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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 16/07/2013

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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.



Quatro novos projetos de portos tentam atrair Petrobras

As perspectivas de crescimento da atividade petrolífera no Brasil motiva uma série de investimentos em bases de apoio logístico que no litoral fluminense. Observadores próximos, porém, adiantam que as empresas terão dificuldades em atrair o principal cliente, a Petrobras, que já vem consolidando suas operações no Porto do Rio.
Além do porto do Açu, de Eike Batista, que planeja ter uma base de apoio, já deram entrada para licenciamento ambiental dois outros projetos, um em Macaé e outro em Campo Grande, próximo ao Porto de Sepetiba. Em Macaé, a Queiroz Galvão pretende construir um terminal com 14 pontos de atracação e 50 hectares de retroárea. O projeto está em fase de licenciamento ambiental e tem início de operações previsto para 2016.
A companhia defende o projeto argumentando que está perto da infraestrutura de apoio da Petrobras na cidade e que se trata de um projeto exclusivo para apoio marítimo, sem limitações impostas por portos públicos. O projeto da OAS, segundo fontes, é semelhante ao da Queiroz Galvão, mas depende de acordo com a aeronáutica para uso do terreno. A avaliação da Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico é que a Petrobras precise de novas bases, além do Porto do Rio. A própria estatal tem uma área em Itaguaí, que pode ser usada como base de apoio.
Mas a empresa informou ao Brasil Econômico que a opção número um continua sendo a capital do Estado. Uma quarta opção seria o porto que está sendo projetado para Maricá, mas a expectativa é que, devido ao calado mais profundo, este concentre a movimentação de navios de grande porte para escoar a produção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e operações de importação e exportação, que demandam navios maiores.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, diz que o governo do estado trabalha no fomento de retroáreas no entorno do Arco Metropolitano, em cidades como Duque de Caxias ou Magé, que poderão servir de bases de armazenagem de equipamentos para a atividade de apoio a plataformas nos portos do Rio. O projeto Porto do Século XXI prevê ainda a construção de um segundo cais de atracação de barcos de apoio, ampliando a capacidade das operações.

Tecnologia :: Nelson Vasconcelos

AGORA SIM. JAMAIS SEREMOS ESPIONADOS

Descobriu-se a pólvora. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, parece bastante horrorizado com o fato de que os EUA possivelmente tenham espionado o Brasil, fuxicando até mesmo segredos das Forças Armadas e entidades afins. Por conta dessa decepção fulminante, já se estuda o lançamento de um satélite e a instalação de cabos submarinos que nos liguem a Europa e África. Com isso, conseguiríamos desmantelar a ação de espiões americanos.
Muito bom. Pena que um projeto desses vá consumir alguns anos para sair do papel e, naturalmente, signifique mais uma montanha de dinheiro gastos em necessidade, considerando que não, nada disso vai impedir que as conversas reservadas continuem... reservadas. Sigilosos, mesmo, somente os gastos com cartões de crédito de uso do governo federal e dos seus mais chegados, como bem sabemos.

Proposta prevê mais rigor no uso de aviões da FAB por autoridades

José Carlos Oliveira

Proposta prevê mais rigor no uso de aviões da FAB por autoridades. De acordo com o projeto (PL 5896/13), o serviço de transporte da Força Aérea Brasileira poderá ser usado pelo vice-presidente da República; presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal; ministros de Estado; comandantes das Forças Armadas; e outras autoridades que receberem autorização expressa do ministro da Defesa ou do comandante da Aeronáutica.
Tais viagens só poderão ocorrer por motivos de segurança e emergência médica, serviço oficial e deslocamentos para o local de domicílio da autoridade. O desrespeito a essas regras configuraria infração administrativa grave, sujeita a sanções administrativas, civis e penais, além de ressarcimento aos cofres públicos. O uso de aviões da FAB é regulamentado hoje apenas por um decreto presidencial (Decreto 4244/02). O autor do projeto, deputado Chico Alencar, do PSOL fluminense, afirma que a intenção é suprir "insuficiências e omissões" desse decreto, com inspiração na Lei de Acesso à Informação.
"Partindo desse decreto, acrescentamos, em primeiro lugar, a expressa vedação a que, nessas viagens de serviço ou em missão oficial para trabalho, não se leve parente, amigo e outras pessoas que não tenham a ver com a função pública. Em segundo lugar, acrescentamos um parágrafo único que determina a publicização pelo Portal da Transparência do governo federal sobre o motivo da viagem, a data de realização e da lista de passageiros para essa missão oficial."
Além da autoridade, será permitido o acompanhamento apenas de assessor diretamente ligado ao motivo da viagem. Recentemente, a imprensa divulgou casos de autoridades que usaram aviões da FAB para fins particulares. Chico Alencar ressalta que esse é um problema antigo que precisa ser resolvido definitivamente.
"A nossa expectativa é inibir o crônico uso abusivo dessa prerrogativa. Aliás, problemas, comos os recentes que vimos, acontecem há muito tempo em sucessivos governos. Isso gera mais impaciência e irritação em nossa população, com toda a razão."
Chico Alencar argumenta que o projeto também atende aos princípios da administração pública de legalidade, imparcialidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Porta arrombada

