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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 27/03/2013





Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Embraer inaugura unidade para montar Super Tucanos

Serão fornecidos 20 aviões de apoio para a Força Aérea dos Estados Unidos

A embraer inaugurou ontem as instalações para montagem dos aviões Super Tucano que serão fornecidos para a Força Aérea dos Estados Unidos. A inauguração da unidade em Jacksonville, na Flórida, contou com a presença do presidente da fabricante brasileira, Frederico Curado e de autoridades estaduais e locais. No fim de fevereiro, a embraer venceu a norte-americana Beechcraft na disputa para fornecer 20 aviões de apoio para a Força Aérea dos Estados Unidos, que serão utilizados em missões no Afeganistão. A empresa norte-americana, entretanto, informou na semana passada que está processando a Força Aérea dos EUA para que paralise o contrato hoje em vigor. A Força Aérea norte-americana, por sua vez, autorizou que a embraer e a sua parceira Sierra Nevada continuassem trabalhando no pedido de US$ 428 milhões. ■ Reuters


Enchentes atingem as quatro maiores cidades do Acre

Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

Brasília - Apesar de não tão intensas quanto no ano passado, as chuvas no Acre causaram, em 2013, enchentes nas quatro maiores cidades do estado. Na capital, Rio Branco, o rio que dá nome à cidade atingiu na manhã de hoje (26) a marca de 15,07 metros, 1,07 metro acima da cota de transbordamento (14 metros) registrada há quatro dias. A cota de alerta (13,5 metros) foi atingida há cerca de uma semana.
A Defesa Civil tem apenas os números relativos à capital Rio Branco, onde há 165 famílias (670 pessoas) desabrigadas e 22 famílias (69 pessoas) desalojadas. “Os números correspondem às pessoas retiradas pelas nossas equipes na capital”, destacou o major Eudemir Bezerra, do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, há 190 pessoas mobilizadas nas equipes dos bombeiros, do Exército e da prefeitura de Rio Branco para atender os atingidos pelas enchentes.
De acordo com o major, as principais cidades acrianas passam por problemas semelhantes. “As quatro maiores cidades registram altas similares de seus rios”, disse referindo-se a Sena Madureira, a 180 quilômetros (km) da capital, por onde passa o Rio Iaco; a Cruzeiro do Sul, localizada a 630 km de Rio Branco, que sofre com as cheias do Rio Juruá; e a Parauacá, localizada a 405 km da capital.
Não há, até o momento, registro de mortes. “As enchentes por aqui não costumam provocar mortes porque não há águas torrenciais na região. Apenas inunda. Mesmo assim causou muitos prejuízos aos ribeirinhos que levam vida na agricultura. Na cidade, algumas pessoas que moravam próximo ao rio perderam suas residências”, disse o Major.
Apesar dos problemas, Eudemir Bezerra acredita que a tendência é de a situação melhorar a partir dos próximos dias. “Março costuma ser o último mês de inverno. Não é comum cheias a partir da primeira semana de abril. Imagino que a cheia deste ano chegue a, no máximo, 15,7 metros, longe da marca atingida no ano passado (17,64 metros), quando foi registrada a segunda maior cheia histórica do estado”.

Câmara aprova licenças maternidade e paternidade para militares

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, nesta terça-feira (26), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 5896/09, do Executivo, que regulamenta as licenças maternidade e paternidade para os militares das Forças Armadas.

A proposta incorpora o direito às licenças para pais adotantes e inclui a licença-maternidade opcional de 180 dias (Lei 11.770/08), aprovada pela Câmara em 2008 e que já está regulamentada para as servidoras do Executivo.

O projeto seguirá para o Senado, a menos que haja recurso para sua análise pelo Plenário. O texto já havia sido aprovado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Seguridade Social e Família.

O relator na CCJ, deputado Luiz Couto (PT-PB), recomendou a aprovação da proposta com duas emendas acolhidas anteriormente pela Comissão de Seguridade Social. A primeira delas corrige a suposta “inexatidão” de um artigo que dizia respeito à possibilidade do tempo de serviço da militar temporária ser interrompido enquanto estiver em licença-gestante ou à adotante. Se isso ocorrer, a emenda garante que o tempo de serviço adicional cumprido pela militar temporária contará para todos os fins de direito, exceto para caracterização de estabilidade.

A outra emenda estabelece que ato do Poder Executivo também vai disciplinar a concessão das licenças à gestante.

