Aviões de Reconhecimento e Inteligência na FAB auxiliam as operações em terra

Na Operação Ágata 2, a Força Aérea Brasileira utilizou aeronaves de reconhecimento em missões que ajudaram as forças em terra a realizar fiscalizações e apreensões. Caças RA-1, aviões R-99 e o Veículo Aéreo Não Tripulado RQ-450 vasculharam os 3.550 km de fronteira com Uruguai, Argentina e Paraguai e coletaram informações de interesse do Exército, da Marinha, dos órgãos de Segurança Pública e de fiscalização, como a Receita Federal. "Todos os pontos sensíveis da fronteira foram sensoriados", disse o Major Clauco Rossetto, da Força Aérea Brasileira.

Segundo o Major Rosseto, aviões da FAB conseguiram ampliar em 600% o número de alvos identificados. Boa parte disso se deve ao uso de sensores de alta tecnologia como radares de abertura sintética, câmeras de alta definição e sensores infra-vermelho. "É uma fronteira bem mais movimentada, com fronteiras muito mais abertas", explica o Major Rossetto, comparando a Ágata 2 com a primeira edição, realizada na região amazônica. O Major Rossetto explica que a grande demanda na operação é para identificar a distância crimes como contrabando e descaminho de mercadorias.

Cada missão começa com o pedido de um órgão envolvido na Operação Ágata 2 para que um ponto de interesse seja monitorado. De acordo com as informações de inteligência, geografia e característica da suspeita, os militares da FAB decidem quantas e quais aeronaves devem sobrevoar a área, com qual perfil de voo e com quais equipamentos. "Os sensores se completam. O reconhecimento hoje não é feito exclusivamente por uma aeronave. Cada uma tem a sua especificidade", afirma o Major Rossetto. Os dados passam então por uma análise e um relatório final é emitido, que poderá ajudar a decidir sobre as ações em solo. No caso do VANT, as imagens também são transmitidas em tempo real, e é possvel acompanhar ações no solo ao vivo, a milhares de quilômetros de distância.