NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 22/07/2013
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Pressão urbana ameaça aeroporto internacional de Manaus
Construções de loteamentos e condomínios de luxo na zona Oeste de Manaus estão na rota dos aviões
Florêncio Mesquita
A urbanização da Área de Proteção
Ambiental (APA) do Tarumã, na Zona Oeste, ameaça as atividades no
aeroporto internacional de Manaus-Eduardo Gomes. Em alguns anos, a
expansão urbana que segue em ritmo constante no Tarumã, com a construção
de condomínios de alto luxo, pode repetir o que ocorre atualmente com o
aeródromo de Manaus (Aeroclube).
Há poucas décadas, o aeródromo
ficava em uma uma área isolada, longe de moradias. Com o passar dos
anos, a local foi alvo de uma explosão imobiliária e hoje, moradores do
entorno exigem a transferência do aeródromo para a zona rural,
principalmente, por conta dos casos de queda de aeronaves sobre as
moradias. O último acidente ocorreu em janeiro deste ano.
Há risco iminente de acontecer o
mesmo com o aeroporto internacional de Manaus-Eduardo Gomes. O aeroporto
tem uma “área de segurança operacional” de 20 quilômetros a partir da
cabeceira da pista de pousos e decolagens. Porém, vários condomínios
foram construídos na margem da avenida do Turismo, próximo a cerca que
indica o limite do aeroporto, e outros serão construídos, no terreno. Há
terraplanagem hoje num terreno que fica exatamente na rota de pouso e
vai dar lugar a casas.
O superintendente do aeroporto, Aldeci
Lima, afirma que a “pressão urbana” trará prejuízos graves. O principal
risco é a restrição a pousos e decolagens. A mudança acarretaria queda
no número de empregos, além de impactos no comercio e indústrias. “Se
começa a restringir a operação o prejuízo vai ser da sociedade porque o
aeroporto uma potencial gerador de emprego. Se deixa de receber
aeronaves, a sociedade perde”, disse.
Ele deixou claro que não há qualquer tipo
de restrição no aeroporto, mas a explosão imobiliária na área é
preocupante. Conforme Lima, a legislação federal prevê implantações de
empreendimentos de até no máximo 15 metros, dependendo da aproximação de
aeroportos.
Apesar dos condomínios no Tarumã
serem apenas de residências, o principal problema que surgirá em alguns
anos é o ruído. “Os moradores vão sofrer com ruído e vão começar a achar
que a localização do aeroporto é que está errada, sendo que ele chegou
primeiro. Do jeito que está vai acontecer o mesmo que em Congonhas
(SP)”, avaliou o superintendente.
Aldeci Lima - superintendente do aeroporto Eduardo Gomes
“Monitoramos tudo e mantemos um
relacionamento estreito com o Implurb (Instituto Municipal de
Planejamento Urbano) e com o 7º Comando Aéreo Regional (7º Comar). O
Comar é a autoridade que deve ser consultada para ver se os
empreendimentos ferem a área de segurança operacional do aeroporto. Eles
nos ajudam muito. Há agora o caso da instalação de um posto
dentro da zona de perigo. Ainda não temos a definição do distanciamento
do posto que está sendo construído no novo condomínio. No visual parece
estar ferindo a área de segurança, mas requer estudos. Já notificamos o
Implurb em relação a esta questão. A área de segurança aeroportuária
parte de eixo da pista num ciclo de 20 quilômetros. Hoje a pressão
urbana é constante aqui. Mesmo não havendo lixão, sempre tem feiras
livres, as pessoas jogam lixo em bairros próximos, tudo isso atrai aves
que representam um perigo para o voo. Por isso temos o Núcleo de Fauna
com biólogos e outros profissionais capacitados”.
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Avião da Sukhoi faz pouso de barriga durante teste na Islândia
Megan Davies
Um Sukhoi Superjet fez um pouso de
barriga durante voo teste no domingo no aeroporto Keflavik, na Islândia,
de acordo com comunicado na fabricante russa. O programa do Superjet
passou por incertezas no ano passado depois que um de seus aviões sofreu
acidente na Indonésia durante um voo promocional, causando a morte de 45
pessoas.
No estágio final do teste de voo,
destinado a avaliar o sistema automático de pouso do Sukhoi Superjet 100
neste domingo, a aeronave "tocou a pista de pouso com o trem de
aterrisagem recolhido", disse a Sukhoi Civil Aircraft, em nota.
