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Bagagem: Agora não dá mais para carregar tudo



ANAC intensifica fiscalização para verificar excesso de peso nas bagagens de mão dos passageiros. Rigor é maior nos balcões .

Geórgea Choucair .

Aperta daqui, aperta dali e o famoso jeitinho brasileiro já ajudou muitos passageiros a se livrarem de multas de excesso de bagagem na hora de despachar as malas ou volume a mais transportados nas aeronaves. Mas o cerco ao vale-tudo para não deixar nada para trás nas viagens está mais forte. A Agência Nacional de Avião Civil (ANAC) aumentou a rigidez na fiscalização do excesso de peso da bagagem de mão, que, por lei, não deve passar de 5 quilos (veja arte). O rigor maior das companhias aéreas ocorre nos balcões, mas tende a se estender aos passageiros que fazem check-in pela internet.

A maior ocupação das aeronaves, que cresceu com a chegada da classe C aos aeroportos, leva as empresas de aviação a restringirem as bagagens dentro dos aviões. Nas proximidades dos balcões, as companhias já introduziram simuladores de tamanho de malas para saber se estas podem ser transportadas nos compartimentos internos das aeronaves. Os passageiros que fazem check-in pela internet devem ficar atentos ao volume das bagagens, pois correm o risco de passar pelo transtorno de ter de voltar aos balcões da companhia aérea no momento do embarque.

"O passageiro deve ficar atento também aos voos com conexão. Muitas vezes, ele pega um avião vazio e pode levar a bagagem. Mas, na segunda etapa da viagem, com o voo mais cheio, a companhia aérea veta o transporte. Aí, a mala é despachada e muitas vezes acaba extraviada", alerta Luciana Atheniense, advogada especializada em direito do turismo. Ela ressalta a importância de identificação na bagagem de mão, pois nem sempre é garantido que ela vai ser levada junto com o passageiro no avião.

A regulamentação que dispõe sobre as características aceitas como bagagem de mão (peso, espessura e restrições de materiais) está na Portaria n° 676 da ANAC, de 2000. Porém, é de responsabilidade das companhias aéreas fazer esse controle. Nos últimos tempos, os passageiros começaram a embarcar com bagagens de mão que ultrapassam os limites de espessura e peso, causando dificuldade de armazenamento nas aeronaves e gerando reclamações dos próprios passageiros nos transtornos causados pelo excesso de peso e espessura durante as locomoções. "Há a determinação de tamanho e peso das bagagens de mão, mas acaba que algumas companhias aéreas são mais exigentes do que outras", observa José Maurício de Miranda Gomes, vice-presidente regional da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav).

O médico Luiz Fernando Santos viaja de avião a cada 15 dias a trabalho. Na sexta-feira, ele foi a São Paulo a passeio. Levou uma mochila e queria transportar sua mala no compartimento interno da aeronave. "Preferia levar comigo pela comodidade", diz. Ele fez o teste no simulador de bagagens e a mala estava com dimensões acima das permitidas. No balcão de check-in, voltou a tentar, mas a mala pesou 11kg, seis a mais que o permitido para levar junto aos passageiros. "Muitas vezes vejo malas maiores do que a minha dentro das aeronaves. Já levei essa mesma bagagem comigo, mas em voo internacional", diz.

CONTROVÉRSIAS

As regras para bagagem de mão têm controvérsias, segundo passageiros. Objetos cortantes, como tesouras, estão proibidos de serem transportados junto aos passageiros. O casal Luiz e Maitê Miranda teve que despachar uma tesourinha de unha do filho, Miguel, de quatro meses, em cima da hora. "Outra vez estava com material para fazer unha, como alicate e empurrador de cutículas, e tive que voltar para despachá-los já na hora do embarque", observa Maitê.
Por outro lado, Miranda conta que já conseguiu embarcar na aeronave com tesoura. "O pessoal do raio X mediu com a régua o tamanho e falou que não tinha problema", conta. Gulherme Viegas reclama da falta de espaço nos compartimentos. "Prefiro levar as malas comigo, mas sempre falta espaço", diz. A designer de interiores Bárbara Pinheiro conta que já teve que jogar cremes e batom fora. "Agora levo só o essencial comigo", diz.

É bom lembrar que as plantas geralmente são transportadas como bagagem de mão, mas podem ter que ser despachadas em situações especiais. Para isso, deve-se consultar a Secretaria da Agricultura do estado para verificar a legislação vigente e os documentos necessários para o transporte de plantas.

Fonte: / NOTIMP









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