Câmara Municipal de SP flexibiliza normas de instalação de heliponto

André Monteiro
De São Paulo

A Câmara Municipal aprovou ontem, em segunda votação, um projeto de lei que flexibiliza as normas para a instalação de helipontos em São Paulo. O texto segue para o prefeito Fernando Haddad (PT), que poderá sancionar ou vetar a medida.
 O projeto, de autoria do vereador Milton Leite (DEM), reduz de 300 metros para 200 metros a distância mínima dos helipontos em relação a escolas, creches e hospitais.
Também livra dessa distância helipontos que comprovem emitir baixos níveis de ruído e libera os que já têm alvará ou que precisem apenas revalidá-lo.
Outra mudança é a redução de 10 para 5 metros o recuo mínimo dos helipontos.
Empresas e condomínios consideram as regras atuais, em vigor desde 2009, muito rígidas. Por esse motivo, têm buscado autorização na Justiça para liberar helipontos com distâncias menores. Havia decisões favoráveis e contrárias, ainda não definitivas.
Além das empresas, o projeto também tem o apoio da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero.
Representantes de ONGs e de associações de moradores são contra o projeto, e no fim do ano chegaram a protocolar pedido de suspensão da votação na Câmara.
O documento foi entregue após uma reunião pública da Comissão de Meio Ambiente, no dia 13 de novembro.
"O projeto tem conflitos de interesse em todos os níveis", diz Márcia Vairoletti, da Associação Defenda São Paulo, uma das signatárias. Também pediram a suspensão a associações de moradores da Lapa, Pacaembu e Butantã.
O promotor de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes questionou a proposta durante a reunião. "É preciso que a população seja mais ouvida. O barulho do helicóptero coloca a saúde das pessoas em perigo. Além disso, não temos segurança aérea suficiente", disse.
Na ocasião, ele afirmou ainda que em Paris notou que políticos vão trabalhar de transporte público, enquanto a prefeitura tem sete helipontos. "Que o Hospital das Clínicas precisa de um heliponto não se discute, mas na alameda Santos é discutível."
O vereador Gilberto Natalini (PV), que convocou a reunião pública no ano passado, foi o único a votar contra.
"Não somos contra os helicópteros, o que a gente pede é um ordenamento para que uma coisa para poucos usuários não prejudique toda uma comunidade", diz Márcia Vairoletti.


O resultado de inovar

CONEXÃO FUTURO Brasileiras que já descobriram a inovação e tecnologia como diferenciais fizeram delas uma rotina lucrativa. No último dia da série do JC, a repórter Angela Fernanda Belfort traz ainda alertas sobre a urgência do tema, com o depoimento de especialistas na área.

