NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 13/08/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Insegurança faz igrejas investirem em proteção
Bandidos realizam assaltos e furtos nos templos e arredores, assustando os frequentadores
O problema não é novo, já tendo sido noticiado, inclusive, pelo Diário do Nordeste. A falta de segurança que assola a Capital cearense não distingue mais hora nem lugar, chegando até mesmo ao âmbito religioso, como as igrejas de Fortaleza. Seja dentro ou no entorno delas, diversas já sofreram com ações de bandidos e, para se protegerem, muitas vêm recorrendo, por conta própria, no investimento em segurança privada, com o objetivo de trazer mais tranquilidade aos seus frequentadores.
No Santuário de Fátima, no bairro que leva o mesmo nome, algumas pessoas já foram abordadas por assaltantes na saída da igreja quando estavam em seus veículos, ou mesmo nos arredores, conforme ressalta o pároco do templo, Francisco Ivan de Sousa. Apesar do apoio do Ronda do Quarteirão, diz o padre, as ações continuam, dentro e fora do lugar.
"Aqui dentro, esses pequenos furtos acontecem de vez em quando, é um microfone, um fio, uma torneira. Nessas ruas ao redor, que são muito visadas, ocorre também roubos de carros", esclarece.
Para se precaver, explica o religioso, há cerca de quatro anos a igreja contratou uma empresa de segurança particular, com sistema de monitoramento por meio de câmeras de vigilância e alarme, além de, hoje, orientar o público a estar mais atento quanto à sua segurança.
"Estamos abertos de 5h30 às 21h e por isso essa segurança. Dessa forma, os fiéis se sentem mais confortáveis e mais seguros", afirma.
Perigo
Na Capela Nossa Senhora do Loreto, da Base Aérea de Fortaleza, grades já foram instaladas como forma de proteção, uma vez que a igreja foi vítima de furto de objetos litúrgicos.
Na saída, especialmente nas celebrações durante a noite, a maior preocupação é mesmo com os fiéis, que se deparam com uma área bastante perigosa da Capital. Enquanto a reportagem esteve no local, viaturas do Ronda do Quarteirão foram vistas fazendo o policiamento, o que, no entanto, não reduz o temor das pessoas.
Frequentando a capela cerca de três vezes por semana, entre missas e grupos de orações, a vendedora Zildimar dos Santos, 36, que mora no bairro Castelão e vai para casa de ônibus, explica que procura sair do local sempre em grupos com medo da ação de assaltantes. "Estamos do lado do Lagamar, então temos receio, mas a falta de segurança está em todo o lugar e, se formos parar de fazer nossas coisas, ficaremos apenas em casa. Cada vez mais temos que confiar em Deus e colocar nossa segurança nele", destaca.
A dona de casa Joelma Paiva, 31, também acredita que o problema é geral e diz escutar muitos relatos de assaltos na parada de ônibus bem ao lado da capela. "O que nos resta é pedir a proteção divina. Mas é claro que se tiver mais policiamento a gente se sente bem mais seguro", diz.
A Igreja do Carmo, no Centro de Fortaleza, também já viveu dias ruins. Hoje, a paróquia conta com dois seguranças particulares, responsáveis pela segurança interna do templo, além de câmeras de vigilância e alarme.
De acordo com o padre Jairo Barbosa, quando são realizados eventos na parte externa, é mandado, ainda, ofício às autoridades solicitando reforço no policiamento.
Segundo ele, as medidas preventivas tomadas foram suficientes para deixarem o local mais seguro. "Como aqui é central, passava muita gente, inclusive, pessoas de má-fé. Se nós não tivéssemos essa precaução, certamente teríamos situações desagradáveis. Com essas medidas não temos mais, hoje, esse sentimento de violência", ressalta.
A reportagem tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para esclarecer sobre o policiamento nas paróquias, mas as ligações não foram atendidas.
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Espionagem atrapalha chance dos EUA venderem caças ao Brasil
Segundo fonte, compra dos 36 caças da Boeing não estará na pauta da reunião com John Kerry por falta de confiança no país após escândalos
Anthony Boadle e Alonso Soto, da REUTERS
Brasília - A esperança dos Estados Unidos de alcançarem um cobiçado acordo de 4 bilhões de dólares para vender 36 caças ao Brasil sofreu um revés com as revelações recentes de que os norte-americanos espionaram comunicações da Internet brasileira.