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Segurança reforçada
Simulação
para a chegada do papa a Aparecida reúne 5 mil homens das Forças
Armadas. No Rio, prefeito faz apelo para que pessoas evitem andar de
carro hoje na região central
Às vésperas da chegada do papa
Francisco ao Brasil, prevista para hoje à tarde, cerca de 5 mil homens
das Forças Armadas realizaram ontem, em Aparecida (SP), uma simulação
das ações de segurança que serão implantadas na cidade durante a visita
do pontífice na quarta-feira.
O treinamento das ações previstas no
trajeto do papa, que durou cerca de uma hora e meia, teve início com a
simulação do helicóptero de Francisco, chegando ao Santuário Nacional
escoltado pelo Exército. Em seguida, os militares simularam a escolta de
um carro preto, como se fosse o papamóvel, até a entrada para o altar
central do santuário. O trajeto de ida e volta do pontífice da Basílica
ao Seminário Bom Jesus também foi simulado.
Durante todo o treinamento, o Exército
usou uma aeronave com olho de águia, um dispositivo que permite
acompanhar imagens de toda a área com nitidez em uma central de
controle. No período da tarde, os militares se concentraram em um
treinamento para a condução de ocorrências com possíveis artefatos
suspeitos. Durante a simulação, os militares chegaram a isolar a área
usada no exercício. Também foram realizadas atividades de defesa
química, biológica, radiológica e nuclear.
O objetivo do treinamento é colocar em prática o planejamento definido nos últimos três meses, identificar as ocorrências que podem ocorrer no dia da visita e encontrar soluções para os possíveis problemas. O treinamento foi feito em meio aos cerca de 100 mil fiéis que eram esperados na cidade ontem.
Na megaoperação de segurança do papa em
Aparecida serão empregadas ao menos 305 viaturas, cinco aeronaves e
quatro embarcações da Marinha. De acordo com a Aeronáutica, a operação terá uma estrutura aérea semelhante à empregada na Copa das Confederações.
Os responsáveis pela operação não acreditam que haverá protestos no dia
da visita. Participam ainda da operação o efetivo da Polícia Militar, o
da Polícia Rodoviária Estadual e o da Polícia Federal.
ARGENTINOS O prefeito Eduardo Paes
anunciou ontem que o papa Francisco pediu para se encontrar com
argentinos em sua visita ao Rio, aonde chega hoje. O prefeito disse que a
cidade já "está sendo invadida pelos argentinos" e que a previsão é que
o pontífice encontre seus conterrâneos no Terreirão do Samba,
localizado na região da Praça 11, no Rio. "A data ainda não foi
marcada", disse Paes.
Paes fez um apelo à população para que
não vá ao Centro de carro hoje, quando o papa fará um passeio de carro
aberto, logo depois de sua chegada ao Rio. O estacionamento estará
proibido em diversas ruas e avenidas estarão interditadas.
O prefeito se reuniu na manhã de ontem, no Centro de Operações Rio, com o presidente da Rio Eventos, Leonardo Maciel, e com o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, para conversarem sobre os últimos detalhes para a chegada do papa. O pontífice mudou a agenda na última hora e incluiu o passeio em carro aberto por ruas do Centro. |
Empresa do Programa Espacial Brasileiro paralisa obras na Base de Alcântara
As denúncias são de fontes ligadas à ACS, que recebeu U$ 420 milhões em julho do governo federal
Cláudia Freitas
Em meio os últimos
pronunciamentos do Ministério da Defesa sobre a necessidade de o Brasil
possuir seu próprio satélite de comunicação militar, para não ficar
vulnerável às espionagens como as denunciadas por Edward Snowden,
funcionários da Alcântara Cyclone Space (ACS), empresa binacional criada
pelos governos do Brasil e da Ucrânia para explorar os serviços de
lançamentos de satélites em bases comerciais, com o foguete ucraniano
Cyclone-4, atestam que as obras do programa estão completamente
paralisadas.
Segundo fontes ligadas à Base
Espacial de Alcântara, onde o programa é desenvolvido no país, cerca de
dois mil contratados pela ACS foram dispensados nos dois últimos meses. O
cenário no local é de abandono, como mostram as fotos enviadas ao
Jornal do Brasil. A maioria dos equipamentos alugados já foi devolvido e
aqueles que permanecem na base estão abandonados ao ar livre e sem
qualquer manutenção, segundo as mesmas fontes.
