augusto também afirma que não há restrições para a prática. Isto significa que não há a necessidade de nenhuma certificação para aqueles que desejam se aventurar no esporte. “Há cinco níveis de piloto. Para passar do nível um para o dois, não há a necessidade de nenhum certificado nosso.”
Por conta das ocorrências e da inexistência regulamentar, Prates ressalta que o controle fica a cargo das decisões internas de cada clube ou associação, assim como a punição do instrutor Luiz Gonzaga. “Nós o afastamos por tempo indeterminado. Ele terá que fazer uma reavaliação, fará o SIV (curso de simulação de acidentes de voo) novamente, voará seis meses somente em bandeira verde e depois fará avaliação psicológica, para poder voltar a voar.”
O representante do clube ainda isenta a instituição das consequências do acidente. “Como o vento estava liso, tranquilo, ele (o piloto) pega a câmera com as duas mãos, larga os comandos, o equipamento, o que é um procedimento inadequado. O piloto fez manobras evasivas, que não eram as que ele deveria fazer.” O ineditismo do episódio também é ressaltado. “No clube, nunca houve esse tipo de incidente.”
Apesar de a prática receber constantes visitas de cariocas e turistas, tanto as associações de voo quanto a ANAC se destituem da obrigação de responder pelos acidentes que venham a ocorrer. A agência determina como de responsabilidade dos clubes a fiscalização das condições necessárias para que a prática seja segura. “O padrão mundial para a prática de esportes aéreos radicais é baseado em regras estabelecidas pelas próprias associações desportivas, as quais visam organizar e viabilizar a prática do esporte da maneira mais segura possível”, afirma.
Augusto Prates disse ainda que as providências necessárias estão sendo tomadas, para que esse tipo de incidente não volte a se repetir. “Nós contratamos uma empresa especializada em consultoria aérea. Foi elaborado um sistema de gerenciamento de segurança operacional, que já estamos implantando no clube. Infelizmente, esse incidente ocorreu antes de sua implantação.”
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FAB comemora 30 anos do 1º voo na Antártida
O primeiro voo para a Antártida realizado pela Força Aérea Brasileira completou 30 anos no dia 23 de agosto. A missão cumprida exclusivamente pelo Esquadrão Gordo (1º/1º GT), sediado no Rio de Janeiro, faz parte do apoio logístico ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Os dez voos realizados a cada ano são imprescindíveis para que cientistas brasileiros possam trabalhar na busca de respostas, como a cura do câncer e as soluções para as mudanças climáticas globais. Leia mais sobre o assunto na última edição da Aerovisão. De acordo com o comandante do Esquadrão Gordo, tenente-coronel-aviador Sérgio Mourão Mello, a experiência de operar no gelo permitiu que a FAB consolidasse doutrina própria para esta missão.
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Alunos do ITA fazem paralisação inédita
Em protesto nessa terça-feira, estudantes pediram medição da qualidade dos professores e mais transparência nas avaliações
Bárbara Ferreira Santos e Victor Vieira
Os alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) fizeram uma paralisação nessa terça-feira, 27, para pedir melhorias no ensino, no processo avaliativo e na medição da qualidade dos professores. Foi a primeira vez que estudantes fizeram uma paralisação geral na história da instituição. O reitor do ITA, Carlos Américo Pacheco, se reuniu com os alunos no auditório da universidade e disse que reformas deverão ser feitas, mas pediu um prazo para analisá-las. As aulas ocorreram normalmente na manhã desta quarta-feira.
Segundo o presidente do Centro Acadêmico Santos Dumont (CasD), Marcus Gualberto Ganter de Moura, os alunos estão descontentes com a forma de pontuação e avaliação dos alunos e vão aguardar as respostas da instituição para decidir se farão novas paralisações. "O ITA está com o Programa de Expansão, que prevê a duplicação do número de vagas, além de uma série de inovações. Detectamos falhas no sistema e no modelo atual, queremos corrigir, em conjunto com a administração, o quanto antes. Se não, passaremos de 600 alunos, para 1.200 desmotivados", diz Moura.
Entre as principais reclamações, está a falta de transparência nas avaliações. Os alunos só são informados pelos professores sobre os conceitos (bom, muito bom, regular, insuficiente, entre outros) que tiram em cada avaliação. Ao mesmo tempo, no boletim as notas são numéricas (vão de 0 a 10). Eles afirmam que alguns professores cometem abusos nas avaliações conceituais, pois 50% da nota pode depender apenas da percepção do docente.