Quando o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, sentar-se para conversar com autoridades brasileiras em Brasília na terça-feira para preparar uma visita de Estado da presidente Dilma Rousseff à Casa Branca, a venda dos jatos não estará na agenda, disse uma fonte. "Não podemos falar dos caças agora... Você não pode dar um contrato desse para um país em que você não confia", disse uma fonte do alto escalão do governo brasileiro à Reuters sob condição de anonimato devido à sensibilidade da questão." A autoridade disse que a visita de um dia de Kerry ao Brasil estará concentrada em restabelecer a confiança entre Washington e Brasília, abalada com as revelações sobre espionagem que geraram um grande alvoroço político no maior parceiro comercial dos Estados Unidos na América do Sul. A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília não quis comentar o impacto do caso de espionagem sobre a possível compra de caças norte-americanos. "Acreditamos que a oferta da Boeing é a melhor oferta disponível aos brasileiros e ela tem o apoio total do governo norte-americano", disse um porta-voz da missão diplomática norte-americana em Brasília. No mês passado, o jornal O Globo publicou documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden que revelaram a vigilância das comunicações eletrônicas no Brasil e em outros países latino-americanos. Irritados, senadores brasileiros questionaram a visita de Dilma a Washington em outubro e criticaram a possibilidade de assinar o contrato com os EUA para a renovação da frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB). A Boeing, com o caça F-18 Super Hornet, concorre com a francesa Dassault, com o caça Rafale, e a sueca Saab, com o Gripen NG, pelo contrato avaliado em pelo menos 4 bilhões de dólares, além de prováveis encomendas futuras que podem ampliar o valor do contrato ao longo dos anos. O contrato para fornecimento de caças para a FAB se tornou um prêmio cobiçado para as empresas de defesa, no momento em que os Estados Unidos e muitos países europeus reduzem seus orçamentos militares. F-18 era favorito Uma porta-voz da Boeing se recusou a comentar sobre o estágio atual da oferta, mas disse que o eventual contrato com o Brasil é uma boa oportunidade de negócios para a fabricante de aviões norte-americana. O Brasil tem debatido a substituição de seus defasados caças de combate há mais de uma década, num processo que passou por três presidentes. Dilma parecia estar próxima de uma decisão mais cedo neste ano, com a Boeing aparecendo como clara favorita depois de a Força Aérea norte-americana comprar 20 aviões de ataque leve da Embraer para uso no Afeganistão. Dilma adiou uma decisão sobre os caças por conta da desaceleração econômica e da deterioração da situação fiscal do país. O orçamento do Ministério da Defesa foi reduzido em 3,7 bilhões de reais em maio e novamente em 920 milhões de reais no mês passado. A onda de manifestações que tomou as ruas do país em junho, impulsionadas por uma ampla frustração com a qualidade dos serviços públicos e corrupção, colocou os gastos governamentais sob os holofotes e ajudou a diminuir as chances de uma grande compra, como a de caças de combate. "Não espero que a presidente decida sobre os contratos dos caças neste ano, e ano que vem é ano de eleição, então isso pode ter que esperar até 2015", disse uma outra autoridade governamental envolvida na política de defesa. O Ministério da Defesa, no entanto, ainda espera que Dilma assine o acordo para a compra de novos caças antes do fim deste ano. A Força Aérea Brasileira pressionou o governo a tomar uma decisão ao anunciar publicamente que os caças atualmente usados pelo país, os Mirage 2000, de fabricação francesa e que defendem Brasília, estarão obsoletos e não poderão mais ser usados depois do último dia deste ano. O escândalo de monitoramento da Internet, revelado por Snowden, afetou as relações entre EUA e Brasil justamente no momento em que elas caminhavam bem sob o governo Dilma. Os laços entre os dois países eram complicados durante o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aproximou o Brasil de governos de esquerda da América Latina e do Irã. A visita de Estado de Dilma aos EUA em 23 de outubro é a única do tipo que o presidente norte-americano, Barack Obama, está oferecendo a um líder estrangeiro neste ano, um indicativo da importância que seu governo dá a uma aproximação com o maior país da América Latina. Autoridades brasileiras afirmam que jamais consideraram cancelar a visita de Dilma e que acreditam que as relações entre os dois países são fortes o bastante para deixar o caso de espionagem para trás. Mas o governo brasileiro quer uma explicação melhor do que a que obteve até agora sobre o que a NSA queria e qual a amplitude da vigilância norte-americana sobre as comunicações brasileiras, disseram as autoridades. |
Francesa Thales Alenia é a escolhida para fazer satélite
RENATA AGOSTINI e NATUZA NERY
A francesa Thales Alenia foi a empresa escolhida pelo governo para construir o satélite geoestacionário brasileiro, segundo apurou a Folha. O consórcio europeu Arienespace será o responsável por lançá-lo em órbita.
O projeto sairá por cerca de R$ 1,1 bilhão, incluindo os desembolsos com as duas companhias e o seguro, que ainda está sendo negociado.
O contrato prevê a transferência de tecnologia à Agência Espacial Brasileira. O satélite servirá para a comunicação do governo e para levar internet banda larga a municípios ainda não servidos pela rede da Telebras.
A indicação das vencedoras foi feita ontem à Telebras pela Visiona, sociedade entre a Embraer e a estatal de telecomunicações, que coordenou o processo de escolha.
A Thales Alenia disputava o contrato com a japonesa Mitsubishi e com a canadense Loral. Já a Arienespace concorria com a ILS, dos EUA.
A decisão ainda será referendada pelo comitê executivo da Telebras, formado pelos ministérios das Comunicações, da Defesa e de Ciência e Tecnologia. Não se espera que haja alterações, já que a concorrência foi acompanhada de perto por representantes das três pastas.
A Telebras ainda irá negociar o valor que será pago à gerenciadora do projeto. A Visiona deve assumir o contrato, já que foi criada justamente com esse objetivo, mas a Telebras diz que fará cotação com outras duas empresas.
O governo ainda tem de escolher a seguradora do satélite. Como o valor é muito alto, foi escalada uma corretora para montar um consórcio segurador com empresas internacionais. A expectativa é que esse grupo seja definido nos próximos 30 dias.