A Alcântara Cyclone Space foi criada em
2003, no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
priorizou o Programa Espacial Brasileiro, considerando a ACS seu produto
principal. A criação da empresa se deu por meio de um contrato de
capital binacional, provindos parte do Brasil e, em maior proporção, da
Ucrânia, que detém os direitos de fabricação e tecnologia aplicada no
foguete Cyclone 4, que partirá do Centro de Lançamento de Alcântara
(CLA).
No mesmo período, um incêndio
destruiu um grande trecho do CLA, durante o lançamento do foguete VLS. O
fato gerou especulações sobre a possível desativação da base e
transferência do programa espacial para outro estado, o que não
aconteceu, assim como a completa recuperação da infraestrutura do lugar,
após 10 anos do acidente. O Centro de Lançamento de Alcântara
apresenta uma localização estratégica, próximo da linha do Equador e com
a vantagem de ter o Oceano Atlântico a leste e ao norte. O que explica o
fato dos foguetes lançados do local caírem no mar, longe de áreas
habitadas.
As boas intenções prevaleceram no acordo
inicial firmado entre a binacional ACS e o presidente Lula. O
diretor-geral brasileiro da binacional, Roberto Amaral, assumiu o
compromisso de trazer divisas para o Brasil, transferindo para os
cientistas brasileiros a moderna tecnologia que a Ucrânia detinha,
principal país no mundo a dominar a tecnologia espacial. A expectativa
era de que os seis primeiros lançamentos comerciais acontecessem do
Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em 2011. Para o estado do
Maranhão, a ACS anunciou mudanças importantes, que chegariam com a
geração de empregos para as obras no CLA e um novo planejamento urbano
em Alcântara, para beneficiar os funcionários da empresa e toda a
população do lugar. Escolas, hospitais e universidades seriam
construídos com as verbas destinadas ao projeto.
De acordo com fontes ligadas à ACS, esse
complexo funcionou nos últimos anos. O hospital erguido pela empresa
dentro dos limites do CLA contava com tecnologia de ponta. A maioria dos
funcionários da binacional eram moradores de Alcântara, muitos deles
remanescentes das comunidades quilombolas que habitavam em massa a
cidade de Alcântara. E foi na relação com as comunidades quilombolas que
se deu um dos maiores imbróglios envolvendo a ACS. No momento em
que a empresa binacional estava discutindo com o Ministério da Defesa o
contrato de cessão de área de exploração dentro do CLA, o INCRA
apresentou uma determinação judicial garantindo aos remanescentes
quilombolas da cidade a posse de quase toda a península onde o CLA se
situa.
A ação colocou por água abaixo a intenção
do governo de expandir o programa espacial em outras partes de
Alcântara. O projeto ficou limitado à área do CLA, ou seja, o sítio da
ACS foi estipulado em menos de nove hectares da península. De acordo com
o Ministério Público do Maranhão, há três ações propostas pelo órgão
envolvendo esse caso. O MPF entende que a questão mais grave é o risco
da perda de áreas tradicionais de comunidades quilombolas, por isso está
movendo as ações, que tem o objetivo de garantir a integridade das
comunidades. Pelas informações do MPF, em 2008 a Justiça Federal
intimou a Agência Espacial Brasileira (AEB), por meio de acordo em que a
Alcântara Cyclone Space e a AEB reconheceram os direitos dos
quilombolas, havendo comprometimento, por parte da Cyclone Space, em
realizar as obras somente no interior da área já demarcada ao CLA.
A ação foi julgada com resultado favorável no mesmo ano da sua proposta
pelo MPF. A outra ação é de 2003, objetivando garantir que nenhuma
comunidade quilombola seja deslocada das áreas que ocupam atualmente e
também exige ainda que elas tenham as suas áreas integralmente tituladas
pelo INCRA. Esse processo ainda não foi julgado e está tramitando na 8ª
Vara Federal de Justiça no Maranhão, enquanto o MPF aguarda pelo
julgamento.