É o caso de Ricardo Furquim, de 20 anos, aluno do 3º ano de Engenharia Aeronáutica. Ele diz que teve a avaliação de um avião negada por um professor e que o docente chegou até a xingar seu trabalho. "Tivemos um impasse burocrático na instituição para que o meu grupo conseguisse uma segunda avaliação. Nós inclusive contratamos um piloto para provar que o avião era capaz de realizar o voo. Foram feitas até manobras que não eram exigidas pela avaliação", afirmou.
Além disso, os estudantes pedem novas regras no jubilamento de alunos. Hoje, um estudante pode ser desligado, por exemplo, se tiver média abaixo de cinco após fazer recuperação de uma ou mais matérias e até se tiver média inferior a cinco nos bimestres em uma ou mais matérias. Cada vez que um aluno vai a uma recuperação, fica marcado em seu boletim um conceito de "insuficiente". Se ele tiver mais que cinco notas como essa em toda a sua graduação, também pode ser desligado.
Comissão. O reitor da instituição, Carlos Américo Pacheco, disse ao Estado que o ITA já está analisando as reivindicações dos alunos e que uma comissão foi formada anteriormente à paralisação para analisar as mudanças propostas. Entre as questões que estão sendo discutidas, está a mudança das notas de conceitos para números. "Queremos sim fazer muitas das modificações pedidas pelos alunos, mas temos de analisar a viabilidade delas em um tempo hábil. Muitas conseguiremos fazer a curto prazo e outras apenas a longo prazo."
Sobre as denúncias de abusos de professores, ele afirmou que a instituição já está analisando os casos e que vai discutir a melhoria do sistema de avaliação dos docentes. "Vamos ver se a gente consegue encontrar soluções institucionais que levem em conta a autonomia do professor e sabendo também que os docentes têm um regime específico de trabalho com estabilidade."
A assessoria de imprensa do Comando da Aeronáutica informou que a análise das reivindicações dos alunos e eventuais providências serão conduzidas pela reitoria do ITA.
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Exército abre processo para apurar soldados presos por roubo no DF
Trio é suspeito de assaltar turistas; investigação pode resultar em expulsão. Militares do regimento da cavalaria estão presos no Batalhão do Exército.
Do G1 DF
O Exército informou nesta quarta-feira (28) que abriu processo administrativo para investigar os três militares suspeitos de assaltar um grupo de turistas em frente ao Museu da República na segunda-feira (26), em Brasília. Segundo o Exército, os suspeitos estão presos no Batalhão de Polícia do Exército, onde vão permanecer até decisão da Justiça.
De acordo com a Polícia Civil, os três suspeitos, de 18, 19 e 23 anos, pertencem ao Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército. O processo contra os soldados pode resultar em expulsão da corporação, informou o órgão.
O delegado da 5ª DP, Marco Antônio Almeida, informou que os três suspeitos alegaram inocência. Eles foram detidos no Setor de Diversão Sul, momentos depois que três turistas foram assaltados por homens armados com uma faca em frente ao museu.
De acordo com uma das vítimas, a estudante Luciana Maia, ela, um primo e um amigo tiravam fotos quando os homens chegaram e os ameaçaram com uma faca. A estudante veio de Natal, no Rio Grande do Norte, para fazer um curso na Universidade de Brasília.
“A gente estava totalmente distraído, tirando foto, e de repente chegaram os três e anunciaram o assalto, que era para dar tudo que tem, carteira, relógio celular”, disse o administrador Mohammad Kharazmi.
"A gente meio que não acreditou no começo, mas aí um que eu não tinha visto chegou por trás com uma faca nas costas e mandou passar tudo", disse o gerente administrativo Carlos Rodrigues.
A polícia foi acionada por outras pessoas que visitavam uma exposição nas proximidades e localizou os suspeitos no Setor de Diversão Sul. Eles foram encaminhados para a 5ª DP.
Segundo a polícia, os homens tentaram se livrar dos documentos das vítimas quando avistaram o carro da PM, mas objetos dos turistas e a faca usada no crime foram encontradas com os suspeitos.
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ITA suspende temporariamente as inscrições para o vestibular
Mudança de banco que recebia taxas gerou falha na emissão de boletos. Sistema deve ser normalizado a partir da próxima segunda-feira (2).
Do G1 Vale do Paraíba e Região (*)
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), informou nesta terça-feira (27) que as inscrições para o vestibular estão suspensas desde o último dia 22 de agosto. De acordo com a coordenação do vestibular, a medida foi tomada devido a uma mudança do banco que vinha recebendo as taxas, o que ocasionou um problema na emissão dos boletos no site. O prazo de inscrições, que foi aberto no dia 10 de agosto, deve se retomado na próxima segunda-feira, dia 2 de setembro.