A inovação e os investimentos em tecnologia fazem a diferença no lucro e na longevidade das empresas. Algumas companhias brasileiras já têm na pesquisa e desenvolvimento (P&D) uma alavanca direta de crescimento. Destaque no setor de aviação comercial, a Embraer é um modelo verde e amarelo de negócio baseado no conhecimento. Ela tem aviões em 65 companhias aéreas pelo mundo e, para manter a performance de vendas, precisa constantemente melhorar seus produtos e se antecipar às demandas. Por isso investe em P&D, todos os anos, uma cifra média de R$ 1,2 bilhão."O desafio é grande para nos mantermos no mercado. Tecnologia e inovação garantem nossa sobrevivência", resume o engenheiro- chefe da fabricantes de aviões, Emílio Matsuo.
A Embraer fomenta conhecimento, especialização e registro de patentes. O estímulo começa nos engenheiros recém-contratados, que passam por um treinamento conjunto com o Instituto Tecnológico de aeronáutica (ITA). A companhia também realiza anualmente um seminário de tecnologia e inovação em que funcionários apresentam centenas de trabalhos, um evento para estimular ainda mais a produção e troca de conhecimento.
Na Embraer, as parcerias com universidades e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) surgiram há mais de 10 anos, quando ela fundou sua diretoria de tecnologia. Hoje há projetos de P&D com o ITA, para montagem de estruturas, com a Universidade de São Paulo (USP), sobre conforto nas cabines, e com outras duas instituições de ensino (com projetos confidenciais). A Embraer já usou todos os mecanismos de fomento à inovação e pesquisa existentes no Brasil, a exemplo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e das Fundações de Amparo à Pesquisa de São Paulo e também de Minas Gerais.
"A guerra não está ganha, muito pelo contrário. O mundo globalizado é muito competitivo. A inovação tem que estar no DNA de todas as áreas da empresa e em todas as pessoas", diz Matsuo. "Muitos concorrentes nossos de 20 anos atrás nem estão mais no mercado", comenta o engenheiro-chefe. "A educação transforma com uma rapidez maior do que se imagina", completa o presidente da Embraer, Frederico Curado. Até outubro passado, a companhia havia registrado 286 pedidos de patentes nos Estados Unidos, Brasil, União Europeia, China e Japão.
A Embraer tem proporções de gigante, mas não é a única multinacional brasileira com essa cultura. A Baterias Moura, de Belo Jardim, leva sua produção do Agreste pernambucano para vários países. Só em 2012 ela investiu R$ 10 milhões em P&D, mostra da cultura de incorporar resultados de estudos com universidades e ICTs - para onde destinou, na ordem, R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão ano passado. Os outros R$ 7,5 milhões na área, em 2012, foram no centro de P&D da própria Moura.
Em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande, a empresa se prepara para fabricar no País o equipamento que dá a primeira carga na bateria, hoje importado. "Serão feitos seis protótipos. A expectativa é que em 2014 o equipamento seja usado em todos os nossos produtos", conta o diretor de Negócios Corporativos da Moura, Luiz Mello.
A pernambucana é líder no setor automotivo e deve produzir este ano 6,5 milhões de baterias, sem contar seus outros segmentos, como acumuladores industriais. A Moura planeja para 2013 o maior investimento em P&D da sua história: R$ 30 milhões. "Foi uma decisão estratégica. Sem inovar, a empresa não terá vida longa", diz Mello. A atenção é para mudanças que vão impactar seus negócios em um futuro próximo, como o carro elétrico.
Também com origem no Estado, a Serttel foi a primeira a ter parceria com a UFPE. É outro exemplo de negócio que tem o conhecimento como âncora. A Serttel administra a maior rede semafórica do mundo. São oito cidades, com 6,2 mil semáforos só em São Paulo e mais 670 no Recife. A empresa fabrica o aparelho e ainda presta o serviço de monitoramento online da rede.
Nos últimos 4 anos, a Serttel investiu em média R$ 1 milhão por ano em P&D, em parcerias com ICTs e universidades. "Do total, metade foram recursos próprios e o restante veio de empréstimos destinados a investimentos em inovação e subvenção econômica (da Finep), entre outros. Criamos o hábito de fazer pesquisa, prospecção e desenvolvimento de um produto inovador", explica o presidente da empresa, Angelo Leite.
"A vida da Serttel mudou depois que passamos a ter acesso aos recursos que fomentam pesquisa e inovação", relata Angelo. Ele diz que os resultados foram crescimento acelerado e novos serviços. Todos os projetos com dinheiro destinado a inovação resultaram em novos produtos. A empresa gerou cinco patentes na categoria modelo de utilidade (são aperfeiçoamentos de um produto, como um tipo de lâmpada usada em um semáforo) e quatro registros de software. Falar em aperfeiçoar uma lâmpada, à primeira vista, pode parecer pouco. Mas é o tipo de inovação que no dia a dia faz toda a diferença em um negócio.


Embraer abre unidade do Super Tucano nos EUA

Fábrica da Flórida entregará primeiras unidades da aeronave para a Força Aérea americana em 2014