Os entraves não foram suficiente
para conter novos investimentos destinados à ACS para trazer ao Brasil o
Cyclone 4. Enquanto que nos limites do CLA somente o departamento de
Recursos Humanos da empresa binacional está funcionando à pleno vapor,
para demitir os pouco funcionários remanescentes de uma extensa folha de
pagamento, na Câmara Federal o deputado Cláudio Cajado (DEM/BA)
comemora a aprovação da proposta que ele sugeriu à Ministra Chefe da
Casa Civil, Gleisi Hoffmann, resultando no aumento do capital da ACS em
US$ 420 milhões, aproximadamente. A proposta foi aprovada pelo governo
brasileiro no dia 29 de maio. Agora, o capital da binacional ACS passará
de US$ 498 milhões para US$ 920 milhões.
O ministro da Ciência, Tecnologia e
Inovação, Marco Antônio Raupp, afirmou que o aumento de capital
aconteceu porque os recursos destinados ao desenvolvimento do foguete
Cyclone 4 e a construção da base de lançamento do veículo no CLA foram
insuficientes. Segundo ele, os novos investimentos serão divididos em
partes iguais entre Brasil e Ucrânia. Raupp estima que com a injeção dos
recursos as obras poderão ser retomadas.
As denúncias recebidas pelo Jornal
do Brasil também dizem respeito ao motivo da paralisação das obras.
Segundo as fontes, ao dispensar os funcionários, os chefes dos
departamentos alegavam que “isso [demissões] está acontecendo porque a
empresa [ACS] não pagou as empreiteiras”. Segundo o ministro, essa
informação não é verdadeira. "As obras não foram paralisadas. Apenas
diminuíram de intensidade por causa do regime de chuvas na região. A ACS
é devedora às empreiteiras, mas como essas empresas são grandes, as
obras não são paralisadas porque se deixou de pagar um mês", explicou
Raupp, acrescentando que 40% das obras do sítio do Cyclone 4 estão
concluídas.
O ministro anunciou também a construção da Torre de Lançamento, destruída no incêndio de 2003, além de pequenas melhorias e a modernizações dos sistemas de operação da base. O custo com a nova torre de lançamento foi na ordem de R$ 44 milhões. "O programa com a Ucrânia se justifica comercialmente por ter a oportunidade de prestar esse serviço de lançamento e por razões estratégicas e de interesse do Brasil de ter em Alcântara dois sítios de lançamento, um para o VLS e outro para o Cyclone 4", justificou o ministro.
O Ministério da Defesa pegou uma carona
nas denúncias de Edward Snowden para reafirmar um dos seus discursos
mais contundentes: que o Brasil precisa do próprio satélite de
comunicação militar. O referido veículo mencionado pela Defesa é o
Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC),
cuja construção está avaliada em quase R$ 1 bilhão. A licitação está em
nome da empresa Visiona Tecnologia Espacial SA, parceria entre a
Telebrás e a Embraer e a conclusão do processo licitatório está previsto
para o final de julho e o contrato deve ser assinado em agosto. A
operação deve começar só em abril de 2016, quando completa 32 meses da
assinatura do contrato, em acordo com as regras licitatórias. A
construção do satélite geoestacionário foi solicitada pelo ministério da
Defesa em anos anteriores. Em 2009, a previsão de conclusão do projeto
era para 2014, ao custo de R$ 700 milhões.
Atualmente, o Brasil aluga a Banda X do
satélite para a Embraer, que tem como controlador a mexicana Telmex, por
R$ 14 milhões anual. O país depende de oito empresas estrangeiras
particulares para estabelecer seus canais de comunicação via satélite
dentro do próprio território, gerando um custo anual de R$ 100 milhões.
Na rede mundial, o sistema funciona com os servidores-raiz da internet
passando todo o seu fluxo de informações pelo controle do Departamento
de Comércio dos EUA. O mesmo acontece com as redes de fibra óticas
responsáveis por conectar os países. Concluindo, todas as informações
passam obrigatoriamente pelo território americano.
As pesquisas feitas recentemente pela ACS
são otimistas mediante os entraves ocorridos envolvendo a tecnologia
espacial no Brasil. A estimativa para lançamento de satélites até 2020
chega a 1.145, sendo 244 deles de natureza comercial. A binacional
pretende lançar de três a quatro satélites por ano. Porém, a operação
comercial de lançamentos de satélites no CLA vai depender do relaxamento
de um acordo com os Estados Unidos, considerando que 80% dos satélites
lançados pelos países e com essa finalidade são de origem americana. "O
Ministério das Relações Exteriores está retomando negociações com os EUA
em relação à definição de um novo acordo de salvaguardas tecnológicas. O
acordo do passado está sendo rediscutido em outras condições", garantiu
o ministro Marco Antônio Raupp, se referindo ao acordo de salvaguardas
tecnológicas barrado pelo Congresso em 2002.