Porta arrombada, cadeado nela. Muitas vezes já é tarde, mas, no caso da espionagem americana, ainda há tempo, e é urgente

Tereza Cruvinel

O Brasil negligenciou por décadas a questão da segurança cibernética e agora, revelada a arapongagem internacional que, além da privacidade dos cidadãos, pode ter alcançado informações estratégicas do Estado brasileiro, vem a correria para lacrar a porta arrombada. E, como nossos sistemas atuais são tão precários que não permitiram, até agora, sequer a identificação do que pode ter sido violado, o discurso altaneiro do governo não ultrapassou ainda a fronteira da retórica. Os Estados Unidos apresentaram esclarecimentos insuficientes, reclamou ontem o chanceler Antonio Patriota. O embaixador americano Thomas Shannon, por sua vez, disse ao presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que não tem autorização de seu governo para comparecer ao Senado brasileiro.
Os Estados Unidos continuarão agindo como se nada tivesse acontecido enquanto o Brasil não souber exatamente do quê reclamar, apresentando provas de violação. Mais promissor é o depoimento de hoje, na mesma comissão, do jornalista Glenn Greenwald, do jornal britânico The Guardian, que revelou as práticas americanas que alcançaram vários países, inclusive o Brasil. Suas revelações decorreram de entrevista com Edward Snowden, o funcionário terceirizado da CIA que detonou o esquema.
Para o governo brasileiro, o caso pode ter a utilidade doméstica de dividir a agenda anterior, dominada por assuntos negativos, com os protestos de junho e a deterioração das relações entre o governo e a base de sustentação parlamentar. A atitude pouco civilizada de países europeus para com o presidente boliviano Evo Morales, negando pouso a seu avião por suspeitar que Snowden estivesse a bordo, propiciou aos países do Mercosul a reação concertada de sexta-feira passada.
Agora, entretanto, além dos protestos e cobranças, indiscutivelmente necessários, o governo brasileiro precisa oferecer duas respostas internas: informar com precisão se houve mesmo violações, de que natureza e em que áreas, e apresentar as medidas que serão tomadas, a curto, médio e longo prazos, para que deixemos de ser um país tão vulnerável.
Uma das maiores preocupações tem sido, compreensivelmente, com a segurança dos dados militares estratégicos. O Ministério da Defesa fez consultas a todos os comandos sobre a existência de sinais e indícios de violação, e as respostas foram todas negativas. Isso não quer dizer, naturalmente, que elas não tenham acontecido.
Para cuidar do assunto, a presidente Dilma instituiu um grupo de trabalho composto pelos ministérios de Relações Exteriores, Defesa, Ciência e Tecnologia, Justiça, Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e Comunicações. Por ora, foram divulgadas apenas duas medidas, que virão com pelo menos 20 anos de atraso, segundo especialistas. Uma, a implantação de cabo submarino entre o Brasil e a Europa, dispensando a passagem de dados por bases de retransmissão americanas. Outra, o lançamento de um satélite geoestacionário nacional, de natureza estatal. Mas isso, só para 2016. Hoje, o trânsito de informações militares ocupa a chamada banda X no satélite Star One, da Embratel. No furor privatista dos anos 1990, a empresa foi arrematada pelo grupo mexicano Telmex, levando junto os satélites que ela operava desde o regime militar. Hoje, parece inacreditável que tal entreguismo tenha ocorrido sem que os brasileiros tenham protestado. Diferentemente fez a Argentina, que tem os próprios satélites e até uma empresa, a Arsat, para geri-los. O Congresso, antes de sair em recesso branco, talvez consiga aprovar o marco civil da internet, que fechará algumas frestas.
Porta arrombada, cadeado nela. Muitas vezes já é tarde, mas, nesse caso, ainda há tempo. E não se fale em falta de inteligência nacional sobre o assunto. Já em 2009, no artigo "Segurança cibernética: o desafio da nova sociedade da informação", Claudia Canongia e Raphael Mandarino Júnior faziam advertências sobre nossa vulnerabilidade, relatando o que faziam outros países para se defenderem.
Recesso, ai que alívio!
Mesmo sem aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, o Congresso entrará em recesso, chamado branco porque não será oficial. Para o governo da presidente Dilma Rousseff, será um alívio. Ela, que gosta de dizer que não decide com a faca no pescoço, poderá fazer os ajustes essenciais para reaprumar o governo, depois da trepidação de junho. O ministro Marcelo Crivella, da Pesca, que esteve ontem com ela, disse não ter ouvido nada que faça pensar em reforma ministerial. Mas nenhum político experiente acha que Dilma poderá prescindir da reordenação do governo para superar a conjuntura instalada pelos protestos de junho e os conflitos com os aliados, que já existiam, mas se agudizaram.
Se ela acolher as críticas ao gigantismo da máquina governamental reduzindo ministérios, isso pode ter efeitos salutares sobre a economia, não pelo volume de recursos poupados, mas pelo sinal de compromisso com o ajuste fiscal. Faltarão, no entanto, pastas para contemplar todos os partidos aliados, e algumas políticas públicas serão afetadas. Se acabar com as secretarias da Mulher, da Igualdade Racial ou dos Direitos Humanos, por exemplo, a economia será de palitos, e o sinal para alguns segmentos sociais à esquerda será muito negativo.
Sem Lula
Recompor o ministério quando se governa com muitos partidos não é mesmo fácil. E, desta vez, Dilma não deve contar com o aconselhamento do ex-presidente Lula na montagem. Ele tem dito a amigos que ela precisará estar inteiramente à vontade para fazer as mudanças. Depois, dizem os amigos por conta própria, muitos dos ministros que ele recomendou ela demitiu. Alguns na tal faxina ética, outros por idiossincrasias que poderiam ter sido contornadas, como o ex-titular da Defesa Nelson Jobim.