Luciana Callet

A embraer inaugurou ontem as instalações em Jacksonville, na Flórida, onde vai montar os aviões do Programa LAS (Light Air Support), ou Apoio Aéreo Leve, para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês). De acordo com a empresa, as atividades já estão em andamento na preparação para as operações industriais. A entrega da primeira aeronave A-29 Super Tucano está programada para meados de 2014.
Em 27 de fevereiro, a USAF concedeu o contrato do programa LAS à Sierra Nevada Corporation (SNG) e à embraer para o fornecimento de 20 aeronaves A-29 Super Tucano e dispositivos de treinamento em solo, treinamento de pilotos e de manutenção e apoio logístico, num negócio avaliado em US$ 427,5 milhões. Os aviões serão usadas para fornecer apoio aéreo leve, reconhecimento e capacidade de treinamento aos militares do Afeganistão.
As duas empresas já haviam vencido o mesmo contrato em 2011, mas a única concorrente na disputa, a americana Beechcraft, contestou a decisão e o governo americano decidiu fazer nova licitação, vencida novamente pelas duas companhias. Após reiterada a escolha pelo Super Tucano, a concorrente apresentou um novo protesto, contestando o resultado da licitação.
A Beechcraft, que acaba de sair de uma concordata, diz que, com a opção pela embraer, cerca de 1,4 mil postos de trabalho no Kansas e em outros Estados americanos estão em perigo, alegando que, com a decisão, a Força Aérea estaria transferindo a geração de empregos para o Brasil.
Em nota à imprensa, a embraer destacou que, por meio do programa LAS, a empresa e a I Sierra Nevada darão suporte a mais de 1,4 mil empregos em mais de 100 empresas em todo o território americano. Salienta também que a sede americana da embraer, localizada em Ft. Lauderdale, na Flórida, atualmente emprega mais de 1,2 mil pessoas.
Nas instalações da embraer de Jacksonville, num hangar de 3,716 mil metros quadrados no aeroporto da cidade, serão realizadas as etapas de pré-equipagem, montagens mecânica e estrutural, instalação e teste de sistemas e testes em voo para as aeronaves A-29.


Indústria pedirá em reunião que Anac libere voo de “drones”de menor porte

Levantamento inédito do G1 mostrou que vants voam no país sem regras. Empresas querem classificação clara e liberação dos modelos de até 7 kg.

Tahiane Stochero - Do G1, em São Paulo

Representantes de empresas fabricantes de drones – veículos aéreos não tripulados (vant, na sigla em português) – têm reunião marcada para o dia 4 de abril com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para discutir a regulamentação para o uso civil e com fins comerciais deste tipo de equipamento no país. A objetivo inicial do setor é classificar os diferentes tipos de vants e flexibilizar as regras de operação para modelos de menor porte.

ImagemNa segunda-feira (25), levantamento inédito feito pelo G1 apontou que mais de 200 drones voam no Brasil sem regras definidas. O número foi obtido a partir de informações passadas por fabricantes, importadores, empresas e órgãos de governos estaduais.

Querendo lucrar depois dos investimentos de mais de R$ 100 milhões nos últimos anos, a Associação Brasileira de Indústria de Defesa (Abinde) entregou no último dia 14 de março à Anac um requerimento pressionando a agência a permitir voos com fins comerciais e até que vants operem sobre cidades, duas coisas que não são autorizadas atualmente.

As empresas brasileiras querem ainda que os aviões não tripulados de até 7 kg possam voar sem certificação e sem expedir Notam – a notificação enviada à Aeronáutica com pelo menos 30 dias de antecedência para reserva do espaço aéreo e para alertar pilotos de aeronaves tripuladas.

"Vamos discutir uma proposta que a Abinde apresentou à Anac, uma tentativa de ao menos categorizar os vants em diversos tipos e flexibilizar algumas regras para as aeronaves não tripuladas de menor porte, permitindo que indústria avance no país", disse Antonio Mendes de Oliveira Castro, presidente da comissão de vants da Associação Brasileira de Indústria de Defesa (Abinde), sobre a reunião que irá ocorrer em São José dos Campos (SP), onde várias indústrias do setor estão sediadas.

Segundo a Abinde, a Anac confirmou que vai à reunião. Um representante do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) também deve participar da discussão, pois o órgão da Aeronáutica é responsável por autorizar o voo de drones.

A agência confirmou ter recebido a proposta da Abinde e informou que tem estudos sobre a regulamentação. A agência não confirmou quem seria seu representante na reunião com os empresários do setor.

Panorama atual

A Anac trata como aviões não tripulados apenas vants com peso superior a 25 kg e que pretendem voar a mais de 400 metros de altitude, o que exclui boa parte dos drones produzidos no país.

A agência reconhece a importância do uso civil dos drones, tanto para a indústria como para a sociedade, mas afirma que, "devido aos novos desafios e características associadas ao voo remoto, são necessárias adequações na regulamentação deste tipo de aeronave para garantir níveis de segurança".

Na prática, apenas dois vants da Polícia Federal estão aptos a voar após terem recebido um Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave), expedido pela Anac para casos especiais, garantia de que a agência fez a avaliação do projeto técnico e de aeronavegabilidade, atestando as condições de segurança da aeronave.