Para o ministro Raupp, o novo acordo com o
governo americano vai viabilizar os negócios da binacional ACS,
oferecendo maiores oportunidades no mercado mundial, levando em conta
que os clientes americanos detêm uma parcela significativa desse ramo.
"Se fizermos acordo com os EUA, não será difícil depois fazer o mesmo
com o Japão e a Europa", disse Raupp, acrescentando que o Brasil tem
acordos de salvaguarda tecnológica com a Ucrânia e a Rússia. No caso da
Ucrânia, os especialistas brasileiros não veem vantagens no negócio para
o Brasil, pelo fato do acordo assinado entre os países não permite que o
país tenha acesso às tecnologias espaciais associadas ao Cyclone 4. A
proibição existe pela proporcionalidade de participação financeira
brasileira no programa.
Com tantos acordos ainda
indefinidos, a população de Alcântara ainda viverá por um tempo, também
não definido, com o cenário que hoje domina a cidade, marcado por ruínas
de grandes obras inacabadas, em contraste com os prédios históricos. A
atmosfera mística preservada pelas comunidades quilombolas, por
enquanto, é o que existe de real no sentimento do povo da cidade, que
fica a uma hora de São Luis, a capital do Maranhão.
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Militares simulam operação para visita do Papa em Aparecida
Aproximadamente 5 mil homens participaram da atividade neste domingo.
Chegada e trajetos que serão feitos pelo Papa Francisco foram treinados.
Cerca de cinco mil homens das Forças
Armadas realizaram neste domingo (21) em Aparecida (SP) uma simulação
das ações de segurança que serão implantadas na cidade durante a visita
do Papa na próxima quarta-feira (24).
O treinamento das ações previstas no
trajeto do Papa, que durou cerca de 1h30, teve início com a simulação do
helicóptero do Papa chegando ao Santuário Nacional escoltado pelo
Exército. Em seguida, os militares simularam a escolta de um carro preto
como se fosse o papamóvel até a entrada para o altar central do
santuário. O trajeto de ida e volta do pontífice da Basílica ao
Seminário Bom Jesus também foi simulado.
Durante todo o treinamento, o exército
usou uma aeronave com olho de águia, um dispositivo que permite
acompanhar imagens de toda a área com nitidez em uma central de
controle.
No período da tarde, os militares se
concentraram em um treinamento para a condução de ocorrências com
possíveis artefatos suspeitos. Durante a simulação, os militares
chegaram a isolar a área usada no exercício. Também foram realizadas
atividades de defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
O objetivo do treinamento é colocar em
prática o planejamento definido nos últimos três meses, identificar as
ocorrências que podem ocorrer no dia da visita e encontrar soluções para
os possíveis problemas. O treinamento aconteceu feito em meio aos cerca
de 100 mil fiéis que são esperados na cidade neste domingo.
Na megaoperação de segurança do Papa em
Aparecida serão empregadas ao menos 305 viaturas, cinco aeronaves e
quatro embarcações da Marinha. De acordo com a Aeronáutica, a
operação terá uma estrutura aérea será semelhante à empregada na Copa
das Confederações. Os responsáveis pela operação não acreditam que
haverá protestos nos dia da visita. Participam ainda da operação o efetivo da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Estadual e da Polícia Federal.
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Polícia de MS acredita que avião caiu durante tentativa de pouso forçado
Perícia da aeronave foi concluída na manhã deste domingo (21).
Delegado Roberto Gurgel afirmou que testemunhas ainda serão ouvidas.
Os
trabalhos de perícia do avião que caiu na última sexta-feira (19), em
uma fazenda entre os municípios de Bonito e Porto Murtinho, foram
concluídos na manhã deste domingo (21). Segundo o delegado Roberto
Gurgel, por enquanto, a única certeza da Polícia Civil é de que o piloto
da aeronave tentava fazer um pouso forçado no momento da queda.O
acidente provocou a morte de Guilherme Coimbra Prata, 50 anos, dono de
uma fazenda em Porto Murtinho e produtor rural em Presidente Prudente
(SP). A outra vítima é Geraldo Ribeiro de Souza, também 50 anos, que
acompanhava o pecuarista.
