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Minas mais perto dos EUA

A secretária Hillary Clinton visita o Brasil na semana seguinte à agenda da presidente Dilma em Washington e reforça a necessidade do consulado americano em Belo Horizonte .

Sílvio Ribas e Daniel Camargos .

A nova fase de cooperação econômica entre Brasil e Estados Unidos, costurada nas últimas semanas entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, está longe de eliminar as pendências bilaterais, mas já deixou bem claro seus alvos prioritários. Do lado brasileiro a expectativa está em receber conhecimento e tecnologia para promover a inovação do setor industrial. Para os norte-americanos, o interesse é sustentar o crescimento dos lucros com o turista brasileiro – facilitado pela abertura de dois consulados no Brasil, um deles em Belo Horizonte – e, ainda, aumentar a presença na exploração de petróleo e gás da camada do pré-sal.

"Queremos aumentar o turismo entre os dois países e aumentar o processamento de nossos vistos. O presidente Barack Obama está se esforçando para aumentar nossa capacidade de processar mais rapidamente os vistos nos países onde a demanda é mais importante, Brasil e China", discursou Hillary na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Ela destacou a abertura dos consulados no Brasil e disse quer deseja assegurar que as empresas aéreas respondam a demanda de passageiros. "Vejo muitos turistas brasileiros quando estão em Nova York. Os brasileiros gastaram muitos milhões de dólares nos Estados Unidos no ano passado", discursou.

O governador Antonio Anastasia (PSDB) se encontrou com Hilary e agradeceu a secretária pela abertura do consulado em BH. "A secretária de Estado Hillary Clinton não só confirmou a abertura do consulado, como havia anunciado nos Estados Unidos, mas reafirmou a importância de Minas, que conhece a capacidade econômica de nosso estado, o relacionamento que temos com os Estados Unidos, a presença de mineiros naquele país, o fluxo turístico tão importante", comemorou Anastasia.

Pré-Sal


O encontro serviu para confirmar também o passo seguinte aos acordos firmados entre os dois países durante a vinda de Obama ao Brasil, em março de 2011, e da visita, há uma semana, de Dilma a Washington. Mas também apontou outros desafios. "Nossa relação implica maior crescimento, mas precisamos resolver alguns problemas, como eliminar a bitributação e considerar um acordo de livre comércio", reconheceu.

Para uma plateia de 150 empresários brasileiros, Hillary sublinhou setores nos quais os governos estarão empenhados para criar condições favoráveis aos negócios. Às indústrias petrolífera e de turismo se somam as de Aeronáutica, defesa e biocombustíveis. "É muito animador ver o futuro à frente do Brasil, aberto pela produção de petróleo em sua costa. São oportunidades que também implicam em grande responsabilidade", disse Hillary.

A secretária acredita que o "mundo está de olho no Brasil" e que o país ganha admiradores não apenas em razão do novo patamar econômico, mas da ascensão da classe média e do combate à pobreza com abertura de oportunidades para todos. "Apesar disso, o bom momento de prosperidade não garante crescimento econômico permanente. A resposta para sua manutenção se chama inovação", acrescentou Hillary. Nesse sentido, ela destacou as iniciativas de empresas norte-americanas instaladas no país, como Microsoft e Cisco, de criar centros de pesquisa, além dos acordos recém-assinados pela presidente Dilma com centros acadêmicos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e de Harvard para beneficiar alunos com bolsas de estudo.

Banco de três pernas


A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, comparou o Brasil a um banquinho de três pernas. "Sempre digo que as economias vencedoras são semelhantes a um banco de três pernas. Uma é o governo responsável, outra é um setor privado sólido e a terceira perna é a sociedade civil forte, que defende os que não têm voz. Se essas pernas não se equilibram, o banco cai, e o Brasil é um exemplo de história de sucesso de um banco de três pernas", disse. Hillary elogiou ainda a presidente da Petrobras, Graça Foster, com quem se reuniu pela manhã, e a presidente da República, Dilma Rousseff. "Para mim é muito entusiasmante a ascensão de mulheres no Brasil. É outra grande boa notícia da liderança do Brasil no mundo", enfatizou.

Fonte: / NOTIMP


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