As empresas pedem também que não seja exigido que as aeronaves portem transponders (que mostram no radar sua posição) ou sensores de localização, alegando que instrumentos com essas funções são caros e não seriam necessários para a segurança aérea.
"Não pretendemos entrar em detalhes técnicos específicos, mas uma estratégica para conduzir conjuntamente avanços na regulamentação de forma rápida", disse Oliveira Castro, representante da Abinde, destacando que as empresas esperam ouvir os argumentos da Anac e da Aeronáutica para tentar avançar nas negociações em busca de uma normatização.

"Pedimos que a regulamentação seja feita para todos aviões de até ou mais de 150 kg, pois é o parâmetro que a Europa usa. Só que precisamos com urgência que as classes menores, mais demandadas e com menor risco em caso de acidente por impacto, sejam autorizadas imediatamente, pois a regulação é muito mais simples", defende Ulf Bogdawa, diretor da SkyDrones Aviônica, um dos autores da proposta apresentada.

A Anac informou que não possui regulamentação específica relacionada à operação de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS) com fins lucrativos e que, quando recebe um pedido para isso, o caso não é caracterizado como aeronave experimental.

A agência não informa o número de vants operantes no Brasil porque o cadastro de aviões experimentais, usado para as aeronaves remotamente pilotadas, também engloba outros tipos de modelos, não sendo possível separar só os drones.

A chegada dos “drones”

Os drones – zangão ou zumbido, em inglês – desempenham funções que antes dependiam de aviões e helicópteros tripulados, buscando maior eficiência e alcance, redução de custo e mais segurança (veja nos vídeos ao lado drones em ação no Brasil e voos dos dois tipos mais comuns).

A nova tecnologia virou polêmica nos Estados Unidos e em todo o mundo depois que o país desenvolveu avançados modelos armados e passou a usar regularmente os "aviões-robôs" para destruir alvos no Oriente Médio. Milhares de pessoas já foram mortas em ataques de drones, muitas delas inocentes, todas sem julgamento ou chance de defesa. Entre membros da Organização das Nações Unidas (ONU), a preocupação é de que mais países passem a utilizar os drones como arma, numa escalada das mortes à distância.

Apesar de popularizado pela controversa utilização militar, é o uso civil dos drones que pode transformar inúmeros serviços. Com formatos e tamanhos variados, o número de máquinas voadoras controladas remotamente deve crescer em ritmo acelerado nos próximos anos no país e no mundo, devido à facilidade de voo, ao baixo custo e às inovações tecnológicas preparadas para cada modelo, como uso de câmeras, filmadores, sensores de raio-x, entre outros.

Número de voos com “drones” dobra

O Departamento de Controle Aéreo (Decea) foi informado oficialmente de 61 voos com vants (veículos aéreos não tripulados) em 2012 no Brasil, mais que o dobro dos 29 registrados no ano anterior, segundo números da Aeronáutica obtidos com exclusividade pelo G1. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), os pedidos foram feitos por forças policiais, órgãos públicos e empresas.

As notificações de voos de drones precisam ser feitas com antecedência de até 30 dias para que o espaço aéreo seja reservado e os pilotos de aeronaves tripuladas sejam avisados. No local em que um vant atua, aviões não podem entrar.

"As notificações, chamadas de Notam, não são uma autorização, mas avisos de reserva de espaço aéreo. Se recebemos notificação de um vant que não é registrado na Anac, damos informações de que é preciso se regularizar", diz o major Cyro Cruz, representante do Brasil nas discussões da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) sobre o tema. "Pode haver pessoas operando vant e que não comunicam a FAB também. Mas se isso ocorre, está fora da norma", completa.

A Aeronáutica restringe voos de drones a altitudes acima de 150 metros (para áreas não povoadas) ou mais de 600 metros, para locais em que haja construções. A proposta do setor é seja autorizado voos a baixa altitude – até 150 metros – para vants menores.

Nesses casos, seria exigida apenas uma licença de operação para as empresas que iriam fazer uso das máquinas. O uso comercial seria autorizado para segurança pública e polícia, serviços de emergência, fotografia comercial, levantamento de dados, defesa civil, trabalhos com meio ambiente e agricultura.

"Muitos países estão ainda avaliando social e economicamente os benefícios para desenhar uma legislação que permita desenvolver as capacidades civis e comerciais da indústria nacional de drones. A AUVSI apoia extremamente iniciativas de regulação interna dos países que permitam o uso responsável e seguro destes aviões, duas coisas extremamente importantes para que o futuro", diz Gretchen West, vice-presidente da Associação Internacional de Veículos Não Tripulados.