"Ontem levantamos uma segunda informação,
que não tínhamos na sexta-feira, de que o flap do avião estava
acionado. Isso indica que a intenção do piloto no momento da queda era
pousar a aeronave", afirmou.
Gurgel afirmou que agora a polícia vai
ouvir as testemunhas enquanto aguarda os laudos para concluir o
inquérito. Ele disse ainda que dez pessoas devem ser ouvidas na próxima
semana.
A Polícia Civil acompanhou a
perícia realizada pela equipe da Força Aérea Brasileira (FAB). Ainda
segundo o delegado, será feita a troca de informações entre os peritos
da polícia e da FAB. "O laudo feito pela Força Aérea é importante porque
vai apontar se o avião estava em boas condições ou não. Essas
informações vão ajudar a elucidar o que aconteceu antes da queda",
explicou Gurgel.
Ainda segundo Gurgel, o tempo estava fechado no momento do acidente e taembém havia neblina. "Vamos investigar o motivo de ele tentar pousar, se foi porque o tempo não estava bom, ou porque o avião não estava bom", relatou o delegado.
A assessoria de imprensa da FAB
confirmou que dois peritos começaram os trabalhos na tarde de sábado
(20) e finalizaram nesta manhã. Eles já deixaram o local. O órgão
informou ao G1 que a aeronave não tinha plano de voo. Ainda segundo a
assessoria, não há um prazo estipulado para que os laudos sejam
concluídos.
Ainda segundo a FAB, os destroços
do avião permanecem na fazenda e devem ser retirados pela empresa da
família do produtor rural que pilotava a aeronave no momento da queda.
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Bombas desativadas são lançadas na Grande Barreira de Corais
Aviões dos EUA lançaram bombas durante operação de exercícios.
Segundo fontes militares, não há riscos para o público ou o meio ambiente.
Da France Presse
Aviões
de combate da Força Aérea dos Estados Unidos lançaram quatro bombas
desativadas na zona da Grande Barreira de Corais na Austrália, durante
uma operação de exercícios, informaram fontes militares neste domingo
(21).
Estas fontes descartaram que esses exercícios representem riscos para o público ou o meio ambiente.
Um comunicado emitido pela 7ª Frota dos
Estados Unidos na Austrália indicou que o lançamento das bombas ocorreu
no sábado (20), nas costas da região de Queensland, em um canal profundo
para minimizar as possibilidades de danos dos corais.
Um porta-voz do ministério australiano da
Defensa disse a uma agência de notícias local que as bombas desativadas
"representam um risco ou uma ameaça mínimas para o público, o ambiente
marinho ou a navegação civil que transita pela área".
Cerca de 28.000 soldados australianos e
americanos participam nos exercícios Talismã Saber em Queensland, de 15
de julho a 5 de agosto.
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Maioria dos ministros é das Forças Armadas
Bárbara Pombo
Última instância da Justiça Militar
da União, o Superior Tribunal Militar (STM) possui 15 ministros civis e
militares com o mesmo status e privilégios dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar
disso, são desconhecidos, inclusive dentro do Poder Judiciário, do qual
fazem parte desde 1934.
Dez dos 15 ministros são militares. O
restante, civis. Todos os cargos são vitalícios. Cada um deles tem
direito a um salário bruto de R$ 26 mil. Mas os rendimentos líquidos -
que variam de R$ 12,6 mil a R$ 17,6 mil - ficam aquém dos salários dos
ministros do Supremo e do STJ, cujos rendimentos com descontos chegam a
R$ 26 mil. O campo de atuação dos militares, porém, também é menor:
julgar recursos contra os integrantes das Forças Armadas (327 mil da
Marinha, Exército e Aeronáutica).
Para ser ministro do STM, o militar deve
ter a mais alta patente hierárquica. Eles são escolhidos internamente
pela cúpula do Exército, Marinha e Aeronáutica também pelo fator
antiguidade. Os nomes são submetidos à aprovação do presidente da
República e do Senado. A escolha dos civis é política, embora também
tenham que passar pelo crivo do Executivo e do Legislativo. São três
advogados, um promotor do Ministério Público Militar e um juiz de
carreira vindo da primeira instância da Justiça Militar da União.