Inicialmente, a ideia do governo era lançar o satélite até o final de 2014. Mas o prazo já está sendo revisto.
O governo já decidiu que irá adquirir um segundo satélite. A nova concorrência pode ser lançada antes do lançamento do projeto atual, segundo apurou a Folha.
A expectativa é que a Visiona possa assumir também a coordenação desse segundo empreendimento. Outros 12 projetos de satélite serão lançados nos próximos anos, privados e do governo.
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Governo autoriza aeroporto da JHSF em SP
SÃO PAULO - O ministro-chefe da Secretaria da aviação Civil (SAC), Moreira Franco, anuncia nesta terça-feira a autorização para a construção e exploração de um aeroporto executivo da incorporadora JHSF, em São Roque (SP), a 60 quilômetros da capital. A informação foi antecipada pela colunista Sonia Racy em seu blog.
"Fizemos a análise do espaço aéreo, a análise de mercado e vamos autorizar", disse o ministro ao Estado. "Agora, depois dessa autorização, eles podem tocar o obra, aprovar seu projeto na prefeitura, no governo do Estado e tratar das questões ambientais."
Moreira Franco diz que novas autorizações devem ocorrer em breve. "É o segundo da turma privada. E vamos ampliar", afirmou. Há outros dois pedidos em análise na SAC. O primeiro aeroporto privado do País, o Aeródromo Privado Rodoanel, recebeu sinal verde em meados de julho. Será operado pela Harpia Logística, em Parelheiros, em São Paulo.
Em documento enviado à SAC, em novembro de 2011, a JHSF pede a autorização para construir, em uma área de 2 milhões de km², um aeródromo para 200 mil pousos e decolagens por ano. O empreendimento, batizado de Catarina, terá duas pistas - de 2 km e de 2,47 km.
Também contará com área residencial, campo de golfe, outlet, centro empresarial, centro de convenções e hotéis. O aeroporto servirá à aviação geral e, eventualmente, à aviação regional regular e cargas para importação e exportação. Contará, segundo o documento, com centros de manutenção e hangaragem de aeronaves e helicópteros usados pela aviação executiva.
A pedido da JHSF, o aeroporto deve ser internacional para que o modelo de negócios de aviação executiva seja viável e sustentável.
A empresa afirmou à SAC que o aeroporto servirá, ainda, como um ponto "drop-and-go" para a Copa de 2014 e para a Olimpíada de 2016 no Brasil, podendo ter seus pátios utilizados como aeroporto de estacionamento de aeronaves visitantes, já que está a 75 minutos de voo de sete das 12 cidades-sede da Copa 2014.
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Governo questiona pensão a viúvas de acidente com foguete brasileiro
Tragédia que matou 21 pessoas completa dez anos em 22 de agosto. Famílias questionam valor recebido de indenização em 2003.
Carlos Santos e Renato Ferezim-G1 Vale do Paraiba
Dez anos após a tragédia na base de Alcântara, no Maranhão, que matou 21 pessoas durante a preparação para o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), as famílias das vítimas do acidente podem ter a pensão que recebem pela morte dos parentes reduzida. O governo federal questiona o cálculo usado para o pagamento às famílias, que podem ainda ter que devolver parte do dinheiro já recebido ao longo dos anos.
Os 21 profissionais que morreram no acidente trabalhavam no VLS, principal projeto do programa espacial brasileiro. Todas as vítimas eram civis, embora subordinadas ao Instituto de Atividades Espaciais (IAE), órgão da Aeronáutica. O foguete pegou fogo ainda na plataforma a três dias do lançamento em agosto de 2003. Cada família das vítimas recebeu R$ 100 mil de indenização em 2003, mas elas acham que têm direito a um valor compatível com o que as vítimas ganhariam ao longo da vida profissional e entraram na Justiça. Os processos já duram nove anos.
"As indenizações giram em uma média de R$ 3 milhões por vítima. Alguns estão em estágio final, mas outros tiveram atrasos na Justiça. Em um dos casos, não foi concedido o benefício da justiça gratuita e a viúva teve que arcar com as custas do processo", disse José Roberto Sodero, advogado das famílias.
Este foi o caso do processo movido pela viúva de Gines Ananias Garcia. "Depois de tudo o que eu passei, ter essa dor prolongada pela justiça. Aí você vê realmente o quanto não foi valorizada a vida deles. Eu passei nove anos provando pra Justiça que ele morreu", diz Aparecida Garcia.
Além da indenização, as famílias recebem pensões mensais, proporcionais ao salário de cada vítima. Há cerca de um mês, as famílias receberam um comunicado da Aeronáutica informando sobre uma auditoria do Ministério do Planejamento que questiona o cálculo da pensão.
Em nota, o Ministério do Planejamento informou que as auditorias em folhas de pagamento são constantes e que o questionamento sobre o cálculo das pensões está sendo feito conforme a lei, já que o cálculo feito pela Aeronáutica prevê o pagamento de 100% do salário das vítimas, quando deveria ser 50%.
"Foi uma surpresa enorme para a gente. Não sei o que vai acontecer. Na época, para não mexer no salário e não criar confusão, eles deixaram do jeito que estava e agora, do nada, resolveram falar que ia diminuir. Entramos com uma ação, mas se acontecer de ter que devolver esse dinheiro eu não tenho condições", afirmou Dóris Cezarini.