Segurança da Copa 2014 terá “drones”

A segurança do espaço aéreo brasileiro durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 terá apoio de pelo menos seis veículos aéreos não tripulados – vants, como os drones são chamados em português – da Polícia Federal e da Aeronáutica. Os equipamentos já serão usados para monitoramento durante os jogos da Copa das Confederações, entre 15 e 30 de junho, que servirá de teste para os eventos dos anos seguintes.
Avião agrícola cai em fazenda e deixa piloto gravemente ferido em MT

Piloto perdeu controle e avião caiu durante pulverização de fazenda. Ele sofreu traumatismo craniano e está hospitalizado em Sorriso.

Dhiego Maia
Do G1 MT

Piloto sofreu acidente durante pulverização de fazenda em Sorriso (Foto: MT Notícias)Um avião agrícola que fazia a pulverização de uma fazenda caiu na tarde desta terça-feira (26) na comunidade rural Barreiro, região do município de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá. De acordo com o Corpo de Bombeiros da cidade, o piloto, de 24 anos, ficou gravemente ferido devido ao impacto gerado pela queda da aeronave no solo, que ficou totalmente destruída.
O estado de saúde do piloto se agravou, informou o Corpo de Bombeiros, porque ele inalou o produto utilizado na pulverização. Ele terá que passar por um procedimento de desintoxicação.
Segundo o sargento Djalma Ramos Oliveira, que atendeu a ocorrência, a vítima foi socorrida de imediato por outros funcionários do estabelecimento rural e levada às pressas em uma caminhonete pela rodovia BR-163 até o hospital Regional de Sorriso.
“Nós encontramos o veículo na rodovia e demos prosseguimento ao atendimento. Aparentemente, o piloto sofreu um traumatismo craniano e teve uma fratura de mandíbula. Ele estava consciente quando o deixamos no hospital”, afirmou.
As causas do acidente aéreo serão apuradas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


Rockwell Collins entra no projeto do KC-390

Virgínia Silveira
o Valor, de São José dos Campos

A Rockwell Collins, fornecedora de soluções em comunicação e eletrônica embarcada e de sistemas de defesa, vai produzir no Brasil as caixas de controle e os painéis dos sistemas aviônicos do avião de transporte militar KC-390, em desenvolvimento pela Embraer para a Força Aérea Brasileira (FAB).
O presidente da Rockwell Collins no Brasil, grupo americano que em 2012 faturou US$ 4,7 bilhões, Nelson de Aquino, disse que a produção será feita por uma empresa Brasileira, que está sendo selecionada. A Rockwell negociou com a FAB um acordo de offset (compensação industrial e tecnológica), que prevê a transferência de tecnologia em vários projetos de interesse da Aeronáutica.
"Toda a parte de integração e certificação dos sistemas fornecidos pela Rockwell para o KC-390 também será desenvolvida pela subsidiária Brasileira, instalada em São José dos Campos", diz o presidente da empresa.
A Embraer é hoje a principal cliente da Rockwell Collins no Brasil, uma parceria que teve início na década de 80, com turboélice Brasília.
Para o KC-390, a Rockwell Collins desenvolveu a primeira versão militar do sistema de aviônica integrada Pro Line Fusion. A versão civil do sistema já foi instalada no novo jato executivo Legacy 500, da Embraer, que realizou, na última segunda-feira, o voo inaugural do seu terceiro protótipo. A entrega da primeira aeronave ao mercado está prevista para o primeiro semestre de 2014.
Nos últimos três anos, a Rockwell Collins investiu US$ 10 milhões no Brasil para atender a expansão dos negócios e também a contratação de pessoal. "Esperamos que esse investimento continue de forma que possamos aumentar o número de oportunidades de emprego, equipamento, tecnologia e infraestrutura", disse o vice-presidente e diretor executivo da Rockwell Collins para Américas, Thierry Tosi.
As principais operadoras de linhas Aéreas da América Latina, entre elas a TAM, Gol, Avianca, Copa, Trip e Azul, utilizam os sistemas de aviônica e de entretenimento da Rockwell Collins. Há cerca de dois meses ela fechou um contrato com a Gol para o fornecimento de rádios de comunicação para 20 aeronaves Boeing 737.
A expansão dos negócios da Rockwell Collins no Brasil também terá como foco a área de sistemas de defesa e a empresa está de olho nos programas de reequipamento das Forças armadas, como o Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras).
A Embraer foi escolhida pelo Exército Brasileiro para desenvolver o projeto piloto do Sisfron e já iniciou o processo de contratação de várias empresas para fornecimento de sistemas nas áreas de comunicação segura, informação, comando e controle.
Segundo Tosi, 54% da receita global da companhia em 2012 veio da área de defesa e 46% das atividades civis. No Brasil, de acordo com o executivo, a Rockwell Collins espera um crescimento de 25% da receita nos próximos cinco anos. "A conquista do contrato do KC-390 consolidou a nossa posição na aviação militar e nossos esforços em trazer soluções para segurança fronteiriça, costeira e urbana. Esperamos que os nossos sistemas de defesa tenham uma participação crescente em nossa receita no Brasil daqui para frente."
O mercado brasileiro, na visão do executivo, tem potencial para negócios da ordem US$ 3,5 bilhões nos próximos cinco anos para todos os tipos de produtos oferecidos pela Rockwell Collins.
Para aproveitar as novas oportunidades que estão surgindo, segundo ele, a Rockwell Collins aumentou o seu quadro de funcionários no Brasil em 35%. Os novos funcionários atuam na área de gestão de programas, desenvolvimento de negócios, engenharia de sistemas, técnicos para serviços e engenharia de vendas.
Além da produção de equipamentos para o KC-390, a Rockwell Collins pretende produzir no Brasil a linha de sistemas aviônicos e de comunicações para os helicópteros Pantera, Fennec, Cougar e EC-725, da Helibras.
A empresa também passará a fazer no país a montagem, teste e reparo de rádios de alta frequência (HF). A atuação da Rockwell Collins na área de defesa no Brasil inclui ainda o fornecimento de rádios de comunicação e navegação do caça AMX, cuja frota da FAB está sendo modernizada pela Embraer.
"Temos planos agressivos de crescimento no Brasil. E uma das estratégias de expansão se dará por meio de parcerias com empresas Brasileiras competentes e com capacidade para absorver nossas tecnologias", disse Aquino.

