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FX-2 - Grupo francês busca parceiros no Rio Grande do Sul



O Rafale, que quer vender aviões ao Brasil, promoveu evento em Porto Alegre .

PAULO GERMANO .

Sedento por fechar um negócio bilionário com o governo federal – que desde 2008 estuda a compra de 36 caças para robustecer a Força Aérea Brasileira –, um dos fabricantes favoritos ao contrato desembarcou na quarta no Rio Grande do Sul. O consórcio francês Rafale promoveu na Capital um seminário em busca de parceiros gaúchos. A intenção, mais do que cumprir normas do Planalto, é conquistar a simpatia do Estado e pressionar por uma decisão.

O evento na sede da Fiergs reuniu empresas, entidades e universidades interessadas em conhecer o projeto do consórcio. Há um interesse mútuo entre o Rafale e essas instituições. No edital de compra dos caças, o governo federal exige a transferência de tecnologia. Ou seja, o vencedor da licitação repassará seus conhecimentos para a indústria brasileira participar da fabricação e da manutenção das aeronaves.

– Creio que o governo levará em conta o conjunto de parceiros que vamos implicar no nosso negócio. Queremos montar uma rede sólida para, se formos escolhidos, iniciarmos as operações o mais rápido possível – diz o representante do consórcio no Brasil, Jean-Marc Merialdo.

Parcerias fazem aumentar pressão sobre o governo

Seminários desse tipo vêm sendo promovidos pelo Rafale no país inteiro. Merialdo afirma que 70 acordos já foram firmados Brasil afora – três no Rio Grande do Sul. Ontem, foi a vez de a UFRGS assinar uma parceria para trabalhar no desenvolvimento de projetos do consórcio, com tecnologia francesa. Segundo o especialista em assuntos militares Nelson Düring, editor do portal DefesaNet, ao montar uma rede consistente de parceiros, o Rafale faz com que "não só ele fique interessado na vitória":

– As empresas e entidades começam a torcer. Isso multiplica o fator de pressão sobre o governo.

Agrada também ao governo estadual essa aproximação do Rafale. No seminário na Fiergs, o diretor da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento Aloísio Nóbrega comandou uma palestra: a ideia é mostrar aos franceses por que devem investir no Rio Grande do Sul. Afinal, o consórcio é um expoente mundial do que o Piratini chama de "nova economia", setor que abrange as indústrias oceânica e Aeronáutica.

– O nosso seminário em Porto Alegre é para isso: identificar parceiros e, se for o caso, atuar com eles – resume o francês Merialdo.

Fonte: / NOTIMP


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