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Aeroportos no prumo, só com dinheiro privado



Audiência pública conclui serem necessárias concessões para terminar reformas que permitirão alavancar os terminais de Confins e da Pampulha, que pode ter mais 13 voos .

Geórgea Choucair e Jorge Freitas .

O aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e o aeroporto Carlos Drumond de Andrade, na Pampulha, vão precisar de parceiros privados para buscar o equilíbrio entre a oferta e o número de passageiros. A conclusão veio de debate ontem na Câmara Municipal em audiência pública sobre os empreendimentos, na qual estiveram reunidos representantes do governo, da Câmara, da associação de moradores, de institutos de economia e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

O vereador Fábio Caldeira (PSB) apresentou requerimento para que seja criada uma comissão especial para acompanhar os estudos feitos nos aeroportos da Pampulha e de Confins. "O aeroporto da Pampulha foi deixado de lado. Somos a favor da concessão para que sejam realizados investimentos. As obras estão demorando demais para acontecer e é preciso um investidor para modernização e ampliação", diz Caldeira. A intenção é aumentar os voos da Pampulha de 12 para 25 cidades do interior. O aeroporto opera atualmente com apenas duas companhias aéreas: a Trip e a Passaredo. A sala de embarque do aeroporto está ociosa: tem capacidade para atender 360 passsageiros por hora e está hoje com 90 passageiros/hora.

"A revitalização da Pampulha tem papel importante para a cadeia da aviação, mas o foco deve ser voltado para a aviação regional e das cidades do interior para as capitais", afirma o subsecretário de Investimentos Estratégicos do Governo de Minas Gerais, Luiz Antônio Athayde Vasconcelos. "O aeroporto tem ainda características para ter concentração de aviação executiva. O objetivo é equilibrar o papel da aviação regional junto com os voos da malha nacional e internacional", diz Athayde. Ele ressalta que a combinação da concessionária nos dois aeroportos deveria ser estudada previamente. "Vamos primeiro tratar do concessionamento de Confins", diz.

NO PAPEL A Pampulha já conta com plano de modernização do aeroporto, que vai consumir cerca de R$ 19,5 milhões em investimentos. O superintendente do aeroporto da Pampulha, Silvério Gonçalves, entregou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estudo de viabilidade técnica e segurança para aeronave de até 68 passageiros (ATR-72). Já existe um plano diretor do aeroporto da Pampulha, que deve começar a ser executado no segundo semestre.

A volta de voos de maior porte para o aeroporto da Pampulha é criticada pela presidente da Associação Pro-Civitas dos Bairros São Luiz e São José, Juliana Renault Vaz. "O acesso do trânsito na trincheira da avenida Santa Rosa já está complicado. E o estacionamento do aeroporto é muito pequeno, com as ruas laterais cheias. O aeroporto também não tem como se adequar às normas de pouso com segurança com aeronaves maiores. Há um adensamento populacional no entorno do aeroporto", afirma Juliana. A preocupação, explica, é voltada para que os voos nacionais não voltem a ter o aeroporto da Pampulha como destino de partida ou de chegada.

As recomendações solicitadas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para o aeroporto já foram concluídas, segundo Gonçalves. A pista da cabeceira, que media 2.540 metros, perdeu 86 metros. O superintendente do aeroporto afirma que planeja que as obras de modernização sejam concluídas até a Copa de 2014.

Fonte: / NOTIMP









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