As famílias foram convocadas a apresentar defesa. Caso estes recursos sejam indeferidos, há possibilidade de que elas devolvam a diferença paga nos últimos nove anos. Por meio de nota, a Aeronáutica informou que a devolução de parte do valor recebido pelas famílias das vítimas depende do processo que ainda está em andamento.
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ITA aumenta número de vagas oferecidas para o vestibular de 2014
Instituto oferece 180 vagas nos seis cursos de engenharia. Prazo de inscrição teve início no dia 10 e segue até 15 de setembro.
Carolina Teodora - Do G1 Vale do Paraíba e Região
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com sede em São José dos Campos (SP), anunciou o aumento de 50 vagas no vestibular 2014, nos seis cursos de graduação existentes. Pela primeira vez, serão oferecidas 170 vagas para civis e 10 para militares. Em anos anteriores, eram oferecidas 120 vagas para civis e 10 para militares. O prazo para inscrição abriu no sábado (10) e o candidato deve se inscrever exclusivamente pela internet, na página do ITA, até 15 de setembro. A inscrição custa R$ 120.
"O governo federal está incentivando aumentar essas vagas em todas as universidades federais. Então, decidimos ampliar até porque o ITA está ampliando sua estrutura e tem capacidade para receber esses novos alunos", afirmou ao G1 o chefe do setor de vestibular, Luiz Carlos Rossato.
As provas serão aplicadas entre os dias 10 e 13 de dezembro em 23 cidades - Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Juiz de Fora, Londrina, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Paulo, Terezina e Vitória.
Considerada uma das melhores universidades do país, o ITA disponibiliza vagas para os cursos de graduação em engenharia nas seis especialidades - aeronáutica, eletrônica, mecânica-aeronáutica, civil-aeronáutica, da computação e aeroespacial. O resultado do vestibular será divulgado no dia 28 de dezembro.
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Brasileiros conquistam 14 medalhas em torneio de matemática na Bulgária
Universitário do ITA ganhou a medalha de ouro na competição. Jovens do ensino médio ganharam torneio internacional em Moçambique.
Do G1, em São Paulo
A delegação formada por estudantes universitários do Brasil conquistou 14 medalhas na 20ª Competição de Matemática para Estudantes Universitários (IMC), que terminou neste domingo, (11) em Blagoevgrad, na Bulgária. Foram uma medalha de ouro, 11 de prata e duas de bronze. O destaque foi o estudante Henrique Fiúza do Nascimento, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), que alcançou a medalha de ouro.
A competição é organizada pela University College of London e reuniu mais de 300 estudantes de 72 instituições renomadas de vários países. A delegação brasileira foi composta por estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), liderados pelos professores Samuel Barbosa Feitosa, de Salvador (BA) e Fábio Dias Moreira, do Rio de Janeiro (RJ). Outros três brasileiros conquistaram premiações em representação de instituições estrangeiras.
As provas envoveram desafios em inglês com questões de álgebra, análise real e complexa e análise combinatória.
Em outra competição internacional de conhecimentos em matemática, desta vez para alunos do ensino médio, o Brasil conquistou quatro medalhas na Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, ficando por terceiro ano consecutivo com a primeira posição geral na competição. Portugal ficou em segundo.
A olimpíada, que foi realizada na cidade de Maputo, Moçambique, contou com a presença de 16 jovens do Brasil, Portugal, Moçambique, e São Tomé e Príncipe. Cada país enviou uma delegação de quatro estudantes. O Brasil ganhou uma medalha de ouro com Gabriel Toneatti Vercelli (SP). Os estudantes tiveram de resolver três problemas de matemática selecionados por um júri internacional, que exigem a resolução de exercícios de álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória.
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Acidente com avião da Esquadrilha da Fumaça deixa dois pilotos mortos
Os dois morreram durante treinamento com o novo avião da Esquadrilha da Fumaça, na academia da Força Aérea em Pirassununga (SP).
Dois pilotos morreram durante um treinamento com o novo avião da Esquadrilha da Fumaça, na academia da Força Aérea em Pirassununga, interior de São Paulo.
O acidente foi por volta das 9h e 10h. Ninguém pôde se aproximar dos destroços do avião. Os oficiais entraram em contato com as famílias e acionaram os técnicos e peritos responsáveis pela investigação.
O comandante da esquadrilha da fumaça diz que havia duas aeronaves no ar na hora do acidente. Ele observava as manobras quando um dos aviões, ao invés de subir, se chocou contra o chão.
“Eles ejetaram numa baixa altura, numa condição que a aeronave não estava em condições propícias para ejeção. Seja pela razão de afundamento, o avião estava recuperando de uma manobra, e seja pela inclinação”, explicou tenente coronel Marcelo Gobett Cardoso, comandante da Esquadrilha da Fumaça.
Na aeronave estavam o capitão aviador João Igor Silva Pivôvar e o capitão aviador Fabrício Carvalho, os dois de 31 anos. Eles morreram na hora.
Segundo o comandante da academia, os dois treinavam juntos porque ocupavam a mesma posição na esquadrilha e faziam as mesmas manobras.
