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Mogi das Cruzes: Aeroporto pode gerar 20 mil vagas

Júlia Guimarães .

A possível instalação de um aeroporto no Distrito Industrial do Taboão deverá significar um ganho econômico extremamente significativo para Mogi das Cruzes. Apesar de ainda não haver dados técnicos suficientes para indicar com exatidão qual deverá ser o impacto financeiro do projeto, já é possível afirmar que o empreendimento poderá gerar, sozinho, pelo menos 20 mil empregos diretos e indiretos.

A estimativa foi feita pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, Marcos Damásio, com base em levantamento realizado por O Diário sobre os números de operação dos três aeroportos federais de maior movimento no Estado de São Paulo.

O Aeroporto Internacional de Guarulhos ocupa uma área de 14 km², com duas pistas e dois terminais, e é considerado o maior complexo aeroportuário da América do Sul. Se as proporções da unidade já são espantosas, mais impressionante ainda é o número total de empregos gerados por ela. O site oficial da Prefeitura de Guarulhos informa que Cumbica gera 25 mil vagas diretas e outras 60 mil indiretas. O Aeroporto de Viracopos, em Campinas, tem apenas um terminal e uma pista e emprega atualmente cerca de 10 mil pessoas. A estimativa é de que ainda sejam criadas mais 8 mil vagas após a ampliação prevista para ocorrer em breve, com as construções de mais uma pista e um terminal.

Espremido dentro da Zona Sul da Capital, o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, possui proporções físicas pequenas. Apesar do pouco espaço, no entanto, a unidade emprega um total de 8.936 pessoas. De acordo com a Assessoria de Imprensa do Terminal, apenas a Infraero tem 353 servidores diretos e mais 1.045 empregados terceirizados. Além disso, há outros 7.538 funcionários credenciados para trabalhar em todo o complexo. Não há informações oficiais que indiquem quantas vagas indiretas existem atualmente em função dos aeroportos de Congonhas e Viracopos.

Para o secretário Marcos Damásio, a semelhança entre as estatísticas de empregabilidade dos aeroportos de Congonhas (8,9 mil funcionários) e de Viracopos (10 mil vagas) é um indicativo de que o terceiro aeroporto da Região Metropolitana também deverá gerar um número parecido de empregos. "Analisando os números, podemos prever uma criação de aproximadamente 10 mil postos de trabalho também para o novo aeroporto. Caso o Governo Federal realmente acene pela viabilização do projeto, não tenho dúvidas de que Mogi das Cruzes sai na frente por possuir condições técnicas favoráveis ao seu recebimento. E todos os novos empregos terão um impacto econômico enorme na economia da Cidade".

Damásio ainda calcula que, para cada vaga direta, seja criado pelo menos mais um posto de trabalho indireto. Isso indica que, no total, a possível instalação de um aeroporto em Mogi das Cruzes significará a criação de cerca de 20 mil novos empregos. E esse número ainda pode ser maior. O secretário preferiu fazer previsões baixas em razão da falta de dados técnicos que indiquem o tamanho do empreendimento e o volume de passageiros e cargas a serem movimentadas nele. Porém, os novos empregos podem ser bem maiores já que foram obtidos a partir das realidades de Congonhas e Viracopos, que possuem apenas uma pista e um terminal.

O terceiro aeroporto da RMSP, no entanto, deverá ter pelo menos duas pistas. O dado foi revelado recentemente pelo prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), que conseguiu do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) a informação de que o novo aeroporto poderá ter "pistas paralelas" às de Cumbica, em uma clara evidência de que o projeto do Estado é para um empreendimento de grande porte. Isso, consequentemente, também indica que o número de empregos será alto.

Postos de trabalho

A criação de milhares de vagas no interior dos aeroportos federais pode ser explicada por vários fatores como, por exemplo, a necessidade de instituição de vários turnos de trabalho para garantir o funcionamento dos empreendimentos em tempo quase integral. Outra questão importante é que os empregos não se resumem apenas aos postos da Infraero e das companhias aéreas, mas também envolvem vários outros órgãos públicos.

Os três aeroportos analisados nesta reportagem possuem postos da Receita Federal, polícias Federal, Militar e Civil, Correios, Juizado Especial, Comando da Aeronáutica, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), entre outros. As estatísticas incluem os funcionários dos pontos comerciais como drogarias, lojas, restaurantes e outros serviços, como no caso de Cumbica, que tem até uma clínica dentária em seu interior (confira quadro nesta página).

Fonte: DIÁRIO DE MOGI / NOTIMP









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