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Especial: Comandante do Exército vira alvo de investigação



Inquérito aponta fraudes em obras rodoviárias executadas pelos militares. General Enzo e outros sete oficiais chefiaram departamentos que fizeram convênios com Dnit entre 2004 e 2009 .

Marco Antônio Martins .

O comandante do exército, general Enzo Martins Peri, e sete generais são investigados pela Procuradoria-Geral de Justiça Militar sob suspeita de participar de fraudes em obras do exército.

Os oficiais comandaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de Engenharia) entre 2004 e 2009, período em que o exército fez convênios com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para obras em rodovias.


O general Enzo chefiou o DEC entre 2003 e 2007. Ele deixou o cargo para assumir o comando do exército no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi mantido no posto pela presidente Dilma Rousseff.

O grupo investigado inclui cinco generais que comandaram o IME e dois que chefiaram o DEC depois do general Enzo: os generais Marius Teixeira Neto, na reserva desde março, e Ítalo Fortes Avena, hoje consultor militar da missão do Brasil na ONU.

A investigação foi aberta em maio pela procuradora Geral de Justiça Militar, Cláudia Luz, para apurar se o general Enzo e os outros que comandavam áreas envolvidas sabiam das irregularidades.

A apuração foi um desdobramento de inquérito anterior que identificou indícios de fraude em 88 licitações do exército para fazer obras do Ministério dos Transportes e apontou desvios de recursos públicos de R$ 11 milhões.

À Folha, o Centro de Comunicação do exército diz que não tem conhecimento da investigação e que "não cabe à Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de posicionamento".

Criados para atender necessidades de militares, os batalhões de engenharia do exército são convocados com frequência para acelerar obras. Somente do Dnit, que nas últimas semanas teve quase toda a diretoria afastada por ordem de Dilma, o exército recebeu R$ 104 milhões nos últimos cinco anos.

As investigações mostram que um grupo liderado por dois oficiais que coordenavam os convênios no IME, o coronel Paulo Roberto Dias Morales e o major Washington Luiz de Paula, criou seis empresas para entrar em concorrências do IME com dinheiro do Dnit.

O major Paula teria movimentado mais R$ 1 milhão em sua conta em um ano e feito 14 viagens aos EUA no período em que trabalhou com o Dnit.

Seis militares estão sendo processados na Justiça Militar. Se condenados, poderão ser presos e expulsos da corporação. Peças do processo foram encaminhadas à Justiça Federal para que eles sejam processados ali também.

Exército afirma que não lhe cabe comentar o caso

Em nota, o Centro de Comunicação do exército afirmou desconhecer a existência da investigação sobre os generais Enzo Peri, Marius Luiz Teixeira e Ítalo Fortes Avena, que chefiaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção).

A Procuradoria-Geral da Justiça Militar também investiga os generais Rubens Brochado, Silvino Silva, Ernesto Ronzani, Emilio Aconcella e Amir Kurban, que chefiaram o IME (Instituto Militar de Engenharia) entre 2004 e 2009.

"Não cabe à Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de posicionamento sobre o assunto", afirma a nota do exército.

Em depoimento aos promotores militares, o coronel Paulo Roberto Dias Morales disse que apenas coordenava a execução dos convênios com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e outras pessoas eram responsáveis pela contratação de fornecedores.

Ele afirmou não conhecer os sócios das empresas beneficiadas nas concorrências, que, segundo os promotores, eram parte de um grupo organizado por ele e pelo major Washington Luiz de Paula.

O major Paula negou as acusações dos promotores ao prestar depoimento e disse que sua movimentação bancária e suas viagens ao exterior eram compatíveis com seus rendimentos.

Venda de terras rende R$ 114,4 mi a militares

As vendas e permutas de terrenos se tornaram uma das principais fontes de renda do exército.

Nos últimos quatro anos foram arrecadados R$ 114,4 milhões na alienação de imóveis, segundo a corporação. Parte da receita é usada no plano de reestruturação do exército, que tem como objetivo ampliar a ocupação das fronteiras e "pontos sensíveis", como a Amazônia.

Em nota, o exército informa que "a alienação de bens imóveis como meio complementar financeiro" é permitida por lei.

Fonte: / NOTIMP

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Convênios de obras entre Exército e Dnit somam R$ 2,3 bi

Neste ano, já estão programados desembolsos de R$ 41 milhões dos cofres públicos para quitar esses acordos. Contratos da BR-101 e do aeroporto de Natal, sob responsabilidade de batalhão da Força, são alvos de investigação

Flávio Ferreira

O Exército brasileiro tem convênios para fazer obras públicas que somam R$ 2,3 bilhões com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Só em 2011, estão programados desembolsos de mais de R$ 41 milhões do cofre federal para quitar esses acordos.

A Folha revelou ontem que o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e mais sete generais são alvo de investigação da Procuradoria-Geral de Justiça Militar, sob suspeita de participação em fraudes em obras executadas pelo Exército.

Eles comandaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) da Força entre 2004 e 2009, quando houve as irregularidades.

O Dnit, órgão ligado ao Ministério dos Transportes, também é alvo de suspeitas desde o mês passado. Elas já resultaram na queda do ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) e outros 21 funcionários ligados à pasta.

Fazem parte dos convênios entre o Dnit e o Exército obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) do Executivo federal, como as das rodovias BR-101 no Nordeste, da BR-230 no Pará e da BR-319 no Amazonas.