“Como é um treinamento inicial, eles tão iniciando esse treinamento, vovam juntos justamente pra um corrigir a posição do outro”, disse o Brigadeiro do Ar Carlos Eduardo Costa, comandante da Academia da Força Aérea.
Em 61 anos de história da Esquadrilha da Fumaça foram dez acidentes com 13 mortes. O último em 2010 durante uma apresentação em Lages, Santa Catarina. A aeronave do piloto Anderson Amaro Fernandes caiu a 100 metros da pista.
Desde abril, os pilotos da esquadrilha estão treinando com um novo avião, o A-29, também conhecido como Super Tucano - fabricado pela Embraer.
As apresentações do grupo estão suspensas durante essa fase de adaptação. Mas no domingo, durante um evento aberto ao público na academia aérea, três aeronaves fizeram um rápido voo.
O comando da Aeronáutica já começou a investigação. Mas por envolver um avião militar, o relatório não será divulgado. Os treinamentos da Esquadrilha da Fumaça estão suspensos. Os voos só serão retomados quando surgirem as primeiras informações sobre o que causou a queda.
“Colhendo todas as informações, imagens, peças, fazendo a análise da caixa preta, porque essa aeronave tem caixa preta, tudo isso vai ser montado um quebra-cabeça que vai mostrar o que aconteceu”, apontou o coronel.
Os corpos dos pilotos foram velados, na noite desta segunda-feira (12), na Academia da Força Aérea. E serão sepultados nas cidades de origem - em Minas Gerais e no Paraná.
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Pilotos que morreram em queda de aeronave na AFA eram experientes
Ambos entraram na Academia da Força Áerea em 1998 em Pirassununga. Cenipa vai investigar causas da queda de Super Tucano em treinamento.
Os dois ocupantes do Super Tucano A-29 da Esquadrilha da Fumaça, que caiu na manhã desta segunda-feira (12), na pista da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), eram experientes e estavam na Força Aérea desde 1998. O capitão aviador João Igor Silva Pivovar e o capitão aviador Fabrício Carvalho, ambos de 31 anos, chegaram a realizar a ejeção, mas morreram no local. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai investigar os fatores que causaram a queda.
O acidente ocorreu por volta das 9h quando duas aeronaves faziam manobras. Ao invés de subir, um dos aviões se chocou com o chão “Era um voo de treinamento, na fase de desenvolvimento de manobras durante a implantação da nova aeronave. No momento de recuperação, na descida, essa aeronave entrou em atitude anormal e colidiu com o solo. Não sabemos o que gerou essa atitude. Houve uma pequena explosão, mas não houve tempo para socorro”, afirmou o comandante do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), tenente coronel Marcelo Gobett Cardoso.
Ainda segundo Cardoso, mesmo com a ejeção, não foi possível salvar os pilotos. “A aeronave estava se recuperando de uma manobra e não estava nas condições propícias para a ejeção. Vamos aguardar o laudo inicial para que a gente possa avaliar. Esperamos poder continuar esse processo de implantação do Super Tucano”, disse.
Segundo o comandante da AFA, o brigadeiro do ar Carlos Eduardo da Costa Almeida, os pilotos treinavam juntos porque ocupavam a mesma posição na esquadrilha e faziam as mesmas manobras. "Informações, imagens, peças e análise de caixa preta vão montar um quebra-cabeça para mostrar o que aconteceu", afirmou.
O velório das vítimas começou às 18h30 na AFA e é restrito a colegas e parentes dos pilotos. Os corpos serão enterrados nas cidades de origem, mas os horários ainda não foram confirmados.
Perfil
O capitão aviador Fabrício Carvalho tinha 31 anos e nasceu em Conselheiro Lafaiete (MG). Ele ingressou na Força Aérea em 1998 como cadete e foi declarado aspirante a oficial em 2003. Na Esquadrilha da Fumaça ocupava a posição de ala esquerda externa. Tinha 2.350 horas de voo e era chefe da subsecção de Planejamento Controle e Estatística do EDA. Antes era piloto de transporte.
Já o capitão aviador João Igor Silva Pivovar, que completaria 32 anos em 1º de outubro, nasceu em Jaguariaíva (PR). Ele também ingressou na Força Aérea em 1998, na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr), sendo declarado aspirante a oficial em 2002. Tinha experiência de voo nas aeronaves T-25 Universal, T-27 Tucano, H-50 Esquilo, H-1H Huey e U-42 Regente. Ele era o chefe da Subseção de Relações Públicas do EDA.
Na página da Esquadrilha da Fumaça no Facebook, os dois pilotos foram homenageados com uma foto em que ambos aparecerem juntos, seguida da mensagem: “A equipe Esquadrilha da Fumaça lamenta o acidente ocorrido com dois de nossos integrantes. Um rastro de fumaça branca jamais se apaga...”
Novos aviões
O Super Tucano A-29 tem praticamente o dobro do peso do T-27 e quase o dobro de potência. A velocidade máxima também aumentou de 550 quilômetros por hora para 690 quilômetros por hora.
A aeronave é utilizada pela FAB para a formação de pilotos de caça e, também, no patrulhamento das fronteiras do Brasil. O avião foi apresentado pela AFA em fevereiro deste ano, substituindo o T-27, usado nas apresentações dos últimos 29 anos. No fim de março, os pilotos da FAB iniciaram os treinamentos.