O professor Luiz Carlos Rossato, chefe do setor do vestibular do ITA, assegura que as pessoas que já efetuaram o pagamento da taxa de R$ 120 não vão precisar fazer uma nova inscrição. "Quem já se inscreveu e pagou, está tudo certo. Agora o candidato que se inscreveu, mas ainda não pagou o boleto, pedimos para ele aguardar até o reinício da inscrição", afirmou ao G1. Uma mensagem que explica o procedimento está disponível no site oficial da instituição.
Rossato garante que o cronograma do vestibular não deve sofrer alterações com a suspensão das inscrições. "Não sabemos se vai atrapalhar o cronograma, mas acreditamos que não. O que não pode alterar é a data da prova, que será nos dias 10, 11 e 12 de dezembro deste ano", afirmou. Ainda não há um balanço de quantos candidatos já se inscreveram para o processo seletivo até o momento.
Prova
Com a sede em São José dos Campos (SP), o ITA anunciou o aumento de 50 vagas no vestibular 2014 nos seis cursos de graduação existentes, no vestibular deste ano. Pela primeira vez, serão oferecidas 170 vagas para civis e 10 para militares. Em anos anteriores, eram oferecidas 120 vagas para civis e 10 para militares.
As provas serão aplicadas entre os dias 10 e 13 de dezembro em 23 cidades - Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Juiz de Fora, Londrina, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Paulo, Terezina e Vitória.
Considerada uma das melhores universidades do país, o ITA disponibiliza vagas para os cursos de graduação em engenharia nas seis especialidades - aeronáutica, eletrônica, mecânica-aeronáutica, civil-aeronáutica, da computação e aeroespacial. O resultado do vestibular será divulgado no dia 28 de dezembro.
(*) Colaborou Débora Carvalho
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Comissão convida ministros para explicar caso do senador boliviano
Chefes da Defesa e das Relações Exteriores não são obrigados a atender. Colegiado também quer ouvir Roger Molina e o senador Ricardo Ferraço.
Felipe Néri
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28) requerimento de convite para que o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, prestem esclarecimentos sobre a entrada no Brasil do senador boliviano Roger Pinto Molina. A ida dos ministros não é obrigatória e a data da visita não foi agendada.
Inicialmente, o requerimento tratava de convocação, quando os ministros são obrigados a comparecer. No entanto, os parlamentares entraram em acordo para fazer apenas um convite. Além do comparecimento dos ministros e do diretor da Polícia Federal, o colegiado aprovou outro requerimento que solicita a ida à comissão do diplomata Eduardo Saboia, que admitiu ter sido o responsável pela viagem que trouxe o senador boliviano ao país.
Os deputados aprovaram ainda convite para o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, para o senador Roger Pinto Molina e para presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), responsável pela viagem do boliviano em voo particular entre Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e Brasília.
Molina chegou ao Brasil no último sábado (24) em carro oficial da diplomacia brasileira após 22 horas de viagem. Ele passou mais de um ano dentro da embaixada brasileira em La Paz como asilado político e não tinha autorização para sair do país. Nesta terça, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, afirmou que o parlamentar precisa de nova concessão de asilo para permanecer no Brasil.
O requerimento aprovado na Comissão de Relações Exteriores, de autoria do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), cita que o senador responde a mais de 20 processos na Justiça boliviana e foi acompanhado por fuzileiros navais do Brasil no trajeto que fez entre La Paz e Corumbá. Molina nega as acusações e afirma que sofre perseguição política.
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TA NA CIDADE (PR)
Jacarezinhense é o responsável pela construção do Veículo Lançador de Satélites brasileiro
Jivago França
O tenente-coronel engenheiro Alberto Walter da Silva Mello Júnior, nascido em Jacarezinho é o responsável pela construção do Veículo Lançador de Satélites (VLS) brasileiro. Segundo ele, o Brasil terá acesso ao espaço com um veículo nacional e isto deve acontecer em 2014.
Em recente entrevista ao Fantástico da Rede Globo, o tenente-coronel Júnior destacou a importância do VLS. “Ele é o nosso carro-chefe, o nosso desenvolvedor de tecnologia. E nós estamos fazendo outros veículos, desenvolvendo, lançando, fazendo experimentos, para nos capacitar a termos o acesso ao espaço com um veículo nacional”, afirmou. Se realmente o VLS for lançado, será da base de Alcântara, no Maranhão.
Em 2003, quando faltavam só três dias para o lançamento do VLS pela primeira vez, ele pegou fogo, ainda na plataforma. A uma hora da tarde, vinte e seis minutos e seis segundos da sexta-feira, 22 de agosto daquele ano. Aos tropeços, com pouca gente e pouca verba, o Brasil tenta levar adiante o seu programa espacial. Mas Garcia, Sidney, Eduardo, Gil, Rodolfo, José Pedro não vão participar. Eles estão todos mortos. Fazem parte das 21 vítimas fatais de um incêndio na base de Alcântara, no Maranhão. O acidente completou, na quinta-feira, dia 22 de agosto, 10 anos.
