Scanner corporal barra tráfico em Cumbica

 Detenção inédita de africanos aconteceu  graças ao polêmico equipamento doado pelos EUA; País terá aparelhos em  dez terminais até o fim do ano .
Detenção inédita de africanos aconteceu  graças ao polêmico equipamento doado pelos EUA; País terá aparelhos em  dez terminais até o fim do ano .Lisandra Paraguassu . 
Doados  pelo governo americano em 2010, scanners corporais usados para impedir o  embarque de armas, explosivos ou drogas fizeram na semana passada sua  primeira ação de destaque no Brasil: um dos equipamentos ajudou a  identificar e prender 22 africanos que tentavam embarcar no Aeroporto  Internacional de Cumbica, em Guarulhos, com dezenas de cápsulas de  cocaína no estômago. O destino era Angola.
As máquinas, adotadas em vários aeroportos internacionais, causaram  polêmica em diversos países por mostrar passageiros nus. No Brasil, além  do tráfico de drogas, têm auxiliado a PF a revistar suspeitos de  contrabando de animais e outros crimes. Antes da prisão dos africanos,  outras detenções já haviam sido feitas graças aos scanners no País. Em  novembro do ano passado, um colombiano com 70 cápsulas de cocaína no  estômago e um grego com sete quilos da droga em um fundo falso de mala  também foram capturados.
Cada equipamento custa, a preço de mercado, US$ 145 mil. Além de  Cumbica, os Aeroportos do Galeão (RJ), do Recife (PE) e de Manaus (AM)  têm os scanners. As operações começaram em agosto.
Outras seis máquinas chegarão ainda neste ano ao Brasil. As doações  fazem parte de um acordo com o governo brasileiro para repressão ao  tráfico de drogas. A localização e o uso são decididos pela Polícia  Federal e levam em conta volume de passageiros e número de apreensões de  drogas. A previsão para este ano era de instalar scanners nos  aeroportos de Foz do Iguaçu (PR), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Fortaleza  (CE), Salvador (BA) e Rio Branco (AC).
Polêmica. Os scanners estão sendo amplamente usados em aeroportos dos  Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros países para tentar conter a ameaça  de ataques terroristas. Depois de protestos pela exposição das pessoas,  a fabricante dos scanners anunciou o desenvolvimento de uma programação  que permite apenas ver o contorno do corpo e identificar anomalias.
No Brasil, no entanto, só passam por scanners pessoas que a Polícia  Federal identifica como suspeitos por alguma razão. Em vez de passar por  uma revista corporal que, na maior parte dos casos não vai pegar casos  como dos africanos, que engoliram as drogas, o suspeito é levado para a  máquina.
Fonte:  / NOTIMP
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