No domingo (11), durante a homenagem ao Dia dos Pais na cidade, a Esquadrilha da Fumaça nem chegou a fazer manobras porque os pilotos ainda estão em treinamento com o novo modelo.
Além da equipe de pilotos, os mecânicos e demais membros do EDA também estão em fase de preparação para a transição que está prevista para terminar somente no ano que vem.
Outros acidentes
Em 61 anos de história da Esquadrilha da Fumaça foram 10 acidentes com 13 mortes. O último foi em abril de 2010 quando um avião caiu durante uma exibição em Lages (SC). Na ocasião, o piloto de 33 anos também morreu. Durante uma manobra, feita em comemoração aos 68 anos do Aeroclube de Lages, a aeronave T-27 bateu no solo. O avião caiu na beira da pista do Aeroporto Federal da cidade, bem perto das pessoas e de residências.
Em 2004, dois aviões T-27 da Esquadrilha da Fumaça se chocaram no ar durante um treinamento e caíram na zona rural de Santa Rita do Passa Quatro (SP). Os quatro pilotos conseguiram se ejetar e sobreviveram, mas ficaram feridos.
Em abril de 2003, um tenente e um cadete morreram depois que um T-27 Tucano caiu em um canavial, em Ibaté (SP).
Em julho de 2001, durante voo de treinamento, um capitão da FAB morreu quando o avião caiu em um pomar de laranja, em Santa Cruz das Palmeiras (SP).
Histórico
A história da Esquadrilha começou no Rio de Janeiro. Instrutores de voo da escola de aeronáutica decidiram treinar acrobacias em grupo nas horas de folga. A primeira exibição para o público foi em 14 de maio de 1952. Três anos mais tarde, a Esquadrilha ganhou os próprios aviões.
O modelo escolhido foi o norte-americano T6. A esquadrilha foi reconhecida como unidade da FAB em 1963. Treze anos depois foi desativada e só voltou em 1983. Em seguida recebeu o Tucano T-27, fabricado no país, e em 2002, a troca de cores deixou os tucanos ainda mais brasileiros.
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Deputados e senadores retomam amanhã debate sobre compra de caças pela Força Aérea Brasileira
Em audiência pública, parlamentares querem informações sobre a transferência de tecnologia
Do R7, com Agência Câmara
As comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara e do Senado fazem uma audiência pública conjunta nesta terça-feira (13) para discutir a compra, pela Força Aérea Brasileira, de 36 aeronaves de caça de múltiplo emprego, incluindo itens como os simuladores correspondentes.
Os parlamentares querem informações sobre a transferência de tecnologia necessária para a capacitação do parque industrial aeroespacial brasileiro no desenvolvimento de um caça de quinta geração. A audiência será às 14h30, no plenário 7 da ala Senador Alexandre Costa, no Senado Federal. O objetivo é que essa transferência tecnológica ajude na capacitação tecnológica nacional, de modo a eliminar, progressivamente, a compra de serviços e produtos importados, e possibilitar a produção nacional de um caça. As novas aeronaves vão substituir as atuais Mirage 2000, que serão aposentadas no final deste ano. O programa de atualização de aeronaves, conhecido como FX-2, foi orçado em cerca de US$ 7 bilhões (R$ 15,9 bilhões), e teve início em 2001. Os concorrentes pré-selecionados pelos critérios técnicos foram o francês Rafale (Dassault), o norte-americano F-18 (Boeing) e o sueco Gripen (Saab). As ofertas apresentadas pelas empresas estrangeiras vencem neste mês. O autor do pedido da audiência, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, disse que "a demora na complexa negociação de modernização dos equipamentos pode gerar prejuízos à capacidade de defesa do espaço aéreo brasileiro". — Renovar a frota é uma necessidade para responder aos novos desafios da Defesa: combater o narcotráfico e o terrorismo, proteger todo o espaço aéreo e áreas sensíveis como as do pré-sal e da Amazônia, e ainda a extensa faixa de fronteira do País. Pellegrino disse ainda entender “que dois critérios nos parecem importantes para a decisão que as autoridades competentes do Brasil deverão tomar a respeito: o primeiro é o acesso à tecnologia do controle das aeronaves; o segundo as eventuais parcerias que os fornecedores podem estabelecer com a indústria aeronáutica nacional, permitindo agregar conhecimento e oportunidades de negócio”. |
Aluno do ITA conquista ouro em competição de matemática na Bulgária
O Brasil conquistou 14 medalhas na 20ª Competição de Matemática para Estudantes Universitários (IMC, na sigla em inglês), que terminou no domingo em Blagoevgrad, na Bulgária. A melhor premiação foi para o estudante do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Henrique Fiúza do Nascimento, 17 anos, que levou a medalha de ouro.
Fiúza, que fez o ensino médio no Colégio Militar de Brasília, levou o ouro em sua primeira participação na competição para universitários. No entanto, o estudante do primeiro ano do ITA já é veterano nas competições de matemática, com medalhas em torneiros nacionais e internacionais para alunos da educação básica.