Ministro apoia mais capital externo para aéreas

Raymundo Costa e Daniel Rittner
De Brasília

O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, está disposto a reabrir as discussões sobre o aumento do limite de capital estrangeiro nas companhias aéreas. A reforma do Código Brasileiro de aeronáutica (CBA), que estabelece teto de 20% para a participação acionária de estrangeiros com direito a voto nas empresas do setor, ficou virtualmente parada no Congresso desde a reta final do governo Lula e não avançou na gestão do ex-ministro Wagner Bittencourt.
Moreira, que assumiu o cargo há 11 dias, demonstra uma visão abrangente no tratamento do assunto. "Nós precisamos de grupos brasileiros fortes para que eles tenham autoridade no exercício e na definição do comando da governança. Mas isso hoje é dado no jogo da vida. Não se resolve esse problema simplesmente fixando percentual de capital", disse o ministro ao Valor. Para ele, não apenas o teto de 20% ficou defasado, mas a própria noção de que isso evita a desnacionalização do setor. Hoje, segundo Moreira, as ferramentas do mercado financeiro e os acordos de acionistas podem driblar as restrições impostas pela legislação ao comando de empresas aéreas por estrangeiros. "Na década de 50, podia se resolver dessa forma, mas o mercado não tinha a sofisticação que tem hoje", diz o ministro.
"A minha cabeça está absolutamente aberta para ouvir alternativas que garantam robustez às empresas brasileiras. Mas isso não se garante com limite de 49%, de 38% ou de 60%. Não se garante, porque você vai lá, faz um acordo de acionistas e essa coisa toda vai por água abaixo", afirma Moreira, que prefere não comentar o caso particular da fusão da TAM com a chilena LAN.
O ministro cita a possibilidade de uma "golden share" para preservar a governança das empresas em mãos brasileiras, e diz que a mineradora Vale pode ser vista como exemplo. Mesmo tendo sócios estrangeiros e capital espalhado em bolsa, tem controle nacional. "O que importa é quem comanda a governança", diz.
Para retomar as discussões sobre a reforma do CBA, Moreira já conversou com o ex-deputado Rocha Loures (PMDB-PR), ex-relator do código na Câmara, e hoje na assessoria do vice-presidente Michel Temer. Também procurou o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), atual relator, com quem pretende se reunir após o feriado de Páscoa. "A gente deve ter coragem para discutir isso com serenidade", afirma.
Vivendo uma "imersão" no setor, como ele mesmo classifica seus primeiros dias à frente da secretaria, debruçado sobre relatórios e mantendo conversas com toda sua equipe de técnicos, Moreira fez um resumo de suas atividades. Ontem, com a Infraero, iria estudar os planos de contingência da estatal para a Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confederações. Com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), nos próximos dias, pretende analisar a viabilidade de um "código de conduta" que explicite direitos e deveres dos usuários de serviços aéreos, inspirado no Código de Defesa do Consumidor.
Com governos estaduais e municipais, deseja intensificar discussões e promover seminários sobre gestão aeroportuária, a fim de garantir o sucesso do plano de aviação regional. "Se não, teremos aeroportos regionais sendo entregues a parente do prefeito, sem saber operar. Esse é o desafio", diz Moreira, referindo-se ao programa de investimentos em 270 aeroportos, com orçamento estimado em R$ 7,4 bilhões.