Papamóveis chegam ao Rio para Jornada

IGREJA
Um avião da FAB aterrissou ontem na Base aérea do Galeão com os dois jipes que serão usados pelo papa Francisco durante o evento, entre os dias 23 e 28 deste mês
RIO - Os dois veículos que serão utilizados pelo papa Francisco no Rio e em Aparecida (SP) durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegaram ontem à Base aérea do Galeão, num avião da força aérea Brasileira (FAB). Os carros, um jipe branco e outro verde, foram levados ao Comando Aéreo Regional.
O Palácio do Planalto está preocupado com os papamóveis que Francisco usará no Rio, que são abertos nas laterais. A informação de que o papa usaria o jipe era sabida, mas havia a esperança de uma mudança de última hora.
Diante disso, deve ser feita uma readequação da segurança - que envolve homens do Exército e da Polícia Federal - durante os deslocamentos. Até ontem, porém, não havia previsão de mudança de itinerários, até porque é conhecida a atitude refratária do pontífice a protocolos rígidos.
O papa Francisco mudou a forma de contato com os fiéis em relação a papas anteriores. Usa jipes abertos quando circula pela Praça São Pedro, no Vaticano, abraça pessoas e até já trocou seu solidéu com o de outro fiel na multidão.
SAÚDE
A Prefeitura do Rio finalmente escolheu ontem as empresas que ficarão incumbidas de oferecer serviços de saúde aos fiéis durante a JMJ. Pelo preço total de R$ 7,4 milhões, elas terão de montar postos de atendimento e manter equipes médicas e ambulâncias em quatro áreas.
A Savior Medical Service Ltda. ficará responsável pelos eventos em Copacabana, onde a Jornada terá início, pelo evento na Glória e pelo trajeto percorrido a pé pelos fiéis rumo a Guaratiba. A empresa Sistema de Emergência Médica Móvel (Vida) será responsável pelo atendimento em Guaratiba, palco dos eventos finais da Jornada.
Lançada em 21 de junho, a licitação foi contestada pelo Ministério Público, que impetrou ação civil pública alegando que o evento é particular e por isso a responsabilidade de arcar com esses gastos é do Instituto Jornada Mundial da Juventude. Na sexta-feira, a Justiça suspendeu a licitação, mas horas depois o Tribunal de Justiça decidiu autorizá-la.

FAB divulga viagens na internet

A Força Aérea Brasileira (FAB) começou a divulgar ontem, no próprio site, dados de voos solicitados por autoridades dos três Poderes. A decisão de tornar públicas informações como origem, destino, data e nome da autoridade solicitante, número de passageiros e motivo da viagem foi tomada após a revelação de que um ministro e os presidentes da Câmara e do Senado usaram aviões oficiais para ir ao jogo da seleção brasileira no Rio e a uma festa na Bahia. Nomes de todos os passageiros, que a FAB diz descartar após a viagem, e dados de voos já realizados, não serão disponibilizados agora. Ontem, foram lançados dados de viagens realizadas entre 12 e 14 de julho, por dez ministros.
A FAB explicou que os registros serão atualizados em dias úteis, e informações sobre um voo iniciado em uma sexta-feira e encerrado no dia seguinte, por exemplo, estarão disponíveis no primeiro dia útil subsequente. Serão divulgados apenas dados de voos já realizados.
Em nota, o Ministério da Defesa alega razões de segurança para que as informações sobre os voos sejam inseridas na página da FAB até as 18 horas do primeiro dia útil seguinte ao término da viagem.
Ainda segundo a nota, nos casos em que a missão oficial for composta de mais de um trecho, a informação virá a público no primeiro dia útil após a conclusão do último trecho voado. Decreto em vigor estabelece que as autoridades só podem usar as aeronaves oficiais em casos de segurança e emergência médica, viagens a serviço ou deslocamentos para seus locais de residência permanente.
Nas informações já divulgadas pela FAB, os ministros solicitaram aviões para trabalhar, ir para casa no final de semana e emergência médica. As informações estão no site www.fab.mil.br.

