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O sonho da carreira militar

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De um lado, os benefícios da estabilidade e dos bons salários. Do outro, a dificuldade da concorrência, a rotina exaustiva de estudos e a mudança da casa dos pais para o internato, em caso de sucesso. Famosos por serem os mais disputados do país, os vestibulares militares não param de ganhar interesse. Hoje, Dia da Independência, os olhares dos postulantes se voltam ainda mais para essa carreira.

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), é a única instituição que ainda recebe inscrições para a seleção deste ano. Os alunos podem optar pelas engenharias aeronáutica, eletrônica, mecânica, aeroespacial, civil e de computação. Para ingressar, são testados nas disciplinas de inglês, português, física, matemática e química. O Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, forma profissionais nas áreas de fortificação e construção civil, química, eletrônica, mecânica, de armamento e computação. No ITA e no IME, os concorrentes podem optar pelas carreiras civil ou militar.

Quem alcança nota suficiente para entrar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (Espcex), em Campinas (SP), torna-se bacharel em ciências militares em cinco anos, quatro deles cumpridos na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ). A inscrição no quadro militar é automática. Outras opções são a Escola Naval, que fica no Rio de Janeiro e forma oficiais da Marinha, e a Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP).

“A vontade de ser independente é uma das coisas que me incentivam. Estudamos muito, mas também vale a pena”, disse o aluno do Colégio Militar do Recife (CMR), Raphael Miranda, 16, que se prepara para a Espcex. “A aviação é bonita. Há a sensação de liberdade”, disse a estudante Glenda Gomes, 18.

O sonho do ITA motiva a jovem Nathália Matos, 19, estudante do colégio GGE. Sua jornada de estudos passa de dez horas por dia. O exame não perdoa falhas. Em 2008, o estudante Augusto Pereira, 23, obteve 9,54 no vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Como tinha concluído o Ensino Médio no interior, sua nota passou do grau 10, com o incentivo de 10%. Mas ele não conseguiu ser aprovado no ITA. A classificação veio um anos depois. Ele só descansava aos domingos. “Escolhi o ITA porque tem o melhor curso de engenharia eletrônica do país. É um sonho realizado”.

No instituto, o aluno assiste aulas fardado, tira serviços esporádicos e recebe instruções militares a cada 15 dias. No curso profissional, do terceiro ano em diante, recebe soldo mensal de R$ 4 mil. “Damos todo o apoio para a especialização. Temos interesse em formar o nosso corpo técnico. No meio civil isso não acontece”, disse o tenente-coronel José Camargo, da subdivisão de concurso.

Fonte: Diario de Pernambuco / NOTIMP









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