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Embraer: Mudança de rotas



A Embraer precisará decolar rumo a novos negócios para continuar crescendo no mercado global. Por essa rota, a fabricante nacional de aviões passará, gradualmente, a oferecer modelos direcionados a um número maior de passageiros para a aviação regional, além de criar opções à área da defesa. Com isso, seu catálogo, hoje concentrado em aeronaves pequenas e médias de até 120 assentos, será ampliado, incorporando jatos de até 150 lugares.

O prognóstico foi feito pelo fundador e ex-presidente da Embraer Ozires Silva, atualmente reitor do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), de São Paulo. "As tendências são claras e já orientam o planejamento das maiores companhias do setor nos próximos anos, um horizonte de crescente competição internacional", afirma ele ao Correio. Na sua opinião, o desenvolvimento de uma nova família de aviões deverá servir inicialmente para a Embraer se consolidar no segmento regional do próprio país, além de se preparar para voos mais altos.

Os espaços que estão se abrindo à empresa são os mesmos que exigem ousadia das grandes marcas mundiais, como Boeing e Airbus. Mesmo sendo um setor sensível às crises econômicas, a aviação comercial cresce no mundo a taxas de 6% ao ano. No Brasil, o avanço no período tem sido ainda mais expressivo, acima de 20%. "Enquanto mercados desenvolvidos seguem estáveis, os emergentes dão impulso inédito às estatísticas globais", ressalta.

A Embraer prevê faturar este ano US$ 5,6 bilhões, 5% a mais do que em 2010. Deste total, US$ 3,1 bilhões viriam da venda para a aviação comercial, US$ 1,2 bilhão para a aviação executiva, US$ 700 milhões com serviços e outros negócios, além de US$ 600 milhões para o mercado militar. Diante da realidade do mercado global, Ozires Silva, 80 anos, acha fundamental a empresa encarar agora um eventual aumento da concorrência externa e a necessidade de "preservar competências".

A receita que o também ex-ministro de Infraestrutura e ex-presidente da Petrobras traça para a indústria Aeronáutica do país é a mesma seguida inicialmente pela Coreia do Sul e, mais recentemente, pela China, com investimento em capital humano e inovação. "A própria Embraer não teria chegado aonde chegou se não houvesse o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP)", lembra.

Fonte: / NOTIMP









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