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Embraer vende Super Tucano à África



Virgínia Silveira .

A Embraer anunciou dia 28 a venda de seis aeronaves Super Tucano, turboélice de treinamento avançado e ataque leve, para três países da África. O valor dos contratos, que incluem um pacote de suporte logístico, treinamento e peças de reposição, está estimado em mais de US$ 180 milhões.

A carteira de pedidos da Embraer para o Super Tucano, porém, deve aumentar ainda mais este ano. Segundo o comandante da aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, os novos negócios provam que o avião brasileiro está fazendo muito sucesso em vários países do mundo. Entre as várias campanhas comerciais que a Embraer desenvolve atualmente com o modelo, de acordo com Comandante, Guatemala e Peru já estariam em fase bastante adiantada.

Com os pedidos anunciados hoje para Angola, Mauritania e Burkina Faso, segundo a Embraer, sobe para nove o número de Forças Aéreas que já selecionaram o Super Tucano na América Latina, África e Sudeste Asiático. Destas, seis já estão operando o modelo.

Das unidades anunciadas ontem, seis foram para a Força Aérea de Angola e outras três para a Força Aérea de Burkina Faso, primeiro operador do Super Tucano na África. O modelo já está sendo utilizado pelo país em operações de vigilância de fronteiras. As três primeiras unidades de Angola serão entregues pela Embraer ao longo deste ano. A empresa não revelou a quantidade de Super Tucano adquirida pela Força Aérea da Mauritania, que também escolheu o modelo brasileiro para executar missões de contra-insurgência.

O crescimento das vendas do Super Tucano também vai trazer um retorno financeiro para a Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o comandante da aeronáutica, a partir da compra de oito unidades feita pela Indonésia, em 2011, a FAB começou a receber royalties por cada venda do modelo, tendo em vista que é a proprietária intelectual do projeto.

O Super Tucano acumula 182 encomendas, das quais 158 já foram entregues. Destas, 99 foram para a FAB, detentora do projeto. A Embraer projeta um mercado potencial de US$ 3,5 bilhões para a classe do Super Tucano, algo em torno de 300 aeronaves. Somente na América Latina, segundo a empresa, o mercado potencial é estimado em 81 aeronaves até 2025, o que representa negócios superiores a US$ 1 bilhão.

A divulgação dos novos pedidos para o Super Tucano foi feita dia 28 na Feira Internacional do Ar e do Espaço (Fidae), que aconteceu até o dia 1º de abril, no Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez, em Santiago (Chile).

Sobre o cancelamento do contrato que previa a compra de 20 Super Tucano pela Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf), o brigadeiro disse estar otimista quanto a um desfecho favorável para a brasileira. Saito comentou ainda que a FAB não se envolveu no processo, mas que sempre esteve ao lado da empresa brasileira nas vendas de produtos militares. Saito se reuniu com o comandante da USAF, mas negou que o encontro tenha sido motivado pelo imbróglio.

Fonte: / NOTIMP


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