Nas tardes de terças e quintas-feiras, os
15 ministros se reúnem no segundo andar da sede de 32 mil metros
quadrados do Superior Tribunal Militar, situada no centro de Brasília. A
função deles é julgar recursos contra decisões da primeira instância,
representada por 18 auditorias militares espalhadas pelo país. No
salão com móveis de madeira escura e tapete avermelhado, normalmente não
há plateia e a sonolência entre os julgadores parece ser inevitável,
como testemunhou o Valor em uma sessão de maio.
Além de julgar crimes cometidos pelos 327
mil integrantes das Forças Armadas, os juízes militares ainda têm a
incumbência de analisar alguns tipos de infrações de civis, como
invasões de áreas militares ou estelionato previdenciário, quando a
viúva de um ex-militar falece e os dependentes continuam recebendo a
pensão. "Teve gente que lesou o erário em mais de R$ 1 milhão", diz o
presidente do STM, general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho.
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Com poucos processos, Justiça Militar é ameaçada de extinção
No
Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, o tempo médio de tramitação
de processos na primeira instância foi de 15 meses em 2012. Na segunda,
de cinco meses
Arthur Rosa e Bárbara Pombo
Quem
passa pela rua Dr. Villa Nova, no bairro Vila Buarque, em São Paulo,
quase não percebe a presença de um tribunal. Num prédio simples,
localizado no número 285, funcionam as duas instâncias da Justiça
Militar do Estado de São Paulo. Em Brasília, a sede do Superior Tribunal
Militar (STM) também destoa das que abrigam o Superior Tribunal de
Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Se não chamam atenção
por suas instalações, essas desconhecidas esferas do Judiciário
despertaram a curiosidade do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por seus
números: gastos somados de R$ 419 milhões para o julgamento, em 2011,
de aproximadamente oito mil processos contra policiais militares e
integrantes das Forças Armadas.
Os dados do relatório "Justiça em
Números" foram considerados "escandalosos" pelo ministro Joaquim
Barbosa, presidente do CNJ e do Supremo. A polêmica surgiu durante o
julgamento pelo conselho de um processo disciplinar contra dois juízes
do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJM-MG), acusados de,
intencionalmente, perderem o prazo para julgar ações criminais contra
policiais militares.
Diante do problema, os conselheiros
olharam os números da Justiça Militar Estadual, presente nos Estados do
Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, e do Superior Tribunal
Militar (Justiça Militar da União) e constataram um volume pequeno de
processos em tramitação (um total de 13,2 mil em 2011, ante os milhões
da Justiça Estadual) e de julgamentos. Enquanto um magistrado da Justiça
Estadual proferiu 1.392 sentenças ou decisões terminativas naquele ano,
o da Justiça Militar Estadual apenas 177.
No caso, os conselheiros só
advertiram os juízes mineiros. Apesar da pena branda, o ministro Joaquim
Barbosa aproveitou a oportunidade para determinar a criação de grupo de
trabalho para elaborar um diagnóstico e dar um veredicto para a Justiça
Militar Estadual e a da União.
Uma das saídas cogitadas seria a extinção
desses tribunais e a transferência das ações para a Justiça comum.
Outra possibilidade seria restringir a atuação da Justiça Militar da
União aos tempos de guerra. O grupo de trabalho, composto por seis
membros, deve entregar um relatório final até outubro. "O trabalho não
significa que estamos descontentes com a Justiça Militar", diz o
coordenador do grupo, o conselheiro Wellington Cabral Saraiva,
procurador da República.
Diante da repercussão, os dirigentes
dessas Cortes - oficiais da Polícia Militar e das Forças Armadas -
afinaram seus discursos. Para eles, é preciso, antes de tudo, conhecer a
fundo o funcionamento da Justiça Militar Estadual e a da União, que não
contam com representantes no CNJ. "Isso é um absurdo. Não se pode
verificar a relevância com números frios", diz o presidente do Tribunal
de Justiça Militar de São Paulo (TJM-SP), coronel Orlando Eduardo
Geraldi, da Polícia Militar paulista.
Os militares argumentam ainda que a
extinção desses tribunais traria repercussões negativas às tropas. A
resposta rápida às infrações, segundo eles, repercute e tem um efeito
preventivo grande. "A transferência dos casos para a Justiça comum
transformaria as Forças Armadas em bandos", afirma o general Raymundo
Nonato de Cerqueira Filho, presidente do STM desde março de 2010.