O novo ministro tem uma interpretação mais ampla do veto, anunciado em dezembro pela presidente Dilma Rousseff, à participação dos atuais controladores privados de aeroportos nos leilões de concessão do Galeão (RJ) e de Confins (MG). Dilma disse que os controladores de Guarulhos, Viracopos e Brasília não poderão disputar as próximas concessões. A medida foi anunciada para aumentar a concorrência entre os terminais, mas a ausência de detalhes gerou uma pressão dos fundos de pensão de grandes empresas estatais.
A Previ, a Petros e a Funcef já são sócias da concessionária que administra o aeroporto de Guarulhos, por meio da Invepar, que tem participação ainda da construtora OAS. "A mesma empresa não pode ter comando de dois aeroportos, mas o fundo não é empresa, o fundo é investidor", avalia Moreira. Para ele, não há conflito de interesse em ter os acionistas individuais de uma concessionária na disputa por outro aeroporto. "Isso é o meu ponto de vista. Não está nada decidido", afirma.
Se o entendimento de Moreira prevalecer, outra empresa que pode se beneficiar é a Triunfo, controladora da Aeroportos Brasil, concessionária de Viracopos, junto com a UTC. A Triunfo também pretende entrar na disputa pelas próximas concessões de aeroportos e aguarda com ansiedade as regras dos novos editais. Os leilões do Galeão e de Confins, segundo cronograma do governo, estão previstos para setembro.
Quanto à possibilidade de mais concessões de aeroportos, Moreira evita falar por enquanto, mas diz: "Privatização, para mim, não é bandeira política". Segundo o ministro, "existe uma consciência de que o problema nessa área não é a falta de recursos. Do segundo mandato do presidente Lula para cá, o Estado passou a ter capacidade financeira, mas ficou exposto um problema: a gestão. Gastar dinheiro público é difícil. A máquina não estava pronta. A busca pela gestão e pela competência é uma questão central".
Em sua gestão à frente da secretaria, Moreira também pretende aprofundar os estudos sobre a necessidade de um novo aeroporto na região metropolitana de São Paulo, fazendo a ressalva de que não é um projeto para o curto prazo. "Temos que fazer cenários com a capacidade máxima de Viracopos e de Guarulhos, em quantos anos ela será atingida, a demanda da região, para tomar decisões. Essas decisões têm um processo de maturação longa."
Recentemente, as empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez chegaram a apresentar um projeto de novo aeroporto privado em Caieiras (SP), mas a discussão não prosperou. Depois, com as concessões de Guarulhos e Viracopos, caiu definitivamente no limbo. Moreira evita palpites sobre o assunto. "Quem acha é político. Técnico diz o que é certo ou errado. Esse caso é uma questão técnica, não é uma questão política."
Dirigente do PMDB, Moreira dá sinais de que não pretende lotear politicamente a secretaria. "Eu gosto de trabalhar com gente que seja competente. O político sou eu, então a responsabilidade é minha. Estou tendo muito boa impressão das pessoas que trabalham aqui. Elas não só sabem dos assuntos do setor, como sabem trabalhar. A roda já está rodando, não se para a roda no meio. Por exemplo, no caso da Infraero, essa equipe que está lá foi posta pelo [ex-ministro da Defesa] Nelson Jobim, que é do PMDB. São pessoas capazes. O que eu espero é que sejam cada vez mais capazes", concluiu o ministro.









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