O País ainda garantiu onze medalhas de prata e duas de bronze na competição. A edição de 2013 reuniu 321 estudantes que representaram 72 instituições de ensino superior de todo o mundo. A delegação brasileira foi composta por estudantes do ITA, Instituto Militar de Engenharia (IME), Unicamp, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A olimpíada internacional é destinada a alunos de graduação e conta atualmente com a participação de mais de 80 instituições, entre as mais reconhecidas internacionalmente, como Cambridge, École Polytechnique, Instituto Max Planck, Instituto Technion, MIT, Oxford e Universidade de Moscou.
Primeiro lugar em Moçambique
Na sexta-feira, o Brasil somou mais quatro medalhas ao histórico de participação na Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, ficando por terceiro ano consecutivo com a primeira posição geral na competição.
A olimpíada, que foi realizada na cidade de Maputo, Moçambique, contou com a presença de 16 jovens do Brasil, Portugal, Moçambique, e São Tomé e Príncipe. Cada país enviou uma delegação de quatro estudantes, menores de 18 anos, e dois professores.
O destaque brasileiro foi Gabriel Toneatti Vercelli, de São Paulo, que conquistou a medalha de ouro. As medalhas de prata foram trazidas ao País por João César Campos Vargas, Lucca Morais de Arruda Siaudzionis e Lucas Pereira Galvão de Barros. O segundo colocado foi Portugal.
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Sindicatos da Receita entram com ação contra nova fiscalização da Anac
Prevista para entrar em vigor nesta quarta-feira, a resolução nº 278/2013 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que prevê maior rigor nas regras de inspeção de segurança em áreas restritas dos aeroportos do país, enfrenta grande resistência de servidores da Receita Federal. Na semana passada, o Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco) e o Sindicato Nacional dos Analistas Tributários (Sindireceita) entraram conjuntamente com um mandado de segurança na Justiça Federal de Brasília, em que pedem a suspensão da medida.
A resolução estabelece que todos os servidores públicos credenciados a atuar no aeroporto, quando em serviço, devem passar por inspeção de segurança, inclusive aqueles com porte de arma. Estão incluídos nesta categoria servidores da própria Anac, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Secretaria de Defesa Agropecuária, da Secretaria da Receita Federal, da Polícia Federal e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). A única exceção se aplica aos policiais federais responsáveis pelos procedimentos de inspeção e pela segurança de um determinado aeroporto, ou outros policiais designados a atuar na ausência destes. Atualmente, a inspeção dos servidores públicos com porte de arma poderia ser feita de forma aleatória e eventual, sob a coordenação da Polícia Federal. No mandado de segurança, os sindicatos alegam que a medida retardará os serviços aduaneiros nos aeroportos, limitando o trabalho dos analistas tributários e dos auditores fiscais, que "estão ameaçados de sofrer inconstitucional e ilegal limitações nas funções institucionais inerentes aos seus cargos, a atingi-los tanto no plano profissional como pessoal, bem assim às duas categorias". "Considerando que um auditor fiscal ou um analista tributário, em média, tem que ingressar e sair das áreas de acesso restrito 10 vezes diariamente, tem-se uma dimensão do que a sistemática imposta pela mencionada resolução da Anac irá acarretar. Serão 8.840 inspeções de segurança por dia nos aeroportos somente de auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal retardando e dificultando o trabalho de todos em prejuízo das operações da administração fazendária", argumentam os sindicatos na ação. Segundo a Anac, a nova resolução atende aos novos requisitos internacionais de segurança da aviação civil, que reforçam a necessidade de inspeção de segurança a todos aqueles que acessam as áreas restritas dos aeroportos. "A proposta foi elaborada conforme as diretrizes estabelecidas pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), coordenada pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR), e composta por diversos órgãos e entidades que atuam nos aeroportos", afirma a agência em nota. "Garantir a segurança na aviação civil é a atribuição prioritária da agência, por isso atuamos, de forma constante, para aprimorar as regras do setor em consonância com o padrão internacional", afirmou o diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys. A inspeção de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita nos aeroportos é conduzida por Agentes de Proteção da Aviação Civil (APAC), contratados pelo operador do aeroporto, cuja atuação fica sob supervisão da Polícia Federal. |
Centro de tecnologia atrai Boeing e Airbus
Por Virgínia Silveira
Para o Valor, e São José dos Campos
Projetado para se tornar uma referência nacional em inovação tecnológica, com foco nos setores aeroespacial e de defesa, o Parque Tecnológico de São José dos Campos recebeu, no primeiro semestre, as duas maiores fabricantes de aviões do mundo. A americana Boeing e o grupo europeu Airbus (ex-EADS) anunciaram que vão se instalar no local. Além das duas multinacionais, as brasileiras Atech e Visiona, ambas pertencentes ao grupo Embraer, também definiram no primeiro semestre ter operações dentro do parque.
A Airbus planeja hospedar no parque algumas iniciativas de pesquisa do grupo no Brasil. "O centro de pesquisa e desenvolvimento que vamos instalar no parque será uma grande oportunidade para completar o arranjo industrial do grupo no Brasil", diz o diretor-geral da companhia no país, Bruno Gallard.
A ideia, segundo Gallard, é aproveitar as oportunidades do mercado brasileiro para desenvolver produtos, serviços e tecnologias com visão global. "Ao invés de fazermos isso dentro das divisões do grupo fora do país, vamos concentrar o desenvolvimento dessas inovações aqui."