Desta vez, o tenente-coronel Júnior garante que a segurança será melhorada. Sobre o medo das famílias dos funcionários que irão trabalhar em Alcântara, que aconteça a mesma coisa que aconteceu em 2003, o jacarezinhense ressalta que “a segurança é o nosso primeiro objetivo. Um acidente como aquele é extremamente improvável que aconteça”, afirmou o tenente-coronel engenheiro Alberto Walter da Silva Melo Júnior, responsável pela construção do VLS.
Segundo a agência espacial, o Veículo Lançador de Satélites deve finalmente decolar em 2014, em um voo-teste. “Eu peço para esses familiares que possam assistir e estar junto com a gente torcendo para o êxito da missão pois é uma maneira justificar até o que aconteceu em 2003 ”, diz coronel César Demétrio Santos, comandante do Centro de Lançamentos de Alcântara.
Eu gostaria, pelo meu marido, para que a morte dele não tenha sido em vão. Que ele tenha morrido por alguma coisa, por um objetivo. e que isso aconteça”, diz Doris Cezarini, uma das viúvas. “Gostaria de ver um novo VLS subindo, com sucesso, funcionando, com o nome dos 21 estampados nele como prometido”, afirma Adriana Almeida, viúva de José Eduardo de Almeida.
Tenente-coronel engenheiro Alberto Walter da Silva Mello Júnior
Natural de Jacarezinho, PR, tem 48 anos, é formado em engenharia aeronáutica pelo ITA, Mestre em Ciência pelo ITA, MBA pela Universidade Federal Fluminense e Ph.D. pelo Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Texas em Austin. É o atual gerente do Projeto VLS-1 e Chefe da Coordenadoria de Projetos Espaciais do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).
Em recente entrevista ao Fantástico da Rede Globo, o tenente-coronel Júnior destacou a importância do VLS. “Ele é o nosso carro-chefe, o nosso desenvolvedor de tecnologia. E nós estamos fazendo outros veículos, desenvolvendo, lançando, fazendo experimentos, para nos capacitar a termos o acesso ao espaço com um veículo nacional”, afirmou. Se realmente o VLS for lançado, será da base de Alcântara, no Maranhão.
Em 2003, quando faltavam só três dias para o lançamento do VLS pela primeira vez, ele pegou fogo, ainda na plataforma. A uma hora da tarde, vinte e seis minutos e seis segundos da sexta-feira, 22 de agosto daquele ano. Aos tropeços, com pouca gente e pouca verba, o Brasil tenta levar adiante o seu programa espacial. Mas Garcia, Sidney, Eduardo, Gil, Rodolfo, José Pedro não vão participar. Eles estão todos mortos. Fazem parte das 21 vítimas fatais de um incêndio na base de Alcântara, no Maranhão. O acidente completou, na quinta-feira, dia 22 de agosto, 10 anos.
Desta vez, o tenente-coronel Júnior garante que a segurança será melhorada. Sobre o medo das famílias dos funcionários que irão trabalhar em Alcântara, que aconteça a mesma coisa que aconteceu em 2003, o jacarezinhense ressalta que “a segurança é o nosso primeiro objetivo. Um acidente como aquele é extremamente improvável que aconteça”, afirmou o tenente-coronel engenheiro Alberto Walter da Silva Melo Júnior, responsável pela construção do VLS.
Segundo a agência espacial, o Veículo Lançador de Satélites deve finalmente decolar em 2014, em um voo-teste. “Eu peço para esses familiares que possam assistir e estar junto com a gente torcendo para o êxito da missão pois é uma maneira justificar até o que aconteceu em 2003 ”, diz coronel César Demétrio Santos, comandante do Centro de Lançamentos de Alcântara.
Eu gostaria, pelo meu marido, para que a morte dele não tenha sido em vão. Que ele tenha morrido por alguma coisa, por um objetivo. e que isso aconteça”, diz Doris Cezarini, uma das viúvas. “Gostaria de ver um novo VLS subindo, com sucesso, funcionando, com o nome dos 21 estampados nele como prometido”, afirma Adriana Almeida, viúva de José Eduardo de Almeida.
Tenente-coronel engenheiro Alberto Walter da Silva Mello Júnior
Natural de Jacarezinho, PR, tem 48 anos, é formado em engenharia aeronáutica pelo ITA, Mestre em Ciência pelo ITA, MBA pela Universidade Federal Fluminense e Ph.D. pelo Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Texas em Austin. É o atual gerente do Projeto VLS-1 e Chefe da Coordenadoria de Projetos Espaciais do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).
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