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Segurança para a Rio + 20 deixará legado para Copa e Olimpíadas, diz ministério

Beto Oliveira .

Major-brigadeiro Nogueira disse que Forças Armadas e prefeitura do Rio estão afinadas na preparação da segurança. O subchefe de Operações da Chefia de Preparo e Emprego do Ministério da Defesa, major-brigadeiro do ar Gerson Nogueira, disse que as ações de segurança e inteligência adotadas durante a Conferência Rio+20, sobre desenvolvimento sustentável, serão um legado para os grandes eventos seguintes, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Imagem“Está acontecendo integração como não houve antes entre Forças Armadas, Estado e Prefeitura do Rio”, disse. Ele lembrou que mais de 90 chefes de Estado e Governo devem participar da conferência, além de 50 mil pessoas nos eventos paralelos à Rio+20.

Ele participou de audiência pública para discutir as questões de segurança e defesa em relação aos grandes eventos previstos para ocorrer no Brasil. O debate foi promovido pela Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional e pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara e do Senado.

A audiência foi solicitada pelos deputados Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP); Arnon Bezerra (PTB-CE); Benedita da Silva (PT-RJ); Claudio Cajado (DEM-BA); Jaqueline Roriz (PMN-DF) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

Segurança nas fronteiras e ameaças internas serão eixos da segurança da Copa

O assessor de Relações Institucionais para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, José Monteiro Neto, disse que a atividade de inteligência durante a Copa do Mundo será feita a partir de três eixos: ameaças externas, como torcedores violentos de outros países; segurança de portos, aeroportos e pontos de fronteira; segurança e estabilidade internas. Ele espera que os eventos fortaleçam a integração das forças de segurança do País.

Monteiro Neto disse também que a estrutura de segurança pública montada para os grandes eventos que ocorrerão no Brasil nesta década deve ser deixada como um legado para o País no futuro. “Não pensar nas estruturas de inteligência adquiridas é desperdiçar o dinheiro público”, afirmou.

O assessor do Ministério da Justiça participou de audiência pública para discutir as questões de segurança e defesa em relação aos grandes eventos previstos para ocorrer no Brasil. O debate foi promovido pela Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional e pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara e do Senado.

Foram convidados para o debate:

- o ministro-chefe do GSI, general José Elito Carvalho Siqueira;
- o representante do Ministério da Defesa, general Francisco Carlos Modesto;
- o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra;
- o procurador de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais Denilson Feitoza; e
- o cientista social e geógrafo, pesquisador de Geografia Política, Geopolítica e Defesa no Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), Ronaldo Carmona.

Segurança tecnológica deve ser priorizada em eventos, dizem autoridades

Representantes de órgãos de inteligência federais se referem às ações de segurança que serão empregadas nos grandes eventos que ocorrerão no Brasil nesta década, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas

Representantes de forças de segurança e inteligência federais afirmaram dia 25 que ataques envolvendo tecnologia devem ser uma das maiores preocupações na segurança dos grandes eventos que ocorrerão no Brasil nesta década, como a Conferência Rio+20, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Eles participaram de audiência pública para discutir as questões de segurança e defesa em relação a estes grandes eventos. A reunião foi realizada no âmbito da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional e das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara e do Senado.

Segundo o subchefe de Operações da Chefia de Preparo e Emprego do Ministério da Defesa, major-brigadeiro do ar Gerson Nogueira, apesar da preocupação da sociedade ser maior com atentados terroristas, outros perigos não podem ser descartados. “Um hacker entra no site da Gol, da TAM, da American Airlines e acaba com um grande evento”, afirmou. “Estamos trabalhando para combater esse tipo de crime que vai gerar um caos muito maior do que matar pessoas”, comparou ainda Nogueira. Segundo ele, mesmo um centro de controle pode ficar inútil se tiver seus sistemas de comunicação atacados.

O diretor do Departamento de Integração do Sistema Brasileiro de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Carlos Ataíde Trindade, afirmou que a Conferência Rio+20, sobre desenvolvimento sustentável, será um desafio por causa das “proporções gigantescas e grandes inovações tecnológicas”.

Segundo Ataíde, as ações de inteligência serão feitas a partir do padrão implementado nos Jogos Pan-Americanos que ocorreram no Rio de Janeiro em 2007. À época, foi usado um centro de inteligência integrado. “O Pan foi uma grande escola porque mostrou a necessidade imperiosa dos vários órgãos de segurança e inteligência trabalharem juntos”, afirmou.

Terrorismo

O consultor legislativo do Senado Joanisval Brito Gonçalves questionou a preparação das forças de segurança para combater possíveis atos terroristas. Segundo Gonçalves, organizações terroristas poderiam usar os grandes eventos no Brasil para dar mais visibilidade a suas causas. Ele foi um dos debatedores da audiência pública. “A imagem que fica de Munique é de um evento que deveria ser marcado pela alegria e foi de terror e incapacidade das autoridades públicas”, disse, ao lembrar as Olimpíadas na cidade alemã em 1972, em que 11 atletas israelenses foram mortos.

Os deputados Alfredo Sirkis (PV-RJ) e Jaqueline Roriz (PMN-DF) também demonstraram preocupação com possíveis atividades terroristas. Os representantes dos órgãos de segurança pública responderam que o governo está atento a possíveis atentados terroristas e que a segurança dos eventos será garantida.

Legado

Os participantes também ressaltaram a importância do legado que os grandes eventos deixarão para a segurança pública brasileira.

Na opinião do assessor de Relações Institucionais para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, José Monteiro Neto, a estrutura de segurança pública montada deve ser deixada como um legado para o País no futuro. “Não pensar nas estruturas de inteligência adquiridas é desperdiçar o dinheiro público”, afirmou.

Gerson Nogueira concordou com Monteiro Neto e disse que, além da infraestrutura física, a capacitação dos servidores dos diversos órgãos de segurança e inteligência para os grandes eventos serão revertidos em benefício da população.

Integração

Para a presidente da Comissão Mista de Inteligência e da Comissão de Relações Exteriores, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), ainda há uma sobreposição de funções na área de inteligência e falta uma política nacional para o setor. “Temos uma debilidade na discussão de uma política nacional de inteligência que, na minha opinião, não existe”, afirmou.

Atualmente, o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), composto por 26 órgãos de 13 ministérios, é responsável pela gestão da inteligência do País e fica sob a coordenação da Abin.

A parlamentar afirmou ainda que a Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho de 2013, deve ser objeto de uma preocupação maior das autoridades, pois deve ser o evento com o maior número de participantes e é o menos abordado pela imprensa. A estimativa, segundo as autoridades de segurança presentes na audiência, é que o encontro conte com 3,5 milhões de participantes.


Fonte: Camara dos Deputados / NOTIMP


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