"A procura por áreas no parque continua intensa e temos várias negociações em andamento, seja com empresas grandes e já estabelecidas no Brasil, seja por parte de pequenas e médias companhias, que aguardam um espaço no novo centro empresarial, em fase de construção", explica o diretor do Parque de São José, Horácio Forjaz. As empresas Akaer e a Compsis, por exemplo, negociam com a prefeitura a concessão de áreas para suas expansões.
A Compsis já ocupa uma área de 400 metros quadrados e investiu R$ 400 mil para desenvolver equipamentos embarcardos em caminhões e sistemas que processam as informações desses equipamentos para clientes como montadoras, empresas de construção civil, de ônibus, entre outras. "É um trabalho baseado em inovação e o ambiente ao redor do parque tem essa sinergia, pelo fato de reunir várias empresas e instituições de tecnologia", afirma o presidente da Compsis, Ailton Queiroga. A intenção da empresa é concentrar, no parque, toda a área de engenharia, desenvolvida em outra unidade. "Até o fim deste ano devemos ter 80 engenheiros trabalhando no parque."
A Akaer, especializada no desenvolvimento de aeroestruturas, tem uma área reservada no local, onde pretende instalar a sede da empresa, informou seu presidente, César Augusto da Silva. Atualmente com 200 funcionários, a empresa está expandindo seu portfólio de negócios e investindo na área de engenharia de sistemas. "A nossa previsão é terminar 2013 com 300 funcionários", afirmou o executivo.
Primeiro parque a receber credenciamento definitivo pelo Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, o empreendimento já atraiu investimentos totais de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,2 bilhão da iniciativa privada e R$ 440 milhões do setor público.
Em março, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou que a sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) ficará no parque, com investimento inicial estimado de R$ 50 milhões. O Instituto Tecnológico de aeronáutica (ITA) também pretende ter uma área no parque para instalar um centro de inovação, voltado para o desenvolvimento de produtos e tecnologias. O investimento previsto pode chegar a R$ 200 milhões.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) está instalando uma unidade no Parque Tecnológico voltada à formação de mão de obra para os setores aeroespacial e de defesa. O início da operação da nova estrutura está prevista para 2014 e o investimento a ser aplicado no projeto é de R$ 84 milhões. O Senai vai oferecer 5,8 mil vagas por ano e funcionará em uma área de 20 mil metros quadrados.
O parque possui cinco centros de desenvolvimento tecnológico (CDTs): aeronáutico, águas e saneamento ambiental, saúde, tecnologia da informação e energia. Além disso, são quatro instituições de ensino superior, incubadora de empresas e dois centros empresariais, sendo que um deles com 25 companhias e o outro em fase de seleção de mais 50. As empresas âncoras desses CDTs são a Embraer, Sabesp, Ericsson e Vale Soluções em Energia (VSE).
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IPT terá laboratório para estruturas leves
Para o Valor, de São José dos Campos
No primeiro semestre de 2014, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) pretende inaugurar, nas instalações do Parque Tecnológico de São José dos Campos, o Laboratório de Estruturas Leves (LEL). São estruturas feitas a partir de materiais metálicos, como o aço, o alumínio ou o titânio, compósitos (feitos de polímeros com o reforço de algum tipo de fibra) e híbridos (combinação dos dois tipos de materiais) e utilizadas pelas indústrias aeronáutica, automobilística e de petróleo e gás.
Com investimentos de R$ 48 milhões, aportados pelo BNDES, Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), IPT e prefeitura de São José, o laboratório está sendo equipado com ferramentas tecnológicas inéditas no Brasil. "O objetivo do LEL é apoiar o desenvolvimento de tecnologias de estruturas leves, que são importantes para garantir a competitividade em diversos setores, como o aeronáutico, onde a redução de peso é fundamental", diz o coordenador de implantação do laboratório no Parque de São José, Marco Antônio Grecco D Elia. Projetos de pesquisa estruturantes também estão sendo realizados em parceria com a USP, Unicamp, UNESP e outras universidades. A Embraer é o primeiro parceiro industrial do LEL e uma das linhas de pesquisa desenvolvida por ela, em parceria com o ITA e outras universidades, é a do impacto de raios sobre estruturas aeronáuticas feitas de materiais compósitos. Outro projeto em curso no LEL é o desenvolvimento de processos de laminação automatizados em estruturas aeronáuticas. O IPT junto com o ITA, a Escola de Engenharia de São Carlos e a Embraer são parceiros nesse projeto e em outros dois envolvendo tecnologia de compósitos e também estruturas aeronáuticas metálicas avançadas. (VS) |
Neblina fecha aeroporto Salgado Filho para pousos
Operações foram suspensas às 6h12min
O aeroporto Salgado Filho fechou para pousos na manhã desta segunda-feira devido à neblina que atinge boa parte da Região Metropolitana. O terminal teve as operações suspensas às 6h12min. Entre 8h30min e 9h18min, as decolagens também ficaram interrompidas.
Segundo a Infraero, dos 22 voos de chegada previstos para o início da manhã, sete estão em atraso e oito acabaram cancelados. Por outro lado, entre as 32 viagens de partida, cinco foram canceladas e duas atrasaram.
A restrição no aeroporto causou transtornos à equipe do governador Tarso Genro. Ele embarcaria em um voo para o Rio de Janeiro, que acabou cancelado.
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