Contratos da BR-101 e do aeroporto internacional de Natal (RN), sob responsabilidade do 1º BEC (Batalhão de Engenharia de Construção), são alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Militar e Federal, como a Folha revelou em reportagem no último dia 20.

Cinquenta termos de cooperação estão em vigor entre a Força e o Dnit. Eles vão de restauração, construção e duplicação de estradas a construção de pontes, viadutos e pontes metálicas. Os trabalhos são feitos por 22 unidades militares.

O DEC e o IME (Instituto Militar de Engenharia) também estão ligados às obras.

LUCRO

O Exército diz que a Força "não tem qualquer lucro financeiro com a realização dos convênios".

"A motivação é a oportunidade de manter suas tropas de engenharia adestradas nas atividades de construção, realizando obras de interesse do Estado brasileiro, sem onerar o orçamento da Força Terrestre", diz a assessoria do Exército.


Além do Dnit, a Força tem acordos com a Infraero, a Secretaria Especial de Portos e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Fonte: / NOTIMP

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Cúpula do Exército suspeita de fraude

Comandante da Força e mais sete generais são investigados

A Procuradoria-Geral de Justiça Militar está investigando suspeita de fraudes que teriam sido cometidas pelo comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e sete generais em obras contratadas pelo Ministério dos Transportes. Os oficiais estavam à frente do Departamento de Engenharia e Construção (DEC) e do Instituto Militar de Engenharia (IME) de 2004 a 2009, quando o Exército fez obras em convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A denúncia foi feita pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’.

DESVIOS DE R$ 11 MILHÕES

A investigação foi iniciada em maio pela procuradora- geral de Justiça Militar, Cláudia Luz. Ela é consequência de inquérito que identificara indícios de fraude em 88 licitações do Exército para fazer obras do Ministério dos Transportes e apontou desvios de R$ 11 milhões.

Procurado, o Centro de Comunicação do Exército alegou não ter conhecimento da investigação e que “não cabe à Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de posicionamento”.

Os batalhões de engenharia do Exército foram criados para resolver carências dos militares, mas tornou-se rotineira sua contratação para acelerar obras de outros setores. Somente do Dnit — que teve quase toda a diretoria afastada após denúncias de irregularidades —, o Exército recebeu R$ 104 milhões nos últimos cinco anos.

Fonte: / NOTIMP

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Bandalha fardada

Mauricio Dias

O Inquérito Policial Militar (IPM) que apurou irregularidades nos contratos entre o trepidante Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Instituto Militar de Engenharia (IME) ainda está em fase de análise da documentação.

Em decorrência desse IPM, do 2º Ofício da Procuradoria de Justiça Militar no Rio de Janeiro, outras investigações foram deflagradas. A mais importante delas há 30 dias queima as mãos da procuradora-geral do Ministério Público Militar Cláudia Luz, em Brasília, a única apta a denunciar generais. E há três deles sob investigação.

Entre os acusados de patente mais baixa (há seis denunciados)as coisas andam com mais rapidez. Já foi deferido pela Justiça Militar o sequestro de bens de alguns. Entre eles, um coronel que, embora seja da Intendência, tem o hábito do pessoal da Cavalaria do Exército: gosta de cavalos.

Só que pertencem ao coronel que é sócio da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga. Os cavalinhos, por desconhecimento do promotor, não estão entre os bens sequestrados.

Flutua e Boia

Os petistas ficaram irritados com a revelação do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que votou em José Serra na eleição de 2010. Ele saiu pela porta larga da amizade para justificar o voto no tucano.

Não foi sincero. Sabe que assinaria a demissão se admitisse a verdade: fez a opção por quem achava ser o melhor candidato. Jobim serve a Dilma como serviu a FHC. Flutua com a leveza de pluma e boia com a densidade de rolha.

Fonte: / NOTIMP

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Contrato com o Dnit leva a investigação de generais

O comandante do exército, general Enzo Martins Peri, e sete generais são investigados pela Procuradoria-Geral de Justiça Militar sob suspeita de participar de fraudes em obras rodoviárias executadas por militares. Em nota, o Centro de Comunicação do exército afirmou desconhecer a investigação.

Conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo, os oficiais investigados teriam comandado o Departamento de Engenharia e Construção (DEC) e o Instituto Militar de Engenharia (IME ) entre 2004 e 2009, período em que o exército fez convênios com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para obras em rodovias.

Enzo chefiou o DEC entre 2003 e 2007, do qual saiu para assumir o comando do exército no governo Lula, sendo mantido no posto pela presidente Dilma Rousseff. O grupo investigado inclui os generais Marius Teixeira Neto, na reserva desde março, e Ítalo Fortes Avena, hoje consultor militar da missão do Brasil na ONU.

Aberta em maio pela procuradora-geral de Justiça Militar, Cláudia Luz, a investigação apura se Enzo e os outros que comandavam áreas envolvidas sabiam das irregularidades a partir da identificação de indícios de fraude em 88 licitações do exército para fazer obras do Ministério dos Transportes. Por volta de R$ 11 milhões teriam sido desviados. Supostamente, um grupo liderado por dois oficiais que coordenavam os convênios, o coronel Paulo Roberto Dias Morales e o major Washington Luiz de Paula, formou seis empresas para participar das concorrências do IME com recursos do Dnit.

Fonte: / NOTIMP









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