Proposta de recursos para aeroportos recebeu oito vetos

A terceira comissão instalada vai analisar o Veto 21/2013 ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 10/2013, que repassou recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para reforma e modernização dos aeroportos regionais. Dos 18 itens tratados no projeto, a presidente Dilma vetou 8.
Um deles foi a autorização de parcelamento, em até 360 prestações mensais, dos débitos de Santas Casas de Misericórdia, Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e demais entidades hospitalares sem fins lucrativos com autarquias (INSS, por exemplo), fundações públicas e dívidas ativas. As dívidas teriam desconto de 60% das multas de mora e de ofício, de 20% dos juros de mora e de 100% dos encargos legais.
Na justificativa, a presidente argumenta que a autorização de parcelamento é insuficiente para resolver a médio e longo prazo os problemas de gestão e financiamento dessas entidades. O governo vai elaborar nova proposição sobre o tema.
Outro ponto vetado foi a criação do Certificado de Direito de Uso de Bem Público Imobiliário (Cedupi), que permitiria a organizações sociais e entidades privadas o uso de imóveis públicos desocupados para ações de atendimento ao interesse da população. Para o Executivo, a legislação patrimonial vigente já conta com instrumentos para isso.
A comissão será formada pelos senadores Ivo Cassol (PP-RO), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Eduardo Amorim (PSC-SE). Os deputados indicados são Amauri Teixeira (PT-BA), Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), Marcus Pestana (PSDB-MG), João Lyra (PSD-AL) e Glauber Braga (PSB-RJ).
As comissões terão 30 dias para analisar os vetos, que deverão ser votados pelo Congresso ao fim do prazo.

Campos terá de explicar uso de jatos e helicópteros

Assembleia pede relatório sobre gastos de R$ 5 milhões com aluguel de aeronaves desde janeiro do ano passado; governador não se pronuncia

Angela Lacerda
Recife

A bancada de oposição a Eduardo Campos (PSB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco vai pedir expli­cações oficiais sobre o uso de jatinhos e helicópteros freta­dos por parte do governador.
Desde janeiro do ano passa­do, os gastos dos cofres públi­cos pernambucanos com essas aeronaves totalizaram R$ 5,17 milhões, dos quais R$ 3,6 mi­lhões em 2012 e pelo menos R$ 1,5 milhão neste ano.
O governo estadual não dis­põe de avião próprio. Campos, presidente nacional do PSB e possível candidato à Presidên­cia da República nas eleições do ano que vem, costuma alugar os jatinhos e os helicópteros.
Os gastos com as viagens do governador foram revelados peloJornal do Commercio anteon­tem, com base em dados do Por­tal da Transparência. Os serviços de deslocamento de Campos são realizados em aviões executivos e helicópte­ros de ao menos três empresas - Sociedade de Táxi Aéreo Wes­ton Ltda., Easy Táxi Aéreo Ltda. e Colt Táxi Aéreo S.A.
No ano passado, foram con­tratados 73 voos do gênero, dos quais 15 deles de helicóptero. Neste ano, foram 30 os vooscontratados pelo governo.
"Queremos todas as informa­ções sobre estas viagens: o desti­no, os passageiros, a motiva­ção", afirmou ontem o líder da oposição na Assembleia per­nambucana, deputado estadual Daniel Coelho (PSDB). "É preci­so saber se estes gastos são do interesse do Estado", comple­tou o parlamentar tucano.
"Não queremos dizer que ele está fazendo pré-campanha, mas é preciso que estes gastos fiquem claros e transpa­rentes", afirmou Coelho, se­gundo quem a oposição "não quer prejulgar", mas conside­ra fundamental que todas as viagens sejam identificadas para que fique claro se todos os deslocamentos foram de fa­to realizados a serviço do go­verno ou se, ao contrário, aten­deram a Campos na condição de presidenciável e presiden­te nacional do PSB.
O deputado enfatizou que "os números são elevados e acendem o sinal de alerta", espe­cialmente porque, na sua avalia­ção, "Pernambuco enfrenta si­tuação difícil". "O Estado tem o pior déficit fiscal do País, mais de R$ 1 bilhão", afirmou.
Diante do recesso da Assem­bleia Legislativa, o pedido só se­rá encaminhado ao governo no dia primeiro de agosto. O prazo para a resposta é de 30 dias. O governador participou on­tem, na sede provisória do go­verno, no Centro de Conven­ções, de um evento para come­morar um ano de atividade da Comissão Estadual da Memó­ria e Verdade Dom Hélder Câmara, mas não deu entrevistas. Ele chegou a ser indagado por uma repórter, mas se esquivou. Sua assessoria de imprensa tam­bém não comentou o caso.
Divulgação. O Portal da força aérea Brasileira (FAB) come­çou a divulgar ontem os voos em seus jatinhos feitos por auto­ridades do Executivo Federal Os primeiros informes tor­nados públicos listaram via­gens feitas pelas autoridades, a maioria ministros da presi­dente Dilma Rousseff, entre os dias 12 e 14 deste mês. O núme­ro de autoridades que usa es­ses aviões "privê"tem cresci­do na gestão Dilma.
R$ 5 milhões foi o gasto do governo Campos com jatinhos e helicópteros de janeiro de 2012 até agora. R$ 1,5 milhão foi o gasto com essas aeronaves neste ano pré-eleitoral.