Para o coronel Geraldi, é preciso levar
em consideração o efeito da demora dentro da tropa. A Justiça Militar
paulista, de acordo com ele, é célere. No ano passado, o tempo médio de
tramitação dos processos na primeira instância foi de 15 meses. Na
segunda instância, de cinco meses. "Na Justiça comum, demoraria anos. O
juiz militar é o da obediência. O civil, o da liberdade", diz.
Além da demora no julgamento, segundo o
presidente do STM, há risco de um juiz civil colocar os crimes militares
"na vala comum". Ou seja, considerar o crime de deserção apenas como
falta ao trabalho ou julgar insignificante o caso de um militar flagrado
dormindo ou com drogas dentro do quartel. "Julgamos com celeridade para
manter a hierarquia e disciplina, os pilares básicos das Forças
Armadas", afirma.
Em maio, por exemplo, o Superior Tribunal
Militar expulsou do Exército nove soldados que dançaram funk ao som do
hino nacional dentro de um quartel no Rio Grande do Sul. Os ministros
classificaram o ato como "desrespeito e ultraje".
Juízes, defensores públicos e
procuradores da área militar defendem, além da manutenção desses
tribunais, a ampliação de suas competências. Querem, por exemplo, a
análise de crimes de homicídio praticados por militares contra civis.
"Em vez de duas décadas, o massacre do Carandiru teria levado quatro
anos para ser julgado", afirma o juiz Ronaldo Roth, da 1ª Auditoria
Militar de São Paulo.
Para a defensora pública Janete Zdanowski
Ricci, há 30 anos atuando na Justiça Militar da União, o CNJ poderia
encontrar um caminho alternativo: "Seria um novo modelo para aumentar a
competência e elevar o volume de processos", diz.
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EURONEWS
Caças Mig-21 encontrados em navio norte-coreano detido no Panamá
Foram encontrados dois caças Mig-21
escondidos num navio norte-coreano apreendido pelas autoridades do
Panamá. O cargueiro proveniente de Cuba trazia a bordo também outro tipo
de armamento não-declarado, como baterias anti-aéreas, e radares de
controle anti-míssil.
Os aviões estavam ocultos em contentores, juntamente com toneladas de sacos de açucar.
Javier Caraballo, procurador anti-droga
do Panamá afirma já terem sido formalizadas acusações contra o grupo a
bordo do navio e que está a ser levado a cabo um processo penal. Diz
ainda já ter estabelecido contato com o Conselho de Segurança das Nações
Unidas, para que os especialistas possam avaliar a situação e
determinar uma possível violação da resolução do mesmo Conselho de
Segurança.”
Segundo Havana, a embarcação deixou Cuba com “armamento obsoleto” e dirigia-se à Coreia do Norte para reparações.
Os especialistas da ONU vão avaliar se
foi violada a resolução que proíbe comercialização de armas com o país
asiático, devido aos testes nucleares.
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PORTAL BRAGANÇA (SP)
Jornada Mundial da Juventude 2013 – Rio : Exército “simula” defesa do Papa no Santuário Nacional de Aparecida
Soldados do Exército iniciaram, na manhã
deste domingo (21), a simulação do esquema de segurança que será
dispensado ao Papa Francisco e sua comitiva na próxima quarta-feira (24)
em Aparecida (SP).
O treinamento começou com o pouso de um helicóptero da Força Aérea Brasileira no heliporto do Santuário Nacional,
às 11h30, e seguiu com a escolta de um veículo civil que realizou o
mesmo percurso a ser feito pelo Santo Padre em seu papamóvel. O veículo
passou por dentro do Santuário e seguiu pelas ruas da cidade até o
Seminário Bom Jesus, onde o Papa irá almoçar e repousar após celebração
da Santa Missa, às 10h30.
No período da tarde, o treinamento
prossegue com instruções de atendimento a saúde no hospital de campanha
montado pela corporação, além de uma simulação para o caso de defesa
química, biológica e nuclear.
As simulações foram agendadas para este
domingo, justamente por ser um dia de grande movimento no Santuário,
mais parecido com a realidade prevista para quarta-feira, quando cerca
de 200 mil pessoas devem vir saudar a autoridade máxima da Igreja
Católica.
O esquema de segurança soma cerca
de 5.000 homens, incluindo Exército, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros e
as Polícias Civil, Militar, Rodoviária e Federal, além de outros órgãos.
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