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EUA & Hawker Beechcraft: Reação contra Embraer era esperada



Hawker perdeu disputa por lote de 20 aviões da FAA para a Embraer e diz que escolha vai gerar corte de vagas nos EUA .

Roberto Godoy .

A geração de empregos, principal argumento da empresa Hawker Beechcraft - derrotada pela Embraer, com o Super Tucano, na escolha de um lote de 20 aeronaves de ataque leve para a Força Aérea americana - na contestação do resultado da licitação que faz na Justiça dos Estados Unidos, não resiste aos fatos.

A companhia, que considera "ameaçadas" pelo contrato de US$ 355 milhões com o fornecedor brasileiro cerca de 1.400 posições de trabalho, exportou nos últimos anos centenas de vagas para o México, onde mantém, no distrito industrial de Chihuahua, três fábricas.

Dessas instalações saem aviões prontos para entrega, com elevado valor agregado. Diferente disso, a Embraer, associada à Sierra Nevada Corporation, vai montar os turboélice Super Tucanos em sua própria fábrica de Jacksonville, na Flórida. A rede de fornecedores locais envolve cerca de 40 empresas, entre elas as responsáveis pelo miolo eletrônico do avião.

Ontem, em Washington, advogados especializados em concorrências do governo dos Estados Unidos, consideraram "sólida e confiável" a posição da Embraer. Para esses profissionais, a ação judicial era esperada desde que, após a desclassificação do seu AT-6, a Hawker havia expedido uma nota na qual se dizia surpresa com a decisão e anunciava a intenção de cobrar maiores informações do Departamento de Defesa, o Pentágono.

Em São Paulo, a Embraer Defesa e Segurança (EDS) preferiu não comentar o assunto. A parceira americana, Sierra Nevada, emitiu em Sparks, no Estado de Nevada, um comunicado no qual destaca sua convicção de que o A-29 Super Tucano é "a melhor resposta à necessidade de uma aeronave para missões de apoio aproximado e ataque leve". A companhia destaca que a suspensão temporária do contrato faz parte do processo de livre competição e que o Government Accountabily Office, órgão controlador da administração federal, será favorável em sua análise.

A Sierra Nevada conclui destacando que espera ter o A-29 "de construção local" o quanto antes na linha "para dar suporte a nossos militares, homens e mulheres, além de nossos parceiros no Afeganistão".

O avião da Hawker Beechcraft está em fase de desenvolvimento, o que contraria os termos da concorrência. Em nota oficial, de novembro, a empresa assumiu ter feito investimentos da ordem de US$ 100 milhões no projeto, o que caracteriza aplicação na engenharia do AT-6. O avião nunca entrou em combate e só recentemente pôde realizar os testes iniciais com bombas inteligentes, guiadas a laser, no Arizona, em 28 de setembro e 5 de outubro.

Já o Super Tucano está em produção desde 1999, ano do primeiro voo, e em operação a contar de 2004 - sete nações adotaram o turboélice. Os pedidos em carteira somam 180 unidades. As entregas batem em 152 aviões.

Em outubro o modelo foi certificado pela FAA, a agência americana que regula o setor aeronáutico nos EUA. O A-29 é provado em ação. Acumula 18 mil horas de combate sem perdas.

O interesse da aviação americana pelo turboélice brasileiro está ligado à sua capacidade de oferecer apoio à tropa em terra a baixo custo, não mais de US$ 500 a hora de voo. Outro motivo é que a carga eletrônica embarcada do avião da Embraer é equivalente a dos caças avançados.

Fonte: / NOTIMP

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Concorrente da Embraer obtém mais apoiadores

A fabricante americana de aeronaves Hawker Beechcraft (HB) obteve mais um apoio político em sua cruzada contra a Embraer na disputa por um contrato de US$ 355 milhões com a Força Aérea dos EUA.

O deputado republicano Mike Pompeo, do Kansas, sede da HB, declarou que quer explicações sobre a exclusão da HB da disputa pelo fornecimento de aeronaves leves de apoio.

Ele convocou os americanos a assinar uma petição na internet para que a disputa seja reaberta.

A Embraer venceu a disputa no final de dezembro, mas o contrato foi suspenso na quarta. A HB entrou com uma ação pedindo a suspensão temporária do contrato sob o argumento de que fora excluída da disputa injustamente.

A Força Aérea dos EUA decidiu suspender o contrato enquanto o juiz examina o caso.

Fonte: / NOTIMP









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