Manifestações entram na rota do pontífice no Rio

A onda de protestos iniciada no País em junho alcançará o papa Francisco em sua estada no Rio

Pelo menos duas manifestações já estão confirmadas para a próxima semana na cidade, durante a Jornada Mundial da Juventude. Os atos ocorrerão em Copacabana, nos dias 26 e 27. Hoje à noite haverá uma plenária do Fórum de Lutas, coletivo que reúne estudantes e representantes de diferentes movimentos sociais, para decidir sobre possível apoio a essas manifestaçõese discutir sobre novos atos durante a visita do papa.
Batizado de “papa, veja como somos tratados", o protesto do dia 26 está previsto para as 17h, com concentração na estação de metrô Cardeal Arcoverde. Os organizadores afirmam que o ato não é contra a vinda do pontífice ou contra a Igreja.
Eles pretendem aproveitar a visibilidade da Jornada para protestar contra a corrupção e por melhoria dos serviços públicos, A partir das 18h, o papa estará no palco a 1 km do local de concentração da manifestação para acompanhar a Via Sacra, na qual um elenco de 300 pessoas encenará o trajeto percorrido
por Jesus em Jerusalém.
No sábado, a Marcha das Yadias organiza um ato às 14 horas. A concentração será no Posto 5, de onde os manifestantes devem caminhar pela orla em direção ao Posto 2. Neste dia, as atividades da Jornada se concentrarão em Guaratiba, zona oeste do Rio, onde ocorrerá iuma série de shows durante todo o dia, além da vigília.
Saúde, A Prefeitura do Rio escolheu ontem as empresas que ficarão incumbidas de oferecer serviços de saúde aos fiéis durante a Jornada Mundial da Juventude. Pelo preço total de R$ 7,4 milhões, as empresas terão de montar postos de atendimento e manter equipes médias e ambulâncias em 4 áreas, Na sexta-feira, a Justiça havia suspendido a licitação, mas horas depois o Tribunal de Justiça decidiu autorizá-la.

Avião com papamóvel chega ao Rio

Cargueiro da FAB desembarcou com dois veículos para o pontífice. Maiores trechos que Papa vai percorrer são em Copacabana e Guaratiba.

Andressa Gonçalves
Do G1 Rio

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou, na tarde desta segunda-feira (15), na Base Aérea do Galeão, transportando os dois veículos que serão utilizados pelo Papa Francisco no Rio de Janeiro e em Aparecida (SP) durante a Jornada Mundial da Juventude. O pouso ocorreu por volta das 12h40.
Os carros do papa, um jipe branco e outro na cor verde, vieram a bordo de um avião cargueiro, modelo Hércules C-130. Os veículos vão depois para o Terceiro Comando Aéreo Regional (III Comar), no Centro. Agentes da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal, além da escolta do Vaticano, acompanham a chegada e o translado dos carros.
Os trajetos da vista do pontífice já foram definidos. Os fiéis estão ansiosos com a possibilidade de ver o Papa de perto. "O objetivo é ver de perto. Chegar perto e ver, não assim junto dele, mas próximo ao carro", contou a dona de casa Gessy Marone.
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Carros seguiram para o III Comar, no Centro do Rio (Foto: G1)
O Papa Francisco deve usar o papamóvel 12 vezes, os maiores trechos serão em Copacabana e em Guaratiba, nas zona Sul e Oeste, respectivamente. Em Copacabana, nos dias 25 e 26, o papamóvel sai do Forte e segue pela orla até o palco na altura da Avenida Princesa Isabel.
Além do papamóvel, o pontífice terá disponível um jipe verde. Um dos pedidos do Papa para a Jornada Mundial da Juventude foi ter contato com as pessoas.
"Em Roma, já no dia da posse, eu estava lá e vi o Papa Francisco pedir pra para o jipe para poder se dirigir a um rapaz doente, pode estar com ele, apertar a mão, dar uma benção, isso é muito dele", garantiu monsenhor Joel Portella, secretário executivo do Comitê Organizador Local.
Segurança
O esquema de segurança segue os padrões de visitas internacionais dos papas. "Nós, desde que começamos a organização da Jornada, nunca ligamos para a segurança a Rio de Janeiro, cidade grande, problema tem em todo lugar. Agora, o próprio papa prefere quebrar os protocolos de segurança a estar distante das pessoas", completou.

Espionagem destaca urgência de o Brasil ter seu satélite, diz Defesa

Autoridades temem que dados sigilosos tenham sido espionados após denúncia de que os Estados Unidos monitoraram telefonemas e e-mails

As Forças Armadas reafirmaram a necessidade de o Brasil dispor de seu próprio satélite de comunicação militar depois das denúncias de que o governo americano violou de telefonemas e transmissão de dados de empresas e cidadãos brasileiros. Atualmente, o País depende de empresas estrangeiras para estabelecer canais de comunicação via satélite dentro do próprio território e, para dar conta da demanda, aluga os equipamentos ao custo anual de mais de R$ 100 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Após 30 anos de desenvolvimento, Brasil quer lançar satélite em 2015
O Ministério da Defesa tratou da necessidade de acelerar esse investimento em reuniões oficiais nos últimos dias. O governo espera que o episódio seja decisivo para evitar novos atrasos na licitação para a construção do satélite, que está em andamento e - em uma nova estimativa otimista - deve ficar pronto e entrar em operação em abril de 2016. Em 2009, quando foi mais uma vez prometida a construção do satélite geoestacionário brasileiro, a previsão era que sua entrada em operação ocorreria em 2014, ao custo de R$ 700 milhões (na época). Agora, a expectativa de gastos já ultrapassa o R$ 1 bilhão.

Bolívia revistou avião de Amorim em busca de opositor

Por Fabio Murakawa
De São Paulo

Meses antes de expressar repúdio pela retenção e revista do avião de seu presidente na Europa, sob suspeita de que levava o ex-agente da CIA Edward Snowden, o governo boliviano reteve e revistou a aeronave que levaria o ministro da Defesa, Celso Amorim, de volta ao Brasil após uma visita à cidade de Santa Cruz de la Sierra, no ano passado. A busca, feita inclusive com cães farejadores, aconteceu em meio a suspeitas de que Amorim levava a bordo o senador de oposição Roger Pinto, que está refugiado há mais de um ano na Embaixada do Brasil em La Paz.
A informação, divulgada no último fim de semana pelo site "Diário do Poder", do jornalista Claudio Humberto, foi confirmada ao Valor por fontes do governo brasileiro. O incidente ocorreu em 3 de outubro do ano passado, segundo as fontes, quando Amorim visitou a Bolívia para a doação de dois helicópteros da força aérea Brasileira (FAB) ao país, para serem usados no combate ao narcotráfico.
Segundo as fontes do governo brasileiro, o Itamaraty emitiu uma nota de protesto pela vistoria do avião de Amorim. Uma das fontes afirma que, em resposta, os bolivianos "responderam com um pedido de desculpas". Outra fonte afirma que Amorim permitiu a revista do avião, que pertence à FAB. O incidente vinha sendo mantido em segredo pelos dois países.
Questionado pelo Valor, o Ministério da Defesa disse que não comentaria o assunto. Já o Ministério das Relações Exteriores disse que "a assessoria de imprensa não tem conhecimento dessa informação" [a vistoria do avião de Amorim e a nota de protesto].
Já o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia "não confirma nem nega" o incidente.
A informação vem à tona poucos dias depois da indignação expressada por quase todos os países sul-americanos com a retenção do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, na Europa, no dia 3 de julho. Na ocasião, Itália, França, Espanha e Portugal fecharam seu espaço aéreo para o avião presidencial. Isso obrigou a aeronave a pousar na Áustria, onde ela foi revistada. O episódio ocorreu por conta da caçada promovida pelo governo americano a Snowden, que revelou no mês passado que o Wa-shington monitora dados de internet e telefonemas para "combater o terrorismo". Os países europeus negaram que o incidente tivesse relação com Snowden.
O caso gerou uma reunião de emergência da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e foi destaque da agenda da cúpula do Mercosul, na semana passada. Reunidos em Montevidéu, os presidentes de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela decidiram convocar seus embaixadores nos quatro países europeus para consultas - uma medida diplomática que sinaliza um forte mal-estar entre os países, sem implicar rompimento das relações bilaterais.
O senador Roger Pinto chegou à embaixada brasileira em La Paz em 28 de maio do ano passado. Alvo de mais de 20 processos judiciais, ele diz sofrer perseguição política após ter denunciado o envolvimento de altas autoridades do governo boliviano com o narcotráfico. Pinto pediu e recebeu asilo político da presidente Dilma Rousseff, mas permanece na embaixada, pois Morales se recusa a conceder-lhe um salvo-conduto para que ele deixe o local sem ser preso.
Brasil e Bolívia formaram uma comissão bilateral em março para tentar uma solução, mas a embaixada está alijada do caso. Para Morales, o embaixador brasileiro em La Paz, Marcel Biato, passou "informações incorretas" a Dilma a respeito do senador. A ministra da Comunicação boliviana, Amanda Dávila, chegou a chamar Biato de "porta-voz da oposição".
O mal-estar levou à troca do embaixador, a pedido de La Paz, apurou o Valor. Biato deve ir para a Suécia. Ele já recebeu o "agrément" de Estocolmo, mas seu nome ainda tem que ser aprovado pelo Senado brasileiro.

Safran amplia engenharia no Brasil

Virgínia Silveira
o Valor, de São José dos Campos

O grupo francês Safran, com atuação nos setores de propulsão aeroespacial, equipamentos aeronáuticos, defesa e segurança, está ampliando sua área de engenharia no Brasil. A empresa contratou recentemente 29 engenheiros, dos quais já enviou seis para treinamento na matriz. Até o próximo ano, segundo o diretor Paulo Rubens Lancia Cury, a empresa pretende ampliar seu quadro de engenheiros para 50.
A equipe, que ficará dedicada aos atuais projetos da Safran Aeronáutica no Brasil, principalmente para a Embraer e Helibras, está instalada em um escritório em São José dos Campos (SP), inaugurado no fim de maio, com investimentos de US$ 2 milhões.
"A contratação de engenheiros e projetistas aeronáuticos no Brasil é sempre um desafio. Por isso decidimos investir pesadamente em treinamento", explicou o executivo. Entre os contratados pela Safran até agora, segundo ele, a maioria veio de instituições como Unicamp e das Universidades Federais de Minas Gerais, Santa Catarina, São Carlos e Rio Grande do Sul.
O grupo faturou € 13,6 bilhões em 2012 e investe da ordem de € 1,6 bilhão por ano em pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, possui operações em 58 países e emprega 62.558 pessoas.
No Brasil, o grupo Safran também possui algumas unidades fabris, como a Turbomeca Motores, no Rio de Janeiro, que faz manutenção e revisão de motores de helicópteros. A empresa vai fabricar no país os motores dos helicópteros EC 725, que a Helibras está fornecendo para as forças Armadas Brasileiras.
O principal negócio da Safran no país hoje, segundo Cury, vem das operações da empresa Morpho, que possui uma fábrica de cartões de crédito e chip de celular em Taubaté (SP). O grupo também adquiriu, recentemente, por meio da subsidiária Sagem, a empresa Optovac, de optrônicos de pequeno porte. As operações da Optovac, de acordo com o diretor, estão sendo ampliadas.
A Safran Aeronáutica, que abriga a unidade da Engineering Services, com o escritório em São José, está trabalhando a todo vapor, principalmente em apoio às atividades que tem com a Embraer. "Fomos selecionados para fornecer alguns sistemas do KC-390 por meio de quatro subsidiárias do grupo e temos boas expectativas de crescimento dos nossos negócios no setor aeronáutico", explicou.
A Sagem Defesa e Segurança, por exemplo, está desenvolvendo o atuador da empenagem horizontal da aeronave. A Hispano-Suiza fará o sistema elétrico de geração de energia e a Messier-Bugatti-Dowty, os freios, rodas e sistemas de controle. A Technofan é responsável pelo sistema de ventilação do KC-390.
Parceira da Embraer há 40 anos, a Safran forneceu o trem de pouso da aeronave Bandeirante. Na época a empresa se chamava Eran, adquirida depois pela Messier-Bugatti-Dowty, que hoje faz parte da holding Safran. O grupo também participa dos E-Jets 170/190. A Technofan fornece os sistemas de ventilação das aeronaves e a Aircelle, outra empresa da holding, fabrica as naceles para a GE, dos motores do E-175.
A cablagem dos jatos executivos Phenom são fornecidas pela Labinal, também pertencente ao grupo francês. Na área de defesa a Safran está presente nas aeronaves Super Tucano. A Hispano-Suiza/Goodrich fornece os geradores elétricos dos Super Tucanos da força aérea Brasileira (FAB), que operam no Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia).

FAB divulga dados sobre voos oficiais

Informações sobre uso de aviões estarão disponíveis regularmente na internet

A força aérea Brasileira (FAB) divulgou em seu portal na internet informações sobre os voos em aeronaves oficiais requisitados por autoridades. O governo federal havia prometido disponibilizar os dados após a repercussão negativa de viagens feitas por parlamentares, questionadas pela opinião pública.
São divulgadas informações referentes à autoridade, trajeto, data, horário de decolagem e pouso do voo, além do motivo da solicitação da aeronave. Para conferir, basta acessar www.fab.mil.br/acessoainformacao e selecionar a opção "Registro de Voos".
A página também veicula o total de passageiros previstos para embarque, com base na informação prestada pela autoridade que solicitou o voo. Por razões de segurança, alegou a FAB, os registros sobre os voos serão inseridos no site até as 18h do primeiro dia útil seguinte ao término da viagem. Nos casos em que a missão oficial for composta de mais de um trecho, a informação virá a público no primeiro dia útil após a conclusão do último trecho voado.
De acordo com a FAB, a medida atende ao previsto na Lei de Acesso à Informação e é resultado de acordo firmado entre os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, com apoio do Comando da Aeronáutica.
Na semana passada, o Senado aprovou pedido do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para que o Ministério da Defesa, a quem a FAB é subordinada, encaminhe em 30 dias informações sobre os voos realizados por autoridades nos aviões da Aeronáutica.
Foi pedida, ainda, a divulgação de quantas viagens foram feitas desde 2002, datas e nomes de quem as pediu, rotas cumpridas pelas aeronaves, horários de chegada e partida, e nomes de eventuais acompanhantes.
POLÊMICA aérea. Debate veio à tona em junho
- Os presidentes da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), utilizaram aviões da FAB para viagens de compromissos extraoficiais no mês passado, como um casamento, por exemplo.
- Decreto em vigor estabelece que as autoridades só podem usar os aviões em casos de segurança e emergência médica, viagens a serviço ou deslocamentos para seus locais de residência permanente.
- Diante da repercussão negativa, o governo anunciou a intenção de divulgar na internet dados sobre uso de aeronaves oficiais, e o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) apresentou projeto de lei que regula o uso de aviões da Aeronáutica.

JORNAL DE UBERABA (MG)

Uberaba pode perder torre de comando para Uberlândia

Maria das Graças Salvador
Uberaba pode perder a torre de comando do Aeroporto Mário Franco para o aeroporto de Uberlândia. O alerta é do vereador Antônio Carlos Silva Nunes – Tony Carlos (PMDB). Bairrista, o vereador afirma categoricamente que “Uberlândia está tomando nossa torre de comando. Uberaba tem duas torres, uma de pouso e decolagem e uma de controle de aproximação. Com a torre de controle, o aeroporto de Uberaba comanda boa parte do tráfego aéreo nacional. Mas isso pode estar acabando e até sendo transferido para Uberlândia, por falta de ação política”, alerta Tony Carlos.
O vereador lembra que em Uberaba são 25 controladores que verificam o espaço aéreo de diversas cidades e estados. “Para fazer o controle de aproximação, todos os aviões têm de reportar à torre de Uberaba, que tem a jurisdição do espaço aéreo sentido Ribeirão Preto (SP), Brasília (DF). Só que enquanto Uberaba discute a ampliação do aeroporto, se será feito e como será feito, em Uberlândia o prefeito determinou fazer a adequação às normas. E eles estão fazendo, inclusive com a construção da torre de comando. Ou seja, será mais uma que Uberaba irá perder”, lamenta o vereador.
Tony Carlos vai além e informa que Uberaba está treinando os controladores de Uberlândia que irão assumir o tráfego aéreo sentido Uberlândia/Brasília. “Toda vez que um avião cruza o céu na região, Uberaba assume esta demanda, que representa receita para o município. Com isso, vamos perder receita. E esta não é a única situação. Recentemente perdemos Araxá. Era Uberaba quem comandava o auxílio à navegação de Araxá, que passou a ser da Força Aérea Brasileira (FAB)”, explica.
O vereador afirma, ainda, que o aeroporto de Uberaba atualmente está deficitário e que se perder mais este comando ficará com mais dificuldade. “Meu temor é que esta conquista da década de 80 seja inviabilizada, fazendo com que Uberaba perca suas jurisdições. Vamos ficar com torre de comando, mas perdemos receita porque os aviões vão retornar por Uberlândia. Pode ser até que nossos controladores sejam transferidos para Uberlândia. Como o nosso aeroporto está deficitário, acaba sendo mantido com recursos de grandes aeroportos. Com este redesenho do espaço aéreo, mais uma vez, Uberaba tem a perder e as conquistas ganhas aos poucos vão se perdendo. Só tenho a lamentar. Já alertei a todos sobre o risco”, lamenta Tony Carlos, lembrando que também podem ocorrer demissões. Atualmente, conta, o aeroporto de Uberaba tem cerca de 180 funcionários, sendo 86 diretos, 20 bombeiros militares, além de funcionários terceirizados da segurança e limpeza.
A reportagem do JORNAL DE UBERABA (JU) entrou em contato com o aeroporto, mas a pessoa responsável pelo setor estava viajando e o superintendente não atendeu a ligação.



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